Área Pública

Exposição de Trabalhos - 7º Congresso Paranaense de Saúde Pública/Coletiva

   Todos    Pesquisa    Relato de Experiência
  Eixo Temático    Titulo   Nome do Inscrito
    


Sumário de acordo com o filtro acima:


Total de trabalhos listados: 431
Titulo
1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS NOTIFICADAS EM CRIANÇAS INTERNADAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: FATORES ASSOCIADOS AS INTERNAÇÕES, REINTERNAÇÕES, COMPLICAÇÕES E A MORTALIDADE.

Autores: Lincoln A. Gewehr Babo Alves | Pollyanna Kássia de Oliveira Borges, Bruno Pedroso, Amanda Bahls

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: infecção respiratória aguda; COVID-19; pediatria
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6916


Resumo:

Introdução: As infecções respiratórias agudas (IRAs) são a principal causa de morte em crianças até 5 anos no Brasil. A pandemia por COVID-19 trouxe impacto entre as crianças, atingindo-as nos aspectos psicológico, social, cognitivo e de aprendizagem. Justificativa: Há menos estudos sobre as complicações da COVID-19 em crianças, comparado aos adultos. Objetivo: Descrever a ocorrência de IRAs em crianças, seus desfechos e analisar a necessidade de reinternações. Avaliar a resposta dos serviços de saúde por meio de indicadores tempo de permanência hospitalar, encaminhamento à UTI e vacinação. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo e analítico com dados de crianças até 5 anos internadas e notificadas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe em Ponta Grossa-PR e análise de prontuários dessas nos dois hospitais pediátricos do município. Resultados: Quase todas as IRAs foram adquiridas na comunidade. Cerca de 1/3 dos pacientes internados tinha menos de um ano e 1/5 tinha comorbidades, principalmente asma, doenças neurológicas e cardíacas. Em 3,6% dos pacientes houve relato de tomarem vacina contra gripe na última campanha. Dos pacientes que necessitaram UTI, 31,7% foram no hospital privado e 3,7% no público. Praticamente 3/4 dos pacientes necessitaram oxigênio complementar, e 4,2% receberam ventilação invasiva. Em 60% houve identificação do agente infeccioso, principalmente rinovírus (38,6%) e VSR (30%). A tempo médio de internação foi de 8,4 dias. Necessidade de droga vasoativa foi de 9%, 87% usaram antibiótico e 13% fizeram algum procedimento cirúrgico na internação. Atendimento interdisciplinar ocorreu em 83% e 30% foram encaminhados a algum especialista de apoio na alta. Reinternaram 1/3 e mais da metade desses reinternaram mais de uma vez. Os principais sintomas nas reinternações foram febre ou sintomas respiratórios (81%). O tempo médio entre a primeira e a última internação foi de 367 dias, e o tempo médio somando as reinternações foi de 23 dias. Desfecho óbito na última reinternação ocorreu em 12,5% das vezes. Conclusão: Há baixa adesão vacinal contra gripe nas crianças notificadas com IRA. Os números elevados de assistência interdisciplinar e de encaminhamento mostram uma resposta de compromisso dos serviços de saúde. Há altos números de múltiplas reinternações, de tempo em dias reinternado, com média de mais de um ano de persistência de sintomas, evidenciando um cenário de cronicidade das IRAs pediátricas na pandemia.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

PARTICIPAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) NO CONTROLE DO USO DE MATERIAIS PARA CUIDADO EM DOMICÍLIO.

Autores: Aline de Oliveira Perfeito | Juliana Marcon Hencke, Barbara Mudo Ferreira, Rafaela Perassi de Oliveira

Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Agente Comunitário de Saúde; Materiais de Enfermagem; Cuidado Domiciliar;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7112


Resumo:

O uso de materiais de enfermagem para cuidado em domicílio é uma constante na Saúde Pública. A utilização desses materiais pelos usuários pode ocorrer por longos períodos, muitas vezes até por anos. Em avaliação dos processos referentes a entrega e uso desses insumos, diagnosticou-se desperdício. Por vezes o usuário mudou de residência para outro município, foi a óbito, ou mesmo houve mudança em seu estado de saúde, outras vezes o usuário ficou em internamento hospitalar por longos períodos, sem notificar a US, gerando acúmulo dos materiais desses usuários na Unidade de Saúde- US ou na sua própria residência. Buscando mais eficiência nesse processo, desenvolvemos uma ferramenta, com perguntas claras e objetivas sobre o usuário e seu acompanhamento de saúde. Essa ferramenta é utilizada pelo Agente Comunitário de Saúde- ACS, durante visita domiciliar, objetivando o melhor acompanhamento dos usuários que fazem uso de materiais de enfermagem em domicilio, bem como para a gestão racional e eficiente dos insumos, vinculando as informações obtidas pela ferramenta ao acompanhamento e assistência do usuário. Durante a visita domiciliar o ACS preenche o formulário, conforme orientações do enfermeiro, com as informações requisitadas, e ao seu retorno à US transmite ao profissional enfermeiro responsável para avaliação das informações captadas. Após essa análise, o enfermeiro avaliará a conduta mais adequada para o caso, podendo agendar nova consulta para avaliação do usuário, agendar uma nova visita domiciliar, atualizar o cadastro domiciliar ou até se for o caso, a exclusão da cota dos materiais naquela US. Além dos benefícios já mencionados, o uso dessa ferramenta também trouxe a aproximação dos ACS com os usuários que muitas vezes não eram conhecidos pela equipe de saúde, se apropriaram das suas condições de saúde, verificaram apoio e vínculo familiar, histórico recente de cirurgias e internamentos entre outros. Soma-se a possibilidade de identificar situações que estavam sendo desapercebidas pela equipe de saúde, como os usuários que não faziam mais uso domiciliar dos materiais de enfermagem por variadas situações. Em síntese, obteve-se maior organização, eficiência e economia para a municipalidade.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

DESEMPENHO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE NO PARANÁ: INDICADORES DO PROGRAMA PREVINE BRASIL NA 20ª REGIONAL DE SAÚDE

Autores: Tatiele Estefâni Schönholzer | Erika Heni Taffarel, Jessica Cristina Ruths, Fabiana Costa Machado Zacharias

Instituição: Universidade Federal do Paraná, campus Toledo
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Avaliação em Saúde; Financiamento da Saúde; Indicadores de Saúde; Qualidade da Assistência à Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7133


Resumo:

Introdução: O Programa Previne Brasil, instituído em 2019, implementou um novo modelo de financiamento para a Atenção Primária à Saúde, com repasses para os municípios baseados em quatro critérios: capitação ponderada, pagamento por desempenho, incentivo para ações estratégicas e Incentivo financeiro com base em critério populacional. Este modelo visava aumentar o acesso aos serviços de Atenção Primária e fortalecer o vínculo entre usuários e equipes de saúde. Em 2024, o programa foi substituído, porém permanece a necessidade de analisar os indicadores estabelecidos anteriormente para avaliar os resultados alcançados e orientar futuras políticas de financiamento. Objetivo: analisar o alcance dos indicadores de desempenho do Programa Previne Brasil da Atenção Primária à Saúde, no âmbito da 20ª Regional de Saúde do estado do Paraná. Método: realizou-se um estudo observacional, descritivo, com abordagem quantitativa, utilizando dados secundários referentes aos anos de 2022 e 2023, na 20ª Regional de Saúde do estado do Paraná, disponíveis no Sistema de Informação da Atenção Primária à Saúde. Foram utilizadas estatística descritiva, frequências relativas e medidas de tendência central considerando o intervalo de confiança de 5%. Resultados/discussão: evidenciou-se a evolução nas taxas dos indicadores de desempenho nos municípios da 20ª Regional de Saúde do Paraná em 2023, comparadas com 2022, principalmente quanto aos parâmetros voltados para as estratégias relacionadas às doenças crônicas. Entretanto, apesar da evolução nas taxas dos indicadores, enquanto a maioria dos municípios conseguiu alcançar as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para as ações estratégicas de pré-natal, poucos municípios alcançaram as metas para as demais ações estratégicas, em especial as relacionadas às doenças crônicas. Conclusões: considera-se crucial acompanhar a evolução dos atuais indicadores na 20ª Regional de Saúde, visando à sua qualificação. Isso permite avaliar a assistência e a atenção primária à saúde, além de garantir o alcance das metas e assegurar o financiamento necessário para as ações da atenção primária.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

CONSTRUINDO PONTES PARA O PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO NO AMAPÁ

Autores: Luana Carla Tironi de Freitas Giacometti | Francisco Ivan Rodrigues Mendes Junior, Cinthia Costa, Denise Carvalho Ribeiro de Almeida, Ana Emília Gaspar

Instituição: BP - Beneficência Portuguesa de São Paulo
Palavras-chave: Governança em Saúde; Planejamento em Saúde; Atenção à Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7136


Resumo:

O estado do Amapá possui 16 municípios com uma população de 733.759 habitantes e compõe a Amazônia Legal, onde residem 56% da população indígena brasileira. Nesse contexto, a Regionalização da Saúde mostra-se como importante iniciativa para organização e descentralização dos serviços de saúde, visando garantir acesso à saúde para a população, além da racionalização dos gastos e otimização dos recursos, por meio da organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS). Mesmo com toda normativa disponível no SUS, pode-se considerar como um desafio trabalhar com a regionalização. O objetivo é relatar a experiência do Planejamento Regional Integrado (PRI), vivenciada no estado do Amapá, no que tange as diretrizes teórico-metodológicas, através do projeto financiado pelo MS/PROADI-Regionalização. Foram três etapas, Momento Conhecer, Momento Métodos e Momento Operacionalização. No Conhecer, houve o primeiro encontro presencial no território, com a proposta de Alinhamento Conceitual sobre regionalização, governança e apresentação da proposta teórico-metodológica que seria aplicada para a construção do PRI. No Métodos foi customizado uma nova proposta técnica-metodológica de desenvolvimento do PRI. No Operacionalização foram realizados encontros síncronos e de atividades assíncronos. Nos momentos síncronos, foram trabalhadas metodologias ativas, onde os participantes conseguiram debater e se enxergarem no processo, trazendo o “sentido” da discussão e da construção do PRI de forma colaborativa e participativa. Foram 30 meses de atividades, 96 encontros entre reuniões e oficinas, tendo a participação de técnicos e gestor da SES, técnicos e gestores municipais de saúde, Ministério da Saúde e controle social. Deste processo tivemos como resultado a construção dos pontos de atenção, parametrização e programação conforme PRI. O movimento possibilitou encontro entre os gestores municipais para que conjuntamente mapeassem as reais necessidades da população Amapaense e com isso estimular o processo de governança da RAS. As metas do PRI foram incorporados no Plano Estadual de Saúde do Amapá e será base para a construção dos Planos Municipais de Saúde. Evidenciamos que os movimentos de construção do PRI são desenvolvidos nos âmbitos de micro e macroregiões de saúde, estimulando o protagonismo dos gestores, a construção conjunta, qualificação dos espaços de CIR e CIB, e demonstrando a importância de a gestão em saúde ser construída de forma colaborativa e participava.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

TRANSFORMANDO VIDAS: A EVOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NO DIAGNÓSTICO DE AUTISTAS EM BARRA VELHA

Autores: Laura Regina Lopes Zimmermann | Sandra Fabiana Vieira, Letícia Liano de Souza

Instituição: Prefeitura de Barra Velha
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; Diagnóstico precoce; Serviços de saúde; Política de Saúde; Modelos de Assistência à Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7164


Resumo:

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos (1). O diagnóstico precoce é fundamental para intervenções eficazes que melhoram o desenvolvimento infantil (2). A escassez de profissionais especializados e recursos em cidades pequenas é uma barreira significativa (3). Este estudo destaca a importância dos serviços públicos de diagnóstico de TEA em comunidades menores, onde a demanda por diagnósticos precisos e oportunos deve ser atendida para transformar vidas. Objetivo: Descrever a cronologia e o processo de implantação dos serviços públicos que realizam diagnóstico de TEA em Barra Velha, destacando as instituições envolvidas, os profissionais, as demandas atendidas e os desafios enfrentados. Método: Abordagem quantitativa e sócio-histórica, com coleta de dados documentais e entrevistas semi-estruturadas. Incluíram-se instituições que atendem autistas, recebem verba pública, realizam avaliações diagnósticas e oferecem serviços gratuitos. Resultados/Discussão: A maioria das instituições em Barra Velha que realizam diagnósticos de TEA foi estabelecida recentemente e enfrenta desafios significativos, como a escassez de profissionais especializados. A Policlínica Municipal iniciou diagnósticos em 2016 e lida com filas de espera devido à alta demanda. O Centro Especializado em Reabilitação (CER), criado em 2016, começou a realizar avaliações diagnósticas de TEA em 2021. A falta de protocolos normatizados e a carência de profissionais capacitados são barreiras significativas para diagnósticos precoces. A colaboração intersetorial, embora presente, ainda é insuficiente para suprir todas as demandas, e a fila de espera é um obstáculo crítico. Conclusões: A rede de apoio para diagnósticos de TEA em Barra Velha é insuficiente e recente, refletindo uma resposta tardia à demanda por serviços especializados. A escassez de recursos e profissionais capacitados, bem como as filas de espera, comprometem o diagnóstico precoce e a intervenção. Investir na capacitação de profissionais e na criação de políticas públicas que priorizem a primeira infância é essencial para melhorar os resultados de desenvolvimento e a qualidade de vida das crianças com TEA em Barra Velha.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

APOIO AOS MUNICÍPIOS PARANAENSES PARA EXECUÇÃO DO RECURSO DO INCENTIVO À ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (IOAF) OFERECIDO PELA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

Autores: Juliana Malko de Souza | Marco Antonio Costa, Deise Regina Sprada Pontarolli, Paula Silvia Rossignoli, Claudia Boscheco Moretoni

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Sistema Único de Saúde; Assistência farmacêutica; Gestão em Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7223


Resumo:

De acordo com o disposto na Política Nacional de Medicamentos, é responsabilidade dos gestores estaduais e municipais investirem na infraestrutura de centrais de abastecimento farmacêutico e das farmácias dos serviços de saúde, visando assegurar a qualidade da Assistência Farmacêutica (AF). Em 2012 a Coordenação de Assistência Farmacêutica (COAF) da Secretaria de Estado da Saúde Paraná (SESA/PR) implantou o Incentivo à Organização da Assistência Farmacêutica (IOAF). O IOAF visa transferir, anualmente, recurso financeiro aos municípios do Estado, na modalidade Fundo a Fundo, exclusivamente para estruturação da AF municipal. O objetivo do presente trabalho foi identificar problemas relacionados à execução do recurso do IOAF por meio do Método Altadir de Planejamento Popular (MAPP), que constitui-se no método de eleição para planejamento a partir da observação da realidade. Como parte da gestão da AF no Estado do Paraná, ao longo dos anos foi observada certa dificuldade dos municípios na execução do recurso, o que pode estar relacionada à falta de conhecimento sobre normas técnicas para aplicação e prestação de contas no que diz respeito a esse repasse. A partir disso, foi proposto um documento orientativo destinado aos profissionais que atuam diretamente na gestão da AF municipal, citando os marcos legais em vigor, o histórico do recurso quanto a valores, critérios e formas de utilização. Além disso, o documento também esclarece sobre a responsabilidade de cada ente frente ao repasse, quanto a natureza da despesa (custeio e capital) e a aplicação dos recursos. Também foi proposto estabelecer uma rotina anual de capacitação dos farmacêuticos que atuam nas Regionais de Saúde da SESA/PR (e posteriormente nos municípios), a fim de estimular a utilização dos recursos e promover o compartilhamento de experiências como exemplo aos demais municípios. A partir da aplicação do método, as frentes de ataque propostas foram consideradas de alto impacto e com alta possibilidade de ação. Espera-se que a partir destas ações, seja possível melhorar a execução dos recursos disponíveis, aperfeiçoando a assistência farmacêutica nos municípios paranaenses.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

SALA DE SITUAÇÃO EM SAÚDE: ACOMPANHAMENTO E INTEGRAÇÃO DE INFORMAÇÕES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE POR MEIO DE VISITAS TÉCNICAS

Autores: Chayane Karla Lucena de Carvalho | Marina Abreu de Oliveira Marcondes, Sulamita Santos, Angelita Izabel da Silva, Tatiane Filipak

Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde
Palavras-chave: Sala de situação em saúde; Indicadores de gestão; Estratégias de saúde; Saúde pública; Qualidade dos cuidados de saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7233


Resumo:

Caracterização do problema: Salas de Situações em Saúde são setores estratégicos para acompanhamento e integração de informações nesses serviços, usando o ambiente virtual para manipulação de resultados de desempenho. Nessa concepção, visitas técnicas são ferramentas essenciais, permitem avaliação in loco dos processos e práticas, identificação de pontos fortes e áreas de melhoria. Justificativa: Inserir visitas técnicas nas unidades assistenciais, permite a avaliação direta dos serviços, proporcionando insights valiosos para gestores e profissionais de saúde, fortalecendo a cooperação e comunicação dentro da instituição de saúde. Objetivo: Analisar o papel da Sala de Situação em Saúde no acompanhamento e integração de informações complementar por meio de visitas técnicas. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência da implementação de visitas técnicas em unidades assistenciais, gerenciadas por uma instituição de prestação de serviços a saúde pública no município de Curitiba. As visitas técnicas foram realizadas pela equipe da sala de situação em saúde. Primeiramente, foi padronizado um roteiro norteador em conjunto com o serviço de gestão da qualidade. Em prática, as visitas foram realizadas por profissionais da medicina, enfermagem e qualidade, além da participação da equipe gestora da unidade assistencial. Foram realizadas mensalmente 12 visitas técnicas em média, com duração aproximada de 02:30h cada. Resultando positivamente na identificação de gargalos, ações preventivas e corretivas, alcance de metas e curva crescente de indicadores, aproximação da área assistencial com a gestão, incentivo a prática baseada em evidências. Os resultados demonstram que a incorporação de visitas técnicas na rotina da Sala de Situação em Saúde, desempenha um papel crucial na integração de informações entre unidades e município, além do acompanhamento dos serviços de saúde. Além disso, a abordagem complementar, contribuiu para o monitoramento de indicadores de saúde. Reflexões: É notável, impactos positivos na aplicabilidade de protocolos institucionais, o uso adequado de recursos e a conformidade com normas e regulamentos, e garantindo qualidade assistencial. Recomendações: Visitas técnicas como método complementar de análise de dados pela sala de situação, contribuem para a melhoria da qualidade da assistência, o planejamento estratégico, promoção da saúde pública, possibilitando uma visão abrangente da realidade sanitária de uma determinada região.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

GESTÃO DATA-DRIVEN E A PRESTAÇÃO DE CONTAS: UMA ABORDAGEM CIENTÍFICA DA INTER-RELAÇÃO EM PINHAIS-PR

Autores: Claudio Eduardo Grohmert de Macedo | Luana Caroline Silva de Lima, Letícia Biss, Adriane da Silva Jorge Carvalho

Instituição: Prefeitura Municipal de Pinhais
Palavras-chave: Gestão em Saúde; Gestão da Informação em Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7255


Resumo:

O estudo explora a inter-relação entre gestão data-driven e prestação de contas, focando na implantação de um software de prestação de contas no hospital/UPA de Pinhais-PR a partir de maio de 2020. Esta iniciativa visa aumentar a transparência e eficiência na gestão pública da saúde, oferecendo uma base sólida para decisões fundamentadas em dados. Os objetivos incluem investigar o impacto do software na tomada de decisões e avaliar sua eficácia na promoção da transparência e responsabilidade. Para tanto, adotou-se uma metodologia mista, combinando análises quantitativas e qualitativas. Analisou-se documentos do contrato de gestão, tempos de análise da prestação de contas em papel, dados produzidos antes e depois da implantação do software, utilizando técnicas como regressão e correlação. Esta abordagem permitiu uma compreensão aprofundada do impacto da gestão data-driven e da prestação de contas. Os resultados mostram melhorias substanciais na transparência e eficiência da gestão pública de saúde com o uso do software. Houve uma coleta mais ágil e precisa de informações financeiras e operacionais, facilitando decisões baseadas em dados concretos, otimização de custos e melhoria da qualidade dos serviços. A transparência foi fortalecida com a disponibilização de relatórios detalhados e acessíveis, permitindo à população e aos órgãos fiscalizadores acompanhar mais efetivamente a gestão do hospital/UPA. A accountability foi aumentada, com gestores mais conscientes da necessidade de prestar contas, resultando em um ambiente de trabalho mais ético e profissional, refletindo positivamente na qualidade do atendimento e na confiança da comunidade. Conclui-se que a gestão data-driven aliada ao software de prestação de contas é eficaz para aprimorar a governança e a qualidade dos serviços públicos, garantindo uma gestão mais transparente, eficiente e responsável.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

IMPLEMENTAÇÃO DE GOOGLE FORMS PARA OTIMIZAÇÃO DOS REGISTROS DE PRIORIZAÇÃO DE CONSULTAS E EXAMES NO PARANÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Luana Caroline Silva de Lima | Daiymon Erik Calegari, Andrea Cristine Perry, Fernanda de Oliveira Florentino dos Santos, Morgana Pereira da Rocha , Olga Regina Cotovicz de Castro Deus

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Interoperabilidade da Informação em Saúde; Gestão em Saúde; Informática em Saúde Pública
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7267


Resumo:

Caracterização do problema: A ausência de integração efetiva impede a coleta unificada e precisa de dados referentes aos pedidos de priorização de consultas e exames especializados. Sem uma plataforma centralizada para registrar e processar essas informações, torna-se difícil realizar uma análise consistente e monitorar de forma eficaz as demandas de saúde pública. Justificativa: A priorização eficiente de consultas eletivas e exames especializados é um elemento crucial para a gestão da saúde pública, especialmente no Paraná. No entanto, a complexidade e a diversidade dos sistemas utilizados para gerenciar esses pedidos representam um desafio significativo, particularmente referente à interoperabilidade entre sistemas. A falta de integração entre diferentes plataformas pode resultar em dados fragmentados, processos redundantes e o uso ineficiente dos recursos de saúde. Objetivo: O objetivo deste relato de experiência é descrever o desenvolvimento e a implementação de Google Forms como ferramenta para otimizar os registros dos pedidos de priorização de consultas eletivas e exames especializados no Paraná, desenvolvido pela enfermeira residente de Gestão Pública em Saúde. Descrição da Experiência: A iniciativa visava superar desafios relacionados à interoperabilidade entre os sistemas de saúde, buscando centralizar e melhorar a precisão dos dados coletados. A criação dos Google Forms permitiu uma coleta de dados padronizada e eficiente, facilitando a submissão e o processamento dos pedidos de priorização de forma organizada e acessível. Com a implementação, foi possível automatizar partes significativas do fluxo de trabalho, reduzindo erros e aumentando a eficiência operacional. Além da capacidade de gerar relatórios detalhados e analíticos a partir dos dados coletados. Reflexão sobre a Experiência: Com a implementação do Google Forms, tornou-se possível gerar relatórios essenciais para a tomada de decisões para a reformulação do processo de gestão estadual. Facilitando a centralização das informações, reduzindo a redundância e melhorando a precisão dos dados coletados. A integração com outras ferramentas do Google Workspace permirá a automação de processos, a geração de relatórios em tempo real e a análise de dados de forma mais eficiente, promovendo uma melhor gestão das prioridades de atendimento. A contribuição multiprofissional, demonstra a importância dos profissionais com conhecimentos multifacetados para a Administração Pública.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

ATUAÇÃO DOS RESIDENTES NO PROCESSO DE PRIORIZAÇÃO DO AGENDAMENTO DE CONSULTAS E EXAMES AMBULATORIAIS – RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Daiymon Erik Calegari | Andrea Cristine Perry, Fernanda de Oliveira Florentino dos Santos, Luana Caroline Silva de Lima, Morgana Pereira da Rocha, Olga Regina Cotovicz de Castro Deus

Instituição: UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Palavras-chave: Regulação e Fiscalização em Saúde; Sistema Único de Saúde; Assistência Ambulatorial.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7295


Resumo:

Caracterização do problema: Em um dos sistemas informatizados utilizados para gestão da regulação do acesso às consultas e exames no Estado do Paraná existiam aproximadamente 18 mil pessoas priorizadas em fila aguardando por agendamento. Ser priorizado significa que são pessoas em situações que as qualificam como prioritárias dentre as demais que antecedem em fila. Justificativa: As avaliações de priorização descentralizadas, sem protocolos padronizados, geraram uma demanda reprimida. Foi necessário implementar um novo fluxo de priorização, conduzido por uma equipe centralizada, seguindo protocolos pactuados para avaliar novas demandas e reavaliar casos priorizados. Objetivos: Desenvolver uma ferramenta com capacidade de apoiar a reclassificação dos priorizados, bem como permitir o controle, avaliação e monitoramento da gestão eficiente deste processo. Descrição da Experiência: O desafio foi desenvolver com os servidores e residentes da residência técnica de gestão em saúde pública um sistema de controle capaz de captar todas as informações necessárias para subsidiar a priorização. As solicitações para avaliação chegam através do sistema eletrônico de tramitação de documentos e passam por quatro etapas de regulação: 1) Análise documental; 2) Análise preliminar; 3) Parecer do médico regulador e; 4) Ação de priorizar no sistema. Para cada etapa foi criado formulário online de uso interno, que registrava o progresso do processo. Os formulários resultaram em planilhas padronizadas, em que duplicações eram eliminadas e fórmulas aplicadas para fornecer os dados necessários à avaliação do processo. Após 7 meses, do novo fluxo, foram enviados 1.426 pedidos de priorização, das 22 regiões de saúde do Estado, de 68% dos municípios. Destes, 70,41% foram priorizados, 16,34% apresentavam pendências e 10,59% não atendiam aos critérios para priorização. No início do processo tínhamos 18.283 pacientes priorizados, que foram despriorizados, em sua maioria por não serem reenviados para avaliação. Após a primeira fase de análise, resultaram em 1.004 priorizados, para os quais os agendamentos aconteceram imediatamente após as avaliações. Reflexão sobre a Experiência: A análise do novo fluxo, apoiada por formulários e planilhas, permitiu maior controle, avaliação e monitoramento, demonstrando credibilidade e agilidade no atendimento dos pacientes prioritários. Recomendações: Desenvolver um sistema para a gestão da priorização, garantindo eficiência e equidade no atendimento.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA: CORREÇÃO MONETÁRIA NA COBRANÇA DE PROCEDIMENTOS AGREGADOS EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS)

Autores: Daiymon Erik Calegari | Andrea Cristine Perry, Fernanda de Oliveira Florentino dos Santos, Luana Caroline Silva de Lima, Morgana Pereira da Rocha, Olga Regina Cotovicz de Castro Deus

Instituição: UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Palavras-chave: Nefrologia; Indicadores de Gestão; Administração Financeira
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7296


Resumo:

Caracterização do problema: No estado, existem aproximadamente de 8 a 9 mil pacientes que fazem diálise e há uma defasagem nos valores dos procedimentos de nefrologia, como hemodiálises, confecção de fístula, implantes de cateter, dentre outros no Sistema Único de Saúde (SUS). Devido à falta de atualização das tabelas de reembolso, gera uma discrepância entre os custos crescentes dos insumos médicos. Isso dificulta a manutenção da qualidade dos serviços especializados na área, reduzindo investimentos em infraestrutura, tecnologia e pessoal qualificado. Justificativa: A desmonetização na nefrologia coloca em risco a sustentabilidade dos serviços, ou seja, há ameaça à continuidade dos tratamentos, agravando as desigualdades no acesso à saúde, resultando em piora do quadro clínico dos usuários e aumento do custo do tratamento devido à necessidade de cuidados mais complexos. Logo, entender como está o cenário em relação à desmonetização é o primeiro passo para buscar correções e garantir a qualidade dos serviços. Objetivos: Estudar a composição de valores de uma sessão de hemodiálise e a correção dos valores dos procedimentos da nefrologia na base do Índice Nacional de Preços ao Consumidor IPCA para o Estado do Paraná. Descrição da Experiência: O estudo foi conduzido para identificar os índices monetários ideais, corrigindo os valores na saúde, com foco nos procedimentos de nefrologia. Foram avaliados 18 procedimentos nefrológicos, onde em alguns casos o preço variou negativamente de 30% até 125%, mostrando que os valores estão desfasados. A sessão de hemodiálise, com maior impacto financeiro, passou por uma análise detalhada dos valores e preços praticados em diversos estabelecimentos. Com base nessas análises, foram sugeridos índices de correção para atualizar os procedimentos e criada uma estimativa de produção para 2024, prevendo o impacto no orçamento destinado a essa área, no qual esses dados foram levados até a gestão estadual para discussão do assunto. Reflexão sobre a Experiência: O estudo realizado diretamente com residentes da residência técnica de gestão em saúde pública e servidores, para a especialidade de Nefrologia trouxe a evidência da necessidade de implementação de políticas públicas voltadas a assegurar o acesso à população e atender de forma efetiva às suas necessidades por bens e serviços públicos. Recomendações: Criação de estudos que levantem a composição dos gastos dos procedimentos SUS e acompanhamento na desvalorização monetária.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA E APROXIMAÇÕES TEÓRICAS COM O SISTEMA DE SAÚDE DA COLÔMBIA: UMA EXPERIÊNCIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA)

Autores: Vitória Barbosa de Souza Nímia | Juliamène Vilfort , Larissa Xavier de Miranda , Lounandjina Joseph , Miguel Angel Curicó Narvaez , Carlos Guilherme Meister Arenhart

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Palavras-chave: Políticas de Saúde; América Latina; Colômbia.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7420


Resumo:

Introdução (Caracterização do problema e Justificativa): A Colômbia está localizada na América do Sul, onde faz fronteira com Equador, Peru, Panamá, Venezuela e Brasil. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a população do País conta com aproximadamente 52 milhões de habitantes (2023), sob uma expectativa de vida ao nascer de 77,5 anos. Tendo em vista a proximidade territorial, como é o caso da Colômbia com o Brasil, ou o intenso processo de globalização que impacta a relação entre os países de diversas formas, é fundamental conhecer as políticas, programas e ações de saúde, inclusive sob a perspectiva dos diferentes países latino-americanos que, há muito tempo, enfrentam as desigualdades em saúde. Objetivo: Relatar a experiência no desenvolvimento de um trabalho sobre políticas, programas e ações de saúde da Colômbia, apresentado para uma disciplina na graduação em Saúde Coletiva. Descrição da experiência: A atividade foi realizada por discentes graduandos em Saúde Coletiva (bacharelado), sob supervisão docente, para a disciplina de “Políticas, Programas e Ações de Saúde na América Latina” na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Foz do Iguaçu (PR). Consistiu em pesquisa e seminário sobre as características gerais da Colômbia, a população, os indicadores demográficos e epidemiológicos, a organização do sistema de saúde, as dificuldades e desafios, além de medidas e estratégias para a redução de desigualdades na saúde colombiana. Conclusão (Reflexão sobre a experiência e Recomendações): Conclui-se que a atividade de aproximar teoricamente outros modelos federativos de organização de sistemas de saúde universais foi de suma importância na compreensão da necessidade de estudar e conhecer as políticas, programas e ações em saúde, não apenas da Colômbia, aproximando a formação do Sanitarista graduado com as experiências latino-americanas. Ademais, possibilitou o desenvolvimento de habilidades e atitudes dos discentes, enquanto futuros trabalhadores da saúde, às responsabilidades de gestão, tomada de decisão e desenvolvimento de políticas de saúde, na tentativa de diminuir disparidades locorregionais e fortalecer a qualidade de vida das pessoas. Recomenda-se que outras universidades e entidades promotoras de ensino e pesquisa no campo da saúde coletiva disponham de um olhar atento ao ensino dos sistemas, programas e ações de saúde na América Latina e Caribe.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

POLÍTICAS DE SAÚDE MENTAL: DESAFIOS LEGAIS E ORGANIZACIONAIS

Autores: Suellen Cristina Figueiredo | Hellen Cristina Figueiredo

Instituição: "Grupo de Pesquisa em Direito Médico e Bioética/CNPq - FDRP/USP
Palavras-chave: Saúde Mental; Política Pública de Saúde; Desafios Legais
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7498


Resumo:

Introdução A pandemia de COVID-19 e o aumento dos transtornos mentais na população evidenciou a importância de políticas de saúde mental robustas no Brasil. A retomada e o fortalecimento das políticas pelo Ministério da Saúde, focando na humanização do atendimento e na ampliação da cobertura assistencial, são passos cruciais para garantir um cuidado de saúde mental eficaz para todos os brasileiros. Objetivos Este estudo analisa os desafios legais e organizacionais enfrentados pelas políticas de saúde mental no Brasil, destacando barreiras na implementação dessas políticas e propondo soluções. Método Realizou-se uma revisão bibliográfica da literatura científica publicada entre 2019 e 2024. As fontes de busca foram Scielo e documentos do Ministério da Saúde. A análise focou-se nos principais desafios legais e organizacionais identificados nos estudos e documentos. Resultados As políticas de saúde mental no Brasil enfrentam desafios legais e organizacionais. A Lei da Reforma Psiquiátrica foi um marco na reestruturação do sistema de saúde mental, promovendo a Luta Antimanicomial e a criação de uma rede de atenção psicossocial mais integrada e humanizada (Ministério da Saúde, 2021). Contudo, a implementação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) enfrenta desafios como falta de recursos, profissionais e articulação entre os níveis de atenção (Ministério da Saúde; Sampaio e Júnior, 2021). Quanto aos desafios legais, estes incluem a falta de atualização legislativa, aplicação inconsistente da lei e questões relacionadas à internação involuntária e ao tratamento forçado, que exigem um equilíbrio entre a necessidade de tratamento e os direitos dos pacientes (Fatureto et al., 2020). Conclusões Para enfrentar os desafios das políticas de saúde mental, é crucial garantir financiamento contínuo para a RAPS, capacitar profissionais e melhorar a articulação entre os níveis de atenção. A atualização da Lei da Reforma Psiquiátrica é necessária para resolver inconsistências legais e proteger os direitos dos pacientes. Campanhas de conscientização devem combater o estigma dos transtornos mentais e incentivar a participação comunitária, promovendo um atendimento mais humanizado e eficaz.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

TRANSPARÊNCIA EXTERNA E INTERNA DO SUS MUNICIPAL POR MEIO DO RELATÓRIO QUADRIMESTRAL DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

Autores: Alessandro Albini | Luis Felipe Ferro, José Dalmi Dissenha

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais
Palavras-chave: Gestão em Saúde Pública; Instrumentos de Gestão; Transparência, Controle Social
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6914


Resumo:

A Transparência no Sistema Único de Saúde (SUS) não seria importante exclusivamente pelo viés da prestação de contas aos órgãos fiscalizadores e controle social, mas também na publicidade, legitimação das decisões e ações em saúde e impacto direto no combate a corrupção (Transparência Externa). A Transparência Interna, por sua vez, pode ofertar oportunidade de autoavaliação da gestão e discussão por meio de mecanismos formais, como implantação de novos processos de trabalho referentes à autoavaliação (SMITH, 2009). Assim sendo, a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº. 459/2012 aprova o modelo padronizado do Relatório Quadrimestral de Prestação de Contas RQPC para Municípios. Todavia, a Lei Complementar nº. 141/2012, que antecede a Resolução CNS nº. 459/2012 e regulamenta o § 3º do Artigo 198 da Constituição Federal, estabelece, que a elaboração do RQPC conterá, no mínimo: montante e fonte dos recursos, auditorias, oferta e produção de serviços e indicadores de saúde. Em adição, no § 4º do mesmo Artigo, compreende-se que a prerrogativa de no mínimo, ou modelo simplificado, tem aplicação somente para municípios com população inferior a 50 mil habitantes. Sendo que o Município de São José dos Pinhais conta com mais de 300 mil habitantes, ações foram desenvolvidas com o objetivo de expandir os registros históricos das decisões e ações dos gestores do SUS Municipal (Transparência Externa) e ampliação da Transparência Interna por meio da autoavaliação e discussão dos avanços, conquistas e desafios dos serviços próprios da Saúde Pública Municipal. A expansão dos registros históricos das decisões e ações dos gestores do SUS Municipal (Transparência Externa) demonstrou avanço, pois os RQPCs prévios apresentam quadros e gráficos sem qualquer comentário em 61 páginas, passando, após a implantação do questionário de autoavaliação a conter 190 páginas. Por sua vez, a ampliação da Transparência Interna deu-se por meio das autoavaliações e discussão dos avanços, conquistas, reveses e obstáculos relatados. Sendo os desafios discutidos, foram programadas providências quanto à realidade apresentada (exemplos: estrutura física, recursos humanos, morosidade nos processos licitatórios, falta de leitos psiquiátricos, fila de espera, absenteísmo e outros).

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS NA APS EM MUNICÍPIO DE GRANDE PORTE

Autores: Luna Rezende Machado de Sousa | LARISSA CORREA PORTEZAN, JOÃO ERICK CARDOSO DOS SANTOS, VANESSA DA ROCHA CHAPANSKI, RENATA SCARPIN

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São José os Pinhais
Palavras-chave: Equipes Multiprofissionais; Atenção Básica.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6940


Resumo:

Com a instituição das Equipes Multiprofissionais (eMulti), por meio da Portaria GM/MS nº 635 de 22 de maio de 2023, o Ministério da Saúde incentivou o resgate da atuação de equipes interdisciplinares voltadas ao suporte clínico e pedagógico das demais equipes da Atenção Primária à Saúde (APS). Diante disto, fica o desafio de promover a reestruturação do processo de trabalho das categorias que compõem a eMulti, uma vez que ao longo dos últimos anos este processo se distanciou do que era preconizado para a atuação dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASF) e agora das eMulti. São José dos Pinhais/PR (329.628 habitantes), mesmo com o fim do financiamento federal para os NASF em 2019, manteve nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos na APS. No entanto, estes profissionais estavam concentrados em poucas UBS, atuando de forma pouco articulada com as equipes e suas atividades eram majoritariamente atendimentos individuais, que dispunham de longas filas de espera. A instituição das eMulti trouxe uma oportunidade de resgatar o modelo de trabalho proposto pelo precursor NASF. Sendo assim, elaborou-se proposta para implantação de 10 e-Multi, compostas por 60 profissionais. A proposta foi apresentada ao Conselho Municipal de Saúde e em reuniões com os profissionais das categorias envolvidas. Para garantir que a implantação destas equipes fosse realizada de forma justa e participativa, foi publicado um Edital de Seleção para composição destas equipes. Após a divulgação do resultado, foram realizadas Reuniões de Acolhida para cada eMulti, para o estreitamento da relação entre os profissionais e os coordenadores das UBS, bem como o alinhamento de suas expectativas. Por fim, procedeu-se com a realização de três Oficinas de Implantação, que consistiram em atividades de discussão e planejamento do novo processo de trabalho. Enquanto produtos, foram elaboradas as agendas mínimas por categoria, com ênfase nas atividades coletivas e foi selecionado um profissional de cada eMulti para atuar enquanto articulador da equipe, participando de reuniões periódicas junto à gestão para apoiar o processo de implantação. Acredita-se que estas equipes serão capazes de romper com a lógica de atendimento ambulatorial e voltar o foco das ações para o coletivo, de fortalecer o apoio e a troca de saberes entre os demais profissionais da APS, de contribuir com o fortalecimento das ações intersetoriais, culminando na maior resolutividade para a APS.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

IMPACTO DO USO DE MEDICAMENTOS NO PROGRAMA "EDUCANDO E TRATANDO O TABAGISMO": UM ESTUDO EM UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL.

Autores: Bruna Boeira Sobieray | Erildo Vicente Müller, Gabriella Cristina Chicalski, Roberta Rafaelle Dalzotto, Letícia Caroline de Souza Dias, Gabriel de Oliveira Cordeiro

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Tabagismo; Tabagismo; Cessação;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7092


Resumo:

Introdução: No Brasil, o tratamento do tabagismo segue o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do SUS, que fornece adesivos de nicotina e bupropiona para minimizar os sintomas de abstinência. Objetivo: Comparar a cessação do tabagismo entre participantes em uso e sem uso de medicamentos no programa "Educando e Tratando o Tabagismo". Metodologia: Análise retrospectiva de 26 prontuários de pacientes tratados em 2024. Dados foram coletados por questionários sobre sintomas depressivos, histórico de tabagismo e grau de dependência pelo teste de Fagerstrom. Tratamentos incluíam adesivo de nicotina, bupropiona e reuniões em grupo conforme o manual do INCA "Deixando de Fumar Sem Mistério". O tratamento era personalizado com base no teste de Fagerstrom acima de 8 e/ou uso de mais de 20 cigarros por dia. Pacientes que afirmaram ter parado de fumar até a última das 4 reuniões foram considerados como tendo cessado o tabagismo. Resultados: 53,85% dos participantes pararam de fumar com taxa de cessação de 70%. A taxa de desistência foi de 23%. 78,57% utilizou medicamentos. Verificou-se que a combinação de intervenções comportamentais e farmacológicas se mostrou como boa estratégia na cessação do tabagismo. Conclusão: O programa "Educando e Tratando o Tabagismo" revelou-se eficaz na cessação do tabagismo, especialmente quando combinadas intervenções comportamentais e farmacológicas. A taxa de sucesso de 53,85% demonstra a viabilidade desta abordagem. A taxa de desistência de 23% indica a necessidade de investigar e abordar as barreiras que impedem a conclusão do tratamento.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

A INTERSEÇÃO ENTRE CONSUMO DE ÁLCOOL, TABAGISMO E DEPRESSÃO: UM ESTUDO RETROSPECTIVO DO PROJETO 'EDUCANDO E TRATANDO O TABAGISMO'"

Autores: Gabriela Casaril | Erildo Vicente Muller, Bruna Boeira Sobieray , Marcela Caroline Gomes , Gabriella Cristina Chicalski , Gabriel Cordeiro de Oliveira

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: tabagismo; álcool; depressão
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7093


Resumo:

A interseção entre consumo de álcool, tabagismo e depressão: Um estudo retrospectivo do projeto 'Educando e Tratando o Tabagismo'" Introdução: O consumo de álcool, a depressão e o tabagismo são problemas de saúde pública frequentemente correlacionados. A combinação de nicotina e álcool pode intensificar a dependência, criando um ciclo difícil de romper, frequentemente associado a depressão e outros problemas psicológicos. Objetivo: Descrever a prevalência do uso de álcool entre os pacientes do projeto "Educando e Tratando o Tabagismo" e examinar a relação entre o consumo de álcool e a presença de sintomas depressivos. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospectiva quantitativa de 28 prontuários de pacientes que participaram do projeto no primeiro semestre de 2024. Dados foram coletados por questionários estruturados, incluindo histórico de tabagismo, uso de álcool e protocolos CAGE e PHQ-9. O protocolo CAGE, composto por quatro perguntas, avalia a dependência alcoólica, classificando pacientes com pontuação igual ou superior a dois como em risco para alcoolismo. A escala PHQ-9, baseada em nove perguntas, classifica os níveis de depressão em nenhuma, leve, moderada, moderadamente grave e grave. Resultados: Os resultados obtidos mostraram que 25,9% dos indivíduos foram identificados como em risco para alcoolismo. Quando analisados pelo grau de depressão, 22,2% apresentaram ausência de depressão, 29,6% apresentaram depressão leve, 22,2% foram classificados com depressão moderada, 14,8% com depressão moderadamente grave e 11,1% com depressão grave. Conclusão: Os dados destacam a complexidade das interações entre tabagismo, dependência de álcool e graus de depressão. Esses achados sublinham a importância de abordagens integradas e multidisciplinares no tratamento e apoio a essa população, abordando não apenas o tabagismo, mas também as comorbidades associadas.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

GESTÃO ESTRATÉGICA DE INSUMOS MÉDICO-HOSPITALARES NAS UNIDADES DE SAÚDE DO DISTRITO DE SAÚDE CAJURU

Autores: Aline de Oliveira Perfeito | Juliana Marcon Hencke, Barbara Mudo Ferreira

Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Insumos; Almoxrifado; Gestão Estratégica;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7115


Resumo:

Foram realizadas visitas em algumas Unidades de Saúde (US) do Distrito Sanitário do Cajuru (DSCJ), e observou-se que havia em algumas US acúmulo de alguns insumos médico-hospitalares. Alguns ainda eram residuais do período da pandemia do COVID19, onde as US acumulavam insumos por medo de faltarem, como álcool gel 70º e máscara N95. Outro fato observado foi que o estoque virtual (registro no sistema eletrônico de controle de insumos) estava divergente do estoque físico da US, as vezes por mera ingerência das equipes nos pedidos de reposição de estoque de materiais, somando-se a falta de supervisão dos gestores. Com vista aos princípios básicos instituídos no artigo 37, caput, da Constituição da República, alinhando-se aos valores da Secretaria Municipal de Curitiba, e diante da necessidade de otimizar recursos públicos, evitar desperdícios e garantir o fornecimento adequado de materiais, foi proposta uma revisão e ajuste de cota e estoque de insumos médico-hospitalares nas US do DSCJ. Diante disso, buscou-se identificar as reais demandas de cada US, sua média de consumo e realizar a revisão de cota. Em parceria com as chefias das unidades de saúde, realizou-se o inventário do almoxarifado de cada US, revisando e contando o estoque de todos os insumos médico-hospitalares. Nesta oportunidade as chefias foram orientadas sobre a importância de manter o estoque virtual atualizado em conformidade com o estoque físico bem como da responsabilidade administrativa quanto a responsabilidade com os insumos. O município de Curitiba publicou em 19 de dezembro de 2023 o Decreto Municipal nº 2.420, que exara no 7º e 8º artigos sobre a responsabilidade no controle de estoques. Diante disso, para os insumos que estavam com a cota muito diferente da média de consumo da US, foram realizado estudo do consumo pra estabelecer nova cota. Após a intervenção, observou-se uma melhor compreensão das necessidades de gestão, supervisão, acompanhamento e controle do estoque em cada unidade de saúde, bem como a responsabilidade sobre todo aquele montante de insumos. Também houve ajustes significativos nas quantidades de insumos, pois os excessos foram retirados e remanejados para outras US. Além disso, houve a conscientização sobre o uso adequado dos materiais entre os profissionais das US, contribuindo para a otimização dos recursos públicos e promover a sustentabilidade do sistema de saúde.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

INTERFACES ENTRE AVALIAÇÃO DE QUARTA GERAÇÃO E O MÉTODO PAIDEIA PARA PESQUISAS QUALITATIVAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Autores: Paulo Henrique Mai | Wagner Yoshizaki Oda, Juarez Pereira Furtado

Instituição: Unifesp - Universidade Federal de São Paulo
Palavras-chave: Avaliação em Saúde; Práticas Integrativas e Complementares; Atenção Primária à Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7116


Resumo:

Introdução: Os modelos tradicionais de avaliação de programas e serviços em saúde, geralmente, constroem seus indicadores a partir de dados objetivos e generalizáveis, porém, pouco sensíveis a peculiaridades de serviços, como os de Atenção Primária à Saúde (APS), em que parte significativa das ações é baseada em tecnologias leves e leve-duras, além de extrapolar o saber-fazer restrito aos núcleos profissionais. Ademais, parte significativa da demanda desses serviços consiste em condições de saúde que pouco interferem nos indicadores. Tais serviços demandam, portanto, processos avaliativos consonantes ao contexto e permeáveis a elementos subjetivos e relacionais a ele inerente, contemplando questões e considerações formuladas pelos próprios grupos diretamente implicados. O modelo proposto por Furtado (2001) que associa Avaliação de Quarta Geração (Av4G) e o Método Paideia (MP) parece apresentar potencial para lidar com o desafio. Objetivo: Relatar experiência da associação entre os referenciais teóricos da Av4G e do MP em uma pesquisa avaliativa do uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) por Médicos de Família e Comunidade (mFC). Resultado e discussão: Foi realizada, entre 2023 e 2024, uma pesquisa avaliativa sobre o uso de PICS por mFC na cidade de Maringá/PR, utilizando-se a associação, proposta por Furtado, da Av4G e do Método Paideia. Na pesquisa identificamos que mFC que utilizam PICS tendem a fazê-lo dentro da racionalidade biomédica, mesmo com recorrentes questionamentos ao paradigma biomédico. Tais profissionais entendem que o fato de estarem inseridos em serviços extra-hospitalares, focados numa prática generalista e longitudinal, contribui para que tenham uma perspectiva própria sobre o uso de PICS, que tangencia os próprios referenciais epistemológicos da Medicina de Família e Comunidade. O percurso metodológico escolhido teve como cerne o caráter construtivista e dialético da Av4G que possibilitou acessar as questões e aspirações do grupo de interesse acerca da temática do estudo. O Método de Roda, Paideia, possibilitou elaborações conjuntas e fez dos encontros um espaço de formação e reflexão sobre as práticas de cuidado. Conclusão: As peculiaridades de serviços generalistas trazem à tona a necessidade de refletirmos sobre métodos qualitativos de avaliação e pesquisa que explicitem suas especificidades.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE UM PROTOCOLO DE AUDITORIA BASEADO EM RISCOS

Autores: Caroline Maestri Nobre Albini | Antonio Jose Rodrigues De Campos Junior, Ivan Darmo Pereira, Liliane Ocalxuk

Instituição: Serviço Nacional de Auditoria do SUS do Paraná (Seaud/PR)/ Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS)
Palavras-chave: Serviços Médicos de Emergência; Sistema Único de Saúde; Gestão de Riscos.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7123


Resumo:

As atividades de auditoria no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) são fundamentais para a melhoria da qualidade das ações e dos serviços ofertados à população. Para tanto, os produtos de auditoria devem ser embasados em metodologia clara e funcional para que se materializem em instrumentos de gestão, utilizados para detectar irregularidades e oportunidades de melhoria na gestão do SUS. Este relato de experiência refere-se à elaboração e implementação do protocolo de auditoria interna no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que teve como objetivo avaliar a gestão e o funcionamento nos municípios e estados brasileiros. Para uma melhor compreensão de como a equipe de auditoria poderia proceder para avaliar os riscos que ameaçam o atingimento dos objetivos organizacionais, a ferramenta “Árvore de Problemas” foi escolhida para identificar possíveis gargalos nos macroprocessos críticos referentes a referida política, ao possibilitar o exercício da correlação causal de uma problemática, desde as possíveis causas, o problema central até suas consequências, elementos que são distribuídos respectivamente na estrutura da árvore: raízes (causas), tronco (problema) e galhos (consequências). A partir da aplicação da metodologia foram escolhidos os macroprocessos condizentes com o objetivo principal do SAMU (chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde): Patrimônio, Gestão Financeira, Recursos Humanos, Central de Regulação e Bases Descentralizadas, Unidades Móveis, Padrão Operacional e Gestão. Obtiveram-se dois produtos para serem padronizados na Fase de Planejamento da auditoria: Matriz de Riscos e Matriz de Planejamento; foram identificados 22 riscos, os quais resultaram em 7 questões de auditorias principais e 23 subquestões de auditoria. A realização do protocolo resultou na realização de 35 auditorias, entre estados e municípios brasileiros, no período de abril de 2023 a maio de 2024, que tiveram seus achados consolidados em relatório gerencial. O desenvolvimento do protocolo baseado em riscos, não apenas subsidiou as equipes de auditoria, como demonstrou que a auditoria do SUS pode ser entendida como de complexa análise e avaliação, sendo assim, metodologias objetivas e claras possibilitam e contribuem diretamente para o aprimoramento e efetivação das ações de controle. Portanto, faz-se necessário contínuo debate da metodologia da auditoria baseada em risco, a qual pode colaborar para uma auditoria eficiente.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

PLANEJAMENTO DOS INSUMOS PARA REABERTURA DA UNIDADE DE SAÚDE CAMARGO COM VISTAS A EFICIÊNCIA.

Autores: Aline de Oliveira Perfeito | Juliana Marcon Hencke, Barbara Mudo Ferreira, Patricia Vestergaard Dias

Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Insumos; Almoxrifado; Gestão Estratégica;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7129


Resumo:

Este relato trata do planejamento do estoque de materiais de enfermagem e odontológicos para reabertura da Unidade de Saúde Camargo, após esta Unidade de Saúde- US ter sido reformada. Para a reforma houve a necessidade de esvaziar completamente a US, portanto para a reinauguração, foi necessário compor novo estoque. Em contrapartida, algumas outras US do Distrito Sanitário do Cajuru- DSCJ tinham excessos de alguns itens em seus almoxarifados. Assim vislumbramos a possibilidade de aproveitar esta oportunidade para organizar os almoxarifados que tinham excessos remanejando esses materiais para a reabertura da US Camargo. É definida uma cota para cada insumo para cada US, e o almoxarifado central calcula a entrega dos materiais basicamente com a seguinte fórmula: cota menos estoque atual da US. Assim solicitamos às chefias das US que verificassem os materiais que poderiam dispor para a reabertura da US Camargo. Ao recebermos retorno foram analisados os quantitativos que cada chefia disponibilizou no intuito de analisar a oferta frente à necessidade da US Camargo. Em alguns casos a oferta de algumas US foi maior que a necessidade da US Camargo. A partir da relação de insumos captados foi possível realizar o planejamento dos materiais que viriam do almoxarifado central e dos que a US Camargo receberia por remanejamento das US do DSCJ. Foram 43 itens que não foi necessário receber do almoxarifado central, pois a cota da US Camargo foi completa total ou parcialmente por meio de remanejamento entre as US. Observa-se que a aproximação da gestão regional com as US gerou economia para o município, por meio de auditoria e análise do estoque das US, avaliando seu consumo médio e identificando os eventuais excessos de insumos. Esta ação oportunizou aos servidores responsáveis pelo almoxarifado local, de cada US, um olhar minucioso para dentro do estoque, observando uma oportunidade de mudança de paradigma: da cultura de manter um estoque robusto por medo da falta de material para uma forma mais eficiente e enxuta de gerenciá-lo, evitando assim desperdício de trabalho, tempo e recursos materiais. Também foi possível melhorar a organização dos insumos nos almoxarifados locais, bem como seu controle, reduzindo o acúmulo e a desorganização que esses excessos ocasionam. Essa iniciativa desvelou orientação e aprendizado aos servidores na forma de administrar o almoxarifado das US, economia para a municipalidade, bem como eficiência na gestão de insumos dentro do DSCJ.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE NAS UPAS DE CURITIBA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: 11031942912 | Eloiza Seegmuller de Carvalho Kotovei, Geisiane M T Dias de Moraes, Priscila Bitencourt Brito, Aline Francisca Cesario Feitosa

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Qualidade; UPA; Segurança do Paciente
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7135


Resumo:

Caracterização do problema: Para garantir os padrões de segurança assistencial nas Unidades de Pronto Atendimento de Curitiba (UPAs), a Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) realiza a Gestão da Qualidade com equipes dentro das UPAs há cerca de dois anos, sendo observadas mudanças significativas na assistência ao paciente. Justificativa: A equipe de Qualidade nas UPAs de Curitiba tem sido fundamental para assegurar a assistência ao paciente, promovendo melhorias contínuas para um atendimento de excelência diante dos desafios de uma instituição de alta demanda. Objetivos: Proporcionar atendimento de qualidade aos pacientes; garantir o cumprimento das metas internacionais de segurança do paciente e; aprimorar os processos assistenciais nas UPAs de Curitiba. Descrição da experiência: A Qualidade nas UPAs é marcada por diversas conquistas, incluindo a implementação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), que visa melhorar continuamente os padrões de segurança assistencial. Ademais, a equipe multiprofissional das unidades abre notificações fisicamente ou através de QR Code, que são posteriormente planilhadas e classificadas conforme os critérios da Classificação Internacional de Segurança do Paciente (ICPS) da Organização Mundial de Saúde e, em casos de eventos graves e óbitos a Qualidade conduz a investigação dos eventos, contando com a elaboração de planos de ação pelos gestores, que são acompanhados diariamente quanto à realização e efetividade. Paralelamente, são realizados treinamentos periódicos com a equipe multidisciplinar, revisões de protocolos, mapeamento de processos e atualizações frequentes de documentos a fim de assegurar a qualidade do serviço. Reflexão sobre a experiência: Esse trabalho estende-se ao Departamento de Urgência e Emergência (DUE) de Curitiba, ainda em fase de implantação do NSP, mas com notificações e planos de ação eficazes. Apesar dos desafios, o compromisso com a segurança do paciente é evidenciado pelos avanços nos indicadores mensais, bem como nos atendimentos com mais zelo e a efetividade dos procedimentos assistenciais seguros oferecidos aos usuários em cada uma das unidades. Cada avanço, representa um passo em direção a satisfação do usuário que busca um atendimento de qualidade. Recomendações: Fortalecer o NSP, intensificar a utilização das notificações de incidentes, manter treinamentos e atualizações para a equipe, utilizar a tecnologia e promover a cultura de segurança do paciente contínua.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

POLÍTICAS PÚBLICAS DE APOIO A CUIDADORES FAMILIARES NA AMÉRICA DO SUL.

Autores: Beatriz Fernanda Luiz da Silva | Lívia Cozer Montenegro, Marcus Oliveira Tavares, Adriano Marçal Pimenta, Gisele Siqueira de Castro

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Cuidadores; Política pública; Doença crônica.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7159


Resumo:

Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis, são caracterizadas por um progresso gradual, de longa duração e manifestações de longo prazo imprevisíveis. Pacientes que enfrentam esses processos crônicos frequentemente requerem cuidados complexos, resultando em uma dependência significativa. Nesse contexto, o cuidador familiar assume a responsabilidade pelo cuidado, impactando diretamente sua qualidade de vida. Enquanto países desenvolvidos já possuem políticas governamentais de apoio aos cuidadores familiares, essa abordagem ainda não é amplamente adotada nas nações em desenvolvimento. Objetivo: Identificar, por meio de uma revisão de escopo, as Políticas Públicas de apoio a cuidadores familiares na América do Sul. Metodologia: A revisão de escopo foi realizada por meio de buscas nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, além dos sites oficiais dos governos dos doze países do continente sul-americano que disponibilizam legislações e regulamentos. A revisão começou em 2021 e foi finalizada em 2024. Resultados: Foram encontradas 19 publicações, sendo 16 governamentais e 3 científicas, as quais foram analisadas e categorizadas conforme o tipo de apoio oferecido ao cuidador. O estudo mostrou que, apesar de existirem iniciativas governamentais relacionadas ao tema, não foi encontrada nenhuma política pública ou legislação vigente específica para o cuidador familiar. A maior parte dos documentos encontrados recomendam a qualificação e capacitação de cuidadores para exercício das atividades no domicílio e há alguns que estabelecem o fornecimento de apoio integral aos cuidadores, o que inclui apoio social e financeiro, porém são insuficientes, permanecendo a invisibilidade do protagonismo das mulheres à frente desse cuidado. Conclusão: A criação de sistemas nacionais de cuidado é essencial e deve envolver profissionais, gestores e sociedade civil, incluindo cuidadores e familiares. A busca de evidências confirmou a subutilização dessas políticas, ressaltando a necessidade urgente de mais atenção e investimento dos governos e da sociedade. Profissionais de saúde precisam conhecer as iniciativas intersetoriais disponíveis para orientar cuidadores e famílias, facilitando o acesso a programas muitas vezes desconhecidos.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

ACESSO A MEDICAMENTOS EM SISTEMAS DE SAÚDE UNIVERSAIS: REVISÃO DA ANÁLISE COMPARATIVA

Autores: Hellen Cristina Figueiredo | Suellen Cristina Figueiredo

Instituição: Grupo de Pesquisa em Direito Médico e Bioética/CNPq - FDRP/USP
Palavras-chave: SUS;SAUDE PÚBLICA;MEDICAMENTOS
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7264


Resumo:

Introdução A disponibilidade e acessibilidade a medicamentos são fundamentais para a manutenção da saúde pública e a garantia de direitos. No entanto, países de baixa e média renda enfrentam desafios significativos em relação à disponibilidade de medicamentos essenciais no setor público. Metodologia Este estudo realizou uma revisão integrativa da literatura e de teses para analisar os principais obstáculos e perspectivas enfrentados por quatro sistemas de saúde universais: Austrália, Brasil, Canadá e Reino Unido. Foram utilizados descritores específicos como "Access medicines", "Health System", e "Access to Essential Medicines and Health Technologies". A busca abrangeu bases de dados como PubMed, SciELO, Bireme, Medline, Lilacs, Web of Science e Scopus, focando no período de 2008 a 2018. Resultados e Discussões Os resultados mostram que o Brasil enfrenta desafios financeiros e estruturais que dificultam a ampliação do acesso a medicamentos, especialmente aqueles de alto custo ou para tratamentos de doenças raras. A judicialização da saúde é um fenômeno crescente que expõe as limitações do SUS em fornecer medicamentos de alto custo e tratamentos para doenças raras. De acordo com Oliveira, Nascimento e Lima, o Reino Unido e a Austrália baseiam seu acesso a medicamentos em listas padronizadas e incluem gratuidade para condições específicas, mas exige copagamento para outras. Esses países enfrentam desafios na incorporação de novas tecnologias, que requerem avaliações rigorosas de custo-efetividade para garantir a sustentabilidade econômica. O Canadá, com seu sistema de saúde descentralizado, apresenta variações significativas no acesso a medicamentos entre as províncias. Isso resulta em desigualdades que afetam a equidade do sistema. A criação de um Sistema Nacional de Farmácia tem sido discutida como uma forma de reduzir custos e melhorar a acessibilidade, unificando as políticas de cobertura de medicamentos e reduzindo as disparidades regionais. Conclusão Em conclusão, os sistemas de saúde da Austrália, Brasil, Canadá e Reino Unido enfrentam desafios distintos no acesso a medicamentos, refletindo suas diferentes realidades econômicas, políticas e sociais. Este estudo contribui para a reflexão sobre como melhorar o acesso equitativo a medicamentos e garantir a sustentabilidade desses sistemas.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DE FILAS DE ESPERA: PROTOCOLOS VISUAIS PARA CLASSIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Autores: Luana Caroline Silva de Lima | Daiymon Erik Calegari, Andrea Cristine Perry, Fernanda de Oliveira Florentino dos Santos, Morgana Pereira da Rocha, Olga Regina Cotovicz de Castro Deus

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Regulação e Fiscalização em Saúde; Protocolos; Gestão em Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7269


Resumo:

Caracterização do problema: A falta de critérios de encaminhamento para atendimento na atenção ambulatorial especializada, pode causar filas de espera desorganizadas, longos tempos de espera e dificuldades na priorização de atendimentos nos serviços de saúde. Sem critérios objetivos para classificação dos usuários, a equidade no acesso aos tratamentos pode ser comprometida, levando a potenciais aumentos de custo e redução da eficiência operacional. Justificativa: A implementação de protocolos de regulação de acesso adequados é essencial para uma gestão transparente e eficiente dos recursos, visando melhorar o acesso oportuno dos usuários aos serviços de saúde. As estratégias utilizadas como ações de melhorias incluíram instituir protocolos e guias de encaminhamento, pactuados em CIB. Objetivo: O objetivo deste relato de experiência é descrever a implementação dos protocolos para classificação e qualificação das filas de espera nos serviços de saúde, com o propósito de otimizar o acesso equitativo e eficiente a partir do desenvolvimento de protocolos visuais, realizado por uma enfermeira residente de Gestão Pública em Saúde. Descrição da Experiência: Foram elaborados 03 protocolos visuais para as especialidades de Medicina Fetal, PET-CT e Cirurgia Bariátrica, a partir das deliberações da SESA/PR desenvolvidos pela equipe técnica. Os protocolos visuais elaborados pela enfermeira residente com contribuição da equipe técnica, colaboram para a compreensão e a comunicação eficaz de informações complexas com uso de diagramas, fluxogramas ou outras representações gráficas, oferecendo uma visualização intuitiva e acessível do processo de trabalho. Desses 3 protocolos visuais, 01 já está publicado online, no site da SESA/PR. Os outros 2 protocolos em fase de validação do corpo técnico institucional. Ainda possuem outros protocolos em fase de análise para posterior desenvolvimento. Reflexão sobre a Experiência: Um dos principais benefícios dos protocolos é a sua capacidade de proporcionar uma abordagem mais organizada e equitativa na gestão das filas de espera, melhorando a eficiência e a equidade no sistema de saúde. O envolvimento multidisciplinar e do residente técnico em Gestão pública é essencial, permitindo perspectivas variadas na elaboração dos protocolos. A incorporação de tecnologias emergentes também pode otimizar a implementação e eficácia dos protocolos, promovendo uma gestão eficiente dos recursos e fortalecendo as SMS no seus processos de trabalho.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

AÇÕES PARA QUALIFICAÇÃO DAS FILAS DE ESPERA CONSULTA/EXAMES ESPECIALIZADOS E CIRURGIAS ELETIVAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Luana Caroline Silva de Lima | Daiymon Erik Calegari, Andrea Cristine Perry, Fernanda de Oliveira Florentino dos Santos, Morgana Pereira da Rocha, Olga Regina Cotovicz de Castro Deus

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Indicadores da Eficiência do Sistema de Saúde; Gestão em Saúde; Sistema Único de Saúde;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7278


Resumo:

Caracterização do problema: Os usuários têm enfrentado longos períodos de espera e dificuldades para acessar consulta/exames especializados e cirurgias eletivas devido à falta de critérios claros e objetivos para organizar as filas. Isso pode resultar em desperdício de recursos, sobrecarga de determinados serviços e insatisfação dos usuários. A demanda reprimida é influenciada por fatores temporários e permanentes que contribuem para esse desequilíbrio. Justificativa: A otimização da gestão de filas de espera por meio de protocolos para classificação e qualificação no acesso aos serviços de saúde é crucial para melhorar a eficiência e a equidade no sistema de saúde. Objetivo: Descrever as estratégias trabalhadas na SESA/PR junto aos residentes de Gestão em Saúde Pública para a melhoria da regulação do acesso através da qualificação das filas de espera. Descrição da Experiência: Os métodos utilizados, incluíram instituir protocolos, implementar estratégias de redução de absenteísmo e reduzir as filas de espera existentes. Foram apresentados os dados através das análises dos relatórios das filas ambulatoriais e das cirurgias eletivas entre o período de 2014 até maio de 2024, por macrorregionais com dados do sistema CARE/PR. Os relatórios foram elaborados pela equipe técnica e os dados alimentados pelos residentes. A partir dos dados obtidos em relação às análises, há aproximadamente 90.367 solicitações pendentes de agendamento para cirurgias eletivas e cerca de 365.677 solicitações no módulo ambulatorial aguardando agendamento. Como resultado da ação de melhoria, foram propostas normas e protocolos elaborados pela Câmara Técnica de Regulação Estadual através da proposta de pactuação em CIB para orientar o acesso, qualificar a fila de espera de acordo com protocolos de encaminhamento. Espera-se que os resultados possam ser analisados no segundo semestre de 2024. Reflexão sobre a Experiência: O impacto dessas ações visa permitir uma avaliação equitativa, com redução de desperdício de recursos por ociosidade e a redução do tempo de espera. A regulação ágil promove economia de recursos municipais e estaduais, possibilitando uma redução nos custos totais. Uma regulação bem estruturada promove a diminuição das filas no SUS e otimiza todo o sistema de saúde. A presença do residente técnico em gestão pública enquanto força de trabalho, contribui nesse processo ao aplicar seus conhecimentos, auxiliar nas análises e na otimização dos processos administrativos.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

MANIFESTAÇÕES DOS USUÁRIOS NA CENTRAL 156 EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Autores: Luana Macedo Ribeiro | Martha Porto Sabino, Lívia Cozer Montenegro

Instituição: Universidade Federal Do Paraná (UFPR)
Palavras-chave: Ouvidoria dos Pacientes; Administração Em Saúde Pública; Gestão Em Saúde;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7306


Resumo:

Introdução: Os Sistemas de saúde em todo mundo tem avançado na discussão sobre a participação do usuário e a importância da sua voz enquanto possibilidade para melhoria da qualidade. No Sistema Único de Saúde tal participação pode ser exercida por meio das ouvidorias. No município de Curitiba as ouvidorias são referências nacionais e a manifestação das pessoas sobre sua interação com os serviços de saúde podem ser registradas no aplicativo denominado Central 156. Os serviços de saúde têm apresentado um número elevado de manifestações quando comparado aos demais setores da sociedade. Dentre estes o principal marcador das Unidades de Pronto Atendimento é a demora no atendimento (TOFANI, et.al, 2022). Dessa maneira, questiona-se: Qual a característica das manifestações realizadas pelos usuários nas Unidades de Pronto Atendimento do Município de de Curitiba? Objetivo: Identificar as características das manifestações realizadas pelos usuários nas Unidades de Pronto Atendimento do Município de Curitiba na central 156. Método: Estudo descritivo, exploratório, transversal de abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos, por meio do banco de dados público disponível no site da Prefeitura Municipal de Curitiba. O cenário considerou as nove Unidades de Pronto Atendimento do município. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a abril de 2023. Os dados foram submetidos a análise descritiva com auxílio do software SPSS versão 7.0. e depois os resultados foram apresentados por meio da descrição das variáveis e de medidas tendência central. Resultados e discussão: No período de quatro meses foram registradas 1170 manifestações referentes às Unidades de Pronto Atendimento, a maioria destas foram registradas no mês de março (36,5%). Dentre o total de manifestações as reclamações correspondem a maioria dos registros (76%)s, seguida por elogios (19%) e solicitações (4,4%). A maior parte das reclamações (30,5%) estavam relacionadas a demora no atendimento, seguido das reclamações sobre o atendimento dos profissionais (24%). O principal público que registrou estas manifestações são mulheres (70,5%), residentes no bairro Cidade Industrial (13,8%), com idade entre 40 a 49 anos (26,8%). Conclusão: Conhecer o perfil das pessoas que realizam manifestações bem como sua percepção diante dos serviços de urgência, contribui como indicador importante para a gestão de serviços de saúde de modo que seja possível organizar as demandas e a oferta de um atendimento de qualidade

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

MANIFESTAÇÕES DOS USUÁRIOS NA CENTRAL 156 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autores: Luana Macedo Ribeiro | Lívia Cozer Montenegro

Instituição: Universidade Federal Do Paraná (UFPR)
Palavras-chave: Ouvidoria dos Pacientes; Atenção Primária à Saúde; Covid-19; Gestão em saúde;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7307


Resumo:

Introdução: O registro de ouvidorias é um processo participativo e desejável em todo mundo, de modo que a voz das pessoas passa a ter ressonância na gestão dos serviços por quem o utiliza (FERNANDEZ, et al, 2021). No município de Curitiba o registro dessas podem ser realizadas no aplicativo Central 156. Dentre os registros, os relativos à saúde têm apresentado um número considerável de manifestações, em especial em momento de crises. Considerando a Pandemia da Covid-19 os serviços de Atenção primária da regional matriz que compõem o maior número de usuários cadastrados, tiveram enfoque em atividades de vacinação no contexto da pandemia. Objetivo: Analisar as características das manifestações dos usuários na Central 156 referente aos serviços de Atenção primária da regional matriz no contexto da pandemia de Covid-19. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e documental. Os dados foram obtidos por meio do banco de dados da Central 156 de acesso aberto e disponível online. O cenário da pesquisa são os serviços de atenção primária da Regional Matriz que é composta por 3 unidades de saúde. O recorte temporal foi entre março de 2020 e maio de 2023, período onde foi caracterizada a pandemia. Os dados foram submetidos a análise descritiva com auxílio do software STATA em seguida apresentados por meio da descrição das variáveis e de medidas tendência central. Resultados e discussão: O total de manifestações obtidas foi de 2965, sendo 59,16% reclamações, 28,43% solicitações e 12,01% elogios. Vale destacar o número expressivo de elogios considerando o contexto de crise. Dessas 22,09% corresponderam ao atendimento profissional, seguida por 21,59% referente ao fluxo de atendimento, das quais 76,63% foram respondidas ao cidadão via e-mail e 20,81% correspondentes via telefone. Das unidades de saúde analisadas a centralidade das manifestações foi referente à unidade Ouvidor Pardinho 66,16%, justamente pela localização central e maior número de pessoas cadastradas, bem como por ter centralizado diversas ações no período pandêmico. Com relação ao perfil dos usuários manifestantes, 67,49% são mulheres, idosas com idade entre 60 e 99 anos (37,77%) que residem no bairro Rebouças (66,06%). Conclusão: A análise das ouvidorias é uma forma importante de verificar a participação dos usuários frente aos serviços de saúde, tornando-se uma evidência da melhoria da qualidade dos serviços, dos fluxos de atendimento, da organização do serviço e na gestão.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS EM CASOS DE DENGUE: ADMISSÕES EM UM HOSPITAL DE RETAGUARDA

Autores: Marina Abreu de Oliveira Marcondes | Chayane Karla Lucena de Carvalho, Thatiane Nakadomari, Tatiane Filipak, Taisa Faria Jorge Faret, Bruno Henrique de Mello

Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde
Palavras-chave: Dengue; Epidemiologia; Doenças endêmicas; Hospital público; Integração de serviços de saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7308


Resumo:

Caracterização do problema: A dengue é uma enfermidade febril aguda, causada por um vírus, geralmente apresentando sintomas leves na sua forma clássica, porém, pode tornar-se grave quando se manifesta como dengue hemorrágica. Atualmente, a dengue é considerada a arbovirose mais significativa, transmitida por artrópodes, afetando amplamente a população mundial, sendo de notificação compulsória. Justificativa: No Brasil, já são 1,5 milhão de casos prováveis de dengue em 2024. Ao todo, 271 municípios brasileiros e nove unidades da federação declararam emergência em saúde pública por conta da dengue. Neste interim, documentar a experiência do quantitativo de atendimentos a nível terciário de suspeitas e casos confirmados de dengue em um hospital retaguarda é fundamental para apoiar no reconhecimento do alcance da doença. Objetivo: Relatar a experiência das linhas de cuidado aos casos de suspeita e confirmados dentro de um hospital de retaguarda vinculado a uma instituição prestadora de serviços de saúde no SUS em Curitiba-PR. Descrição da experiência: No período de maio a junho do ano de 2024 foi acompanhado as admissões e internamentos de casos com sintomatologia para dengue. Durante essa condução da coleta de dados, foram identificados 56 internamentos sintomáticos, destes 33 casos confirmados, 7 casos suspeitos e posteriormente com resultado não reagente, sendo que, 16 casos aguardam resultado da testagem. Dentre o total de internados, o gênero masculino foi predominante, sendo 31 internamentos nesta categoria versus 25 do gênero feminino. A média de permanência foi de 4 dias de internação. Ocorreu 1 transferência para outro nível de atendimento por complicações associadas a enfermidade. Todos os pacientes foram acompanhados pela equipe multidisciplinar, além disso a abordagem sobre as condutas para minimizar a proliferação do Aedes aegypti também foi aplicada. Reflexões: Os dados sobre essa patologia e incrementar as ações nos serviços de saúde pública em todos os níveis de atendimento junto à população, é um fator primordial para controle de novos casos da doença, além disso, as ações realizadas fortaleceram os vínculos multisetoriais. Recomendações: O espectro desta infecção é preocupante, visto que, em quadros aparentes de hemorragia, a evolução pode ser rápida com o êxito letal. É notável que os pacientes com dengue necessitam de acompanhamento diário de sua evolução sendo indispensável o rápido direcionamento da atenção no serviço de saúde.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

A IMPORTÂNCIA DA AMPLIAÇÃO DE LEITOS EM UM HOSPITAL DE BAIXA COMPLEXIDADE NA REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE DE CURITIBA

Autores: Rosilaine de Oliveira | Altair Damas Rossato, Larissa Boventura, Carolina Piasecki, Manoela Andreis Ferreira de Oliveira, Laura Roberta dos Santos Medeiros

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde- FEAS
Palavras-chave: Sistema Único de Saúde; clínica médica; leitos.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7341


Resumo:

Caracterização do problema: A partir de fevereiro de 2024 a Rede de Atenção à Saúde (RAS) de Curitiba apresentou crescente demanda de leitos para internamento clínico, evidenciado pelo aumento de pacientes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Justificativa: Para garantir acesso aos leitos de internamento para usuários do Sistema Único (SUS) de Curitiba e diminuir a sobrecarga das UPAs. Foi necessário ampliar em 50% o número de leitos de clínica médica geral em um hospital de baixa complexidade. Objetivos: Descrever as etapas da ampliação de leitos, desafios e resultados. Descrição da experiência: A necessidade de leitos hospitalares da RAS de Curitiba impulsionou a implantação de mais 20 leitos (de 40 para 60) da clínica médica geral num hospital de baixa complexidade. Para isto foi definido que o centro cirúrgico “inoperante” seria a área destinada a receber esses novos leitos. O plano foi dimensionar a capacidade de leitos no setor, estrutura física, equipamentos e insumos, contratar equipe assistencial e prestadores de serviços de apoio, por fim, habilitar os leitos pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS). Para adequar sem prejuízo da oferta de leitos já existentes, a entrega dos novos leitos se deu da seguinte forma: no final do mês de fevereiro foi disponibilizado 44 leitos, 49 em março e 60 em abril de 2024. Foram contratados de forma emergencial 38 novos colaboradores entre assistenciais, administrativos e apoio e realizadas várias reuniões envolvendo gestores, líderes e demais para definir tarefas, prazos e alinhamentos. Reflexão sobre a experiência: A ampliação de leitos em 50% é uma tarefa complexa, exigiu análise epidemiológica do aumento de pacientes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), tempo de resposta preciso para a ação não ser inócua, dimensionamento mínimo de profissionais para garantir o acesso e assistência, foco intenso nos prazos, capacidade de apresentar soluções aos problemas estruturais, delimitar tarefas, utilizar estratégia para acolhimento de novos funcionários com escuta de todos os envolvidos, esclarecendo os objetivos e motivos da ampliação. Recomendações: Para ampliação de leitos é necessária uma análise complexa da necessidade absoluta, clareza no tempo de resposta, certificar-se de que as propostas irão atingir o resultado esperado. Manter planejamento concentrado em possíveis variáveis técnicas, energia convergente, comunicação efetiva, direção e liderança favorecem o sucesso.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

ATENDIMENTO DOMICILIAR EM CUIDADOS PALIATIVOS: FLUXO DE REFERÊNCIA E CONTRA REFERÊNCIA

Autores: Gabriella Barbosa Nadas | Keyla Rodrigues Camargo, Tayna Eleonai Oliveira Rocha Batista, Clovis Cechinel, Mariana Maso Lous

Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) - Programa Melhor em Casa
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Serviço de assistência domiciliar; Tratamento domiciliar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7343


Resumo:

Caracterização do problema: o cuidado paliativo é uma abordagem destinada às pessoas com doenças crônicas e incuráveis, de qualquer idade, visando qualidade de vida. Estima-se que, a cada ano, mais de 56,8 milhões de pessoas necessitarão desse tipo de cuidado. Com o aumento da demanda do cuidado, há necessidade de ajuste na rede de saúde que eventualmente será responsável pelos cuidados de alta complexidade do paciente e seus familiares. Justificativa: pacientes em cuidados paliativos dependem de todos os pontos da rede SUS, com necessidade de integração e diálogo entre todos os pontos para um melhor atendimento ao paciente e seus familiares. Objetivos: descrever o funcionamento do serviço da equipe de cuidados paliativos dentro do programa Saúde em Casa (SAD) de Curitiba. Descrição da experiência: há seis formas de inclusão na equipe de cuidados paliativos: 1) Regulação médica hospitalar 2) Regulação médica na UPA 3) Ambulatório de cuidados paliativos 4) Unidade Básica de Saúde – UBS 5) Solicitação do Hospice 6) Interconsulta das outras equipes do SAD. Nas solicitações dos itens 1, 2 e 5, o pedido é realizado pela origem (via e-mail), e médicos reguladores do serviço do SAD avaliam o paciente intra hospitalar (ou UPA) e discutem o caso com a equipe assistente. Caso aceite, a ficha de admissão é repassada ao SAD CP e a admissão é organizada em até 72h úteis. Quanto aos itens 3, 4 e 6, as solicitações são enviadas via e-mail, impressas e colocadas na pasta de admissões do SAD CP, e a equipe tem até 10 dias úteis para a avaliação e informar à origem se o paciente manterá com o SAD CP, se foi apenas a realização de visita única para interconsulta ou necessidade de internamento. Para o fluxo de contra referência, tem-se Hospitais (Pronto atendimento), UPA’s, Hospice, UBS e óbito. Reflexão sobre a experiência: Há um giro médio de cerca de 52 pacientes por mês na equipe de cuidados paliativos, com mais de 100 atendimentos mensais contando EMAD e EMAP. Tal condição evidencia a necessidade de crescimento da equipe devido a crescente importância e destaque aos cuidados paliativos, em especial, domiciliar. Recomendações: realização de fluxos de acolhimento de pacientes em Cuidados Paliativos, assim como, das admissões e organização dos pacientes que entrarão no serviço.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

SERVIÇO DE REGULAÇÃO DE PACIENTES NO PROGRAMA MELHOR EM CASA

Autores: Gabriella Barbosa Nadas | Natalia Pavowski, Clovis Cechinel, Mariana Maso Lous

Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) - Programa Melhor em Casa
Palavras-chave: Serviço de assistência domiciliar; Tratamento domiciliar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7344


Resumo:

Caracterização do problema: segundo a Portaria Consolidade n.º 05, de 28 de setembro de 2017, o programa Melhor em Casa (SAD) tem como objetivos: redução da demanda por atendimento hospitalar e redução do período de permanência de usuários internados. Justificativa: no município de Curitiba há uma grande demanda de pacientes com necessidade de atendimento domiciliar e falta de profissionais nos hospitais e ou UPAs que avaliem os critérios de inclusão e exclusão do programa. Para que a transferência dos cuidados aconteça de forma segura, e para que as avaliações ocorram de forma organizada, houve a necessidade de criação de um serviço de regulação dentro do programa SAD que se desloca até os serviços solicitantes e avalia os pacientes. Objetivos: descrever o funcionamento do serviço de regulação do SAD de Curitiba. Descrição da experiência: a equipe é composta por 04 médicos reguladores, uma enfermeira e um técnico de enfermagem. Os reguladores médicos possuem dias fixos de visita nos hospitais da região de Curitiba, assim como as UPA’s, ocorrendo a mesma de forma ininterrupta, de segunda a segunda. Nos finais de semana as visitas são realizadas conforme demanda dos hospitais e UPA’s. A solicitação ocorre por meio de uma ficha, na qual deve-se constar os dados cadastrais atualizados do paciente (endereço, Unidade Básica de Saúde e telefones), hospital solicitante, data da solicitação, médico solicitante, motivo da solicitação, descrição do quadro clínico, precaução de contato e dispositivos invasivos. Caso a solicitação seja para término de antibioticoterapia, deve-se colocar indicação, antibiótico, dosagem, periodicidade e tempo de utilização. O solicitante envia um e-mail ao SAD para que o médico regulador que avaliará o paciente no leito, conversará com os familiares e o serviço solicitante. Com o aceite do paciente, a alta é organizada pela origem e segue-se a admissão pelo SAD no domicílio em até 72h úteis. Reflexão sobre a experiência: a partir da necessidade e alto fluxo de desospitalização e ou não hospitalizações no município criou-se o serviço de regulação. Com a criação do serviço, nota-se melhora importante no fluxo de admissão, impactando inclusive no tempo de permanência dos hospitais da Rede de Assistência à Saúde. Recomendações: os serviços de atendimento domiciliar que possuem alto fluxo de solicitações hospitalares criem seus complexos de regulação para a otimização das admissões e organização dos pacientes.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

DESAFIOS NA MONTAGEM DE UM CME: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Gisele Cristina de Campos Cruz | Bruno Henrique de Mello, Marina Abreu de Oliveira Marcondes

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Enfermagem de Saúde Pública;Papel do Profissional de Enfermagem;Enfermeiras e Enfermeiros.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7357


Resumo:

Caracterização do problema: O Centro de Materiais e Esterilização (CME) é o local destinado a limpeza e esterilização de produtos para saúde, assegurando a assepsia correta, boas práticas de reprocessamento dos materiais, evitando assim a disseminação das infecções hospitalares e garantindo a segurança dos pacientes e dos profissionais envolvidos. Justificativa: Dessa forma a importância da montagem de um sistema de gestão que requer estrutura (física, material e humana), planejamento, qualidade e segurança dos processos. Objetivo: relatar a experiência vivenciada por enfermeira e técnicas de enfermagem na montagem de um CME. Descrição da experiência: A montagem do CME ocorreu entre 1/05/2024 a 12/05/2024 contou com as seguintes etapas: 1) alinhar as necessidades e expectativas do CME, 2) estruturação física e de insumos, número de leitos do hospital, complexidade dos pacientes, tipos de procedimentos realizados no hospital, 3) criação e execução dos fluxos, 4) documentos, 5) treinamento das equipes. Definido a necessidade de montagem do CME, foram realizados reuniões com os setores envolvidos (enfermarias, unidade de terapia intensiva, farmácia, qualidade, equipe multiprofissional) para verificação da necessidade de cada setor, contratação da equipe técnica, recebimento dos insumos. Reflexão sobre a experiência: A implementação de um CME em um curto espaço de tempo se mostrou um desafio para as equipes de enfermagem do setor. A elaboração de um plano de ação, com cronograma e a cooperação entre as equipes se mostraram estratégias eficazes para evolução do projeto. O CME foi montado sem que houvesse prejuízos à assistência, em um tempo curto e utilizando o capital humano da instituição. Recomendações: Considerando o tempo que teríamos foi importante no planejamento contratar profissional gestor experiente nesta unidade, assim como caminhos bem descritos, documentos claros e informações precisas todos com embasamento cientifico e dentro das normas e resoluções.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

PROCESSO DE JUDICIALIZAÇÃO PARA A AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E ÓRTESES/PRÓTESES DE ITENS QUE NÃO ESTÃO CATALOGADOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Adevir Isidoro dos Santos | Filipe da Silva Santos, Kerla Mattiello

Instituição: Universidade Estadual de Maringá - UEM
Palavras-chave: Judicialização da Saúde; Decisões Judiciais; Orçamentos; Sistema Único de Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7363


Resumo:

O relato de experiência é referente ao projeto desenvolvido durante o estudo do processo de judicialização para a aquisição de medicamentos e órteses/próteses de itens que não estão catalogados no Sistema Único de Saúde. O fenômeno da judicialização da saúde e a busca pela aquisição de medicamentos e/ou órteses/próteses perante o Poder Público está em um crescente no Brasil. Porém, o crescimento desordenado e sem diretrizes definidas, pode trazer sérias consequências para o processo em si, bem como afetar significativamente as contas públicas. Na busca por um tratamento ao diagnóstico enfrentado ou até mesmo visando a garantia dos direitos constitucionais, o paciente ingressa com ação judicial em face do Poder Público. Devido ao grande número de ações judiciais e, principalmente com relação aos valores dispendidos para custeá-las, faz-se necessário algumas ações buscando minimizar o impacto nas contas públicas, bem como proporcionar uma maior qualidade de vida aos pacientes. Visando atender ao objetivo proposto, juntamente com a equipe especializada em judicialização da saúde no Estado do Paraná, buscou-se implementar ações simples, porém com impacto significativo no processo, no que diz respeito à qualidade do serviço prestado para a população paranaense. Pelo fato dos recursos públicos ser uma fonte esgotável, torna-se fundamental um regramento e passo a passo eficaz, de modo que atenda ao Princípio da Economicidade e Eficiência. Dentre as ações mais efetivas, podemos destacar aquelas voltadas para a comunicação eficiente e clara entre os envolvidos, de modo a dar maior celeridade, além de proporcionar desburocratização do processo, culminando com o maior número de pacientes atendidos, no menor prazo possível e com o menor custo ao Estado. Face ao exposto, acredita-se que essas ações contribuirão para alcançar o objetivo proposto.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

CONTROLE DE ACESSO: UMA FERRAMENTA DE GESTÃO

Autores: Silvana Ferri Fecchio | Juliana vicente de Oliveira Franchi, Roseli Presser , Geraldo Junior Guilherme

Instituição: Hospital Dr Eulalino Ignacio de Andrade /Zona Sul de Londrina/FUNEAS
Palavras-chave: Controle de acesso; Organização e Administração; Hospitais;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7365


Resumo:

Caracterização do problema: O Brasil é um dos países mais inseguros do mundo e a violência afeta todos os segmentos, incluindo o hospitalar. Desse modo, uma das estratégias essenciais da gestão é o controle de acesso em hospitais. Justificativa: A falta de um controle de acesso bem estruturado em hospitais os torna sujeitos a uma série de riscos. Alguns exemplos são o roubo de medicamentos, saídas de pacientes sem autorização médica, entrada de pessoas não autorizadas e até sequestro de recém-nascidos. O Hospital zona Sul de Londrina, vem apresentando nos últimos anos, aumento expressivo em sua produção nas clinicas medica e cirúrgica e nos atendimentos de emergência e ambulatorial. O resultado disso é um fluxo cada vez maior de pessoas que acessam o hospital, sendo eles, pacientes, acompanhantes, servidores, prestadores de serviço, acadêmicos dentre outros. Diante deste contexto, é necessário termos um serviço de controle de acesso com rotinas e protocolos operacionais definidos, equipe engajada e treinada, para que possamos oferecer aos nossos usuários um ambiente seguro e uma assistência qualificada. Objetivo: Descrever a experiência de implementação de um projeto de controle de acesso em um Hospital Público Secundário do Norte do Paraná. Descrição da experiência: A partir de 2024, o serviço de recepção e portaria passa para a gestão do núcleo de hotelaria, na pasta da direção de enfermagem. Realizou-se um estudo do dimensionamento da equipe, rotinas e procedimentos existentes e identificou-se a necessidade de redefinir as portarias de acesso ao prédio, caracterizando os usuários que acessam por cada entrada, assim como revisar normas e rotinas e descrever procedimentos para estabelecer um controle de acesso seguro. Reflexão da experiência: A implantação de um controle de acesso, com normas, rotinas e procedimentos padrões seguidos em todas as portarias, tem se mostrado uma ferramenta de gestão importante para o planejamento, controle e tomada de decisão no gerenciamento da recepção hospitalar, serviço que desempenha um papel fundamental na primeira impressão que as pessoas têm da instituição de saúde e também na organização do fluxo de atendimento. Recomendações: Utilizar-se cada vez mais da tecnologia no controle de acesso, através de sistemas automatizados que funcionam por biometria, senhas e cartões de proximidade e que possuem ferramentas que registram em tempo real as entradas e saídas, facilitando o monitoramento de todos os ambientes.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

ANÁLISE DE INDICADORES DE PRODUÇÃO HOSPITALAR E ARTICULAÇÃO JUNTO A 17ª REGIONAL DE SAÚDE, PROMOVENDO O AUMENTO DE OFERTA DE SERVIÇOS CONFORME A DEMANDA APRESENTADA

Autores: Geraldo Junior Guilherme | Aline Maria Tonin Leoni, Maura Aparecida Silveira, Maria Lucia Lopes, Naiara Barros Polita

Instituição: Hospital Dr Eulalino Ignácio de Andrade - Hospital Zona Sul de Londrina
Palavras-chave: Indicadores de Gestão, Serviços Públicos de Saúde, Estratégias de Saúde Regionais.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7370


Resumo:

Caracterização do problema: Os gestores dos serviços de saúde no nível hospitalar devem analisar os indicadores de produção dos serviços que ofertam, garantindo que estejam em acordo com a demanda apresentada nos municípios, com uma articulação contínua com a Regional de Saúde, promovendo a otimização do uso da estrutura física e humana para atender a real necessidade de serviços de saúde, seja no atendimento de urgência e emergência, seja na oferta de consultas ambulatoriais, exames e cirurgias eletivas. Justificativa: Existe uma demanda reprimida de necessidades de saúde nos municípios, que deve ser resolvida em ambiente hospitalar, evitando vazios assistenciais que podem culminar em situações de emergência. A análise pelos gestores hospitalares de seus indicadores assistenciais se faz necessária para que se possa planejar e adequar a estrutura hospitalar para atender esta demanda, a qual deve ser apresentada pela Regional de Saúde em conjunto com os secretários municipais de saúde dos municípios. Objetivos: Descrever como acontece a análise de indicadores, aliado a uma articulação junto a Regional de Saúde em um hospital público de média complexidade na cidade de Londrina/PR. Descrição da experiência: A direção do hospital se reúne semanalmente para planejar as adequações necessárias de recursos humanos, estrutura física e de equipamentos, analisando os indicadores de ocupação hospitalar nas diversas especialidades, quantidade de exames, oferta de consultas ambulatoriais, oferta de cirurgias nas especialidades, sendo que toda a demanda foi apresentada no Comitê de Acesso ao SUS, criado pela 17ª Regional de Saúde. Reflexão sobre a experiência: Em 18 meses, foi possível aumentar a taxa de ocupação hospitalar de 70 para mais de 100 %, as consultas ambulatoriais passaram de cerca de 1000, para mais de 3000 consultas mensais, as cirurgias passaram de cerca de 450 cirurgias, para 1060 cirurgias no mês de maio de 2024, as internações hospitalares passaram de cerca de 600 internações mensais, para 1034 internações no mês de maio/2024. Recomendações: É importante os gestores hospitalares monitorarem constantemente seus indicadores, articulando a oferta de serviços, de acordo com a demanda apresentada pela Regional de Saúde e desta forma, aumentando a produção hospitalar, atendendo da melhor forma as necessidades da população nos municípios

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ESTRUTURAÇÃO, EM DOIS MESES, DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CURITIBA.

Autores: Mariana Alves Dvulhatka | Bruno Henrique de Mello, Marina Abreu de Oliveira Marcondes

Instituição: HOSPITAL VITÓRIA- FEAS
Palavras-chave: equipe multiprofissional; atenção à saúde; trabalho em equipe
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7372


Resumo:

Caracterização do problema: Devido a demanda sazonal dos casos de pacientes que necessitam de hospitalização na cidade Curitiba, observou-se a necessidade da abertura de novos leitos. Assim, foi realizado a abertura em tempo breve de um hospital, o qual atende diferentes casos clínicos e recebe um grande fluxo de pacientes diariamente. Justificativa: Diante de tal cenário verificou-se a necessidade da formação de uma equipe multiprofissional eficiente, que surgiu da diversidade dos casos atendidos e que demandam abordagens interdisciplinares para garantir um tratamento integral e humanizado. Este relato de experiência aborda o processo de estruturação da equipe multiprofissional em um hospital público de Curitiba executado em apenas 02 meses. Objetivos: Relatar as etapas, desafios e conquistas na formação de uma equipe integrada, voltada para a melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes. Descrição da experiência: Para estruturação de uma equipe multiprofissional inserida no contexto hospitalar, foi necessário realizar um diagnóstico detalhado das necessidades do hospital. Isso envolveu um planejamento, onde fosse possível identificar as lacunas no atendimento e planejar a composição da equipe. Dentro dessa composição apresentou-se as seguintes áreas: medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia, fonoaudiologia, farmácia e serviço social. Com base no planejamento, iniciou-se o processo de contratação de novos profissionais. A integração dos novos membros da equipe foi importante para o andamento do projeto. Além das competências técnicas, buscou-se trabalhar as habilidades interpessoais e capacidade de trabalho em equipe, essenciais para a atuação em um ambiente multiprofissional. Junto disso objetivou-se enfatizar o trabalho de comunicação eficaz, a resolução de conflitos e o trabalho colaborativo. Para garantir a consistência e a qualidade do atendimento, foram desenvolvidos e implementados protocolos de atendimento interdisciplinares. Reflexão sobre a experiência: A estruturação da equipe multiprofissional no hospital público executado em apenas 02 meses demonstrou ser um passo fundamental para aprimorar a qualidade assistencial. Recomendações: Este relato serve como uma motivação para outras instituições que buscam implementar equipes multiprofissionais eficazes, destacando a importância do planejamento, integração, fatos esses que contribuem em melhores resultados institucionais.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

O CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE A ATUAÇÃO DA EQUIPE MÍNIMA EM CUIDADOS PALIATIVOS NO VALE DO RIBEIRA

Autores: Victoria Luzia Antunes Grothe | Roberto Zonato Esteves, Marcio José de Almeida

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Equipe Multiprofissional; Saúde Pública; Gestão em Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7412


Resumo:

Introdução: Cuidados paliativos são uma abordagem multidisciplinar que visa o alívio de sintomas em doenças crônicas desde o diagnóstico, passando pelo tratamento, até a terminalidade e o luto. Deste modo, a atuação vai além do controle de sinais e sintomas, promovendo a qualidade de vida e a redução do sofrimento frente aos desafios dessas patologias que ameaçam a vida. De acordo com a ANCP e a recente Política Nacional de Cuidados Paliativos, a implementação dos cuidados paliativos deve ocorrer de maneira multidisciplinar. Quando não for possível, esta deve ser realizada por uma equipe mínima composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, objetivando a otimização e a prestação de cuidados de maneira abrangente. Entretanto, questiona-se: Qual é o conhecimento dos profissionais de medicina, enfermagem, psicologia e serviço social sobre a atuação em equipe mínima em cuidados paliativos na rede assistencial? Objetivos: Reconhecer como o conhecimento sobre cuidados paliativos e gestão em saúde é propagado nos diferentes níveis de atenção. Avaliar o conhecimento dos profissionais de Medicina, Enfermagem, Psicologia e Serviço Social sobre a prática profissional de saúde em ações de cuidados paliativos. Método: Pesquisa exploratória qualitativa com característica descritiva. Será utilizado um roteiro de entrevista semiestruturada contendo 20 perguntas. Análise das Informações: A transcrição das entrevistas será realizada utilizando o software LibreOffice Writer e as informações serão categorizadas pelo software IRAMUTEQ. Resultados Esperados: Espera-se suscitar reflexões e identificar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre a configuração da rede de cuidados paliativos, promovendo a integralidade como elemento central. O estudo busca impulsionar uma mudança no modelo assistencial, analisando fragilidades e potencialidades do serviço a partir da perspectiva desses profissionais na região do Vale do Ribeira, que se concentra no sul do Estado de São Paulo e leste do Paraná. Considerações Finais: Avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre cuidados paliativos é fundamental para desenvolver capacitações que direcionem ações para uma rede integrada e fortalecida. Isso possibilitará ao sistema de saúde proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes, amenizando o sofrimento e investigando a efetividade das práticas assistenciais nesta modalidade de cuidado.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES: ESTUDOS DE PREVALÊNCIA

Autores: Gabrielle Freitas Saganski | Suzana Maria Menezes Guariente, Renne Rodrigues

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: violência; docentes; revisão sistemática
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7415


Resumo:

Introdução: A violência perpetuada contra professores têm diversas consequências negativas para a vítima, como a diminuição da qualidade de vida e produtividade, podendo levar ao abandono da profissão. Apesar do reconhecimento da importância deste fenômeno, a complexidade dos tipos de violência e fontes perpetradoras dificultam o adequado reconhecimento da prevalência da violência contra os professores. Objetivo: caracterizar a busca de estudos que abordam sobre a prevalência contra professores atuantes nos diversos níveis educacionais(1,2). Método: Trata-se de um recorte de uma revisão sistemática de prevalência em desenvolvimento. Construída a partir das diretrizes do JBI(3), com as seguintes etapas realizadas: desenvolvimento da pergunta de pesquisa conforme população, conceito e contexto de interesse, elaboração do protocolo de pesquisa, registro na plataforma prospero, construção das estratégias de busca, seleção das bases de dados e identificação dos estudos. A busca foi realizada em abril de 2024, nas seguintes bases de dados: PubMed/MEDLINE, EMBASE, Eric database, Scopus, PsycINFO, Web of Science, BVS e Scielo. Sem restrição de tempo ou idioma. Foram utilizados descritores e entre termos relacionados à população de professores e ao conceito de violência conforme especificidade de cada base. A ferramenta Rayyan foi utilizada para seleção dos estudos de forma independente pelos revisores. Resultados/discussão: Foram recuperados 2.486 estudos, restando, após seleção por título e resumo, e, posteriormente, leitura na íntegra, 70 estudos que contemplaram o objetivo da pesquisa. Esses estudos foram publicados de 1998 a 2024, em sua maioria internacionais e com delineamento transversal e coorte. Conclusões: Destaca-se a relevância dos estudos de prevalência para a real dimensão do fenômeno da violência vivenciado por professores, possibilitando a revisão de processos já existentes para o enfrentamento da violência, bem como para elaboração de novas ações pautadas em evidências com o objetivo de um contexto de prática profissional mais seguro e de maior qualidade.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

RELATO DAS INTERVENÇÕES DO MODELO DE GESTÃO DE CASO COM GESTANTES

Autores: Gabriele do Rosário Leme de Moraes | Ariane Corda de Oliveira, Camilly Gonçalves Ugucioni, Dayane Benedetti de Oliveira, Elisangela Pinafo, Flávia Teixeira Ribeiro da Silva

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: Gestantes; Cuidado Pré-Natal; Assistência centrada no paciente.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7438


Resumo:

Caracterização do problema: Alta incidência da mortalidade neonatal. Justificativa: O modelo de gestão de casos, tem sido utilizado como uma estratégia de redução para a mortalidade, fazendo assim a união do administrar e o cuidar na enfermagem, voltada ao gerenciamento dos cuidados de enfermagem realizado por enfermeiros. Objetivo: Relatar as intervenções realizadas por meio do modelo de gestão de casos mediado pelo enfermeiro de um projeto de extensão. Descrição da experiência: Aplicação interventiva do modelo de gestão de casos mediados pelo enfermeiro durante a gestação e período neonatal. As estratégias inclusas no modelo de gestão de casos (intervenção) são: consulta de enfermagem e multiprofissional, ações educativas, visita domiciliar e monitoramento telefônica. A consulta de enfermagem ambulatorial tem como objetivo a realizar anamnese, exame físico, diagnóstico de enfermagem, plano e implementação da assistência e avaliação do processo de cuidado. Inclui-se ainda a avaliação contínua e conjunta com a gestante e familiares. Realizado a estratificação de risco, são feitos os encaminhamentos para as avaliações físicas e orientações com outros profissionais. Cada consulta tem duração média de 30 minutos. As ações educativas são realizadas a cada mês, no momento da consulta de enfermagem, durante a visita domiciliar, por meio de contato telefônico. São discutidos os seguintes temas: importância do acompanhamento de pré-natal, esclarecimentos de exames físicos, laboratoriais e de imagens, cuidado com o corpo, alimentação e hábitos saudáveis, prevenção de condições de saúde, imunização e cuidados com o recém-nascido. A visita domiciliar tem como objetivo conhecer a realidade da moradia familiar, de forma humanizada seguindo os planos de cuidados O monitoramento telefônico é utilizado para fortalecimento do vínculo entre enfermeiro e gestante, aproximando-se de forma mais humanizada, levando informações através de infográficos. As intervenções realizadas pelo enfermeiro proporcionam o esclarecimento de dúvidas no período gravídico e puerperal, auxiliando os cuidados e minimizando as complicações gestacionais e neonatais. Reflexão sobre a experiência: Pode-se inferir que a presença regular e efetiva do enfermeiro por meio das intervenções do modelo de gestão de casos contribuem com resultados positivos de saúde materno-infantil. Recomendações: A inserção do modelo de gestão de casos nas politicas públicas da saúde materno-infantil.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

GESTÃO OPERACIONAL PARA REORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DA DEMANDA ESPONTÂNEA NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: José Alexsandro de Araújo Nascimento |

Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina
Palavras-chave: Acesso à Atenção Primária; Gestão em Saúde; Estratégia Saúde Familiar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7453


Resumo:

Caracterização do problema: A demanda espontânea tem sido um nó crítico para gestão e organização dos serviços de saúda na atenção primária. Ao falar em acesso e equidade, a demanda espontânea pode sobrecarregar os serviços de saúde, dificultando o acesso aos usuários com necessidades agudas e crônicas. Isso pode resultar em desigualdades no acesso aos serviços de saúde. Justificativa: Essa abordagem traz ações que atuam diretamente sobre as causas do aumento da demanda espontânea local e que poderão servir para contribuir para a resolutividades dos nós críticos encontrados no território. Ações essas, como a sensibilização e capacitação dos profissionais para o acolhimento à demanda espontânea, considerando a importância da educação permanente como estratégia para instrumentalizar os profissionais da unidade na adequação das diretrizes municipais de acordo com as características e necessidades locais. Objetivo: Otimizar os fluxos de atendimento de uma equipe da Estratégia Saúde da Família com estratégias de gestão operacional garantindo melhoria da qualidade do atendimento. Descrição da experiência: Primeiramente é importante avaliar a estrutura física, a disponibilidade de profissionais de saúde e os processos de acolhimento e atendimento para garantir uma resposta adequada às necessidades dos pacientes, em seguida considerar a variedade de fatores, desde questões de acesso até a organização dos serviços e a promoção da saúde. Abordar esses desafios requer uma abordagem integrada e multidisciplinar, com envolvimento ativo de profissionais de saúde, gestores e a comunidade. Por fim a apresentação e discussão dos resultados junto a equipe em reuniões com o gestor local para apresentar e discutir os resultados observados durante a reorganização do processo de trabalho na equipe. Reflexão sobre a experiência: A forma como os serviços de saúde é organizada e gerenciada pode influenciar a capacidade de lidar com a demanda espontânea de maneira eficaz. Muitas vezes, a demanda espontânea está relacionada a uma falta de compreensão sobre questões de saúde e ao uso inadequado dos serviços de saúde. A promoção da educação em saúde pode ajudar os usuários a entenderem quando é apropriado procurar atendimento médico e quando é possível adotar medidas de autocuidado. Recomendações: Fortalecer a APS e investir em programas de prevenção pode ajudar a reduzir a demanda espontânea, ao abordar as causas subjacentes dos problemas de saúde antes que se tornem agudos.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

MORTE DE GESTANTE POR SRAG COVID 19 NO MUNICÍPIO DE LONDRINA-PR.

Autores: Gabrielle Freitas Saganski | Lorena Araújo, Marselle Carvalho

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Covid-19; Mortalidade; Gestantes
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7511


Resumo:

Introdução: A morte materna ocorre por causa direta quando está relacionada à qualidade assistencial no período gravídico-puerperal ou indireta quando acontecem por patologias prévias, que se agravaram ou se desenvolveram durante este período. É considerado um importante indicador de saúde de um país, visto que grande parte dos casos são considerados evitáveis(1). Em dezembro de 2019, ocorreu o surgimento de uma doença respiratória de alta transmissibilidade, denominada SARS-CoV-2. Decretado estado de pandemia em 11 de março de 2019, o que gerou impactos mundiais em todos os setores da sociedade. Posteriormente, foram identificadas e estabelecidas as populações mais vulneráveis à doença, os grupos de risco, com a inclusão das gestantes, em 12 de julho de 2021 e no esquema vacinal prioritário(2-4).Objetivos: Identificar óbitos maternos por COVID-19 que foram imunizadas no município de Londrina-PR. Método: Trata-se de uma abordagem observacional, quantitativa e transversal. Com uso de dados secundários do Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - OPEN DATASUS(5). Em que foram analisadas mulheres gestantes e puérperas que tiveram como causa de óbito SRAG por COVID-19, residentes do município de Londrina no Paraná. Durante o período de 2020 a 2022. Para delimitação dos dados utilizou-se dos seguintes filtros: gestantes, posteriormente, município de residência (Londrina), e na sequência o desfecho de óbito. Resultados/Discussão: A partir da aplicação dos filtros, foram identificados oito óbitos e destes somente duas gestantes iniciaram o esquema vacinal com uma dose cada contra a COVID-19 em 27/06/21 e 20/09/21. Estas eram da cor branca, sem informações sobre a escolaridade, possuíam 41 e 37 anos, estavam no terceiro trimestre gestacional e apresentaram como fatores de risco cardiopatia, diabetes e obesidade grau 1. Os sintomas referidos foram dispneia, desconforto respiratório, dessaturação, além de gemência e mialgia. O período de internação foi de 14 e 45 dias, evoluíram para cuidados intensivos e ventilação mecânica. Conclusão: Os resultados mostram a importância de políticas e investimentos de saúde para a proteção das gestantes com garantia do acesso equitativo à saúde. O estudo demonstra como o atraso na inclusão das gestantes como grupo prioritário na vacinação, possivelmente contribuiu para o desfecho negativo como óbito materno.

1 ET1 - Políticas Públicas, gestão e avaliação na saúde

IMPLANTAÇÃO DO PROJETO LEAN NAS UPAS DE LONDRINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Cleiton José Santana | Renata Morais Alves, Katia Fermino da Silva, Patricia Mayumi Kurihara, William Paduan, Alex Sandro de Almeida

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Metodologia Lean; Unidade de Pronto Atendimento; Qualidade na Assistência.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7518


Resumo:

As UPAs Centro Oeste e Sabará de Londrina tiveram a oportunidade de participar do projeto Lean nas UPAs do Ministério da Saúde com tutoria da equipe do PROADSUS para ampliar ações de melhoria e identificar potencialidades na unidade reorganizando os processos por meio de novos conceitos e boas práticas que ocasionaram uma mudança significativa na rotina de trabalho do serviço de urgência e emergência da UPA. O atendimento nas UPAs é baseado por sistema de acolhimento com avaliação e classificação de risco, por meio de protocolo próprio utilizando a estratificação de gravidade. Considerando o número elevado de atendimento diário, e fragilidades relacionadas ao processo de atendimento, com aumento do tempo de espera, e reclamações de usuários no serviço de ouvidoria municipal. O objetivo foi apresentar a experiência dos profissionais que atuam nas UPAs de Londrina que participaram da implantação do projeto Lean, melhorando o fluxo e reduzindo permanência do usuário na unidade. O método concentrou-se em realizar mudanças nos fluxos e otimizar as rotinas de trabalho da unidade, especificamente nas consultas médicas e no setor de pós-consulta. A reorganização do Fast Track, com implantação do profissional fluxista, demonstrou melhora significativa no tempo paciente-médico, reduzindo a superlotação e o tempo de espera dos usuários no serviço e aumento da satisfação, além da redução de desperdícios a partir da reorganização de fluxos e processos de trabalho em diferentes setores. A jornada do Lean tem envolvido a equipe multiprofissional (enfermeiros, médicos, auxiliares/técnicos de enfermagem, setores administrativos, entre outros), todos em busca de realizar um atendimento humanizado e qualificado, com as mudanças nos fluxos internos da unidade facilitou o atendimento, de forma mais ágil, efetivo e organizado, agregando valor real ao paciente, e solucionando problemas sem desperdiçar tempo. Evidenciou-se na prática que o modelo de gestão Lean melhora a estrutura, o processo e os resultados, reverberando positivamente tanto para a equipe de saúde quanto para os usuários do serviço. A vivencia do Projeto Lean deixa como herança (ao menos aos gestores/coordenadores) um olhar mais aguçado aos problemas que podem ser melhorados com pequenas ações, autonomia e criatividade e maior celeridade nos atendimentos e satisfação dos usuários, além de um ambiente e processo de trabalho mais salubre para os profissionais são frutos dessa experiência.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

USO DE MÍDIAS DIGITAIS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE E DIVULGAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL DO IFPR - LONDRINA.

Autores: Juliana Mariano Massuia Vizoto | Ana Paula de Lima , Alessandra de Oliveira , Berenice Tomoko Tatibana

Instituição: Instituto Federal do Paraná
Palavras-chave: tecnologia digital; inteligência artificial; educação em saúde bucal;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6742


Resumo:

O uso de mídias digitais sociais como ferramenta na disseminação de ações em educação na saúde tem sido utilizada de forma crescente e seu uso tem oportunizado novas formas de comunicação e compartilhamento de conteúdo, inclusive no campo da saúde bucal. Sendo assim, a promoção e educação em saúde tem sido impactados com o crescimento do uso das tecnologias de informação e comunicação e, consequentemente, provocando mudanças no acesso à informação. O projeto teve como objetivo promover ações de caráter educativo em saúde bucal por meio da utilização de mídias sociais e inteligência artificial, assim como a divulgação de curso técnico em saúde bucal (TSB) visando melhorar o desempenho acadêmico, engajamento e atratividade do programa. Foi desenvolvido por acadêmicas do Curso de TSB (IFPR-Londrina), com duração de março a dezembro de 2023. Estabeleceu-se o Instagram® como mídia digital para as postagens, o Chat GPT da OPENAI® como ferramenta para organização dos temas e postagens e o Canva®, versão PRO, como ferramenta de design gráfico do conteúdo. Culminou com a condução da página no Instagram "@saudebucal.ifpr.londrina" com 41 publicações, 261 seguidores e a divulgação de informações relevantes sobre promoção de saúde bucal e atividades relacionadas ao curso de TSB. Ao longo da execução do projeto, percebeu-se uma boa adequação dos textos, com construção criativa da identidade visual e ótima interação com o público alvo. A maioria dos seguidores era do sexo feminino, entre 25-34 anos, residentes na cidade de Londrina. A taxa de engajamento foi de 340%, com um total de 15494 contas alcançadas. Consideram-se positivos os resultados pelo número de seguidores atingidos, assim como pelo número de interações e engajamento à página, evidenciando a boa aceitação do público pelas postagens e abrangência do conteúdo de fácil linguagem, mas ao mesmo tempo instrutiva. Os acadêmicos participantes do projeto tiveram a oportunidade de pesquisar e desenvolver as postagens sobre os temas, participando de forma ativa no processo de ensino-aprendizagem. Este projeto demonstrou que a integração das tecnologias digitais pode ser uma ferramenta didática inovadora e eficaz no ensino e na educação em saúde bucal. Por fim, sugere-se a ampliação da proposta de adoção dessas tecnologias para maior reconhecimento das plataformas e das mídias digitais e, também, seu uso corrente como ferramentas estratégicas para a gestão da educação e ensino na saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

RELATO SOBRE O GRUPO DE CAPACITAÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS PARA ESTRATÉGIAS DE PSICOEDUCAÇÃO EM ANSIEDADE COM ADOLESCENTES

Autores: Edneia Aparecida Peres | Josiane Cecília Luzia , Bruna Maria Vieira , Felipe Iuri Bordini, Isadora Castro Pereira

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Transtorno de ansiedade; Psicoeducação; Adolescentes.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6926


Resumo:

Caracterização do problema: A partir de um levantamento na literatura, verificou-se que grande parte da população de adolescentes que procuram por atendimento psicológico apresenta queixas que envolvem ansiedade e ansiedade em interações sociais, com prejuízos em atividades cotidianas. Nesta direção, equipes pedagógicas de Colégios têm solicitado ações que envolvam intervenção com os alunos acerca da temática de ansiedade e ansiedade social. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. Um dos procedimentos para se intervir na prevenção de comportamentos relacionados à ansiedade é a Psicoeducação. De acordo com Lemes e Neto (2017), a Psicoeducação é uma técnica que relaciona os instrumentos psicológicos e pedagógicos, objetivando ensinar o indivíduo sobre temas específicos de diferentes áreas, como a saúde, por exemplo, em que é possível desenvolver um trabalho de prevenção e de conscientização em saúde. Assim, este trabalho apresenta a descrição relacionada à capacitação do grupo de estudantes universitários para intervir em Psicoeducação em Saúde Mental com adolescentes. Descrição da experiência: O grupo foi constituído por estudantes do curso de Psicologia e duas docentes do mesmo curso. Inicialmente, os estudantes realizaram uma busca bibliográfica sobre o tema e leram materiais indicados pelas docentes, livros, artigos científicos, capítulos de livros, por exemplo. Após a seleção do material teórico, iniciou-se um grupo de estudos que ocorreu semanalmente sobre os temas relacionados à Ansiedade, Adolescência e Psicoeducação. Após o estudo teórico, os estudantes foram instruídos a confeccionarem Material Psicoeducacional – que foi constituído por Slides teóricos e ilustrativos sobre os aspectos biológicos, comportamentais e de manejo da ansiedade, vídeos e dinâmicas de grupo. Efeitos alcançados: Os resultados demonstraram que tanto as técnicas comportamentais selecionadas ao manejo de ansiedade como a adequação teórica do tema para a faixa etária selecionada possibilitou a elaboração de um material para a intervenção Psicoeducacional com os adolescentes baseada em evidências científicas e contribuíram para facilitar aos estudantes universitários a seleção dos materiais, bem como a confecção dos mesmos. Recomendações:Essa prática de capacitação de estudantes antes de intervirem no campo se mostra muito efetiva, uma vez que entendem teoricamente os temas e conseguem elaborar materiais que sejam mais adequados ao público-alvo de intervenção Psicoeducacional.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PACIENTES PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Flávia Eloah Martins da Silva | Natalia Cristina Burdini, Mateus Umpierrez Vieira, Bárbara Mendes Paz Chao

Instituição: Centro Universitário Campo Real
Palavras-chave: Promoção à saúde; Complicações cardiovasculares; Pressão arterial.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7079


Resumo:

Caracterização do problema: a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica que representa um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de complicações de saúde na população. Quando se trata de avanço etário, a HAS acomete cerca de 60% dos indivíduos com mais de 65 anos – fator preocupante, pois o envelhecimento na população brasileira é uma realidade. Além disso, a doença é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo; Justificativa: através de uma abordagem educativa, buscou-se capacitar os pacientes hipertensos para que possam adotar medidas adequadas de autocuidado, como mudanças no estilo de vida, adesão ao tratamento medicamentoso e busca regular por atendimento médico; Objetivos: fornecer informações e orientações sobre o controle da hipertensão arterial e seus sintomas, visando a promoção da saúde e a prevenção de complicações relacionadas à doença; Descrição da experiência: acadêmicos do 3° período de medicina desenvolveram um material educativo em formato de painel, contendo informações e orientações sobre HAS e suas complicações e medidas preventivas, além de cuidados envolvendo estilo de vida saudável, alimentação adequada e práticas de exercícios físicos. Durante a elaboração do material, foram realizadas buscas na literatura para organizar informações a serem passadas aos pacientes de forma clara e acessível. Além do painel exposto os pacientes receberam orientações verbais sobre cuidados e importância de adesão ao tratamento medicamentoso e realização de exames regulares; Reflexão sobre a experiência: o projeto foi executado em uma Unidade Básica de Saúde no município de Guarapuava, impactando diretamente 1485 pacientes portadores e não portadores de HAS por meio do aumento da conscientização sobre a doença e seus riscos. Houve melhoria no controle da pressão arterial dos pacientes hipertensos participantes do projeto e, segundo relatos de pacientes, houve também adesão a melhores hábitos alimentares e aumento da prática regular de exercícios físicos entre os participantes. Recomendações: o presente estudo reforça, através da experiência vivenciada, a importância de orientar os pacientes na atenção primária à saúde a respeito do controle da hipertensão arterial sistêmica, que se faz presente significativamente em todo o país, ressaltando a relevância da adesão ao tratamento medicamentoso, da realização de exames de acompanhamento regular, do controle do estresse e da adoção de um estilo de vida saudável.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ODONTO+: UM APLICATIVO PARA CAPACITAR CIRURGIÕES-DENTISTAS PARA O ATENDIMENTO DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO SUS

Autores: Eduardo dos Santos Rossi | Erik Vinicius Barros Guedes, Luiz Tenório Filho, Emilly Godinho Corrêa, Daniel Canavese de Oliveira, Patricia Tavares dos Santos

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Educação em saúde; HIV; Tecnologia da informação e comunicação
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7080


Resumo:

Introdução: A saúde bucal é um elemento importante para a manutenção da saúde sistêmica das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), contudo, esses indivíduos seguem enfrentando obstáculos significativos no acesso ao atendimento odontológico, decorrentes do estigma, da discriminação e por vezes, da ausência de capacitações para os profissionais de saúde que realizam o acolhimento e o atendimento. Para mitigar essas dificuldades, torna-se necessário investir na educação permanente dos profissionais da equipe de saúde bucal, valendo-se de tecnologias educacionais. Objetivo: Nesse contexto, este estudo buscou relatar a proposta de um protótipo de aplicativo direcionado aos cirurgiões-dentistas que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS), com o intuito de capacitá-los para otimizar o acolhimento e atendimento das PVHA dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Método: Trata-se de uma pesquisa metodológica, de cunho descritivo, de desenvolvimento de um protótipo de aplicativo mobile, com abordagem qualitativa, que proporcione a educação continuada de Cirurgiões-dentistas, na temática do acolhimento e atendimento de PVHA. O estudo foi conduzido em três etapas: (a) revisão bibliográfica; (b) análise do conteúdo, com definição dos eixos temáticos a serem abordados no aplicativo; e (c) desenvolvimento do protótipo em alta fidelidade, utilizando a plataforma Marvel. Resultados e discussão: A partir da revisão bibliográfica, foram selecionados os requisitos e conteúdos mais relevantes relacionados ao tratamento odontológico das PVHA, abordando temas como enfrentamento do estigma e discriminação, barreiras de comunicação e biomédicas, bem como a preservação do sigilo. O desenvolvimento do aplicativo considerou critérios como confiabilidade das informações, usabilidade, conectividade, complementaridade educativa, além de avaliações e recomendações. O protótipo adotou o modelo de prototipagem de alta fidelidade, com um design acessível embasado em documentos oficiais. As telas foram projetadas para garantir funcionalidade tanto em sistemas Android quanto iOS, seguindo as heurísticas de Nielsen para assegurar a usabilidade do aplicativo. Conclusão: Esses resultados ressaltam a importância dos dispositivos móveis na área da saúde e a necessidade de melhorias na infraestrutura de internet nas instituições de saúde brasileiras.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE SIMULADA: ENGAJAMENTO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Autores: Emilly Godinho Corrêa | Maria Lúcia Tozetto Vettorazzi, Doriana Cristina Gaio Girata , Adriane Bastos Pompermayer, Flávia Inojosa Lima, Vanessa Bacelar de Souza

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná
Palavras-chave: Educação em Saúde; Técnicas de Ensino; Formação Profissional em Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7110


Resumo:

Caracterização do problema: A participação popular é uma garantia constitucional que permite à população envolver-se na criação das políticas públicas e na supervisão de sua execução. No entanto, muitos estudantes da área de saúde não dispõem da oportunidade de participar de reuniões do Conselho ou Conferências de Saúde (CS). Justificativa: Utilização de uma metodologia ativa de ensino por meio de simulação realística. Essa abordagem pretendeu englobar as principais etapas de uma Conferência Municipal de Saúde (CMS), desde o credenciamento dos participantes, discussão em grupos de trabalho, plenária para aprovação de propostas, até a eleição dos delegados por segmento. Objetivos: Despertar a conscientização da importância da participação social, e estimular habilidades críticas como o trabalho em equipe, negociação e resolução de conflitos, que são essenciais para a atuação profissional na área de saúde, contextualizando o histórico das CS e propondo uma vivência prática em sala de aula. Descrição da experiência: A simulação de uma CMS ocorreu com os estudantes de um curso Técnico em Saúde Bucal. Para estimular a criatividade, o nome do município foi escolhido por votação, e as características e dados demográficos foram definidos coletivamente. Após estabelecer o ambiente e o tema nos quais a CMS estava inserida, realizou-se o credenciamento de cada participante com crachás, com identificação visual do ator social e do grupo de trabalho pré-estabelecido. As reuniões ocorreram com interação, e de modo interprofissional, de acordo com cada representatividade dos diferentes setores, incluindo os prestadores de serviços, gestores, usuários e delegados. Os grupos discutiram diferentes problematizações, criando e selecionando propostas para resolver possíveis conflitos. Na plenária final, todas as propostas foram votadas e os delegados foram eleitos para as próximas etapas. Após, foi aplicado um questionário de feedback. Reflexão sobre a experiência: A simulação permitiu a visualização da atuação do controle social, que depende da inclusão da sociedade no exercício dos direitos de cidadania. Ao promover a participação dos estudantes em processos de ensino-aprendizagem há a reflexão da saúde como um direito, em um espaço criado para esse fim. Recomendações: Iniciativas que promovam a aprendizagem dos estudantes da área de saúde, utilizando metodologias participativas e incentivando o trabalho criativo, podem ser replicadas em ambientes interdisciplinares.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

INTERSETORIALIDADE E OS CAMINHOS PARA A SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO 'ATIVANDO A QUALIDADE DE VIDA'

Autores: Tatiele Estefâni Schönholzer | Fellipe Mussinato, Milena Rogoginski Rodrigues, Maria Luiza Alves, Joao Gabriel Batista da Silva, Jessica Cristina Ruths

Instituição: Universidade Federal do Paraná, campus Toledo
Palavras-chave: Doenças crônicas não transmissíveis; Colaboração Intersetorial; Educação para a Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7132


Resumo:

Caracterização do problema: A transição nutricional tem sido associada ao aumento do consumo de carboidratos, juntamente com a inatividade física e o sedentarismo, resultando em problemas como sobrepeso, obesidade, colesterol alto, hipertensão arterial, diabetes mellitus, entre outras patologias. Fatores modificáveis, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, falta de exercício físico e alimentação inadequada, contribuem para esse quadro. Intervenções focadas em atividade física, dieta balanceada e redução do consumo de álcool e tabaco têm impacto positivo na saúde, incluindo a melhoria da pressão arterial, medidas antropométricas e níveis de atividade física. Justificativa: de acordo com a demanda do departamento de segurança alimentar do município de Toledo, a fim de provocar mudanças de estilo de vida dos cidadãos adultos e idosos, em conjunto com outros setores, e da demanda experienciada na disciplina de Interação em Saúde da Comunidade V, da Universidade Federal do Paraná (elevado número de pacientes com alto risco cardiovascular, com baixa adesão as consultas na atenção básica e reincidentes consultas no pronto atendimento) pensou-se na proposta de um projeto como forma de estruturar ações para melhorar a saúde e qualidade de vida da população. Objetivos: Descrever a experiência da implementação do projeto de extensão "Ativando a Qualidade de Vida". Descrição da experiência: este projeto articulou-se intersetorialmente (universidade, departamento de cozinha social, do idoso e esporte, saúde e sociedade) e multiprofissional. Foi pensado em etapas, a) avaliação clínica abrangente; b) orientações sobre alimentação saudável e bem-estar; c) atividades físicas adaptadas às capacidades individuais dos idosos e d) fornecimento de uma refeição em um restaurante popular. O seguimento durou seis meses. Reflexão sobre a experiência: O projeto mostrou tendência e melhoria nos indicadores de saúde analisados após seis meses, além da satisfação relatada pelos participantes sobre o aprendizado, o que colocaram em prática, e do anseio pela continuidade do projeto. Recomendações: A satisfação dos participantes e a adesão às mudanças de estilo de vida sugerem que intervenções intersetoriais e multiprofissionais são eficazes na promoção da saúde. Recomenda-se a continuidade e expansão de projetos extensionistas com a inclusão de novas atividades e maior divulgação para alcançar um número maior de cidadãos.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ESPAÇOS VERDES COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR.

Autores: Gustavo Andre Vanso | Josiane Cecília Luzia, Marcelle Diorio de Souza, Cristiane Angélica Balan, Ana Lucia Ortiz Martins, Rafael B Ferreira de Souza

Instituição: Universidade Estadual de Londrina e Prefeitura Municipal de Londrina.
Palavras-chave: Espaços Verdes; Promoção de Saúde; Bem- Estar.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7153


Resumo:

No contexto atual, cada vez mais urbano e digital, a natureza emerge como fundamental para promoção do bem-estar físico e psicológico. Pesquisas mostram que elementos naturais proporcionam condições para a aproximação do homem com a natural e favorecem a prática de atividades física, a socialização e a diminuição de cortisol. Caminhar por um curto período em áreas verdes naturais, pode proporcionar relaxamento e sono com mais qualidade, por exemplo. Além disso, pode reduzir atividade do córtex pré- frontal, aliviando sintomas de depressão. Assim, o acesso ou a exposição a espaço verde, como parques urbanos pode diminuir a ansiedade, estresse e proporcionar bem-estar psicológico. O objetivo é o de descrever a experiência de aumentar a probabilidade de promoção do bem-estar físico e psicológico em contextos urbanos através do contato com áreas verdes. Assim, a equipe foi composta por uma docente, do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), por uma psicóloga e uma assistente social da Secretaria de Recursos Humanos, da Prefeitura Municipal de Londrina e três estudantes do curso de Psicologia, da UEL. Participaram 35 servidores públicos, de diversos setores. O encontro foi realizado no Parque Arthur Thomas, com duração de quatro horas. Durante os encontros, os servidores participaram de uma breve exposição teórica sobre as pesquisar que envolvem o bem-estar e áreas verdes e espaços naturais urbanos,. Também realizaram caminhadas curtas para promover relaxamento e restauração. Atividades de socialização, técnicas de respiração, sessões de relaxamento e rodas de conversa foram integradas para discutir e refletir sobre os benefícios observados. Os resultados mostraram que a colaboração entre instituições acadêmicas e profissionais de saúde pode facilitar a transferência de conhecimento e a criação de práticas efetivas, beneficiando tanto os indivíduos quanto a sociedade como um todo. Promover tais interações não só melhora a saúde mental, mas também fortalece os laços comunitários e o respeito ao meio ambiente, conforme relatos dos servidores na avaliação de qualidade da prática descrita.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

A INTERDISCIPLINARIDADE DO PROJETO MEDPFOL NA EDUCAÇÃO DA SAÚDE COLETIVA E PÚBLICA.

Autores: Pedro Affonso Guimarães | Giuliana Lugarini, Fernanda Deah Chichorro Baldin, Elisa Novaski Cordeiro, Jeniffer Imaregna Alcântara de Albuquerque, Ludmila Flávia Kipman dos Santos

Instituição: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Palavras-chave: Projetos em Saúde; Vulnerabilidade em Saúde; Educação Médica
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7173


Resumo:

Caracterização do problema: A formação em saúde enfrenta o desafio de preparar profissionais para a complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente no contexto de migração e refúgio. Migrantes e refugiados enfrentam barreiras linguísticas e culturais que dificultam o acesso aos serviços de saúde. Essa lacuna demanda estratégias educativas que integrem conhecimento popular e orientação profissional, visando uma atenção humanizada na promoção de saúde. Justificativa: O Projeto MEDPFOL surgiu para unir estudantes de medicina e aprendizes de português em um ambiente de ensino mútuo. O projeto proporciona aos futuros profissionais de saúde uma compreensão mais profunda das necessidades de grupos vulneráveis e empodera migrantes e refugiados, fornecendo-lhes informações cruciais sobre o sistema de saúde brasileiro. Objetivos: Facilitar a compreensão do SUS entre migrantes e refugiados, promovendo a integração social e cultural através da educação em saúde. Busca desenvolver habilidades de comunicação e ensino nos estudantes de medicina. Descrição da experiência: O Projeto MEDPFOL foi implementado como uma extensão universitária em uma instituição pública no Paraná, onde estudantes de medicina ministraram aulas sobre atenção primária à saúde para alunos de um projeto de português para falantes de outras línguas. Esses alunos, migrantes e refugiados, estão aprendendo a língua portuguesa. Um desdobramento do projeto foi a criação de um podcast em que dois estudantes de medicina responderam dúvidas sobre o SUS e sobre doenças crônicas específicas a partir de perguntas feitas pelos alunos estrangeiros. Reflexão sobre a experiência: As entrevistas permitiram que os migrantes compartilhassem suas experiências com o sistema de saúde de seus países de origem, enriquecendo a compreensão sobre diferentes contextos e práticas de saúde, proporcionando uma dimensão interdisciplinar à experiência, extremamente importante para disseminação de informações sobre o SUS. Recomendações: Recomenda-se a expansão do projeto para mais cursos e disciplinas, aprimoramento do podcast, materiais educativos bilíngues e multimodais. Envolver líderes comunitários e organizações no planejamento e execução das atividades, é fundamental. Fomentar a pesquisa acadêmica sobre os impactos do projeto na formação dos estudantes de medicina e na qualidade de vida dos migrantes contribuirá para a literatura sobre educação em saúde e migração.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DE TREINAMENTO INTERPROFISSIONAL NO MANEJO DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NUM CENTRO DE CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO NO SUL DO BRASIL

Autores: Camilla Ferreira de Lima | Isabeli Chevonik, Jonas Souza da Silva, Kellen Galvão Benedito, Eva Mereci Kendrick, Jéssica Barbosa Langner

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde - Feas
Palavras-chave: Capacitação Profissional; Competência Profissional; Educação interprofissional
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7188


Resumo:

Caracterização do problema: A parada cardiorrespiratória (PCR) constitui emergência médica que demanda resposta imediata e eficiente da equipe. É crucial que os profissionais estejam preparados e coordenados para agir rapidamente. A complexidade da PCR requer abordagem coordenada dos membros da equipe, cada um desempenhando papel específico no suporte à vida e na administração de procedimentos de reanimação. Justificativa: A educação interprofissional é aquela na qual profissionais de diferentes áreas aprendem em conjunto, de forma interativa e colaborativa. Alguns dos princípios da interprofissionalidade incluem o trabalho em equipe, a revisão dos papéis profissionais e a negociação durante o processo de tomada de decisão. Portanto, o treinamento interprofissional se apresenta como método de escolha mais adequado para esta temática. Objetivos: Descrever a implementação do método de treinamento interprofissional no manejo da PCR num Centro de Capacitação e Desenvolvimento no Sul do Brasil. Descrição da Experiência: A capacitação mensal, com duração de quatro horas, foi realizada nas salas de aula e simulação do serviço. Destinada à colaboradores dos serviços de emergência, teve uma média de 15 participantes por turma, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Para alcançar os objetivos de aprendizado, a capacitação foi dividida em sete etapas: apresentação dos profissionais; brainstorm sobre pontos críticos no atendimento da PCR; divisão dos grupos para prática de simulação; estação simulada com um caso de PCR; abordagem teórica; nova estação simulada; e finalização com avaliação de reação. Foram realizados quatro casos simulados, com os grupos divididos, cada um realizou duas simulações: uma antes e outra após a abordagem teórica. O cenário simulado utilizou um simulador de alta fidelidade e materiais comumente disponíveis em salas de emergência, incluindo briefing e debriefing. A abordagem teórica foi direcionada às etapas do atendimento avançado de RCP. Reflexão sobre a Experiência e recomendações: A experiência demonstrou que a simulação clínica pode ser grande ferramenta para educação interprofissional. A abordagem permitiu melhor compreensão dos papéis individuais e coordenação mais eficaz durante a resposta à PCR. Recomenda-se avaliação contínua, atualização regular do conteúdo, inclusão de cenários diversos, fomento da comunicação e engajamento dos profissionais.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

DESENVOLVIMENTO DE EBOOKS INTERATIVOS PARA PACIENTES DPOC E COM NECESSIDADE DE OXIGÊNIO DOMICILIAR.

Autores: Adrielli Camile Almeida | Maria Eduarda Merith Claras , Christiane Riedi Daniel

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Oxigenoterapia; Ebook; Educação em saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7189


Resumo:

Introdução: As doenças pulmonares crônicas são caracterizadas como um comprometimento total ou parcial dos pulmões e estruturas relacionadas. Uma das possibilidades terapêuticas utilizadas nestes casos, é a oxigenoterapia domiciliar prolongada , que visa reduzir a hipóxia tecidual durante as atividades diárias. A educação em saúde nas doenças pulmonares crônicas, especialmente na DPOC, tem como foco principal auxiliar pacientes e familiares a lidarem de forma efetiva com a doença, nesta perspectiva, faz-se necessário elaborar um material didático que contenham orientações pertinentes às suas necessidades e que contribuam para a sua efetiva adesão ao tratamento, de forma segura. Objetivo: Desenvolvimento de material didático a respeito da oxigenoterapia no domicílio promovendo a educação em saúde aos pacientes portadores de doença obstrutiva crônica. Metodologia: Foram utilizados diretrizes e protocolos ofertados pelas secretarias municipais de saúde de variados estados brasileiros, a fim de detectar as principais informações relacionados ao uso do oxigênio domiciliar, com o objetivo de unificar em um único material todos os cuidados e precauções que é necessário a respeito desta terapia. No Ebook foram ofertadas informações a respeito das patologias que se fazem necessário o uso de oxigênio domiciliar, recomendações para o gerenciamento e uso seguro do oxigênio e os aspectos nutricionais. Vale ressaltar que a metodologia utilizada no desenvolvimento dos ebooks teve como objetivo desenvolver um material que facilitasse a compreensão do leitor a respeito da Oxigenoterapia e a importância da utilização da mesma de maneira apropriada. Resultados: O presente estudo contribuiu para a sistematização da educação em saúde a respeito da oxigenoterapia domiciliar, utilizando de ebooks como uma forma de diálogo efetivo, sendo um recurso que facilita a compreensão e adesão dos pacientes a respeito da terapia.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

INTERVENÇÃO DISCENTE PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE JUNTO À POPULAÇÃO HIPERTENSA DE UMA COMUNIDADE EM LONDRINA/PR.

Autores: Dryelle Iolanda Souza Rocca | Larissa Moreira De Pontes, Antoniella Lopes Frimmel, Ana Beatriz Terciotti, Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix, Thiago Vinícius Nadaleto Didone

Instituição: Universidade Estadual de Londrina/PR.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Hipertensão; Promoção da Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7190


Resumo:

Caracterização do problema: A falta de conhecimento sobre a hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa um desafio para a saúde coletiva, uma vez que pode induzir crenças e comportamentos que dificultem o seu tratamento, e está associada ao baixo nível socioeconômico [1,2]. Justificativa: No Paraná, 1 em cada 5 adultos possui HAS [3], cujas complicações causadas em órgãos- alvo contribuem para o aumento dos gastos em saúde, incluindo despesas com medicamentos, consultas médicas e internações hospitalares [4]. Objetivo: Descrever as etapas e o resultado de uma intervenção de promoção de saúde sobre a HAS realizada na atenção primária à saúde. Descrição da experiência: A intervenção teve como objetivo educar pacientes hipertensos sobre a HAS e encorajá-los a praticar o autocuidado. Ela foi realizada por 16 estudantes de graduação, de quatro cursos da área da saúde de uma universidade pública, que desenvolvem atividades acadêmicas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da região norte de Londrina/PR. Os pacientes foram abordados na recepção da UBS e também no seu território, em locais como padarias, mercados e restaurantes. A atividade deu-se em 5 etapas: 1 - Apresentação do estudante e da intervenção, seguida de conversa sobre a HAS e investigação de conhecimentos prévios; 2 – Entrega de material escrito (flyer) e lápis; 3 – Educação em saúde sobre a HAS; 4 – Resolução de dúvidas sobre a doença e/ou como usar o material escrito; 5 – Investigação sobre o aprendizado dos pacientes. Reflexão sobre a experiência: A intervenção foi bem aceita pelos participantes e pela UBS. Foram abordadas 91 pessoas, das quais 20 (22%) relataram ter aprendido algo novo. Espera-se que a atividade tenha alertado os participantes para a importância do autocuidado no controle da pressão arterial, incentivando-os a iniciar ou manter a prática de hábitos de vida saudáveis. Essa intervenção foi curta, desenvolvida em uma região com baixo nível socioeconômico, utilizando poucos recursos financeiros e humanos. Mesmo assim, alcançou muitas pessoas, as quais puderam adquirir conhecimentos em saúde. Recomendações: Ações custo-efetivas como essa apresentam o potencial de fortalecer a saúde da coletividade ao mesmo tempo em que contribuem para a formação em saúde no ensino superior e, portanto, devem ser incentivadas no ambiente acadêmico. Além disso, podem servir como exemplo de estratégias a serem implementadas por serviços de saúde na atenção primária.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

USO DA TECNOLOGIA TRIDIMENSIONAL PARA O ENSINO DA OBSTETRÍCIA

Autores: Ingrid Aparecida de Lima Ribeiro | Stephannie Aline Venâncio Eugênio, Maryanne Teixeira de Lima , Andréia Mayara Macedo Quintino, Hellen Tuany Daniel Panccioni, Carolina Fordellone Rosa Cruz

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
Palavras-chave: Impressão Tridimensional; Ossos Pélvicos; Educação em Enfermagem
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7192


Resumo:

Caracterização do problema: Com a evolução humana, houveram mudanças no sistema esquelético derivado dos hominídeos, principalmente nas estruturas de sustentação do corpo. A cintura pélvica fornece apoio e proteção para os órgãos abdominais e reprodutivos, ainda permite a realização do parto, sendo assim destaca-se a importância da sua compreensão para os estudos obstétricos. A tecnologia tridimensional vem sendo uma ferramenta inovadora para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da obstetrícia. Justificativa: Os estudantes ao visualizarem e manusearem os modelos pélvicos em três dimensões, sejam capazes de concretizar o conhecimento adquirido de forma teórica e prática, resultando na ampliação do conhecimento e no aprimoramento da conduta prática do profissional de enfermagem. Objetivos: Relatar a experiência do desenvolvimento da modelagem tridimensional de pelves humanas como estratégia didática para o ensino da obstetrícia. Descrição da experiência: É uma proposta de impressão 3D das variações morfológicas das pelves humanas, desenvolvida por um projeto de pesquisa em inovação e tecnologia ainda em desenvolvimento. As impressões serão realizadas no laboratório de prototipagem (AITEC-UENP), utilizando uma impressora 3D Flashforge Guider II, e filamentos branco PLA. Foram selecionados como modelos para impressão os quatro tipos de pelve humana (ginecóide, andróide, antropóide e platipelóide), as quais são avaliadas de acordo com as suas dimensões durante a realização do exame clínico obstétrico, pelvimetria e pelvigrafia. Os protótipos poderão ser obtidos gratuitamente através do site: www.sketchfab.com. Os materiais serão apresentados aos estudantes do curso de Enfermagem, e utilizados durante as aulas teóricas e práticas de obstetrícia da disciplina de saúde da mulher. Reflexão sobre a experiência: Embora este trabalho ainda esteja em andamento, tem-se a expectativa de que as peças tridimensionais contribuam para o aprimoramento e aperfeiçoamento dos estudos obstétricos. Recomendações: É por meio de simulações com ferramentas complementares que o ambiente de treinamento se torna seguro para a prática profissional, sendo assim, o uso da tecnologia de impressão 3D apresenta versatilidade para a construção de materiais em diferentes temáticas de acordo com a demanda docente.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ATRAVÉS DE GAMIFICAÇÃO: UMA AÇÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE

Autores: Michele Ioris | Ana Karoline da Costa da Silva, Rosane Kraus

Instituição: FEAS
Palavras-chave: Educação Permanente; Educação em Enfermagem; Infecção Hospitalar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7222


Resumo:

Caracterização do problema: As Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde consistem em eventos adversos que aumentam o tempo de internação hospitalar, a morbidade e a mortalidade, aumentando os custos no cuidado ao paciente. Uma das causas prevalentes é a Infecção do Trato Urinário (ITU) em que a maioria está relacionada ao uso de Cateter Vesical de Demora (CVD), sendo possível a prevenção. Nesse sentido, destaca-se o papel da equipe de enfermagem nos cuidados ao paciente hospitalizado. Justificativa: Identificou-se um aumento da incidência de infecções do trato urinário (ITU) nas em um hospital de referência ao atendimento de pessoas idosas em Curitiba-PR, destacando a necessidade de realizar ação educativa por meio de metodologias ativas de aprendizagem. Nesse contexto, a gamificação é uma ferramenta dinâmica que promove interação, motivação e racionalização. Objetivo: Relatar experiência do serviço de educação permanente na aplicação de gamificação acerca de medidas de prevenção da Infecção do Trato Urinário. Descrição da experiência: A ação foi aplicada nos setores de Centro de Terapia Intensiva e emergência com os profissionais de enfermagem. Foi confeccionado cartelas de bingo contendo afirmações sobre medidas de prevenção na ITU, numeradas de 1 a 16, sendo verdadeiras ou falsas, em que o jogador marcava com milho, apenas a afirmativa verdadeira. Realizada explanação sobre o conceito e fatores de risco de ITU e a importância da atuação da enfermagem na prevenção de IRAS . Durante o bingo, as facilitadoras conduziam a ação conforme sorteio dos números, desvelando as afirmativas que continham medidas como: Higiene das mãos, higiene íntima, sinais e sintomas de ITU, cuidados na troca de fralda, critérios para utilização de CVD, cuidados na manipulação do dispositivo, importância da fixação do CVD e importância de dispositivo coletor externo como alternativa. Reflexão sobre a experiência: A aplicação de metodologias ativas permitiu trocas de experiências e saberes e interação entre os participantes na construção do conhecimento, fomentando discussão e reflexão sobre o papel da equipe de enfermagem na prevenção de ITU. Recomendações: A gamificação no serviço de educação permanente permite o engajamento do participante, na qual o bingo auxilia nas atividades propostas por meio da diversão, competição e interatividade, promovendo conhecimento para ser aplicado na rotina de assistência ao paciente.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

O INCENTIVO QUE VOCÊ PRECISAVA PARA LARGAR O VÍCIO: RELATO DE EXPERÊNCIA

Autores: Mariana Iareski | Allysson Mesquita, Barbara Carolini Cemim, Eduardo Justi , Sara Toufic Melhem, Abdel Hassan Naim

Instituição: Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC.
Palavras-chave: Cigarros eletrônicos; Adolescentes; Conscientização
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7297


Resumo:

Caracterização do problema: O uso crescente dos chamados “Pods” entre adolescentes e jovens se normalizou, aparecendo frequentemente em redes sociais e levando à dependência e comportamentos prejudiciais. Justificativa: Pressões de grupo e o desejo de pertencer motivam muitos adolescentes a usar esses produtos sem compreender os riscos, como doenças respiratórias, cardiovasculares, ansiedade, dificuldades financeiras e familiares, além dos efeitos adversos da nicotina na saúde bucal. A popularidade dos cigarros eletrônicos entre os jovens, trivializados nas redes sociais, destaca a urgência de intervenções para conscientização e apoio à cessação do uso. Objetivos: O grupo visa conscientizar adolescentes sobre os riscos do cigarro eletrônico e da nicotina, oferecendo orientação acolhedora para a cessação do hábito. Estratégias incluem informação detalhada, aconselhamento personalizado, técnicas de interrupção gradual, uso de recursos tecnológicos como influencers com a hashtag #semnicotina e o aplicativo "I Am Sober". Descrição da experiência: Em abril de 2024, na Escola Estadual selecionada, 248 adolescentes do 9º ao 3º ano participaram de uma palestra. Uma pesquisa anônima revelou que 52 alunos faziam uso de cigarros eletrônicos. Recursos visuais como apresentações de slides e posters foram utilizados para reforçar a conscientização, com posters estrategicamente posicionados como lembretes visuais na escola. Para motivar os participantes, doces foram distribuídos ao final da palestra. Reflexão sobre a experiência: Os palestrantes foram bem recebidos, utilizando relatos pessoais sobre superação do vício para criar conexão com os adolescentes. O engajamento pós-palestra foi positivo, destacando a importância contínua de programas educacionais sobre saúde e bem-estar para jovens. Recomendações: Para aprimorar futuras ações, recomenda-se conduzir sessões em grupos menores para ambiente mais acolhedor e permitir maior interação dos adolescentes. Envolvimento dos professores e obtenção de feedback prévio são essenciais para melhorar a condução das atividades. Manter-se atualizado com informações inovadoras é crucial para tornar a decisão de uma vida sem nicotina mais atrativa e acessível.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PROJETO HIGIENIZAR – IMPACTO DA DISTRIBUIÇÃO DE KITS DE HIGIENE EM COMUNIDADE VULNERÁVEL: UM RELATO DE EXPERÊNCIA

Autores: Mariana Iareski | Allysson Lima Mesquita, Barbara Carolini Cemim, Eduardo Justi , Sara Toufic Melhem, Abdel Hassan Naim

Instituição: Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC.
Palavras-chave: Saúde bucal; Higienização; Arrecadação; Promoção de saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7299


Resumo:

Caracterização do problema: A comunidade do bairro Portal da Foz, situada no município de Foz do Iguaçu - Paraná, enfrenta desafios significativos em relação às condições de higiene e saúde. Muitas famílias têm que priorizar a alimentação, deixando de lado a aquisição de produtos de higiene essenciais. A falta de acesso a produtos de higiene básicos agrava a incidência de doenças infecciosas. Justificativa: A ação foi motivada por uma série de fatores críticos que destacam a vulnerabilidade e as necessidades urgentes da comunidade, observadas durante visitas domiciliares por equipes de saúde. Objetivo: Fazer campanhas de arrecadação de produtos de higiene oral e geral e fornecer os produtos de higiene básicos para famílias carentes. Bem como, realizar ações de promoção de saúde, sobre práticas de higiene adequadas, e melhorar as condições de higiene e saúde da comunidade. Descrição da experiência: A ação foi realizada de março a junho de 2024. Após planejamento, foi pedido doações através das redes sociais. Foram arrecadados inúmeros itens de higiene e valores em dinheiro possibilitando a confecção dos kits compostos por: escovas de dente, creme dental, fio dental, papel higiênico, sabonete, lenço umedecido e absorvente íntimo. Os kits foram entregues em visitas domiciliares no período de 2 dias totalizando 31 casas. Foram entregues 361 produtos de higiene para aproximadamente 125 pessoas. No momento, também foi realizado oficinas de motivação e práticas de higiene oral e geral. Incluindo escovação dental infantil supervisionada, orientação de cuidados orais ao recém-nascido e incentivo para largar o tabaco aos adolescentes. Onde foram entregues, 33 kits de higiene oral, 20 mantas, 241 litros de água, 45 lenços umedecidos e 4 sacolas grandes com roupa. Reflexão sobre a experiência: Comparando com outras iniciativas, nota-se que o envolvimento direto com a comunidade e a adaptação às suas necessidades específicas foram fatores críticos para o sucesso. Uma imersão em uma realidade distante, encontrando famílias numerosas vivendo em condições difíceis, mas mantendo o sorriso no rosto e gratidão pelas doações recebidas. Os resultados foram impactantes, superando expectativas iniciais. Recomendações: A iniciativa demonstrou a importância de ações continuas e bem planejadas para melhorar as condições de higiene em áreas vulneráveis. Adverte-se que futuras ações incluam um componente de monitoramento para medir os impactos a longo prazo.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

TRANSFORMANDO SORRISOS: UMA EXPERIÊNCIA EDUCATIVA DE SAÚDE BUCAL NA ESCOLA

Autores: Mariana Iareski | Allysson Lima Mesquita, Barbara Carolini Cemim, Eduardo Justi , Sara Toufic Melhem, Abdel Hassan Naim

Instituição: Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC.
Palavras-chave: Saúde Bucal; Higiene Oral; Prevenção
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7300


Resumo:

Caracterização do problema: Transformando Sorrisos é um projeto de Oficinas em Saúde Bucal criado a partir da observação de problemas dentários como cáries e gengivites nos escolares infantis. Justificativa: As ações de promoção da saúde são fundamentais para proporcionar conhecimento e mudanças de hábitos desde cedo que possam perdurar ao longo da vida. Objetivos: Levar conhecimentos sobre a importância da saúde bucal e os cuidados necessários para manter os dentes saudáveis, na tentativa de reduzir a incidência de cáries e outros problemas dentários. Buscando educar e conscientizar os pequenos a terem hábitos saudáveis e incentivando a adoção de práticas de higiene oral diárias, como a escovação correta e o uso do fio dental, bem como, escolha por alimentos saudáveis. Descrição da experiência: O projeto foi realizado em abril de 2024, numa Escola Municipal no município de Foz do Iguaçu - Paraná, envolvendo um total de 87 crianças do nível V com aproximadamente 5 anos de idade. As atividades foram realizadas com alunos do período da manhã e da tarde, através de oficinas interativas e dinâmicas para atrair a atenção das crianças. Incluindo palestras educativas, demonstrações práticas de escovação, uso correto do fio dental, como a dieta cariogênica pode influenciar no aumento das cáries e a quantidade correta de pasta de dente que cada criança deve utilizar. Foram disponibilizados macro modelos para que as crianças pudessem praticar tudo o que foi ensinado de maneira supervisionada. Ao término das oficinas, a equipe realizou a distribuição de kits de higiene bucal contendo escova e pasta de dente. Reflexão da experiência: As crianças participaram ativamente, fazendo perguntas e compartilhando suas experiências. A implantação do Projeto Infantil de Oficinas de Saúde Bucal foi muito relevante e muito gratificante. As crianças mostraram-se entusiasmadas e receptivas ao aprendizado, o que resultou em uma assimilação efetiva das informações. Observou-se um aumento no interesse e na prática de hábitos de higiene bucal entre os participantes. Recomendações: Diante da necessidade das crianças e os resultados alcançados, adverte-se a importância da continuidade e aprimoramento das ações em saúde por meio do desenvolvimento e distribuição de materiais educativos didáticos específico para crianças como livros ilustrados e vídeos educativos. Além disso, a qualificação de profissionais da educação para que sejam multiplicadores de informação e promovam saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PROMOVENDO AUTONOMIA E AUTOCUIDADO DE ESCOLARES: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE OS PRINCIPAIS MALEFÍCIOS DO CIGARRO ELETRÔNICO.

Autores: Thais Oliveira Moritz | Maria Eduarda de Almeira Pereira, Anna Paula Recanello Amaral, Ellen Silva Walter, Gabriela Yumi Sakata Guerra, Daniela Wosiack da Silva Marcucci

Instituição: Universidade Estadual de Londrina.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Saúde do Adolescente; Sistemas Eletrônicos de Liberação de Nicotina.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7304


Resumo:

– Caracterização do problema O cigarro eletrônico (CE - e-cigarette) tem ganhado popularidade, sobretudo, entre adolescentes de 15 e 24 anos (BERTONI, N. et al., 2021). Estudo transversal brasileiro revelou que, entre os fumantes da amostra, quase 45% acreditavam que o cigarro eletrônico causa menos danos à saúde do que o tradicional (CAVALCANTE, T. M. et al., 2017). – Justificativa; O projeto de extensão “Ações Educativas na Comunidade: Promovendo Saúde e Autocuidado” é realizado por discentes da fisioterapia e da medicina com supervisão docente e tem o objetivo de facilitar a disseminação de informações de saúde para o ambiente externo a comunidade universitária. São utilizadas as redes sociais, principalmente Instagram, para desenvolvimento de atividades de educação em saúde interativas e dialogadas em colégios estaduais para adolescentes, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos (CAAE 60835022.4.0000.5231). A educação em saúde possui um papel fundamental no esclarecimento dos malefícios dos CEs e para desestimular o uso desses dispositivos. – Objetivos; Promover a reflexão de adolescentes e acerca dos “Malefícios do Cigarro Eletrônico” possibilitando autocuidado e autonomia na tomada de decisões na comunidade escolar. – Descrição da experiência; Em 2023, foram realizadas atividades educativas por meio de palestras dialogadas, jogos e dinâmicas sobre os malefícios do cigarro eletrônico, em colégio da rede Estadual de ensino do município de Londrina, buscando conscientizar os alunos do ensino médio sobre as consequências e malefícios do uso do cigarro eletrônico. As atividades de educação em saúde foram realizadas por participantes do projeto, em duplas ou trios, sob orientação docente, utilizando slides e gincanas com a finalidade de proporcionar interação com os alunos. As atividades de Educação em Saúde foram desenvolvidas em um total de 28 turmas, abrangendo 1080 alunos. A atividade foi avaliada positivamente pelos participantes do projeto. Houve um grande interesse da maioria dos escolares em relação ao tema, o que possibilitou o esclarecimento de dúvidas e excelente participação das atividades propostas. – Reflexão sobre a experiência e Recomendações: A educação em saúde proporciona o desenvolvimento de maior autonomia dos escolares para a tomada de decisões acerca da sua saúde e para atuarem como multiplicadores de informações em saúde em sua comunidade.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

OFICINAS DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL NAS UBS: ESTRATÉGIA DE APROXIMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA APS COM O TEMA E ENTRE OS NÍVEIS DE ATENÇÃO

Autores: Kátia Santos de Oliveira | Eliane dos Santos Lemes, Sérgio Ricardo Belon da Rocha Velho, Vania Cristina da Silva Alcantara, Daniela Souza de Carvalho Gomes, Valéria Cristina A. Azevedo Barbosa

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Saúde Mental; Atenção Primária à Saúde; Estratificação de Risco
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7309


Resumo:

Caracterização do problema A necessidade de acompanhamento das condições de saúde mental vem se tornando cada vez mais presentes nos serviços de saúde. Sabe-se que nem todos os profissionais da APS estão preparados para tais atendimentos, além de ser identificada a dificuldade de comunicação entre os diferentes níveis de atenção para compartilhamento de cuidado desta condição. Diante disso para que os profissionais tenham as mesmas informações sobre o usuário independentemente de onde seja atendido, foi definido pelo GT municipal de saúde mental o instrumento de estratificação de risco em saúde mental da SESA como meio de compartilhar o cuidado nos serviços. Justificativa Após a definição identificou-se a necessidade de que todos os profissionais tivessem contato com o instrumento e recebessem capacitação sobre o tema. Para isso foi elaborada a oficina de saúde mental com o foco na estratificação de risco, para as UBS de Londrina. Objetivos relatar a operacionalização das oficinas realizadas nas UBS. Descrição da experiência Participaram das oficinas todos os profissionais das UBS. Na condução estava as referências da gestão da APS, de SM da UBS, psicólogo da e-multi, técnicos regionais de cada um dos CAPS. Durante as oficinas as UBS ficavam fechadas, tendo duração de 6h e dividida em 3 momentos: 1. apresentação do instrumento e aplicação da ERSM a partir de casos atendidos no município, com discussão de dúvidas de sinais e sintomas presentes no instrumento e que as equipes não sabiam definir e/ou identificar; 2. apresentação da estratégia de trabalho desenvolvida pelos CAPS; 3. iniciado o levantamento de equipamentos presentes no território das UBS que possam ser apoio no cuidado de saúde mental. Reflexão sobre a experiência a participação dos técnicos do CAPS proporcionou uma (re)aproximação entre os serviços. As oficinas reforçaram a necessidade de constante discussões relacionadas à saúde mental, pois é necessário que todos sejam sensibilizados e ampliem seu olhar, tendo ferramentas para a abordagem inicial e conhecimento de como direcionar o caso. Recomendações além da continuidade das oficinas nas UBS ainda não realizadas, para que todos tenham contato com o tema, é necessário que outros movimentos sejam realizados como forma de estimular a utilização do instrumento, proporcionar aprofundamento no tema e dar seguimento no movimento iniciado com estratégias de educação continuada e educação permanente em saúde, além de matriciamento entre os serviços.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ADEQUAÇÃO E VIABILIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM DOR PARA USUÁRIOS DO SUS COM DOR CRÔNICA: ESTUDO QUALITATIVO PELA ÓTICA DOS ACADÊMICOS

Autores: Marina Pegoraro Baroni | Milena Andrade, Heloisa Schoefel Simão, Lainy Franciely Lich Vier, Bruno T Saragiotto, Cintia Raquel Bim

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: Capacitação de recursos humanos em saúde; sistema público de saúde; educação em dor.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7319


Resumo:

Introdução: Embora a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) recomende a educação em dor para usuários com dor crônica, em qualquer nível de atenção à saúde, existe limitada disponibilidade de profissionais da saúde com conhecimento sobre a abordagem contemporânea da dor. Ainda, a maioria dos currículos acadêmicos das graduações em saúde não abordam o estudo sobre dor em seus projetos pedagógicos. Objetivos: Analisar a adequação e viabilidade de um programa online de educação em dor (EducaDor) para usuários do SUS com dor crônica, do ponto de vista dos acadêmicos que integraram a equipe de provedores do programa. Método: Acadêmicos de graduação realizaram avaliações e 10 semanas de educação em dor online (programa EducaDor) para usuários do SUS com dor crônica. Foi realizado um estudo qualitativo, de análise temática, com questionário estruturado, e coleta individual. Foram analisados os desfechos de viabilidade e adequação da implementação do programa EducaDor sob a ótica dos acadêmicos. As transcrições dos áudios foram realizadas pelo Google Colaboratory, e analisadas por dois pesquisadores independentes. Resultados e discussão: Foram conduzidas 13 entrevistas. Sobre a adequação, os acadêmicos concordaram que o material digital é didático, de fácil compreensão, e que a escuta ativa durante o encontro síncrono foi um diferencial do programa. “[...] a maneira da escrita do ebook, tanto da maneira como a gente apresenta, fica fácil de entendimento e como tem, por exemplo, no ebook, bastante ícones ali do YouTube ou do Spotify, fica uma coisa mais lúdica e de fácil compreensão.” E que o programa EducaDor, por ser entregue na modalidade digital, oferece a oportunidade de facilitar o acesso dos usuários a intervenções de automanejo da condição de saúde, podendo reduzir custos em saúde. No entanto, ajustes são necessários para que o programa alcance toda a população. “[...]Acredito que para uma boa parte dessas pessoas. Mas claro que tem pessoas que não conseguem acessar o celular, que não têm internet, que têm dificuldade, que às vezes não sabem”. Conclusões: O programa EducaDor é viável e adequado para ser implementado no SUS, sendo uma das possibilidades de saúde digital, que está em desenvolvimento na saúde pública brasileira. Além disto proporciona a integração ensino-serviço-comunidade, fortalecendo a formação profissional na atuação para o SUS.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

TRAUMATISMO DENTÁRIO: PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Fabíola Marcela Mantine | Juliana Pomini, Paulo Christino Neto, Vânia Cristina da Silva Alcantara, Valeria Cristina Almeida de Azevedo Barbosa , Carlos Felippe Marcondes Machado

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde
Palavras-chave: traumatismo dentário; educação em saúde; saúde bucal
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7329


Resumo:

O traumatismo dentário representa um problema de saúde pública, devido à sua alta prevalência em crianças e adolescentes, com potencial impacto psicossocial e na qualidade de vida. Pode ocasionar perdas irreparáveis tanto no momento do acidente como no decorrer do tratamento, ou até mesmo anos após, devido às sequelas nas dentições decídua e permanente. Mobiliza toda a estrutura familiar, com impactos produzidos inclusive sobre pais e responsáveis das crianças. Diante deste contexto, as atividades de educação em saúde desenvolvidas durante a 2a Semana Municipal de Saúde Bucal tiveram como tema: “Traumatismo Dentário”, abordando e sensibilizando os vários atores envolvidos nos episódios de trauma. As ações foram programadas em rede com a parceria de instituições como conselho de classe, universidade e secretaria municipal de educação. Primeiramente houve a capacitação de 150 professores de educação física da rede municipal de educação com o tema “Primeiros socorros diante do traumatismo dentário”, tendo em vista que a maior parte dos traumas ocorrem durante a prática de atividades esportivas e as primeiras condutas adotadas nestes casos são decisivas no bom prognóstico. Num segundo momento, realizou-se a capacitação em traumatismo em dentes permanentes para profissionais de odontologia (dentistas, ASBs e TSBs) com 102 participantes, visando a atualização e aperfeiçoamento dos atendimentos frente a traumas dentários. Além disso, elaborou-se material educativo (gibi digital e impresso) sobre traumatismo dentário para alunos do 3º ano da rede pública, abordando e ensinando o que fazer em caso de avulsão dentária, com o objetivo não somente de informar as crianças, mas por meio delas e de seu protagonismo na disseminação de informações, atingir também famílias e comunidade. Também ocorreram as atividades educativas sobre traumatismo dentário, nas escolas municipais com alunos da faixa etária de 8 a 10 anos: 89 atividades – 2.238 participantes. E ainda, registraram-se relatos de casos clínicos bem conduzidos, destacando que todos podem contribuir para uma correta ação, minimizando ou mesmo impedindo as sequelas de traumas dentários e seus impactos na qualidade de vida. A educação em saúde tem seu papel como um real instrumento de aproximação entre redes de serviços e comunidade, impactando na autonomia das pessoas e no seu cuidado.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

RESULTADOS DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE O CONHECIMENTO DA DOENÇA EM PACIENTES DIABÉTICOS ATENDIDOS NUM AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA EM CURITIBA, PARANÁ

Autores: Cyntia Erthal Leinig | Amanda Carolina Ribeiro Silva, Edillyn Lombardi da Silva, Júlia Formes Dias, Maria Carolina Weckerlin de Jesus

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, Paraná - Brasil
Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Letramento em Saúde; Educação em Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7352


Resumo:

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que requer autogestão ativa no cotidiano e adequado letramento em saúde, o qual está associado a melhor controle glicêmico e redução de hospitalizações. Objetivo: Aplicar intervenção educativa dirigida a pessoas vivendo com diabetes e mensurar o nível de conhecimento em DM antes e após a intervenção. Método: Triados 17 pacientes maiores de 18 anos e com agenda ativa num ambulatório de endocrinologia em Curitiba. A presença de alguma limitação de comunicação que impedisse responder aos instrumentos de coleta de dados foi estabelecida como critério de exclusão. Para elaboração da intervenção, foi levantado o perfil socioeconômico e demográfico de 30 pessoas atendidas no ambulatório, bem como o nível de letramento em saúde, a fim de detectar demandas específicas e a melhor forma de abordá-las. A intervenção foi aplicada através de metodologias ativas de aprendizagem e, em seguida, aplicado o teste de conhecimento. Os dados foram analisados por estatística descritiva e os resultados comparados entre os momentos pré e pós intervenção pelo teste de Wilcoxon, McNemar-Bowker e teste de McNemar. O nível de significância foi de 5% utilizando o programa SPSS v.28.0. Resultados: O perfil de pacientes (n=30) para o qual a intervenção educativa foi elaborada resultou numa maioria feminina, com mais de 60 anos e tendo como morbidade associada a hipertensão. 57% tinham ensino fundamental incompleto e 52,9% apresentavam alteração na hemoglobina glicada. Quanto ao letramento em saúde, 70% alcançaram um escore >60%, relacionado à raciocínio e concentração. Já na etapa 2, relacionada à leitura e interpretação, 73% tiveram desempenho insatisfatório. A intervenção educativa, realizada com metodologias ativas de aprendizagem, teve impacto significativo nos resultados do teste de conhecimento em DM quando comparados os escores antes e após a abordagem, com uma diferença no número de acertos de até 8 questões após a intervenção (p<0,001). 88,2% (n=17) dos pacientes melhoraram seu escore após a intervenção, os demais pacientes já haviam atingido escore máximo no momento pré intervenção e mantiveram sua classificação. Conclusão: Intervenções educativas específicas a determinado perfil e voltadas à metodologias ativas de aprendizagem foram eficazes em aumentar o nível de conhecimento sobre a doença. Um adequado letramento em saúde é capaz de proporcionar gestão para o autocuidado e reduzir o impacto da doença no sistema de saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL COMO ALIADA NO CONTROLE DO CRESCIMENTO DA OBESIDADE INFANTIL

Autores: Soraya dos Santos Souza | Bruno Jose Rozzi Ferreira, Luis Guilherme Ursini, Rafael Lucas Silveira de Souza, Talissa Thayna Goncalves Perucci, Jacqueline Danesio de Souza

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Obesidade infantil; Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Comportamento alimentar; Pré-escolar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7353


Resumo:

Caracterização do problema: A obesidade infantil é caracterizada pelo acúmulo de gordura no tecido adiposo causada por um distúrbio do estado nutricional. Suas causas são multifatoriais envolvendo aspectos genéticos, metabólicos, nutricionais e estilo de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a obesidade é considerada como epidemia de saúde pública mundial. Justificativa: O desenvolvimento da independência e autonomia na infância, assim como o incentivo a escolhas saudáveis e adequadas, são estratégias que podem proporcionar melhora nos hábitos alimentares de pré-escolares, promovendo a prevenção da obesidade e doenças relacionadas. Objetivo: Relatar a experiência de uma oficina alimentar sensorial desenvolvida em um Centro de Educação Municipal Infantil em Londrina-PR. Descrição da experiência: A atividade foi realizada por profissionais da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (UEL). Participaram 30 alunos com idades entre 4 e 5, matriculados em uma escola municipal da rede pública de ensino. A ação teve início com uma roda de conversa onde foi abordada a importância do consumo diário de frutas e verduras para a saúde assim como os valores nutricionais. Após foi realizada uma atividade lúdica sensorial intitulada “Oficina do tato – Caixa surpresa”. Nesta atividade as crianças tiveram que adivinhar os alimentos que tinham dentro da caixa, utilizando apenas o tato. Destaca-se a interação e interesse das crianças em relação à descoberta dos alimentos ao final das ações. A oficina estimulou a familiarização com novos alimentos através do toque, demonstrando as diferenças entre formatos, texturas, cores e tamanhos dos alimentos. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: O período pré-escolar é caracterizado por uma fase de grandes descobertas onde as crianças iniciam as escolhas alimentares. Diante disso, estudos demonstram que atividades sensoriais em pré-escolares incentivam o consumo de frutas e vegetais através de experiências positivas com esses alimentos, melhorando assim sua relação com a alimentação saudável. A intervenção de educação em saúde realizada contribui para a mudança de comportamento alimentar e melhora da aceitação de novos alimentos com base em experiências sensoriais. A atividade desenvolvida faz parte do Programa de Saúde na Escola (PSE) e Crescer Saudável (PCS) e recomenda-se que mais ações de educação em saúde com a temática seja replicada garantindo a promoção e prevenção da obesidade infantil.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

CUIDANDO DE QUEM CUIDA: PROJETO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E SUPORTE PSICOLÓGICO COM TRABALHADORES DO HZS E 17 REGIONAL DE SAÚDE

Autores: Eduardo Franchi da Silva Santos | Alejandra Astrid León Cedeño, Geraldo Junior Guilherme, Rafael Luz

Instituição: Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade - Hospital Zona Sul de Londrina
Palavras-chave: Saúde Mental; Saúde Ocupacional; Programa de Saúde do Trabalhador
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7367


Resumo:

Caracterização do problema: Após a pandemia de covid-19, evidenciou-se a necessidade de priorizar os cuidados com a saúde mental. Em matéria realizada pela Organização Mundial de Saúde – OMS, em junho/2022, relatou-se um aumento de 25% em casos de depressão em ansiedade no primeiro ano da pandemia. O ministério público de Londrina deu início a um grupo de trabalho de saúde mental, propondo a articulação de ações a fim oferecer melhores atendimentos às demandas psicossociais de seus habitantes e a diminuição de encaminhamentos e atendimentos de casos graves aos centros de atenção psicossocial (CAPS) e hospitais da região. Justificativa: o Recursos Humanos do Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade – Zona Sul de Londrina (HZS) identificou um aumento do absenteísmo devido ao adoecimento mental e sofrimento psíquico de funcionários. Objetivo: Promover saúde mental individual e/ou coletivamente entre os trabalhadores do HZS e da 17 Regional de Saúde, ao potencializar o fortalecimento do comum em tempos de laços sociais fragilizados e direitos trabalhistas vulnerados. Descrição da experiência: a partir das reuniões do Comitê de Saúde Mental do município de Londrina, a Direção do HZS entrou em contato com o serviço de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina - UEL. A partir de então, deu-se o início ao projeto “Cuidando de quem cuida” visando à promoção de Saúde e Suporte Psicológico com trabalhadores do HZS e 17 Regional de Saúde. O projeto de extensão prevê o suporte aos funcionários em três frentes, sendo: psicoterapia breve, arte e saúde e clínica do trabalho. A psicoterapia breve consiste no atendimento de funcionários com foco na identificação e resolução de problemas específicos relacionados ao contexto laboral hospitalar. A frente Arte e Saúde potencializam os trabalhadores para criarem soluções às demandas emocionais cotidianas, tecendo alegria no meio da dor e beleza em meio à aridez das dificuldades do trabalho em saúde. A clínica do trabalho colabora com uma formação que favoreça a visibilidade da complexidade, execução, reconhecimento e sentido do trabalho. Reflexão sobre a experiência: relatou-se que há uma dimensão psicológica do trabalho que colabora para que as adversidades não empurrem os trabalhadores em direção ao adoecimento mental. Recomendações: o investimento em saúde mental e saúde ocupacional atenuam o sofrimento psíquico dos trabalhadores e consequentemente assegura-se uma assistência adequada e de qualidade aos usuários do SUS.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

REDES DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E SAÚDE MENTAL COMO POSSIBILIDADE PARA A INTEGRAÇÃO DO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: A EXPERIÊNCIA DA LIBERSOL

Autores: Caique Franzoloso | Thainara Granero de Melo , Luís Felipe Ferro

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Redes de Economia Solidária; Saúde Mental; Universidade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7374


Resumo:

O desenvolvimento de ações de inclusão pelo trabalho de pessoas em sofrimento mental é previsto pela atual Política Nacional de Saúde Mental, conhecida como Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A Economia Solidária, por sua vez, configura-se como uma forma coletiva de organização do trabalho, pautada na solidariedade e autogestão. Enquanto articuladora, a Rede LIBERSOL tem fortalecido Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) no campo da Saúde Mental. O trabalho em tela, de abordagem qualitativa e estruturado pela pesquisa-ação, pretende apresentar reflexões e práticas que afirmam a potência de redes de Economia Solidária como campos interdisciplinares que integram atividades de ensino, pesquisa e extensão de maneira indissociável ao cuidado psicossocial. Como resultado, sublinha-se a inserção de 11 estagiários, mais de 30 extensionistas, cinco mestrandos, um doutorando e seis docentes de cinco diferentes Instituições de Ensino Superior. Pragmaticamente, foram desenvolvidos processos de incubação, oficinas de qualificação, projetos de captação de recursos e apoio psicossocial para EES em vulnerabilidade em cinco diferentes municípios. Tais ações possibilitaram a estruturação de uma loja/cantina que dispõe de uma cozinha industrial dentro de um campus universitário, que serve simultaneamente como laboratório de aprendizagem para os estudantes e espaço de geração de renda e inclusão social para pessoas em sofrimento mental. Não distante, os estudantes nuclearam e assessoraram oitos novos EES em situação de vulnerabilidade em diferentes equipamentos públicos como CRAS, CAPS, Centros Pop e Secretarias de Trabalho em quatro munícios. Conclui-se, portanto, que as redes de Economia Solidária são estratégias potentes para aproximação do saber acadêmico com a realidade social vivenciada pelos Empreendimentos Econômicos Solidários no campo da Saúde Mental, possibilitando a formação de profissionais mais engajados e eticamente comprometidos. Tais redes possibilitaram, ainda, a articulação de políticas públicas de maneira intersetorial, uma vez que movimentaram ações no âmbito do trabalho, saúde e assistência. Por fim, ressalta-se o importante papel das universidades para o desenvolvimento das ações mencionadas, que puderam favorecer o processo de reabilitação e inclusão social de seu público-alvo, como preconizadas pela RAPS.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

JUNTOS EM PROL DO CUIDADO INTEGRAL DA CRIANÇA ATRAVÉS DOS MATRICIAMENTOS.

Autores: Natalia Fabiane Ridao Curty | Gabriela Ramos Ferreira Curan, ERIKA FERMINO TUDISCO DE CARVALHO, VÂNIA CRISTINA DA SILVA ALCANTARA, Sonia Maria Coutinho Orquiza , GISELLE LIMA AGUIAR CORREA

Instituição: AUTAQUIA MUNICIPAL DE LONDRINA
Palavras-chave: MATRICIAMENTO; SAUDE DA CRIANCA; ATENÇÃO PRIMARIA A SAUDE
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7398


Resumo:

A equipe de saúde da família é responsável pelo cuidado da saúde da criança, sendo composta por uma equipe multiprofissional para um cuidado integral. O apoio matricial é de importância para complementar a equipe de referência, compartilhando cuidado e na criação de proposta de intervenção pedagógico-terapêutica e assim fortalecer a efetividade da atenção primária. Pela importância do apoio matricial do cuidado da criança foi estruturado uma equipe de apoio matricial para as unidades básicas de saúde (UBS) de Londrina, contando com uma equipe multiprofissional e de especialidade pediátrica. Foi realizado entre 2023-2024 matriciamentos in loco em 45 (83%) das UBS de Londrina, devendo atingir 100% até agosto de 2024. A equipe de apoio matricial era formada por pediatra e profissional da enfermagem com especialidade em pediatria, a equipe de referência que recebia o matriciamento era formado por profissionais que realizam as puericulturas principalmente médicos generalistas, médicos de família e comunidade, enfermagem, equipe da saúde bucal, e profissionais da equipe E-multi. O objetivo dos matriciamentos nas UBS era de compartilhar conhecimentos científicos, com foco na necessidade local, estimulação da estratificação de risco nas puericulturas, compartilhamento com a especialidade quando necessário, e de uma puericultura multiprofissional. O apoio matricial apresentou uma metodologia mista de aula expositiva, discussão de casos, abertura para mudanças conteúdo programático para a melhor aproveitamento. Em algumas UBS foi realizado atendimento conjunto da criança com o pediatra e médico, realizado também práticas de uso de dispositivos inalatórios, técnica da lavagem nasal, do aleitamento materno, exame fisico da criança, registros em prontuários. Foi aberto uma linha de comunicação por whatsapp entre o apoio e os profissionais com a possibilidade troca de experiências, retiradas de dúvidas e distribuição de conteúdo científico atualizado. A participação foi apreciável e realizado discussões muito produtivas entre os profissionais, ocorreu autoavaliação de cada UBS sobre suas puericulturas, apontando fragilidades, pontos de apoio. Algumas UBS já receberão novas visitas do apoio matricial e novos matriciamentos estão sendo programados. Conclusão: O apoio matricial no cuidado da criança vem complementar o cuidado já realizado pelas UBS, a educação continuada faz parte do processo para a qualificação e assim proporcionar o melhor cuidado ao usuário.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

SAÚDE DIGITAL: CAMINHOS PERCORRIDOS NO ENSINO EM SAÚDE

Autores: Cíntia Raquel Bim |

Instituição: Universidade Estadual do Centro-oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Estratégia de Saúde digital; educação superior; capacitação de recursos humanos em saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7459


Resumo:

A Saúde Digital no Brasil inclui um conjunto de ações de tecnologia da informação e comunicação, que devem ser implementadas nos serviços de saúde pelos gestores e profissionais, que precisam estar capacitados e sensibilizados para utilizá-la de maneira adequada, para que se possa alcançar a efetividade esperada na melhoria da qualidade da atenção à saúde. Em 2020 o Ministério da Saúde publicou a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028 (ESD28), a qual norteia as ações de saúde digital para o país. Para a efetivação dessa estratégia é primordial considerar a qualificação dos profissionais que estão nos serviços, e nos que se encontram em processo de formação nos cursos de graduação. Diante do atual contexto sobre a Saúde Digital, eu, enquanto docente de um curso de Fisioterapia de uma universidade pública no Paraná, e atuando na atenção primária à saúde, estou desenvolvendo desde 2023 pesquisas na área da saúde digital no Sistema Único de Saúde (SUS). Os projetos em andamento são: um trabalho de conclusão de curso em Fisioterapia – Implantação da saúde digital em um município de grande porte; três iniciações científicas - Perfil dos pacientes atendidos por teleatendimento no município, Adesão dos médicos da rede pública à saúde digital, Estratégias de implantação da telemedicina; um trabalho de conclusão de residência - Avaliação do conhecimento sobre saúde digital de usuários de uma Unidade Básica de Saúde; pesquisa isolada - conhecimento de docentes universitários a respeito de ferramentas da saúde digital. As pesquisas envolvem acadêmicos de Fisioterapia, Medicina e residente fisioterapeuta. Resultados preliminares apontam que o município estudado está investindo na saúde digital, criou um departamento de Informação, Tecnologia e Inovação em Saúde, e realizou no mês de maio de 2024 cerca de 2 mil teleconsultas; os cursos de graduação ainda não possuem o conteúdo sobre saúde digital nas matrizes curriculares, alguns docentes já utilizam ferramentas de saúde digital, enquanto outros ainda não tiveram experiências com a temática; usuários apresentam pouco conhecimento sobre os benefícios da saúde digital. As atividades têm motivado os pesquisadores, pois são muitas lacunas a serem preenchidas, e espera-se que os resultados possam subsidiar melhorias tanto na formação dos profissionais de saúde quanto na implantação da saúde digital no município estudado, e que a saúde digital possa ser efetiva e resolutiva para os usuários do SUS.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EXPERIÊNCIA ACADÊMICA NO PROJETO "EDUCANDO E TRATANDO O TABAGISMO": INTEGRAÇÃO DE EDUCAÇÃO E TERAPIA NA FORMAÇÃO MÉDICA NOS CAMPOS GERAIS

Autores: Bruna Boeira Sobieray | Erildo Vicente Müller, Gabriel Cordeiro de Oliveira

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Tabagismo; cessação; Medicina;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7468


Resumo:

Nos Campos Gerais, Paraná, a prevalência do tabagismo tem representado um desafio significativo para a saúde pública, exigindo a implementação de estratégias eficazes para a sua redução. Reconhecendo essa necessidade, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em parceria a Terceira Regional de Saúde, realiza o projeto "Educando e Tratando o Tabagismo" com o objetivo de abordar o problema de forma holística. O projeto combina esforços educativos com tratamentos terapêuticos para ajudar os indivíduos a abandonar o uso do tabaco. A intervenção inclui sessões educativas sobre os malefícios do tabagismo, suporte psicológico, e terapias de substituição de nicotina. Este relato tem como objetivo relatar a experiência de um acadêmico de medicina ao participar do projeto "Educando e Tratando o Tabagismo" na sua formação médica, no período de 07 de maio a 11 de junho de 2024. As atividades incluíram a realização de sessões educativas sobre os malefícios do tabagismo (tendo como base os livros educacionais disponibilizados pelo INCA), de grupos de apoio psicológico e a assistência na distribuição e monitoramento de terapias de substituição de nicotina, sendo os medicamentos prescritos resumidos à Bupropiona 150mg e Adesivos de Nicotina de 7, 14 e 21mg. Os resultados preliminares mostram que os acadêmicos desenvolveram habilidades essenciais para a prática médica, incluindo a comunicação efetiva com os pacientes, a aplicação de estratégias educativas e terapêuticas, e a capacidade de trabalhar em equipe multidisciplinar. Além disso, os participantes do projeto que interagiram diretamente com os acadêmicos mostraram uma melhora significativa na adesão ao tratamento e na motivação para abandonar o tabagismo. As sessões educativas e o suporte psicológico contínuo promovido pelo grupo de apoio foram identificados como fatores críticos para o sucesso do programa. A participação no projeto "Educando e Tratando o Tabagismo" proporcionou aos acadêmicos uma visão abrangente das intervenções de saúde pública e uma valiosa experiência prática, enriquecendo sua formação profissional e destacando a importância de intervenções integradas na cessação do tabagismo. Recomenda-se a continuidade e a expansão de iniciativas semelhantes para contribuir para a formação de profissionais de saúde mais preparados e comprometidos com a promoção de estilos de vida saudáveis e a prevenção de doenças.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA: FORMAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA ATRAVÉS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM UMA COMUNIDADE INDÍGENA

Autores: Berenice T Tatibana | CELSO JÃNHKAG SILVERIO, LILIAM DO ROCIO NOGUEIRA, CHISAKO HIGA, JULIANA MARIANO M VIZOTO, JUNIOR CESAR DE SOUZA BENEDITO

Instituição: Instituto Federal do Paraná - IFPR e SESAI
Palavras-chave: Saúde Bucal, Formação Profissional; Promoção da Saúde; Educação inclusiva
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7512


Resumo:

Caracterização do problema: A saúde bucal da população indígena é um desafio multifacetado, envolvendo aspectos culturais, sociais e econômicos. A dificuldade do acesso a serviço odontológico agrava a situação. Por outro lado, o Curso Técnico em Saúde Bucal (TSB), recebe para formação profissional 4 estudantes indígenas que, respeitando a educação inclusiva, faz-se necessário uma abordagem diferenciada para oportunizar a eles um processo ensino-aprendizagem de acolhimento adequado. Justificativa: A experiência é motivada pela necessidade de promover a saúde bucal indígena, atendendo ao mesmo tempo o direito à formação e educação de qualidade e inclusiva a estudantes indígenas do TSB. A proposta é parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso TSB do Instituto Federal do Paraná (IFPR), que busca integrar educação inclusiva e promoção da saúde bucal, beneficiando tanto os estudantes indígenas quanto a sua comunidade. Objetivos: Proporcionar formação técnica profissional para estudantes do curso TSB, incluindo alunos indígenas. Promover a saúde bucal na Comunidade do Apucaraninha. Incluir aspectos culturais, sociais e técnicos na educação para a saúde bucal, respeitando a realidade apresentada. Descrição da experiência: Durante a intervenção, aborda-se temas e ações para promoção da Saúde Bucal em ação realizada por estudantes do 1º e 2º anos do curso TSB, permitindo uma abordagem prática e teórica integrada. A metodologia adotada inclui atividades como teatro mudo para transpor barreiras linguísticas, promovendo uma educação inclusiva e culturalmente sensível. Reflexão sobre a experiência: Há uma troca de saberes, onde os estudantes podem vivenciar e compreender a realidade da comunidade indígena, aplicando conhecimentos técnicos em um contexto real. A experiência reforça a importância da práxis na educação, conforme proposto por Paulo Freire, integrando teoria e prática de forma crítica e reflexiva. Recomendações: Expandir ações semelhantes, adaptando as práticas educativas às necessidades locais e culturais no intuito de continuar incentivando a educação inclusiva. Avaliar os resultados desta intervenção para desenvolver projetos de extensão, contribuindo para a construção de uma identidade institucional que valorize e difunda novos saberes e permita a práxis na formação profissional.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

MÍDIAS SOCIAIS COMO MEDIADORES EDUCACIONAIS

Autores: Natany Aparecida Batista | Mikhael dos Santos Theodoro, Isabela Vanessa Tavares Cordeiro Silva

Instituição: Unicesumar Maringá
Palavras-chave: Letramento em Saúde; Mídias Sociais; Educação em Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7515


Resumo:

Introdução: As mídias sociais democratizam o acesso à informação em saúde, utilizando vídeos, fotos e textos curtos para alcançar um público diverso de forma rápida e eficiente. (SILVA, 2008). Ao considerarmos as tecnologias digitais como estratégias para informações em saúde é essencial entender o perfil do público-alvo. Podendo empregar ferramentas para auxiliar essa população a localizar informações relevantes, confiáveis e precisas sobre promoção da saúde, prevenção de doenças, dados estatísticos e opções de tratamentos (YAMAGUCHI et al, 2020). Objetivo: Destacar a importância da letramento digital em saúde e os desafios a serem superados nessa área. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, construída pelo questionamento”. Qual a importância do letramento digital em saúde e os desafios a serem superados com o desenvolvimento de ações educacionais em saúde. A busca foi feita nas Bases de dados Pubmed, Scopus. Os dados foram coletados com artigos publicados entre os anos de 2007 a 2020. Resultados: As atuais tecnologias de informação e comunicação permitiram a geração de novos ambientes de construção de conhecimento, fora das estruturas tradicionais já conhecidas. O ciberespaço mudou a ideia de ambiente e do tempo voltados à aprendizagem (COUTINHO, 2007). O crescimento dessa interatividade se dá principalmente pelas novas gerações, onde o uso de dispositivos móveis, utilizados com gigantesca frequência, possibilita que esses ambientes de aprendizado sejam qualquer lugar que tenha internet em seus smartphones (POSSOLLI et al., 2017). O uso das mídias sociais como disseminador das informações em saúde é indubitavelmente uma estratégia educacional que visa ampliar o acesso à informação para toda a população, incluindo áreas previamente inacessíveis. Porém é necessário mais segurança das informações e maior literacia digital em saúde, mais direcionada a grupos específicos, fornecendo orientações sobre o manejo das informações acessadas. (CRUZ et al., 2011; GONÇALVES; SOARES, 2010). Conclusão: Utilizar efetivamente as mídias é crucial para garantir que informações seguras alcancem todos os setores da sociedade, bem como Políticas de controle devem combater fake news e garantir veracidade das informações. A constante atualização sobre o uso da internet e das redes sociais é vital para profissionais de saúde, fomentando o desenvolvimento de habilidades e conhecimento técnico-científico para produzir materiais informativos precisos e relevantes.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

QUALIFICAÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM ASSISTÊNCIA HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Ana Paula Contiero | Luciana Aparecida Fabriz, Fatima Cividini, Daiane Sosa, Samarah El Ghandour , Adriana Zilly

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste
Palavras-chave: Educação em Saúde; Capacitação Profissional; Assistência Hospitalar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7520


Resumo:

Introdução: A Educação Permanente em Saúde, prevista na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde no Brasil, enfrenta diversos desafios para a consolidação no Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta perspectiva a Universidade, possui papel crucial da formação crítica dos profissionais, para atuação em campo prático. Objetivo: Relatar a experiência de um projeto de qualificação para profissionais recém-formados e alunos de graduação das diversas áreas da saúde. Método: O projeto contempla a formação de profissionais recém-formados e alunos de graduação das áreas de enfermagem, fisioterapia, farmácia, nutrição, fonoaudiologia, psicologia e serviço social, para a assistência multiprofissional em unidade hospitalar. O projeto é proveniente de um convênio firmado entre uma Universidade Pública e Hospital Público com financiamento de uma Entidade Binacional, contemplando a qualificação dos profissionais mediante realização de atividades teórico-práticas, com duração de 24 meses. Os profissionais recém-formados desenvolvem práticas/assistenciais em diversos setores do hospital, conforme área de formação, com carga horária de 30 horas semanais. As atividades teóricas, ocorrem semanalmente, com duração de seis horas, contemplando aulas; estudos de casos; cursos; treinamentos, e reuniões institucionais. Os alunos de graduação desenvolvem atividades administrativas sob a supervisão de um profissional graduado. Todos os participantes recebem bolsa e foram selecionados de acordo com os seguintes critérios: ser formado a menos de três anos; não ter vínculo empregatício; possuir inscrição no conselho de classe; e os alunos devem estar cursando a partir do 2º ano/4ºperíodo. Resultados: O projeto teve início em janeiro de 2024 e conta com 20 alunos de graduação de diversas áreas; 83 enfermeiros; 12 farmacêuticos; 05 nutricionistas; 1 fonoaudiólogo; 11 fisioterapeutas; 4 assistentes sociais; 6 psicólogos, totalizando 142 bolsistas, os quais estão prestando assistência hospitalar aos usuários do SUS. Conclusão: Este projeto de qualificação multiprofissional demonstra um compromisso com a excelência na assistência hospitalar, fornecendo aos bolsistas uma oportunidade valiosa de aprimoramento teórico-prático. Espera-se que esses profissionais, devidamente capacitados, contribuam significativamente para a melhoria contínua dos serviços de saúde, atendendo às necessidades complexas e variadas dos usuários do SUS, garantindo uma assistência de qualidade e humanizada.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ADOLESCÊNCIA, ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E ANSIEDADE

Autores: Edneia Aparecida Peres | Josiane Cecília Luzia , Hellen Soares Carrilho, Nicolle Teodoro de Souza, Tifanny Gabriele Tonzar

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Ansiedade; Análise do Comportamento; Adolescentes.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6927


Resumo:

Caracterização do problema: Estima-se que aproximadamente 264 milhões de indivíduos, no mundo, possam apresentar algum tipo de transtorno de ansiedade (OMS, 2017). No Brasil, a taxa de prevalência é estimada em 9,3% (OMS, 2017). É de suma relevância estudos envolvendo pesquisa sobre essa temática, em especial, envolvendo adolescentes, pois há uma demanda crescente em clínicas particulares, públicas, como clínicas escolas, serviços públicos como SUS, CAPS e na rede particular de saúde por cuidados psicológicos e psiquiátricos envolvendo adolescentes. Assim, instrumentalizar estudantes de graduação do curso de Psicologia é de extrema relevância..Fundamentação teórica: De acordo com um levantamento on-line realizado pela UNICEF (2022), 3 a cada 10 jovens, majoritariamente entre 15 e 19 anos, declararam se sentir “ansiosos(as)” no momento de retomada das atividades presenciais, após a pandemia do Coronavírus. Outro estudo de levantamento demonstrou que em todo o mundo os transtornos comportamentais têm tido um aumento na atualidade, especialmente os transtornos de ansiedade, os quais podem ter início precoce e persistente (Global Burden of Disease, 2016). Descrição da experiência: O objetivo dessa pesquisa foi o de realizar um levantamento bibliográfico sobre ansiedade, adolescência e a contribuição da análise do comportamento. A pesquisa foi realizada nas bases de dados SciELO, CAPES/MEC e PubMed/MEDLINE, Google acadêmico, bem como em livros especializados e capítulos. Para a busca foram consideradas as seguintes palavras-chave: anxiety, adolescent and behavior analysis e ansiedade, adolescente e análise do comportamento. Após o levantamento bibliográfico, um grupo de estudofoi constituído por estudantes do curso de Psicologia e docentes do mesmo curso e o material selecionado foi discutido semanalmente em forma de seminários. Efeitos alcançados:Os resultados da busca bibliográfica demonstraram escassez de publicações brasileiras em relação à Adolescência e Análise do Comportamento, mas na busca em língua inglesa há mais publicações. Quanto ao tema Ansiedade, há muitas publicações que subsidiaram o conceito e o manejo desse sentimento. Recomendações: É importante capacitar os estudantes a buscarem literatura científica em bases de dados seguras e ensiná-los a ler os artigos científicos e relatá-los de forma acadêmica para que possam promover ações em saúde com base em evidências científicas.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RODAS DE CONVERSA COM ADOLESCENTES ESCOLARES SOBRE ANSIEDADE NORMAL E PATOLÓGICA

Autores: Edneia Aparecida Peres | Josiane Cecília Luzia

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Ansiedade; adolescentes; Psicoeducação
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6928


Resumo:

Caracterização do problema: A Pandemia da COVID-19 trouxe demandas específicas para o contexto escolar, como o aumento de casos de ansiedade e comportamentos relacionados a ela. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram os de (1) levar procedimentos provenientes da Psicoeducação, por meio de Rodas de Conversa sobre a temática e (2) promover a probabilidade de diminuição de comportamentos prejudiciais, bem como aumentar a probabilidade de promover comportamentos saudáveis. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. O medo e a ansiedade são estudados como respostas normais do organismo frente a contextos de perigo a que o organismo está exposto. Estes perigos são reais se existe uma situação de risco à sobrevivência e potenciais se há componentes de incerteza (Graeff & Brandão, 1993). Todavia, quando respostas de ansiedade se tornam muito intensas e desproporcionais ao contexto, acarretando prejuízos ao indivíduo, pode-se caracterizar como transtornos de ansiedade (American Psychological Association [APA], 2014). É importante identificar o transtorno de ansiedade, uma vez que ele pode representar um fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos mentais e/ou pode estar relacionado a outras comorbidades (Trindade Junior et al., 2021). Descrição da experiência: Participaram da intervenção 68 estudantes, no total, com idades entre 11 e 12 anos, matriculados regularmente no Ensino Médio, de um colégio público da cidade de Londrina, Paraná. A intervenção ocorreu no formato de Rodas de conversa. Utilizaram-se vídeos informativos, exposição de slides, dinâmica de grupo e avaliação das atividades. Efeitos alcançados: Os resultados das Rodas de Conversa foram obtidos através de questionário de satisfação. Os dados demonstram que os estudantes do Colégio relataram quais conhecimentos possuíam sobre ansiedade, e quais adquiriram a partir das interações estabelecidas nas atividades. Verbalizaram ainda exemplos pessoais, puderam tirar dúvidas específicas e relataram como iriam levar esse conhecimento para práticas do cotidiano e que o conhecimento desmitificou o que ouviam muitas vezes ao se queixarem de dores de cabeça, cansaço, que tudo “era coisa da cabeça”. Recomendações: Sugere-se intervenções dessa natureza, a fim de proporcionar a aquisição de novos conhecimentos para os estudantes participantes e o desenvolvimento do repertório para engajamento em atividades coletivas, em saúde mental, para os estudantes de ensino médio, em contexto escolar.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

INOVAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO INTERNATO DE MEDICINA NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Cristiane de Melo Aggio | Gabriel Stanziola de Moraes, Stefany Pereira Prado, Letícia de Oliveira Cardoso Freitas, Veronica Paduam , Rebeca Maria Siqueira da Silva

Instituição: Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)
Palavras-chave: Educação em saúde; Atenção Primária à Saúde; Saúde Pública
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6932


Resumo:

Caracterização do problema: A Estratégia Saúde da Família proporciona aos estudantes o olhar ampliado do indivíduo, abrangendo as dimensões biológica, social, econômica e psicológica, bem como a compreensão do percurso histórico e do financiamento do sistema de saúde brasileiro. Há falhas na consolidação deste aprendizado, embora o mesmo corresponda às diretrizes curriculares para os cursos da área da saúde. Justificativa: Metodologias ativas de ensino integram teoria e prática, humanizam a formação e tornam a aprendizagem reflexiva. Docentes da graduação em Medicina, de Instituição de Ensino Superior pública inovaram a teorização sobre Saúde Coletiva, durante o internato na Atenção Básica, nos encontros educacionais. Objetivos: Refletir sobre a inovação da formação de profissionais de saúde. Descrição da experiência: Durante oito semanas, ocorreram encontros educacionais, presenciais e semanais, conduzido por dois docentes, enfermeiro e educador físico, simultaneamente às atividades práticas, realizadas em dez unidades básicas de saúde, por dupla de estudantes, sob supervisão do médico preceptor. Cada encontro possuía três momentos: revisão/esclarecimentos do tema anteriormente discutido, desenvolvimento do novo tema e avaliação do aprendizado/encontro. Adotou-se várias estratégias ativas de ensino, como leitura dirigida e em grupo, fish bowl, discussões baseadas em registros do portfólio dos estudantes e de entrevistas com trabalhadores da saúde e usuários, quanto às necessidades de saúde da população e o processo de trabalho, em cada território, compartilhamento de vivências na exemplificação de conceitos e reflexão da prática cotidiana. Na avaliação formativa empregou-se reações por emojis, bilhete de saída (o que aprendi, o que achei interessante e perguntas a serem feitas), etc. Reflexão sobre a experiência: A diversidade de estratégias educacionais favoreceu a reflexão da vivência dos estudantes quanto à atenção, à gestão e à educação em saúde, cativando e motivando o interesse sobre Saúde Coletiva, além de acertos em questões de cursos preparatórios para residência médica. Recomendações: A reinvenção do ensino-aprendizado favoreceu a participação ativa do estudante e a construção do conhecimento, significativo e aplicável na rotina do internato. A discussão interdisciplinar dilatou a compreensão das políticas públicas, do cuidado integral e compartilhado, do trabalho em equipe e a cogestão em saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

COMO É TRABALHAR NO “POSTINHO” PELOS OLHARES DE RESIDENTES DE MEDICINA E MULTIPROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Luna Rezende Machado de Sousa |

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais
Palavras-chave: Formação em saúde; residência; Atenção Primária à Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6941


Resumo:

As percepções e expectativas sobre o trabalho em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) variam ao longo do tempo, influenciadas pela experiência e formação acadêmica. Compreendê-las é essencial na formação dos residentes. A primeira aula da disciplina Práticas em Saúde da Família, dos programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade e Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Secretaria de Saúde de São José dos Pinhais/PR, foi dedicada a discutir essas expectativas. Participaram 27 residentes, incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, cirurgiões-dentistas e farmacêuticos. Durante a aula, os residentes do primeiro ano (R1) desenharam suas expectativas sobre como é trabalhar no “postinho”, enquanto os do segundo ano (R2) desenharam suas experiências reais. Após concluírem, os R1 apresentaram seus desenhos, seguidos pelos R2. Os R1 representaram a UBS como um local acolhedor, focado na escuta, vínculo e cooperação entre a equipe e os usuários. Alguns desenhos incluíram práticas da medicina tradicional chinesa e a valorização do conhecimento tradicional, além de uma abordagem integral do indivíduo, considerando aspectos espirituais, sociais e físicos. Por outro lado, os desenhos dos R2 refletiram desafios significativos, como o excesso de demanda, longas filas e a sobrecarga dos profissionais. Retrataram o sofrimento psicológico associado ao volume de trabalho e à dificuldade em resolver problemas complexos, muitas vezes ligados a vulnerabilidades sociais. Enfermeiros destacaram a sobrecarga de atividades, e médicos mencionaram o alto volume de atendimentos, além da pressão da gestão por melhores indicadores. No entanto, alguns R2 também destacaram aspectos positivos, como o acompanhamento do usuário ao longo de diferentes fases da vida, reforçando a importância do vínculo e a satisfação pessoal decorrente desse acompanhamento. O olhar otimista dos R1 contrastou com as impressões realistas dos R2. Quando alguns R2 apresentaram perspectivas pessimistas, outros compartilharam pontos positivos. Essa dinâmica facilitou uma rica troca de expectativas e experiências, proporcionando um choque de realidade para os R1 e resgatando o encantamento para os R2. O uso de metodologias ativas, como essa, é fundamental para promover reflexões sobre o processo de trabalho. Por fim, participação de diversas categorias profissionais nas aulas enriquece o debate e fortalece a base para o trabalho multiprofissional na Atenção Primária à Saúde (APS).

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 NO BRASIL

Autores: Paola Ramos Silvestrim | Vaney Aparecida Nass Silva, Ana Angélica Carvalho de Oliveira Puppin, Roberta Ramos Pinto

Instituição: Instituto Federal do Paraná (IFPR) - Campus Londrina
Palavras-chave: Educação em Saúde; Criança; Diabetes Mellitus Tipo 1.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6947


Resumo:

Introdução: O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica que acomete sobretudo crianças e adolescentes no mundo todo e possui alta morbimortalidade. Neste sentido, a educação em saúde é necessária para a promoção da saúde desse público, para apropriação de temas relacionados à comorbidade e ampliar a autonomia no seu cuidado e diálogo com profissionais da saúde. Objetivo: Identificar na literatura artigos que abordam o cenário da educação em saúde no DM1 pela equipe multiprofissional no Brasil. Método: Estudo tipo revisão integrativa da literatura seguindo seis etapas, e a seguinte pergunta norteadora pela estratégia PICo: Quais são as estratégias descritas na literatura para educação em saúde no DM1 pela equipe multiprofissional realizadas no Brasil? A busca ocorreu em outubro de 2023, nas seguintes bases de dados: BVS, SciELO, PubMed MEDLINE, LILACS e Google Acadêmico, em idioma livre e realizados no Brasil nos últimos cinco anos. Os artigos foram exportados para o aplicativo da web Rayyan para a seleção. Resultados/discussão: Foram exportados 492 artigos, e a amostra final foi composta por três artigos analisados na íntegra por três revisores. Abordaram estratégias de educação em saúde como cartilhas educativas com cores vibrantes, ilustrações e frases curtas, jogos e brinquedos, impressos, vídeos e figuras com metodologia lúdica quanto a complicações da DM1, discussões sobre alimentação saudável e uso de tabela para contagem de carboidratos, sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia, autocuidado e aplicação de insulina, controle da glicemia capilar, atividade física e saúde mental. Observou-se a necessidade de adaptar essas ações de acordo com o estágio de desenvolvimento de cada indivíduo e diferentes faixas etárias. Essas estratégias encontradas são possíveis de serem replicadas nacional e internacionalmente devido a baixa complexidade de execução, contudo, há limitações acerca da educação em saúde por parte da equipe, considerando que os estudos incluídos não abordaram explicitamente a equipe multiprofissional e o papel de cada agente de saúde. Conclusões: Todavia, a educação em saúde é necessária para crianças e adolescentes com DM1, além de seus pais ou cuidadores por uma equipe de saúde integrada e articulada em todos os níveis de atenção à saúde no Brasil, sobretudo na Atenção Primária à Saúde, que representa a porta de entrada dos usuários ao sistema de saúde e deve desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

HÁBITOS POSTURAIS SAUDÁVEIS: EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA EM UM COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ

Autores: Rafael de Oliveira Dias | 2º EMILLY PENNAS MARCIANO MARQUES

Instituição: Centro Universitário Filadélfia - UniFil
Palavras-chave: Dor lombar, hábitos saudáveis, controle postural, Fenômenos Musculoesqueléticos Fisiológicos
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7077


Resumo:

Tema da submissão do trabalho: Relatos de experiências Eixo: Educação e formação em saúde Hábitos Posturais Saudáveis: Experiência Extensionista em um Colégio Estadual do Paraná Fatores como mal habito postural podem contribuir para o desenvolvimento de alterações posturais, dentre eles destacam-se os hábitos comportamentais e posturais inadequados executados ao longo dos anos por jovens. Na adolescência, a prevalência de dor lombar vem aumentando consideravelmente nas últimas décadas sendo essa problemática ainda mais significativa quando se perpetua para a idade adulta, estudos afirmam que a maioria da população mundial sofre ou sofrera de dor lombar um dia. Este trabalho trata-se de um relato de experiência a partir da realização de uma ação extensionista em um colégio estadual de uma cidade de grande porte, localizada no norte do Paraná. O objetivo foi conscientizar os estudantes sobre hábitos posturais saudáveis e as consequências de uma má postura na vida escolar e no cotidiano. A intervenção foi realizada por acadêmicos do curso de fisioterapia, que aconteceu em Abril de 2024, por meio de uma ação de educação popular em saúde, com uma explanação sobre hábitos posturais, como por exemplo, a maneira adequada para sentar-se e se posicionar na carteira, cuidados para com a mochila escolar, atividades de vida diária, leituras, uso de equipamentos eletrônicos e os malefícios do sedentarismo. Além disso, foram orientados quanto a realização de exercícios físicos para relaxamento e melhora dos desconfortos posturais. A ação não só proporcionou uma valiosa experiência prática para os acadêmicos de fisioterapia, como também contribuiu para promover hábitos posturais saudáveis na fase da adolescência, quando as mudanças físicas e comportamentais são significativas e que podem prevenir problemas de saúde a longo prazo. A formação de hábitos posturais saudáveis desde cedo pode reduzir significativamente a prevalência de problemas musculoesqueléticos na idade adulta, promovendo uma melhor qualidade de vida para a população em geral. Conclusão: Esta experiência mostra a importância das ações educativas e preventivas na promoção da saúde e reforça a necessidade de integrar essas iniciativas no ambiente escolar de forma sistemática e contínua. A educação e a conscientização sobre a postura adequada, aliadas a exercícios físicos, são fundamentais para a promoção da saúde dos jovens, especialmente, ajudando a reduzir a prevalência de agravos na vida adulta. Hábitos

2 ET2 - Educação e formação em saúde

OFICINA DE IMERSÃO EM FERIDAS: PRÁTICA COM ESTUDANTES DE MEDICINA

Autores: Heitor Tadayuki Ishie | Cesar Augusto da Silva, Emely Regina Messias, Paola Regina Mombach Lazzaron

Instituição: UFPR
Palavras-chave: Ferimentos e Lesões; Úlcera Varicosa; Capacitação Profissional
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7087


Resumo:

Caracterização do problema: As úlceras de membros inferiores são uma condição prevalente, debilitante e crônica, causando prejuízos importantes na qualidade de vida das pessoas que sofrem desse problema. Estima-se que cerca de 80% dessas úlceras devem ser tratadas na Atenção Primária à Saúde (APS), dada a necessidade de acompanhamento prolongado e a longitudinalidade dos cuidados requeridos para o manejo dessas feridas. Justificativa: O cuidado às pessoas com úlceras venosas precisa ocorrer de forma integral, levando-se em consideração as dimensões psicossociais, bem como características da lesão, como o controle da estase venosa, o processo de cicatrização, presença de sinais flogísticos ou infecciosos, a utilização de medidas de compressão e a prevenção de recidivas. Em decorrência da complexidade do tema, treinamentos simulados voltados aos discentes de medicina são essenciais, visando conferir habilidade suficientes para manejar feridas na APS. Objetivos: Relatar a experiência de um minicurso teórico-prático de cuidados com feridas, complementar à grade curricular dos discentes de medicina. Descrição da experiência: A oficina foi promovida durante um Simpósio de Medicina da Família e Comunidade na Universidade Federal do Paraná e teve duração de 3 horas.O minicurso foi conduzido por um docente do curso com formação em enfermagem e contou com a participação de 16 alunos da graduação. A atividade permitiu aos participantes reconhecer os diferentes tipos de feridas e seus respectivos tratamentos. Proporcionou uma prática assistida e integrativa, de forma didática e realista, utilizando simuladores. Isso permitiu uma melhor compreensão da importância do tratamento correto das feridas. Reflexão sobre a experiência: A experiência prática da oficina consolidou o conhecimento teórico multidisciplinar e capacitou os participantes a lidarem com feridas, conhecimento necessário na rotina do profissional de saúde. Assim, a experiência de oficinas que abordem essa temática tem o potencial de aumentar a confiança, motivação e competência dos alunos, bem como, melhorar a qualidade do atendimento prestado à comunidade. Recomendações: A oficina teve impacto positivo na formação técnica dos alunos, atingindo seus objetivos. É fundamental que organizações estudantis, como as ligas acadêmicas, promovam oportunidades de formação prática complementares aos conteúdos do currículo acadêmico que beneficiem a comunidade e fomentem a construção de conhecimento multiprofissional.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

INOVAÇÃO EDUCATIVA NA FORMAÇÃO TÉCNICA EM SAÚDE BUCAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Berenice T Tatibana | Juliana M M Vizoto, Cilene Domingues do Amaral, Sofia Y Fujita, Patricia Rocha Medina, Cristiane Rodrigues Costa Serigioli

Instituição: Instituto Federal do Paraná - IFPR
Palavras-chave: Educação em saúde; Formação profissional em saúde; Extensão comunitária
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7088


Resumo:

INOVAÇÃO EDUCATIVA NA FORMAÇÃO TÉCNICA EM SAÚDE BUCAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Caracterização do problema: A formação técnica em saúde bucal enfrenta dificuldades na integração eficaz entre teoria e prática, o que pode resultar em profissionais menos preparados para promover a saúde e prevenir doenças, como o câncer bucal. Justificativa: Os “Ciclos de Ação”(CA) foram implementados no curso Técnico em Saúde Bucal (TSB) do Instituto Federal do Paraná (IFPR) para superar essa lacuna. Essa metodologia ativa visa proporcionar uma formação mais completa e contextualizada, promovendo a práxis e capacitação dos alunos. Objetivos: Relatar a experiência de formação profissional técnica no curso TSB, por meio de um projeto de extensão que utiliza a metodologia apoiado nos CA, destacando sua contribuição para a formação dos alunos e sua eficácia na promoção da saúde bucal e prevenção do câncer bucal. Descrição da experiência: Os CA envolvem atividades planejadas com os alunos do TSB: feiras de saúde, atendimentos em creches e ações na comunidade. Essas atividades são realizadas com a equipe do projeto "Estudo e Apoio no Processo de Atenção e Prevenção ao Câncer de Boca", composta por professores, alunos do TSB. A metodologia é organizada com a colaboração dos participantes que identificam e solucionam problemas no itinerário formativo por meio de prática reflexiva. Reflexão sobre a experiência: A aplicação da metodologia, resultou em ações que integram uma rede de assistência, pesquisa e extensão, fortalecendo a formação dos alunos. A experiência demonstrou que a integração entre teoria e prática, mediada por ações coletivamente deliberadas, promove uma educação em saúde significativa. Os alunos desenvolveram competências profissionais diferenciadas e a metodologia se mostrou eficaz na promoção da práxis, entendida como o diálogo entre teoria, prática e reflexão. Recomendações: Recomenda-se a continuidade e expansão dos CA como metodologia de ensino no curso TSB e em outros programas de formação em saúde. Investir em metodologias ativas que integrem ensino, pesquisa e extensão mostra-se essencial para formar profissionais críticos, autônomos e capacitados para atuar na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida da população.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ELABORAÇÃO DE CARTILHA DIGITAL EDUCATIVA SOBRE XEROSTOMIA POR ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL DO INSTITUTO FEDERAL DO PARANA.

Autores: Juliana Mariano Massuia Vizoto | Bianca Padilha C. L. Pinheiro, Janete Alves Ribeiro, Vania Lucia de Carvalho

Instituição: Instituto Federal do Paraná
Palavras-chave: Xerostomia, Boca seca, Educação em saúde, Cartilha digital, Promoção da saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7097


Resumo:

A xerostomia, ou boca seca, é uma condição caracterizada pela diminuição ou ausência do fluxo salivar, causando desconforto oral significativo. Embora seja mais comum em idosos, sua prevalência está mais associada ao uso de medicamentos típicos dessa faixa etária do que ao envelhecimento em si. Este projeto teve como objetivo descrever o desenvolvimento e a divulgação de uma cartilha digital educativa destinada a informar e auxiliar pacientes, familiares e cuidadores sobre a xerostomia, seu diagnóstico, tratamento e manejo. A metodologia incluiu uma revisão integrativa da literatura sobre xerostomia, utilizando bases de dados como Google Acadêmico, SciELO, PubMed/Medline e Bireme. O texto informativo foi elaborado com linguagem simplificada para facilitar a compreensão pelo público-alvo. O desenvolvimento do layout, design e ilustrações foi realizado utilizando a ferramenta Canva PRO, seguido pela revisão do conteúdo e registro autoral junto à Câmara Brasileira do Livro (CBL). A cartilha foi divulgada por meio de plataformas digitais como WhatsApp, Instagram, Facebook, e publicação em mídias locais e no site do Instituto Federal do Parana (IFPR). Este projeto foi desenvolvido por acadêmicas e docentes do Curso de Técnico em Saúde Bucal (TSB) do IFPR-Londrina como parte do trabalho de conclusão do curso. Os resultados mostraram que a cartilha digital foi eficaz na promoção da aprendizagem, estimulando o acesso e o compartilhamento de informações entre o público-alvo. O material contribuiu significativamente para o esclarecimento de dúvidas e a disseminação de conhecimentos sobre xerostomia, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes, especialmente idosos e doentes crônicos. Concluiu-se que cartilhas educativas digitais são ferramentas práticas e eficientes para a promoção e educação em saúde. A cartilha "Diagnóstico e Manejo da Xerostomia (Boca Seca)" demonstrou ser um recurso valioso para informar e apoiar pacientes, familiares e cuidadores, destacando-se como um importante instrumento de promoção da saúde pública.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

LETRAMENTO DIGITAL PARA O ENSINO SUPEIOR EM SAÚDE

Autores: Adriane de Lima Cardeal | Edenar Souza Monteiro, Helenara Regina Sampaio Figueiredo , Laura Isabel Marques Vasconcelos de Almeida , Márcio Eleotério Cunha, Tatiane Romanini Rodrigues Alencar

Instituição: Instituto Federal do Paraná
Palavras-chave: Educação em Saúde; Letramento em Saúde; Tecnologias da Informação e Comunicação.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7125


Resumo:

O ensino superior tem como orientação a formação profissional para o mundo do trabalho, em que é requisitado a exercer suas atividades de modo que suas habilidades sejam direcionadas para a prestação de serviços à comunidade. Essas habilidades e competências são estimuladas por ações pedagógicas que despertem o estudante a ser ativo em sua jornada acadêmica. Nessa perspectiva essa pesquisa tem como objetivo analisar alguns livros e artigos com o tema sobre Letramento digital e Formação Superior em saúde. Esta pesquisa é de natureza bibliográfica com busca em periódicos da CAPES, Scielo, livros, leis e decretos já publicados, que abordem o assunto sobre Letramento Digital em Saúde, Educação em Saúde, Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação em Saúde. Observa-se a importância de adequar o modelo de mediação pedagógica, sendo que essa estimule a autonomia e atitudes reflexivas para o estudante interagir com a informação. O ensino superior em Saúde segue as diretrizes do Sistema Único de Saúde, onde orienta formar profissionais aptos a trabalhar em equipes multidisciplinares para prevenção, diagnóstico e tratamento do indivíduo. O Letramento Digital corresponde à aquisição de habilidades, competências e atitudes voltadas ao uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) tais para localizar, selecionar, organizar, explorar, utilizar, produzir e compartilhar informações de forma crítica, ética, criativa, independente, reflexiva e segura. Para a formação em Saúde o Letramento Digital promove um impacto na aprendizagem com consequência em sua formação profissional, pois influencia diretamente na qualidade do cuidado que será ofertado à população dentro das diversas instituições de Saúde. O déficit de letramento digital dos estudantes interferem na capacidade de decodificar e compreender o que estão lendo ou apresentarão comprometimento para atribuir sentidos no seu fazer acadêmico, especialmente no que se refere à capacidade de planejar, executar e avaliar suas ações. Dessa forma, o Letramento Digital contribui para que a formação em Saúde transite desde o acesso à internet, agendamento, uso de plataformas que possibilitem compartilhar informações, a compreender os quadros clínicos, realizar diagnóstico, intervenções de modo que o atendimento à população seja otimizado.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PARTICIPAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE NÍVEL SUPERIOR DA UBS CARNASCIALLI NO CURSO CAPACITA DCNT - FORMAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS DA SAÚDE.

Autores: Flavia Ziegler | Luciana Patricia Mieko Kobayashi, Edcarlos Aparecido Vacario, Larissa Gonçalves de Almeida Fukaya, Patrícia Ferreira dos Passos, Regina Aparecida Vitor Yonaha

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Doenças Crônicas Não transmissíveis; Atenção Primária à Saúde; Equipe Multiprofissional
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7127


Resumo:

Caracterização do problema: A UBS Carnascialli foi selecionada para participar do aprimoramento do processo de trabalho para o manejo das doenças crônicas não transmissíveis denominado Capacita DCNT. Justificativa: A possibilidade de reflexão da prática para atuar com as DCNT tem se mostrado potente e enriquecedora, pois consideramos de maneira aprofundada: território, determinantes e condicionantes de saúde, gestão, linhas guias para o cuidado. Objetivos: Discutir em equipe os modelos de gestão - da oferta e centrada no usuário para as DCNT. Descrição da experiência: Os profissionais diferenciaram os dois modelos de gestão, considerando que a gestão da oferta é mais direcionado ao cuidado na lógica queixa-conduta, reproduzindo um modelo biomédico. E, o da gestão centrada no usuário, leva em consideração as características individuais, familiares e comunitárias, estratificando riscos, favorecendo a longitudinalidade e integralidade do cuidado, facilitando o vínculo e a adesão ao tratamento, colocando o usuário como protagonista do cuidado e dividindo a responsabilidade entre gestor - indivíduo usuário - equipe de saúde. Reflexão sobre a experiência: Ao refletir sobre qual dos modelos de gestão é o que mais se aproxima na UBS que trabalhamos, percebemos que utilizamos os dois modelos, pois a característica de busca dos indivíduos na UBS acaba seguindo a lógica da demanda espontânea e não programada. No entanto, a partir do momento que essa pessoa está sendo atendida, é possível, realizarmos a identificação das características pessoais, a estratificação de risco em suas diversas instâncias: saúde mental, doenças crônicas, tabagismo , necessidades odontológicas e, a partir destas informações, inserimos os dados relevantes no prontuário eletrônico e podemos utilizar esses dados, inclusive, para verificar os indicadores relacionados às DCNT pactuados no Previne Brasil. Recomendações: Para aprimorarmos a gestão centrada no usuário, poderíamos melhorar o registro da classificação de risco, para que ela pudesse ficar mais evidente no prontuário eletrônico, identificando de maneira mais clara quais as pessoas que necessitam de maior atenção, e, assim,promover a longitudinalidade e a integralidade do cuidado de maneira mais efetiva para aqueles com DCNT. Poderíamos realizar mais consultas compartilhadas e também programar mais ações a partir de relatórios gerados pelo PEC. E, ainda, manter momentos de capacitação e educação permanente para os profissionais da equipe

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EXPERIÊNCIA EM ORIENTAR DISSERTAÇÕES NA PERSPECTIVA DA FENOMENOLOGIA SOCIAL NO MESTRADO DE SAÚDE PÚBLICA EM REGIÃO DE FRONTEIRA

Autores: Sebastião Caldeira | Helder Ferreira, Elyabe Rodrigues, Ana Cláudia Monzon Zamopli, Olga Lucía Mosquera Conde, Larissa Djanilda Parra da Luz

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Pesquisa qualitativa; Docência; Fenomenologia Social.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7144


Resumo:

Introdução: A Fenomenologia Social é um referencial teórico e metodológico definido como processo interativo que, ao ser vivenciado por duas ou mais pessoas, possui significados nesta ação social. Referencial qualitativo embasando várias pesquisas em saúde (Luz, Caldeira, Maciel, 2024; Zampoli et al.,2023; Schu?tz, 2012). O Mestrado de Saúde Pública em Região de Fronteira está vinculado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) de Foz do Iguaçu PR, e situa-se na região de Fronteira Internacional – Brasil, Argentina e Paraguai. Objetivo: Relatar a experiência enquanto docente em orientar dissertações na Perspectiva da Fenomenologia Social. Método: Atividades de orientações presenciais e ou online com mestrandos regulares. Resultados: Desde a implantação do programa 2015, oriento mestrandos, sendo, Enfermeiros(as), Psicólogos(as) e Sanitaristas e, pela característica dos pesquisadores que já vem com bagagem de conhecimento qualitativa, prima-se pela continuidade desta modalidade. Dissertações orientadas: 1) Percepção de Mulheres sobre o Pré Natal no Programa Rede Mãe Paranaense em Região de Fronteira; 2) Conhecimentos e prática de profissionais de saúde na prevenção do suicídio na cidade de Foz do Iguaçu PR; 3) Violência Intrafamiliar Contra Mulheres na Perspectiva dos Autores em Região de Fronteira; 4) Vivência e Expectativas de doulas em Região de Fronteira; 5) Vivências de mulheres mães após diagnóstico de malformação fetal e a experiência vivida pela equipe de saúde; 6) Atuação de Profissionais na Atenção Primária à Saúde em Fronteira Internacional: vivências, desafios e possibilidades e 7) Vivências dos genitores de Recém-Nascidos Prematuros hospitalizados na UTI Neonatal em região de fronteira. CONSIDERAÇÕES: Além das orientações citadas, ministro a disciplina Pesquisa Qualitativa em Saúde na perspectiva Fenomenológica, assim como no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem na Universidade Estadual de Londrina (UEL) em que faço coorientações de pesquisas na Fenomenologia Social (Medeiros et al, 2023, Miranda et al, 2023; Medeiros et al, 2022; Teixeira et al, 2019). Pesquisas alicerçadas na Fenomenologia Social, perpassa a teoria reflexiva para o cuidado, e precisa ser cada vez mais aplicada nos estudos qualitativos em saúde, pois prima-se pela escuta ativa, relação social face a face, subjetividade, humanização, experiências já vividas (motivos por que), expectativas (motivos para) e reciprocidade de intenções para o cuidado.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

CRIAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-PR

Autores: Alessandro Albini | Luís Felipe Ferro, Giuvana Casagrande, José Dalmi Dissenha

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais
Palavras-chave: Saúde Pública; Educação Profissional em Saúde Pública
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7146


Resumo:

A Educação Permanente em Saúde (EPS) refere-se à prática social fundamentada na concepção de educação como espaço de problematização da realidade local, reflexão e diálogo, conforme a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) de 2004. Assim sendo, a EPS está centrada na valorização do trabalho como fonte de conhecimento, no enfoque multiprofissional e interdisciplinar, com estratégias de ensino contextualizadas, participativas e orientadas para a transformação das práticas profissionais. Ademais, apreende a aprendizagem no trabalho, no qual o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho e se baseia na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas profissionais. Por sua vez, foi proposto, a criação da Política Municipal de Educação Permanente em Saúde (PMEPS) opere de forma articulada nos órgãos públicos municipais, instituições privadas, educativas e sociedade civil organizada em sinergia com outras políticas educacionais, contribuindo para o fortalecimento da gestão municipal da saúde e do SUS, de forma permanente por meio do quadrilátero de formação para a área da saúde (ensino, gestão, atenção e controle social), a fim de construir e organizar uma educação responsável por processos interativos e de ação na realidade, para operar mudanças, mobilizar caminhos, convocar protagonismos e detectar a paisagem interativa e móvel de indivíduos, coletivos e instituições, como cenário de conhecimentos e invenções. Após diálogos com a Gestão Municipal da Saúde Pública, a Portaria da Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais (SEMS SJP) nº 391, de 14 de maio de 2021, que implantou a Política Municipal de Educação Permanente em Saúde em São José dos Pinhais foi publicada em Diário Oficial Eletrônico, de 18 de maio de 2021, com os seguintes capítulos: Das Definições, Dos Princípios Fundamentais, Dos Objetos, Dos Objetivos, Das Diretrizes, Dos Espaços, Da Gestão da Educação Permanente em Saúde, Dos Eixos, Da Alocação de Recursos e Das Disposições Finais. Após estudo da PNEPS e publicação da Política Municipal de Educação Permanente em Saúde em São José dos Pinhais (PMEPS/SJP), com o apoio da Escola de Saúde Pública de São José dos Pinhais (ESP/SJP), Núcleos de Educação Permanente em Saúde nos diversos Setores e Departamentos da SEMS SJP foram criados para, posteriormente, desenvolver o Plano de Ação Municipal de Educação Permanente em Saúde de São José dos Pinhais.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA PARTICIPANTES DE PROGRAMA DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR EM NEUROCIÊNCIAS

Autores: Gustavo Andre Vanso | José Luciano Tavares da Silva, Josiane Cecília Luzia

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade; Neurociências; Ensino.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7154


Resumo:

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento, cujo diagnóstico é realizado mais comumente na infância e em contexto escolar, face sua interferência no aprendizado e comportamento que afetam o desempenho social e a qualidade de vida. A compreensão do transtorno por estudantes da área de psicologia, incluindo fatores que contribuem para sua etiologia e implicações relacionadas, fazendo distinção entre o transtorno real e comportamentos procedentes de hábitos inadequados, tais como uso excessivo de telas e falta de rotina, principalmente em relação à qualidade do sono, é essencial. Tal compreensão poderá contribuir sobremaneira para uma intervenção adequada, incluindo a capacitação de pais, professores, além de encaminhamentos adequados. Dessa maneira, os objetivos desse estudo foram os de (1) compreender a neurobiologia e as características do TDAH e (2) entender como o uso de telas e hábitos não saudáveis podem mimetizar o TDAH. Os estudantes realizaram a busca em bases de dados: Periódicos CAPES, LILACS, SciELO, PePSIC e SIBiUSP Google Acadêmico e PubMed/MEDLINE., utilizando as palavras-chave ”Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade”, “neurociências”, “uso excessivos de telas”, “Attention deficit hyperactivity disorder”, “neurosciences”, “excessive use of screens”, bem como livros e capítulos de livros. Após a leitura do material selecionado, os que se referiam aos objetivos foram apresentados em rodas de conversa em grupo de estudos dos integrantes do Programa de Formação Complementar “Temas em Neurociências”, do CCB/UEL. Os resultados indicam que o uso excessivo de telas, sobretudo acompanhado da ingestão de bebidas contendo cafeína, ambos interferindo negativamente no sono, podem acarretar sintomas semelhantes aos de TDAH, sem que este esteja presente. Considerando que a abordagem realizada pelo psicólogo entre um e outro caso difere radicalmente, a imersão em estudos com temáticas atuais em ambiente acadêmico torna-se imprescindível. Munido de tais informações, o futuro psicólogo poderá auxiliar na reestruturação das contingências ambientais em que o indivíduo está inserido, tanto no contexto escolar junto com a equipe pedagógica, como no aconselhamento da família e encaminhamentos.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ALÉM DA QUIMIOTERAPIA: FORTALECENDO O ACOLHIMENTO E A COMPAIXÃO NA FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO DISCENTE.

Autores: Nina Rosa Gomes de Oliveira Loureiro | Mariana de Paula Francisco, Cibelle Thayna Conci Nogurira, Thaís de Souza Machry Carminati, Marlene Pereira

Instituição: Centro Universitário Assis Gurgacz
Palavras-chave: Acolhimento; Autocuidado; Ensino; Oncologia; Mulheres.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7172


Resumo:

O projeto Além da Quimioterapia foi implantado através da parceria entre o Hospital Oncológico de Cascavel e acadêmicos do Centro Universitário FAG, no Município de Cascavel - PR. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Câncer foi a segunda doença que mais matou no país em 2021, com 230 mil mortes, e estima-se que em 2025 o Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer por ano, prevalecendo nas mulheres, o câncer de pele não melanoma seguido pelo de mama. O objetivo do projeto é promover um conhecimento mais significativo dos alunos para além das salas de aula sobre a necessidade destas mulheres em tratamento, através do acolhimento, da promoção do autocuidado, elevação da autoestima e através das ofertas de cartas de esperança lidas durante as sessões de quimioterapia. Descrição da Experiência: A atividade foi realizada pelos acadêmicos no Dia das Mães, no mês de maio de 2024, sendo beneficiadas 70 mulheres pelo projeto. As atividades contemplavam massagens terapêuticas ofertadas no momento da infusão, como reflexologia podal e drenagem linfática manual, ao som ao vivo do violão. Utilizados difusores com óleo essencial de bergamota para promover alívio da ansiedade e diminuindo os efeitos das náuseas, e ambientado com luzes lilás para a promoção da meditação. As alunas puderam orientar as mulheres quanto ao Eritema Palmoplantar, os efeitos colaterais dos opioides, retorno as consultas médicas e no tratamento de Mucosites. Cartas redigidas por voluntários foram entregues, promovendo palavras de esperança e compaixão nesta data especial que se encontravam distantes de suas mães e filhos. Reflexões sobre a experiência: Acredita-se que ensinar através do trabalho de campo, exige de todos envolvidos um cuidado com o seu planejamento, clareza dos objetivos e na aplicabilidade das atividades curriculares, respeitando também o conhecimento que o acadêmico traz de seu cotidiano para o âmbito assistencial. Favorece ao aluno a oportunidade de aprender com conteúdo concretos, a partir da identificação de problemas reais. Recomendamos e reforçamos com este trabalho a necessidade de formas de ensino que assumam uma postura interdisciplinar no estímulo a promoção social e incentivo a cidadania que vão além dos muros das universidades. Trata-se da promoção de uma educação humanizadora, pois nada se aprende que não provenha de uma visão de mundo e não conduza a uma ideologia política, a uma ética de vida, a uma visão de destino.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UM HOSPITAL DE TRIPLICE FRONTEIRA: ANÁLISE DE CAPACITAÇÕES REALIZADAS EM 2023

Autores: Daiane Sampaio Sosa Guimarães | Helder Ferreira, Carla Vergina Conrad Lima, Juliana Marçal

Instituição: Hospital Municipal Padre Germano Lauck / Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Educação permanente; educação profissional em saúde pública; educação em saúde publica.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7183


Resumo:

Introdução: A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, instituída em 2004, traz a Educação Permanente em Saúde (EPS) como estratégia que direciona, qualificando e aperfeiçoando o processo de trabalho¹. A EPS deve estar incluída ao cotidiano das organizações e presentes no ato do trabalhador da saúde². Seu principal fundamento é a relevância social do processo ensino-aprendizagem, a partir da junção dos saberes técnicos e científicos com as dimensões éticas da vida, do trabalho, das pessoas e das relações³. O Hospital Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL), é um hospital vinculado ao SUS, atendendo os municípios da 9ª Regional de Saúde e pacientes advindos da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina)4. O NEPE (Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão) entre suas atividades, realiza capacitações para os colaboradores da instituição mediante problematizações apresentadas, além de cronograma pré-estabelecido. Objetivo: Apresentar as capacitações realizadas no HMPGL durante o ano de 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal que traça uma panorama das práticas de EPS em um hospital situado em tríplice fronteira. Os dados foram obtidos através de relatórios das capacitações do NEPE realizadas no ano de 2023. OS dados foram tabulados em Excel. Resultados/Discussão: No ano de 2023 foram realizadas 694 capacitações, que somam o total de 713 horas e capacitaram 10.366 pessoas. Essas capacitações foram divididas em alguns eixos temáticos como: Equipe de enfermagem associados a assistência de enfermagem; equipe médica relacionados a procedimentos médicos e discussões clínicas; equipe multidisciplinar relativo a cuidados prestados pela equipe multidisciplinar; capacitação familiares e capacitações administrativas. Em relação à participação dos profissionais nas ações de EPS, deve ser considerado estimular o envolvimento dos trabalhadores, com compromisso e comprometimento, incluindo estratégias que promovam atividades coletivas que incentivam o trabalho em equipe5 além de haver diversidade de eixos temáticos para que a EPS alcance um maior numero de profissionais capacitados1. Conclusão: Diante de dados expostos apresenta-se um número significativo de capacitações e profissionais capacitados, mediante a necessidade de abranger toda a equipe atuante dentro do ambiente hospitalar. Com tudo isso, o saber cuidar em muitos sentidos é uma tarefa desafiadora, complexa e muitos desafios surgem ao longo do percurso5,1.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EMPODERAMENTO FEMININO: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE OS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS

Autores: Ingrid Aparecida de Lima Ribeiro | Stephannie Aline Venâncio Eugênio, Maryanne Teixeira de Lima , Andréia Mayara Macedo Quintino, Hellen Tuany Daniel Panccioni, Carolina Fordellone Rosa Cruz

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
Palavras-chave: Direitos Sexuais e Reprodutivos; Educação em Saúde; Saúde da Mulher
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7193


Resumo:

Caracterização do problema: Os direitos sexuais e reprodutivos abordam assuntos relacionados ao exercício da sexualidade. A divulgação por meio de palestras e campanhas nas redes sociais, vem se tornando uma estratégia utilizada pelo Ministério da Saúde para a disseminação de informações à comunidade, de forma a garantir a ampliação do conhecimento da população e a redução de agravos. Justificativa: Utilizar das oficinas de empoderamento feminino, como estratégia para disseminação de conhecimento para a comunidade feminina em situação de vulnerabilidade, por meio de informações seguras e atualizadas, abordando assuntos sobre concepção, contracepção, infecções sexualmente transmissíveis (IST) e demais serviços ofertados gratuitamente para as mulheres pelo SUS. Objetivos: Relatar a ação de uma educação em saúde com mulheres sobre os seus direitos sexuais e reprodutivos, realizado por um projeto de extensão universitário. Descrição da experiência: O projeto está vigente desde o ano de 2022, e vem realizando oficinas educativas nos municípios de Bandeirantes e de Santa Mariana. A educação em saúde aconteceu no Dia Internacional da Mulher, no Centro de Saúde da Mulher do município de Bandeirantes-PR, onde foi realizada uma roda de conversa com as pacientes que aguardavam atendimento, juntamente com as funcionárias da prefeitura, debatendo sobre Empoderamento Feminino: Direitos Sexuais e Reprodutivos, por meio da projeção de uma apresentação interativa, abordando assuntos relacionados a temática: do ser mulher, métodos contraceptivos e a explanação de ações no que diz respeito a violência contra as mulheres. Reflexão sobre a experiência: Pode-se observar um grande envolvimento por parte das mulheres ali presentes, mediante a demonstração de interesse na temática, surpresa ao saber das mudanças no acesso aos serviços, assim como retirada de dúvidas e o compartilhamento de relatos. Por meio do feedback recebido da enfermeira responsável pelo serviço acredita-se que a ação executada atendeu as necessidades das mulheres naquele momento. Recomendações: Acredita-se que empoderar mulheres sobre seus direitos sexuais e reprodutivos está relacionado ao seu bem-estar/ saúde, aliado a ações de educação, prevenção e promoção, possibilitam a dinamização e a construção para uma vida saudável e segura a si, e a seus pares.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

DESENVOLVIMENTO DE EBOOKS INTERATIVOS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACERCA DA OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR.

Autores: Adrielli Camile Almeida | Maria Eduarda Merith Claras

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Oxigenoterapia domiciliar; Educação em saúde; Atenção primaria.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7194


Resumo:

Introdução: Boas práticas educativas no âmbito do SUS, principalmente nas UBS`s é de extrema importância para capacitação dos profissionais de saúde atuantes neste contexto. Diante disso a oxigenoterapia pode ser um grande desafio para tais profissionais, que muitas vezes não possuem segurança para orientar seus pacientes de forma correta sobre a terapia . Objetivo: Desenvolvimento de ebook interativo para os profissionais de saúde da atenção primária acerca do manuseio e orientações sobre a oxigenoterapia domiciliar. Metodologia: Os profissionais foram avaliados por meio de formulário encaminhado pelos coordenadores das 22 de 33 UBS`s do município de Guarapuava. Entre os participantes estão incluídos enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, agentes comunitários, dentistas e médicos, servidores das UBS do município. Resultados: Dos 87 entrevistados, 25% relataram trabalhar diretamente com oxigenoterapia. Quando questionados sobre seu conhecimento a respeito do oxigênio, do total 31 (36%) relatam se sentir confortável em orientar o manejo de O2 domiciliar, daqueles que não se sentiram confortáveis para realizar orientações 24. No aspecto geral os profissionais da atenção básica não se sentem seguros em relação aos conhecimentos básicos em oxigenoterapia, relatam falta de capacitação, e descreveram que só repetem aos pacientes as informações que estão na prescrição. Por fim, quando questionado a respeito de onde são realizadas as orientações aos pacientes 33(39,3%) acreditam que sejam nas visitas domiciliares, 25(29,7%) em consultas na UBS, 13(15,5%) não sabem onde são realizadas, 3(3,6%) acreditam que não seja realizada nenhuma orientação e 4(4,7%) acham que podem ser realizadas através de celulares, redes sociais e prontuário do paciente. Diante disso, foi elaborado um ebook interativo a fim de responder a todos esses questionamentos, baseado nas diretrizes brasileiras de oxigenoterapia domiciliar, disponibilizando maior conhecimento aos profissionais de saúde a fim de facilitar o processo de orientação aos pacientes acerca da oxigenoterapia domiciliar. Conclusão: Os resultados comprovam a incompreensão dos profissionais atuantes na atenção primária, a respeito dos cuidados com oxigenoterapia domiciliar, falta de atualização dos profissionais e a necessidade urgente de educação continuada.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

O IMPACTO POSITIVO DA TECNOLOGIA DIGITAL NA SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES: UMA REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

Autores: Tiemi Nicole Shimabukuro Corradi | Giovanna Grapeggia Rodrigues, Luana Esmanhotto Reese, Mariana Zorze de Oliveira Santos, Waleska Witchmichen Agibert de Oliveira, Amarilís Cavalcanti da Rocha

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Tecnologia; Saúde mental; Adolescente
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7196


Resumo:

Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a adolescência como o período da vida que se inicia aos 10 anos e termina aos 20 anos completos. As mudanças biológicas da puberdade são universais e visíveis, as quais incluem alterações cognitivas, sociais e de perspectivas de vida. Seus impactos alcançam a família, a comunidade, e causa até mesmo uma mudança no relacionamento do adolescente consigo e com os demais. Neste momento, compreender a origem, a razão e as consequências de tais transformações pode impactar positivamente a saúde mental dos jovens, ao clarificar os motivos de tamanha mudança. Este processo de aprendizagem é favorecido ao utilizar recursos tecnológicos, instrumento com o qual esta geração tem afinidade. Objetivo: Reconhecer a importância da integração de tecnologias na educação com foco na saúde mental de adolescentes. Método: Foram conduzidas buscas por meio das bases de dados Scielo, PubMed e BVS. Utilizou-se os descritores “tecnologia”, “ensino”, “saúde mental”, “adolescente” e os seus correspondentes em inglês, correlacionados pelo operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão consistiram em artigos com período de publicação nos últimos 5 anos, textos em inglês, português ou espanhol. Resultados/Discussão: Identificou-se a importância de incorporar tecnologias como uma forma de auxiliar e promover a educação em saúde mental de adolescentes. Esta geração cresceu num meio digital que evolui exponencialmente e trazer este artifício para o ambiente de ensino é um modo de motivá-los a aprenderem. Desta forma, implementar este recurso na clarificação do desenvolvimento cerebral de jovens, de modo a fazê-los entender as alterações às quais estão condicionados durante este período da vida (momento de amadurecimento, desenvolvimento cognitivo e social, com o processamento da regulação de comportamentos, emoções e avaliação de riscos e recompensas) pode auxiliá-los. Conclusão: A implementação de tecnologias para a educação em saúde mental de adolescentes traz impactos positivos, ao cativá-los neste processo de aprendizagem, o qual é de suma importância neste momento de desenvolvimento cognitivo e social.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PROMOVENDO HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NO ENSINO MÉDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA ESCOLA DE CURITIBA

Autores: Tiemi Nicole Shimabukuro Corradi | Ana Beatriz Majeski Lourenço, Camila Vitória Rosa de Souza, Isabella Tamanini Lourenço, Regina Ferreira Leal Figueiredo, Amarilís Cavalcanti da Rocha

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Adolescência; Escola; Habilidades Socioemocionais
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7197


Resumo:

Caracterização: A adolescência é uma fase constituída de diversas mudanças, sejam elas físicas, psicológicas, hormonais, entre outras. A escola é o espaço propício para o indivíduo socializar, criar responsabilidades e tomada de decisões para seu futuro profissional. Justificativa: Há uma necessidade de compreender e trabalhar aspectos da formação do jovem, refletindo e realizando ações de acordo com as demandas e dificuldades levantadas em uma escola cívico-militar, promovendo habilidades socioemocionais, coletivas e cognitivas para os alunos. Objetivos: Analisar as demandas e dificuldades da escola e demonstrar como a aplicação de dinâmicas personalizadas, voltadas para resolver as problemáticas específicas de cada turma do ensino médio, contribui para o desenvolvimento e o bem-estar dos alunos, bem como do corpo docente. Descrição: Este projeto, realizado por 9 estudantes, de medicina e psicologia, recebeu, da coordenação da escola, em Curitiba, Paraná, o perfil de 4 turmas do Ensino Médio. A partir disso, os acadêmicos foram divididos em grupos de trabalho para a elaboração de dinâmicas que propiciassem a conversa sobre os temas a serem discutidos. Assim, foi realizado, no primeiro ano do ensino médio uma dinâmica com enfoque nas perspectivas de futuro, no segundo sobre responsabilidade e zelo pelo coletivo e no terceiro foi trabalhado o autoconhecimento e alteridade. Reflexão: Realizar essa ação de extensão foi de extrema importância para a vida acadêmica e contribuiu, significativamente, para a carreira profissional, que está em construção. Para os alunos do ensino médio a ação foi fundamental, visto que houveram relatos do impacto das dinâmicas como a menção de que nunca haviam parado para pensar, de forma clara e objetiva, sobre o que gostariam de ser, destacando, dessa maneira, a importância do autoconhecimento. Acredita-se que a realização dessa ação influenciará positivamente no futuro dos adolescentes. Recomendações: Recomenda-se que a educação e formação em saúde incorporem o tema projeto de vida, incentivando a realização de feiras de profissões, permitindo que aprendam sobre diferentes carreiras, e oportunidades educacionais, para que tenham experiências práticas, através de estágios. Estas ações complementares ajudam a reforçar o trabalho iniciado pela dinâmica aplicada, proporcionando aos jovens ferramentas e oportunidades para um planejamento de vida consciente e estruturado, preparando-os para encarar o cenário futuro.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE COMO DISCIPLINA DO CURSO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Caroline Rippel Ribeiro | Marcos Augusto Moraes Arcoverde, Denise Rissato, Fernando José Martins , Alessandra Rosa Carrijo , Adriana Zilly

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Palavras-chave: Educação em Saúde; Educação em Enfermagem; Medicina Tradicional Chinesa.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7198


Resumo:

Caracterização do problema: Desde o surgimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em 1984, a necessidade de um setor de saúde se tornou evidente, visando atender às populações em áreas de acampamentos e assentamentos. Em resposta a essa demanda, em 2022, o primeiro curso de enfermagem em parceria com o PRONERA foi estabelecido na Unioeste, campus Foz do Iguaçu, buscando formar profissionais capazes de lidar com as questões específicas das comunidades rurais. Justificativa: Sendo um curso ímpar, também foi o primeiro curso de graduação em Enfermagem com ênfase em Saúde Pública a oferecer uma disciplina sobre Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). Objetivo: Relatar a experiência de oferecer a disciplina de PICS para o curso de Enfermagem. Descrição da experiência: Relato de experiência da oferta da disciplina de PICS, para o curso de Enfermagem no ano de 2023, em uma universidade pública. Tal disciplina foi ofertada para o curso de Enfermagem, turma única, composta por 34 alunos originários de 13 estados brasileiros, com carga horária de 68 horas. Reflexão sobre a experiência: As PICS são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde, sendo que, atualmente no Brasil, o SUS oferece 29 modalidades. Na disciplina, três modalidades foram apresentadas e estudadas: Reflexologia, Auriculoterapia e Ventosaterapia e, após a apresentação da fundamentação teórica, a turma realizava as modalidades nas aulas práticas, unindo a anamnese da consulta de Enfermagem com os preceitos da Medicina Tradicional Chinesa para início do tratamento. A adesão foi integral, tanto que a prática extrapolou a sala de aula e os alunos aplicaram as técnicas ensinadas em suas comunidades de origem. Recomendações: A disciplina de PICS no curso de Enfermagem demonstrou-se pertinente e essencial para preparar os futuros enfermeiros no atendimento de demandas específicas das comunidades rurais. A receptividade dos alunos e o interesse demonstrado ao aplicar as técnicas aprendidas não só reforçam a importância dessas práticas no contexto da saúde pública, como também evidenciam seu potencial para complementar os cuidados convencionais de enfermagem. Ao capacitar estudantes por meio de experiências práticas significativas, a disciplina enriquece a formação e promove a disseminação de conhecimentos relevantes e acessíveis às comunidades onde os alunos estão inseridos, contribuindo assim para uma assistência mais integrada e humanizada no SUS.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PROJETO GRUPO DE ESTUDOS EM EPIDEMIOLOGIA E CUIDADOS EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Celso Biazzoto Vieira Junior |

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: HIV/AIDS; epidemiologia; cuidados em saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7201


Resumo:

Caracterização do problema: A assistência a pessoas vivendo com HIV/AIDS demanda conhecimento especializado em epidemiologia, monitoramento clínico e cuidados específicos. A complexidade do manejo dessas condições e a importância de dados precisos para a pesquisa científica destacam a necessidade de um grupo dedicado ao estudo e à coleta de informações. Justificativa: O elevado número de casos de HIV/AIDS e a necessidade de aprimorar a qualidade do cuidado prestado a essas pessoas justificam a criação do grupo. Visando preencher a lacuna entre teoria e prática, além de contribuir para a produção científica que pode orientar políticas de saúde pública e práticas clínicas. Objetivos: Coletar e analisar dados clínicos e sociodemográficos de pessoas com HIV atendidas na Assistência Especializada; Produzir artigos científicos com base nos dados coletados; Promover a educação continuada dos membros por meio de discussões sobre temas relevantes; Melhorar a qualidade do cuidado às pessoas com HIV. Descrição da Experiência: O grupo, formado por estudantes, profissionais de saúde e pesquisadores, se reúne regularmente para discutir tópicos pertinentes ao HIV/AIDS e aos cuidados às pessoas. As atividades incluem debates, atualizações de tratamentos e coleta e análise de dados para produção de literatura científica. Reflexão sobre a Experiência: Revelou-se fundamental para a formação acadêmica e profissional dos participantes, bem como para aprimorar o cuidado às pessoas com HIV. Houve um aumento significativo no entendimento dos aspectos epidemiológicos e clínicos do HIV/AIDS e nas habilidades de pesquisa. A coleta e análise de dados resultaram na produção de artigos científicos relevantes. Recomendações: Reforçar parcerias institucionais para facilitar a coleta de dados e implementação de práticas baseadas em evidências; manter e buscar financiamento para sustentabilidade do projeto; incentivar a participação contínua e a entrada de novos membros para promover a dinâmica e inovação do grupo.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO HIGIÊNICA PARA O PÚBLICO INFANTO-JUVENIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Vivian Vitória de Cassia Maciel | Thais Victor Marques, Lais Guauata Barbini, Maria Eduarda Rodrigues Gonçalves, Patricia Aroni Dadalt

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Educação em saúde; Promoção da saúde; Higiene; Criança; Adolescente; Estudantes de Ciências da Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7207


Resumo:

Introdução: Educação e promoção em saúde são práticas essenciais que possibilitam uma comunidade manter seu bem-estar físico e mental. Para isso, é necessário que estudantes e profissionais de saúde se adaptem por meio de pesquisas socioeconômicas e culturais à comunidade, a fim de identificar as necessidades específicas da região. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos do curso de saúde na realização de uma intervenção educativa com crianças e adolescentes sobre higiene corporal. Método: Relato de experiência de educação em saúde conduzida por estudantes do primeiro ano dos cursos de medicina, enfermagem, nutrição e farmácia. Esta atividade foi parte de uma avaliação em um módulo destinado à integração entre os cursos de saúde mencionados, promovendo atividades e discussões multiprofissionais. A intervenção ocorreu em uma instituição de convivência infanto-juvenil em uma comunidade periférica no norte do Paraná. O local acolhe crianças de seis a quatorze anos, envolvendo aproximadamente 70 alunos divididos em dois grupos por faixa etária (seis a oito anos e nove a quatorze anos), com atividades específicas planejadas para cada grupo. Resultado: Inicialmente, os temas escolhidos para educação incluíram prejuízos do cigarro eletrônico, higiene corporal e bucal, educação sexual e verminoses. Após consulta à coordenação local, percebeu-se a necessidade em focar na higiene corporal e na prevenção de piolhos. Estratégias lúdicas foram desenvolvidas para diferentes faixas etárias: teatro, atividades com tinta e jogo de tabuleiro para crianças de seis a oito anos explicando sobre higienização correta e piolho, e gincana com perguntas para crianças e adolescentes de nove a quatorze anos. Essas abordagens ensinaram e também divertiram os participantes, proporcionando aos estudantes de saúde reflexões sobre diferentes formas de intervenção e integração com grupos populacionais diversos. Conclusão: A intervenção educativa deu oportunidade para que os estudantes pudessem compreender as dinâmicas sociais e culturais da comunidade, desenvolvendo habilidades como trabalho em equipe, comunicação interpessoal e planejamento estratégico em saúde. Essa experiência não só enriqueceu o aprendizado acadêmico, mas também fortaleceu a preparação dos estudantes para atuar de forma eficaz e humanizada na promoção da saúde, evidenciando a relevância de intervenções educativas no processo de formação profissional.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PRÁTICAS COLABORATIVAS NO TRABALHO EM EQUIPE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE DO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Silvano da Silva Coutinho | Lucélia Justino Borges, Ana Liara Caetano, Maiara Veiga Coutinho, Mathias Roberto Loch

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: práticas interprofissionais colaborativas; Atenção Primária em Saúde; municípios de pequeno porte
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7214


Resumo:

A Organização Mundial de Saúde indica que a atuação nos sistemas de saúde deve ser orientada pela colaboração interprofissional e trabalho em equipe (WHO, 2020). O objetivo do estudo foi analisar as práticas interprofissionais colaborativas no cotidiano de trabalho de equipes de saúde que atuam na APS de municípios de pequeno porte (MPP) do estado do Paraná. Estudo transversal, de análise descritiva, com participação de 797 trabalhadores de saúde de 52 MPPs (< 20mil habitantes) de 5 Regionais de Saúde do Paraná. As questões sobre cotidiano do trabalho em equipe tiveram como base os 6 domínios/dimensões indicados no Canadian Interprofessional Health Collaborative (CIHC, 2010). Na dimensão Comunicação Interprofissional foi observada associação do indicador “espaço para escuta dos membros da equipe” para aqueles que atuavam a até 3 anos na APS (83,4% de associação). Luz et al. (2023) destaca que a compreensão das informações entre os membros da equipe ocorre quando há transparência e promoção das relações de confiança. Na dimensão Cuidado Centrado no Usuário, Família e Comunidade houve significância no indicador sobre como “os membros da equipe promovem orientação e apoio apropriados para os usuários”, sendo os maiores scores relacionados a escolaridade (nível superior - 92,6%), tempo de atuação (até 3 anos - 92,1%) e faixa etária (de 18 à 29 anos - 94,2%). Para Agreli (2016) as práticas em saúde devem ser centradas na pessoa, fazendo com que haja o envolvimento do usuário na tomada de decisão. Na dimensão Resolução de Conflitos Interprofissionais houve significância em todos os indicadores. Os indicadores “ambiente seguro para expressar opiniões diversas” e “nível de consenso” reforçam que o trabalho em saúde é passível da ocorrência de conflitos interpessoais devido à complexidade e dinâmica de trabalho (CLARO; CUNHA, 2017), no entanto, experiências conflituosas podem ser aceitáveis à medida que se tornam construtivas no ambiente laboral (YUFENYUY, 2018). Nos indicadores das dimensões Clareza de Papeis Profissionais, Dinâmica do Funcionamento da Equipe e Liderança Colaborativa não foi identificada nenhuma associação com as variáveis de caracterização. Por fim, ressalta-se a importância da formação e capacitação para a utilização de práticas interprofissionais colaborativas como forma de fomentar novos processos de trabalho no contexto do trabalho em saúde na APS (FREITAS, et al. 2022).

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE.

Autores: Thais Oliveira Moritz | Daniela Wosiack da Silva Marcucci, Fernanda Cristiane de Melo, Ligia Maria Facci

Instituição: Universidade Estadual de Londrina.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Espondilite Anquilosante; Orientação.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7219


Resumo:

Introdução: A Espondilite Anquilosante, doença autoimune e progressiva, pode apresentar diferentes manifestações clínicas que resultam em incapacidades funcionais e comprometimento da qualidade de vida. A educação do paciente, deste modo, deve apoiar e capacitar os indivíduos a gerenciarem sua vida com a doença. Objetivos: Esta revisão integrativa teve por objetivo a análise da literatura recente que tenha investigado a efetividade da educação em saúde em pacientes com diagnóstico de Espondilite Anquilosante na melhora da dor, rigidez, capacidade funcional, qualidade de vida e no conhecimento sobre a doença. Métodos: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados eletrônicas Pubmed, LILACS, SciELO, Cochrane e PEDro, combinando os descritores nos idiomas inglês e/ou português “ankylosing spondylitis” and “health education”, incluídos os estudos publicados entre 2013 e 2023 nos idiomas português, inglês ou espanhol. Resultados: Identificou-se um total de 511 estudos, 504 excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão, sendo sete considerados elegíveis para esta revisão. A faixa etária dos pacientes variou de 14 a 70 anos e a maioria dos estudos utilizou os critérios de diagnóstico de Nova Yorque. O desfecho mais investigado foi a qualidade de vida e os menos investigados foram a dor e a mobilidade. Os protocolos de intervenção, assim como os instrumentos de avaliação, foram variados e apenas dois estudos destacaram-se pela participação de diferentes profissionais. Para estratégias de intervenção destacou-se a utilização de palestras, o uso de slides, recursos audiovisuais, folhetos/cartilhas e todos estudos analisados mencionaram ou aplicaram o exercício físico nas intervenções. Foi observado a eficácia da educação em saúde como complemento das terapias convencionais e que a qualidade de vida está relacionada a saúde física destes indivíduos. Conclusão: Foi possível identificar a educação em saúde no tratamento da Espondilite Anquilosante como fator importante para adoção de hábitos saudáveis e autorresponsabilidade no manejo da própria doença, ela é eficaz e complementar ao tratamento conservador ao promover aumento do conhecimento sobre a doença, adesão ao tratamento e aumento a prática de atividade física.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PROJETO GESTORES DO CUIDADO: UMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO POR COMPETÊNCIA

Autores: Juliana Vicente de Oliveira Franchi | Paula Graziela Pedrão Soares Perales, Rafael Luz Ribeiro, Silvana Ferri Fecchio, Naiara Barros Polita , Geraldo Júnior Guilherme

Instituição: Hospital Dr Eulalino Ignácio de Andrade - Zona Sul de Londrina/FUNEAS
Palavras-chave: Educação permanente; Educação baseada em competências; Gestão em saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7220


Resumo:

Caracterização do problema: Atualmente são muitos desafios na assistência à saúde do paciente, especialmente no perfil dos recursos humanos referente ao processo de formação fragilizado relacionado a competências profissionais e organizacionais necessárias a pratica do profissional enfermeiro, que impacta na gestão dos processos de trabalho, principalmente o cuidado direto ao paciente. Justificativa: a atual competitividade e exigências por qualidade dos serviços de saúde associado ao aumento do quadro de profissionais enfermeiros na instituição, em regime de contratação de alta rotatividade, emergiu a necessidade de organizar uma ação de educação permanente em saúde por meio do projeto “Gestores do cuidado” para capacitação dos profissionais de enfermagem por meio da gestão por competências. Objetivo: Desenvolver um projeto de educação permanente para o aprimoramento da gestão por competências gerenciais em profissionais enfermeiros de um Hospital Público de média complexidade localizado no Norte do Paraná. Descrição da experiência: O projeto foi estruturado por meio de encontros mensais com a equipe de enfermeiros assistenciais, a qual corresponde a cerca de 50 profissionais, utilizando como procedimento metodológico aulas expositivas e dialogadas, problematização de situações vivenciadas na prática, estudo dirigido e dinâmica de grupo para a promoção de uma reflexão sobre os processos de trabalho assistenciais e os protocolos organizacionais relacionados ao desenvolvimento de competências gerenciais de liderança,comunicação, tomada de decisão, negociação, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, visão sistêmica, planejamento e organização entre outras temáticas inerentes à gestão do cuidado. A avaliação dos enfermeiros envolvidos tem revelado intenções de avanços em: automonitoria, assertividade e busca por conhecimento na competência da gestão do cuidado. Reflexão sobre a experiência: Por meio da educação permanente em saúde é possível experimentar novos conhecimentos, desenvolver competências, melhorar os processos gerenciais e qualificar o profissional enfermeiro, o que reflete diretamente na qualidade do cuidado. Recomendações: o desenvolvimento de competências gerenciais entrelaça-se nas relações assistenciais do cuidado e o seu aprimoramento apresenta-se como uma importante estratégia de gestão por competência para qualificação do serviço prestado.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

IMPLEMENTAÇÃO DE PLATAFORMA DIGITAL DE ENSINO EM UM HOSPITAL DE TRIPLICE FRONTEIRA.

Autores: Daiane Sampaio Sosa Guimarães | Juliana Marçal, Carla Vergina Conrad Lima , Helder Ferreira

Instituição: Hospital Municipal Padre Germano Lauck / Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Educação permanente; educação profissional em saúde pública; tecnologia em saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7230


Resumo:

Caracterização do problema: Os processos relacionados à educação na saúde compõem o rol de competências do SUS, desde a sua origem¹. No sentido de responder a esse desafio, várias iniciativas foram desencadeadas, entre elas a Educação Permanente em Saúde (EPS).Justificativa: Há necessidade que se promova diversas oportunidades de ensino, para que se tenha conscientização do valor da educação em todos as profissões². As tecnologias da informação e comunicação em saúde permitem o armazenamento e processamento de dados digitais, acesso a cursos à distância, permitem compartilhar materiais, realizar avaliações e podem aprimorar a educação em saúde pública3,4.O Hospital Municipal Padre Germano Lauck, é um hospital vinculado ao SUS. É a maior do extremo oeste do Paraná, atendendo os municípios da 9ª Regional de Saúde e pacientes advindos da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina)5, atualmente emprega cerca de 1200 colaboradores. O Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão do hospital, entre suas atividades, realiza capacitações para os colaboradores da instituição mediante problematizações apresentadas, além de cronograma estabelecido previamente. Objetivo: Implementar tecnologias para capacitações via mídia digital. Descrição da experiência: Trata-se do relato de experiência sobre a implementação de plataforma de ensino digital, em um hospital público de tríplice fronteira, referente ao período de agosto de 2023 a maio de 2024.Reflexão sobre a experiência: Considerando a demanda de capacitações, fez-se necessário a implementação de estratégias para abranger maior número de colaboradores3-6.Para atender a demanda a estratégia online foi implementada através de 6 etapas: 1º Problematizarão da demanda de capacitações; 2º levantamento de estratégias acessível; 3º Escolha de plataforma online; 4º Reunião com equipe de Tecnologia de Informação; 5º Preparação de conteúdo; 6º Implementação e testes com lideres; 6º Feedback para melhorias. Dentre as fortalezas se destaca a ampliação das capacitações e agilidade. Quanto as fragilidades, foi observado baixa qualidade da internet para um pequeno grupo de participantes. Recomendações: A experiência de desenvolvimento e adaptação a plataforma digital, na perspectiva do grupo foi exitosa, visto que, foi um trabalho que alcançou grande número de profissionais e poucas limitações. A tecnologia digital auxiliou nos processos de EPS e transformou as práticas profissionais e a organização do trabalho.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

DESAFIOS PARA EDUCAÇÃO PERMANENTE DE EQUIPE DE ENFERMAGEM COM ALTA ROTATIVIDADE DE PROFISSIONAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Naiara Barros Polita | Juliana Vicente de Oliveira Franchi, Geraldo Júnior Guilherme, Rafael Luz Ribeiro

Instituição: Hospital Zona Sul de Londrina
Palavras-chave: Capacitação em Serviço; Desenvolvimento de Pessoal; Educação Continuada em Enfermagem
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7238


Resumo:

Caracterização do problema: A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde foi instituída em 2004¹ e os desafios para sua implementação perduram nos dias atuais. Dentre eles, encontram-se as constantes alterações na composição das equipes de saúde. Justificativa: De 2021 a 2024 ocorreu a expansão significativa da equipe de Enfermagem de um hospital público do Paraná. Houve aumento de 25 (59%) enfermeiros e de 85 (63%) técnicos de Enfermagem, os quais foram contratados em regime temporário, com alta rotatividade. As novas contratações possibilitaram elevar a produção da instituição. No entanto, os indicadores de qualidade pioraram. Nos primeiros três anos, os eventos adversos aumentaram em 22,8%. Objetivo: Descrever a experiência de um hospital público com a educação permanente da equipe de Enfermagem com alta rotatividade de profissionais. Descrição da experiência: As seguintes estratégias educativas foram implementadas para melhorar a qualidade da assistência de Enfermagem: ambientação de todos os novos colaboradores com vaga fixa e/ou cobertura; capacitações in loco realizadas pelos enfermeiros para suas equipes; capacitação “Gestores do Cuidado” com encontros mensais da diretoria de Enfermagem e Enfermeiros para discussão de temas relacionados às competências gerenciais necessárias para liderança das equipes e gestão do cuidado; e capacitações frequentes desenvolvidas pelo serviço de Educação e Pesquisa (SEPE). Reflexão sobre a experiência: Apesar do desenvolvimento de atividades educativas descentralizadas in loco, os temas surgiram da necessidade da instituição e não das demandas trazidas pela equipe. No entanto, a capacitação permanente “Gestores do Cuidado” tem possibilitado a aprendizagem no trabalho e desenvolvimento de competências dos enfermeiros para melhor desempenho no serviço. As capacitações do SEPE centraram na diminuição dos eventos adversos e foram repetidas devido à entrada e saída de profissionais. O acompanhamento contínuo do profissional assim como sua participação na revisão do processo de trabalho é relevante para que haja mudança de comportamento. Portanto, desenvolver profissionais de saúde a partir da problematização do processo de trabalho é desafiador em um contexto de mudança constante dos profissionais de uma equipe. Recomendações: Sugerem-se capacitações para conscientizar e instrumentalizar enfermeiros para realizar ações de educação permanente com suas equipes e mudar gradativamente a cultura organizacional.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PERCEPÇÃO DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR NA PRODUÇÃO DE MATERIAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E GESTÃO PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Autores: Maria Carla Vieira Pinho | Carolina Santana Siqueira, Marselle Nobre de Carvalho, Regina Melchior

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Ensino superior. Serviços de Integração Docente-Assistencial. Sistema de Vigilância em Saúde. Gestão em Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7246


Resumo:

Caracterização do problema. Atuar de forma interdisciplinar e interprofissional com o olhar no cuidado às necessidades de saúde na perspectiva do serviço de saúde é um dos desafios contemporâneos para a formação dos profissionais da área da saúde. Justificativa. Nesse sentido, a disciplina Práticas de Interação Ensino, Serviços e Comunidade II (PIN II), que reúne módulos e disciplinas realizados no 2º ano dos Cursos de Enfermagem, Farmácia, Medicina e Nutrição da Universidade Estadual de Londrina (UEL), visa dentre outros objetivos, levar aos estudantes a compreensão da vigilância em saúde - epidemiológica, sanitária, ambiental, saúde do trabalhador - e a introdução às formas de gestão e organização da rede de serviços de saúde, como instrumentos que contribuem na gestão e organização dos serviços de saúde. Objetivo. Relatar a experiência vivenciada na docência do ensino superior na produção de material de vigilância em saúde e gestão para a formação de profissionais de saúde na disciplina Práticas de Interação Ensino, Serviços e Comunidade II. Descrição da experiência. Quatro docentes do Departamento de Saúde Coletiva da UEL produziram um caderno orientador sobre os temas de vigilância em saúde e gestão para a condução do grupo de estudantes da disciplina. Nessa etapa ocorreram 09 encontros, contemplando discussão em grupo, visita às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e aos estabelecimentos do território, além de mesa redonda com convidados externos com experiência na área. Ao final desses encontros, os estudantes confeccionaram um boletim informativo epidemiológico baseado nas vivências práticas realizadas no território. E, em relatório final do módulo, a partir do questionamento aos estudantes: “De modo geral, que nota você atribui ao movimento como um todo? (de 0-10)”, feito via Formulário Google, para o tema Vigilância em Saúde das 206 respostas retornadas, 178 delas (86,40%) atribuíram as notas de 7 a 10, e para o tema Gestão, do total de 199 respostas, também houve predomínio das notas 7 a 10, com 168 respostas (84,42%). Reflexão sobre a experiência e Recomendações: Constatamos que os estudantes compreenderam a importância da vigilância e gestão em saúde na Atenção Primária à Saúde, como condição essencial a oferta dos serviços voltadas às demandas e necessidades em saúde das pessoas, das famílias e da comunidade, reconhecendo assim a transversalidade das ações em saúde no território como determinante do processo saúde-doença.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

GAESC

Autores: Sandra Soledad Amarilla Maidana |

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Palavras-chave: Acompanhamento de Egressos; Saúde Coletiva; Plataforma Online
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7254


Resumo:

Caracterização do problema: usualmente,os cursos de graduação não mantêm o acompanhamento de egressos. Justificativa: o acompanhamento dos egressos do cursos pode contribuir com a permanente avaliação do Projeto Pedagógico, apontando oportunidades de ajustes curriculares que visem a melhoria da formação. Objetivos: o grupo de Acompanhamento de Egressos de saúde Coletiva (GAESC) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) é uma iniciativa que objetiva aprimorar o acompanhamento dos egressos do curso de Saúde coletiva da UNILA através da criação de um site. Esta plataforma visa manter os egressos integrados à instituição, permitindo um constante intercâmbio de conhecimento e experiência entre egressos, estudantes e professores. Descrição da experiência: a metodologia do projeto foi a criação de um site registrado com o domínio www.gaesc.com.br. O site contém várias páginas, incluindo: apresentação do site e convite aos egressos para cadastrarem, informações sobre eventos, cursos e concursos relacionados á saúde coletiva, página de acesso exclusivo para cadastro dos egressos, localização dos egressos, material de acceso livre, como ebooks e artigos científicos, contato para dúvida sugestão e comunicação com novos usuários. Reflexão sobre a experiência; o site facilitou a comunicação entre os egressos e a instituição, promove eventos e ofrece recursos educacionais. A biblioteca virtual, abastecida mensalmente, se tornou uma importante fonte de informação para estudantes. Recomendação: o GAESC demonstrou ser uma ferramenta eficaz para fortalecer os laços entre os egressos e a UNILA, o projeto não apenas facilita a integração e a comunicação entre a comunidade acadêmica, mas também contribui para a melhoria contínua do curso de Saúde coletiva.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

NOVOS MÉTODOS DE APRENDIZAGEM SOBRE EDUCAÇÃO SEXUAL PARA ADOLESCENTES: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Rosiméry Lenzi | Julia Fernanda Fávaro, Márcia Isabela Amaro dos Santos, Melissa Goulart de Oliveira, Talita Vidotte Costa

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Palavras-chave: Adolescente; Tecnologia Educacional; Aplicativos Móveis; Educação Sexual; Educação em Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7260


Resumo:

Introdução: A adolescência é marcada pela transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada por mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. A preocupação com a promoção da educação sexual nesta faixa etária se deve a possíveis exposições a riscos e/ou vulnerabilidades, tais como à falta de conhecimentos sobre meios de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), a gravidez não planejada, entre outros. Objetivo: identificar, na literatura científica, tecnologias educacionais digitais desenvolvidas, validadas e/ou aplicadas, com ênfase na promoção da educação sexual de adolescentes. Método: revisão integrativa, utilizando a estratégia PICO, sendo formulada a seguinte questão norteadora: Quais são as tecnologias educacionais digitais desenvolvidas, validadas e/ou aplicadas com ênfase na promoção da educação sexual de adolescentes? Os descritores DECS e MeSH selecionados foram: “adolescent”, “adolescent health”, “educational technology”, “mobile application”, “sex education”, e “health education”. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF), e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Empregou-se como critérios de inclusão: estudos originais, disponíveis em formato completo, publicados entre 2019 e 2023, nos idiomas português, inglês e espanhol. A seleção foi realizada por meio do fluxograma Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA). Para análise dos estudos, aplicou-se instrumento de elaboração própria, com inclusão dos itens: autores/país/ano; tipo de estudo e nível de evidência; tecnologia educacional utilizada (desenvolvida, aplicada, validada e/ou avaliada) e as implicações para a prática. Resultados: a amostra final quantificou 13 estudos, sendo a maioria publicados na Medline (84,6%), no ano de 2021 (53,8%), caracterizado por tecnologias educacionais desenvolvidas e que estavam sendo avaliadas por usuários (53,8%), sendo estas: aplicativos móveis (76,9%), jogos (15,4%) e redes sociais (7,7%). Considerações finais: O estudo fortalece evidências acerca das ferramentas desenvolvidas como sendo capazes de mediar ações educativas frente ao público adolescente, conferindo possibilidade de desenvolvimento crítico e reflexivo para com sua saúde, ademais de seus amigos e/ou companheiros.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DESENVOLVIDAS PELO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR PARA CAPACITAÇÃO DE CUIDADORES

Autores: Max da Silva Maciel | Aline Luiza Führ, Carmen Justina Gamarra, Carmen Regina Falcão, Carolina Scheifer Piatzchaki Alves, José Antonio Enciso Domínguez

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Palavras-chave: Educação em Saúde; Serviços de Atenção Domiciliar; Assistência Domiciliar.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7262


Resumo:

Hodiernamente a saúde apresenta mudanças marcantes no perfil de morbimortalidade na última década, impulsionadas pela diminuição da mortalidade infantil e da fecundidade, atreladas com a melhoria da saúde pública (MARTINS et al., 2021). Esses fatores aumentam a expectativa de vida da população brasileira, o que, por sua vez, pode levar ao crescimento no número de casos de doenças crônicas não transmissíveis e degenerativas (CARDOSO; DIETRICH; SOUZA, 2021). Essas condições frequentemente podem resultar em perda de mobilidade, exigindo que muitos indivíduos necessitem de cuidados constantes e personalizados (MENDES et al., 2019). Diante dessa realidade, os cuidadores tornam-se peças fundamentais na manutenção da qualidade de vida e do bem-estar desses pacientes, adaptando-se às necessidades diárias como a alimentação, higiene pessoal e fornecendo um tratamento mais humanizado e focado nas necessidades individuais de cada pessoa (FERREIRA; ALEXANDRE; LEMOS, 2011).Este trabalho tem como objetivo apresentar as estratégias educacionais desenvolvidas pelos Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) para capacitar cuidadores. As estratégias adotadas incluem a criação de cartilhas focadas nos cuidados essenciais ao paciente e no autocuidado dos cuidadores; produção de vídeos educativos; curso de cuidadores; estruturação de escola de cuidadores dentro de um hospital municipal; formação de grupos de suporte e treinamento de cuidadores; além de telemonitoramento de cuidadores via WhatsApp. Estas ações visam atender às necessidades práticas e emocionais dos cuidadores, equipando-os para desempenharem suas funções com competência e confiança. As iniciativas implementadas pelos SAD foram de acordo com as demandas vivenciadas no processo de estruturação do próprio serviço, impactando positivamente a qualidade do cuidado domiciliar. O treinamento e o suporte contínuo aos cuidadores não apenas beneficiam diretamente os pacientes, mas também fortalecem o Sistema Único de Saúde (SUS), ao responder de maneira eficaz às necessidades de uma população cada vez mais dependente de assistência contínua. Este estudo reafirma a importância de continuar investindo na educação e no suporte dos cuidadores, reconhecendo e valorizando o papel crucial que desempenham no ecossistema da saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

DOR LOMBAR E OS HÁBITOS POSTURAIS CORRIQUEIROS

Autores: Rosangela Ziggiotti de Oliveira | Erik Vinicíus Antunes de Souza, Carla Capurro Choinsky, Maria Clara Ferreira Meira, Matheus da Silva Costa, Suelen Moraes Figueiredo de Macedo

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curtiba
Palavras-chave: Lombalgia, Atenção Primária à Saúde, Graduação
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7287


Resumo:

Introdução: A Organização Mundial de Saúde aponta a dor lombar como a principal causa de incapacidade do planeta. A sua maioria é causada pelo mau uso ou uso excessivo das suas estruturas, esforços, repetidos, excesso de peso, erros posturais e inatividade física. É um motivo frequente de consulta no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Em 2020, aproximadamente uma a cada 13 pessoas tiverem pelo menos um episódio deste problema. Objetivo: Dialogar com um grupo de idosos sobre a relação da “dor nas costas” (lombar) e os hábitos posturais corriqueiros que podem preveni-la. Metodologia: Motivados pela demanda excessiva de pacientes com dores lombares, acadêmicos de medicina de uma escola privada em Curitiba, Paraná, motivaram-se a dialogar com idosos que frequentavam um projeto de alfabetização, vinculada a uma instituição religiosa. Inicialmente uma peça anatômica da coluna vertebral foi apresentada. O enfoque da atividade foi principalmente a execução das atividades da vida diária tais como pegar objetos no chão, levantar da cama, varrer, permanecer sentado e de pé, ver o celular, trabalhar no computador, carregar sacolas e lavar a louça, deitar e levantar, dentre outros. Folders com imagens e desenhos de posturas consideradas certas e erradas foram distribuídos no encontro. Resultados: Participaram do encontro oito idosos (dos 62 aos 73 anos), dois homens e seis mulheres, a educadora, uma auxiliar de serviços gerais e cinco estudantes de medicina e uma professora orientadora. Já na apresentação, percebeu-se a necessidade que tinham de narrar suas histórias de vida, falar das dores nas costas e expressarem a satisfação de receber os acadêmicos, e orgulhosos da oportunidade de alfabetização. Fizeram perguntas, citaram lombalgias de familiares, localizaram as dores até mesmo na peça da coluna vertebral, movimentavam=se para expressar como a dor aliviava ou surgia. Perguntas sobre peso, atividade física, caminhadas e comunicar a existência de um grupo de exercícios que acontecem em algumas Unidades de Saúde. Conclusão: O diálogo foi um momento de descontração dos participantes, concentração e atenção aos conteúdos. Para os acadêmicos, a percepção da interação com o grupo pode sensibilizar e ilustrar o papel do profissional de saúde em ações educativas junto à comunidade.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO NA SAÚDE COMO PROMOTORA DO TRABALHO EM EQUIPE

Autores: Maiara Bordignon | Júlia Teixeira Ramos, Emille Nair Lima dos Santos, Marcia Papis, Daniela Pellizzaro, Maisa Marcolin

Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó
Palavras-chave: Educação em Saúde; Eficácia da Equipe; Atividade de Formação; Agente de Combate às Endemias
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7301


Resumo:

O trabalho em saúde é essencialmente coletivo (Merhy; Franco, 2009), de modo que, o trabalho em equipe é fundamental para as ações neste campo (Peduzzi et al, 2020). Busca-se relatar a experiência de educação na saúde para ACEs, sobre Trabalho em Equipe, realizada por um grupo de acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó, Santa Catarina. Trata-se de um relato da experiência. A atividade de formação foi orientada por docentes do componente curricular de Cuidados de Enfermagem em Atenção Básica de Saúde (CEABS), do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó, a partir de parceria estabelecida com a Secretaria Municipal de Saúde. Os ACEs foram divididos em três grupos com cerca de 30 profissionais em cada grupo, o que permitiu o rodízio dos grupos a cada 50 minutos entre as oficinas com diferentes temáticas. Na primeira dinâmica, os ACEs foram organizados em dois grandes grupos. Cada componente recebeu uma peça relacionada a um dos quebra-cabeças de forma aleatória e, dentre as peças, duas foram retiradas propositalmente de cada grupo, com o intuito de dificultar a leitura e demonstrar a importância de cada membro para o resultado em um trabalho em equipe. Realizou-se uma breve explanação sobre o conceito de trabalho em equipe, e definiu-se alguns tipos de equipe, associando com o cotidiano de trabalho dos profissionais. Foram abordadas as habilidades consideradas essenciais para um bom trabalho em equipe, ao utilizarmos as peças da engrenagem colocadas nas mesas e ao solicitarmos a leitura das duas perguntas relacionadas à habilidade apresentada no slide em cada momento, destacando que todos auxiliariam nas respostas para não tornar obrigatória a participação. Ao final de cada discussão, a peça era encaixada na engrenagem, com o intuito de problematizar sobre a importância de cada habilidade para que a “engrenagem”, aqui representando o trabalho em equipe, se torne funcional, resolutiva e harmônica. Por fim, foi disponibilizado um folder informativo e uma lembrança em formato de imã de geladeira com a forma de um quebra-cabeça e nele uma frase que destaca a importância do trabalho em equipe. Entendeu-se a atividade como produtiva para ambas as partes, sendo notável o empenho de todos ao participar das discussões. Foi possível observar, ainda, a importância da colaboração, de reconhecer o esforço de cada membro e de celebrar as conquistas alcançadas em conjunto.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

AVALIAÇÃO DAS RELAÇÕES NO PROCESSO SELETIVO PARA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Renato Dias Capello | Renata Perucelo Romero, Magno Fernando de Paula, Daniela Figueiredo Corrêa Pereira, Fabiana Dias Antunes, Janaína Koelzer

Instituição: Instituição de Ensino Pesquisa e Inovação (IEPI) da Irmandade Santa Casa de Londrina (ISCAL)
Palavras-chave: Residência Multidisciplinar; Educação em Saúde; Relações Interprofissionais
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7310


Resumo:

Caracterização do problema: Um Programa de Residência Multiprofissional, tem como uma de suas orientações a afinidade de práticas multidisciplinares, a fim de capacitar o residente e reinseri-lo com maior qualificação nas áreas prioritárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, a relação interprofissional é parte exigente dos programas, com a manutenção de eixo integrador transversal de saberes, comum às profissões visando a consolidação do processo de formação de equipe multiprofissional. Justificativa: Dada a referida característica, faz-se necessário que o processo de seleção do candidato a residente, leve em conta características que o creditem, não somente técnica e teoricamente. Mas também, evidenciem um conjunto de capacidades como em desenvolver relações multiprofissionais. Objetivos: Essa comunicação apresenta a experiência da formação de banca para a seleção de processo seletivo de um programa de residência multiprofissional. Com a idealização e a execução de uma fase com dinâmica em grupo, a fim de observar no processo de seleção, a capacidade de relação interpessoal dos candidatos. Descrição da experiência: A avaliação em grupo, foi a segunda etapa do processo seletivo, que ocorreu de forma remota com a seleção aleatória dos participantes e formação de grupos multiprofissionais (enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição e psicologia). Após a formação dos grupos, os candidatos recebiam um caso emulando situação aproximada da realidade assistencial em um hospital de nível terciário, sendo observada pela banca a postura estabelecida pelos participantes e a conduta destes diante o caso apresentado. Reflexão sobre a experiência: A consideração da saúde de forma integrada, depende da elaboração de relações interprofissionais dos agentes de saúde presentes nos variados níveis dos dispositivos de atenção à saúde. Tendo a graduação como formação do profissional em sua especialidade, nota-se a dificuldade em estabelecer essas relações pela escassez do contato prévio, além de fatores idiossincráticos do próprio indivíduo. A atividade seletiva proposta visou observar os candidatos que apresentassem melhor desenvolvimento no momento da seleção. Considerando que fatores comportamentais possam facilitar sua adaptação durante o desenvolvimento no processo formativo da residência multiprofissional. Recomendações: Dadas as constantes alterações sociais, bem como de formação, faz-se necessário a reavaliação dos meios educacionais, avaliativos e seletivos.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA: FORMULAÇÃO DO PORTFÓLIO COMO ESTRATÉGIA DE REGISTRO E AVALIAÇÃO DAS VIVÊNCIAS DE SER ENFERMEIRO NO ÚLTIMO ANO DE FORMAÇÃO

Autores: Maria Carla Vieira Pinho | Damares de Paiva Thomazzetti, Mariana Pasqualinotto Serassuelo, Nilton Pereira Cardoso

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Ensino superior. Aprendizagem Baseada na Experiência. Diário. Enfermeiros de Saúde da Família.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7335


Resumo:

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA. Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), o último ano de graduação em Enfermagem é voltado para o desempenho de atividades gerenciais no contexto Hospitalar e em Saúde Coletiva, o que demanda, dos estudantes, conhecimentos técnico-científicos e o desenvolvimento gerencial de liderança, trabalho em equipe, etc. JUSTIFICATIVA. Como instrumento de avaliação é necessário a construção do portfólio para descrição do processo de aprendizagem durante as atividades teóricas e práticas. Caracteriza-se por ser um instrumento de diálogo entre o interno, o professor e o preceptor do campo, sistematizando experiências e desempenhos que foram e que precisam ser alcançados. OBJETIVO. Relatar as experiências vivenciadas pelo discente na elaboração do portfólio como estratégia de ensino-aprendizagem para as abordagens teóricas e as ações práticas do Módulo de Enfermagem em Saúde Coletiva. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA. A construção do portfólio foi realizada durante as 12 semanas de duração do Internato, sendo abordados de forma crítica, os temas vivenciados no cotidiano da Unidade Básica de Saúde, a análise das tomadas de decisões, do posicionamento dos envolvidos e das dificuldades encontradas na prática diária. Essa estratégia propiciou, além da consolidação de um conhecimento crítico, a modulação das tomadas de decisões necessárias em cada situação, desenvolvendo as habilidades como liderança e relacionamento interpessoal. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E RECOMENDAÇÕES. Devido ao seu cunho avaliativo e diário, o portfólio contribui para o aprimoramento da formação profissional e crescimento pessoal, apresentando possibilidades aos discentes e docentes de maior conhecimento e visibilidade da importância do uso de metodologias ativas de ensino-aprendizagem e promoção da reflexão crítica aos novos profissionais.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

ATRIBUIÇÕES DA COORDENAÇÃO DE SUPERVISORES E RESIDENTES NA RESIDÊNCIA TÉCNICA DE GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Flavia Maria Derhun | Edileuza de Fátima Rosina Nardi

Instituição: UEM
Palavras-chave: Residência em Saúde; Gestão em Saúde; Saúde Pública
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7342


Resumo:

O Programa de Residência Técnica – RESTEC Gestão em Saúde Pública é coordenado pela Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI e desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e com a Secretaria da Saúde do Estado (SESA), na qual realizam suas atividades práticas. Possui como objetivo o aprimoramento profissional de recém-formados em Cursos de Graduação ao propiciar uma visão abrangente das disciplinas que fundamentam a gestão pública contemporânea. Isto por ofertar também, paralelamente às atividades práticas, um curso de especialização na referida área. O programa está na sua segunda turma, tendo nesta 112 residentes matriculados. A estrutura organizacional conta com equipe de Coordenação e, um dos componentes é a Coordenação de Supervisores de Residentes, que como foco o acompanhamento em relação às atividades práticas na SESA. O objetivo é descrever a experiência de atuação da coordenação de supervisores e residentes da RESTEC Gestão em Saúde Pública (turma 2). Dentre as atividades desenvolvidas de forma rotineira estão o acompanhamento da indicação de supervisores dos residentes; a análise dos relatórios mensais de atividades (avaliativos) e dos planos de ação semestrais (documentos de planejamento) que são construídos pelos residentes e supervisores; o intermédio de transferências dos residentes entre setores/órgãos da SESA; análise das solicitações de recesso remunerado; encontros virtuais com residentes e supervisores, sobretudo no início do programa para sanar dúvidas. Outras atividades ocorrem conforme as situações que se apresentam. São exemplos: reuniões online junto aos residentes, supervisores, chefias dos setores, entre outros e, também, participação no Comitê Gestor para deliberar quanto às questões administrativas e práticas do programa. Especialmente por se tratar de uma modalidade nova residência no Estado a atuação enquanto coordenação de supervisores e residentes tem se revelado um desafio no sentido de que muitos caminhos para a solução de problemáticas são criados a partir da demanda que se apresenta. A atuação da coordenação de supervisores e residentes pode influenciar, expressivamente, no cumprimentos das premissas do programa, bem como na qualidade das condições apresentadas nos campos de atividades práticas.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

O CONHECIMENTO DA TELESSAÚDE POR DOCENTES DE UM CURSO DE FISIOTERAPIA

Autores: Cíntia Raquel Bim | Camila Esteves de Souza, Mayara Aparecida de Mattos

Instituição: Universidade Estadual do Centro-oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Saúde digital; educação superior; formação de recursos humanos em saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7355


Resumo:

Introdução: A Telessaúde no Brasil teve início como política pública em 2007, e foi redefinida e ampliada em 2011 (Portaria GM/MS nº 2.546/2011), e possibilita o fortalecimento e a melhoria da qualidade do atendimento da atenção básica no Sistema único de Saúde (SUS), integrando educação permanente em saúde e apoio assistencial por meio de ferramentas e tecnologias da informação e comunicação. No Paraná atualmente envolve teleconsultoria, telediagnóstico e teleeducação. Nos últimos anos foi observada uma crescente utilização da Telessaúde, o que contribui para um fluxo de atendimento contínuo, com qualidade e acesso universal. A fisioterapia passou a utilizar essa ferramenta com o advento da pandemia em 2020. Objetivos: Analisar o conhecimento sobre telessaúde dos docentes do curso de Fisioterapia de uma universidade pública. Metodologia: Foi elaborado um questionário no Google Forms com 10 questões a respeito da Telessaúde, e aplicado presencialmente com os docentes do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Guarapuava-PR. A pesquisa foi realizada por acadêmicas do quarto ano do curso de Fisioterapia nos meses de maio e junho de 2024. Os dados foram analisados de maneira descritiva. Resultados e Discussões: Foram entrevistados 16 docentes do curso de Fisioterapia, onde a maioria dos professores apresentavam mais de 16 anos de formação. Os entrevistados foram questionados sobre: o conhecimento da resolução do Conselho Federal de Fisioterapia de 2020, onde 7 dos entrevistados não tinham conhecimento e 9 possuem conhecimento da resolução; utilização do teleatendimento, 9 já realizaram algum teleatendimento, sendo a maioria durante a pandemia COVID19 e 7 não realizaram teleatendimento; a implantação de um setor de teleatendimento para os cursos da área da saúde, todos entrevistados acharam interessante ter um setor de telessaúde para os cursos de graduação; capacitação em telessaúde,12 não participaram de nenhuma e 4 já participaram; aceitação do usuário todos acreditam ter uma boa aceitação, e consideram a telessaúde como uma forma de atendimento, pela questão de deslocamento e acesso e por estar acontecendo dentro de projetos implantados na Unicentro. Conclusão: A telessaúde foi considerada uma ferramenta com boa aceitação pelos docentes, contudo grande parte não possui capacitação na área e a universidade ainda não possui formação específica para uso desse recurso.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DAS REGULAÇÕES ELETIVAS MUNICIPAIS DA 15ª REGIONAL DE SAÚDE

Autores: Jaqueline Mancori Caetano | Milena Tomaz de Miranda, Gabrieli Fernandes Travagim, Ingrid Emanuelle Larocca Falda, Maria Izadora da Silva Castão, Simoni Pimenta de Oliveira

Instituição: 15 REGIONAL DE SAÚDE
Palavras-chave: Regulação de acesso, Educação Permanente em Saúde, Atenção Especializada.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7362


Resumo:

Caracterização do problema: A Política Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde – SUS preconiza oportunizar acesso e otimizar os recursos disponíveis. A pandemia de COVID-19 represou as filas para atendimento eletivo de consultas especializadas, exames e cirurgias. Mesmo assim, foram identificadas sobras de ofertas e um alto índice de absenteísmo. Embora o controle das filas seja responsabilidade da gestão municipal, são muitos os sistemas de informação para gerir o acesso à atenção especializada. Justificativa: A Seção de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria da 15ª 15ª Regional de Saúde (SCRACA/15RS) articula a regulação de acesso à atenção especializada dos 30 municípios do território. A partir de questionário aplicado em 07/2023, verificou-se grande diversidade de níveis de organização e fatores que desequilibram a relação entre demanda e oferta, como ausência de filas informatizadas, insuficiência de conhecimento técnico, falta de regras/fluxos, vazios assistenciais. Para qualificar o trabalho das equipes de regulação, propôs-se a realização de reuniões no intento de fomentar o processo de educação permanente. Objetivos: Promover ação de educação permanente das regulações eletivas municipais da 15ª RS. Descrição da experiência: A partir da análise das respostas no diagnóstico situacional, a equipe da SCRACA/15RS com os residentes da UEM/SETI/SESA elaborou cronograma de encontros temáticos para profissionais da regulação e gestores. O primeiro encontro foi realizado em 09/08/2023 e abordou conceitos de Regulação e sistemas de informação como GSUS, SISREG, ESaúde. A partir das dúvidas dos participantes e apontamentos da equipe foram realizados até o momento mais três encontros com os temas SIGTAP, TABNET, tratamento fora de domicílio, elaboração de fluxos municipais para acesso à atenção especializada e a gestão de filas. Reflexão sobre a experiência: O processo contribuiu para melhorar a comunicação entre a SCRACA/15RS e os municípios, bem como o alinhamento de processos de trabalho de modo a evitar agendamentos equivocados e fazer melhor uso das ofertas. Recomendações: A estratégia fortalece o trabalho da regulação eletiva municipal e promove melhor uso dos recursos públicos em saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

AUTOAVALIAÇÃO DE PROFISSIONALISMO EM RESIDENTES DE ANESTESIOLOGIA DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA, PARANÁ

Autores: Giovana Knapik Batista | Belize Keiko Arai, Renata Burghausen Valença de Souza, Diancarlos Pereira de Andrade, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Profissionalismo; Anestesiologia; Educação Médica.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7381


Resumo:

Introdução: Profissionalismo é um conceito multidimensional. Esta competência pode ser incorporada à formação de um médico por meio do ensino e da avaliação. Em 2006, um instrumento de avaliação de profissionalismo, Professionalism Mini-Evaluation Exercise (P-MEX), foi criado no Canadá, sendo validado e traduzido para uso no Brasil. Objetivos: Analisar o nível de profissionalismo entre residentes de anestesiologia em Curitiba e região metropolitana, Paraná, Brasil. Métodos: Foi realizada a autoaplicação do P-MEX, na versão traduzida e validada para uso no Brasil. Assim, 94 participantes foram convidados a participar da pesquisa por meio de questionário disponibilizado no Google Forms. Um banco de dados foi gerado em planilha no Microsoft Excel® e foi analisado por estatística descritiva por meio do teste t de Student. Resultados: Obtiveram-se 39 respostas (41,5% do total de contatos). Destas, 12 (30,8%) foram de residentes do primeiro ano (R1), 11 (28,2%) do segundo (R2) e 16 (41%) do terceiro ano (R3). Entre os participantes, 27 (69,2%) afirmaram ter menos de quatro anos de formação em Medicina, enquanto 12 (30,8%) eram graduados há mais de quatro anos. Quanto à idade, 22 (56,4%) tinham menos de 28 anos e 17 (43,6%) mais de 28 anos. Com relação ao tipo de atendimento prestado no programa de residência, 16 (41%) atendiam somente ao Sistema Único de Saúde (SUS), um (2,6%) atendia convênio e/ou particular, enquanto 22 (56,4%) atendiam SUS e/ou convênio/particular. O escore global do P-MEX foi de 3,34 ± 0,63. Os anos de graduação em Medicina, quando os participantes foram divididos em dois grupos e comparados pelo teste t de Student, não interferiram nos resultados (p>0,05). Diferente do grupo de R3 que, na dimensão habilidades reflexivas, a autoavaliação foi menor que ao do R1/R2, com p<0,05. No tipo de atendimento, os que atuavam exclusivamente no SUS, o valor de p<0,05 foi evidenciado com superioridade nas categorias relação médico-paciente e habilidades reflexivas. Já a idade interferiu significativamente (p<0,05) na relação médico-paciente, os de maior idade apresentaram desempenho superior. Conclusão: A população do estudo se auto avaliou em nível “dentro das expectativas” para competência de profissionalismo, e verificou-se que o P-MEX pode ser útil no processo de ensino-aprendizagem da mesma, pois pode promover a reflexão contribuindo para o compromisso do futuro anestesista com a sociedade.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O USO DE CIGARRO ELETRÔNICO EM UMA ESCOLA DO ENSINO MÉDIO - COMITÊ LOCAL À SERVIÇO DA COMUNIDADE

Autores: Maria Eduarda Gomes | Bruna Heinzen Schneider, Bianca Gbur Martins , Rhayane Duarte Rabelo, Julia Sofia Gomes

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Vaping; tabagismo; lesão pulmonar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7387


Resumo:

Caracterização do problema: Usuários de cigarro eletrônico (CE), sobretudo jovens, tem aumentado, muito por conta da falta de fiscalização e da disseminação de desinformações. Um em cada 5 jovens faz uso dos vapes, e aproximadamente 73% dos brasileiros já experimentaram. Apesar dos CEs não realizarem a queima do tabaco, o aerossol liberado é danoso, com riscos similares ao tabagismo convencional, com carcinógenos, além do potencial explosivo e de aumentar as chances do uso dos cigarros tradicionais. Ademais, a versão “moderna” apresenta um novo agravante: o E-cigarette or Vaping use-Associated Lung Injury (EVALI), doença associada ao uso dos vapes, que vai de sintomas leves à pneumotórax espontâneo. Justificativa: Conscientizar jovens acerca do impacto da utilização do CE, buscando desmistificar as falácias sobre a segurança e desincentivar o seu uso. Objetivos: Promover para a população, em especial os adolescentes, informações sobre o CE, seus riscos e injúrias para a saúde. DESCRIÇÃO: Realizou-se ação para uma turma do 1° ano do ensino médio (35 alunos), alinhada com demandas da escola, com capacitação do grupo sobre o CE por uma pneumologista, delineando em conjunto a execução da campanha, que contou com uma dinâmica de perguntas e respostas utilizando a ferramenta “Plickers” na qual os alunos responderam 8 perguntas sobre a temática CE de maneira individual e, após cada pergunta, apresentamos slides que respondiam a questão, traziam uma explicação sobre o assunto abordado e um momento para esclarecimento de dúvidas. Após a apresentação com os principais tópicos sobre os riscos do uso dos vapes, foi feita outra dinâmica em grupo com 5 questões de verdadeiro ou falso sobre o tema, em modo de competição, também utilizando os “plickers” para avaliar a retenção de conteúdo pelos alunos. Reflexão: A juventude é um período crítico do desenvolvimento de comportamentos que trarão impactos futuros, logo, ensinar sobre os malefícios do CE contribui para formação de uma geração mais consciente e crítica. Assim, a ação funcionou como uma medida preventiva que pode trazer benefícios a longo prazo para saúde individual e coletiva, capacitando jovens a fazer escolhas informadas e saudáveis, resistindo à influências externas e adotando comportamentos que promovam o bem-estar ao longo da vida. Recomendações: Maiores informações sobre o uso desses dispositivos. Bemcomo leis que visem a regulamentação, fiscalização e controle na fabricação e venda dos dispositivos.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

O USO DE TECNOLOGIAS PARA A FORMAÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO DE SERVIDDORES. EM UM MUNICIPIO DE FRONTEIRA

Autores: Daiane Sampaio Sosa Guimarães | Carla Vergina Conrad Lima, Helder Ferreira

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu; Hospital Municipal Padre Germano Lauck
Palavras-chave: Educação Continuada; Tecnologia da informação; Segurança Ocupacional;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7388


Resumo:

É prerrogativa do empregador oferecer as formações aos trabalhadores que contemplem princípios referente às Normas Regulamentadoras-NR´s de segurança e proteção¹, nesse sentido são importantes estratégias que facilitem o acesso para que os trabalhadores possam se qualificar². Justificativa: As NR´s para a área da saúde e outros protocolos visam o bem-estar do trabalhador e mitigar possíveis riscos causadores de contaminações e lesões, alguns com danos permanentes. Logo, é necessário preparar os trabalhadores para que preventivamente identifiquem estes riscos, saibam agir e ter a saúde e integridade protegidas. Relato de experiência: mediante a necessidade de qualificação dos servidores da saúde no âmbito das NR’s e outros protocolos, visando ampliar acesso à informação, com base nas experiências no período da pandemia COVID-19 em que algumas funções migraram para o formato Virtual, a experiência motivou a ideia da criação de uma plataforma de educação virtual para qualificar profissionais da saúde, a qual é intuitiva, com conteúdo produzido pela equipe de engenharia e medicina do trabalho, aplicações de Avaliações e emissão de certificados como forma de tornar o processo mais formal e organizado. A plataforma oferta cursos sobre o manuseio de material biológicos, perfuro-cortantes, brigada de incêndio e primeiros socorros, entre outros. Aproximadamente 50% dos servidores da saúde foram qualificados nos 3 anos de criação. Objetivo: Dinamizar os processos de educação continuada e torná-la acessível e atrativa. Reflexão sobre experiência: Seguindo a tendência da modernização do serviço público e do governo digital³, a proposta dinamiza os processos de trabalho no tocante a formação contínua e prevenção de acidentes, o que facilitou atuação dos técnicos que gerenciam esses cursos, pois no formato virtual atendem um número muito maior de servidores já que as aulas ficam gravadas, sem necessidade de constante atualização. Além disso, o engajamento nas capacitações aumentou, pois os profissionais conseguem ajustar o estudo à rotina de trabalho. O município se beneficia cumprindo as normativas de qualificação e com a economia de recursos. Recomendação: Diante dos excelentes resultados, recomenda-se que mais prefeituras com vistas ao cumprimento dos requisitos de formação continuada e preceitos legais de proteção aos trabalhadores usem da tecnologia de plataformas de educação virtual para atingir mais servidores da saúde e assim promover mais cuidado e segurança.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

INFLUÊNCIA DO DIABETES MELLITUS NO PROCESSO DE REPARO DO PERIODONTO

Autores: Maria Isabel Pereira Sabino | Luana Martins da Costa, Yan Silva Iassia, Jaqueline de Carvalho Rinaldi

Instituição: Centro Universitário - UniFatecie
Palavras-chave: Hiperglicemia; Inflamação; Odontologia
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7402


Resumo:

COSTA LM., RINALDI JC. - Histopatologia do periodonto em portador de Diabetes Mellitus Paranavaí; 2024 [Graduação em Odontologia - Universidade de Tecnologia e Ciência do Norte do Paraná (UniFatecie)]. RESUMO INFLUÊNCIA DO DIABETES MELLITUS NO PROCESSO DE REPARO DO PERIODONTO Palavras chaves: Hiperglicemia, Inflamação, Odontologia Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a histopatologia do tecido periodontal em pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo-1 (DM1) Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa no qual foram utilizadas as bases de dados Pubmed, BVS, Google Acadêmico e Scielo, com os descritores doença periodontal (DP), diabetes mellitus, processo de reparo e inflamação. Foram utilizados artigos publicados em português, com cronologia dos últimos 5 anos, incluindo estudos observacionais, relatos de casos e revisão sistemática disponibilizados gratuitamente e na íntegra. De 220 trabalhos encontrados, foram selecionados 10 artigos que discutiram os aspectos histopatológicos do periodonto em portadores do DM1. Resultados: O DM1 afeta 17 em cada 1000 pacientes entre 25 e 44 anos e 79 a cada 1000 indivíduos acima de 65 anos. Assim, cerca de 3 a 4% dos adultos que se submetem a tratamentos odontológicos são diabéticos. Ele é caracterizado pela hiperglicemia devido a alteração da produção ou função da insulina. A DP está presente em 75% dos pacientes diabéticos. Sua severidade e evolução é mais rápida nestes pacientes, levando a perda dentária precoce, sangramento gengival excessivo e comprometimento na capacidade de remodelação da matriz extracelular dos tecidos periodontais. O tratamento de ambas as doenças é desafiador uma vez que pode haver uma relação de impacto bidirecional entre ambas. A DP influencia no controle glicêmico e o DM1 impacta na saúde do periodonto por atuar como pró-inflamatório, e impactar na atividade osteoblástica/osteoclástica. Outro fator que também altera essa relação é a idade do paciente, associada a maior agressividade da DP. Por isso se faz relevante acompanhar o paciente com medidas preventivas e de controle de ambas as doenças para a manutenção de um quadro clínico estável. Conclusão: A partir da literatura consultada, pode-se afirmar que existe uma relação bidirecional entre DP e DM1. E que existe uma pior performance de reparo/remodelação do periodonto nos pacientes diabéticos. Assim, se faz relevante que o cirurgião-dentista faça parte da equipe multiprofissional de atendimento ao portador do DM1.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA: INTERFACE ENTRE SAÚDE E EDUCAÇÃO.

Autores: Rubya Guimarães de Oliveira | Kauana de Angelis, Marcos Zaloti Neto, Beatriz Zampar

Instituição: Autarquia Municipal de Londrina- AML
Palavras-chave: Educação em saúde; Sexualidade; Saúde do Adolescente
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7405


Resumo:

O acesso à educação sexual é um direito de todo cidadão, inclusive adolescentes. Nesta faixa etária ocorre um distanciamento dos serviços de saúde, dependendo do ambiente familiar e escolar para obter conhecimento sobre a puberdade e sexualidade - sendo este, ainda, tabu na sociedade brasileira. Muitos adolescentes podem se sentir expostos ou coibidos para tirar dúvidas ou compartilhar experiências, o que tende a levá-los a buscar respostas na internet ou entre amigos. Este fato aliado à vulnerabilidade inerente da faixa etária, tornam esse público mais suscetível aos riscos de IST e gravidez indesejada. Considerando este cenário e os riscos à saúde em médio e longo prazo relacionados ao exercício da sexualidade sem informações adequadas, realizou-se uma ação em saúde no ambiente escolar para alunos com idade entre 13 e 16 anos, em dezembro de 2023. A atividade foi desenvolvida e executada por residentes de Medicina de Família e Comunidade e interno de Medicina em Londrina - PR, como parte do currículo escolar dos alunos, e se demonstrou enriquecedora para todas as partes. Após aulas sobre o tema, foi solicitado aos alunos que escrevessem suas dúvidas de forma anônima. Tais dúvidas foram norteadoras da discussão pela equipe de saúde: indagações sobre desenvolvimento puberal, desempenho sexual, uso de medicamentos - principalmente pelo público masculino - além de dúvidas sobre métodos anticoncepcionais e início da atividade sexual. Destas perguntas, o que se demonstrou mais preocupante foram a referência direta ao medicamento tadalafila, a comparação excessiva entre os meninos e preocupação com disfunção sexual, que podem ser justificados por exposição excessiva a internet e acesso a conteúdo pornográfico. Durante a atividade também foram levantadas pelos participantes questões sobre ciclo menstrual, acne, uso adequado de preservativos e de métodos hormonais. Muitos relataram dificuldade de falar sobre o assunto com os pais, e a maioria nunca falou com médico a respeito. Diante desta experiência, fica clara a importância da abordagem individual e coletiva sobre saúde sexual e reprodutiva de maneira sistematizada, no ambiente escolar e na atenção primária à saúde; o questionamento da necessidade da abordagem do assunto com os genitores - que provavelmente não tiveram estas informações em sua época - para deixá-los mais capacitados e tranquilizados ao falarem com seus filhos; além do potencial da interface saúde e educação para discussão de demais temas.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

A POTÊNCIA DO ENCONTRO DA GOVERNANÇA COM A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA 10ª REGIÃO DE SAÚDE – PR

Autores: Carlos Guilherme Meister Arenhart | Andreia Meurer, Jocemar Mendes de Jesus , Débora Nádia Pilati Vidor, Edevilson Tomaz Fabrício, Giorgia Regina Luchese

Instituição: COSEMS PARANÁ
Palavras-chave: Educação Permanente em Saúde; Políticas de Saúde; Gestão em Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7426


Resumo:

Caracterização do problema: Necessidade de fortalecimento e movimentação do CRESEMS da 10ªRS a fim de aprimorar, reestruturar e qualificar este espaço de pactuação entre os gestores municipais de saúde interligando a Educação Permanente em Saúde (EPS) com a governança Regional itinerante. Objetivo: Promover movimentos firmes e potentes de governança regional junto às aberturas que os encontros da educação permanente em saúde possibilitam. Descrição da experiência: Os encontros entre as gestoras e gestores municipais de saúde para pactuação da política, planejamento e gestão em saúde no espaço regional são fundamentais para a condução interfederativa e intermunicipal nas práticas da oferta do acesso, cuidado e atenção à saúde que sejam dignas, resolutivas e oportunas à cidadania. Reflexão sobre a experiência: Transferir este espaço para outros municípios – e não apenas o município sede – tornou-se uma grande ferramenta da gestão municipal da Região de Saúde que, inclusive, vem permitindo a compreensão das singularidades das gestões municipais, vivências interculturais e sociais, identificação das potências e desafios locais e também o estabelecimento interpessoal e interprofissional do ser gestor municipal em saúde. Com o casamento dos movimentos da governança descentralizada e o curso PROGESTÃO, tivemos o primeiro CRESEMS Itinerante que ocorreu na cidade de Espigão Alto do Iguaçu-PR (nov/2023), o segundo em Cafelândia-PR (dez/2023), o terceiro em Céu Azul-PR (fev/2024) e o quarto em Formosa do Oeste (mar/24). O movimento de unir a governança à educação permanente em saúde permite oxigenar os espaços de pactuação, aproximar trabalhadores e trabalhadoras, gestores e gestoras e demais atores de processos e vivências de encontros de vida, como potência dinâmica e viva do SUS. Este movimento vem promovendo trocas de experiências solidárias de processos da gestão municipal em saúde, contribuindo com a qualificação das macrofunções gestoras e estabelecendo dinâmicas relacionais entre os participantes. Recomendações: As trocas culturais, simbólicas e interrelacionais entre as gestoras e gestores, trabalhadoras e trabalhadores, no espaço da governança regional e EPS vêm nos demonstrando que a estratégia itinerante do CRESEMS junto ao PROGESTÃO permanecerá em sua continuidade. A dinâmica do espaço de governança regional da gestão municipal em saúde e da EPS, quando colocadas em movimento vivo e contínuo, criam estratégias próprias eficientes para a gestão do SUS.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO: UM RELATO DA FORMAÇÃO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Autores: Fernanda Paula da Silva Torres | Nicole Muniz Ferreira Gonçalves, Laura Siqueira Arneiro, Vivien Midori Morikawa, Marcia Oliveira Lopes

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Formação Profissional em Saúde; Médicos Veterinários
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7436


Resumo:

A abordagem "Uma Só Saúde" reconhece a conexão entre saúde humana, animal e ambiental, crucial para a redução de zoonoses, responsáveis por mais de 60% das doenças infecciosas em humanos. Neste contexto, o médico veterinário desempenha um papel essencial nas equipes multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde (APS) e sua formação com um olhar ampliado para a saúde pública e coletiva é essencial para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). É vital relatar experiências que demonstrem como a integração ensino-serviço pode melhorar a eficiência e abrangência da APS. Este relato visa apresentar a experiência da formação de médicos veterinários de um programa de residência integrado à APS e gestão em saúde, de um município da Região Metropolitana de Curitiba/PR. O programa promove uma aprendizagem teórico-prática que capacita os residentes a atuarem na manutenção do SUS, através da inserção em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). As aulas ocorrem no período noturno e abordam reflexões sobre as atividades do serviço. Nas UBS, os residentes participam de matriciamentos, consultas individuais e compartilhadas, além de visitas domiciliares, que propiciam diagnósticos ambientais e sanitários. Promovem educação em saúde com a comunidade e permanente para profissionais de saúde sobre zoonoses, alimentos seguros, guarda responsável de animais, manejo de animais silvestres e peçonhentos, abordagem a pessoas com transtorno de acumulação, saúde ambiental, entre outros. Na SMS, colaboram com a Vigilância Sanitária onde atendem denúncias e realizam ações educativas com manipuladores de alimentos. Abordam questões ambientais e zoonoses com a Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador, além de fornecerem dados sobre esporotricose à Vigilância Epidemiológica, contribuindo para a formulação de políticas públicas, como a criação da Seção de Atendimento à Esporotricose. A integração do ensino com o serviço permite aos residentes aplicar teoria na prática e desenvolver habilidades interpessoais e de gestão. A participação na criação de políticas públicas demonstra o potencial transformador dessa formação para a melhoria contínua do SUS. É essencial expandir e aprimorar programas de residência na APS com integração ensino-serviço, através de investimentos em educação e parcerias entre universidades, serviços de saúde e gestores públicos. Isso forma profissionais aptos a contribuir para um SUS mais forte, integral e resolutivo.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE: INTERVENÇÃO SOBRE CUIDADOS COM ANIMAIS PEÇONHENTOS NA GUARDA MIRIM DE LONDRINA

Autores: Fernanda Inácio Barbosa Rodrigues |

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Educação interprofissional;Trabalho em Equipe;Promoção da Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7445


Resumo:

O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta questionamentos devido às falhas na comunicação entre profissional de saúde e paciente, e também entre os próprios membros da equipe multiprofissional. Essas falhas resultam em diagnósticos e recomendações inconsistentes, deixando os usuários confusos e insatisfeitos. A educação interdisciplinar desde a graduação é uma das alternativas para contribuir no avanço e resolução desse problema, uma vez que prepara futuros profissionais de saúde para o trabalho em equipe, melhorando a comunicação e a cooperação entre diferentes profissionais de saúde, garantindo um atendimento integral, humanizado e eficiente. Com o objetivo de desenvolver o trabalho em equipe interprofissional, estudantes de graduação da enfermagem, farmácia, medicina e nutrição elaboraram e realizaram uma ação de educação em saúde sobre cuidados com animais peçonhentos, sendo o publico alvo as crianças estudantes da guarda mirim localizada no Centro Social Urbano (CSU) em Londrina-PR. A equipe de estudantes utilizou-se de panfleto informativo sobre prevenção de acidente com animais peçonhentos de autoria própria, realização de uma palestra sobre a temática, encenação teatral de uma situação clínica de acidente com animal peçonhento, e exposição de exemplares de animais reais e conservados como ferramenta para promover a educação em saúde. Essa experiência mostrou que, na educação em saúde, a comunicação eficaz entre a equipe no planejamento e execução da ação, e entre educador e publico alvo durante a transmissão das informações, é fundamental para o trabalho interprofissional, além de proporcionar crescimento pessoal em termos de comunicação interpessoal e cooperação interdisciplinar.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

“DEIXA A VIDA ME LEVAR, VIDA LEVA EU” A REFLETIR SOBRE A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO

Autores: Maria Carla Vieira Pinho | Rogério Luiz Aires Lima

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Educação em Saúde. Educador. Formação Profissional. Enfermagem. Profissionais da Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7469


Resumo:

Caracterização do problema: A educação em saúde é uma das atribuições essenciais dos enfermeiros, mas a forma como essa atividade se manifesta na prática profissional é uma questão importante a ser explorada. Como os enfermeiros concebem e realizam a dimensão educativa em sua prática diária? E como a formação acadêmica os prepara para educar? Justificativa: A ação educativa é um dos principais eixos norteadores da enfermagem, consolidando-se em diversos ambientes de cuidado. Portanto, é essencial considerar a ação educativa como uma estratégia fundamental na formação profissional, além de identificar ambientes pedagógicos que maximizem essa prática. Objetivo: Refletir sobre a educação em saúde na formação do enfermeiro, considerando a influência do ensino de graduação e as necessidades formativas para melhorar as práticas educativas. Descrição da experiência: Minha trajetória profissional como professora iniciou-se nos anos 90, com a formação no Magistério. Por motivos pessoais, a vida me levou para a Enfermagem. Finalizada a graduação em 2000, já enfermeira, me envolvi com a docência como professora de estágio no local de trabalho. Em 2002, atuei no Programa Saúde da Família (PSF) e continuei minha formação com especializações, licenciatura e mestrado em Enfermagem. Com a vida de docente me levando e provocando inquietação sobre a formação dos enfermeiros, cheguei ao doutorado em um Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura. Neste, me propus a investigar as práticas educacionais do enfermeiro na educação em saúde a partir das percepções desses profissionais, de suas experiências, vivências e trabalho. Reflexão sobre a experiência: A educação em saúde está interligada ao cuidado, exercendo um papel vital no desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas. Portanto, trazer a discussão e a prática cotidiana das ações educativas é essencial na formação profissional. Através desta análise, espera-se contribuir para um novo paradigma na educação em saúde nos cursos de Graduação, colocando a educação como elemento central para a sustentação da democracia e a promoção da saúde coletiva. Recomendações: É essencial enriquecer a formação dos enfermeiros em práticas educativas, desenvolver e implementar ambientes pedagógicos que potencializem a prática educativa. Não apenas deixar a vida nos levar, mas promover métodos que respeitem a autonomia e as decisões dos indivíduos, permitindo-lhes exercer maior controle sobre sua própria saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

DENGUE NAS ESCOLAS: PROJETO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DENTRO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE PONTA GROSSA

Autores: Joab Felipe de Mello Oliveira | Milena da Silva Muller, Ana Julia Comasseto Heimberg, Amanda Avelar dos Santos, Caroline Corrêa, Lenize Andrade Hanize

Instituição: Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa
Palavras-chave: Métodos Educacionais; Doenças Transmitidas por Vetores; Saúde Única;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7470


Resumo:

Em meio à emergência de saúde pública relacionada à dengue, o município de Ponta Grossa mobilizou esforços para combater a propagação dessa doença. Destacando-se o projeto "Dengue nas Escolas - Xô Dengue!", cuja implementação visa conscientizar e educar de forma lúdica as crianças das escolas municipais e dos centros municipais de educação infantil (CMEIs). Até meados de junho/2024, o projeto alcançou 56 instituições de ensino, ministrando 133 palestras e atingindo mais de 10.193 alunos. Alinhando-se ao princípio de acesso universal, integral e igualitário à informação e aos cuidados de saúde do SUS, sendo uma abordagem realizada por médicos veterinários residentes em saúde coletiva, alocados para a Vigilância em Saúde. Na sua criação, articulou-se a realização de palestras dinâmicas, interativas e educativas, realizadas nos mesmos dias e localidades onde os mutirões municipais contra a dengue eram realizados. No que se tange à abordagem interativa dentro das escolas e CMEIs, implementaram-se atividades diversificadas de acordo com a faixa etária de cada aluno. Para os alunos da educação infantil, proporcionou-se um teatro de fantoches, enquanto os alunos do ensino fundamental participaram de palestras que serviam como prelúdio para duas dinâmicas. A primeira, chamada "Caça ao Mosquito", utilizava imagens do Aedes aegypti e Culex spp. para incentivar a comparação de espécies. A outra dinâmica consistia em uma caça externa de focos de reprodução do Aedes, previamente implantados pela equipe. Todos os alunos participantes receberam informações sobre sintomas clínicos, ciclo de vida do mosquito, formas de prevenção e combate, além de participarem da musicalização com a música "Xô Dengue". A abordagem educacional seguiu o modelo "Learning-by-Teaching", onde crianças foram incentivadas a ensinar seus pais sobre o que aprenderam, reforçando assim seu próprio conhecimento e expandindo a conscientização nas famílias. Esta estratégia mostrou-se eficaz, como evidenciado por estudos anteriores que destacaram a capacidade das crianças de disseminar informações de saúde de forma efetiva (AJTMH, 2007; PLOS One, 2021). O impacto das ações foi significativo, não apenas pela quantidade de alunos alcançados, mas também pela forma como a educação foi integrada à rotina escolar. A presença das crianças nas escolas durante o período em que muitos pais estão trabalhando permitiu que a equipe de saúde atingisse um público amplo, promovendo hábitos de prevenção na comunidade.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

DA VILA RICARDO (LONDRINA) PARA O ALBERT EINSTEIN (SÃO PAULO): A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Autores: Rogerio Aires | Maria Carla Vieira Pinho

Instituição: Centro Neurocirurgico do Cranio e da Coluna Londrina
Palavras-chave: Rede pública; Experiência pessoal;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7471


Resumo:

Caracterização do problema: Após a formatura no curso de Medicina o, agora médico vive uma intensa dúvida de qual especialidade seguir para o resto da vida. Esta decisão se assemelha à aquela de qual profissão seguir ao final do ensino médio. Será que agora como profissional, a pessoa tem maturidade suficiente para decidir? Será que impacta no quanto ele pode desenvolver o seu pleno potencial? Qual será o benefício real de se ter atendido na Rede Pública de Saúde? Objetivos: descrever a experiência de um médico neurocirurgião que atendeu por quase um ano na Rede Pública de Saúde no Programa de Saúde da Família (PSF). Descrição da experiência: Ao término da graduação, muitas expectativas são apresentadas ao recém-formado. A residência médica é um caminho natural, mas não é uma realidade para muitos, pois o número de vagas é pequeno e a concorrência é grande. Cabe a estes médicos que não foram aprovados na primeira tentativa se dedicarem a plantões, horas de sono perdidas. Mas tem aqueles que, como eu, decidiram ir para a Rede Pública, no meu caso no Posto da Vila Ricardo, conhecer a realidade do paciente e se confortarem no carinho e sorriso de uma população carente em vários aspectos. Foram tantas vezes que fui em visitas domiciliares em casas humildes e a pessoa preparar um bolo e um café pois o médico ia visitar. A Rede Pública em Saúde te ensina muitas coisas a respeito de humildade e caráter, em fazer a diferença para outro ser humano, mas também te dá tempo para estudar, ter boas horas de sono e uma qualidade de vida. No ano seguinte fui aprovado em Neurocirurgia. Ao término da Residência fui para São Paulo com a família e recebi assistência de outros neurocirurgiões e galguei meu espaço entre os maiores hospitais daquela cidade (entre eles o Albert Einstein) e o que mais ouvia pelos pacientes e profissionais era que eu atendia as pessoas de forma diferente. Reflexão sobre a experiência: O atendimento na Vila Ricardo me deu a maturidade para ter certeza de qual especialidade seguir e dar um atendimento diferenciado aos pacientes, sem ter aquele abismo médico-paciente. Creio que isto tenha sido o fator mais importante na minha formação e na qualidade do potencial neurocirúrgico. Recomendações: Provavelmente, uma forma de melhorar a relação médico-paciente e dar um atendimento não mecanizado seja direcionar o aluno de último ano a uma Rede Básica de Saúde e tirar o viés hospitalocêntrico da formação médica.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: EXPERIÊNCIA DE DIÁLOGO ENTRE ESTUDANTES, PROFISSIONAIS E GESTORES ACERCA DO MODELO ASSISTENCIAL DE SAÚDE MENTAL

Autores: Ana Caroline Pego | Fernanda dos Santos de Almeida, Luciana Elisabete Savaris

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Saúde mental; Serviços de saúde mental, Educação em saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7496


Resumo:

Caracterização do problema: A partir do programa de monitoria acadêmica de uma Instituição de Ensino Superior (IES) surge a oportunidade de colaborar com a realização de um debate acerca da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a fim de problematizar o modelo de atenção em saúde mental, suas potencialidades e desafios atuais. Justificativa: A promoção de espaços de problematização e reflexão sobre a prática do cuidado em saúde mental são fundamentais. Oportunizam um aprendizado que extrapola os limites da sala de aula. Essa interação permite acessar experiências que ampliam o conhecimento sobre a saúde mental e as políticas públicas. Objetivos: Proporcionar aos estudantes uma oportunidade de aprendizado ativo sobre a atenção a saúde mental na RAPS. Descrição da experiência: O debate finaliza o plano de aprendizagem da disciplina Cenários de Aprendizagem Rede SUS II. Ao longo do semestre os estudantes recebem ofertas teóricas sobre o modelo de atenção psicossocial e são instigados a elaborar questões sobre diferentes temas tais como a saúde mental da pessoa em situação de rua, o cuidado a pessoas em uso abusivo ou dependência de substâncias psicoativas, o cuidado a saúde mental de crianças e adolescentes, crise em saúde mental, atenção ao sofrimento psíquico na atenção básica, entre outros. No dia do debate alguns alunos mediam a discussão, as questões previamente elaboradas são sorteadas e respondidas e os alunos presentes podem realizar réplica aprofundando a discussão. Reflexão sobre a experiência: A experiência destacou a importância do engajamento dos futuros profissionais de Psicologia com as práticas reais da RAPS. A interação direta com gestores permitiu uma compreensão mais profunda dos desafios enfrentados na implementação das políticas de saúde mental, além de promover uma reflexão crítica sobre as possíveis melhorias no sistema. Ficou evidente a relevância de metodologias ativas que conectam teoria e prática de forma significativa. Recomendações: Com base na experiência do debate, recomenda-se que mais iniciativas semelhantes sejam promovidas regularmente. Esses espaços de diálogo entre estudantes, professores e profissionais são essenciais para fortalecer a formação acadêmica em psicologia. Além disso, é crucial investir na capacitação contínua dos profissionais da RAPS e na promoção de uma cultura de colaboração e aprendizado mútuo entre todos os atores envolvidos no cuidado em saúde.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

REFLEXÕES SOBRE OS DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA A PARTIR DO DOCUMENTÁRIO “A CARNE É FRACA”

Autores: Flavia Ziegler | Luciana Patricia Mieko Kobayashi, Larissa Gonçalves de Almeida Fukaya, Patrícia Ferreira dos Passos, Regina Aparecida Vitor Yonaha, Lilian de Fátima Macedo Nelessen

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Desigualdades em Saúde. Fome. Políticas de Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7497


Resumo:

Caracterização do problema: Os Determinantes Sociais de Saúde podem ser caracterizados como os fatores e mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser modificados por meio de ações pautadas em informações. Justificativa: Podemos citar que entre os fatores determinantes e condicionantes da saúde estão: a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente,o trabalho e o lazer. Objetivos: Identificar por meio do documentário “ A carne é fraca” os impactos dos determinantes sociais na saúde da população. Descrição da experiência: De acordo com o modelo de Dahlgren e Whitehead, determinantes e condicionantes de saúde estão dispostos em camadas, desde o estilo de vida individual, na camada intermediária produção agrícola e de alimentos e na camada mais externa condições socioeconômicas culturais e ambientais gerais. Reflexão sobre a experiência: No documentário foi abordado como a agropecuária tem impactado o meio ambiente, por exemplo, são gastos cerca de 15 mil litros de água para produção de 1kg de carne. Além disso, o cultivo de grãos em solo brasileiro, em parte vai para produção de ração animal e o restante é exportado como matéria prima para países industrializados , não servindo para abastecimento interno e para sanar o problema da fome. Não obstante, o desmatamento da mata atlântica, caatinga e, atualmente, a floresta amazônica, pois a agropecuária está avançando sobre ela, tem gerado poluição de aquíferos, do ar, destruição da camada de ozônio. Recomendações: Apesar do aumento do desmatamento para ampliar as criações, não observamos aumento do emprego, da moradia, do acesso à cultura e lazer, do saneamento e água potável na mesma proporção. Continuamos convivendo com pessoas em insegurança alimentar, desempregadas, ou seja, não reduzimos a desigualdade, nem distribuímos melhor a renda e o acesso aos bens de consumo da população brasileira.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

IMPLEMENTAÇÃO DE UM CURSO DE CUIDADOR FORMAL PARA O CUIDADO DA PESSOA IDOSA

Autores: Kellen Galvao Benedito | Camila Ferreira de Lima , Isabeli Chevonik, Eva Mereci Kendrick

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Pessoa Idosa; Cuidadores; Saúde do Idoso; Capacitação Profissional.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7503


Resumo:

Caracterização do problema: O envelhecimento populacional é uma realidade crescente no Brasil e no mundo. À medida que a expectativa de vida da população segue aumentando, surgem novos desafios, especialmente no que se refere ao cuidado da população idosa, que pode apresentar múltiplas comorbidades e limitações funcionais. Justificativa: Diante desse cenário, a criação de um curso de formação para o cuidado da pessoa idosa se mostrou essencial para suprir a necessidade de formação profissional na área. A capacitação de cuidadores é crucial para garantir a qualidade do cuidado prestado, prevenir complicações de saúde e promover o bem-estar de pessoas idosas. Objetivo: Relatar a experiência na implantação de um curso de formação para o cuidado da pessoa idosa. Descrição da experiência: O curso, na modalidade híbrida, aconteceu de forma presencial e online, teve duração de cinco meses. As diretrizes pedagógicas visaram proporcionar apropriação crítica de habilidades, atitudes e competências, respeitando: Conceito de Saúde Ampliado; Metodologia Pedagógica Problematizadora; Integração de Saberes e Avaliação e Monitoramento. Foi organizado em estrutura modular, os conteúdos programáticos foram constantemente reforçados com a utilização de metodologias ativas de ensino, privilegiando a participação e o protagonismo dos 23 alunos formados, além de contar com a participação de profissionais especialistas em geriatria e gerontologia. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Os alunos, por meio do feedback verbal, destacaram que a experiência proporcionou uma visão clara do crescimento no aprendizado. A taxa de permanência foi de 80%. A abertura para o diálogo permitiu que as experiências fossem construídas em grupo, especialmente durante as avaliações e discussões voltadas para a formação de competências relacionadas ao cuidado integral. Esse enfoque foi direcionado aos princípios de integralidade e humanização no atendimento à pessoa idosa. Recomenda-se a realização de encontros presenciais em substituição aos encontros online, uma vez que os primeiros propiciam uma troca de experiências mais efetiva, além de favorecerem o desenvolvimento de habilidades práticas e a cooperação em equipe.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

SIMULADOR DE BAIXO CUSTO PARA TREINAMENTO EM CONTROLE DE HEMORRAGIA

Autores: Isabeli Chevonik | Camilla Ferreira de Lima, Kellen Galvão Benedito, Guilherme Skura, Eva Mereci Kendrick

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Serviços Médicos de Emergência; Treinamento por Simulação; Educação Continuada.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7506


Resumo:

Caracterização do problema: O choque hemorrágico traumático representa uma das principais causas de óbito em pacientes com trauma grave. O controle da hemorragia exsanguinantes constitui a primeira etapa de atendimento ao trauma. É essencial que os profissionais do serviço estejam atentos aos sinais e tomem decisões rápidas, uma vez que a falta de intervenção pode resultar em desequilíbrio hemodinâmico, comprometendo o fornecimento de oxigênio aos órgãos-alvo. Justificativa: Para ser efetivo, o atendimento ao paciente em choque hemorrágico exige agilidade, competência técnica, rápida tomada de decisão e trabalho em equipe. Assim é essencial desenvolver as habilidades dos profissionais envolvidos. As capacitações de educação continuada são fundamentais para garantir assistência de qualidade. Objetivo: Relatar a experiência de uma capacitação em controle de hemorragia exsanguinante utilizando um simulador de baixo custo para o aprimoramento das habilidades dos profissionais do Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Descrição da experiência: A capacitação foi direcionada aos colaboradores do APH, com o objetivo de desenvolver habilidades técnicas para o controle de hemorragias. Teve duração de quatro horas, participaram 20 colaboradores entre técnicos de enfermagem e enfermeiros e contou com dois facilitadores. A sessão de ensino foi estruturada em sete etapas: (1) pré-teste utilizando a plataforma Google Forms, (2) discussão de casos com exemplos reais para análise em grupo, (3) abordagem teórica, (4) intervalo, (5) práticas de habilidades, e (6) finalização seguida de pós-teste. Para as atividades práticas, foi desenvolvido um simulador de baixo custo utilizando materiais como boia "espaguete flutuante", frasco de dreno de tórax, pêra para esfigmomanômetro, tesoura e suco de morango. Este simulador permitiu aos participantes praticarem técnicas de compressão manual e preenchimento de feridas. Além disso, houve um momento dedicado à utilização e aplicação de torniquete, onde os participantes realizaram autoaplicação e aplicação no colega. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Os feedbacks verbais dos colaboradores foram positivos, o resultado do pré-teste quando comparado com o pós-teste também teve bom resultado. A utilização do simulador de baixo custo mostrou ser uma ótima opção para o treinamento das habilidades técnicas, promovendo uma maior retenção e aproveitamento do conteúdo teórico.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE ATRAVÉS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO (PETSAÚDE): RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Michelle Moreirqa Abujamra Fillis | Natália Viana Isoldino, Larissa Victória Branco, Igor Calixto da Silva

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Palavras-chave: Educação Permanente; PET_Saúde; Projeto de extensão
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7508


Resumo:

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) tem como objetivo primordial a formação de profissionais da área da saúde com elevado nível de qualificação técnica, científica, tecnológica e acadêmica. A Atenção Básica é fundamental no Sistema de Saúde, abrangendo promoção, prevenção e tratamento. O PET-Saúde visa integrar ensino, pesquisa e extensão para formação qualificada de profissionais da saúde. Caracterização do problema: Os profissionais de saúde em Jacarezinho enfrentam desafios como falta de qualificação em informática e atualização profissional. Justificativa: O PET-Saúde visa suprir lacunas na formação técnica e científica, promovendo capacitação contínua e integrada aos serviços de saúde locais. Objetivos: O relato visa compartilhar experiências de um eixo do PET-Saúde UENP_Jacarezinho, focado na educação permanente em saúde. Descrição da Experiência: Metodologia: O presente relato de experiência é fruto de uma ação voltada à integração de ensino-serviço que se baseou nas necessidades encontradas pela equipe de saúde pública, expressa pelos dados coletados através da aplicação de formulário adaptado sobre a qualidade de vida no trabalho. Foram realizadas atividades de agosto de 2022 a julho de 2023 no Centro de Ciências da Saúde da UENP. Atividades Realizadas: Incluíram reuniões, coleta de dados, aplicação de questionários de qualidade de vida no trabalho, oficinas de capacitação, eventos comunitários, e produção de podcasts. Resultados: O projeto proporcionou aos alunos bolsistas e voluntários experiências interprofissionais e diversos conhecimentos, favorecendo os alunos não só na graduação, mas na prática e rotina nas Unidades Básicas de Saúde, buscando sempre a melhoria na saúde e educação permanente. Juntamente aos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e outros profissionais envolvidos, que obtiveram novas experiências e aprimoramento no aprendizado já obtido no ambiente de trabalho. Reflexão sobre a Experiência O PET-Saúde proporcionou aprendizado prático e interprofissional significativo, fortalecendo o conhecimento teórico com a realidade dos serviços de saúde. Recomendações: Ampliar ações de educação permanente para profissionais de saúde, investir em capacitação contínua em informática e atualização científica e fortalecer parcerias entre universidades e gestores de saúde para sustentabilidade do programa.

2 ET2 - Educação e formação em saúde

PET-SAÚDE: ENTRELAÇAMENTOS E FORTALECIMENTO DA SAÚDE MENTAL NO MUNICÍPIO DE JACAREZINHO - PR

Autores: Michelle Moreirqa Abujamra Fillis | Natália Viana Isoldino, Larissa Victória Branco, Igor Calixto da Silva, Marieli Ramos Stocco , Jussara Eliana Utida

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Palavras-chave: Saúde Mental; Promoção da Saúde; Comunidade; Orientação; Educação em Saúde;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7509


Resumo:

O município de Jacarezinho enfrenta desafios significativos na área da saúde mental, incluindo uma rede de saúde mental fragmentada e insuficientemente estruturada. A falta de integração entre serviços e a necessidade de formação contínua de profissionais são obstáculos que impactam negativamente o atendimento aos usuários com sofrimento mental. Diante da necessidade de fortalecer a rede de saúde mental e capacitar profissionais para lidar com as demandas específicas da região, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE) surge como uma solução integrativa. O projeto visa não apenas formar acadêmicos de saúde preparados, mas também promover a educação permanente e a gestão eficaz na saúde mental, abordando as desigualdades regionais. Objetivos Fortalecer a Rede de Saúde Mental de Jacarezinho, Capacitar Estudantes e Profissionais de Saúde, Empoderar a Comunidade Local. Descrição da Experiência: Entre setembro de 2022 e agosto de 2023, acadêmicos dos cursos de Educação Física, Odontologia e Fisioterapia da UENP, junto com tutores e preceptores da SMS, desenvolveram diversas atividades integradas. Estas incluíram: Encontros com Profissionais de Saúde e a Comunidade: Debates e workshops para entender as necessidades locais. Capacitações: Programas como "Cuidando do Cuidador" e "Acolhimento ao Usuário com Sofrimento Mental" focaram na formação de profissionais. Criação de Materiais Educativos: Desenvolvimento de recursos didáticos para disseminação de informações sobre saúde mental. Participação em Eventos: Acadêmicos e profissionais participaram de eventos acadêmicos e comunitários, promovendo a troca de conhecimentos e experiências. Os resultados do PET-SAÚDE foram significativos, promovendo uma formação ampliada e prática dos acadêmicos e fortalecendo as equipes de saúde pública. As atividades do projeto ampliaram os serviços de saúde mental no município e empoderaram a comunidade com conhecimentos e recursos necessários para cuidar da sua saúde mental. A abordagem interdisciplinar e integrativa mostrou-se eficaz na redução do estigma associado à saúde mental e na promoção de um suporte adequado aos usuários. Recomendações Continuidade e Expansão do Programa, Integração Contínua entre Ensino e Serviço, Ações Preventivas e Educativas, Monitoramento e Avaliação Constante

2 ET2 - Educação e formação em saúde

EDUCAÇÃO CONTINUADA DO FARMACÊUTICO NO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS NO SUS

Autores: Ana Paula Michelin | Andressa Keiko Matsumoto, Laura de Oliveira Semeão

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: uso racional de medicamentos fitoterápicos; fitoterápicos; educação continuada;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7517


Resumo:

A inserção dos fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu de forma gradual e foi resultado de várias políticas e programas, como a política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos (2006) e a criação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2008). A partir de 2009, alguns fitoterápicos começaram a ser incluídos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). A partir disso veio a demanda da educação continuada do profissional farmacêutico na atenção primária à saúde sobre como orientar o uso racional desses medicamentos. O presente trabalho científico tem por objetivo apresentar formas de educação continuada para farmacêuticos trabalharem o uso racional de medicamentos fitoterápicos no SUS. Para alcançar o objetivo da pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica em banco de dados como Periódicos Capes e PubMed, selecionados artigos científicos publicados entre 2020 e 2024. O farmacêutico desempenha um papel fundamental na orientação do uso racional de medicamentos fitoterápicos no SUS. Para continuar se atualizando e garantindo uma orientação segura e eficaz, ele pode seguir diversas estratégias e recursos educacionais. Primeiramente, é necessário saber onde pesquisar e garantir que a literatura científica seja confiável e atualizada. É importante que o farmacêutico da atenção primária conheça o histórico da implantação dos fitoterápicos no SUS, bem como, a lista de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS – Renisus. Sendo assim, publicações científicas atuais e de revistas que englobam fitoterápicos, podem ser o primeiro local para se pesquisar. Além disso, existem cartilhas, guias e manuais, como a Cartilha de orientações sobre o uso de fitoterápicos e plantas medicinais, publicado pela ANVISA em 2022, que é voltado, inicialmente, para a população, mas que é imprescindível verificar seu conteúdo para poder auxiliar os pacientes que utilizam fitoterápicos. Nesse contexto, existe o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, com sua 2ª edição publicada em 2024, que contém indicações e modo de uso, sendo de grande valia para o profissional farmacêutico. Por isso, é possível concluir a importância da educação continuada do profissional farmacêutico na atenção primária à saúde relacionada ao uso racional de fitoterápicos pela população. Continuar estudando e se aprofundando é fundamental para que o uso racional desses medicamentos seja alcançado.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

USO DE TECNOLOGIAS PARA O FORTALECIMENTO DA TERRITORIALIZAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: EXPERIÊNCIA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/PR

Autores: Luna Rezende Machado de Sousa | FLAVIA MARESSA LORENA OSORIO COUTINHO, VANESSA DA ROCHA CHAPANSKI, MARIANA RAULINO, RENATA SCARPIN

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais
Palavras-chave: Saúde digital; território; Atenção Básica.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6939


Resumo:

A Política Nacional de Atenção Básica orienta que as Unidades Básica de Saúde (UBS) atuem com base territorial e suas equipes definam os territórios sob sua responsabilidade sanitária. Este processo de territorialização é dinâmico e fundamental para concretizar os atributos da Atenção Primária à Saúde (APS): acesso, longitudinalidade, coordenação do cuidado e integralidade. Em São José dos Pinhais/PR, município de 329.628 habitantes adscritos em 27 UBS, a atualização da territorialização da APS foi realizada com o apoio de ferramentas digitais. A primeira etapa consistiu no levantamento dos usuários vinculados a cada equipe (relatórios do SISAB) e do número de atendimentos realizados nas UBS estratificados pelo endereço de cada usuário atendido (relatórios do sistema de prontuário eletrônico). Com estes dados, procedeu-se com a realização de Oficinas de Territorialização com cada UBS, para apoiar as equipes a refletirem sobre o planejamento e organização do cuidado no território. As Oficinas tiveram um momento teórico sobre a importância do território em saúde e um momento prático onde as equipes analisavam os dados coletados e elaboravam propostas de redivisão dos territórios. Durante este processo percebeu-se que a divisão dos territórios estava propiciando iniquidades de acesso, pois haviam equipes mais sobrecarregadas que outras, e que o total de moradores não deve ser o principal fator considerado na divisão do território ente as equipes. Com as propostas finalizadas, foi criado um Mapa da APS de São José dos Pinhais, utilizando o GoogleMaps®, com a sinalização das áreas de abrangência de cada UBS e equipe. O link de acesso ao mapa foi disponibilizado para todos profissionais e usuários (site da prefeitura), e em quatro meses o mapa alcançou mais de 14.000 acessos. Este mapa tem contribuído para o direcionamento do usuário na APS, uma vez que ao inserir um endereço ele indica qual é a UBS e equipe responsável pelo seu cuidado, apoiando no fortalecimento da vinculação do usuário com sua equipe de referência. Também foram criados Mapas Inteligentes das UBS, cujo acesso é restrito aos profissionais das equipes, para possibilitar a sinalização das condições de maior interesse, como acamados, famílias que recebem programas sociais, pessoas com deficiência, etc. Assim, estes mapas têm permitido o georreferenciamento e monitoramento em tempo real das características sociais e epidemiológicas do território sob responsabilidade sanitária de cada equipe.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PROMOVER HÁBITOS SAUDÁVEIS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL COM MATERIAIS SUSTENTÁVEIS E ABORDAGENS INCLUSIVAS

Autores: Sheila Holzmann Gaio | Bárbara Soldatelli Ballardin, Danieli Paolin Zeni, Delirdes Mari Da Silva, Eliana Cristina Da Silva, Margarete Regina Silva

Instituição: SMS PMC - UBS-EFS Irmã Tereza Araújo
Palavras-chave: saúde bucal; prevenção na primeira infância; materiais lúdicos
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7179


Resumo:

INTRODUÇÃO. Iniciar a educação em saúde bucal na primeira infância é crucial para prevenir cárie e problemas gengivais, que podem persistir e se agravar na vida adulta. Atividades lúdicas são recomendadas para envolver as crianças e incentivar hábitos saudáveis desde cedo. OBJETIVOS. Relatar a experiência de uma ação de promoção em saúde bucal realizada com estudantes de 2 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI), levando informações sobre a cárie e instruções de higiene oral. Construir em escala ampliada dois Modelos de Bocas de materiais recicláveis, permitindo às crianças a experiência prática das orientações de higiene, deste visualização das cáries, até prática da escovação. E introduzir a personagem lúdica da cultura popular, a Fada do Dente, criando retenção afetiva dos hábitos de higiene bucal. A Fada foi interpretada por uma ACS, de cor negra, para garantir a completa identificação e inclusão social. MÉTODOS. Atividade em 2 CMEIs em momentos distintos. Em um, integrada a um evento com 164 alunos, e no outro, com grupos separados por idade, totalizando 144 participantes. A equipe odontológica da UBS, formada por Cirurgiã-Dentista, 3 Auxiliares de Saúde Bucal e Agente Comunitária de Saúde (ACS), fantasiada esta, de "fada do dente”, realizou as atividades. A experiência foi enriquecida com duas bocas confeccionadas - saudável e outra com cárie - com materiais biodegradáveis. Atividade de levantamento de risco epidemiológico encaminhou crianças para a clínica odontológica. RESULTADOS. Promissores, com a prática sustentável impulsionada pelo uso de materiais biodegradáveis e recicláveis. A experiência educativa das bocas saudáveis e com cárie influenciou a compreensão das crianças sobre saúde bucal, bactérias e higiene oral. A espontânea participação da ACS como "fada do dente", combinou fantasia e realidade, além de proporcionar representatividade para crianças negras, que puderam se identificar diretamente com ela. CONCLUSÕES. Evidencia a relevância de inovadoras e inclusivas abordagens na promoção da saúde bucal infantil, destacando o potencial de replicação dessas práticas em outras comunidades. Fundamental a importância de atividades lúdicas com materiais educativos de baixo custo e sustentáveis; e inclusão de figuras representativas, "fada do dente", demonstrando ser uma abordagem eficaz para envolver afetivamente e inspirar as crianças para seu auto-cuidado, culminando na população na diminuição do nível epidemiológico da cárie.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

DESAFIOS ERGONÔMICOS QUE UM CIRURGIÃO DENTISTA CANHOTO ENCONTRA TRABALHANDO NA SAÚDE PÚBLICA

Autores: Audilene Karine Bianchi | CINTHIA PUPIA RODRIGUES MACHADO, FRANCIELE CIESLINSKI FERNANDES

Instituição: FEAS
Palavras-chave: ergonomia; desafios; canhoto
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7208


Resumo:

Caracterização do problema: Dentistas canhotos enfrentam desafios únicos em consultórios da saúde pública, onde a maioria das instalações são projetadas para profissionais destros. Esta falta de adaptação pode levar a sérios problemas de saúde ocupacional como desconfortos físicos e o aumento do risco de lesões por movimentos repetitivos, além de comprometer a qualidade do atendimento odontológico. Justificativa: Na prática diária a falta de ergonomia e a necessidade de adaptação contínua podem levar a um aumento no tempo necessário para procedimentos, afetando diretamente a produtividade e a capacidade de atender um número maior de pacientes, algo crucial na saúde pública, local em que a demanda muitas vezes supera a oferta de serviços. Objetivos: O objetivo deste estudo é propor soluções práticas para mitigar os desafios enfrentados por dentistas canhotos em ambientes de trabalho na saúde pública melhorando a ergonomia e a eficiência. Descrição da Experiência: A experiência envolveu a análise do ambiente laboral, desde cadeiras odontológicas que podem não ser ajustáveis o suficiente para proporcionar o suporte adequado ao trabalhar de um ângulo diferente, até a disposição dos equipamentos e materiais que geralmente são posicionados para destros. Dentre as possíveis soluções, uma foi implantada sem gerar custo: a instalação de um equipo cart odontológico portátil no lado esquerdo da cadeira, facilitando o atendimento ao paciente e contribuindo para a ergonomia. Reflexão sobre a Experiência: Além das questões técnicas e ergonômicas, há também aspectos psicológicos a considerar. A constante necessidade de se adaptar a um ambiente de trabalho não projetado para suas necessidades específicas pode aumentar o estresse e a fadiga entre os dentistas canhotos, afetando potencialmente sua saúde mental e bem-estar geral. Em suma, a acessibilidade no local de trabalho não se resume apenas a tornar os espaços físicos acessíveis a pessoas com deficiência, mas também a adaptar o ambiente de trabalho às características individuais de cada profissional. Recomendações: A utilização de cadeiras odontológicas flexíveis para canhotos é a recomendação ideal; logo, os responsáveis por políticas de saúde devem considerar a adaptação ergonômica dos consultórios odontológicos como parte integrante do planejamento e da manutenção de ambientes de trabalho saudáveis para todos os profissionais, proporcionando um atendimento humanizado e uma saúde pública mais eficaz e inclusiva.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

EXERCÍCIOS COM FREQUÊNCIA DE UMA VEZ POR SEMANA PROMOVE BENEFÍCIOS EM IDOSAS?

Autores: Mariele Vitoria Armanda de Lima | Fernanda Cristiane de Melo , Daniela Wosiack da Silva , Anne Cristine Becchi , Ligia Maria de Facci

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: atenção primária à saúde; saúde do idoso; exercício físico
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7229


Resumo:

Introdução: A prática de exercícios físicos é fundamental na promoção da saúde, especialmente para a população idosa, ajudando a manter as capacidades físicas e prevenir problemas de saúde relacionados ao envelhecimento. Deste modo, dentre as alternativas da Atenção Primária, a participação em grupos de exercícios é uma boa alternativa para manter as capacidades físicas e prevenir problemas de saúde gerais ou vinculados ao envelhecimento. Objetivo: Analisar os benefícios dos exercícios físicos em um grupo de idosas após o período de isolamento social da pandemia do covid-19. Metodologia: Foram selecionadas mulheres participantes de um grupo de exercícios físicos na área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde de Londrina, com 60 anos ou mais, que iniciaram a prática de exercícios físicos após o isolamento social e persistiram por dois anos. Essas foram avaliadas por meio de testes funcionais no início do estudo, após um ano e dois anos. A força muscular dos membros superiores e inferiores foi medida pelos testes de Flexão de Antebraço e Sentar e Levantar, respectivamente; o equilíbrio dinâmico e o risco de quedas foram avaliados pelo teste Timed Up And Go, enquanto a capacidade funcional foi analisada pelo teste de Marcha Estacionária. As participantes seguiram um programa de exercícios com freqüência de uma vez por semana, com duração de 45 minutos, incluindo aquecimento (10 minutos), fortalecimento muscular (25 minutos) e resfriamento (10 minutos). Resultados: Vinte e duas idosas, com média de 70,2 anos, frequentaram o grupo de exercícios e foram acompanhadas durante dois anos. Comparando as avaliações iniciais com as realizadas após um (P1) e dois anos (P2), observou-se melhora na força muscular dos membros superiores direito (P1=0,001; P2=0,023) e esquerdo (P1<0,001; P2=0,004), na força dos membros inferiores (P1=0,006; P2=0,001), na capacidade funcional (P1=0,017; P2=0,013) e na redução do risco de quedas por meio da analise do equilíbrio dinâmico (P1=0,006; P2=0,001). Conclusão: A realização de exercícios físicos supervisionados em um grupo de idosas, com frequência de uma vez semanal, promoveu melhora de força/resistência muscular dos membros superiores e inferiores, da capacidade funcional, do equilíbrio dinâmico e consequentemente do risco de quedas das idosas participantes.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

CARACTERIZAÇÃO DOS TRATAMENTOS PARA O MANEJO DA DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA UTILIZADOS POR USUÁRIOS DA APS EM MUNICIPIOS PEQUENOS DO PARANÁ

Autores: Letícia Taynara Tsuzuki | Mathias Roberto Loch

Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Palavras-chave: Dor musculoesquelética, Dor crônica, Atenção Primária à Saúde, Tratamento Farmacológico.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7250


Resumo:

A dor crônica é uma das principais queixas que levam o usuário a procurar a Atenção Primária à Saúde (APS). O objetivo do estudo foi caracterizar os tratamentos utilizados para o manejo da dor musculoesquelética crônica em usuários da APS em municípios de pequeno porte do Paraná. Foi realizado, em 2022, um estudo transversal, de amostragem intencional, no qual foram realizadas 1878 entrevistas com usuários maiores de 18 anos, da APS de seis municípios com menos de 20 mil habitantes (Paula Freitas, Paulo Frontin, Rebouças, Teixeira Soares, Porecatu e Tamarana), no Paraná. Os 1048 usuários identificados com dor musculoesquelética crônica, respondiam questões para caracterização da dor e tratamento, como: “Faz uso de medicamento para alívio da dor?”, “Realiza algum tratamento específico para alívio da dor?”. Para a análise descritiva, usou-se a frequência absoluta e relativa. A prevalência de dor musculoesquelética crônica foi de 55,8%. Em relação aos tratamentos utilizados, 57,1% referiram utilizar somente o tratamento farmacológico, 24,8% não faziam nenhum tratamento, 15,8% tratamento farmacológico e não farmacológico associados e 2,3% somente tratamento não farmacológico. Em relação os tratamentos não farmacológicos os mais prevalentes foram: fisioterapia (54,7%), alongamento (46,8%), exercício aeróbio (37,4%) e fortalecimento muscular (18,9%). Em relação ao tratamento farmacológico, 75,9% relataram fazer uso de medicamento(s) apenas em momentos de maior dor e 34,8% referiram adquirir o(s) medicamento(s) no sistema privado. Os resultados indicam alta prevalência de dor crônica nos usuários da APS dos municípios de pequeno porte investigados e maior uso do tratamento farmacológico, apontando a necessidade de incentivo ao tratamento não farmacológico para alívio da dor musculoesquelética crônica. Ressalta a necessidade de se desenvolverem ações e estratégias que possam auxiliar no manejo da dor desses usuários.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE EM FRONTEIRA INTERNACIONAL

Autores: Olga Lucia Mosquera Conde | Sebastião Caldeira, Elyabe Rodrigues, Ana paula Contiero Toninato, Eliane Pinto de Góes, Rodne de Oliveira Lima

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná- Unioeste
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Saúde na fronteira; Equipe multiprofissional; Pesquisa qualitativa
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7266


Resumo:

A Atenção Primária à Saúde (APS), é a principal entrada ao sistema único de saúde SUS, e tem como responsabilidade o acesso integral resolutivo e de qualidade à população. Em região de fronteira esta se faz ainda mais importante, pois precisa brindar acolhimento, informações e fluxos resolutivos, principalmente as populações flutuantes e a população transfronteiriça, resguardando o direito à saúde e a humanização nas práticas do cuidado (Trindade, et al., 2023). Objetivo: Compreender como ocorre a atuação dos Profissionais na Atenção Primária à Saúde em fronteira internacional. A pesquisa foi desenvolvida pelo referencial teórico e metodológico da Fenomenologia Social de Alfred Schütz (2012), por meio de entrevista semiestruturada face a face a 13 profissionais Enfermeiros/as, Médicos/as, Técnicos/as de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde, atuantes na rede da APS no município de Foz do Iguaçu-PR. Resultados: Foram identificadas cinco categorias: Conhecimento sobre saúde e fronteira; Atuação em APS na fronteira; Percepção sobre a população atendida na APS da fronteira; Pontos positivos sobre atuar na APS de fronteira e O que espera enquanto profissional da APS de fronteira. Considerações: O grupo social reconhece o território de fronteira como um lugar complexo, com diversas trocas que enriquecem o cotidiano. Essas trocas enriquecem a experiência multicultural e influem no cuidado à saúde, por outro lado as assimetrias dos sistemas de saúde, e os fluxos migratórios internos e externos dificultam a continuidade na assistência, gerando dificuldades na atuação da APS, como as barreiras linguísticas, e de acesso, dicotomia entre humanização e o preconizado na lei em saúde. A população atendida foi descrita como vulnerável e dependente do sistema de saúde, por tanto os Recursos Humanos se mostraram insuficientes para seu atendimento, impactando diretamente nas condições laborais dos profissionais que nela atuam. Os profissionais esperam ser mais valorizados no que fazer profissional e todas suas nuances. Destacam-se a humanização, a bagagem de conhecimento resultante da interação com os outros na região de fronteira.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR EM HIPERTENSOS E DIABETICOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Myllena Jorge Marcon | Andressa Maria Domareski, Eduarda Louize Fornazari da Silveira, Elaine Cristina Antunes Rinaldi, Juliana Regina Dias Mikowski, Laura Zdebski Lemos

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Palavras-chave: Doenças não Transmissíveis; Enfermagem no consultório; Atenção Primária à Saúde;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7268


Resumo:

Introdução: A Hipertensão e o Diabetes Mellitus são distúrbios metabólicos crônicos que originam agravos secundários em órgãos-alvos, principalmente doenças cardiovasculares. A estratificação de risco é uma ferramenta fundamental para a prevenção desses eventos e identificação de vulnerabilidades individuais. Objetivo: Realizar a estratificação de risco cardiovascular em indivíduos com Hipertensão e/ou Diabetes Mellitus na Atenção Primária a Saúde. Método: Pesquisa de abordagem quantitativa, realizada no período de Maio a Novembro de 2023 em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Ponta Grossa/PR que conta com um projeto de apoio ao cuidado das doenças crônicas por meio de Consultas de Enfermagem. Foram 108 participantes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 83 anos. A estratificação de risco seguiu o Escore de Risco Global (ERG) a partir das variáveis idade, tabagismo, lipoproteína de baixa densidade (HDL), colesterol total, pressão arterial e sistólica e DM. Utilizou-sevo Programa a Epi Info™ versão 7.2.5.0 onde foram geradas as análises estatísticas descritivas: Resultados/discussão: Dos participantes, 48,14% foram diagnosticados com DM, 81,48% com hipertensão e 43,59% com ambas as comorbidades. As comorbidades apresentaram-se com maior frequência em idosos (67,59%) e mulheres (60,18%), sendo a maioria classificada com comportamento sedentário (55,55%). Ademais, 30,51% apresentam sobrepeso e 52,04% obesidade. Dos 108 indivíduos, 80 foram estratificados, sendo 12 (15%) classificados como de baixo risco, 25 (31,25%) como de risco intermediário e 45 (53,75%) como de alto risco. Conclusão: Percebe-se a importância da realização da estratificação de risco cardiovascular para o direcionamento das ações de saúde, sendo o Enfermeiro protagonista no cuidado integral, empoderando os indivíduos no seu autocuidado, contribuindo para a redução dos agravos ocasionados pelas doenças crônicas.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

INTEGRAÇÃO DO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NA ABORDAGEM DE IDOSOS QUE ABANDONARAM O TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS

Autores: Henrique Braga de Freitas | Pamella Dries Grus de Paula, Evani Marques Pereira , Briena Padilha Andrade Beltrame, Iria Barbara De Oliveira, Maria Cristina Umpiérrez Vieira

Instituição: Universidade Estadual do Centro Oeste
Palavras-chave: Atenção Primária; Condição Crônica; Determinantes Sociais de Saúde;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7315


Resumo:

Introdução: O eixo norteador da integração das ações de ensino, pesquisa e extensão, no contexto deste projeto, foi a avaliação global de pessoas com 60 ou mais anos com Diabetes Mellitus (DM), vivendo em situação de vulnerabilidade física, social e programática. Objetivo: Identificar determinantes sociais associados com o abandono do tratamento da DM, em idosos. Método: Estudo quantitativo de desenho transversal. A população foi constituída por 42 pessoas, considerando os seguintes critérios: abandono do tratamento há 12 meses ou mais; muito alto risco e alto risco cardiovascular e faixa etária maior a 60 anos. O local de estudo foi uma UBS situada em um bairro periférico. Resultados/discussão: Os fatores socioeconômicos, culturais, ambientais e comportamentais estiveram associados ao abandono do tratamento, sendo a maior frequência: sexo feminino, renda menor ou igual a um salário mínimo, morar sozinho e menos de 4 anos de estudo. A baixa escolaridade e morar sozinho estiveram significativamente associados (p?0,5) ao abandono do tratamento. A perspectiva cultural e comportamental, o abandono do tratamento apresentou maior frequência entre os que tinham falta de acesso a alimentos adequados, eram sedentários e consumiam álcool ao menos uma vez na semana. Os dados sugerem que entre idosos que moram sozinhos, a ausência de uma rede de apoio familiar pode dificultar o manejo da doença e conduzir ao abandono do tratamento. Os baixos níveis de escolaridade limitam o acesso individual aos bens e serviços ofertados no Sistema Único de Saúde. A falta de acesso à alimentação é um componente essencial das iniquidades em saúde, de modo que aqueles em posições socioeconômicas mais baixas apresentam maior risco de abandonar o tratamento em relação aos seus pares com melhores condições socioeconômicas. Conclusão: Este estudo verificou que morar sozinho, baixa escolaridade e falta de acesso à alimentação adequada foram fatores significativamente associados ao risco de abandonar o tratamento de condições crônicas. Estes dados remetem à necessidade de implementar políticas públicas visando atenção à saúde integral e interdisciplinar, com profissionais capacitados de diferentes áreas de atuação para atender as necessidades em saúde das pessoas com diabetes e prevenir o abandono do tratamento.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

FATORES ASSOCIADOS A FRAGILIDADE EM IDOSO QUE NÃO ADEREM AO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS

Autores: Henrique Braga de Freitas | Briena Padilha Andrade Beltrame, Iria Barbara De Oliveira, Joana Ladislau Brandão, Maria Emilia Marcondes Barbosa, Victoria Curi Tonon

Instituição: Universidade Estadual do Centro Oeste
Palavras-chave: Condição Crônica; Envelhecimento; Fragilidade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7318


Resumo:

Introdução: Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas, o percentual da população global com mais de 65 anos deverá chegar a 16% até 2050. Os mais afetados serão os países menos desenvolvidos, com um aumento substancial na população idosa. No Brasil, há um crescimento de 4% ao ano, podendo chegar a 41,5 milhões de idosos até 2030. A estratificação do risco clínico funcional é fundamental para uma gestão inovadora da atenção dessa população, permitindo a identificação precoce de problemas de saúde. Pode ser realizada pelo instrumento IVCF-20 que permite o rastreio da redução da reserva homeostática e da capacidade de adaptação do indivíduo às agressões biopsicossociais. Objetivo: Rastreamento e estratificação da fragilidade em idosos. Método: Estudo quantitativo de desenho transversal. A população foi constituída por 42 pessoas, selecionadas considerando os seguintes critérios: (a) abandono do tratamento há 12 meses ou mais; (b) muito alto risco e alto risco cardiovascular e (c) faixa etária maior a 60 anos. O local de estudo foi uma UBS situada em um bairro periférico. Resultados/discussão: Foram identificados como robustos 7,3% dos participantes, os quais obtiveram um escore no IVCF20 de 0 a 6 pontos; os idoso potencialmente frágeis pontuaram de 7 a 14 pontos e representaram 38,0% da amostra. Foram classificados como frágeis os que alcançaram 15 ou mais pontos, compuseram 54,7% da amostra. Duas ou mais condições crônicas concomitantes estiveram significativamente relacionadas à fragilidade, considera-se que a fragilidade não se deve apenas à multimorbidade, mas principalmente ao aumento do risco de polifarmácia e de maiores demandas de cuidados, que nem sempre são supridos em contextos de pobreza. Renda igual ou menor a um salário mínimo (51,4%) e morar sozinho (29,7%) tiveram maior frequência entre os componentes da fragilidade socioeconômica. Conclusão: Os dados mostraram que a fragilidade precisa ser compreendida não apenas como um evento individual, decorrente de declínio biológico, mas como um fenômeno multicausal, decorrente também da falta de acesso a recursos econômicos que permitam envelhecer com qualidade de vida. Para atender a essas demandas é crucial a implementação de políticas públicas eficazes, articuladas aos recursos comunitários e da universidade para garantir que esses idosos recebam o cuidado e o apoio de que precisam para viver com dignidade.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

AS CARACTERÍSTICAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL ESTÃO ASSOCIADAS A REALIZAÇÃO DO ACONSELHAMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA?

Autores: Thais Gabriele dos Santos | Alice Tatiane da Silva, Letícia Pechnicki dos Santos, Rafael Verissimo de Andrade Martins, Rogério Cesar Fermino

Instituição: Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Palavras-chave: Aconselhamento; Promoção de Saúde; Atenção Primária à Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7321


Resumo:

Introdução: O aconselhamento é uma estratégia educativa ofertada por profissionais de saúde que favorece a mudança de comportamento, considerada ideal na Atenção Primária à Saúde, visto o alcance em grande escala da população. Diante disso, faz-se necessário ampliar as evidências sobre possíveis fatores que podem dificultar ou facilitar sua realização. Objetivo: Testar a associação entre características de atuação profissional e a realização de aconselhamento sobre atividade física. Métodos: Estudo de delineamento transversal realizado no município de São José dos Pinhais – Paraná, conduzido com amostra de 148 profissionais de saúde que trabalhavam em 15 UBS da área urbana (44 médicos, 45 enfermeiros e 59 agentes comunitários de saúde - ACS). Para as análises foram considerados apenas os profissionais que relataram ter realizado aconselhamento, n=90 (32 médicos, 22 enfermeiros e 36 agentes comunitários de saúde). As características de atuação profissional foram categorizadas em: tempo de atuação na UBS em que foi entrevistado (<= 48 meses; >=49 meses), número de pacientes atendidos por dia (<= 20; >=21) e tempo despendido em consulta/visita domiciliar (<=18min; >=19min). Os dados foram analisados com teste de qui-quadrado no software SPSS (p<0,05). Resultados: O “número de pacientes atendidos” foi associado positivamente a realização do aconselhamento sobre atividade física entre os ACS (<=20: 87,7%; >=21: 52,3%, p=0,018), e não foi observada entre os médicos (p=0,895) e enfermeiros (p=0,661). As variáveis de tempo de atuação na mesma UBS (médicos: p=0,873; enfermeiros: p=0,420; ACS: p=0,237), e tempo despendido na consulta (médicos: p=0,222; enfermeiros: p=0,672; ACS: p=0,626) não apresentaram associação com o aconselhamento. Discussão: Uma das principais barreiras associadas ao aconselhamento é a falta de tempo devido a alta demanda de trabalho, portanto, os resultados encontrados corroboraram com estudos similares que concluem que o profissional que atende menos pacientes por dia apresenta maior probabilidade de realizar aconselhamento aos usuários, de acordo com a categoria profissional, o resultado demonstra a importância dos ACS na promoção de saúde, visto sua familiaridade com o contexto local e a relação continua com a comunidade. Conclusão: As características de atuação dos profissionais foram associadas com a realização do aconselhamento apenas para os ACS que relataram atender <= 20 pacientes por dia.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

BUSCANDO AMPLIAR A INTEGRALIDADE DO CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DA EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES DA GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA

Autores: Beatriz Dutra Rosa | Lívia Maria Silveira, Matheus Vilela Brandão, Patricia Cardoso Alexandre, Flavia Maria Derhun, Camila Costa de Andrade

Instituição: Secretaria de Saúde do Paraná - 15ª Regional de Saúde
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Integralidade em Saúde; Gestão em Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7371


Resumo:

Caracterização: No ano de 2020 o Ministério da Saúde disponibilizou a “Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde (CaSAPS)”. O documento visa direcionar e padronizar as ações/procedimentos que podem ser ofertados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). No entanto, no território da 15ª Região em Saúde, que abrange 30 municípios e corresponde a 820 mil habitantes, não existia um diagnóstico que apresentasse um panorama geral de como tem sido a aplicabilidade da CaSAPS no cotidiano de atendimento à população. A partir das diversas ações realizadas pela 15ª RS, identifica-se uma discrepância entre as Unidades (UBS) no que diz respeito à oferta de serviços. Justificativa: A ação torna-se relevante pois propicia a aproximação com a realidade das Unidades e possibilita o planejamento de ações estratégicas, contribuindo para a ampliação da oferta dos serviços de forma resolutiva. Objetivos: Realizar diagnóstico da execução das ações/procedimentos que compõem a CaSAPS na 15ª Região de Saúde. Descrição: Foi construído um questionário online, com base na CaSAPS para coletar, junto às equipes das UBS, informações acerca do que tem sido ofertado nas UBS da região. Do total (n = 144) 88,19% dos estabelecimentos responderam. Das ações/procedimentos por grupo da CaSAPS, a média de realização na região foi de 80% de 31 ações de ‘Saúde Adulto; 80% das 30 ações de ‘Saúde da Criança e Adolescente’; 77% de 09 ações para ‘Saúde da Mulher’; 75% de 12 ações para a ‘Vigilância em Saúde’; 71% de 07 ações para a ‘Saúde do Idoso’; 70% de 56 ações na ‘Promoção da Saúde’; 58% de 13 ações de ‘Procedimentos da APS’; 53% de 10 ações da ‘Prevenção em Saúde Bucal’ e; 33% de 53 ações de ‘Procedimentos em Saúde Bucal’. Nenhuma UBS ofertou 100% de ações/procedimentos dos nove grupos da CaSAPS e quatro não ofertam nenhum tipo de serviço de um ou mais dos grupos. Reflexão: A ação, realizada por residentes da Gestão em Saúde Pública gerou um diagnóstico da situação e é o primeiro passo para o planejamento de intervenções que objetivem ampliar o acesso às ações e serviços da APS na região. Recomendações: A apresentação do diagnóstico aos gestores municipais de saúde e a pactuação para a ampliação da oferta de serviços de forma gradual e contínua, de modo que responda às necessidades da população, é o próximo passo para garantir a integralidade e qualidade nas ações ofertadas à população.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

CONHECIMENTO DE RISCOS NA MANIPULAÇÃO DE AGROTÓXICOS POR TRABALHADORES DA AGRICULTURA FAMILIAR DO MUNICÍPIO DE MARIALVA

Autores: Lyriel de Oliveira Santos | André Inácio da Silva, Aline Amenencia de Souza, Laura Mello Martins, Renata Sano Lini, Simone Aparecida Galerani Mossini

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Agrotóxicos; Saúde do Trabalhador; Trabalhador rural
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7384


Resumo:

Introdução: Indivíduos expostos a diversos perigos potenciais em ambientes laborais, frequentemente desconhecem ou têm uma visão parcial dos riscos e medidas de segurança necessárias ao processo de trabalho. No setor rural, os cuidados preconizados no manejo de agrotóxicos e o cumprimento de normas de segurança são desconhecidos por uma parcela significativa da população rural, gerando uma série de desfechos negativos na saúde. A mudança desse cenário implica diversos fatores, sobretudo mudança comportamental embasada em conhecimento. Objetivo: Conhecer a perspectiva de trabalhadores a respeito dos riscos da manipulação de agrotóxicos no ambiente de trabalho. Metodologia: Estudo qualitativo, descritivo realizado em Marialva, Noroeste do Paraná, com 170 trabalhadores da agricultura familiar, como parte das atividades do projeto de extensão “Monitoramento da Exposição Ocupacional”. Os dados foram obtidos por meio de questionários formulados segundo o Protocolo de Avaliação das Intoxicações Crônicas por Agrotóxicos da SESA/PR. O estudo foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CAAE Nº 65018017.7.0000.0104, parecer nº 6.209.432). Resultados e discussão: 79,4% dos agricultores tinham contato frequente com agrotóxicos, destes 24,4% relataram uso frequente de produtos classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como Categoria I, II e III, sendo estes, extremamente tóxico, altamente tóxico e moderadamente tóxico, respectivamente. Contudo, considerando o mesmo grupo, apenas 15% destes utilizam corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), 57,5% utilizam de forma incompleta e 24,2% não utilizam nenhum. Ainda avaliando as respostas deste grupo com relação ao conhecimento do risco, 54,5% afirmaram não acreditar que os agrotóxicos tenham interferência em sua vida no geral. Conclusão: O conhecimento sobre os riscos influencia nas práticas de trabalho e no comportamento de segurança frente ao risco representado pela manipulação de agrotóxicos. Podemos correlacionar de forma objetiva a inaplicabilidade dos EPI quando combinada a um pensamento inseguro sobre os efeitos nocivos dos agrotóxicos, mesmo estes sendo rotulados e classificados como tóxicos, reafirmando sua periculosidade. Comprova-se assim que ainda há muitas falhas quanto à efetividade da conscientização e educação sobre estes produtos e a forma com que elas chegam ao seu público-alvo.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

FORTALECENDO A LINHA DE FRENTE: CAPACITAÇÕES EM SAÚDE MENTAL PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) DE MARINGÁ-PR

Autores: Beatriz Dutra Rosa | Mário Seto Takeguma Junior, Leandro Carmo de Souza, Lívia Maria Silveira, Matheus Vilela Brandao, Patricia Cardoso Alexandre

Instituição: SESA/PR e UEM
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Saúde mental; Educação permanente;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7409


Resumo:

O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é o principal mediador entre a comunidade e a equipe de saúde de seu território. Sua atuação viabiliza o acesso às informações sensíveis da situação de saúde da população, bem como intervenções oportunas. E, para qualificar as ações de saúde mental (SM) destes, fazem-se necessárias atividades de educação permanente. A capacitação de ACS na identificação de sinais e sintomas de SM permite a detecção precoce, aumenta a efetividade das ações e previne possíveis agravos. Ademais, fortalece o cuidado integral à pessoa em sofrimento mental, capacitando-os para o encaminhamento oportuno. Resultado da parceria entre a 15ª Regional de Saúde e a Prefeitura de Maringá, o evento visou capacitar os ACS na identificação de Sinais e Sintomas em SM; Proporcionar estratégias para educação, prevenção e promoção de saúde mental; Instruir sobre ética e confidencialidade; Integrar ações multiprofissionais nas equipes; Promover a compreensão dos fluxos na Rede de Atenção Psicossocial; Acolher e refletir sobre autocuidado com as ACS. O evento teve duas fases principais, que contaram com 342 participantes. Na primeira, a abertura com apresentação do Instrumento para identificação de sinais e sintomas de saúde mental para ACS, exposição de ações exitosas de ACS no cuidado em SM, e por fim uma apresentação teatral. Na segunda fase, organizou-se um encontro para cada distrito sanitário do município, havia quatro rodas de conversa simultâneas, com dois facilitadores e suporte externo de psicólogas da atenção básica. Cada grupo foi associado a uma estação do ano, evidenciando a característica cíclica do cuidado em saúde mental: Verão: Cuidado multiprofissional/ética; Outono: Cuidados possíveis pelo ACS; Inverno: Situações de crise e uso de substâncias psicoativas; Primavera: Importância do Autocuidado. O formato de rodas de conversa permitiu aos facilitadores trazer as reflexões a partir da fala dos participantes, horizontalizando conhecimentos, ampliando compreensões e qualificando o cuidado. A discussão extrapolou o objetivo educacional, tornando-se um encontro acolhedor onde os participantes compartilharam suas vivências com a equipe organizadora. Destaca-se o caráter enriquecedor do evento para a formação dos residentes em gestão em saúde pública. Recomendamos o fomento de parcerias com universidades para acolhimento e atendimento psicológico dos ACS, ou seja, cuidar de quem cuida.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

COMPARATIVO DOS INDICADORES DE PRÉ-NATAL DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA COM OS INDICADORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS

Autores: Ana Clara Abreu Lima de Paula | Laura Pereira Faria, Ariade Gomes Freitas, Letícia Lobato Tavares, Laura Franco Urso Beraldo Moraes, Lorena Milhomem Martins

Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
Palavras-chave: Pré-natal; Indicadores do pré-natal; Atenção primária
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7428


Resumo:

Introdução: Assistência pré-natal é um importante componente da atenção à saúde das mulheres no período gravídico-puerperal. A atenção pré-natal de qualidade pode diminuir a morbidade e a mortalidade materno-infantil já que a identificação do risco gestacional pelo profissional permite a orientação e encaminhamentos adequados na gravidez. A falha na assistência pré-natal, como dificuldade no acesso, início tardio, número inadequado de consultas e realização incompleta dos procedimentos preconizados, afeta a qualidade e efetividade do pré-natal e aumenta a incidência de desfechos negativos preveníveis. Objetivo: Este trabalho objetiva comparar indicadores de pré-natal entre 2022 e 2023 no município de Juiz de Fora em relação ao estado de Minas Gerais (MG). Métodos: Trata-se de estudo descritivo retrospectivo. Os indicadores analisados foram obtidos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), referentes aos anos de 2022 e 2023. Resultados: A proporção de gestantes com ao menos seis consultas pré-natal realizadas, sendo a primeira até a 12ª semana de gestação, no ano de 2022 no município de Juiz de Fora em cada quadrimestre ficou assim distribuída: 10% no primeiro quadrimestre (Q1), 9% no segundo quadrimestre (Q2) e 9% no terceiro quadrimestre (Q3). Já em 2023 foi de 14%, 14% e 13% respectivamente no Q1, Q2 e Q3. Já no estado de MG a mesma análise ficou assim distribuída: no ano de 2022, 35% no Q1, 37% no Q2 e 38 % no Q3. No ano de 2023, 46% no Q1, 48% Q2 e 45% Q3. Ao comparar os indicadores do pré-natal dos últimos 2 anos no município de Juiz de Fora com o estado de MG, observa-se crescimento em ambos, porém mantendo uma discrepância entre o preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 45%, e o realizado na cidade de Juiz de Fora. Conclusão: A realização do pré-natal é fundamental na prevenção e detecção precoce de patologias maternas e fetais, permitindo o desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo riscos da gestante. Nas consultas de pré-natal, pode-se identificar doenças que já estavam presentes evoluindo de forma silenciosa. Nas complicações fetais em fases iniciais, é possível realizar intervenções para melhor prognóstico. Apesar do papel crucial, o pré-natal na cidade de Juiz de Fora apresenta índices preocupantes, com crescimento no último ano abaixo do estado de MG, estando muito aquém da meta preconizada pelo Ministério da Saúde e evidenciando a necessidade de políticas públicas no município para reduzir a disparidade.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA APS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA MULHER

Autores: Thais Gonçalves Pereira | Amanda Riviera da Silva, Letícia Ajarilla Piazentin Sawczuk,, Tainara Araújo Rocha,, Sophia Arruda Ferrari, Ester Massae Okama Dalla Costa.

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Atenção primária; Educação em Saúde; Grupo de Mulheres.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7434


Resumo:

As práticas de educação e promoção à saúde são essenciais na atenção básica, contribuindo na melhora da qualidade de vida, prevenção de doenças, além de evitar agravamentos. Uma das formas de promover tais práticas, se dá por meio de trabalhos em grupo, que buscam a conscientização do paciente em relação a sua saúde e incentivam ações de autocuidado e troca de saberes. Objetivo: Descrever a experiência da prática da educação em saúde, caracterizando as ações realizadas e o impacto nas mulheres que participaram desse processo. Trata-se de um relato de experiência sobre a construção de um grupo de educação em saúde promovido em uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Londrina - PR por 2 farmacêuticas, 2 nutricionistas e 1 psicóloga, residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher, da Universidade Estadual de Londrina. O trabalho iniciou-se em abril de 2024 com a pretensão de continuar até fevereiro de 2025 durante a passagem pelo campo da atenção primária. Consiste em grupos rotativos, pequenos, com a realização de 4 encontros divididos da seguinte forma: 1) Introdução ao grupo e interação pacientes-profissionais; 2) Encontro da nutrição; 3) Encontro da farmácia; e 4) Encontro da psicologia e encerramento do grupo. Até o momento, foram realizados dois grupos. As principais demandas foram a presença de doenças crônicas (obesidade, hipertensão, diabetes, dislipidemia), polifarmácia, sobrecarga de cuidados e queixas emocionais, além de crenças populares relacionadas à saúde. A partir da realização desses grupos pudemos perceber que o compartilhamento de experiências entre mulheres com diferentes faixas etárias e vivências, traz para o grupo debates, identificação de situações similares e principalmente, traz às participantes a visão da importância do autocuidado. Além disso, por meio das temáticas propostas foi possível sanar dúvidas, desmistificar conceitos pré-concebidos e orientá-las para tomada de decisões mais assertivas relacionadas aos cuidados de saúde. Ao final dos encontros, as participantes reconheceram a importância das orientações realizadas e expressaram desejo em ter continuidade no cuidado. Frente a isso, foi proposto pela equipe de residentes um grupo de educação continuada em saúde, com a inclusão de outros profissionais, com o objetivo de manutenção e acompanhamento, além de ser um espaço de socialização entre as pacientes.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PRÁTICA DE CAMINHADA E QUALIDADE DE VIDA REPORTADA POR USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Autores: Rafael Verissimo de Andrade Martins | Letícia Pechnicki dos Santos, Alice Tatiane da Silva, Thais Gabriele dos Santos, Rogério César Fermino

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Caminhada, Qualidade de vida, Atividade física de Lazer
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7441


Resumo:

Introdução: A prática regular de atividade física (AF) é amplamente reconhecida por seus benefícios à saúde e à qualidade de vida (QV), contribuindo para a prevenção e tratamento de doenças crônicas e promoção do bem-estar mental e físico (1–3). A caminhada é uma forma comum de AF, destacando-se por sua simplicidade e baixo custo, tornando-se uma opção acessível e viável para muitos (4). Objetivo: Analisar a associação entre a prática de caminhada e a percepção de QV relatada por usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Método: Foi realizado um estudo transversal em 2019 com 779 usuários de 15 UBS em São José dos Pinhais. A prática de caminhada no tempo de lazer foi avaliada utilizando a versão longa do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ)(5) e classificada em três categorizadas: <10 min/sem, 10-149 min/sem, >150 min/sem. A percepção de QV foi avaliada com o questionário EUROHIS-QOL-8, classificados em tercil e dicotomizados em dois grupos de percepção da QV: boa e ruim. A análise estatística foi realizada utilizando o teste de qui-quadrado (p<0,05). Resultados: A prática de caminhada no tempo de lazer foi positivamente associada a uma melhor percepção de QV (p=0,014). Discussão: Caminhadas regulares, mesmo de curta duração, podem trazer inúmeros benefícios à saúde física e mental, influenciando positivamente a percepção de QV (6). Esses achados estão alinhados com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que enfatizam que qualquer quantidade de atividade física, mesmo que pequena, pode trazer benefícios significativos para a saúde. (7). Conclusão: Caminhadas com volume superior a 10 minutos por semana estão associadas a uma melhor percepção de QV entre os usuários das UBS.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

A APLICAÇÃO DA AURÍCULOTERAPIA NO CUIDADO DE ENFERMAGEM : UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Autores: Larissa Zepka Baumgarten Rodrigues | FRANCIELE CIESLINSKI FERNANDES

Instituição: FEAS
Palavras-chave: Auriculoterapia; Práticas Integrativas e Complementares; enfermagem
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7464


Resumo:

Auriculoterapia é uma prática baseada em conhecimentos tradicionais da medicina chinesa, que utiliza o pavilhão auricular para tratar e prevenir doenças, visando o restabelecimento da saúde. Faz parte das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) que são ofertadas pelo SUS. O objetivo deste trabalho é relatar o uso da auriculoterapia na assistência de Enfermagem como forma complementar de prevenir e tratar doenças. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência da Enfermeira no seu ambiente de trabalho, tendo como público-alvo usuários da unidade de saúde que buscaram o tratamento. A prática aconteceu no período de março a março de 2023 a maio de 2024. Nesse período foram atendidos mais de 20 usuários, que fizeram o tratamento em torno de quatro meses a oito meses. Já na segunda sessao é possivel ouvir melhoras nas queixas anteriores e reduçao do uso de analgesicos por muitos. Os atendimentos são realizados quinzenalmente, no periodo da tarde. Os protocolos de tratamento são formulados de acordo com as queixas relatadas na anamnese. Os principais problemas tratados são: ansiedade, insonia, dores cronicas, cessacao do tabagismo, emagrecimento,entre outros. Conclui-se que a efetividade da auriculoterapia na assistência de Enfermagem é promissora, possibilitando constatar melhor eficácia em quem realizou maior número de sessões.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA PAIS E CUIDADORES DE CRIANÇAS COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO OU TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (CAREGIVER SKILLS TRAINING) NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CURITIBA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Larrayla Cristina de Souza Oliveira Pinto | Ana Paula Martins

Instituição: FEAS - SMS Curitiba
Palavras-chave: Autismo Infantil; Autismo; Transtorno do neurodesenvolvimento.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7510


Resumo:

Caracterização do problema: Os transtornos do neurodesenvolvimento têm aumentado significativamente nos últimos tempos, tornando-se um desafio para saúde pública. Visto que são desordens neurológicas que afetam a vida da criança e de seus familiares, por sua diversificação nas limitações do aprendizado ou no controle de funções executivas. Justificativa: Diante disso, é necessário que haja disseminação de informações que facilitem aos familiares e cuidadores o auxílio preciso para desenvolver estas habilidades. Objetivo: Relatar a relevância do projeto Caregiver Skills Training (CST) dentro da Atenção Primária à Saúde (APS). Descrição da experiência: A Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Autism Speaks, desenvolveu o CST, trata-se de um programa de treinamento que tem como público-alvo as famílias de crianças, de 2 a 9 anos, com atraso no desenvolvimento ou transtorno do espectro autista, implantado nas unidades de saúde (US) do Município de Curitiba, sendo ministrado pelos servidores públicos que receberam o treinamento. O programa foi elaborado com intuito de auxiliar no aprendizado da criança, ajudando a aprender a usar gestos e palavras para comunicar-se, passar mais tempo compartilhando o envolvimento em atividades e nas rotinas com os familiares e pessoas de fora, demonstrar comportamento apropriado mais frequentemente e apresentar menos comportamentos desafiadores e por fim, aprender novas habilidades para ser mais independente nas atividades do dia a dia. A partir disto, os pais passam a sentir-se mais confiantes em ajudar seus filhos a se comunicar, aprender coisas novas e a compartilhar atividades diárias. Reflexão sobre a experiência: Atuar com essa população na atenção primária à saúde pode ter um impacto significativo, na criação de um vínculo profissional-paciente, oportunizando o fornecimento de suporte e intervenção precoce, as ajudando a alcançarem o máximo do seu potencial. O trabalho é desafiador, exigindo compreensão, paciência e trabalho em equipe para criação dos planos de tratamento, levando em consideração o envolvimento de sentimentos individualizados, o luto das famílias pelo diagnóstico e o processo de aceitação, aprendo a olhar de maneira mais atenta para as diferenças e peculiaridades de cada indivíduo. Recomendações: Buscar a realização de um cuidado mais humanizado, centrado no indivíduo e nas suas particularidades, acolhendo seus familiares e integrando-os no processo de cuidado e desenvolvimento da criança.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

COMPORTAMENTOS DE RISCO PARA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL: ABORDAGEM UMA SÓ SAÚDE E SAÚDE COLETIVA

Autores: Fernanda Paula da Silva Torres | Nicole Muniz Ferreira Gonçalves, Laura Siqueira Arneiro, Denise Siqueira de Carvalho, Marilene da Cruz Magalhães Buffon

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Toxoplasmose Gestacional; Vigilância em Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7513


Resumo:

A toxoplasmose é uma doença alimentar distribuída mundialmente e com alta prevalência no Brasil. As formas gestacional e congênita são de notificação obrigatória devido às graves complicações que podem causar, como prematuridade, anormalidades visuais e neurológicas, abortos e sequelas tardias. Este estudo visa identificar comportamentos de risco em gestantes da região periurbana de Piraquara/PR e propor medidas preventivas baseadas na Uma Só Saúde e Saúde Coletiva. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal e descritivo, com abordagem quantitativa na análise e coleta de dados. Foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer de nº 5.253.420. Participaram do estudo 98 gestantes que frequentam as Unidades Básicas de Saúde e residem no bairro Guarituba, área periférica de alta vulnerabilidade social e precariedade socioambiental. Em 2023, esse bairro concentrou 66% dos 30 casos de toxoplasmose gestacional notificados. Em relação ao perfil das gestantes, a média de idade foi de 27 anos, 75,5% eram casadas, 41,8% tinham ensino médio completo, 59,2% não estavam trabalhando e 37,7% não possuíam rendimento financeiro. Cerca de 46,0% estavam no terceiro trimestre gestacional e 35,7% eram primigestas. Foi observada uma positividade de 36,7% para IgG e 4,1% para IgM na amostra total. Entre os 40 casos positivos e considerando os fatores de risco na transmissão oral, 42,5% consumiam carne crua/malpassada, 35,0% consumiam produtos de origem animal (queijo, leite, salame, carnes de bovino, suíno, frango, peixe) de sítios, chácaras ou produção própria e 87,5% se alimentavam fora de casa. Além disso, 67,5% não higienizavam hortaliças e legumes de forma adequada e 47,5% possuíam caixa d’água e não tratavam a água para beber. Diante desses resultados, destaca-se a importância de orientações preventivas desde a primeira consulta de pré-natal, devido à alta suscetibilidade das gestantes à doença. É essencial priorizar o tema 'alimentos seguros' e que os profissionais de saúde recebam educação contínua para garantirem práticas atualizadas e eficazes. Na Saúde Coletiva e Uma Só Saúde, é crucial fiscalizar locais como chácaras que vendem produtos de origem animal, garantindo cuidados sanitários adequados. Além disso, é necessário superar barreiras sociais e econômicas que limitam o acesso das gestantes a cuidados de saúde. Apesar da gravidade, a toxoplasmose ainda é negligenciada e exige maior conscientização por parte da população e dos profissionais de saúde.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

IDEAÇÃO SUICIDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS NUM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA

Autores: Ana Paula Contiero | Jessica Sarah Coradi Elage, Simone Daniela Bif Canonico , Marcos Augusto Moraes Arcoverde, Carolina Scheifer Piatzchaki Alves, Adriana Zilly

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste
Palavras-chave: Tentativa de Suicídio, Criança, Adolescente
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7522


Resumo:

A ideação suicida constitui-se de pensamentos de não desejar mais viver, acompanhados ou não da tentativa de suicídio e o suicídio, sendo um problema de saúde pública mundial, no qual a pandemia de COVID-19 contribuiu para aumento dos casos. Entre 2011 a 2020, o suicídio foi a segunda principal causa de morte para jovens de 10 a 24 anos, em nível global. A pesquisa teve como objetivo descrever o perfil clínico e epidemiológico de crianças e adolescentes com ideação suicida atendidos num Centro de Atenção Psicossocial infantil em município de fronteira. O estudo é um recorte da dissertação de mestrado intitulada “Repercussão na saúde mental de crianças e adolescentes na vigência da pandemia da Covid-19 em região de fronteira”, de natureza descritiva e quantitativa, realizado por meio do estudo do prontuário de crianças e adolescentes entre 1 a 18 anos, num Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) num município fronteiriço, atendidos no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Os dados foram coletados em maio de 2023, mediante preenchimento de formulário eletrônico no google forms e foram analisados pelo teste do qui-quadrado no software Jamovi. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de uma Universidade Pública sob parecer de nº. 67979123.9.0000.0107. Dos pacientes atendidos no CAPS, 421 (29,5%) apresentaram pensamentos suicidas. A maioria eram adolescentes 389 (89,6%), do sexo feminino 314 (72,4%). A média de idade do início do tratamento para ideação suicida foi de 14,1 anos. Destes, 172 (39,6%) realizaram ao menos uma tentativa de suicídio. Esses achados demonstram que as crianças e adolescentes estão em sofrimento psíquico, cada vez mais precoce, desmistificando a ideia de que as crianças são inaptas a atentar contra sua vida por vontade própria. Tais resultados apontam para a necessidade real do desenvolvimento de mais estudos voltados à faixa etária infantojuvenil, para tentar compreender as razões que motivam os comportamentos suicidas em crianças e adolescentes. Esse conhecimento é importante para adoção de políticas públicas, e ações efetivas, buscando a prevenção e promoção a saúde mental da população infanto-juvenil.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS DO MUNICÍPIO DE JANDAIA DO SUL/PR NO ANO DE 2023

Autores: Wesley Vinícius da Silva |

Instituição: Prefeitura Municipal de Jandaia do Sul
Palavras-chave: saúde mental; internação psiquiátrica
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6705


Resumo:

Introdução: A presente pesquisa elaborou uma avaliação dos dados sobre as internações psiquiátricas de munícipes de Jandaia do Sul/PR ao longo do ano de 2023, o que permitiu traçar discussões sobre o perfil dos pacientes e aspectos relacionados aos seus tratamentos. Objetivos: Analisar as internações psiquiátricas dos munícipes no período de um ano, avaliando dados de classificação diagnóstica, tempo de internação, reincidência, idade e territorialidade. Método: Realização da categorização dos dados disponibilizados para a coordenação de saúde mental municipal no ano de 2023, via endereço eletrônico da 16ª Regional de Saúde, com informações do tratamento de 76 internações psiquiátricas de residentes de Jandaia do Sul/PR. Resultados/discussão: Os resultados mostram que 57 pacientes foram internados em 2023, sendo que 42 pacientes passaram por uma internação, 11 pacientes passaram por duas internações e 4 pacientes passaram em 3 internações no ano de 2023 (26% de reincidência). Por território foram 23 internações da UBS Massahiro Oga, 17 da UBS Damásio Brito, 13 da UBS Lázaro de Paula, 9 da UBS Ivoly Genro, 9 da UBS Maria Borba e 5 da UBS Wilson Nogueira. A média de idade dos pacientes adultos foi de 46 anos, sendo o mais novo com 19 anos e o mais velho com 71 anos. Em relação ao tratamento proposto com base na classificação diagnóstica (CID 10) foram feitas 34 internações por transtornos mentais devidos ao uso de substância psicoativa, 26 por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes, 9 por transtornos do humor, 4 por transtornos mentais orgânicos, 2 por retardo mental e um por transtorno da personalidade. A média de duração das internações foi de 58 dias, sendo a mais curta 2 dias e a mais longa 100 dias. Conclusão: Foi possível identificar um relevante índice de reinternações, sendo que mais de 50% foram por uso de álcool, apontando um problema a ser considerado pelas políticas públicas municipais. Em se tratando do território, as regiões urbanas periféricas foram as que mais contabilizaram internações psiquiátricas via SUS, sendo possível hipotetizar sobre fatores sociais como determinantes na condição de saúde mental. Ademais, a análise quantitativa dos dados, ainda que se mostre satisfatória em traçar o perfil do paciente e de seus tratamentos, deixa lacunas sobre a efetividade da internação psiquiátrica como um meio de reinserir os sujeitos para suas rotinas, necessitando um trabalho qualitativo para a sua melhor averiguação.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PROBLEMAS AUDITIVOS RELACIONADOS A POLUIÇÃO SONORA EM TRABALHADORES, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Autores: Flávia Eloah Martins da Silva | Leonardo Augusto de Souza dos Reis, Ana Flávia Ribas Portella, Christopher Klaus Alves Maus, Mateus Umpierrez Vieira, Leonardo Moreira dos Santos

Instituição: Centro Universitário Campo Real
Palavras-chave: Poluição sonora; Medicina do trabalho; Construção civil.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6919


Resumo:

Introdução: poluição sonora pode ser definida como a união de ruídos advindos de uma ou mais fontes de som, independentemente do ambiente em um mesmo espaço de tempo, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera a poluição sonora um problema de saúde pública, a exposição a sons com valor a partir de 50 decibéis pode ser prejudicial à saúde – realidade de cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros que, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, estão expostos a ruídos ocupacionais; Objetivo: partindo-se da hipótese de que a poluição sonora afeta as condições de trabalho, pretendeu-se identificar aspectos ambientais e médicos que pudessem atenuar possíveis prejuízos à saúde de trabalhadores que vivenciam funções com excesso de ruído ambiental a fim de determinar formas efetivas de aumentar a qualidade e saúde laboral; Método: trata-se de uma revisão bibliográfica de natureza básica, caráter qualitativo e abordagem descritiva com base em literaturas científicas publicadas entre 2014 e 2022 a respeito da temática; Resultados: a nocividade da poluição sonora ao indivíduo depende de diversos fatores, como: período de exposição, idade, intensidade das emissões e condições gerais de saúde. A partir do momento em que a poluição sonora interfere na vida do trabalhador, recebe-se o nome de ruído ocupacional que pode ser classificado como: contínuo, intermitente e de impacto. Quando expostos a poluição sonora intensa, os trabalhadores apresentam chance três a quatro vezes maior de sofrer um acidente laboral ou dano auditivo. Além disso, destaca-se também riscos de aumento das pressões arterial e cerebral, maior concentração de adrenalina secretada e taquipneia. A fim de evitar tais danos à saúde do trabalhador, a NR-15 estabelece limites de tolerância para ruídos ocupacionais e a NR-6 reforça a importância do uso de equipamentos de proteção individual e coletiva adequados no ambiente de trabalho; Conclusões: verificou-se por meio desse estudo que o ruído ocupacional que excede o limite estabelecido pela OMS influencia negativamente a execução da atividade laboral, podendo causar danos à saúde do trabalhador, que são evitáveis a partir do uso de EPI e EPC e de um ambiente de trabalho com exposição sonora dentro dos padrões estabelecidos pelas normas regulamentadoras.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM UNIDADES DE SAÚDE RURAL PELA PERSPECTIVA DE MULHERES

Autores: Jéssica Cristina Ruths | Amanda Freires da Silva, Bruna Tais Zack, Erica Vitoria da Silva Schmitz, Marina Gomes Aldenucci, Maria Luiza Campagnolo

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Serviços de Saúde Rural; Gênero e ruralidades; Saúde da mulher; Avaliação de Serviços de Saúde; Saúde da população Rural;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6921


Resumo:

A Atenção Primária possui um conjunto de componentes, chamados de atributos, dispostos em essenciais (acesso de primeiro contato, integralidade, longitudinalidade, coordenação de cuidado) e derivados (orientação familiar, orientação comunitária), que permitem a avaliação do serviço. Objetivou-se avaliar os atributos da atenção primária em unidades de Estratégias de Saúde da Família rurais de Toledo–Paraná, pela perspectiva de mulheres. Estudo transversal, descritivo e quantitativo, conduzido nas Estratégias de Saúde da Família rurais de Toledo - PR. Foi utilizado o questionário Primary Care Assessment Tool. Calcularam-se os escores essencial e geral para cada atributo. Valores maiores ou iguais a 6,6 indicaram presença satisfatória do atributo. Participaram deste estudo 103 mulheres. O escore essencial de 6,8 e escore geral de 6,6 foram considerados satisfatórios, apesar de quatro componentes demonstrarem falhas individualmente. Orientação comunitária com 5,2 recebeu o menor escore e o maior foi do acesso de primeiro contato/utilização, com 8,9. Percebe-se falhas nos atributos individualmente, embora, no geral, o serviço seja satisfatório. Sugere-se novos estudos acerca do mesmo tema para haver subsídio teórico para desenvolvimento de novas ações que gerem melhoria da APS no ambiente rural.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE PELAS MULHERES RESIDENTES EM ZONAS RURAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores: Jeanni Caroline Giovanetti | Lislei Teresinha Preuss, Jessica Paloma Chagas dos Santos

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Acesso; saúde; mulher.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6946


Resumo:

Introdução: A mulher rural¹ é aquela que possui um cotidiano intrínseco desse cenário, voltado para a atenção ao lar, à família e a agricultura, e nesse meio percebe-se algumas das barreiras que impedem ela de alcançar o acesso pleno à saúde. Objetivo: Discutir a realidade das mulheres rurais e quais as barreiras que dificultam o acesso à saúde para elas. Método: Revisão de literatura de artigos das bases de dados “PubMed” e “Scielo”, usando os descritores “mulheres”, “zona rural”, “acesso primário”, “saúde” e “Brasil”, com período temporal de 2004-2024. Foram encontrados 269 artigos, dos quais 242 foram eliminados por base no título e no resumo. Os outros 27 foram lidos e apenas 7 foram úteis para a análise. DISCUSSÕES: Diversos fatores influenciam no acesso à saúde por mulheres das zonas rurais, principalmente as condições de vida associadas a recursos socioeconômicos limitados e relações de gênero² marcadas pela dominação masculina e pelo machismo. A mulher rural também faz parte de um meio permeado por menos contatos sociais e oportunidades de emprego e a recursos econômicos restritos³, porque normalmente estão distantes dos centros urbanos e de outras moradias, além de seus trabalhos serem limitados à produção rural, o que dificulta sua locomoção e a possibilidade de se ausentar do trabalho para procurar um serviço de saúde¹. Somado a isso, a falta de oportunidade de educação nas áreas rurais, o acúmulo de atividades (domésticas, familiares e profissionais)³, a baixa remuneração, a dependência de financeira dos companheiros e a divisão de trabalho assimétrica são outros fatores que diminuem a procura dessas mulheres à assistência à saúde. Entretanto, há uma lacuna na produção acadêmica com relação a oferta e o funcionamento de serviços de saúde na área rural, focados na mulher. Dessa forma, não pode-se concluir se a dificuldade de acesso aos serviços de saúde por mulheres rurais é devido, exclusivamente, a questões referentes ao seu cotidiano, ou a dificuldade na disponibilidade desses serviços. Conclusões: Com isso, pode-se afirmar que a realidade na qual essas mulheres estão inseridas é um fator determinante para a diminuição da procura pelos serviços de saúde. Assim, como existem poucos estudos com enfoque nesse assunto, é difícil propor ações adequadas a essas realidade, sendo necessário que mais pesquisas sejam realizadas, visando uma compreensão melhor das vivências dessas mulheres e assim a adequação dos serviços de saúde às suas necessidades.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

UMA ANÁLISE DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA E SEU PAPEL DE INSERÇÃO NO ÂMBITO DE ATUAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Guilherme Piedade Machado |

Instituição: Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera
Palavras-chave: atenção primária; vigilância em saúde; saúde do trabalhador
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7081


Resumo:

Introdução: Presente na Atenção Primária à Saúde (APS), a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSST), instituída pela Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012, estabelece princípios mínimos a serem seguidos para a plena garantia da saúde e segurança de todos os trabalhadores em seus respectivos ambientes de trabalho, intensificando as ações de cuidado para com o trabalhador e a trabalhadora no âmbito de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos: Analisar e verificar os principais pontos de atenção da PNSST nos mais diversos contextos de atuação do SUS, desde o fortalecimento das ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT), até modelos e protocolos de atenção à saúde necessários para a saúde e a segurança dos trabalhadores. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática a respeito da legislação pertinente aplicada nos métodos de cuidado do SUS com todos os trabalhadores do Brasil, consultada através da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde e consultas em artigos acadêmicos em bases científicas pertinentes à área. Resultados: Os resultados dessa pesquisa, a partir de uma análises da legislação juntamente com uma análise da realidade brasileira, evidenciam que, embora haja uma legislação no SUS que assegure a saúde e a segurança dos trabalhadores no Brasil, a aplicabilidade dela torna-se, muitas vezes, com diversos desafios, como por exemplo, o despreparo técnico dos profissionais atuantes na área, principalmente no que diz respeito às ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador. Conclusão: Estes resultados significam que, é preciso que haja uma avaliação acerca das ações em saúde do trabalhador realizadas na saúde pública do Brasil para que a legislação pertinente a área pesquisada não se torne obsoleta e seja mais presente em todas as áreas de atuação do Sistema Único de Saúde.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

RISCO DE CONTAMINAÇÃO NA NUTRIÇÃO ENTERAL DOMICILIAR: UMA ANÁLISE DA OPINIÃO DOS CUIDADORES E DAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO

Autores: Elaine Cristine de Souza Martins | Rayane Luizi da Costa, Rubia Daniela Thieme, Lize Stangarlin-fiori

Instituição: Universidade Federal do Paraná - UFPR
Palavras-chave: Nutrição Enteral; Cuidador; Doenças Transmitidas por Alimentos
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7085


Resumo:

Introdução: domicílios são locais de alta incidência de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar?(DTHA). No Brasil, entre 2014 e 2023, 34% dos 6847 surtos de DTHA ocorreram em domicílios. Embora faltem dados específicos sobre surtos de DTHA na Nutrição Enteral Domiciliar (NED), o risco é evidente. Além disso, a percepção de que os eventos negativos que causam as DTHA são menos prováveis de ocorrer no ambiente doméstico, pode levar à negligência das Boas Práticas (BP), aumentando o risco de contaminação dos alimentos e afetando a saúde dos usuários de NED. Objetivo: demonstrar a opinião dos cuidadores sobre o risco de DTHA e a adequação de BP na utilização da NED. Metodologia: Um total de 25 cuidadores participaram do estudo, selecionados por conveniência, a partir dos registros de pessoas em uso de NED em Curitiba, Paraná (PR). Entre setembro de 2022 e julho de 2023, avaliou-se variáveis sociodemográficas e específicas em NED: gênero, idade, tempo de manipulação das formulações enterais em domicílio e opinião sobre o risco de DTHA. Aplicou-se um checklist específico para NED. Este era composto por 40 itens dividido em 8 categorias, sendo elas: estrutura física (8 itens); higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios (6 itens); pragas e resíduos (3 itens); abastecimento de água (3 itens); manipuladores (5 itens); ingredientes e embalagens (5 itens); manipulação das formulações enterais (7 itens); envase e armazenamento das formulações enterais (3 itens). Resultados: constatou-se que 96% (n=24) acreditam que o risco de DTHA pela manipulação da NED era baixo ou inexistente. 80% (n=20) dos participantes eram mulheres, com idade entre 40-59 anos (64%, n=16), e manipulavam as formulações enterais há menos de 5 anos (60%, n=15). Em relação as BP, no geral, os domicílios apresentaram 59% de adequação. Sendo que, a estrutura física foi a categoria mais adequada (82%), enquanto, a higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios foi a categoria com menor adequação (32%). Conclusão: a maioria dos cuidadores acreditam haver risco baixo ou inexistente de DTHA pela manipulação em NED, contudo as não conformidades estão presentes, principalmente em relação a categoria de higienização, a qual depende exclusivamente das atitudes do cuidador e influenciam criticamente no risco de DTHA. O cuidado em nutrição efetivo, com monitoramento longitudinal, é fundamental para garantir a segurança alimentar e nutricional de pessoas em uso de NED.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PROPOSTA DE MELHORIA DA ATENÇÃO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO, A PARTIR DE PROBLEMAS IDENTIFICADOS POR ESTUDANTES DE MEDICINA NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Cristiane de Melo Aggio | Veronica Paduam, Rebeca Maria Siqueira da Silva, Gabriel Stanziola de Moraes

Instituição: Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)
Palavras-chave: Continuidade da Assistência ao Paciente; Integralidade em Saúde; Itinerário Terapêutico
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7094


Resumo:

Introdução: A Agenda 2030 da ONU, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, destaca a importância de assegurar vidas saudáveis e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. A atenção ao pré-natal é um componente crucial na promoção da saúde materno-fetal, especialmente em casos de gestação de alto risco. Objetivo: Analisar a atenção ao pré-natal a partir dos atendimentos de gestantes de alto risco e sugerir inovação. Relato da experiência: Estudantes de Medicina, em internato de Instituição de Ensino Superior, pública e paulista, durante internato em hospital terciário referência para gestação de alto risco, observaram elevado índice de internações obstétricas e partos prematuros evitáveis a partir do rastreio e manejo adequado na Atenção Básica (AB). A prevalência dos problemas da atenção ao pré-natal foi inversamente proporcional ao porte dos municípios da regional de saúde em questão, que também apresentam elevada rotatividade dos trabalhadores da saúde e escassez de treinamento dos admitidos, especialmente médicos e enfermeiros. Discussão: A AB é a porta de entrada preferencial da gestante à Rede de Atenção à Saúde, coordenadora de seu itinerário terapêutico. A falha do serviço primário em identificar fatores de risco, realizar o diagnóstico precoce de patologias obstétricas e encaminhar corretamente as gestantes ao serviço de alto risco predispõem a  maior morbimortalidade materno-fetal. Consequentemente, é prejudicada a longitudinalidade do cuidado às gestantes e a prevenção das internações sensíveis à atenção primária. Conclusão: Uma inovação para este problema seria o desenvolvimento de alertas no prontuário eletrônico do cidadão (PEC), a partir de eventos sentinelas dos riscos e complicações obstétricas, registrados no sistema de informação em saúde da AB, seguido da emissão de mensagens sobre práticas recomendáveis (exemplo: para gestante com registro de pré-eclâmpsia, no campo dos dados objetivos ou dos problemas e/ou condições detectadas do PEC, serem gerados alerta de risco e sugestão da prescrição de cálcio e antiagregante plaquetário, bem como a solicitação de exames de imagem específicos, no campo dos cuidados ou condutas). Esta solução dialoga com a prática cotidiana, é simples e sustentável, intensifica a qualidade do cuidado e do preenchimento do PEC, não requer treinamentos e beneficia as gestantes e os profissionais de saúde que as assistem, promovendo integralidade e continuidade do cuidado.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PROPOSTA DE MELHORIA DA ATENÇÃO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO, A PARTIR DE PROBLEMAS IDENTIFICADOS POR ESTUDANTES DE MEDICINA NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Cristiane de Melo Aggio | Veronica Paduam, Rebeca Maria Siqueira da Silva, Gabriel Stanziola de Moraes

Instituição: Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)
Palavras-chave: Continuidade da Assistência ao Paciente; Integralidade em Saúde; Itinerário Terapêutico
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7094


Resumo:

Introdução: A Agenda 2030 da ONU, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, destaca a importância de assegurar vidas saudáveis e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. A atenção ao pré-natal é um componente crucial na promoção da saúde materno-fetal, especialmente em casos de gestação de alto risco. Objetivo: Analisar a atenção ao pré-natal a partir dos atendimentos de gestantes de alto risco e sugerir inovação. Relato da experiência: Estudantes de Medicina, em internato de Instituição de Ensino Superior, pública e paulista, durante internato em hospital terciário referência para gestação de alto risco, observaram elevado índice de internações obstétricas e partos prematuros evitáveis a partir do rastreio e manejo adequado na Atenção Básica (AB). A prevalência dos problemas da atenção ao pré-natal foi inversamente proporcional ao porte dos municípios da regional de saúde em questão, que também apresentam elevada rotatividade dos trabalhadores da saúde e escassez de treinamento dos admitidos, especialmente médicos e enfermeiros. Discussão: A AB é a porta de entrada preferencial da gestante à Rede de Atenção à Saúde, coordenadora de seu itinerário terapêutico. A falha do serviço primário em identificar fatores de risco, realizar o diagnóstico precoce de patologias obstétricas e encaminhar corretamente as gestantes ao serviço de alto risco predispõem a  maior morbimortalidade materno-fetal. Consequentemente, é prejudicada a longitudinalidade do cuidado às gestantes e a prevenção das internações sensíveis à atenção primária. Conclusão: Uma inovação para este problema seria o desenvolvimento de alertas no prontuário eletrônico do cidadão (PEC), a partir de eventos sentinelas dos riscos e complicações obstétricas, registrados no sistema de informação em saúde da AB, seguido da emissão de mensagens sobre práticas recomendáveis (exemplo: para gestante com registro de pré-eclâmpsia, no campo dos dados objetivos ou dos problemas e/ou condições detectadas do PEC, serem gerados alerta de risco e sugestão da prescrição de cálcio e antiagregante plaquetário, bem como a solicitação de exames de imagem específicos, no campo dos cuidados ou condutas). Esta solução dialoga com a prática cotidiana, é simples e sustentável, intensifica a qualidade do cuidado e do preenchimento do PEC, não requer treinamentos e beneficia as gestantes e os profissionais de saúde que as assistem, promovendo integralidade e continuidade do cuidado.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO PARA ATENDIMENTO DOMICILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Autores: Cíntia Raquel Bim | Ellen Karolynne Barbosa dos Santos Chicouski, Bruna Eduarda Haçul, Maria Eduarda de Assis, Mariana Aparecida Horst de Souza

Instituição: Universidade Estadual do Centro-oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Assistência Domiciliar à Saúde; Fisioterapia; Protocolo Clínico
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7111


Resumo:

A alta demanda por atenção domiciliar na atenção básica e a falta de padronização de critérios dificultam a rotina do serviço na unidade básica de saúde (UBS). O objetivo deste trabalho foi elaborar um protocolo fisioterapêutico para atenção domiciliar. O protocolo foi desenvolvido por residentes fisioterapeutas de um Programa de Residência Multiprofissional em atenção primária, de uma universidade pública do Paraná na disciplina de tutoria de área Fisioterapia. Foi realizada revisão de literatura no período de fevereiro a abril de 2024 em bases de dados científicas e políticas públicas de saúde, integrado às vivências práticas no serviço. No Brasil, a atenção domiciliar é regulamentada pela Portaria MS nº 825/2016 e a atenção domiciliar fisioterapêutica pela Resolução COFFITO nº 444/2014. A elaboração do protocolo visa padronizar os atendimentos domiciliares realizados, considerando aspectos do usuário, familiares e organizacionais, uma vez que a demanda pela atenção domiciliar extrapola a capacidade dos profissionais de saúde. Nas atribuições do fisioterapeuta, estão estabelecidas: definir a elegibilidade do usuário ao acompanhamento domiciliar, criar plano terapêutico, realizar orientações, orientar familiares/cuidadores, estimular o autocuidado e independência, trabalhar em equipe com outros profissionais da saúde da UBS. O protocolo será implantado nas quatro UBS de atuação das residentes, no município de Guarapuava-PR. O protocolo está dividido em: introdução, objetivos da atenção domiciliar, atribuições do fisioterapeuta, encaminhamentos, classificação de risco e nível de prioridade, critérios de inclusão subdivididos em cinesiofuncionais, administrativos e assistenciais, critérios de exclusão, acompanhamento/critérios de alta, dinâmicas das visitas e termo de consentimento livre e esclarecido. Um dos pontos do protocolo é ordenar a rotatividade dos pacientes, para evitar a duplicidade de atendimentos fisioterapêuticos na rede municipal e estimular o comprometimento dos responsáveis e do usuário quanto à adesão terapêutica, a fim de garantir cuidados eficazes que incluam a promoção e reabilitação da saúde dos pacientes em seu ambiente domiciliar. A implantação do protocolo possibilitará a padronização dos atendimentos nas UBS de atuação da Residência Multiprofissional, e poderá se tornar referência para o município. Espera-se melhorar a efetividade e a qualidade do serviço ofertado pela fisioterapia domiciliar na atenção primária.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PORTARIA SAES/MS N°1.693: O IMPACTO PARA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DE PESSOAS TRANSEXUAIS

Autores: Guilherme Silva Safraider | Pollyanna Kassia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Minorias Sexuais e de Gênero; Decretos; Determinantes Sociais da Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7126


Resumo:

A fim de garantir acesso a procedimentos médicos necessários para prevenção e reabilitação em saúde, o Governo Federal, por meio da Portaria SAES/MS nº1.693, alterou o atributo sexo em procedimentos, medicamentos, órtese/prótese e materiais especiais do Sistema Único de Saúde (Ministério da Saúde, 2024). O objetivo deste estudo é discutir o impacto da alteração do atributo sexo da Portaria supracitada para a população transexual usuária do SUS. Pessoas transexuais não se identificam com o gênero imposto ao nascer, rompendo com a linearidade binária (LANZ, 2017). Desta maneira, muitos procuram mudanças, sociais e físicas, para se adequar ao gênero que se identificam. As mudanças físicas podem acontecer por meio de terapia hormonal e procedimentos cirúrgicos (BENTO, 2006). A portaria garantiu a possibilidade dos procedimentos médicos serem disponibilizados para ambos os sexos. Este é um estudo de natureza qualitativa, utilizando a Análise Documental (JUNIOR; et al, 2021). Foi procurado em leis, portarias e outros documentos do Governo Federal/Ministério da Saúde que trouxessem em questão o tema “saúde transexual/transgênero(a)/travesti”. A primeira citação de maneira a promover mudanças em relação ao acesso à saúde e qualidade de vida dessa população foi na 13ªCNS, que propõe práticas de educação permanente para atendimento humanizado, reconhece o estigma, preconceito, vulnerabilidade e especificidades em saúde (BRASIL, 2007). Em 2008, a Portaria nº457 regulamentou o processo transexualizador, no entanto, considerou a transexualidade do “fenótipo masculino para o feminino” (Ministério da Saúde, 2008). Revogada pela Portaria nº2.803 de 2013, leva em conta procedimentos de masculino para feminino e vice-versa (Ministério da Saúde, 2013). Esta regulamentação não se atenta a outras necessidades em saúde, mesmo que impactam nos procedimentos cirúrgicos do processo. A Política Nacional de Saúde Integral LGBTT (BRASIL, 2013) identifica a necessidade de protocolos clínicos para cirurgia de mudança corporal, a importância da prevenção de câncer de próstata também em pessoas transexuais/travestis, põe luz em questões ginecológicas de mulheres lésbicas e bissexuais, mas não as prevê em homens transexuais. Compreende-se que a recente Portaria nº1.693 impacta o acesso das pessoas transexuais aos vários procedimentos/medicamentos/órtese/prótese, e complementa as portarias vigentes, garantindo o acesso para outras necessidades em saúde além do processo transexualizador.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ACESSO A HORMONIZAÇÃO DE PESSOAS TRANSGÊNERO: DESAFIOS NO INTERIOR DO PARANÁ

Autores: Tatiele Estefâni Schönholzer | Caroliny Gehlen, Erika Yumi Takahashi, Simone Basso Locatelli, Francielle Brustolin De Lima Simch, Jessica Cristina Ruths

Instituição: Universidade Federal do Paraná, campus Toledo
Palavras-chave: Pessoas transgênero; Hormônios; Sistema Único de Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7131


Resumo:

Introdução: A hormonização é um procedimento assegurado para pessoas transgênero no Brasil desde 2013 e regulamentado pela Resolução Nº 2.265/2019, enfrenta barreiras significativas de acesso no sistema de saúde, expondo essa população a riscos. Objetivo: Este estudo visa compreender o acesso das pessoas transgênero ao processo de hormonização no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em um município do interior do Paraná. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem qualitativa, realizado em 2023. Participaram oito pessoas trans com idade igual ou superior a 18 anos, interessadas em realizar a hormonização ou que tiveram contato com o sistema público de saúde para esse fim, recrutadas pelo método Snowball. Foi aplicado um questionário sociodemográfico, seguido de uma entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados por meio do método de análise de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, em conformidade com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados/discussão: O tema central "negligência" emergiu a partir dos subtemas "despreparo profissional", "centralização de serviços" e "vias alternativas (soluções)", fundamentados nos relatos dos participantes. A negligência foi observada em níveis estatais, profissionais e acadêmicos, resultando na escassez de profissionais capacitados e na limitação dos serviços a grandes centros urbanos. Isso obrigou a população transgênero a buscar vias alternativas, como a autoadministração de hormônios e a assistência na rede privada de saúde. Conclusões: Apesar da existência de respaldo legal para a prestação de cuidados de saúde específicos a essa comunidade, persistem desafios significativos na implementação prática dessas políticas. Observa-se uma lacuna na formação acadêmica dos profissionais de saúde, bem como na capacitação destes em relação à sensibilidade e competência necessárias para lidar com questões transgênero. Como resultado, a falta de acolhimento e a ausência de um processo bem delineado dentro do SUS, combinadas com outras dificuldades, levam muitos indivíduos a recorrerem à autoadministração de hormônios, procurarem orientação informal de amigos e familiares, e utilizarem a internet como principal fonte de informações.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

CONSULTA DE ENFERMAGEM GINECOLÓGICA NO PERÍODO DE 2008 E 2023: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Autores: Sebastião Caldeira | Alessandra Crystian Engles dos Reis, Maria Victória Campagnaro Mucelini, Maristela Salete Maraschin, Daisy Amanda Xavier

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Enfermagem de Atenção Primária; Consulta de Enfermagem; Ginecologia.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7142


Resumo:

Introdução: No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), entende-se a Consulta de Enfermagem Ginecológica como um espaço amplo de produção de cuidado integral as mulheres, sendo instrumento legal do(a) enfermeiro(a) como atividade privativa, que consiste no desenvolvimento de ações sistematizadas para o cuidado (Brasil, 2023; Caldeira, Baggio, Reis, 2020; Cascavel, 2018, Catafesta et al., 2015, Brasil, 2013; Cofen, 1987). A vivência neste projeto de extensão teve início no ano de 2008, no ambulatório do Núcleo Assistencial Francisco de Assis (NAFA), situado no Bairro Interlagos em Cascavel-PR), completando 15 anos de projeto de extensão. Objetivo: Relatar as ações de cuidado à mulher na Consulta de Enfermagem Ginecológica no período de 2008 a 2023. Método: Atividades práticas assistenciais com acadêmicos(as) do quarto e quinto ano do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Os(as) alunos(as) extensionistas são os(as) que cursaram a Disciplina: Enfermagem em Saúde da Mulher: Ginecologia e Obstetrícia e estão aptos a realizar a Consulta de Enfermagem Ginecológica sob supervisão do coordenador do projeto de extensão: Humanização no Cuidado à Mulher. Resultados: Participaram aproximadamente 140 Extensionistas no período de 2008 e 2023, inscritos(as) no referido projeto. Foram atendidas 1246 mulheres, com idade entre 14 e 85 anos, que requeriam a Consulta de Enfermagem Ginecológica incluindo anamnese, exame clínico das mamas (inspeção, a palpação e expressão do mamilo), orientação para o Autoexame das Mamas (AEM) e solicitação de mamografia de acordo com os achados clínicos ou idade acima de 40 anos. Realizado o exame especular com a coleta de material para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer cérvicouterino. A interpretação do laudo do Papanicolaou e da Mamografia faz parte do atendimento, atentando-se para os possíveis tratamentos, orientações e encaminhamentos. São desenvolvidas atividades educativas em grupo e ou individual, com temas voltados para a saúde da mulher e sobre alterações ginecológicas (BRASIL, 2013; CASCAVEL, 2018a; CASCAVEL, 2018b). CONSIDERAÇÕES: Todos os atendimentos são registrados em prontuários, livro registro e relatórios. O cuidado humanizado permeia todas as ações de cuidado, primando pelo acolhimento, escuta ativa e vínculo. Tanto as mulheres, quanto os(as) alunos (as) extensionistas são beneficiados, mostrando a importância da extensão universitária na comunidade, como retorno social.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

IMPLEMENTAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE EM UMA UNIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: MAPEAMENTO DE PROCESSOS, SIPOC E PLANO DE AÇÃO 5W2H

Autores: Gabriela Provin de Souza | Aline Francisca Cesário Feitosa , Daniela Silveira Pereira , Luiza Regina Antonio Zapani

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba - FEAS
Palavras-chave: Atenção primária de saúde; Qualidade dos Serviços de Saúde; Melhoria de Qualidade.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7145


Resumo:

Caracterização do problema: Em março de 2024, a coordenação de uma Unidade Municipal de Saúde (UMS) de Curitiba - PR identificou um aumento no tempo de espera do usuário no acolhimento e a ausência de padronização nos atendimentos e encaminhamentos, o que abriu espaço para ações voltadas a aprimorar a satisfação dos pacientes e a produtividade da equipe. Justificativa: A necessidade de melhorar a resolutividade do acolhimento e padronizar o processo de trabalho, motivaram a aplicação das ferramentas da qualidade. Objetivos: Relatar a experiência de cada etapa do processo do acolhimento, identificar fragilidades e potencialidades, e definir ações eficazes para os pontos críticos identificados. Descrição da experiência: A implementação das ferramentas seguiu quatro etapas: 1) Mapeamento de processo: Observou-se a equipe de acolhimento durante uma semana, identificando pontos fortes e oportunidades de melhorias; 2) SIPOC: A ferramenta ajudou a mapear o processo, delimitando barreiras e fatores importantes: supplier (fornecedor), input (entradas), process (processo), outputs (saída) e customer (cliente/serviços); 3) Fluxograma: utilizando o Bizagi Modeler, desenvolveu-se a representação gráfica das etapas do processo, revelando os pontos críticos; 4) Plano de ação 5W2H: Elaborou-se um plano contendo: WHY (Causa), WHAT (Ação), HOW (Como Fazer), WHO (Responsável), WHERE (Área), WHEN (Data) e HOW MUCH (Investimentos). Implementado em março, o plano envolveu alinhar fluxos internos e capacitar a equipe para um acolhimento integral, aprimorando a abordagem inicial. A análise do mapeamento revelou pontos críticos como encaminhamentos incorretos e dificuldades na identificação da principal demanda do usuário. Reflexão sobre a experiência: A implementação das ferramentas mostrou-se eficaz na identificação e correção de problemas no acolhimento. A padronização do processo e a capacitação da equipe resultaram em maior eficiência e satisfação dos pacientes. Contudo, a necessidade contínua de monitoramento e ajustes destacam a importância de um acompanhamento constante. Recomendações: Recomenda-se o monitoramento dos indicadores de desempenho para garantir a eficácia das mudanças, manter a capacitação contínua da equipe e ajustar processos conforme necessário para assegurar a qualidade do atendimento.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ALEITAMENTO MATERNO E TRABALHO MATERNO: DESAFIOS EXISTENTES NA PROTEÇÃO LEGAL

Autores: Carolina Belomo de Souza | Rubia Daniela Thieme 2, Anabelle Retondario 2, Maykeline Stephani Pereira Mangia 1, Jackeline da Rocha Vasques 3, Lilian Gonçalves Teixeira 1

Instituição: 1 Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde – Universidade Federal de Lavras (UFLA); 2 Departamento de Nutrição - Universidade Federal do Paraná (UFPR); 3 Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Palavras-chave: Aleitamento materno; Mulheres Trabalhadoras; Promoção da saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7147


Resumo:

Introdução: A inserção da mulher no mercado de trabalho representa um desafio para a amamentação1,2. A legislação brasileira que trata da amamentação no trabalho está principalmente delineada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)3. Objetivos: Discorrer sobre os desafios relacionados à proteção legal do Aleitamento Materno (AM) para mulheres trabalhadoras brasileiras e comparar com recomendações internacionais. Método: Realizou-se busca e análise dos artigos da CLT pertinentes ao AM no trabalho a partir das palavras-chave amamentação e amamentar. Em seguida, buscou-se comparar às recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT): Convenção 1834 e Recomendação 1915. Resultados/discussão: foram identificados os artigos 389, 392, 396 e 400 pertinentes ao AM. O artigo 389 dispõe sobre creche no local de trabalho ou vale creche, obrigatório para todas as empresas com pelo menos 30 mulheres acima de 16 anos durante o período de amamentação, não encontrado na OIT. Já o artigo 392 propõe o direito a quatro meses (16 semanas) de Licença Maternidade (LM), período este superior ao recomendado pela OIT (de 14 semanas). O artigo 396 dispõe sobre pausas para amamentar ou extrair o leite durante a jornada de trabalho, que prevê dois descansos de meia hora até o filho completar seis meses. Nesse caso, os horários poderão ser acordados entre a mulher e o empregador, permitindo a flexibilização do horário de trabalho. Este item está parcialmente conforme à OIT, pois esta prevê as pausas, mas não estabelece o prazo máximo de seis meses. É fundamental manter essas pausas enquanto durar a amamentação ou até dois anos. Quanto aos locais destinados à guarda dos filhos, que devem incluir sala de amamentação, está previsto no artigo 400 da CLT, mas não na OIT. Outro avanço que pode ser citado no Brasil é a possibilidade de extensão da LM em dois meses para empresas que aderirem ao programa empresa cidadã4. Contudo, tal extensão não foi emendada à CLT3. Conclusões: A legislação brasileira de apoio à amamentação no trabalho ultrapassa as recomendações da OIT, embora o Brasil não tenha ratificado a Convenção 183. A atualização das leis trabalhistas referentes à amamentação é importante para melhorar os índices de AM no Brasil. Entre os desafios pendentes estão a extensão da LM para seis meses para todas as trabalhadoras, a ampliação do período de pausas para amamentação até os dois anos de idade da criança e a proteção ao AM para as trabalhadoras informais.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ALEITAMENTO MATERNO E O ALCANCE DOS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Autores: Carolina Belomo de Souza | Anabelle Retondário 2, Jackeline da Rocha Vasques 3, Maykeline Stephani Pereira Mangia 1, Regina Paula Guimarães Vieira Cavalcante da Silva 4, Lilian Gonçalves Teixeira 1

Instituição: 1 Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde – Universidade Federal de Lavras (UFLA); 2 Departamento de Nutrição - Universidade Federal do Paraná (UFPR); 3 Secretaria de Estado da Saúde do Paraná; 4 Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Ad
Palavras-chave: Aleitamento materno; Promoção da saúde; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7160


Resumo:

Introdução: Os benefícios do aleitamento materno para a saúde materno-infantil são inquestionáveis1. Há uma relação positiva entre a promoção da amamentação e o alcance de alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)1, 2. Objetivos: refletir sobre a potencial contribuição do Aleitamento Materno (AM) para o alcance dos ODS. Método: Entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020, foi aplicado um questionário semiestruturado de autopreenchimento online contendo questões relacionadas à prática do AM no local de trabalho a mulheres trabalhadoras de empresas do estado do Paraná com Salas de Apoio à Amamentação (SAA) certificadas pelo Ministério da Saúde até 2017. A partir das respostas, realizou-se uma reflexão sobre relações entre promoção ao AM e os ODS. Resultados/discussão: responderam à pergunta 53 mulheres de 28 a 41 anos, 88,7% com ensino superior completo e 96% casadas. A partir das respostas foi possível refletir sobre possíveis contribuição do AM para o alcance de alguns dos ODS, como 2: 1) Erradicação da pobreza (ODS 1): o AM está associado a um maior rendimento financeiro na vida adulta daqueles que foram amamentados; 2) Fome zero (ODS 2): o AM diminui a fome e a subnutrição, favorecendo o crescimento e desenvolvimento integral da criança nos primeiros anos de vida; 3) Saúde e bem-estar (ODS 3): o AM beneficia a saúde física e mental, além de promover o bem-estar de mães e crianças, reduzindo a mortalidade materno-infantil; 4) Educação de qualidade (ODS 4): o AM está ligado a um aumento do quociente de inteligência, com crianças amamentadas por mais tempo participando mais em atividades educativas. 5) Redução das desigualdades (ODS 10): o AM oferece o melhor início de vida, reduzindo a morbimortalidade infantil, promovendo o bem-estar físico e emocional, e melhorando o rendimento na vida adulta, o que diminui as desigualdades sociais ao longo das gerações. 6) Consumo e Produção responsável (ODS 12): o AM desempenha um papel importante na redução do desperdício alimentar e das perdas ao longo das cadeias de produção e fornecimento de alimentos. 7) Ação climática (ODS 13): o AM é uma prática sustentável que não causa danos ao meio ambiente, ao contrário das fórmulas para bebês, que podem aumentar as emissões de gases de efeito estufa e a produção de resíduos, devendo ser adotadas apenas quando necessário. Conclusões: identificou-se que a promoção do AM pode contribuir para um potencial alcance de 7 dos 17 ODS.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ENTRETENIMENTO X EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: 47525967920 | ELIANA CRISTINA DA SILVA, FABIANA IZABEL PEREIRA, SHEILA HOLZMANN GAIO, RODRIGO GUERREIRO BASTOS

Instituição: PREFEITURA MUCINICPAL DE CURITIBA
Palavras-chave: ENTRETENIMENTO, DIVERSÃO, EDUCAÇÃO EM SAUDE
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7171


Resumo:

O presente relato desataca-se a história de uma agente comunitária de saúde, que atua em uma equipe da ESF, em um bairro da cidade de Curitiba do estado do Paraná. Pela sua iniciativa em 2005, participou de uma ação voluntaria na comunidade denominada servir sopas as pessoas necessitadas. Frente a essa atividade fez sua participação se fantasiando de palhaço para entreter as crianças filhas dos pais que estavam no local. A partir desse momento percebeu a importância de desenvolver nas atividades de grupos que a equipe da unidade de saúde realizava com frequência a se fantasiar com roupas alusivas aos meses com referência de discussão e promoção e prevenção a saúde, exemplo “setembro Amarelo”. O objetivo tem como divertir as pessoas do SUS que frequentam a unidade de saúde, sensibilizar, educar no seu cuidado frente a doença, bem como prevenir complicações. A medida que percebeu a necessidade de vários eventos promovido pela unidade de saúde internamente e externamente para comunidade, houve a necessidade de confecção de várias fantasias, totalizando dez fantasias no momento. Após ser planejado os eventos em grupos para os meses de atuação da equipe medica, enfermagem e odontologia nas atividades de promoção e prevenção, faz -se necessário a vestimenta de uma fantasia e preparo com maquiagem e adereços se necessário, caracterizando a intenção do momento de discussão e atenção ao tema de contextualização. As atividades em grupos como programa de doentes crônicos, puericultura, e atividades externas como ações coletivas com a equipe da odontologia, realizo também a minha a participação ajudando na promoção a saúde com o uso do lúdico. Essa experiencia pode ser fácil de se aplicar em outras realidades, basta identificar o profissional e investir no seu talento, para que seja desenvolvido nas ações de promoção e prevenção essa metodologia do entreter e educar em saúde. Nessa trajetória quando essa Acs iniciou essa pratica,” teve uma preocupação quando um dia ao se fantasiar de mamãe Noel por negra como identidade social, perguntou o que estava faltando na fantasia para estar igual a mamãe Noel? E a criança respondeu que só faltava uma peruca branca”, com isso percebeu que as crianças não tem preconceito com relação a cor. O aprendizado foi valoroso, o encantamento das pessoas demostra que a realização do fazer do "cotidiano fica mais leve"., promoção e prevenção da saude. Executar com exelência na prestação de servir com amor e dedicação.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A DEPRESSÃO EM UMA UBS DE FAZENDA RIO GRANDE - PR.

Autores: Pedro Affonso Guimarães | Giuliana Lugarini, Felipe Mendes Pontarolla

Instituição: Universidade Positivo
Palavras-chave: Transtorno Depressivo; Ação Comunitária para a Saúde; Intervenção Clínica.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7174


Resumo:

Caracterização do problema: A depressão é uma condição de saúde mental que afeta uma parcela significativa da população, com profundas implicações para o bem-estar individual e coletivo. O estigma associado dificulta a busca por ajuda e tratamento, agravando o quadro clínico dos indivíduos afetados e influenciando a adesão ao tratamento de condições crônicas. Justificativa: Dada a alta prevalência de queixas psicológicas entre os usuários da UBS e o impacto negativo da depressão na adesão ao tratamento de outras condições crônicas, justificou-se a implementação de uma campanha educativa. A ação visou não apenas aumentar o conhecimento sobre a depressão, mas também reduzir o estigma e promover a busca por ajuda. Objetivos: Buscou-se aumentar a conscientização sobre a depressão entre os usuários da UBS; fornecer informações claras e acessíveis sobre a depressão, incluindo definição, epidemiologia, apresentação clínica e recursos de assistência; reduzir o estigma associado à depressão na comunidade e, por fim, promover a busca por ajuda e tratamento adequado. Descrição da experiência: Após identificar a necessidade da campanha, desenvolveu-se um panfleto educativo contendo informações simples e relevantes sobre a depressão, traduzidas para um entendimento acessível a diferentes níveis sociais. O material foi distribuído de duas formas: na recepção da UBS e nos consultórios durante as consultas. Paralelamente, um vídeo educativo com conteúdo similar foi produzido e exibido na recepção da UBS nos horários de maior fluxo de pacientes, visando alcançar aqueles que não se sentissem confortáveis em pegar os panfletos. A comunidade se mostrou receptiva à campanha, aderindo à ideia de educação e propagação de conhecimento sobre a depressão. Reflexão sobre a experiência: A campanha foi benéfica não apenas do ponto de vista educacional, mas por proporcionar uma abordagem completa aos pacientes, mostrando-lhes pontos de apoio para o enfrentamento da depressão, reduzindo o estigma e promovendo a busca por ajuda na comunidade. A continuidade e a expansão dessas ações são recomendadas para manter e ampliar seus benefícios. Recomendações: Recomenda-se a continuidade e a periodicidade das campanhas educativas sobre saúde mental na UBS em questão, visando manter a educação dos pacientes. Assim como a ampliação do conteúdo educacional, parcerias com outras instituições de saúde e organizações comunitárias para fortalecer a rede de apoio aos pacientes.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATENDIMENTO DOMICILIAR AO ADOLESCENTE COM DEFICIÊNCIA: UM OLHAR NO CUIDADO DA HIGIENE BUCAL ALÉM DO AMBIENTE CLÍNICO

Autores: Brenda Rafaella da Silva Magalhães | Ademar Takahama Júnior, Wilson José Garbellini, Andres Felipe Cartagena Molina, Ricardo Sergio Almeida

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Pessoas com deficiência; Higiene bucal; Atendimento domiciliar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7205


Resumo:

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é assegurado o atendimento integral à saúde da criança e do adolescente com acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde destacando atendimento especializado às pessoas com deficiência (PcD). Porém, é de conhecimento coletivo que a acessibilidade pelo deslocamento à unidade de saúde bem como pela inclusão das PcD ainda é tema de discussão e trilha um longo caminho coletivo mesmo com os direitos garantidos por lei. O projeto de extensão “Atenção Domiciliar: Higiene Bucal de Pacientes Acamados Dependentes”, desenvolvido por docentes e discentes do curso de odontologia da Universidade Estadual de Londrina realiza atendimentos domiciliares com pacientes acamados em decorrência de doenças degenerativas ou acidentes. O presente trabalho busca relatar a experiência em assistência domiciliar à paciente adolescente, portadora de paralisia cerebral decorrente de asfixia perinatal com comprometimento motor e distúrbio da fala, com estruturas e funções auditivas, visuais e intelectuais preservadas. O atendimento foi baseado no tratamento restaurador atraumático (Atraumatic Restorative Treatment - ART) com ênfase em medidas preventivas em relação à cárie dental e controle da doença bem como ao tratamento de gengivite e doença periodontal leve. Foi realizado o treinamento e aperfeiçoamento de escovação e uso de fio dental aos cuidadores como parte do processo de educação em saúde. Buscamos ofertar à paciente um atendimento que vise melhorias da qualidade de vida referente à saúde bucal e sistêmica de forma holística pautando-se no vínculo e no acolhimento. Também relatamos a experiência como fonte enriquecedora quanto ao aprendizado e amadurecimento profissional e pessoal no atendimento odontológico com enfoque na humanização, termo abstrato e em desenvolvimento de aplicabilidade na sociedade. Em suma, buscamos divulgar cientificamente o atendimento à PcD adolescente bem como incentivar a elaboração, aperfeiçoamento e visibilidade de políticas públicas de atendimentos direcionados a esta parcela da população, crescente e presente em nossa sociedade.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

A SOBRECARGA GERADA NO CUIDADO DE PACIENTES IDOSOS COM DECLÍNIO COGNITIVO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Alcir de Sousa Teixeira Junior | Ademar Henrique de Andrade, Bianca Tavares Lopes Franco, Glenda Maria Dalla Rosa, Juan Kaito Egima, Kauê Kelvin Bueno

Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas
Palavras-chave: Cuidador; Sobrecarga; Saúde do Idoso
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7212


Resumo:

Caracterização do problema: Com o envelhecimento da população, a demência tem se tornado uma questão crítica. Segundo a Alzheimer’s Association, há cerca de 50 milhões de pessoas vivendo com demência globalmente, e esse número pode atingir 160 milhões até 2050. No Brasil, a responsabilidade de cuidar de idosos recai culturalmente sobre as mulheres, causando sobrecarga física, emocional e financeira aos cuidadores familiares, especialmente em casos de demência. Justificativa: A sobrecarga do cuidador de pacientes com demência é uma realidade que impacta diretamente a qualidade de vida de ambos. Entender os fatores que contribuem para esse desgaste é crucial para desenvolver estratégias de suporte que possam minimizar o impacto negativo sobre os cuidadores e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: O objetivo deste relato é compreender a sobrecarga dos cuidadores de pacientes idosos com demência, identificar os principais fatores que contribuem para esse desgaste e propor recomendações que possam aliviar essa carga. Descrição da experiência: O estudo foi realizado por estudantes de medicina da PUC-MG, no domicílio de uma cuidadora no município de Poços de Caldas, entre agosto e novembro de 2023. Foram feitas cinco visitas com a aplicação da Escala de Zarit para avaliar a sobrecarga da cuidadora, Dona XPTO, responsável pelo cuidado do seu esposo, Sr. XZY, um paciente idoso com demência. Reflexão sobre a experiência: Através das visitas, observou-se que Dona XPTO apresentava sinais claros de sobrecarga emocional e física, exacerbados pela falta de suporte social e financeiro. A aplicação da Escala de Zarit confirmou um alto nível de estresse, refletido em uma pontuação de 35, indicando uma sobrecarga severa. A situação destacou a necessidade de intervenções que incluam suporte psicológico e capacitação para os cuidadores, além de maior envolvimento dos serviços de saúde. Recomendações: 1. Suporte Psicológico: Implementar sessões regulares de terapia para cuidadores em unidades básicas de saúde; 2. Capacitação e Educação: Oferecer programas de treinamento que abordem a gestão de cuidados e técnicas de autocuidado para os cuidadores; 3. Apoio Social: Estimular a criação de grupos de apoio para cuidadores, proporcionando um espaço para troca de experiências e apoio emocional; e 4. Intervenção Multiprofissional: Envolver equipes multidisciplinares da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para oferecer suporte integral aos cuidadores

3 ET3 - Atenção primária à saúde

UMA REVOLUÇÃO NAS SOMBRAS: REVELANDO A ATENÇÃO DOMICILIAR NO SUS

Autores: Rafaelly Gomes Vieira | Kelly Cristina Camargo, João Luis Barp de Souza, Viviane Vieira

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana / UNILA
Palavras-chave: Atenção domiciliar; integralidade; fisioterapia
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7218


Resumo:

Caracterização do problema: O serviço de atendimento domiciliar do SUS de Foz do Iguaçu enfrenta problemas relacionados à falta de estrutura adequada para atender a demanda existente na região. A falta de profissionais para a realização dos atendimentos de forma eficiente é outro obstáculo enfrentado pelo serviço. Além disso, a demora na realização dos atendimentos domiciliares, a falta de insumos e de equipamentos adequados, bem como a falta de articulação entre as diferentes equipes de saúde que atuam no atendimento domiciliar, o que acarreta em um atendimento fragmentado e muitas vezes ineficaz para o paciente. Justificativa: Diante disso se torna necessário repensar as políticas públicas de saúde em Foz do Iguaçu e investir mais recursos e atenção na melhoria do serviço de atendimento domiciliar do SUS, visando garantir um atendimento de qualidade e humanizado para toda a população. Descrição da experiência: No contexto da saúde pública, a equipe de fisioterapeutas da Atenção Primária à Saúde (APS) identificou a necessidade de otimizar o atendimento domiciliar aos pacientes que demandavam cuidados especializados. Para tanto, foi realizada uma estratificação dos pacientes de acordo com a gravidade de sua condição de saúde, permitindo uma triagem mais eficiente e uma melhor alocação de recursos. Reflexão sobre a experiência: Com a estratificação dos pacientes, foi possível identificar aqueles com maior risco de complicações ou desfechos negativos, priorizando seu atendimento e garantindo uma intervenção mais rápida e eficaz. Além disso, a equipe desenvolveu um protocolo padronizado de atendimento domiciliar, que estabelecia diretrizes claras e objetivas para a avaliação, tratamento e acompanhamento dos pacientes. A implementação dessas estratégias resultou em significativos ganhos para os pacientes atendidos. Foi observada uma melhora na adesão ao tratamento, na qualidade de vida e na autonomia funcional dos pacientes, bem como na redução de complicações. Além disso, a padronização do protocolo de atendimento contribuiu para a uniformização da prática clínica, garantindo um serviço mais eficiente e de maior qualidade. Recomendações: a combinação da estratificação dos pacientes e da padronização do protocolo de atendimento domiciliar de fisioterapia pela APS se mostrou eficaz e bem-sucedida, resultando em uma melhor gestão dos recursos, uma maior satisfação dos pacientes e uma melhora significativa nos desfechos de saúde, sendo, portanto, replicável.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ASSISTÊNCIA PRESTADA AO IDOSO APÓS A ALTA HOSPITALAR POR PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Autores: Natalie Maria Rodrigues Batista | Mara Solange Gomes Dellaroza

Instituição: Universidade Estadual de Londrina / Autarquia Municipal de Saúde
Palavras-chave: Idoso; Atenção primária à saúde; Alta do paciente; Cuidado transicional; Assistência domiciliar.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7236


Resumo:

Introdução: No Brasil, significativas transformações demográficas têm sido observadas, como o aumento da expectativa de vida da população. Com o envelhecimento populacional associa-se o surgimento de doenças crônicas que exigem cuidados e tratamentos constantes, muitas vezes tratados em ambientes hospitalares. Durante as hospitalizações, idosos e cuidadores precisam receber orientações adequadas, para redução de incapacidades e danos, evitar internações subsequentes e assegurar qualidade de vida. É importante que essa assistência seja continuada na Atenção Primária em Saúde, considerada a porta de entrada dos serviços e o primeiro acesso dessa população. Diante disso, o planejamento da alta é importante para preencher algumas lacunas que surgem entre o cuidado no hospital e a assistência no domicílio. Objetivo: Analisar os condicionantes facilitadores e inibidores no processo de alta do idoso dependente para Atenção Primária em Saúde e descrever as possíveis intervenções e qualificação do processo da alta, na perspectiva de profissionais de saúde. Método: Estudo qualitativo, referente a fase exploratória de uma pesquisa-ação, pautado no referencial teórico Teoria das Transições. Os participantes até o momento foram 5 profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde de uma cidade situada no norte do Paraná. Os dados são parciais e foram coletados por meio de entrevistas individuais e observação da rotina de visitas domiciliares, no período de março de 2024 a maio 2024 e ainda serão analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo. Resultados: O achado evidenciado para esta pesquisa faz parte de um projeto maior de doutorado, os dados são parciais e a pesquisa ainda se encontra em andamento. Após algumas coletas realizadas, percebeu-se algumas ações que se destacaram durante o período de observação: relação da equipe com o paciente e seus cuidadores; ações desenvolvidas no domicílio; ações compartilhadas com a família. Considerações finais: é importante ressaltar a necessidade do preparo dos profissionais no nível primário, secundário e terciário para que as ações de promoção à Saúde do Idoso sejam eficazes para obtenção de uma alta de qualidade. Para isso é necessário que os profissionais sejam preparados para o envelhecimento da população e seus familiares, de uma rede de serviço preparada para atuar na educação em saúde desta população e assim evitarmos os inibidores do processo de transição.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATENDIMENTO AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS COMO OPORTUNIDADE DE RASTREIO DE COMPROMETIMENTO COGNITIVO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Henrique Braga de Freitas | Pamella Dries Grus de Paula, Evani Marques Pereira , Juliany Ellis Rosa Sanabria , Iria Barbara De Oliveira, Maria Cristina Umpiérrez Vieira

Instituição: Universidade Estadual do Centro Oeste
Palavras-chave: Estratégias de Saúde; Fatores de Risco; Saúde Mental
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7258


Resumo:

Caracterização do problema: Diabetes Mellitus(DM) constitui-se de distúrbios metabólicos diversos que apresentam em comum o estado de hiperglicemia, enquanto comprometimento cognitivo(CG) é usado para definir qualquer mudança de funcionamento cognitivo normal. Destaca-se a DM como um fator de risco importante para o comprometimento cognitivo. Justificativa: O aumento significativo da prevalência de DM e CG, especialmente em idosos, e da relação comprovada entre essas condições, é fundamental desenvolver e implementar estratégias eficazes de intervenção. É crucial o papel da extensão comunitária para a intervenção e mitigação dos impactos dessas doenças, como o fortalecimento do acompanhamento multiprofissional e estímulo à longitudinalidade do cuidado. Objetivo: Relatar a experiência sobre o atendimento multiprofissional ao idoso com DM e a oportunidade para rastreio. Descrição da experiência: O projeto “Integração do processo de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da saúde do adulto e idoso” foi realizado em uma unidade de população vulnerável, localizada em Guarapuava/PR, no período de dezembro de 2023 a junho de 2024, o qual ainda se encontra ativo. A UBS possui 433 diabéticos, dos quais foram atendidos 100 usuários inativos. Destes observou-se déficit cognitivo em pacientes portadores de diabetes mellitus. Reflexão sobre a experiência: As ações realizadas, foram consultas individuais, exame físico completo, prevenção para o pé diabético, interpretação de exames, análise de possível interação medicamentosa e prosseguimento para o atendimento multiprofissional para o tratamento de comorbidades identificadas na respectiva consulta. O desenvolvimento profissional dos acadêmicos destacou-se a importância da abordagem holística na prática clínica, reforçando a necessidade de uma visão integrada da saúde física e mental. A avaliação do paciente diabético, oportunizou o rastreamento para o CG. Após as necessidades identificadas foram realizadas intervenções pertinentes aos indivíduos. Esta vivência proporcionou aos acadêmicos o contato com a realidade para além da sala de aula. Recomendações: Devido à relação entre DM e CG é necessário conscientizar a população diabética sobre a necessidade do tratamento adequado, buscando alcançar os portadores de diabetes inativos, visando a prevenção e retardo do comprometimento cognitivo, bem como as complicações do diabetes.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NASCIDOS VIVOS EM UM MUNICÍPIO DO NORTE DO PARANÁ

Autores: Rosiméry Lenzi | Julia Fernanda Fávaro, Márcia Isabela Amaro dos Santos, Gilcilene de Fátima Moura, Talita Vidotte Costa

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Palavras-chave: Sistema de Informação; Nascido Vivo; Estatísticas Vitais; Saúde Materno-Infantil
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7270


Resumo:

Introdução: O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) contido no site do DATASUS tem por objetivo coletar, produzir, analisar e divulgar dados sobre os nascidos vivos em todo território brasileiro, podendo ser considerados importantes indicadores de saúde pública. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos nascidos vivos de um município localizado ao norte do Paraná, notificados ao Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no ano de 2022. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem quantitativa, elaborado com base no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), do ano de 2022. A amostra do estudo foi constituída por 379 registros, sendo a coleta de dados realizada em janeiro de 2024, por meio do preenchimento de um instrumento contendo variáveis relacionadas a dados sociodemográficos das mães, da gestação e das condições do recém-nascido. Os mesmos foram armazenados e analisados pelo Microsoft Excel 365® e os resultados foram apresentados por meio de frequência absoluta e relativa. Por se tratar de estudo realizado com dados secundários, de acesso público, não foi necessária autorização do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos para seu desenvolvimento. Resultados: Dos 379 partos, 281 (74,1%) mulheres tinham entre 20 e 34 anos, 321 (84,7%) apresentaram oito ou mais anos de instrução escolar e 251 (66,2%) viviam com um companheiro durante a gestação. Relacionado ao Pré-Natal, verificou que 342 (90,2%) mulheres realizaram mais de sete consultas e 329 (86,9%) partos ocorreram a termo, 370 (97,6%) tiveram gestação única, e houve alta incidência de cesarianas 285 (75,2%). Foram identificadas duas (0,5%) anomalias congênitas, sendo elas: espinha bífida e outra osteomuscular. Conclusão: Conhecer os indicadores da saúde materno-infantil subsidiam o planejamento e direcionamento das ações que visam à qualidade da assistência.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NASCIDOS VIVOS EM UM MUNICÍPIO DO NORTE DO PARANÁ

Autores: Rosiméry Lenzi | Julia Fernanda Fávaro, Márcia Isabela Amaro dos Santos, Gilcilene de Fátima Moura, Talita Vidotte Costa

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Palavras-chave: Sistema de Informação; Nascido Vivo; Estatísticas Vitais; Saúde Materno-Infantil
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7270


Resumo:

Introdução: O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) contido no site do DATASUS tem por objetivo coletar, produzir, analisar e divulgar dados sobre os nascidos vivos em todo território brasileiro, podendo ser considerados importantes indicadores de saúde pública. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos nascidos vivos de um município localizado ao norte do Paraná, notificados ao Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no ano de 2022. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem quantitativa, elaborado com base no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), do ano de 2022. A amostra do estudo foi constituída por 379 registros, sendo a coleta de dados realizada em janeiro de 2024, por meio do preenchimento de um instrumento contendo variáveis relacionadas a dados sociodemográficos das mães, da gestação e das condições do recém-nascido. Os mesmos foram armazenados e analisados pelo Microsoft Excel 365® e os resultados foram apresentados por meio de frequência absoluta e relativa. Por se tratar de estudo realizado com dados secundários, de acesso público, não foi necessária autorização do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos para seu desenvolvimento. Resultados: Dos 379 partos, 281 (74,1%) mulheres tinham entre 20 e 34 anos, 321 (84,7%) apresentaram oito ou mais anos de instrução escolar e 251 (66,2%) viviam com um companheiro durante a gestação. Relacionado ao Pré-Natal, verificou que 342 (90,2%) mulheres realizaram mais de sete consultas e 329 (86,9%) partos ocorreram a termo, 370 (97,6%) tiveram gestação única, e houve alta incidência de cesarianas 285 (75,2%). Foram identificadas duas (0,5%) anomalias congênitas, sendo elas: espinha bífida e outra osteomuscular. Conclusão: Conhecer os indicadores da saúde materno-infantil subsidiam o planejamento e direcionamento das ações que visam à qualidade da assistência.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NASCIDOS VIVOS EM UM MUNICÍPIO DO NORTE DO PARANÁ

Autores: Rosiméry Lenzi | Julia Fernanda Fávaro, Márcia Isabela Amaro dos Santos, Gilcilene de Fátima Moura, Talita Vidotte Costa

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Palavras-chave: Sistema de Informação; Nascido Vivo; Estatísticas Vitais; Saúde Materno-Infantil
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7270


Resumo:

Introdução: O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) contido no site do DATASUS tem por objetivo coletar, produzir, analisar e divulgar dados sobre os nascidos vivos em todo território brasileiro, podendo ser considerados importantes indicadores de saúde pública. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos nascidos vivos de um município localizado ao norte do Paraná, notificados ao Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no ano de 2022. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem quantitativa, elaborado com base no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), do ano de 2022. A amostra do estudo foi constituída por 379 registros, sendo a coleta de dados realizada em janeiro de 2024, por meio do preenchimento de um instrumento contendo variáveis relacionadas a dados sociodemográficos das mães, da gestação e das condições do recém-nascido. Os mesmos foram armazenados e analisados pelo Microsoft Excel 365® e os resultados foram apresentados por meio de frequência absoluta e relativa. Por se tratar de estudo realizado com dados secundários, de acesso público, não foi necessária autorização do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos para seu desenvolvimento. Resultados: Dos 379 partos, 281 (74,1%) mulheres tinham entre 20 e 34 anos, 321 (84,7%) apresentaram oito ou mais anos de instrução escolar e 251 (66,2%) viviam com um companheiro durante a gestação. Relacionado ao Pré-Natal, verificou que 342 (90,2%) mulheres realizaram mais de sete consultas e 329 (86,9%) partos ocorreram a termo, 370 (97,6%) tiveram gestação única, e houve alta incidência de cesarianas 285 (75,2%). Foram identificadas duas (0,5%) anomalias congênitas, sendo elas: espinha bífida e outra osteomuscular. Conclusão: Conhecer os indicadores da saúde materno-infantil subsidiam o planejamento e direcionamento das ações que visam à qualidade da assistência.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

AVALIAÇÃO DOS PÉS DOS PACIENTES DIABÉTICOS DE MUNICÍPIOS DO NORTE DO PARANÁ

Autores: Rebeca Vitória Lima Romanini | Kathleen Louise Bernini , Gabriella Vitorino da Silva Rocha , Camilli Vitória Ferreira , Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo

Instituição: UENP- Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: pé diabético; complicações do diabetes; orientação.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7313


Resumo:

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma condição crônica que envolve distúrbios metabólicos caracterizados por hiperglicemia devido a defeitos na ação e/ou secreção da insulina. Quando não controlada, pode causar complicações crônicas como nefropatia, retinopatia e pé diabético. Objetivo: Descrever as avaliações dos pés de pacientes diabéticos atendidos em Bandeirantes – PR e Itambaracá – PR. Metodologia: O estudo é descritivo e quantitativo, baseado em inquéritos por entrevista, com uma amostra de conveniência e acessibilidade. Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), CAAE 71602423.6.0000.8123. Resultados e Discussão: Foram atendidos 166 pacientes diabéticos. Observou-se que 68,1% dos participantes era do sexo feminino e tinha 66 anos ou mais. Na avaliação dos membros inferiores, apenas 51 não relataram desconforto. Entre os que relataram desconforto, destacam-se dor 50,6%, formigamento 22,8% e queimação 20,4%. Quanto à fraqueza muscular 49,3% apresentavam em ambos os pés, enquanto 50,6% dos pacientes não relataram comprometimento muscular nos membros inferiores. Lesões decorrentes do diabetes foram registradas em 21 (12,6%) casos. Dentre as características dos pés, destacam-se pele fria 84,3%, pele seca 83,1%, calosidades 59,0% e fissuras 36,1%. Outros sintomas incluíram maceração, parestesia/formigamento, ulceração, cianose, palidez, pele quente e eritema. Deformidades como joanetes e dedos cavalgados foram observadas em 52,4%, artropatia de Charcot 3,0% enquanto 44,5% dos pés não apresentaram alterações. Em termos de sensibilidade protetora, 91,5% dos casos a possuíam, com apenas 8,4% demonstrando ausência. A avaliação vascular dos pulsos pediosos dos membros inferiores direito e esquerdo (MMIIDE) foi positiva em 90,3% e 92,1% dos casos, respectivamente, palpáveis. Pulsos tibiais posteriores também foram palpáveis em 89,7% (direito) e 91,5% (esquerdo). Com base nessas avaliações, foram fornecidas orientações sobre cuidados com os pés. Conclusões: O estudo demonstrou uma alta prevalência de desconforto nos membros inferiores entre os pacientes diabéticos, com sintomas como dor, formigamento e queimação. As avaliações destacaram a importância de cuidados preventivos e adequados com os pés para evitar complicações graves. Orientações sobre cuidados com os pés foram fornecidas aos pacientes, ressaltando a necessidade de um acompanhamento contínuo e especializado.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

CONHECIMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES DIABÉTICOS

Autores: Elisa Simis Poli | Ana Beatriz Pagoti da Silva, Ellen Caçorla de Almeida, Sálua Eloiza Maluf Ferreira, Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo

Instituição: UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: informação nutricional; diabetes mellitus; doença crônica.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7314


Resumo:

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma condição crônica caracterizada pela hiperglicemia devido a defeitos na ação e/ou secreção da insulina, causando complicações graves se não controlada. Um fator de risco é o peso excessivo. A alimentação saudável é um dos fatores que contribuem para o controle do índice glicêmico, sendo imprescindível manter uma dieta equilibrada. Objetivo: Descrever o conhecimento dos pacientes diabéticos referente à alimentação. Metodologia: Trata-se de um estudo realizado em Bandeirantes – PR e Itambaracá – PR. A entrevista foi realizada por um formulário composto por questões objetivas referentes à alimentação. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob número 71602423.6.0000.8123. Esse projeto de pesquisa é desenvolvido em conjunto com um projeto de extensão denominado Promoção da Saúde ao paciente Diabético e avaliou até 10 de abril de 2024 139 pacientes. Resultados e Discussão: O questionário aborda vários temas, como carboidratos, fibras, sal e adoçante. Dos 139 participantes, houve uma prevalência de 69,8% do gênero feminino. Os resultados revelaram informações como: 81,4% dos pacientes concordaram que o consumo de alimentos como pão e macarrão pode elevar os níveis de açúcar no sangue; 20,9% sustentaram a ideia de que pessoas com diabetes podem ingerir carne à vontade; 43,2% acreditaram que óleos vegetais têm potencial para controlar o colesterol. A importância das fibras foi destacada, com 88,5% dos entrevistados apontando que a casca e o bagaço de vegetais e frutas são fontes fundamentais. Além disso, 76,2% dos pacientes diabéticos reconheceram a importância de moderar o consumo de alimentos dietéticos, assim como o uso de adoçantes (84,9%). A conscientização sobre a redução do consumo de sal foi alta, com 97,2% concordando que seguir uma dieta com baixo teor de sal é importante. A maioria dos participantes (74,8%) demonstrou disposição para implementar mudanças em sua alimentação. Conclusões: Após cada resposta, os pacientes que não souberam responder ou que forneceram respostas divergentes foram orientados sobre o correto. Todas as informações nutricionais foram oferecidas sob a supervisão de uma nutricionista. O estudo revela um potencial significativo para promover cuidados essenciais no controle do Diabetes Mellitus e, consequentemente, reduzir as complicações associadas a esta condição.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL COM A ESCALA DE MORISKY

Autores: Rosangela Ziggiotti de Oliveira | Agnes Raksa, Beatriz Cristine, Fernanda Ferraz, Laura Tempsky, Stella Sondahi

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curtiba - PR
Palavras-chave: Hipertensão Arterial; Atenção Primária à Saúde; graduação
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7326


Resumo:

Introdução: Estima-se que no país 35% da população acima dos 40 anos seja hipertensa e a doença representa uma das maiores demandas nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). O cuidado destes pacientes é um dos grandes desafios para as equipes já que para reduzir as complicações decorrentes da doença, a adesão ao tratamento é fundamental. Objetivo: Conhecer a adesão ao tratamento de pacientes hipertensos que frequentam uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Curitiba, Pr. Metodologia: Durante estágio na Atenção Primária à Saúde, acadêmicos de medicina de uma escola privada de Curitiba, entrevistaram dez pacientes hipertensos que estavam na sala de espera aguardando algum tipo de atendimento. Na oportunidade, após concordância da pessoa, era feita uma abordagem sobre a sua compreensão da doença, medida da pressão arterial e aplicado um questionário validado com oito perguntas denominado “Escala de Adesão de Oito Itens de Morisky”. O instrumento explora a adesão ao tratamento com as seguintes perguntas: "Você às vezes esquece-se de tomar os seus remédios para pressão?"; "Nas duas últimas semanas, houve algum dia em que você não tomou seus remédios para pressão alta?"; "Você já parou de tomar seus remédios ou diminuiu a dose sem avisar seu médico porque se sentia pior quando os tomava?"; "Quando você viaja ou sai de casa, às vezes esquece-se de levar seus medicamentos?"; "Você tomou seus medicamentos para pressão alta ontem?"; "Quando sente que sua pressão está controlada, você às vezes para de tomar seus medicamentos?"; "Você já se sentiu incomodado por seguir corretamente o seu tratamento para pressão alta?"; "Com que frequência você tem dificuldades para lembrar-se de tomar todos os seus remédios para pressão?" O escore total é classificado de acordo com uma pontuação em alta adesão, moderada adesão e baixa adesão. Também foi realizada a medida da pressão arterial dos participantes. Resultados: Dos dez pacientes, cinco eram homens, cinco mulheres. Maior que 60 anos cinco pessoas. Níveis de pressão >= 140/90 mmHg foram encontrados em sete, todos apresentavam outras comorbidades. Alta adesão foi observada em cinco pacientes, Moderada em três e Baixa em dois. Conclusão: A Escala de Morisky é de fácil aplicação, sugere o perfil dos pacientes e as possíveis dificuldades na adesão. Conhecê-la pode ser útil para trabalhadores da APS já que esse ambiente, é local de eleição para o tratamento das doenças crônicas..

3 ET3 - Atenção primária à saúde

A PSICOLOGIA E O LUTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lucivaldo José Castellani | Lucivaldo José Castellani, Cristiana Magni

Instituição: Unicentro - Universidade Estadual do Centro Oeste
Palavras-chave: Luto, Psicologia e Atenção Primária à Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7327


Resumo:

– CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA - O luto é um processo psíquico motivado por um pesar proveniente de rompimento de um vínculo significativo que pode ser vivido por uma perda real ou simbólica. A perda de um filho está entre as categorias de luto mais devastadoras e apresenta fatores de riscos mais significativos do que qualquer outro tipo de perda. A Atenção Primária à Saúde (APS) apresenta-se como ponte de atenção e cuidados aos enlutados no território. Justificativa: O cuidado com os enlutados é sempre desafiador e a APS é um espaço promissor de interlocuções teórico-práticas e diferentes olhares e modelos teóricos para a compreensão do tema do luto. Objetivo: Relatar a vivência do profissional de psicologia na APS, no acompanhamento de um caso de luto traumático vivenciado por um familiar, pai de um jovem falecido em um acidente de carro. Descrição da experiência: trata-se do acompanhamento psicológico de um paciente, aqui denominado de Carlos, 59 anos de idade, casado há 41 anos; pai de três filhos, cujo filho mais novo, aqui denominado Carlinhos, com 19 anos, sofreu uma morte inesperada. No período que iniciou o tratamento além de sintomas físicos, relata a dificuldades para sair de casa. Utilizou-se como enfoque a Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica. Reflexão sobre a experiência: O acolhimento psicológico é uma modalidade com frequência aplicada em serviços de saúde pública. Carlos foi acolhido pela equipe multidisciplinar da APS e encaminhado ao serviço de psicologia. O psicólogo utilizou-se de uma postura de compreensão empática, transferencial e contratransferencial. O compartilhamento da dor do luto possibilitou ao paciente ressignificar a perda, deixando que o luto, antes paralisador, se tornasse um processo natural de sua história, não interrompendo a contínua construção de sua vida. Recomendações: A APS é considerada como uma parte importante de recursos sociais para as pessoas enlutadas. Os profissionais que atuam na APS, entre eles o psicólogo, dispõe de um contexto altamente propício para a condução do acompanhamento do processo de luto, beneficiando-se da proximidade com as comunidades, o que permite o conhecimento do ambiente domiciliar das pessoas, as dinâmicas familiares existentes e, assim, compreender o impacto que a perda de um ente querido pode causar tanto em âmbito individual quanto coletivo.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

COMPORTAMENTO ALIMENTAR INFANTIL DE PRÉ-ESCOLARES DE UMA ÁREA EM VULNERABILIDADE SOCIAL

Autores: Isabela Maria Probst | Leticia Soares Amancio, Anabelle Retondario

Instituição: Universidade Federal do Paraná - UFPR
Palavras-chave: comportamento relacionado à alimentação; transtorno alimentar infantil; ciência da nutrição infantil
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7333


Resumo:

O comportamento alimentar é formado na primeira infância, período entre a concepção e o sexto ano de vida. Ao longo da vida, o comportamento alimentar sofre influências e pode acarretar o aparecimento de comportamentos alimentares desordenados, como episódios de compulsão alimentar, seletividade alimentar, desejo urgentes por alimentos palatáveis, entre outros, os quais afetam negativamente os indivíduos. O objetivo do estudo foi verificar o comportamento alimentar relacionado ao interesse pela comida de pré-escolares de uma região em vulnerabilidade social. Trata-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo com crianças de 2 a 5 anos beneficiárias do Programa Bolsa Família cadastradas em duas Unidades Básicas de Saúde de um município da região metropolitana de Curitiba-PR. O interesse das crianças pela comida foi avaliado de acordo com a percepção dos pais por meio do Questionário do Comportamento Alimentar da Criança (CEBQ). O interesse pela comida foi avaliado por meio das seguintes categorias do CEBQ, em uma escala que varia de 0 a 4: prazer na comida, resposta à comida, desejo de beber bebidas adoçadas e sobre ingestão emocional. Essas categorias avaliam um maior interesse pelos alimentos e uma maior resposta externa relacionada a eles. Foram incluídas no estudo 90 crianças de 2 a 5 anos de idade (34,90±13,47 meses), sendo 52% do sexo feminino (n=47). A categoria prazer em comer apresentou o maior escore médio (3,17±1,38), seguido de resposta à comida (2,59±1,80). As meninas apresentaram média maior do que os meninos (17,47±4,23 e 16,77±4,35, respectivamente), demonstrando maior interesse pela comida. Esses resultados indicam um maior interesse pelo consumo alimentar e pela comida, o que pode levar a uma relação transtornada com a comida e ao surgimento de excesso de peso, refletindo no estado nutricional das crianças. É necessária a produção de estudos com temas semelhantes afim de fortalecer políticas de alimentação e nutrição e de saúde da criança e aumentar ações de educação alimentar e nutricional voltadas para o público infantil e familiar, fornecendo informações sobre uma alimentação adequada e saudável.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATENÇÃO PRÉ-NATAL EM UM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA NA VIGÊNCIA DA PANDEMIA DA COVID-19

Autores: Maria Aparecida Baggio | Taís Regina Schapko, Ana Paula Contiero

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Cuidado Pré-Natal; Profissionais de Saúde; Atenção Primária à Saúde; COVID-19; Saúde na Fronteira
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7336


Resumo:

Introdução: O pré-natal é considerado a principal estratégia para promoção da saúde no ciclo gravídico-puerperal. No Brasil, devido à pandemia da covid-19, foi necessária a reorganização dos serviços de saúde, para atendimento de casos suspeitos e confirmados da doença, o que pode ter agravado as lacunas já existentes na atenção pré-natal. Objetivo: Compreender a atenção pré-natal em um município de fronteira na vigência da pandemia da covid-19. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em serviços da atenção primária à saúde, com 27 participantes, entre mulheres e profissionais de saúde, por meio de entrevistas semiestruturadas, remotas e presenciais, entre agosto de 2021 a janeiro de 2022. Os dados foram analisados por análise temática de conteúdo, conforme Minayo. Resultados: Foram identificadas quatro categorias temáticas: Início do pré-natal adiado; Parcialidade nas ações em saúde no pré-natal; (Des)informação em saúde em período de pandemia; e Medidas de prevenção à covid-19 na gestação. Identificou-se que a gestação durante a pandemia causou surpresa, preocupação e medo, contribuindo para o adiamento do pré-natal. As consultas foram suspensas no início da pandemia e, ao serem retomadas, ocorreram de forma presencial, com pouca utilização da telessaúde e limitando-se a busca ativa para gestantes residentes no Brasil. Os serviços de saúde adotaram medidas para prevenção da contaminação pela covid-19. Dentre essas medidas, houve a restrição do acompanhante/companheiro durante os atendimentos. Conclusões: A pandemia da covid-19 gerou retrocessos no pré-natal, como a restrição do acompanhante nas consultas e exames, suspensão de grupos de gestantes, com prejuízos na educação em saúde, adiamento do início do pré-natal e/ou comprometimento da sua realização, particularmente de brasileiras residentes no Paraguai. A utilização do teleatendimento como estratégia para acompanhamento do pré-natal foi escassa. Os serviços de saúde se reorganizaram para dar seguimento ao pré-natal de forma presencial, adotando medidas para evitar a contaminação pela covid-19. Políticas de saúde que integrem ações entre os países de fronteira são requeridas para assegurar a atenção pré-natal e/ou a sua continuidade por meio de programas e estratégias governamentais que considerem singularidades desse contexto.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIROS NO CUIDADO TRANSCULTURAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA

Autores: Maria Aparecida Baggio | Fabiana Paes Nogueira Timoteo

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Enfermagem Transcultural; Cuidados de Enfermagem; Enfermagem; Atenção Primária à Saúde; Áreas de Fronteira
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7337


Resumo:

Introdução: O cuidado constitui função essencial da enfermagem e, por ele, se justificam as ações e competências do profissional enfermeiro, que conferem a identidade profissional dessa categoria, tornando-a diferenciada dentre todas as profissões da saúde. A enfermagem transcultural trabalha o conhecimento das crenças e valores culturais do indivíduo para a busca do cuidado culturalmente congruente. Atender uma população com características multiculturais é um dos grandes desafios para a atuação profissional. Essa realidade é encontrada no município de Foz do Iguaçu, conhecido por abrigar diversos grupos étnicos. Objetivo: O estudo objetivou-se compreender a perspectiva de enfermeiros sobre cultura e cuidado cultural em um município de fronteira. Método: Pesquisa qualitativa, com abordagem descritiva e exploratória, orientada pela Teoria do Cuidado Transcultural, de Madeleine Leninger, como referencial teórico. Participaram do estudo 18 enfermeiros, atuantes em 15 unidades de saúde, distribuídas nos cinco distritos que compõem a atenção primária à saúde do município de Foz do Iguaçu, PR. A coleta de dados foi por entrevista semiestruturada, sendo 9 de forma presencial e 9 por chamada de voz, pelo aplicativo WhatsApp, entre os meses de janeiro de 2020 e janeiro de 2021. Os dados foram analisados pela análise temática de conteúdo, conforme Minayo. Resultados: Para os enfermeiros, cultura é tudo o que o indivíduo traz como resposta do meio, desde o nascimento, passado de geração em geração. O cuidado de enfermagem transcultural, por enfermeiros da atenção primária, acontece de forma empírica e intuitiva, sem sustentação por referencial teórico ou formação em saúde. Ainda assim, foi possível identificar fatores influenciadores de saúde e modos de ação de cuidado cultural, preconizados no modelo Sunrise. Embora os enfermeiros, em suas ações, preservem hábitos e crenças dos indivíduos e famílias, principalmente na puericultura, que possibilita confiança na relação de cuidado, o idioma é considerado um obstáculo para a comunicação e interação. Considerações finais: Recomenda-se a adoção da Teoria do Cuidado Transcultural por gestores da atenção primária, para orientar a prática do cuidado de enfermagem, particularmente em território de fronteira, em razão da multiculturalidade presente. Recomenda-se oferta de disciplinas para formação em idiomas estrangeiros.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

VIVÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM UM GRUPO DE IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lucivaldo José Castellani | Danielly Flauzino Pereira, Juliana Lima Valério, Leonardo Brasil Luersen

Instituição: Unicentro - Universidade Estadual do Centro Oeste
Palavras-chave: Assistência integral à saúde; Equipe de assistência ao paciente; Saúde do idoso.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7339


Resumo:

CARACTERIZAÇÃO DO PRBLEMA: Na atenção à saúde da pessoa idosa é necessário ir além do cuidado com a doença, é preciso contemplar a funcionalidade global estabelecida pelas condições de autonomia e independência. Justificativa: O cuidado integral, com ênfase na abordagem interdisciplinar na atenção primária, é promissor para atingir a funcionalidade global dos idosos. Objetivos: Relatar a vivência dos profissionais de saúde em um grupo de idosos, produzindo reflexões a respeito do trabalho em equipe. Descrição da experiência: Em março de 2023 foi criado um grupo de idosos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), aberto à população maior de 60 anos e com encontros semanais nas dependências da UBS. Uma equipe multiprofissional elaborou o cronograma e desenvolveu as atividades durante um ano, seguindo o expediente da unidade e destinando horários da agenda exclusivamente para o grupo. Nesse período foram realizadas ações educativas em saúde com variados temas, prática de exercícios físicos, atividades recreativas, socialização, artesanato, passeios culturais e festas temáticas. Em todos os encontros pelo menos quatro membros da equipe multiprofissional estavam envolvidos no planejamento e execução. Reflexão sobre a experiência: A aproximação dos profissionais com a comunidade idosa possibilitou o vínculo com a UBS e ampliou o acesso aos serviços de saúde. Com relação a abordagem em grupo, proporcionou interação, inclusão social permitindo resgatar a autonomia do idoso. A atuação dos multiprofissionais dentro da perspectiva interdisciplinar exigiu a construção em conjunto de cada etapa desenvolvida. A divisão de tarefas deu-se de acordo com a disponibilidade dos membros, considerando atuação e conhecimento profissional. A atuação integrada da equipe contribuiu no processo do envelhecimento ativo. Recomendações: A interdisciplinaridade favorece a humanização dos processos de saúde e suporte social aos idosos. Promove maior compreensão e capacidade de escuta e acolhimento, proporcionando apoio para a superação das dificuldades e fragilidades da senilidade.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATENÇÃO A SAÚDE DE PUÉRPERAS EM UM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA AGRAVADA PELA PANDEMIA DA COVID-19

Autores: Maria Aparecida Baggio | Rosenilda Duartes Fernandes Novakowiski

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; COVID-19; Fronteira; Período Pós-Parto, Teoria Fundamentada
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7340


Resumo:

Introdução: O puerpério é um período de alterações, que envolve a saúde física, psíquica e social da mulher e de sua família. No período da pandemia por Covid-19, o distanciamento social e mudanças nos atendimentos influenciaram a atenção em saúde, também das puérperas. Objetivo: Compreender a atenção à saúde das puérperas em município de fronteira na vigência da pandemia da Covid-19. Método: Pesquisa qualitativa, com uso da teoria fundamentada nos dados, realizada na atenção primária à saúde, em um município de fronteira. O estudo contou com 30 participantes, divididos em três grupos amostrais, sendo o primeiro formado por puérperas, o segundo por profissionais da saúde e o terceiro por gestores. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, 17 presenciais e 13 por chamada de voz, pelo aplicativo WhatsApp, entre agosto de 2021 e maio de 2022. Resultados: Conforme modelo paradigmático. Contexto: discorre sobre os serviços de atenção à saúde no puerpério. Condições causais: descrevem o retorno da mulher à atenção primária e a avaliação no período pós-parto. Condições intervenientes: apontam fatores que interferiram no atendimento puerperal, relacionados à forma de acesso ao serviço, diminuição da procura por atendimento, ausência e ou insuficiência de visita domiciliar, inexistência de contrarreferência na rede de atenção, existência de um sistema de saúde sobrecarregado. Estratégias: mencionam ações dos profissionais e gestores de saúde para garantir assistência, como busca ativa, oportunidade de atendimento da mulher mediante busca do serviço para o recém-nascido, promoção do aleitamento materno e prevenção da covid-19. Consequências: indicam fragilidade da atenção puerperal, já existente, agravada pela pandemia, devido à ausência de educação em saúde puerperal, desde o pré-natal, avaliação clínica puerperal limitada, número de consultas insuficientes, foco no recém-nascido, desconhecimento de profissionais sobre near miss materno, descontinuidade da atenção puerperal, particularmente paraguaias ou brasileiras residentes no Paraguai, em razão do fechamento da fronteira. Conclusões: Constata-se atenção puerperal frágil, agravada pela pandemia. Recomenda-se qualificar a contrarreferência para garantir a continuidade da atenção puerperal, em tempo oportuno, compartilhamento de informações na rede de atenção e teleatendimento somado à consulta presencial. Políticas públicas podem fortalecer a atenção a estrangeiras e migrantes em região de fronteira.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

TELENUTRIÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rubia Daniela Thieme | Andressa Batista Kryça, Rafaela Marcondes Silva Lotz, Jerosiane Nunes Marchaukoski, Evelyn do Rocio Giehl Meneghelli

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Telenutrição; Teleconsulta; Atenção Primária à Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7345


Resumo:

Caracterização do problema: Os serviços prestados por meio da telenutrição são exclusivos para nutricionistas cadastrados no sistema e-Nutricionista, que, com base nos preceitos éticos da profissão, utilizam tecnologias da informação e comunicação para realizar assistência nutricional. A teleconsulta é uma das modalidades de telenutrição1. Na Atenção Primária à Saúde (APS), teleconsultas estão se consolidando desde a pandemia de Covid-19 e são consideradas uma estratégia para ampliar o acesso e acessibilidade da população à atenção à saúde, o contato entre profissionais de saúde e usuários, bem como a resolutividade e a integralidade do cuidado2,3. Justificativa: O avanço da telenutrição traz desafios para a efetividade do cuidado em nutrição na APS. Objetivo: Realizar relato de experiência de aplicação de telenutrição para assistência nutricional na APS. Descrição da experiência: O relato refere-se à experiência de telenutrição na APS por meio da teleconsulta realizada por ligação telefônica e aplicativo de mensagens em um município da região metropolitana de Curitiba, PR, entre 2020, ano de declaração de início da pandemia de Covid-19, e junho de 2024. Inicialmente, as teleconsultas foram realizadas para operacionalização na esfera municipal de etapa de avaliação, diagnóstico e intervenção em nutrição de programa federal voltado à prevenção, redução e controle da obesidade de crianças e adolescentes. Após, foram incluídas como grupo prioritário para telenutrição as gestantes, principalmente, com obesidade e Diabetes Mellitus Gestacional, e os usuários em risco nutricional em uso de suplementação industrializada. Reflexão sobre a experiência: A teleconsulta pode ser uma ferramenta no cuidado em nutrição, possibilitando redução do tempo de espera entre encaminhamento e consulta, criação de vínculo entre profissional e usuário, intervenção de nutrição individualizada e esclarecimento de dúvidas. Mas, barreiras tecnológicas e organizacionais dificultam as teleconsultas. Ainda, aspectos éticos, como equidade, privacidade, confidencialidade, risco e benefício devem ser considerados. Recomendações: A teleconsulta na APS não exclui assistência nutricional presencial, sendo importante identificar quando a teleconsulta é inefetiva ou os usuários não possuem recursos tecnológicos. Assim, a alteração da estratégia de cuidado pode ser realizada, com seguimento em grupos de educação alimentar e nutricional ou atenção domiciliar do usuário em uso de suplemento.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ASSISTÊNCIA FONOAUDIOLÓGICA EM VISITAS DOMICILIARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE UM DISTRITO DE SAÚDE DE CURITIBA: PERCEPÇÃO DE UMA RESIDENTE EM SAÚDE DO IDOSO

Autores: Larissa Giovanna da Silva Leite | Ana Lídia Emerick Rosa, Juliana Pinheiro Cantanhede, Aline Sobania Hiittener, Paloma Alves Miquilussi, Suellen Cristina Lopes Carvalho

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde - Feas
Palavras-chave: Assistência ao Paciente; Serviços de Assistência Domiciliar; Fonoaudiologia.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7360


Resumo:

Caracterização do problema: A assistência fonoaudiológica nas Unidades Municipais de Saúde é dividida entre avaliações e acompanhamentos de crianças, adultos e idosos, abrangendo queixas relacionadas à comunicação e à deglutição. Visitas domiciliares fazem parte da rotina da equipe de Atenção Primária, mas, em decorrência da alta demanda para uma quantidade reduzida de profissionais, resulta em uma prática não tão frequente da Fonoaudiologia nesse nível de atenção à saúde. Justificativa: Pacientes que necessitam de visitas domiciliares, em sua maioria são pessoas idosas e/ou com sequelas de algum quadro prévio ou com doenças crônicas que apresentam dificuldade de acesso aos serviços nas UMS. Sendo o fonoaudiólogo o responsável por avaliar as alterações de audição, linguagem, motricidade orofacial, fala e deglutição, a presença desse profissional nessa modalidade de atendimento pode potencializar as ações de manutenção à saúde, promovendo maior integralidade ao cuidado. Objetivo: Relatar a experiência de uma residente em Saúde do Idoso durante o estágio na atenção primária, sobre a assistência fonoaudiológica prestada nas visitas domiciliares de um distrito de saúde de Curitiba. Experiência: Dentre as diversas práticas realizadas no campo externo da Residência nas UMS estão as visitas domiciliares, realizadas majoritariamente a pacientes idosos. Nesses atendimentos, são realizadas avaliações iniciais e periódicas de distúrbios de deglutição e linguagem, instrumentalização dos cuidadores e da equipe de referência do paciente. A fim de otimizar a gestão das demandas, as Equipes de Fonoaudiologia e Nutrição têm a prática de identificar pacientes em comum para realizar as visitas de forma conjunta. A experiência do atendimento multiprofissional domiciliar fornece aos profissionais uma visão além do que compete apenas a sua atuação, favorecendo o reconhecimento das necessidades do paciente que, por sua vez, recebe um atendimento mais próximo à integralidade que o SUS preconiza. Reflexão: A assistência fonoaudiológica por meio de visitas domiciliares da Atenção Primária contribui para discussões multiprofissionais e acolhimento das demandas do paciente, auxiliando na promoção à saúde e ao cuidado integral. Recomendações: O fonoaudiólogo promove ações de acompanhamento e orientação para reabilitação ou gerenciamento dos quadros, devendo, portanto, fazer parte da equipe de visitas domiciliares objetivando potencializar e qualificar o atendimento ao paciente.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

CUIDADOS COM A SAÚDE DE TRABALHADORES DA AGRICULTURA FAMILIAR EXPOSTOS AOS AGROTÓXICOS

Autores: Simone Aparecida Galerani Mossini | 1. Vitoria Burin Borges , 2. Beatriz Fernanda de Oliveira , 3. Rosiane Lopes Vinhaes, 4. Renata Sano Lini, 6. Alice Maria de Souza Kaneshima

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Agrotóxico; Atenção primária; Genotoxicidade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7361


Resumo:

Introdução: Os agrotóxicos são utilizados de forma intensiva na agricultura, muitas vezes sem os cuidados necessários, o que contribui para o aumento das intoxicações ocupacionais. Existem estudos que associam a exposição aos agrotóxicos com o desenvolvimento de doenças crônicas como: asma, diabetes mellitus, mal de Parkinson, doença de Alzheimer, distúrbios reprodutivos e câncer1,2. Objetivo: Avaliar os cuidados com a saúde de agricultores familiares do município de Marialva - PR, expostos ocupacionalmente a agrotóxicos. Método: Estudo observacional, transversal de abordagem multimétodo abrangendo a tríade: coleta de material biológico-entrevista-observação, com produtores da agricultura familiar. O estudo foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (COPEP) da Universidade Estadual de Maringá (CAAE N° 65018017.7.0000.0104), parecer nº 6.209.432. Resultados e discussão: Participaram deste estudo 103 agricultores. A maioria com exposição crônica aos agrotóxicos, e apenas 9,7% relataram uso dos equipamentos de proteção individual recomendados. 10,7% dos agricultores relataram episódios prévios de intoxicação aguda com agrotóxico e apenas 3,8% receberam visitas dos Agentes Comunitários de Saúde. Em relação ao atendimento médico, 93% dos agricultores relataram que durante a anamnese, nunca foram questionados sobre sua ocupação profissional. Os resultados demonstram que existe uma lacuna na informação relacionada com a exposição ocupacional, demonstrando a vulnerabilidade do agricultor familiar quanto ao atendimento pelo sistema público de saúde. Ainda, amostras de células bucais foram coletadas para análise citogenética, buscando estabelecer uma possível relação entre a genotoxicidade com a atividade laboral, visando identificar possíveis riscos para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o câncer3,4,5.Os indivíduos expostos apresentaram uma média de 2,4(+/-3,5) células com micronúcleo, enquanto o grupo não exposto apresentou 0,8(+/-1,3) células com micronúcleo. Conclusão: A atenção primária ainda não atinge plenamente esses trabalhadores rurais que podem estar em situação de vulnerabilidade devido à exposição crônica aos agrotóxicos, apesar de já existir um protocolo específico para atendimento desta população. Portanto, há a necessidade da implementação de ações abrangentes que englobem prevenção, vigilância e assistência junto aos agricultores, principalmente da agricultura familiar.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

CASOS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICO EM TRABALHADORES DA AGRICULTURA FAMILIAR EM UM MUNICÍPIO NO NOROESTE DO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Lyriel de Oliveira Santos | Mariana Narciso Constâncio, Raul Gomes Aguera, Renata Sano Lini, Simone Aparecida Galerani Mossini

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Agrotóxicos; Saúde da População Rural; Equipamento de Proteção Individual
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7385


Resumo:

Introdução: Os agrotóxicos são produtos químicos amplamente comercializados no mundo todo, sendo o Brasil, um dos maiores consumidores, superando 300 mil toneladas por ano, segundo dados da Embrapa para o ano de 2021. Estes produtos utilizados na agricultura, pecuária e dedetização, apresentam importante potencial tóxico para quem os manipula. A exposição pode levar a casos de intoxicações, no ano de 2023, foram notificados dezessete mil casos de intoxicação no país, sendo 3.824 relacionados ao trabalho. Objetivo: Analisar o perfil dos casos de intoxicação por agrotóxicos e utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) por trabalhadores rurais no município de Marialva e distritos. Metodologia: O presente estudo qualitativo-descritivo, compila dados de 170 agricultores obtidos por meio de entrevistas direcionadas com aplicação de questionários formulados segundo o Protocolo de Avaliação das Intoxicações Crônicas por Agrotóxicos da SESA/PR. O estudo foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CAAE Nº 65018017.7.0000.0104, parecer nº 6.209.432). Resultados: 170 representantes da agricultura familiar participaram do presente estudo, dos quais 79,4% afirmaram contato frequente com agrotóxicos. Quando perguntados sobre intoxicação, 17% destes já sofreram intoxicação por agrotóxicos, no entanto somente 47,8% deles buscaram atendimento em uma unidade de saúde. Com relação ao uso de EPI, somente 4,3% dos intoxicados faziam o uso correto e completo dos equipamentos recomendados, 52,1% utilizavam alguns itens e 43,4% não utilizavam nenhum. Conclusão: Os resultados obtidos mostram que uma pequena parcela dos participantes que sofreram intoxicação utilizavam de forma correta os EPI, equipamentos estes existentes para proteger os trabalhadores dos danos dos agrotóxicos à saúde e prevenir eventuais episódios de intoxicação, reforçando que a segurança individual do trabalhador ainda é um tema a ser discutido em trabalhos futuros. Outro ponto relevante, é a possível subnotificação dos dados, uma vez que menos da metade dos participantes buscaram atendimento quando apresentaram sintomas de intoxicação. Com isso, o número de notificações seria ainda maior se todos os casos fossem notificados.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATUAÇÃO DO GRADUANDO DE ENFERMAGEM NO CUIDADO AO PACIENTE COM FERIDA

Autores: Rian Batista Lima | Mylena Otavio Marques , Amanda Camila Speer , Isabelle Moraes Barbosa, Talita Vidotte Costa , Fernanda Prado Marinho

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: Feridas; Cuidados de Enfermagem; Atenção Primária a Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7386


Resumo:

Introdução: A Clínica Universitária de Enfermagem e Multiprofissional do campus Luiz Meneghel da UENP foi inaugurada em março de 2019, representando uma significativa conquista para a universidade e para a comunidade local. Ela oferece atendimento à população de Bandeirantes e de toda a região norte pioneira do estado do Paraná, proporcionando atenção primária à saúde de alta qualidade. Os serviços incluem consultas de enfermagem pré-agendadas, solicitações de exames laboratoriais e encaminhamentos conforme a necessidade dos usuários. Objetivo: Este trabalho visa apresentar um relato de experiência realizado durante um atendimento no âmbito do projeto “Cuidados de Enfermagem a Pessoas com Feridas”. Metodologia: O projeto “Cuidados de Enfermagem a Pessoas com Feridas” visa oferecer assistência especializada na prevenção e tratamento de feridas, com a finalidade de avaliar e acompanhar a evolução dos pacientes, tendo como público-alvo do projeto indivíduos com lesões crônicas e Diabetes Mellitus (DM). Resultados: Paciente do sexo masculino, 66 anos, hipertenso, compareceu a Clínica Universitária de Enfermagem e Multiprofissional no dia 14/03/2024, encaminhado com caráter de urgência pelo município de Itambaracá- PR, após realização de um procedimento cirúrgico, onde, segundo ele foi realizado uma biopsia para investigar possível câncer de pele em antebraço direito. Apresentou ferida aberta em região externa do antebraço direito, com presença de coagulo, tecido de granulação e secreção em grande quantidade com aspecto sanguinolento. Realizado higienização com soro fisiológico 0,9% e clorexidina 2%. Tratamento tópico com hidrofibra de alginato de cálcio com prata e espuma absorvente, coberto com adesivo transparente hipoalérgico. Orientado quanto a troca de curativo e retorno semanal. Após dois meses de acompanhamento, o paciente segue aos cuidados do projeto, apresentando grandes avanços em seu processo de cicatrização da lesão, havendo redução do leito da ferida. Deste modo, é importante destacar a relevância da Clínica Universitária nesse processo e na participação dos graduandos em projetos de extensão, pois essas atividades proporcionam experiências práticas que aprimoram seus conhecimentos técnico-científicos e permite desenvolverem habilidades por meio de práticas avançadas de saúde.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATUAÇÃO DO ALUNO NO CUIDADO AO PACIENTE COM FERIDA TRAUMÁTICA : RELATO DE EXPERIÊNCIA:

Autores: Rian Batista Lima | Mylena Otavio Marques , Amanda Camila Speer , Isabelle Moraes Barbosa, Talita Vidotte Costa , Fernanda Prado Marinho

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Atenção Primária a Saúde; Prática avançadas
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7399


Resumo:

Aproximadamente 0,6% da população sul do Brasil está sujeito a ocorrências de feridas de pernas, tornando-se de suma importância a elaboração e execução de um projeto de feridas, que possibilitasse o desenvolvimento de competências e habilidades aos graduandos de enfermagem, por meio de práticas avançadas do cuidado, e ainda proporcionasse aos usuários ações de prevenção e planos de cuidados para o tratamento de feridas. Objetivo: Relatar um estudo de caso de um paciente com ferida crônica, atendido pelo projeto “Cuidados de Enfermagem a Pessoas com Feridas”. Metodologia: O projeto “Cuidados de Enfermagem a Pessoas com Feridas” visa prestar uma assistência voltada para a prevenção e o tratamento de feridas visando avaliar e acompanhar a evolução do paciente. Sendo assim, o seu desenvolvimento é realizado na Clínica Universitária de Enfermagem e Multiprofissional da Universidade Estadual do Norte do Paraná, campus Luiz Meneghel, sendo executado semanalmente ás terças e sextas – feiras das 13:00 ás 17:00 horas, tendo como público alvo pessoas com lesões e Diabetes Mellitus (DM) no município de Bandeirantes-PR. Resultado: Paciente do sexo feminino, 51 anos, compareceu a Clínica Universitária em 21/06/2022 para avaliação de ferida traumática em terço médio de Membro Inferior Esquerdo. Durante a pré-consulta paciente relata ter sofrido queda da própria altura em domicílio, o que resultou em uma lesão com aspecto bolhoso, edema e eritema. Realizado higienização com Soro Fisiológico (SF) 0,9% e clorexidina 2% e hidratado com óleo cicatrizante. No dia 24/06/22 paciente retornou para atendimento, sendo realizado desbridamento mecânico, devido a presença de tecido necrótico no leito da ferida, resultando em exposição da lesão com comprimento de 3 cm x 2 cm e profundidade de 2 cm. Tratamento tópico com fibrinase + cloranfenicol. No mês seguinte, em uma nova avaliação a lesão apresentava tecido de granulação, esfacelo em pequena quantidade e redução da extensão da ferida. Na última consulta, foi possível observar uma melhora significativa no processo de cicatrização da lesão com redução do leito da ferida para 0,3 mm x 0,6 mm de comprimento, com presença de tecido de granulação e fibrina, e em perilesão tecido de epitelização. Diante disso, é A Clínica Universitária permite que os graduandos de enfermagem envolvidos nos projetos de extensão, vivenciem experiências frente ao cuidado de pessoas com feridas, o que garante a sua evolução enquanto profissional de saúde.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

TOXOPLASMOSE GESTACIONAL: COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE CASOS NA POPULAÇÃO GESTANTE DE MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO EM 2023

Autores: Ana Clara Abreu Lima de Paula | Alice Vieira Gentil, Anderson Vieira Gentil, Julia Pitangueira Cardoso Fernandes, Julia Archette de Freitas, Maria Paula Rabelo Gomes

Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
Palavras-chave: Toxoplasmose; Obstetrícia; Epidemiologia
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7432


Resumo:

Introdução: A toxoplasmose é uma doença parasitária causada por protozoário que, quando adquirida pela primeira vez durante a gestação, pode ser transmitida da mãe para o feto. Este quadro é prevalente no Brasil, com estimativa de que nasçam até 23 crianças infectadas a cada 10 mil nascidos vivos. A forma gestacional é assintomática na maioria das vezes, contudo, entre 60% e 80% das crianças infectadas desenvolvem alterações oftalmológicas e/ou neurológicas, com prejuízo na qualidade de vida. Portanto, a investigação pré-natal da toxoplasmose possibilita adotar medidas profiláticas e terapêuticas para reduzir a taxa de transmissão vertical e o acometimento fetal (FEBRASGO, 2021). Objetivo: Este trabalho possui como objetivo comparar a prevalência de casos de toxoplasmose congênita em gestantes dos estados de Minas Gerais (MG) e Rio de Janeiro (RJ). Método: Realizou-se um estudo descritivo retrospectivo sobre toxoplasmose gestacional e a prevalência entre as gestantes de MG e RJ, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) na base de dados DATASUS, fornecida pelo Ministério da Saúde. Analisou-se notificações de casos de gestantes de qualquer faixa etária no ano de 2023. Resultados: Em 2023, observou-se 1.371 casos de toxoplasmose gestacional em MG e 707 casos no RJ. No estado de MG, houve uma maior prevalência de casos entre gestantes de 20 a 39 anos, com 1.077 casos (78,55% dos casos totais), e uma menor prevalência entre gestantes de 10 a 14 anos, com 14 casos (1,02% dos casos totais). No estado do RJ, a faixa etária de maior prevalência foi a mesma do estado de MG, em gestantes de 20 e 39 anos, com 554 casos (78,35% dos casos totais). Além disso, a faixa etária de menor prevalência também foi a mesma, entre gestantes de 10 a 14 anos, também com 14 casos (1,98% dos casos totais). Conclusão: Em conclusão, pode-se observar que o número de notificações de caso de toxoplasmose gestacional no ano de 2023 foi maior em MG, com 664 casos a mais que o estado do RJ. A faixa etária de maior prevalência em 2023 foi a mesma em ambos os estados, entre gestantes de 20 a 39 anos, representando 78,55% dos casos totais de MG e 78,35% dos casos totais do RJ. Ademais, a faixa etária de menor prevalência em 2023 também foi a mesma para os estados, dentre gestantes de 10 a 14 anos, representando 1,02% dos casos totais em MG e 1,98% dos casos totais no RJ.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

COBERTURA DE CITOPATOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO NA CIDADE DE JUIZ DE FORA NOS ÚLTIMOS SETE ANOS

Autores: Ana Clara Abreu Lima de Paula | Ana Laura Abreu Oliveira, Elton Luiz de Araújo Medeiros, Yuri Luiz dos Santos Ribeiro, Haine Luísa Farias Nascimento Ribeiro, Raíssa Teixeira Pinto

Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
Palavras-chave: Neoplasias do Colo do Útero; Rastreamento; Medicina Preventiva
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7435


Resumo:

Introdução: O programa de rastreamento do câncer do colo do útero é destinado a mulheres entre 25 e 64 anos, com recomendações para realização do exame a cada três anos após dois resultados negativos consecutivos, com intervalo anual entre os exames. Sua implementação tem mostrado eficácia na detecção precoce da doença, reduzindo sua morbimortalidade. No entanto, alcançar uma cobertura adequada do exame citopatológico do colo do útero (CPCU) ainda é desafiador. Objetivo: Avaliar a extensão da cobertura dos exames CPCU realizados entre 2017 e 2023 na cidade de Juiz de Fora, MG. Métodos: Este estudo constitui uma análise descritiva observacional retrospectiva, utilizando dados dos exames de CPCU registrados no Sistema de Informação do Câncer, abrangendo o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2023. A amostra analisada inclui 126.769 procedimentos realizados em Juiz de Fora, categorizados por "Ano de competência" e "Faixa etária". Resultados: Durante os sete anos analisados (2017-2023), foram realizados 126.769 exames CPCU em Juiz de Fora, com uma média anual de 18.109,85 exames. O ano com maior cobertura foi 2017, com 23.204 exames, e o ano com menor cobertura foi 2020, com apenas 7.697 exames. A faixa etária mais rastreada foi a de 50 a 54 anos, representando 11,21% do total de exames. Ademais, 102.221 procedimentos (80,63%) foram realizados em mulheres de 25 a 64 anos. Conclusão: Considerando a população feminina de Juiz de Fora, estima-se que deveriam ser realizados anualmente cerca de 129.418 exames CPCU para atingir uma cobertura de 80% da população-alvo, conforme recomendado pela literatura. Contudo, a média anual foi de apenas 18.109,85 exames, dos quais 14.603 foram direcionados à população-alvo, indicando uma cobertura significativamente inferior à meta, representando apenas 11% do objetivo. Entre as limitações destacadas pelos pesquisadores está o possível super-rastreamento de algumas mulheres e a ausência de dados de exames realizados pelo sistema privado de saúde. Apesar dessas limitações, o estudo proporcionou uma visão geral da realização dos CPCU em Juiz de Fora. Além disso, é importante ressaltar que a prevenção do câncer do colo do útero inclui a vacinação contra o Papiloma Vírus Humano, associada à oncogênese dessa neoplasia, oferecida pelo SUS desde 2014. No entanto, o impacto esperado dessa vacinação só será percebido quando a população vacinada atingir a faixa etária indicada para o rastreamento do câncer do colo do útero.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

MORTE DE GESTANTES POR SRAG COVID-19 NO MUNICÍPIO DE LONDRINA-PR

Autores: Lorena Azevedo Araujo | Gabrielle Freitas Saganski , Marselle Nobre de Carvalho

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Covid-19; Mortalidade; Gestantes.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7439


Resumo:

Introdução: A morte materna ocorre por causa direta quando está relacionada à qualidade assistencial no período gravídico-puerperal ou indireta quando acontecem por patologias prévias, que se agravaram ou se desenvolveram durante este período. É considerado um importante indicador de saúde de um país, visto que grande parte dos casos são considerados evitáveis. Em dezembro de 2019, ocorreu o surgimento de uma doença respiratória de alta transmissibilidade, denominada SARS-CoV-2. Decretado estado de pandemia em 11 de março de 2019, o que gerou impactos mundiais em todos os setores da sociedade. Posteriormente, foram identificadas e estabelecidas as populações mais vulneráveis à doença, os grupos de risco, com a inclusão das gestantes, em 12 de julho de 2021 e no esquema vacinal prioritário .Objetivos: Identificar óbitos maternos por COVID-19 que foram imunizadas no município de Londrina-PR. Método: Trata-se de uma abordagem observacional, quantitativa e transversal. Com uso de dados secundários do Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - OPEN DATASUS. Em que foram analisadas mulheres gestantes e puérperas que tiveram como causa de óbito SRAG por COVID-19, residentes do município de Londrina no Paraná. Durante o período de 2020 a 2022. Para delimitação dos dados utilizou-se dos seguintes filtros: gestantes, posteriormente, município de residência (Londrina), e na sequência o desfecho de óbito. Resultados/Discussão: A partir da aplicação dos filtros, foram identificados oito óbitos e destes somente duas gestantes iniciaram o esquema vacinal com uma dose cada contra a COVID-19 em 27/06/21 e 20/09/21. Estas eram da cor branca, sem informações sobre a escolaridade, possuíam 41 e 37 anos, estavam no terceiro trimestre gestacional e apresentaram como fatores de risco cardiopatia, diabetes e obesidade grau 1. Os sintomas referidos foram dispneia, desconforto respiratório, dessaturação, além de gemência e mialgia. O período de internação foi de 14 e 45 dias e necessitaram de cuidados intensivos e ventilação mecânica. Conclusão: Os resultados mostram a importância de políticas e investimentos de saúde para a proteção das gestantes com garantia do acesso equitativo à saúde. O trabalho evidencia que se não tivesse havido atraso na inclusão das gestantes como grupo prioritário na vacinação, possivelmente algumas mortes poderiam ter sido evitadas.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

RISCO CARDIOVASCULAR EM HOMENS HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS

Autores: Mylena Otavio Marques | Gabriella Vitorino da Silva Rocha, Fernanda Prado Marinho, Carlos Eduardo Galvão , Bianca Vitória de Freitas Neto, Natália Maria Maciel Guerra Silva

Instituição: UENP- Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: saúde do homem; risco cardiovascular.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7443


Resumo:

Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são condições de longa duração com causa multifatoriais como fator genético, comportamentais e ambientais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) essas doenças são responsáveis por cerca de 70% das mortes no mundo sendo 41,8% no Brasil. Entre elas, destacam-se o Diabetes mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) que são os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Devido a isso, é de extrema importância mensurar o risco cardiovascular e o cálculo mais seguro é o Escore de Framingham, que a partir dos dados (exames laboratoriais e estilo de vida) é possível estimar, no período de 10 anos, a chance dos pacientes homens apresentarem algum tipo de problema cardíaco. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo de incentivar homens a realizarem o Escore de Framingham e o acompanhamento da glicemia e pressão arterial para detecção de doenças. Metodologia: Este trabalho é descritivo exploratório que realizou na Clínica de Enfermagem da UENP a anamnese, coleta de sangue em jejum (glicemia, colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos) e o eletrocardiograma em homens hipertensos e diabéticos a partir de 18 anos do município de Bandeirantes. É realizado a aplicação do questionário pré-aprovado, para compreender os hábitos de vida de cada participante, assim, é possível a descoberta do risco cardiovascular, com o cálculo de Escore de Framingham, para realizar uma orientação especifica para cada paciente. O projeto faz parte do projeto guarda-chuva já aprovado com CAE:40020120.1.0000.8123. Resultados: Desde 2022 foram atendidos 752 homens, com idades entre 18 e 93 anos, onde 352 pacientes apresentaram alteração na glicemia e possuíam Escore de Framingham intermediário ou alto (maior chance de desenvolver problemas cardíacos em 10 anos), já os que possuíam alteração na Pressão Arterial foi 359 com o Escore intermediário ou alto. Os outros dados como idade, raça, tipo de trabalho, renda, escolaridade não representaram significância nesse trabalho. Dessa forma, a hipertensão arterial e diabetes mellitus são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, assim os pacientes que não apresentam essas comorbidades possuem um fator de proteção contra as doenças cardiovasculares em comparação com os hipertensos e diabéticos.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

SAÚDE DO HOMEM: ATRIBUIÇÕES DE ENFERMAGEM PARA DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE PRÓSTATA PELO PSA

Autores: Bianca Vitória de Freitas Neto | Hemilly Garcia de Oliveira, Carlos Eduardo Galvão, Mylena Otavio Marques, Gabriella Vitorino da Silva Rocha, Natália Maria Maciel Guerra Silva

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: Antígeno Prostático Específico, Neoplasias de Próstata, Saúde dos Homens.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7444


Resumo:

Resumo: Introdução: Os homens enfrentam desafios quando se trata de cuidar de sua própria saúde, e um exemplo marcante é o anseio associado ao exame de Antígeno Prostático Específico (PSA).O medo é frequentemente associado à pressão da sociedade acerca da masculinidade exigida aos homens, sendo uma cultura onde apenas mulheres cultivam o hábito de cuidados com a saúde. Objetivo: Objetivo deste trabalho é verificar a frequência de alterações no exame de PSA, e promover conscientização, rastreamento, diagnóstico precoce e tratamento de câncer de próstata para homens com 40 anos ou mais de Bandeirantes e região. Método: A metodologia foi descritiva exploratória, transversal e quantitativa visando orientação dos homens que participaram do projeto acima dos 40 anos sendo realizado no município de Bandeirantes e região. O projeto foi aprovado pelo comitê de ético com número:4.423.181 e CAAE:40020120.1.0000.8123. A divulgação do projeto ocorreu nas unidades de saúde e mídias sociais. Os homens foram atendidos na clínica de enfermagem UENP ou em unidades básicas de saúde, sendo realizadas entrevistas e anamnese, e foi feita a coleta de sangue para o exame de PSA em homens. Todos os pacientes com alterações foram encaminhados para o urologista. Resultados: Foram atendidos entre fevereiro de 2023 à abril de 2024, 459 pacientes acima de 40 anos, sendo que 52(11,32%) tiveram resultados alterados. Dos homens de 40 a 60 anos (total=235 homens com média de idade 51,2 anos) 25(10,63%) PSA alterados, dos homens acima de 60 anos (total=224 homens com média de idade 60,4 anos) foram 27(12,05%) PSA alterados. Contribuições na área da saúde: A partir dessas informações, será possível formular políticas públicas mais direcionadas e desenvolver ações específicas voltadas para a saúde da comunidade masculina, especialmente em relação ao câncer de próstata. O projeto contribuiu para conscientização sobre a importância de realizar o exame de PSA na triagem para o câncer de próstata e a influência do público-alvo para a prevenção e cuidado com a própria saúde, principalmente com as consultas de enfermagem individualizada e nos meios de divulgações, como programa de rádios e mídias sociais. Academicamente, o projeto inova nos conhecimentos científicos contribuindo com a troca de saberes com a sociedade através de um projeto que envolve o tripé da educação superior (com projetos de pesquisa, ensino e extensão).

3 ET3 - Atenção primária à saúde

SAÚDE E BEM ESTAR DO HOMEM APÓS INFECÇÃO PELA COVID-19

Autores: Gabriella Vitorino da Silva Rocha | Natalia Maria Maciel Guerra, Mylena Otavio Marques, Hemilly Garcia de Oliveira, Bianca Vitória de Freitas Neto, Carlos Eduardo Galvão

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: Assistência ao Paciente, Saúde do Homem, Sinais e Sintomas Respiratórios.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7447


Resumo:

Introdução: Em 2019, surgiu a Covid-19, uma doença que afeta o sistema respiratório, causada pelo vírus SARS-COV-2. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde o Brasil foi o segundo país com o maior número de casos de Covid-19. Aproximadamente 60% dos óbitos no país foram de homens. No Brasil, as mulheres foram mais contaminadas com o vírus, mas os homens tiveram mais óbitos, podendo ser explicado pela baixa procura de atendimento, por parte da população masculina, a serviços de saúde primária. Objetivo: O objetivo desse estudo foi verificar se ocorreram alterações e/ou sequelas na saúde dos homens que foram contaminados pelo vírus Sars-COV-2. Métodos: Após aprovação no comitê de ética (CAAE: 40020120.1.0000.8123) foi verificado os sinais vitais e realizado anamnese, que consiste em um questionário para saber o estilo de vida do paciente. Com atendimento na Clínica de Enfermagem da UENP todas às terças e sextas (coleta de sangue em jejum), em horários alternativos para que tenha maior demanda. Resultados: No período novembro de 2022 até junho de 2024 foram atendidos 921 homens. Entre eles, 379 foram contraíram a Covid-19, 28 foram internados, 2 foi intubado, 179 possuíram sintomas, 36 não tiveram sintomas, 80 homens tiveram sequelas. Os sintomas foram leves, sendo: cefaleia, coriza, febre, tosse, perda de paladar e olfato, dor de garganta, dor no corpo e falta de ar. A Covid-19 é uma doença que afeta o sistema respiratório, mas também afeta outros sistemas como o neurológico, podendo ocasionar sequelas como: tosse, falta de ar em momentos de esforço, coriza, fadiga, cefaleia e esquecimento, as mesmas que os pacientes apresentaram. Dos homens contaminados, 152 possuem o Colesterol Total acima de 200mg/dL, 38 com o LDL acima de 200mg/dL, 240 com o HDL abaixo de 40mg/dL, 153 com o triglicérides acima de 150mg/dL e 209 estavam com a pressão arterial acima de 140/90mmHg. Contribuições para Área de Enfermagem: Concluiu-se nesta pesquisa que os homens que contraíram a Covid-19, e possuíam sequelas, puderam ser orientados, e assim realizar as adaptações e cuidados necessários para ter uma melhoria na qualidade de vida, fazendo a promoção e prevenção de agravos. Também se ressalta que esse estudo possibilitou conhecimento científico necessário para futuros profissionais da saúde atuarem no mercado de trabalho, visando que a Covid-19 continua com transmissão ativa e fará parte do cotidiano profissional.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PREVENÇÃO CONTRA INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NA POPULAÇÃO IDOSA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Laura Ogata Santelli | Ana Paula Mercaldi Garanhani, Giovanna Beatriz de Lima Fávaro, Laís Guayato Barbini, Marna Eliana Sakalem, Tainara Trindade de Carvalho

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Idoso; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7449


Resumo:

Caracterização do problema: O Brasil testemunha mudanças demográficas significativas, caracterizadas por um aumento da população idosa. Embora os idosos mantenham uma vida sexual ativa, a discussão sobre a sexualidade nessa faixa etária é negligenciada pelas políticas de saúde pública. Consequentemente, observa-se um aumento alarmante nos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre a terceira idade. Fundamentação teórica: A melhoria nas condições de saúde e o aumento da expectativa de vida prolongaram a atividade sexual da população. No entanto, o tabu persistente e a falta de informações claras sobre transmissão e prevenção de ISTs entre os idosos resultaram em um aumento significativo dos casos nessa faixa etária. Descrição da experiência: A intervenção ocorreu em abril de 2024 no Centro de Convivência da Pessoa Idosa (CCI) e consistiu na oferta de atividades práticas e orientações sobre a prevenção de ISTs para a população idosa. Voluntários de cursos da área da saúde foram divididos em grupos, ocupando diversas estações para proporcionar um atendimento abrangente. A estação dedicada às ISTs foi um espaço de acolhimento e escuta, no qual os idosos se sentiram à vontade para conversar e esclarecer dúvidas. Foram distribuídos kits de prevenção contendo preservativos femininos e masculinos, lubrificantes, e auto testes de HIV. Antes e depois da ação, foi aplicado um questionário contendo perguntas relacionadas ao tema, com o objetivo de avaliar o impacto do projeto. Efeitos alcançados: A ação foi fundamental para proporcionar uma abordagem didática e integrativa sobre a prevenção de ISTs entre os idosos, utilizando iniciativas que dialogaram diretamente com o público alvo. No primeiro questionário, a taxa média de acertos foi de 47,6%. Após a intervenção, todos os participantes acertaram todas as perguntas, alcançando uma taxa de acerto de 100%. Além disso, muitos idosos que inicialmente estavam receosos em relação ao tema conseguiram ampliar sua compreensão e superar barreiras de preconceito. Recomendações: O projeto destacou que iniciativas adequadas de educação sexual na terceira idade são fundamentais na transformação de atitudes e percepções, evidenciada pelo aumento nos acertos dos questionários pós-intervenção. Sendo assim, a alfabetização sexual é crucial para promover autonomia, maior qualidade de vida e comportamentos sexuais responsáveis entre os idosos.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES ADOLESCENTES NO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Talita Vidotte Costa | Fernanda Prado Marinho, Rian Batista Lima, Jéssica Taynara Moreira Oliveira Pereira, Rosangela Aparecida Pimenta

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: gravidez na adolescência; perfil epidemiológico; nascido vivo.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7455


Resumo:

Os Sistemas de Informação em Saúde têm se tornado uma importante ferramenta para a tomada de decisão. A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública pois acarreta riscos tanto a gestante como ao feto que está em desenvolvimento. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos nascidos vivos de mães adolescentes do Estado do Paraná. Método: Estudo retrospectivo, descritivo, na abordagem quantitativa. Utilizou-se os dados secundários de Nascidos Vivos do Estado do Paraná, no período de 2018 a 2022, obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), que abarca o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). A coleta de dados foi realizada em maio de 2024 sendo inseridos no software Microsoft Excel 365® e analisados por meio de frequência relativa. Por utilizar dados secundários e de domínio público, o estudo não foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dos 13.736.246 nascidos vivos no Brasil no período estudado, 1.937.378 (14,1%) foram por mães adolescentes, ou seja, que tinham entre 10 e 19 anos de idade. No Estado do Paraná ocorreram 86.009 (11,6%) partos, sendo a maior taxa de natalidade evidenciada no ano de 2018 com 20.620 (24,0%) nascimentos, diminuindo para 14.131 (16,4%) no ano de 2022. Relacionado aos dados maternos, 82.837 (96,3%) tinham entre 15 e 19 anos, 59.523 (69,2%) eram solteiras e 16.782 (19,5%) apresentavam menos de sete anos de estudo. Evidenciou-se que 66.903 (77,8%) mulheres realizaram entre sete ou mais consultas pré-natal, sendo a média destas de 85,3% ao ano. Pertinente a dados obstétricos, 84.845 (98,6%) puérperas apresentaram gestação única, 75.585 (87,9%) partos ocorreram entre a 37ª e 41ª semana de gestação e 84.917 (98,7%) em ambiente hospitalar. No período que corresponde a gestação “a termo” houve 38.942 (45,3%) partos vaginais. Percebe-se decréscimo significativo de sua realização no decorrer dos anos, atrelado a diminuição da taxa de fecundidade no mesmo período. A vitalidade neonatal avaliada pelo Apgar (8 – 10) no 1º e 5º minuto de vida, correspondeu a 74.101 (86,1%) e 83.707 (97,3%) respectivamente. O peso para 75.380 (87,6%) crianças foi considerado adequado ao nascer. A má-formação congênita foi observada em 569 (0,7%) recém-nascidos. Conclusão: Conhecer este indicador subsidia o planejamento e direcionamento das ações de saúde materno-infantil, visando à qualidade da assistência e sua melhoria.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

SUPERANDO DESAFIOS: RELATO DE UM CASO DE TUBERCULOSE PULMONAR EM GESTANTE ASSISTIDA POR PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM

Autores: Edina Simeia Campos de Siqueira de Oliveira | Franciele Cieslinski Fernandes, Manoela Santos, Luiza Regina Antônio Zapani, Ana Maria Boarão, Daniele Freitas Bueno

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde- FEAS
Palavras-chave: gestante; tuberculose
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7462


Resumo:

A tuberculose (TB) é considerada uma das principais preocupações em saúde pública em escala global, afetando milhões de indivíduos. Quando se trata de mulheres grávidas, especialmente aquelas mais vulneráveis, a TB apresenta desafios adicionais devido à necessidade de um tratamento eficaz que leve em consideração tanto a saúde da mãe quanto a do feto e as condições sociais. O estudo em questão tem como objetivo relatar a experiência de um profissional de enfermagem na assistência a uma gestante diagnosticada com tuberculose pulmonar na Unidade de Saúde (US) Pilarzinho, localizada em Curitiba, Paraná. O caso em envolve M.B., uma jovem de 21 anos, solteira e sem filhos, residente com seu pai e irmão após a separação dos pais. A paciente não fazia uso de métodos contraceptivos e mantinha múltiplos parceiros. Após realização do Teste Rápido Molecular para Tuberculose recebeu o diagnóstico positivo para Mycobacterium Tuberculosis e também a confirmação da gravidez. O Tratamento Diretamente Observado para a tuberculose foi iniciado, mas a paciente demonstrou resistência, não comparecendo às consultas devido a não aceitação da gravidez. Após visita domiciliar, em conjunto com a Agente Comunitária de Saúde, ocorreu a sensibilização da paciente quanto à importância do tratamento, mas esta continuou ausente das consultas. O caso foi discutido entre enfermeira, médicos da US e autoridade sanitária local, resultando na definição de estratégias para o acompanhamento, incluindo o acionamento da rede de proteção, envolvimento do conselho tutelar, administração da medicação de forma assistida em domicílio, inclusão no Programa de Apoio Nutricional e encaminhamento para acompanhamento obstétrico de alto risco. Diariamente, os profissionais deslocavam-se até a residência da paciente para supervisionar a ingestão da medicação. Com o cuidado e acompanhamento da equipe multiprofissional, M.B. compareceu a todas as consultas de pré-natal, sendo que o bebê nasceu a termo e saudável, sem complicações. Ao final do tratamento, M.B. conseguiu restabelecer seus vínculos familiares e reintegrar-se ao mercado de trabalho. Este caso destaca a importância do diagnóstico precoce da doença, do estabelecimento de um vínculo entre a paciente e a profissional de enfermagem, do acolhimento humanizado, das ações de educação em saúde, da intensificação do cuidado e do suporte, bem como da formação de uma rede de apoio no âmbito da US, elementos fundamentais para o êxito do tratamento.

3 ET3 - Atenção primária à saúde

ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: Ana Paula Michelin | Laura de Oliveira Semeão, Andressa Keiko Matsumoto

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Saúde da família; farmacêutico e saúde da família; farmacêutico e atenção primária
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7514


Resumo:

A Saúde da Família é um dos pilares do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. No entanto, a função dos farmacêuticos não é bem compreendida por alunos do curso de farmácia, outros profissionais de saúde, e pelos próprios farmacêuticos. Isso ocorre porque a formação dos profissionais de saúde, incluindo farmacêuticos, muitas vezes não enfatiza a importância da interprofissionalidade e do papel específico do farmacêutico na atenção básica e na saúde da família. Quando a equipe multiprofissional e a população não compreendem o papel do farmacêutico, há uma tendência a fragmentar o cuidado, reduzindo a eficácia da equipe multidisciplinar. O presente trabalho científico tem por objetivo apresentar uma melhor compreensão e valorização do profissional farmacêutico por parte dos próprios farmacêuticos, alunos de graduação e demais profissionais de saúde. Para alcançar o objetivo da pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica, para entender a atuação do farmacêutico no âmbito da saúde da família e da atenção básica, em banco de dados como Periódicos Capes e PubMed, selecionados artigos científicos publicados entre 2019 e 2024. Normalmente a população e outros profissionais de saúde conhecem o papel gerencial do farmacêutico, como controlar o estoque de medicamentos, garantindo que haja disponibilidade contínua e evitando desperdícios. Além de supervisionar a aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos de acordo com normas de qualidade e segurança. O farmacêutico desempenha um papel fundamental no contexto da Saúde da Família, contribuindo significativamente para a promoção da saúde, prevenção de doenças e o uso racional de medicamentos. Além disso, atua na educação dos pacientes, fornece informações detalhadas sobre a administração correta dos medicamentos, incluindo dosagens, horários e possíveis efeitos colaterais. Além disso, também avalia possíveis interações entre medicamentos prescritos e medicamentos de venda livre, além de alimentos que possam interferir na eficácia dos tratamentos. Nesse contexto ele também monitora adesão de tratamento e ajustes de doses, contribuindo para elaboração de planos individualizados em conjunto com outros profissionais de saúde. Por meio deste estudo foi possível concluir que o papel do farmacêutico na APS e na saúde da família vai além da gestão, incluindo também participação em equipes multidisciplinares, visando sempre a qualidade no atendimento e o benefício do paciente.

4 ET4 - Participação comunitária e controle social em saúde

A EXPERIÊNCIA DA REDE LIBERSOL PARA ARTICULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Autores: Caique Franzoloso | Luís Felipe Ferro

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Advocacy; Redes de Economia Solidária; Políticas Públicas
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7376


Resumo:

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), atual Política Nacional de Saúde Mental, prevê a inclusão social pelo trabalho de seu público-alvo como um de seus objetivos específicos. Paralelamente, a Economia Solidária (ECOSOL) se estabelece como uma organização coletiva do trabalho com base na autogestão e na solidariedade. Contudo, no Brasil, o apoio de Políticas Públicas para a construção e fortalecimento da ECOSOL ainda é tímido. De abordagem qualitativa e alicerçada metodologicamente pela pesquisa-ação, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de sete anos da rede de Saúde Mental e Economia Solidária de Curitiba e Região Metropolitana (LIBERSOL), no que compete ao advocacy pela construção e implementação de políticas públicas. Nesse contexto, as ações de advocacy podem ser compreendidas como aquelas realizadas em conjunto com a sociedade civil organizada para pressionar e dar maior visibilidade à temática da Economia Solidária no âmbito das Políticas Públicas. Como resultados, a rede promoveu: a discussão e elaboração de leis municipais de ECOSOL em cinco municípios paranaenses; a criação da Comissão de Saúde Mental ligada ao Conselho Municipal de Saúde em um município; a abertura de processos pelo Ministério Público para fiscalização e efetivação das ações previstas pelas leis municipais de Economia Solidária da região; a participação comunitária em espaços de controle social; assim como o acionamento de diferentes tomadores de decisões, cobrando a elaboração e execução de políticas públicas voltadas à fortalecer a ECOSOL. Ainda, como estratégia de educação popular, captação de recursos e visibilidade da temática, a LIBERSOL promoveu sistematicamente um calendário de reuniões com parlamentares municipais, estaduais e federais e a realização de pelo menos uma audiência pública anualmente. Conclui-se, portanto, que as Redes de Economia Solidária, enquanto articuladoras, são potentes estratégias para mobilização social e execução do advocacy.

4 ET4 - Participação comunitária e controle social em saúde

INOVAÇÕES E BENS DEMOCRÁTICOS: REPRESENTATIVIDADE DO SETOR SAÚDE EM CONSELHOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Autores: Rubia Daniela Thieme | Mariana Santana Pauletti, Elizandra Flávia Araujo, Beatriz Ribeiro Rocha, Huáscar Fialho Pessali

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Participação social; Segurança Alimentar e Nutricional; Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7114


Resumo:

Introdução: Os conselhos de direitos são instituições que buscam efetivar bens democráticos, como transparência e inclusão (presença e voz)1,2. A participação social corresponde à 5ª diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) no âmbito do Sistema Único de Saúde. A PNAN considera a instauração do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) uma possibilidade de ampliação do diálogo sobre ações de alimentação e nutrição3. Na esfera municipal, os CONSEAs devem assumir formato similar ao nacional e observar os critérios de intersetorialidade, incluindo representantes das secretarias de saúde na sua composição4,5. Objetivo: Verificar a efetivação de bens democráticos em CONSEAs municipais. Método: Estudo inserido em projeto do Observatório de Conselhos da Universidade Federal do Paraná em que foi realizada a análise de documentos do período de 2018 a 2022 localizados de 2022 a 2023 em sites oficiais, mídias sociais e canais de comunicação dos CONSEAs dos municípios paranaenses. Os documentos analisados foram atas de reuniões de CONSEA dos municípios de grande porte populacional6,7. Foram considerados os bens democráticos “transparência” e “inclusão” (componente presença)1 de representantes de secretarias municipais de saúde ou órgão correspondente nas reuniões, escolhidos devido à sua relevância8. Os documentos analisados são de acesso público, com dispensa de aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa9. Resultados: Foram incluídos 22 municípios, sendo 90,1% (n=20) com CONSEA instituído e, destes, 17 disponibilizaram atas das reuniões. Foram analisadas 337 atas. Em 64,7% (n=218) das atas, a presença dos conselheiros foi registrada. Dentre estas, a descrição de sua entidade de representação foi feita em 77,1% (n=168) e em 45,9% (n=100) verificou-se a participação de representantes de secretarias municipais de saúde ou órgão correspondente nas reuniões, com destaque para Curitiba, Pinhais e Colombo, com participação destes representantes em mais de 70% das reuniões. Conclusões: Há lacunas na efetivação da transparência na disponibilização de atas de reuniões e na descrição da representação dos participantes. A participação de representantes de secretarias municipais de saúde ocorre em menos da metade das reuniões.

4 ET4 - Participação comunitária e controle social em saúde

REALIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE 100% ON-LINE: EXPERIÊNCIA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - PARANÁ

Autores: Alessandro Albini | Luís Felipe Ferro, Huáscar Fialho Pessali, José Dalmi Dissenha

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais
Palavras-chave: Política Pública; Saúde Pública; Políticas de Controle Social
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7148


Resumo:

Durante a pandemia mundial por Coronavirus Disease 2019 (COVID-19), muitas discussões e deliberações do Controle Social do Sistema Único de Saúde (SUS), usualmente realizadas presencialmente, foram adaptadas e realizadas a distância; ou seja, sendo necessária a revisão da condução democrática de Conferências de Saúde no ano de 2021, pois "o sucesso dos processos participativos está relacionado não ao desenho institucional e sim à maneira como se articula o desenho institucional, organização da sociedade civil e vontade política de implementar desenhos participativos" (Avritzer, 2008, p. 47). Assim sendo, o Conselho Nacional de Saúde (CNS, 2021), produziu o Manual Básico de Realização de Conferências de Saúde 2021, que mesmo frente ao desafio do enfrentamento ao COVID-19, manteve-se firme à Lei 8.142/1990, na manutenção da realização das Conferências Municipais de Saúde, para a aprovação de Propostas e Diretrizes a partir das necessidades de saúde, conforme a construção coletiva entre os diferentes segmentos (Usuários, Trabalhadores, Gestores e Prestadores de Serviços). Para tanto, a 14ª Conferência Municipal de Saúde de São José dos Pinhais (2021), foi realizada à distância, com as seguintes adaptações participativas: (1) Produção de Vídeo-Palestra disponível On-line sobre o Tema da Conferência; (2) Transmissão ao vivo de todas as Etapas, com Chat aberto, por meio do Canal do Conselho Municipal de Saúde de São José dos Pinhais (CMS/SJP); (3) Disponibilidade de transporte, sala com computadores e apoio em Tecnologia da Informação (TI) aos Delegados com menor fluência tecnológica; e, (5) Contratação de Empresa de Votação On-line (por computador ou celular) auditável e com aceitação Jurídica, com plataforma de discussão e votação simultânea de quinze salas virtuais de Eixos Temáticos – todas com transmissão simultânea (CMS/SJP, 2022). Em comparação com a edição presencial anterior (CMS, 2017), houve aumento do número de participantes do Segmento Usuário e Prestadores de Serviços de Saúde, corroborando com Graham Smith (2009, p. 142, tradução nossa), “a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) modificou o cenário da governança democrática (nova era democrática)”. Por outro lado, houve menor participação de Observadores, possivelmente pelo não direito à voz, por questões organizacionais. Em adição, houve similar impacto referente às Moções, pela falta de interação pessoal em momentos formais e informais (Smith, 2009).

4 ET4 - Participação comunitária e controle social em saúde

AÇÕES DE BASE TERRITORIAL QUE INTERFEREM NOS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE, ENCONTRADAS EM UMA COMUNIDADE DA ZONA OESTE DE LONDRINA (PR)

Autores: Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix | Daniele Cristina Fernandes Niehues, KAUANA DA SILVA PACHECO RABELO, ISADORA VIZETTI QUIMENTONI , ISABELLE PAVARINI DE OLIVEIRA , IZABELLA VITORIA MESQUITA CAMARGO

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Determinantes Sociais da Saúde. Territorialização da Atenção Primária. Participação da comunidade.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7167


Resumo:

Caracterização do problema: Os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) comportam fatores relacionados à vida e ao trabalho das pessoas e perpassam pelas condições de moradia, acesso à educação, lazer, segurança, cultura, serviços de saúde e outros. Os trabalhadores de saúde devem oferecer estratégias capazes de atuar sobre os DSS, entretanto, nem sempre é possível atingir todas as pessoas assim, a própria comunidade poderá ser uma parceira nessa tarefa. Justificativa: As equipes de saúde precisam conhecer o modo como a população convive com os fatores que influenciam a saúde e a doença, bem como verificar iniciativas existentes na comunidade que interferem positivamente nos DSS para divulgá-las aos usuários e incentivar a participação nessas atividades. Objetivo: Descrever as ações de base territorial que interferem nos Determinantes Sociais de Saúde, encontradas em uma comunidade da zona oeste de Londrina (PR). Descrição da experiência: Em abril de 2024, um grupo de 15 alunos de quatro cursos da área da saúde realizou uma atividade a pedido da Coordenadora de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que consistiu no mapeamento de ações relacionadas ao lazer, educação não formal, atividade física, entre outros, existentes no território. As ações encontradas foram: em relação ao esporte existiam aulas de taekwondo, capoeira, basquete, futsal, pilates e dança de salão; para educação foram encontradas oficina de línguas para estrangeiros e aulas de espanhol; ao cuidado em saúde mental existia clínica de psicologia, rodas de conversa terapêuticas, centro de convivência e fortalecimento de vínculos; para o lazer existiam grupos de canto, yoga, cinema, bazar, além de atividades direcionadas para idosos, crianças e mulheres. Reflexão sobre a experiência: Os determinantes sociais, como esporte, lazer, vida social e educação, influenciam diretamente a saúde e se não forem bem geridos, podem levar a doenças. Portanto, para abranger todos esses aspectos, é importante a parceria serviço-comunidade. As ações proporcionadas pela UBS não conseguem acolher toda a população e a com o território pode diminuir as filas de espera nas atividades oferecidas pela UBS. Recomendações: Sugerimos que iniciativas como esta sejam feitas em outras UBS para os trabalhadores conhecerem, divulgarem e estimularem os moradores a terem hábitos de autocuidado que influenciem positivamente na saúde.

4 ET4 - Participação comunitária e controle social em saúde

IMPORTÂNCIA DO MAPEAMENTO DAS AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE DE BASE TERRITORIAL PARA O CONHECIMENTO DO QUE MOVIMENTA A COMUNIDADE

Autores: Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix | Daniele Cristina Fernandes Niehues, HELOISA PORFIRIO RODRIGUES DA SILVA, HENRY VINICIUS MOVIO DOS SANTOS, MARIA FERNANDA DE CARVALHO SCHIAVINATO, GIOVANNA GARCIA PEDROSO

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Territorialização da Atenção Primária. Promoção da saúde. Participação da comunidade.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7169


Resumo:

Caracterização do problema: Verificou-se considerável alta na procura por atividades de promoção da saúde oferecidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) em decorrência do crescimento populacional do bairro, especialmente entre idosos e crianças. Justificativa: Ante ao problema, tornou-se essencial estabelecer parcerias nos territórios que atendessem às reais demandas dos usuários em ações disponibilizadas pela própria comunidade, considerando as limitações impostas pela sobrecarga dos profissionais da UBS. Objetivo: Descrever as estratégias utilizadas para o mapeamento das ações de promoção à saúde existentes em uma comunidade da zona oeste de Londrina (PR). Descrição da Experiência: Em abril de 2024, um grupo de 15 alunos dos cursos de enfermagem, farmácia, medicina e nutrição de uma universidade pública, recebeu a demanda da Coordenadora de uma UBS onde realizam atividades acadêmicas, para mapearem ações de promoção da saúde disponíveis no território da UBS, a fim de divulgar e disponibilizá-las a seus moradores. Mediante entrevistas com informantes-chave e trabalhadores da UBS; visitas em locais de referência do território e passeio ambiental, foram confeccionados dois materiais: um para a população que pode ser visualizado por leitura de QR CODE, ilustrado com fotos, local, endereço e informações de cada atividade e outro contendo as mesmas informações, mas no formato de cartilha impressa e entregue para os trabalhadores da UBS terem acesso. Reflexões: Essa ação foi fundamental para identificação e integração dos recursos locais aos esforços de promoção da saúde da UBS, destacando o aproveitamento de infraestrutura e iniciativas já existentes na comunidade em busca do bem estar da população. Recomendações: Ampliação das parcerias com a comunidade somados ao desenvolvimento e distribuição de materiais informativos que facilitem o acesso a ações de promoção da saúde no território.

4 ET4 - Participação comunitária e controle social em saúde

RESILIÊNCIA DAS AÇÕES DO ESTADO DO PARANÁ DIANTE DA EXTINÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM 2019

Autores: Fátima Kleina Gregorio | Ingridy Fhadine Hartmann Gonzales, Salésia Maria Prodócimo Moscardi, Rafaela Terezinha Marioti, João Vitor Ramos Soares, Adriane Leandro

Instituição: UEM/PR, UNICENTRO/PR e SESA/PR
Palavras-chave: Controle Social; Políticas Públicas; Segurança Alimentar e Nutricional; Direito Humano à Alimentação Adequada.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7276


Resumo:

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), juntamente com a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), constituem elementos centrais do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). O CONSEA, composto por 1/3 de representantes governamentais e 2/3 da sociedade civil, tem a função de propor e monitorar políticas de segurança alimentar, destacando-se por sua composição intersetorial e interdisciplinar. Esse importante espaço, conquistado pela sociedade brasileira, permite a participação ativa de movimentos sociais, conferindo voz e influência na formulação de políticas públicas voltadas à luta contra a fome e as desigualdades sociais, além de defender o direito à alimentação adequada e saudável. No entanto, o CONSEA foi extinto em 1º de janeiro de 2019, por meio da Medida Provisória n.º 870/2019, representando um significativo retrocesso na garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada em todas as esferas governamentais. Diante disso, objetiva-se relatar as ações desenvolvidas no âmbito do estado do Paraná durante a extinção do CONSEA nacional no ano de 2019. A publicação da medida gerou inseguranças quanto à continuidade do CONSEA em todos os estados do Brasil. No Paraná, ocorreu uma audiência pública na Assembleia Legislativa, com a participação de todos os conselheiros em defesa do CONSEA. A principal preocupação era o desmantelo das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), especialmente em um contexto de agravamento da situação social no país, marcado pelo aumento do desemprego e da pobreza. Apesar das inseguranças em outros estados e das diversas dificuldades, o Paraná fez um grande esforço para manter e melhorar as políticas de segurança alimentar. Ainda em 2019, ocorreu a V Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, independente da deliberação do CONSEA nacional. A experiência do Paraná em enfrentar as incertezas geradas pela publicação da medida evidencia a resiliência e o comprometimento do estado com a SAN. A realização de audiências públicas e a V Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional demonstraram a capacidade de mobilização e articulação local, mesmo diante de um cenário nacional desfavorável. Em 2023, a restauração do CONSEA nacional e de suas atividades reforçou a importância desse espaço para a construção de políticas públicas mais eficientes contra a fome e a insegurança alimentar.

4 ET4 - Participação comunitária e controle social em saúde

A EFETIVIDADE DO CONTROLE SOCIAL DO SISTEMA UNICO DE SAÚDE E SUAS DINÂMICAS NA PRÁTICA EM UM MUNICIPIO DE FRONTEIRA

Autores: Carla Vergina Conrad de Lima | Marcelo Rafael Nitsche, Helder Ferreira, Claudair dos Santos , Daiane Sampaio Sosa Guimaraes

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: controle social; conselho municipal de saúde; efetividade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7392


Resumo:

Introdução: O controle social tem sido o centro das discussões de diversos segmentos da sociedade como sinônimo de participação dos cidadãos nas políticas públicas, em especial na de saúde1. Compreende-se a atuação dos conselhos municipais de saúde (CMS) como meio garantidor da participação popular representada pelas categorias de usuários, trabalhadores, de prestadores de serviço e gestores. Essa participação está definida na Lei 8.142/90, que cria o conselho de saúde como instância colegiada do Sistema Unico de Saúde (SUS) em cada esfera de governo, exercendo um importante papel na consolidação dos princípios do SUS2. Assim, os CMS podem contribuir para a concretização de uma rede de saúde local mais consolidada nas respostas às demandas sanitárias do território que representa, emergindo como espaço democrático para manifestação da participação de usuários3. Objetivo: Este estudo objetivou analisar o exercício do controle social e sua efetividade no âmbito do Conselho Municipal de Saúde do município de Foz do Iguaçu-PR. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório e documental. Foram analisadas 132 atas das reuniões ordinárias e extraordinárias realizadas pelo CMS no período de fevereiro de 2018 a dezembro de 2023. Na análise dos dados foram focalizadas, principalmente, as entidades e cidadãos que representam os usuários do sistema de saúde municipal. Os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo de Bardin4, considerando que as atas são transcrições do conteúdo verbalisado em reunião. Resultados e dicussão: A análise resultou em duas categorias e subcategorias sendo: fiscalização e controle de recursos com subcategorias participação de usuários e profissionais de saúde e a categoria planejamento estratégico, subcategoria avaliação de instrumentos de gestão de gastos, contratos e convênios. A baixa participação de usuários e trabalhadores pode ser decorrente de uma política inconsistente do CMS para atrair a participação das categorias e também pela alienação política5. Conclusão: A análise indica efetividade da atuação do órgão na fiscalização e controle de recursos, bem como na avaliação de instrumentos de gestão. As dimensões participação de usuários e profissionais de saúde, no entanto, se mostraram deficitárias o que requer incluir na dinâmica de formação dos conselheiros, conteúdos para compreensão das políticas de saúde na fronteira e planejamento de estratégias que instiguem e facilitem a participação de todos.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

TELESSAÚDE EM TEMPO DE PANDEMIA DE COVID-19: PERSPECTIVA DE USUÁRIOS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA REGIÃO DE FRONTEIRA

Autores: Aline Renata Hirano | Daiane Nunes de Melo, Eduarda Alves, Janaina Palma de Lima, Maria Aparecida Baggio

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Palavras-chave: Atenção primária à saúde, Covid-19; Telessaúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7099


Resumo:

Medidas de mitigação do contágio pelo coronavírus ocasionaram redução de atendimentos presenciais na Atenção Primária à Saúde. A telessaúde possibilita a manutenção da continuidade do cuidado nesse contexto. Diante disso, objetivou-se conhecer a perspectiva de usuários e profissionais de saúde acerca da telessaúde em uma região de fronteira, durante a pandemia de 2019. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo-exploratório, realizado com oito usuários e doze profissionais de saúde da Atenção Primária de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, nos meses de agosto a dezembro de 2020. A coleta de dados ocorreu por ligação de voz com o registro por audiogravação cuja análise ocorreu por meio da Análise de Conteúdo. Os resultados contemplaram as categorias: Telessaúde: implantação e organização; Telessaúde: pontos positivos; Telessaúde: dificuldades e ações para a sua manutenção; Telessaúde na região de fronteira. Apesar das dificuldades relacionadas à estrutura física, acesso deficitário à internet e aparelhos eletrônicos necessários à comunicação remota, a estratégia permitiu acesso aos profissionais e serviços de saúde da APS e garantiu atendimento em saúde em momento de isolamento social. Contudo, é sinalizada como complementar ao atendimento presencial, visto que não substitui avaliação física, procedimentos de saúde e outros que requerem o contato pessoa-pessoa. Os dados indicam que a telessaúde seja mantida na APS, desde que sejam realizados investimentos em infraestrutura e formação de profissionais, além de maior organização dos fluxos de trabalho e ampla divulgação à população acerca da modalidade de atendimento remoto para condições específicas.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

IMPLEMENTAÇÃO E IMPACTO DA TELERREGULAÇÃO EM NEFROLOGIA EM UMA METRÓPOLE BRASILEIRA

Autores: Rene Scalet dos Santos Neto | Oksana Maria Volochtchuk, Flavia Celene Quadros, Beatriz Battistella Nadas, Anna Carolina Flumignan Bucharles

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Telemedicina; Nefrologia; Regulação Médica
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7105


Resumo:

Introdução A telemedicina em nefrologia foi implementada em maio de 2023 com o objetivo de otimizar o manejo de pacientes em uma grande metrópole na Região Sul do Brasil. Este estudo analisa a eficácia do programa de telerregulação em melhorar o acesso aos cuidados nefrológicos e em reduzir os tempos de espera. Objetivos Avaliar o impacto da telerregulação em nefrologia na redução dos tempos de espera e na qualificação dos encaminhamentos. Métodos Foi realizada uma análise descritiva dos atendimentos realizados por meio da telerregulação de maio de 2023 a abril de 2024. Dados incluem total de atendimentos por semana e mês, faixa etária dos pacientes e encaminhamentos para consulta presencial com especialista. Resultados Houve um total de 5518 atendimentos realizados durante o período de estudo. A média semanal foi de 106 e a média mensal foi de 459 atendimentos. Em relação à distribuição da faixa etária, 69,4% eram maiores de 60 anos. A Classificação Internacional de Doenças (CID) mais utilizadas para o encaminhamento à teleconsulta foi a Iinsuficiência renal crônica não especificada (N189) e o exame médico geral (Z000). Dentre os atendimentos, 46,4% dos pacientes foram encaminhados para retorno com especialista, o restante, em sua maioria, manteve seguimento na AP. Em relação à CID referente aos encaminhamentos para retorno com especialista, a prevalência foi a insuficiência renal crônica não especificada (41,7%) e a diabetes mellitus insulino-dependente com complicações renais (19,2%). A análise dos dados mostra uma ampla distribuição etária dos pacientes atendidos e destaca a importância da telemedicina na gestão de condições crônicas. Em um ano o programa reduziu significativamente os tempos de espera para consultas presenciais, sendo o tempo médio de espera na implantação do programa de 30 dias, e com o início do processo da telerregulação o tempo médio foi para 12 dias. Conclusão A telemedicina em nefrologia demonstrou ser uma ferramenta eficaz para melhorar o acesso aos cuidados nefrológicos, reduzindo significativamente os tempos de espera e qualificando os encaminhamentos. A implementação de um programa de telemedicina envolvendo triagem avançada e agendamento de consultas redefine a prestação de serviços de saúde em contextos urbanos densamente povoados. A análise dos dados mostra a eficácia da telemedicina na gestão de condições crônicas, destacando sua importância na melhoria da qualidade dos cuidados em nefrologia.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS ENCAMINHAMENTOS DA ATENÇÃO BÁSICA PARA UM SERVIÇO DE NEFROLOGIA UTILIZANDO A CALCULADORA DE RISCO KDPREDICT

Autores: Rene Scalet dos Santos Neto | Taynara Lopes dos Santos, Leandro Kachel Leal, Thyago Proença de Moraes, Caio Pellizzari

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Atenção Básica; KDpredict; Doença Renal Crônica.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7106


Resumo:

Introdução. A doença renal crônica (DRC) acomete cerca de 10% da população mundial e estimativas apontam um aumento progressivo na sua prevalência nos próximos anos, com mais de 5 milhões de pacientes necessitando de terapia renal substitutiva em 2030. As diretrizes de DRC recomendam o encaminhamento ao nefrologista para pacientes de alto risco de progressão para DRC estágio terminal (DRCET). Além da avaliação da taxa de filtração glomerular e albuminúria, é possível estimar esse risco através de calculadoras de predição, visando que os pacientes sejam corretamente tratados e, se possível, que as medidas para redução dos riscos sejam tomadas no momento certo. Pensando nisso e no racional de que esses doentes também têm maior risco de óbito, foi criada a ferramenta KDpredict, a qual permite avaliar esses dois desfechos relevantes. Métodos. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo observacional de centro único. Foram analisados os prontuários de pacientes encaminhados da Atenção Primária para primeira consulta com o serviço de nefrologia por alteração da TFG ou presença de albuminúria. Foram coletados dados clínicos e laboratoriais trazidos nesta avaliação inicial e calculado o KDpredict para o risco de progressão da DRCET e óbito em 5 anos. Resultados. Durante um período de 1 ano, dos 471 pacientes encaminhados ao serviço de nefrologia, 327 tiveram como motivo do encaminhamento avaliação de DRC. A média de idade foi de 67.6 anos, a maioria era do sexo feminino (52%) e 84.1% eram hipertensos. Em relação aos dados laboratoriais, 296 (90.5%) pacientes trouxeram exame de creatinina e apenas 140 (42.8%) tinham o exame de albuminúria na primeira consulta. Do total, 8.9% não trouxeram nenhum destes exames para avaliação. O KDpredict tem seu uso validado em pacientes com DRC estágios 3b e 4; assim, 185 pacientes puderam ser incluídos para avaliação, mas apenas 79 (42.8%) destes tiveram seu valor calculado, devido à falta de dados. O valor de risco mediano foi de 5% de progressão para DRCET em 5 anos, sendo 64.6% destes com valores iguais ou acima de 3% (considerado de alto risco). Em relação à mortalidade, a estimativa de risco foi de 39.4% de óbito em 5 anos. Considerando o estágio da DRC (<30ml/min/1.73m2), nível de albuminúria (>300mg/g) e valor do KDpredict (>3% em 5 anos), 45.6% dos pacientes foram encaminhados corretamente. Conclusão. Nessa coorte, menos da metade dos pacientes avaliados devido à DRC deveria ter sido direcionada à atenção especializada.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

KTOOLS: INOVAÇÃO NO ENSINO DE INSTRUMENTAIS ODONTOLÓGICOS COM TECNOLOGIA 3D

Autores: Emilly Godinho Corrêa | Cleverson de Campos Fuzeti, Silvio Tacara, Henrique Cesar Hubner Maia, Maria Lúcia Tozetto Vettorazzi

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná
Palavras-chave: Educação em Saúde; TIC em Saúde; Saúde Bucal
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7109


Resumo:

Caracterização do problema: As técnicas de ensino sobre instrumentais odontológicos podem encontrar desafios na integração do conhecimento teórico-prático, devido à dificuldade em visualizar detalhes dos instrumentos e ao baixo engajamento dos estudantes, muitas vezes resultante da inacessibilidade do material por distintas razões. Justificativa: A criação do protótipo do aplicativo móvel Ktools surge da necessidade de modernizar e dinamizar o ensino-aprendizagem em Saúde Bucal. A partir de representações 3D de alta qualidade, o aplicativo oferece acesso rápido e prático ao conhecimento. Objetivos: O principal objetivo é oferecer uma abordagem interativa, contendo atividades como jogo de perguntas, para a compreensão e aplicação prática dos instrumentais odontológicos, com a possibilidade de acesso por dispositivos móveis pelos estudantes fora do ambiente escolar, contribuindo para a correta identificação dos materiais. Descrição da experiência: A experiência iniciou com a fase de planejamento e pesquisa, questionário, seguida pela criação do design e desenvolvimento do protótipo, incluindo a elaboração da interface gráfica inicial, em projeto com colaboração intersetorial. Utilizou-se um Scanner 3D para a obtenção das imagens, convertendo formas tridimensionais de objetos reais em modelos de computador que foram integrados com sucesso à interface do aplicativo. Apesar de algumas sugestões de melhorias na navegação e interatividade, após a exposição do protótipo em uma feira científica escolar, a recepção inicial indica um grande potencial para estimular o interesse dos estudantes e facilitar a aprendizagem prática. O projeto encontra-se na fase inicial de testes e avaliações, visando aprimoramentos para a continuidade do seu desenvolvimento. Reflexão sobre a experiência: A integração de modelos 3D visa simplificar a compreensão de conceitos teóricos-práticos, fundamentais para o desenvolvimento profissional. No entanto, o uso de dispositivos móveis em ambiente educacional implica a orientação especializada para minimizar distrações e maximizar os benefícios educacionais. Recomendações: As representações 3D, aliadas à flexibilidade proporcionada pelos aplicativos móveis, podem contribuir significativamente para uma educação mais dinâmica, beneficiando tanto estudantes quanto profissionais da área de saúde bucal.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

MODELAGEM DE PROCESSO APLICADO AO SETOR DE AUDITORIA DE UMA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE

Autores: Caroline Maestri Nobre Albini | Gerusa Helena Machado

Instituição: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná/ Escola de Saúde Pública do Paraná
Palavras-chave: Sistema Único de Saúde; Otimização de processos; Fluxo de trabalho.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7121


Resumo:

A modelagem de processos em auditoria de saúde pública representa os procedimentos e fluxos de trabalho envolvidos na avaliação da conformidade e eficácia dos sistemas de saúde pública. Devido à alta demanda de solicitação de pagamento administrativo surgiu a necessidade de organização desse processo em uma secretaria de saúde, para garantir os requisitos de transparência, produtividade, adaptabilidade, flexibilidade e interoperabilidade. Com o objetivo de modelar o processo de análise das solicitações de pagamento, foi realizado o presente trabalho técnico-científico, como entrega final da Especialização em Modelagem de Processos aplicados à Saúde Pública. O estudo caracterizou-se como um projeto aplicativo; quanto aos procedimentos, as fontes utilizadas foram a pesquisa bibliográfica e documental. Sendo, a metodologia BPM (Business Process Management) escolhida para o mapeamento do processo e o sistema Bizagi® utilizado como uma ferramenta para delineamento e estruturação do processo e validação dos fluxos. O resultado da modelagem ocorreu pela efetivação e sistematização da metodologia BPM em cinco etapas: Planejamento; Identificação das atividades dos setores inter-relacionados para elaboração dos macroprocessos, bem como a identificação de riscos e controles; Entrevista com a Coordenação de Auditoria e levantamento dos documentos existentes do setor; Elaboração da Instrução de Trabalho com detalhamento e descrição de cada atividade desenvolvida durante a análise das solicitações de pagamento; Elaboração de fluxo visual intitulado “Fluxograma Análise de Pagamento”. Como resultados finais, o trabalho permitiu a possibilidade de detalhamento das atividades que são realizadas pelos servidores dentro da respectiva diretoria; a observação das possíveis falhas e dificuldades encontradas, como: retrabalho, duplicidade de pagamento, falta de treinamento e a própria inexistência de fluxos, o que acarreta a morosidade do processo mapeado; bem como a melhoria na comunicação interna e externa, pela coordenação, o que é fundamental para a colaboração eficaz entre departamentos e partes interessadas do processo. Por fim, identificou-se que a modelagem de processo é uma ferramenta valiosa e promissora para a área da auditoria do SUS, pois permite a compreensão, o aprimoramento e o gerenciamento dos processos operacionais de maneira mais eficaz, resultando em maior eficiência, qualidade e capacidade de adaptação.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

AUTOMAÇÃO DO PROCESSO DE CADASTRO DE USUÁRIO DA FEAS NO ICI: UMA EXPERIÊNCIA DE OTIMIZAÇÃO DO TEMPO DOS PROFISSIONAIS DE TECNOLOGIA

Autores: Valmir Moro Conque filho | Diogenes Fabricio Matsunaga, Luiz Alberto Ferreira Filho, Tiago Candido de Mello

Instituição: FEAS
Palavras-chave: automação; otimização de tempo; eficiência
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7130


Resumo:

Caracterização do problema: A Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS), responsável por desenvolver ações do Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba, enfrenta desafios no processo de cadastro de usuários. Atualmente, após o cadastro dos colaboradores no RH, técnicos em informática enviam manualmente as informações ao Instituto das Cidades Inteligentes (ICI) para criação de logins e senhas, resultando em perda de horas de trabalho dos profissionais. Justificativa: A busca por uma solução para otimizar o tempo dos técnicos em informática e melhorar a eficiência do processo motivou a automação do cadastro de usuários. Objetivos: O objetivo desta experiência foi relatar a implantação bem-sucedida da automação do processo de cadastro de usuários, destacando a otimização do tempo dos profissionais de tecnologia da fundação. Descrição da Experiência: A implementação da automação envolveu várias etapas. Foi criada uma procedure em PL/SQL, utilizando banco de dados Oracle, para coletar as informações no sistema da FEAS e criar uma requisição HTTP que consome um método específico dentro de um web service criado pelo ICI. Todos os testes foram realizados com sucesso em homologação, e a implantação em produção foi concluída com êxito. A equipe de Analistas de Sistemas da FEAS conduziu treinamentos para garantir a correta utilização da nova ferramenta. Reflexão sobre a Experiência: A automação do processo de cadastro de usuários resultou em benefícios significativos. A eliminação da necessidade de envio manual das informações economizou tempo dos técnicos em informática, permitindo que esses profissionais se concentrem em atividades mais críticas e de maior valor para a organização. Além disso, a agilidade no processo de cadastro de usuários contribuiu para uma maior eficiência e redução da intervenção humana. Recomendações: Com base nesta experiência, recomendamos que outras instituições considerem a automação de processos repetitivos para otimizar o tempo dos profissionais. É essencial investir em treinamento e capacitação para garantir uma transição suave e eficiente. A experiência demonstrou que a automação não só economiza tempo, mas também melhora a precisão e a eficiência dos processos organizacionais.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

UTLIZAÇÃO DE FERRAMENTA NA PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM DURANTE A SAE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rafael Luz Ribeiro | Juliana Vicente de Oliveira Franchi, Paula Graziela Pedrão Soares Perales, Naiara Barros Polita

Instituição: Hospital Doutor Eulalino Ignácio de Andrade
Palavras-chave: Enfermagem; Processo de Enfermagem; Registros Eletrônicos de Saúde; Diagnóstico de Enfermagem.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7151


Resumo:

Caracterização do problema: O Processo de Enfermagem é uma vital ferramenta que norteia o cuidado prestado pelo profissional de enfermagem, enfermeiro ou técnico, embasado por critérios éticos, legais e científicos visando qualidade e segurança na assistência prestada. Justificativa: Situações dificultosas diárias vêm de encontro com a sua aplicabilidade no ambiente hospitalar. A utilização de ferramentas pode auxiliar o enfermeiro no seu processo de trabalho qualificando-o. Objetivo: Descrever a experiência de elaboração e aplicação de uma ferramenta para nortear o enfermeiro ao realizar uma prescrição de enfermagem, que contemple os cuidados relacionados às principais necessidades humanas básicas. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência, ocorrida em Janeiro de 2024, entre supervisores de enfermagem, enfermeiro do Serviço de Educação e Pesquisa e direção de enfermagem em um hospital secundário no norte do Paraná. Durante reuniões entre supervisão e direção de enfermagem, levantou-se a dificuldade na realização da prescrição de enfermagem por enfermeiros assistenciais culminando na ausência de cuidados mínimos ao paciente, além da especificidade de cada clínica, e refletindo na precariedade da assistência prestada. Diante do exposto, foi necessária a confecção de uma ferramenta intitulada “Prescrição de enfermagem Padrão” pelo setor de educação e pesquisa. Utilizou-se como base o Prontuário eletrônico GSUS, levantando as principais necessidades humanas básicas da NANDA como: Cuidado corporal e ambiental, Segurança física e do meio ambiente, Regulação térmica, Nutrição e Eliminação. Seguido de possíveis diagnósticos e prescrição de enfermagem pela Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE), após alguns reajustes entre reuniões com os responsáveis, a ferramenta foi impressa, plastificada, fixada em pranchetas e distribuída em todos os setores do hospital. Uma capacitação in loco com os enfermeiros do setor foi necessária para orientar e elucidar possíveis dúvidas. Reflexão da experiência: A utilização dessa ferramenta auxilia o profissional enfermeiro na otimização de tempo e na qualidade da assistência prestada. Além disso, facilita a integração de novos colaboradores ao utilizar o prontuário eletrônico. Recomendações: Sugere-se a elaboração e utilização de novas ferramentas para a gestão do cuidado para auxiliar o profissional em seu dia a dia.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

ANÁLISE DE LEGIBILIDADE DAS LEGENDAS DAS PUBLICAÇÕES DO PERFIL DE INSTAGRAM ‘’UNIREAB+’’, UM PERFIL DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE.

Autores: Maria Eduarda Merith Claras | Adrielli Camile Almeida , Ana Carolina Dorigoni Bini, Christiane Riedi Daniel , Hilana Rickli Fiuza Martins

Instituição: Universidade Estadual do Centro Oeste
Palavras-chave: Comunicação; Escolaridade; Legibilidade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7157


Resumo:

Introdução: As novas tecnologias digitais e mídias sociais mudaram a lógica de comunicação e informação, se consolidando tão rapidamente que a educação em saúde precisou se adaptar para cumprir parte do seu papel, como perfis em redes sociais. Esses lugares desempenham função fundamental na promoção da saúde, e a incorporação desses meios digitais se faz necessária, pois oferece a facilidade de propagar informações relevantes sobre saúde, atingindo um público alvo com mais rapidez. Porém, para que a população compreenda de fato as informações disponibilizadas é indispensável que haja legibilidade e entendimento do conteúdo. Objetivo: Analisar os níveis de legibilidade das legendas de publicações feitas no perfil de educação em saúde do Instagram ‘’UniReab+’’, direcionados a população com doenças cardiorrespiratórias e metabólicas. Métodos: Utilizando a ferramenta disponível na plataforma digital ‘‘Análise de legibilidade textual, ALT’’ (https://legibilidade.com/), foi examinada a legenda de 30 publicações. A plataforma ALT apresenta 3 classificações textuais com os níveis necessários de escolaridade para entendimento do texto: Alta legibilidade (nível fundamental e médio de escolaridade), Média legibilidade (nível superior incompleto de escolaridade) e Baixa legibilidade (curso superior completo de escolaridade). Usando as seguintes escalas e métodos para a análise dos textos: Teste de facilidade de leitura de Flesch, Índice Gulpease, Nível de graduação de Flesch-Kincaid, Índice de nebulosidade de Gunning adaptado, Índice de legibilidade autorizado (ARI) e Índice de Coleman-Liau, cada instrumento disponibiliza sua classificação e no final a média de todos os resultados é feita para encontrar a legibilidade de cada texto. Resultados: Das 30 legendas analisadas, 20 delas tinham alta legibilidade, 5 média legibilidade e 5 baixa legibilidade. Percebe-se que as publicações em sua maioria tem uma linguagem simples e adequada para a educação em saúde, pois segundo o IBGE, 54,4% da população brasileira acima de 25 anos tem o ensino médio completo, necessitando de um alto nível de legibilidade para compreender o conteúdo repassado nas publicações. Conclusão: Conclui-se que as legendas das postagens do perfil de instagram UniReab+ são acessíveis para a maior parte da população.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

TECNOLOGIA GUSTATIVA PARA ALTERAÇÃO DE PALADAR NA CONDIÇÃO PÓS-COVID: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Bianca Maraschi Pereira | Yasmin Mauda Maciel, Letícia Simeoni Avais, Elis Carolina Pacheco, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Condição pós-COVID; Disgeusia; Teste gustativo
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7178


Resumo:

Caracterização do problema: A condição pós-COVID, é definida pelo Ministério da Saúde como manifestações apresentadas após 4 semanas da infecção do Sars-CoV-2. Sinais e sintomas são evidenciados na condição pós-COVID, incluindo a alteração de paladar, notória em relatos clínicos e por vezes investigada. Justificativa: Com as modificações gustativas e provável prejuízo alimentar na população afetada pela condição pós-COVID, a qualidade de vida também sofre impactos. Devido às dificuldades de identificação dos sabores pode haver baixa ingesta ou consumo exacerbado de alimentos, além de reduzir o prazer e impactar a saciedade. A necessidade de discernir e compreender a intensidade e os sentidos gustativos afetados, estimularam o desenvolvimento de tecnologia gustativa de baixo custo e acessível (soluções saborizadas) para detecção da perda de paladar. Objetivos: Relatar os feitos e impasses encontrados durante o processo de formulação da tecnologia para identificação das desordens gustativas. Descrição da experiência: Conhecimentos aprofundados sobre plausíveis mecanismos fisiopatológicos das alterações gustativas, formas de apresentações farmacológicas e formulações do produto, foram estudados. Testes iniciaram a parte prática do projeto, verificando a escolha correta das matérias primas para os quatros principais sentidos gustativos em análise, os conservantes e veículo das soluções, essa devendo exibir adequada limpidez e solubilidade. O kit para teste gustativo é composto de 12 frascos com conta gotas, abordando 3 concentrações diferentes para cada sabor: doce, azedo, amargo e salgado. Reflexão da experiência: A imersão laboratorial possibilitada pela pesquisa cresceu positivamente na construção de fundamentações básicas da farmacologia, possibilitando a interação multidisciplinar. Dificuldades na escolha de produção, para que a mercadoria seja acessível e presente nos consultórios foi encontrada, juntamente com obstáculos para adquirir fórmulas coesas. Contratempos expostos, vigorou a estimulação para resolução dos problemas. Recomendações: Inclusão de acadêmicos da saúde em projetos que abordam áreas diferentes, ampliam e agregam conhecimentos na formação. Tecnologias de baixo custo como as soluções desenvolvidas no estudo podem ser usadas no SUS para testes gustativos.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

KIT DE ÓLEOS ESSENCIAIS COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTO EM PACIENTES QUE APRESENTARAM PERDA DE OLFATO, PALADAR E XEROSTOMIA NA COVID-LONGA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Bianca Maraschi Pereira | Yasmin Mauda Maciel, Emília Ferro, Elis Carolina Pacheco, Letícia Simeoni Avais, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Aromaterapia; COVID-Longa
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7191


Resumo:

Caracterização do problema: Sintomas como perda de olfato, paladar e xerostomia foram relatados na Covid Longa, ou condição pós-COVID, a qual é caracterizada pelo Ministério da Saúde como manifestações que surgem, e persistem, após 4 semanas da fase aguda da infecção do Sars-CoV-2. Justificativa: Uma vez que a Covid Longa permaneça afetando o indivíduo e seu estado físico e biológico, o estado mental e social também são alterados. O uso de óleos essenciais para tratamento de condições de saúde vêm sendo proposto na literatura, objetivando retomar as funções fisiológicas do indivíduo, pela percepção olfativa dos odores. Os óleos têm capacidade de estimular diferentes partes do cérebro, promovendo variadas ações que dependem do aroma que está sendo empregado e de qual a sua finalidade. Objetivos: Relatar a experiência com aromaterapia como alternativa de tratamento visando o restabelecimento do olfato, paladar e xerostomia em pacientes que tiveram essas desordens decorrentes da COVID-19. Descrição da experiência: Foi realizada ampla revisão de literatura, a fim de compreender a fisiopatologia da perda de paladar, olfato e xerostomia na Covid Longa. Realizou-se a confecção de um kit de óleos essenciais, baseando-se em um protocolo francês de treinamento olfativo, juntamente com a seleção do instrumento stick para alocação dos óleos. Estudos também avançaram em relação à escolha dos óleos essenciais que estarão disponíveis nos kits, através de suas composições químicas, sendo: laranja doce (Citrus aurantium dulcis), limão siciliano (Citrus limon) ou tahiti (Citrus latiifolia), lavanda francesa (Lavandula angustifolia) e copaíba (Copaífera officinalis). Reflexão da experiência: A imersão em um projeto de pesquisa que visa a confecção de um produto de resolubilidade de um distúrbio decorrente de uma doença foi de grande avanço intelectual em conhecimentos fisiopatológicos. Apesar da dificuldade para estabelecer os óleos integrantes do kit, a fim de que atingissem todos os sistemas afetados, foi de grande relevância o ganho de conhecimentos sobre aromaterapia. Espera-se que a pesquisa contribua com a melhoria na qualidade de vida dos indivíduos afetados pela Covid Longa. Recomendações: Ao considerar o problema emergente em saúde pública em decorrência da pandemia da Covid-19, recomendam-se novos estudos, incluindo ensaios clínicos, que busquem alternativas de tratamento para sintomas da Covid Longa.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

INFOGRÁFICO ANIMADO PARA CUIDADOS COM LESÕES POR PRESSÃO: VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO

Autores: Caroline Rippel Ribeiro | Chis Mayara Tibes-Cherman, Analia Rosário Lopes , Reinaldo Antonio Silva-Sobrinho, Ana Paula Contiero, Adriana Zilly

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Palavras-chave: Estudo de Validação; Lesões por Pressão; Educação em Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7199


Resumo:

Introdução: as lesões por pressão são danos à pele ou tecidos subjacentes, elas ocorrem geralmente em proeminências ósseas e podem estar relacionadas com o uso de dispositivos médicos. A educação em saúde visa conscientizar os indivíduos sobre os cuidados com a própria saúde e de seus familiares. As tecnologias educacionais são ferramentas valiosas nesse processo de ensino-aprendizagem em saúde, facilitando o planejamento, execução e acompanhamento do processo educacional. Entre essas tecnologias, destacam-se os infográficos animados. Objetivo: validar o conteúdo de um infográfico animado destinado ao ensino e cuidados com lesões por pressão para cuidadores de pacientes domiciliados. Metodologia: trata-se de um estudo metodológico com foco na validação de conteúdo, o qual contou com uma banca de juízes especialistas (enfermeiros com experiência em prevenção e tratamento de lesão por pressão). A etapa de validação consistiu em validar o infográfico animado utilizando o método Índice de Validade de Conteúdo, que emprega uma escala tipo Likert, com pontuação de um a quatro, e por último, identificar o nível de satisfação dos juízes. Resultados: a validação do material educacional foi realizada considerando objetivos, estrutura, aparência e relevância. Os participantes foram doze enfermeiros, que avaliaram 19 itens, totalizando 216 itens avaliados, os índices foram de 88,4% para categoria Relevante e 11,6% para Pequena Revisão, não teve voto para Grande Revisão ou Conteúdo Não Relevante, nenhum dos itens avaliados apresentou valor abaixo da concordância mínima adotada, indicando 100% de concordância, o Índice de Validade de Conteúdo obtido foi 1,0. Com base nas recomendações dos enfermeiros, foram realizados ajustes no infográfico, tornando a linguagem mais clara e acessível, e incluindo informações adicionais aos cuidadores. O infográfico finalizou com uma duração de 7 minutos e 34 segundos. Conclusão: o infográfico animado foi considerado altamente relevante e bem estruturado, atingindo os seus objetivos eficazmente. As sugestões e feedbacks qualitativos dos enfermeiros foram utilizados para realizar ajustes finais e melhorar a qualidade do infográfico, o sucesso na validação desse infográfico destaca a importância de envolver especialistas na avaliação de materiais educacionais, garantindo recursos de alta qualidade e utilidade prática na área da saúde. A versão final validada pode ser acessada no link: https://www.youtube.com/watch?v=-QNF29LnpHM&t=1s

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA ANÁLISE DE COCAÍNA E BENZOILECGONINA EM PAPEL DE FILTRO

Autores: Jéssica Yuri Sakurada | Ana Carolina Baule de Oliveira, Bruno de Souza Palma, Eduardo Calixto, Kleber Ota de Oliveira, Simone Aparecida Galerani Mossini

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Cocaína; Cromatografia Gasosa; Urina
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7203


Resumo:

Introdução: A cocaína (COC) é potente estimulante do SNC com alta capacidade de induzir dependência, administrada via inalatória, intravenosa e, raramente, oral. Sua detecção e quantificação exigem conhecimento sobre biotransformação, principalmente em relação aos seus metabólitos, como a benzoilecgonina (BZE). A análise toxicológica de drogas e metabólitos é essencial para diagnósticos hospitalares, mas a instabilidade dos analitos em amostras biológicas durante transporte e armazenamento é um desafio. Amostras de Dried Urine Spots (DUS) estão ganhando popularidade devido à notável estabilidade em diferentes tempos e temperaturas. As vantagens do DUS incluem fácil armazenamento e transporte, além da necessidade de pequenos volumes de matriz biológica. Objetivo: Desenvolver a técnica de extração de COC e BZE em amostras de urina seca (DUS) em papel filtro com análise por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM). Métodos: Para a confecção da DUS foi adicionado 30 uL de urina na área demarcada do papel filtro e seco em temperatura ambiente por 2 h. O papel filtro foi puncionado, manualmente, criando um pequeno círculo de papel com a urina seca e transferido para Eppendorf. Foi adicionado alíquota de 500 µL do solvente de extração (metanol/acetonitrila) contendo padrões internos (100 ng/mL), agitado a 1.000 rpm/5 min, temperatura ambiente, e centrifugado a 14.000 rpm/10 min. A fase extratora foi separada e evaporada em banho úmido a 60 °C. Após secagem das amostras e derivatização com 50 µL de MSTFA a 70°C/30 min, uma alíquota de 1 uL foi injetada no CG-EM para análise. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CAAE 56482016.1.0000.0104, parecer n. 5.709.700). Resultados: A técnica mostrou-se eficaz na extração de COC e BZE em amostras de urina seca em papel de filtro, com picos bem definidos na CG, indicando uma separação adequada. Os tempos de retenção encontrados foram de 6,15 min para COC e 6,87 min para BZE, com identificação dos respectivos fragmentos de íons. Conclusão: Foi desenvolvida uma extração rápida e eficiente de COC e BZE em amostras de urina seca em papel de filtro, o que a torna uma escolha atrativa para análises devido à facilidade de armazenamento e transporte, além do pequeno volume de matriz biológica e solventes. Após ser otimizada e validada, a técnica pode ser aplicada para análises de urgência e emergência, em investigações forenses e monitoramento do consumo de drogas.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

PROGRESSOS NA SAÚDE E EDUCAÇÃO NO SUS - REGISTRO DE RESULTADOS E CRESCIMENTO INSTITUCIONAL NOS SERVIÇOS ASSISTENCIAIS NA SAÚDE PÚBLICA EM CURITIBA: A CRIAÇÃO DE UM EDITORIAL ANUAL

Autores: Chayane Karla Lucena de Carvalho | Anya Karla Irena Kruger Colman, Marina Abreu de Oliveira Marcondes, Tatiane Filipak, Olavo Gasparin, Sezifredo Paulo Alves Paz

Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde
Palavras-chave: Indicadores de serviços; Saúde pública; Gestão do conhecimento; Melhoria de qualidade; Ciências da saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7232


Resumo:

Caracterização do problema: Documentar retrospectivamente os feitos na saúde pública, é essencial, para tanto foi traçado e executado um projeto para criação de uma revista anual. Revistas são explicativas e permite um layout detalhado de textos e matérias, sendo um dos principais grupos de periódicos. Justificativa: A análise anual identifica áreas de melhoria na saúde pública e afirmar a participação dos colaboradores nos níveis setoriais no SUS. Objetivo: Criar uma revista anual representando o desempenho de unidades assistenciais e de educação, vinculadas a uma instituição prestadora de serviços de saúde no SUS em Curitiba-PR. Descrição da experiência: O desenvolvimento do projeto e execução, ocorreu em duas fases: planejamento e prática. Na fase planejamento, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, fortalecendo as etapas de início, meio e fim. Foram analisados dados qualiquantitativos através de registros internos por unidade de serviço, definição dos dispositivos, ferramentas a serem utilizadas, temáticas, capítulos e detectado informações extras a serem coletadas para compor a fase prática. Além disso, foram examinadas revistas com estrutura similar a planejada para identificar os recursos multimídia mais comuns e os métodos de navegação preferenciais. Na fase prática, foram desenvolvidas propostas para a título, tipografia, interatividade, layouts e potenciais elementos textuais introdutório para cada área de abordagem, bem como, criada toda parte textual introdutória e de interpretação dos dados quantitativos. A revista, em sua criação, foi fragmentada em capítulos por macro áreas de gestão, assistência e educação, as quais ramificaram-se em unidades, setores, serviços e marcos acadêmico científico, desempenhado em 2023 na saúde pública de Curitiba. Reflexões: A revista documentou conquistas e desafios, sendo uma ferramenta essencial para promover transparência, prestação de contas e melhoria contínua dos serviços assistenciais. Os resultados obtidos, permitiu a visualização e o contentamento diante dos avanços alcançados na saúde assistencial, formação de novos profissionais, expansão cientifica e responsabilidade social. Outro fator notável, foi a integração de equipe e motivação após apresentação da revista finalizada. Recomendações: Implementar uma revista anual, reforça o compromisso com a excelência na prestação de serviços, visando o bem-estar e a qualidade de vida da população, dos colaboradores e com a comunidade acadêmica cientifica.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

CAPACITAÇÃO INTERNA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA FEAS: UM MODELO DE AUTOCAPACITAÇÃO

Autores: Tiago Candido de Mello | MSc. Jouglas Alves Tomaschitz, Esp. Marcos Antonio de Oliveira Pena

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba - Feas
Palavras-chave: Tecnologia da informação; Capacitação em serviço; Workshop
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7243


Resumo:

Caracterização do problema: A evolução constante das tecnologias da informação traz desafios para as equipes de TI em organizações de saúde como a Feas, devido à necessidade de manter-se atualizado e alinhado com as demandas do setor. No entanto, nem sempre é fácil proporcionar oportunidades de capacitação de forma regular e eficaz. Justificativa: A atualização constante é essencial para garantir eficiência e qualidade nos serviços. A TI da Feas implementou uma rotina de capacitação interna para promover o nivelamento de conhecimento e o estímulo ao estudo constante entre os profissionais de TI. Objetivos: Apresentar o modelo de capacitação interna, destacando sua eficácia na promoção do aprendizado e no aprimoramento das habilidades técnicas da equipe. Descrição da Experiência: A iniciativa consiste na realização periódica de pequenos workshops internos, programados a cada 15 dias, geralmente às sextas-feiras à tarde. Durante esses encontros, um profissional da equipe tem a oportunidade de compartilhar seu conhecimento sobre um tema específico, de aplicação direta na Feas, em que tenha expertise e que os colegas possam se beneficiar. O formato dos workshops permite uma abordagem direta e concentrada, com duração média de uma hora e meia. Dessa forma, mesmo com a agenda ocupada, a participação se torna viável e acessível. A equipe de TI da Feas é composta por 8 profissionais, que distribuídos de forma equitativa, assumem a responsabilidade de conduzir um workshop. Reflexão sobre a Experiência: A implementação da rotina de autocapacitação interna na Feas tem sido benéfica. Observou-se o aumento no nível de conhecimento técnico da equipe, além de maior motivação para estudo e aprimoramento profissional. O ambiente informal e colaborativo dos workshops gera espaço propício para a troca de experiências e o desenvolvimento conjunto de habilidades. A abordagem prática e direta dos temas abordados facilita a absorção do conhecimento. Recomendações: Com base na experiência da Feas, recomenda-se que outras organizações de saúde considerem a implementação de iniciativas similares em suas equipes de TI. Este modelo de capacitação interna demonstra que é possível promover o aprendizado e a troca de conhecimento de forma eficiente e acessível, contribuindo para o crescimento dos profissionais de TI e para o aprimoramento dos serviços oferecidos pelo setor.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

EDUCAÇÃO EM DOR PARA USUÁRIOS DO SUS COM DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA: DESENVOLVIMENTO DE UM APLICATIVO PARA APRENDIZADO BASEADO EM JOGOS.

Autores: Marina Pegoraro Baroni | Isabel A Duarte, Adriele Santos Sobutka, Bruno T Saragiotto, Carolina Paula de Almeida, Sandra Mara Guse Scós Venske

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: dor crônica, tecnologia em saúde, aprendizado baseado em jogos
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7277


Resumo:

Introdução: A dor crônica atinge 46% da população brasileira, implicando em restrições nas atividades diárias, como trabalho, vida social e autocuidado. A educação em dor é uma estratégia terapêutica preconizada pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da dor crônica para promover conhecimento e autogerenciamento da saúde. O uso de elementos de jogo pode estimular o interesse do usuário, incentivando a participação ativa e busca pelo conhecimento. Objetivo: Desenvolver um aplicativo para aprendizado baseado em jogos (jogo 2D) sobre educação em dor para usuários do SUS. Métodos: Foi desenvolvido um aplicativo com jogo 2D, no estilo point and click, nos princípios da aprendizagem baseada em jogos, e conteúdo baseado no e-book “EducaDor: Aprenda a controlar sua dor”. O desenvolvimento do jogo consistiu em 3 etapas: (1) modelagem – uso de técnicas e ferramentas para planejar e organizar elementos gráficos e mecânicos; (2) implementação na plataforma Unity; (3) testes de jogabilidade e usabilidade. Resultados e discussão: No jogo, os participantes exploram uma vila com diferentes ambientes. Cada ambiente corresponde a um capítulo do e-book e progresso no jogo está relacionado à aquisição de conhecimento naquele ambiente. Até o momento, o jogo apresenta quatro ambientes com diferentes temáticas sobre educação em dor. Cada ambiente contém interações dialógicas entre os personagens (usuário, profissional de saúde, familiar), cartilhas educativas, vídeos, e puzzles: (1) Sala de espera da Unidade Básica de Saúde, com temática sobre definição e neurofisiologia da dor; (2) Consultório médico, sobre aceitação da dor e compromisso para aderir ao estilo de vida saudável; (3) Sala de atendimento em grupo, sobre aspectos multifatoriais da dor e exercício físico; (4) Residência do usuário, explorando hábitos de meditação, alimentação saudável e higiene do sono. A jogabilidade e usabilidade foram testadas somente com os membros da equipe executora do jogo. A próxima etapa será testar com os próprios usuários e proceder com adequações necessárias. É possível introduzir características lúdicas na esfera educacional, integrando elementos de jogos para estimular a motivação e o engajamento no autogerenciamento da dor crônica. Conclusão: Diante do desafio de aumentar a participação e adesão dos usuários no autogerenciamento da dor crônica, espera-se que este jogo possa apresentar o conteúdo de educação em dor como uma experiência dinâmica ao usuário.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

INAUGURAÇÃO DE UNIDADE HOSPITALAR: DESAFIOS TECNOLÓGICOS E ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO

Autores: Jouglas Alves Tomaschitz | Valmir Moro Conque Filho

Instituição: Fundação Estatual de Atenção à Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Tecnologia da informação em saúde, Saúde, Sistemas de Comunicação no Hospital
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7290


Resumo:

Caracterização do problema: A Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), encarregada da implementação das ações do Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba, enfrentou a necessidade urgente de abrir uma unidade hospitalar para lidar com um aumento excepcional de casos de crises respiratórias. A estrutura escolhida, um hospital desativado há anos, requeria uma reformulação completa para atender às novas demandas, incluindo adaptações físicas e instalações de TI, além da preparação dos sistemas de prontuário eletrônico. Justificativa: A premência na prestação dos serviços de saúde e a necessidade de adequação da infraestrutura tecnológica à nova realidade impulsionaram uma ação coordenada para superar este desafio. O objetivo era assegurar que todas as tecnologias estivessem operacionais e integradas, proporcionando um atendimento eficiente em 30 dias. Objetivos: Relatar a experiência da inauguração de uma unidade hospitalar, enfatizando os desafios enfrentados e as soluções implementadas pela equipe de tecnologia da Feas, com foco na otimização do tempo e dos recursos. Descrição da Experiência: A implementação envolveu etapas como: avaliação da infraestrutura existente; planejamento das readequações físicas; adequação dos contratos de outsourcing e sistemas; instalação dos computadores e sistemas; e, finalmente, a integração deles. As configurações do prontuário eletrônico foram aproveitadas de outro hospital administrado pela Feas. Após a inauguração, foram abordados temas indiretos à assistência dos pacientes, como organização contábil, faturamento e ajustes e criações de relatórios de apoio. Reflexão: A inauguração da nova unidade hospitalar em tempo recorde exemplifica a eficácia do planejamento estratégico e integrado. A rápida adaptação do prédio ressalta a importância da preparação tecnológica e capacitação da equipe. A reutilização do sistema de prontuário eletrônico evidencia que é possível assegurar estratégias eficientes mesmo sob pressão. Recomendações: Com base nesta experiência, sugerimos que outras instituições de saúde adotem uma abordagem estratégica para ampliações ou reformulações de suas infraestruturas. Investir em planejamento detalhado, integração de sistemas e capacitação da equipe é crucial para enfrentar desafios semelhantes.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

CONHECENDO OS SERVIÇOS DO TERRITÓRIO DE UMA REGIÃO DE SAÚDE: UM RELATO UTILIZANDO MY MAPS

Autores: Flavia Maria Derhun | Patricia Cardoso Alexandre, Vinícius Lopes Giacomin, Camila Costa de Andrade, Lívia Maria Silveira, Beatriz Dutra Rosa

Instituição: sesa/pr
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Serviços de Saúde; Mapeamento Geográfico. 
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7331


Resumo:

As Regiões de Saúde são formadas por municípios fronteiriços, sendo um mecanismo interfederativo de gestão para a garantia do acesso resolutivo da população à saúde, em tempo oportuno e com qualidade, organizados em Rede de Atenção à Saúde (RAS). Até então, a 15ª Região de Saúde do Estado do Paraná não possuía os serviços da RAS identificados e sistematizados em uma ferramenta visual e interativa. Percebendo essa necessidade, uma residente do Programa de Gestão em Saúde Pública, juntamente a equipe do setor (Seção de Atenção Primária à Saúde) em que realiza as atividades práticas buscaram uma maneira de sanar a problemática. O objetivo é relatar a experiência de organização dos serviços, programas e estratégias existentes na 15ª Região de Saúde em uma ferramenta visual e interativa. Inicialmente, realizou-se a coleta de dados dos estabelecimentos (tipo, endereço, nome, entre outros) presentes no território por meio das plataformas TabWin - SCNES, e das coberturas nos municípios (cobertura da Atenção Primária, cobertura da população exclusivamente do SUS, cobertura dos beneficiários do Programa Bolsa Família e cobertura da Saúde Bucal) pelas plataformas e-Gestor e Agência Nacional de Saúde Suplementar. Para a coleta das equipes/profissionais presentes na Atenção Primária à Saúde (ACS, eSF, eAB, eSB e e-multi), foram utilizadas as plataformas e-Gestor e TabWin. Especificamente para a Linha de Cuidado Materno Infantil, foi utilizado o Sistema de Informação Geográfica QGIS para identificação das malhas viárias de acesso dos municípios à referência hospitalar para acompanhamento de crianças e gestantes de alto risco. Em seguida, a plataforma Google My Maps foi utilizada para criar e compartilhar de forma online e personalizada os serviços, programas e estratégias. A existência de um mapa online, interativo e intuitivo, construído a partir de dados públicos e de ferramentas gratuitas é passível de replicação em demais regiões de saúde, permitindo compreender o diagnóstico local e propor intervenções. Com base no diagnóstico gerado através do mapeamento, recomenda-se que gestores da região de saúde busquem alternativas para melhorar o acesso das pessoas aos serviços.  

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: UMA AVALIAÇÃO REMOTA POR VÍDEO-CONSULTA

Autores: Pedro Henrique Basso de Paula Lima Dietrich | Cinthia Ferreira da Silva Mulbak, Cyrus Villas-Boas, Marcelo Gaviraghi, Romulo Pereira, Priscilla Safanelli Lobo Bernardes de Oliveira

Instituição: FEAS - Central Saúde Já Curitiba
Palavras-chave: Telemedicina; Síndrome do Túnel do Carpo; Acessibilidade aos Serviços de Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7351


Resumo:

Caracterização do problema: Em 2024, uma residente de Curitiba/PR busca atendimento através da telemedicina municipal, via vídeo-consulta, devido a dor crônica agudizada no punho direito e impacto na qualidade de vida, buscando acesso facilitado à saúde devido à sua rotina diária. Justificativa: Com a regulamentação da telemedicina, o acesso aos serviços de saúde foi ampliado, permitindo que mais pessoas possam exercer seu direito à saúde universal. Em Curitiba/PR, o serviço de telemedicina municipal possibilita o rápido e eficaz tratamento de condições leves, assegurando a continuidade do cuidado integrado entre diferentes níveis de assistência. Objetivo: Este relato visa apresentar a experiência da vídeo-consulta médica, demonstrando sua viabilidade e efetividade na avaliação de queixas leves comuns em pronto-atendimentos (UPAs) e demandas agudas de unidades básicas de saúde (UBSs). Isso sugere uma potencial redução das longas filas de espera nesses locais. Descrição da Experiência: Durante a vídeo-consulta, uma anamnese detalhada foi conduzida. Foram realizadas demonstrações dos testes de Tinel, Phalen e Durkan, que foram positivos para Síndrome do Túnel do Carpo no punho direito. Foi prescrito um anti-inflamatório e o uso de órtese, com orientações sobre movimentos e cuidados. Uma consulta ambulatorial na UBS foi agendada para acompanhamento pós-tratamento, com uma carta de encaminhamento sugerindo fisioterapia. Reflexão sobre a Experiência: Este caso ilustra como a vídeo-consulta pode eficientemente diagnosticar e tratar queixas leves e comuns, sendo uma alternativa simples, rápida e acessível para muitos. Para casos mais complexos, serve como triagem, encaminhando para avaliação presencial imediata. Recomendações: A expansão da telemedicina e vídeo-consulta, especialmente no setor público, é uma alternativa promissora para reduzir as filas de espera por atendimento em UPAs e UBSs, mantendo esses locais disponíveis para atendimentos que mantêm a avaliação presencial indispensável;

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

JOGO DE CARTAS APLICADO À CONSTRUÇÃO DE UM MANDATO DURADOURO EFETIVO

Autores: Amanda Oliveira Lopes |

Instituição: Grupo de Pesquisa em Direito Médico e Bioética/CNPq - FDRP/USP; Grupo de Estudo e Pesquisa em Bioética e Biodireito - Migalhas; Núcleo de Estudos e Pesquisas em Bioética e Cuidados Paliativos (NEPBCP) - UFPB
Palavras-chave: Mandato Duradouro; Diretivas Antecipadas de Vontade; Comunicação em Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7440


Resumo:

O mandato duradouro - também conhecido como procuração para cuidados de saúde - é uma espécie do gênero “Diretivas Antecipadas de Vontade”. Nele, o paciente nomeia um terceiro (ou mais de um) cuja função será dar voz às vontades do outorgante quando ele não for capaz de fazê-lo. Como objetivo geral, portanto, este estudo buscou entender como o jogo “Cartas na Mesa” - adaptação brasileira do semelhante norte americano, “Go Wish” - desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) pode auxiliar na construção de um mandato duradouro efetivo. O primeiro objetivo específico visou mapear as produções acerca do jogo; como matérias em jornais ou artigos acadêmicos. No segundo objetivo específico esta pesquisa analisou como o jogo também pode ser utilizado durante a internação do paciente para comunicar suas vontades à equipe multidisciplinar que o acompanha, enquanto ele está em pleno gozo de sua capacidade. Para tal, a metodologia utilizada foi a pesquisa documental, na qual foram utilizados livros, artigos científicos, revistas matérias jornalísticas e a plataforma da SBGG. Como resultado da pesquisa foi possível perceber que a temática é inédita e inovadora, contando com escassa produção acerca do tema - foram encontrados apenas quatro materiais sobre o assunto no Brasil, sendo que apenas um deles tratava-se de artigo científico e foi publicado na modalidade relato de caso. Apesar disso, resta claro a sua importância como instrumento de comunicação em saúde, além, é claro, da urgência em se falar sobre o assunto, uma vez que o Brasil figura entre os piores países para se morrer. Conclui-se, portanto, que o mencionado jogo de cartas é uma alternativa bastante acessível e de grande efetividade para a construção de mandatos duradouros que realmente surtam efeitos práticos, fazendo com que o conceito de dignidade do paciente seja respeitado por aquele(s) a quem foi confiada sua procuração para cuidados em saúde. Ademais, a alternativa apresentada também pode ser estendida aos profissionais de saúde que acompanham aquele paciente, fazendo com que os cuidados de fim de vida sejam realizados de acordo com os desejos daquele que não pode mais decidir por si mesmo.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

INTERSETORIALIDADE NA SAÚDE - O ADVENTO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO ÂMBITO DO SUS

Autores: Douglas Augusto Fernandes Couto | Emilly Godinho Corrêa, Everdan Carneiro, Juliana Schaia Rocha Orsi, Ernesto Josué Schmitt, Viviane de Souza Gubert Fruet

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Palavras-chave: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico, Diagnóstico Bucal, Sistema Único de Saúde, Radiologia.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7454


Resumo:

Caracterização do problema: Exames radiográficos são fundamentais para a resolutividade de casos intermediários e complexos, pois fornecem informações complementares para o diagnóstico do paciente que conduzem ao tratamento de maneira mais precisa e eficaz. A principal vantagem da introdução da tomografia computadorizada no Sistema Único de Saúde (SUS) foi a possibilidade da análise tridimensional das estruturas anatômicas que antes era limitada apenas a duas dimensões com os exames radiográficos convencionais. A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) é utilizada na otorrinolaringologia, cirurgia de cabeça e pescoço e principalmente na odontologia pela melhor nitidez das imagens, menor radiação emitida e menor custo comparada as outras tomografias computadorizadas convencionais como a Helicoidal (TCH) e Multidetector. Justificativa: Seguindo avanços científicos tecnológicos relacionados a otimização diagnóstica e planejamento cirúrgico, a incorporação de exames de TCFC é necessária devido às vantagens que esse método oferece. Objetivos: Descrever as vantagens da intersetorialidade, com a introdução da TCFC no SUS do município por meio de um convênio com uma instituição de ensino. Descrição da experiência: A partir de janeiro de 2021 a maio de 2024 foram realizados 350 exames de TCFC de pacientes encaminhados pelo Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do município, e notou-se um aumento importante do número de exames a cada ano. Concomitantemente realizou-se capacitação para os cirurgiões-dentistas do CEO para a manipulação e análise dos exames, contribuindo para a otimização do diagnóstico e planejamento cirúrgico, principalmente em casos complexos de extração de terceiros molares, dentes supranumerários e rarefações ósseas extensas. Reflexão sobre a experiência: No início do novo milênio a TCFC foi introduzida no Brasil e desde então aumentaram evidências cientificas destacando as vantagens dessa modalidade de exame para a sociedade. Antes de 2020 os pacientes indicados para tomografia via SUS eram atendidos na atenção terciária em hospitais realizando exames de TCH que limitavam o diagnóstico de alterações do complexo estomatognático. Recomendações: A intersetorialidade permite acesso a exames onerosos e complexos para a população SUS dependente. A TCFC no âmbito da saúde bucal do SUS proporciona ao cirurgião-dentista maior confiabilidade diagnóstica possibilitando uma experiência trans e pós-operatórias mais favoráveis para o paciente.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTA DIGITAL PARA O MONITORAMENTO DA SAÚDE BUCAL EM CURITIBA

Autores: Daniela Cristina Rachadel | Viviane de Souza Gubert, Diego Spinoza

Instituição: SMS Curitiba
Palavras-chave: saúde bucal; monitoramento; planejamento
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7466


Resumo:

Foi desenvolvido um painel de monitoramento, baseado em dados do prontuário eletrônico e-Saúde e usando a linguagem de programação “R”, de código aberto. Os relatóriosforam tratados e consolidados para exibição em um dashboard desenvolvido na plataforma Google Data Studio (gratuita). A atualização semanal é e o acesso é (autenticado) aos gestores locais e distritais que permite a visualização da quantidade de usuários em cada grupo de acompanhamento nos territórios das UMS em que as ações de busca ativa precisam ser intensificadas. Este painel objetiva o monitoramento de pessoas com condições crônicas e de grupos prioritários para atendimento, definidos pelo Departamento da Atenção Primária (DAPS) da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. No software R há programação para estratificar os atendimentos em saúde bucal para as gestantes cadastradas, crianças e diabéticos de alto risco. Estes dados são traduzidos para o dashboard em uma linguagem acessível e visual, onde os gestores podem acompanhar os dados e metas atingidas. Esta prática iniciou em 2021 como meio de retomar o cuidado dos crônicos perante a emergência de saúde pública da Covid-19 e tornou-se permanente, para que os gestores e as equipes de saúde bucal das UMS possam realizar o acompanhamento periódico dos indicadores de uma forma facilitada e melhorar a captação dos grupos prioritários. No final do ano de 2021, quando foi iniciado este monitoramento através do dashboard, Curitiba tinha os seguintes resultados dos indicadores acompanhados: 70% das gestantes vinculadas, 66% dos pacientes de 40 a 50 anos com diabetes alto risco, 35% das crianças de 0 a 2 anos e 27% das crianças de 5 a 6 anos. No primeiro quadrimestre de 2024 tem-se os seguintes resultados: 82% das gestantes atendidas, 47% dos pacientes de 40 a 60 anos com diabetes alto risco, 50% das crianças de 0 a 2 anos e 53% das crianças de 5 a 6 anos. Observou-se resultados satisfatórios, refletindo em redução de comorbidades e melhora no estilo de vida. Sobre o grupo dos pacientes com diabetes alto risco, houve um aumento da faixa etária acompanhada, e devido a esse aumento o indicador não apresentou o esperado, no entanto mais usuários foram acompanhados. A implantação deste monitoramento semanal oportunizou uma maior facilidade de acompanhamento do acesso dos grupos prioritários no serviço, aumentando a busca ativa pelas equipes e priorizando estes grupos nas agendas.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E EDUCAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO (PET-SAÚDE)

Autores: Michelle Moreirqa Abujamra Fillis | Marcos Vinícius Bernardo Batista, Natália Viana Isoldino, Larissa Victória Branco, Igor Calixto da Silva, Michelle Moreira Abujamra Fillis

Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Palavras-chave: Mídias Sociais; Educação em Saúde; Divulgação Científica
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7507


Resumo:

Caracterização do problema: O advento das mídias sociais trouxe oportunidades significativas para a disseminação de informações, mas também aumentou a propagação de fake news e desinformação, especialmente na área da saúde. Isso contribui para a manipulação e alienação das pessoas, destacando a necessidade urgente de divulgação de conhecimentos científicos precisos e acessíveis. Justificativa: A iniciativa visa combater a disseminação de informações errôneas e sensacionalistas sobre saúde, promovendo o acesso democrático ao conhecimento científico através das plataformas digitais, especialmente nas ciências da saúde. Objetivos: O projeto do PET-Saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Jacarezinho, em 2022, teve como objetivo principal a disseminação on-line de materiais educativos em saúde pública, bem-estar físico e emocional, visando empoderar a população no cuidado com a saúde. Descrição da Experiência: Utilizamos o software Canva para criar artes e o Instagram como principal plataforma de divulgação científica. Todos os conteúdos foram cuidadosamente selecionados com base em referências científicas de qualidade, incluindo PubMed, Scielo, LILACS e PEDro. Além dos posts regulares no Instagram, produzimos um podcast disponível no Spotify. Durante o período de 19 de agosto de 2022 a 20 de julho de 2023, a conta @petsaude_uenp no Instagram alcançou 215 seguidores e publicou 123 posts abordando temas como saúde mental, câncer de mama, câncer de próstata, e prevenção de drogas e alcoolismo. A iniciativa também teve impacto em diversas cidades dos estados do Paraná (Jacarezinho, Santo Antônio da Platina, Londrina) e São Paulo (Ourinhos, Sorocaba), demonstrando sua eficácia na superação de barreiras geográficas e temporais. Reflexão sobre a Experiência: A utilização das mídias sociais como ferramenta para divulgação científica mostrou-se fundamental não apenas para democratizar o acesso à informação, mas também para fortalecer os laços entre a UENP e a comunidade. A interação com o público permitiu ajustes contínuos nos conteúdos, tornando-os mais relevantes e impactantes. Recomendações: Para maximizar o impacto de futuras iniciativas similares, recomendamos investir em estratégias de engajamento contínuo com o público-alvo, explorar novas plataformas digitais conforme a evolução tecnológica e manter rigor na seleção de fontes científicas para garantir a qualidade das informações compartilhadas.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

REFLETINDO SOBRE A VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL E SAÚDE A PARTIR DE CLIPAGEM DE NOTÍCIAS

Autores: 04774517992 | Marselle Nobre de Carvalho, Josiane Nunes Maia

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Violência sexual; Criança; Notícias.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6944


Resumo:

A informação e os dados são essenciais para o enfrentamento e a prevenção dos processos de saúde doenças, sendo que as mídias podem auxiliar nesse processo. Nosso objetivo é apresentar os resultados de clipagem de notícias que aborda sobre a temática abordando principalmente municípios da região oeste do Estado do Paraná, ancorada por estudo de doutorado aprovado pelo parecer 5.681.235. A clipagem é um método de monitoramento utilizado pela Agência de Notícias dos Direitos a Infância (ANDI), que separa, cataloga e arquiva dados dentro de matérias selecionadas. O levantamento das reportagens, ocorreu em Setembro/2023, referindo a matérias publicadas entre 01/01 à 31/08/2023, nos seguintes web jornais: Toledo News, Jornal do Oeste, Gazeta de Toledo, Folha de Palotina, Portal de notícias e G1. Resultando em 44 notícias, distribuindo-se nas seguintes origens: 06 nacional, 38 estaduais, 09 Toledo, 02 Palotina e 01 Mercedes. Revelando que há maior veiculação de matérias nas esferas estadual e no município de maior porte, Toledo. No que se refere ao objetivo das matérias perfazem: 32 Incentivo à denúncia, 23 Estudos estatísticos, 20 Campanha ou projeto, 15 Narram casos de abuso/apreensão, 07 Sinais de violência sexual e 01 Abuso sexual on-line. Destaca-se que a maioria das publicações ocorreram no mês de Maio, pois no dia 18 é Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, porém as situações de violência ocorrem infelizmente a todo instante. Observa-se que a mídia pode contribuir no incentivo a denúncias, bem como as agências de dados oficiais podem se utilizar desses espaços para fomentar discussões e publicizar a questão. Entretanto, notamos a fragilidade na baixa divulgação e discrepância dos dados, presente no número de atendimentos do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e notificações no Sistema de Informação e Agravos e Notificações (Sinan), sendo contabilizadas as seguintes demandas respectivamente: - Toledo 58 e 04 casos (2021), - Palotina 33 e 03 (2019), e, - Mercedes 39 e 07 casos (2012 à 2020). Sabemos que a cobertura total apresenta fragilidades e não cabe à mídia veicular todas as situações de violação sexual, mas esta tem papel fundamental na formação de opinião e mobilização social. Ademais, é importante ultrapassar a abordagem massiva no mês alusivo, publicizar a questão de modo contínuo, permitirá ampliar o número de denúncias e dar visibilidade ao fenômeno.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

O USO DA TELEMEDICINA COMO ALTERNATIVA INOVADORA EM CONSULTAS MÉDICAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Guilherme Piedade Machado |

Instituição: Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera
Palavras-chave: telemedicina no sus; teleconsulta; tecnologia no sus
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7083


Resumo:

Introdução: A telemedicina utiliza ferramentas digitais que aproximam os profissionais da saúde de seus pacientes de forma remota, sem precisar necessariamente estarem presentes em um mesmo ambiente para uma simples consulta médica e, vem se mostrando uma alternativa inovadora para atendimentos diversos na saúde, especialmente utilizada por pacientes com mobilidade reduzida ou residentes em locais de difícil acesso. Objetivos: Analisar o contexto de inserção da telemedicina no Sistema Único de Saúde (SUS) e como esta é utilizada por médicos para reafirmar que a tecnologia pode ser uma aliada para intensificar os atendimentos médicos na saúde pública do Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo a respeito do uso da tecnologia como ferramenta para melhorar a qualidade das consultas médicas no SUS, com dados obtidos em artigos acadêmicos publicados na base científica Google Acadêmico. Resultados: Os resultados deste estudo deixam claro que, a tecnologia é sim uma alternativa que deve ser levada em consideração para melhorar os indicadores de saúde pública do Brasil no que diz respeito às consultas médicas e, embora ainda possam haver preconceitos com as consultas à distância, os resultados obtidos através desta ferramenta corroboram que seu uso é uma escolha assertiva. Conclusão: Este estudo mostra que, a tecnologia deve fazer parte do SUS de forma a complementar e melhorar os serviços prestados, principalmente no que concerne aos atendimentos médicos, pois a telemedicina auxilia e propõe uma abordagem alternativa para as consultas médicas, aproximando quem está distante.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

INDICADORES E RECURSOS TECNOLÓGICOS NO AUXÍLIO DA DISSIMINAÇÃO DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA EM HOSPITAIS.

Autores: Nina Rosa Gomes de Oliveira Loureiro | Mariana de Paula Francisco, Cibelle Thayna Conci Nogurira, Thaís de Souza Machry Carminati, Marlene Pereira

Instituição: Centro Universitário Assis Gurgacz
Palavras-chave: Meio Ambiente; Administração Hospitalar; Resíduos de Serviços de Saúde; Health Governance; Hospitais.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7177


Resumo:

A pandemia de Covid-19 destacou a vulnerabilidade do sistema de saúde e a necessidade de uma abordagem mais integrada com as necessidades ambientais e sociais, devido a milhares de toneladas de resíduos extras utilizados em resposta ao surto. Os resíduos hospitalares tornaram-se uma das principais fontes poluidoras do meio ambiente em todo o mundo, devido ao funcionamento 24 h por dia e 365 dias por ano dos serviços de saúde, propagando diversas patologias através do ar, com a grande emissão de CO², através do solo ou da água. Objetivo: Avaliar como os indicadores e recursos tecnológicos podem auxiliar os gestores hospitalares na implementação de práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) e na disseminação do conceito Hospitais Verdes e Saudáveis, reduzindo impactos ambientais, inovando nos processos operacionais e evidenciando as necessidades específicas que minimizem as desigualdades sociais. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica em bases acadêmicas (PubMed e Scielo), em artigos científicos, livros e relatórios governamentais, sobre políticas públicas na gestão em saúde e principais práticas de sustentabilidade ambiental adotadas pelas organizações hospitalares, segundo os princípios do Green Healthcare (GH), mencionadas na literatura no período de 2018 a 2024. Discussão: Devido impacto ambiental e social significativo das atividades que envolvem o setor da saúde, faz-se necessário o conhecimento da realidade de sustentabilidade na qual o hospital se encontra e, para isso, podem ser utilizados os indicadores, que possibilitem aos gestores, uma visão multidimensional entre o estado atual de sustentabilidade dos hospitais e seu nível de excelência. A pesquisa evidenciou um referencial indicativo de 10 princípios de utilização a serem utilizados em seus processos visando a redução de tais impactos, que são: liderança; substâncias químicas; resíduos; energia; água; transporte; alimentos; produtos farmacêuticos; edifícios; e compras. Sua utilização obtém vantagem competitiva e diferencial estratégico na gestão hospitalar beneficiando as comunidades. Resultados: Tecnologia e softwares inteligentes de gestão são iniciativas que convergem para a maior eficiência e sustentabilidade dos serviços de saúde, baseado nas inovações, segurança do paciente e na promoção ambiental. Com isso, há o melhor gerenciamento das ações de saúde, promovendo serviços de assistência com mais qualidade a longo prazo.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

COMPARAÇÃO DA OBTENÇÃO DE EPITÉLIO OLFATÓRIO ENTRE PACIENTES COM RINOSSINUSITE CRÔNICA E CONTROLES

Autores: Leticia Lazzarini Bulla |

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Rinossinusite crônica; Epitélio olfatório; Imunofluorescência.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7204


Resumo:

Introdução: A rinossinusite crônica (RSC) é uma condição inflamatória frequentemente associada à disfunção olfatória. A coleta de tecido epitelial olfatório é crucial para investigar os mecanismos subjacentes à perda do olfato. Objetivo: Este estudo tem como objetivo comparar a taxa de obtenção de epitélio olfatório entre pacientes com RSC e um grupo controle. Métodos: Foram recrutados pacientes com idades entre 12 e 60 anos diagnosticados com RSC, com ou sem polipose nasal, além de indivíduos saudáveis programados para septoplastia, sem queixas de alteração olfatória (controles). Critérios de exclusão incluíram histórico de trauma nasal, cirurgia prévia no nariz, uso de medicação nasal tópica ou rinite alérgica. Amostras de mucosa nasal foram obtidas por biópsia da concha nasal superior durante procedimentos cirúrgicos. A análise das amostras de mucosa foi realizada por imunofluorescência usando anticorpos específicos. Considerou-se epitélio olfatório íntegro quando todas as camadas celulares estavam presentes e com extensão mínima de 200 µm. A análise estatística foi conduzida utilizando o teste do Qui-quadrado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos, e todos os participantes ou seus responsáveis legais assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Um total de 27 indivíduos (16 homens e 11 mulheres), com idades variando entre 14 e 54 anos (média: 37,89 anos, desvio padrão: 12,68 anos), foram avaliados. Epitélio olfatório adequado para análise foi obtido em 14 pacientes (52%). Nos controles, a taxa de obtenção foi de 57%, enquanto nos pacientes com RSC com polipose nasal foi de 50% e nos sem polipose foi de 63% (p = 0,84). Apenas um paciente com RSC com polipose apresentou outro tipo de epitélio que não era olfatório; nos demais, não foi observado epitélio epitelial. Considerando apenas o epitélio olfatório íntegro, a taxa foi de 43% nos controles, 50% nos pacientes com RSC com polipose e 38% nos sem polipose (p = 0,85). Contudo, as amostras dos controles mostraram maior definição morfológica. Todos os pacientes apresentaram feixes nervosos na lâmina própria. Conclusão: Não houve diferença significativa nas taxas de obtenção de epitélio olfatório entre os grupos estudados, tanto para o epitélio olfatório total quanto para o íntegro, com todas as amostras exibindo feixes nervosos na lâmina própria.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

IMPACTO DA LEI 11.196/2005 NA ADESÃO DE TECNOLOGIAS PELO SETOR DA SAÚDE PÚBLICA

Autores: Thaynã Lima Alves |

Instituição: UESPI-UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
Palavras-chave: Lei de nº 11.196/2005. Impacto. Tecnologias. Saúde Pública.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7221


Resumo:

A Lei de nº 11.196/2005, conhecida como “Lei do Bem” instituiu uma série de ações para incentivar a inovação tecnológica no país, dentre as quais vão desde a isenção fiscal no âmbito da indústria, a implementação de dois regimes especial de tributação no âmbito da Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação - REPES e da Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras - RECAP, assim como lançou o Programa de Inclusão Digital. Por oportuno, discutir como a lei impacta o Sistema Único de Saúde (SUS) no acesso de inovações tecnológicas na área da saúde é o propósito do presente trabalho. É cediço que a área de atuação do sistema integra uma rede regionalizada e hierarquizada que inclui atividades como vigilância sanitária, epidemiológica, assistência terapêutica integral e farmacêutica. Desse modo, torna-se evidente a necessidade do uso de recursos tecnológicos no setor para fornecer agilidade e eficiência. Por oportuno, o artigo visa explorar a reação do ramo tecnológico à lei desde a sua publicação bem como o reflexo desta no processo de contratação de tecnologias pela rede de saúde coletiva. Com intuito de atender o objetivo da pesquisa foi necessário realizar em primeiro lugar uma pesquisa bibliográfica acerca da previsão legal e seu arcabouço normativo, em segundo, a análise de exemplos de inovações na área em apreço a fim de constatar os desafios das instituições de pesquisa e por último a apreciação dos reflexos da Lei na adesão de tecnologias em sistema de gestão e procedimentos médicos minimamente invasivos na atenção primária. A estruturação do artigo baseou-se no estudo de artigos acerca do tema e na seara do direito administrativo bem como na análise de relatórios técnicos do governo federal e estudos de casos, a fim de fomentar a discussão do tema e o estudo dos reflexos da atuação do executivo e legislativo para garantia do direito fundamental à vida digna.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

O USO DE PLANILHAS COMPARTILHADAS E ARMAZENAMENTO EM NUVEM NA MACROGESTÃO DE METAS E RESULTADOS NAS ESFERAS DE ATUAÇÃO NO SUS

Autores: Chayane Karla Lucena de Carvalho | Marina Abreu de Oliveira Marcondes, Tatiane Filipak, Sezifredo Paulo Alves Paz

Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde
Palavras-chave: Tecnologia digital para saúde; Armazenamento de dados; Disseminação de informações; Saúde pública
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7234


Resumo:

Caracterização do problema: Tecnologias da Informação e Comunicação têm permeado variados ambientes de gestão de dados e informações. Desde softwares especializados até soluções abrangentes, são aplicadas em diversas áreas, especialmente na saúde e para dados do sistema único de saúde (SUS). Justificativa: Em decorrência do gasto de tempo, unidades com perfis diferentes, organização e resultados dos indicadores de saúde, notou a necessidade de planilhas e armazenamento em nuvem na macrogestão da sala de situação e promover acessibilidade em tempo real para gestores. Objetivo: Exteriorizar o uso de planilhas eletrônicas compartilhadas e dados armazenados em nuvem na macrogestão da sala de situação, interligados as metas e resultados de unidades que prestam serviços de saúde no SUS. Descrição da experiência: uso de planilhas e armazenamento em nuvem para acompanhamento de dados e resultados assistenciais de unidades da atenção primária, urgência e emergência e hospitais, gerenciadas por uma instituição de prestação de serviços a saúde pública. O software de criação das planilhas foi Microsoft Office Excel. A estrutura básica consiste em uma planilha de alto desempenho, compartilhada, com abas correspondentes a macro áreas, dados qualiquantitativos e ações educacionais, permitindo compilar, criar gráficos e funções de gerenciamento/manipulação de dados. Foram criadas 2 principais planilhas, uma para dados quantitativos com metas e resultados de serviços pactuados com o município de Curitiba, outra, com dados para monitoramento de desempenho versus demanda. O acompanhamento é dividido em 19 macro áreas, totalizando em 208 parâmetros registrados nas duas planilhas estruturadas. O compartilhamento para alta gestão e gestores locais, acompanhamento de dados em modo on line salvos na nuvem, leva a constatações significativas, transparência e agilidade necessárias para acesso a essas informações. Reflexões: A experiência de utilização de planilhas Excel e salvamento em nuvem na macrogestão da sala de situação, comtemplando dados e informação das unidades prestadoras de serviços públicos permitindo a análise, tornou-se de acesso rápido, seguro, com fidelidade às informações reais, indicadores pactuados para melhoria dos serviços para a saúde pública em geral sendo de baixo custo. RECOMENDAÇÃO: A orientação do uso correto das planilhas é fator fundamental para obter dados fidedignos e unificação do processo de trabalho.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA NO MUNICÍPIO DE LONDRINA-PR: MONITORAMENTO DE CASOS DE DENGUE

Autores: Nino Medeiros Ribas |

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina- PR
Palavras-chave: dengue; monitoramento epidemiológico, controle vetorial
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7239


Resumo:

Londrina-PR enfrenta desafios contínuos no controle da dengue devido ao Aedes aegypti. Este relato descreve a implementação de um sistema de monitoramento que integra dados do SINAN, armadilhas ovitrampas, mapeamento de imóveis especiais e depósitos propícios, além de orientações preventivas. O desenvolvimento de um dashboard facilita o acompanhamento dos casos e a análise da evolução semanal durante 2024. * Metodologia * Coleta de Dados: Casos Notificados: Extraídos do SINAN para os últimos 7 e 15 dias. Armadilhas Ovitrampas: Instaladas para monitorar densidade vetorial (IDO e IPO) em todo o município. Imóveis Especiais: Mapeados locais com alta circulação de pessoas. Depósitos Propícios: Identificados imóveis com depósitos que facilitam a proliferação do mosquito. * Ferramentas de Mapeamento: Google Maps para análise espacial dos dados coletados e identificação de áreas de risco. * Desenvolvimento de Dashboard: Dashboard interativo mostrando casos notificados, confirmados, descartados, em análise e óbitos. Gráficos de evolução dos casos por semana epidemiológica e unidades de saúde com mais casos positivos e notificações. * Implementação * Instalação das Ovitrampas: Instalação estratégica e monitorização semanal para calcular IDO e IPO. * Mapeamento e Análise: Uso do Google Maps para avaliar a proporção do aumento de casos e distribuição espacial. * Ações de Controle: Intensificação de ações nas áreas de alto risco, campanhas de limpeza e eliminação de criadouros. * Orientação aos Pacientes e Comunidade: Informações sobre medidas de proteção individual e campanhas de conscientização comunitária. * Desenvolvimento de Dashboard: Ferramenta clara e acessível para visualização de dados e gráficos interativos. * Resultados * Identificação de Áreas de Risco: Mapeamento rápido e eficaz das áreas com alta incidência de dengue e densidade vetorial. * Ações de Controle: Redução significativa da população de Aedes aegypti nas áreas tratadas. * Educação e Conscientização: Aumento do engajamento comunitário e adesão às medidas de proteção individual. * Monitoramento e Visualização de Dados: Dashboard interativo para visualização dinâmica da evolução dos casos e distribuição regional. * Conclusão A implementação do sistema integrado de monitoramento e controle da dengue em Londrina-PR foi eficaz. O uso de dados do SINAN, armadilhas ovitrampas, mapeamento e desenvolvimento de um dashboard permitiu uma resposta rápida e eficiente à epidemia de dengue.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

DESENVOLVIMENTO DE DASHBOARD PARA MONITORAMENTO DE CASOS DE DENGUE

Autores: Nino Medeiros Ribas | Igor Monoo Angelico

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina- PR
Palavras-chave: Dashboard; dengue; monitoramento
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7240


Resumo:

O projeto visa criar um dashboard interativo para monitorar casos de dengue em Londrina-PR, permitindo o acompanhamento de casos notificados, positivos, descartados, em análise e óbitos. O dashboard mostrará a evolução semanal dos casos em 2024, identificando unidades de saúde com maior incidência e a distribuição regional dos casos. * Objetivos 1 Monitorar Casos de Dengue: Mostrar o número de casos notificados, positivos, descartados, em análise e óbitos. 2 Visualizar a Evolução dos Casos: Apresentar a evolução semanal dos casos notificados, confirmados e descartados. 3 Identificar Unidades de Saúde Chave: Destacar as 5 unidades com mais casos positivos e notificações nos últimos 3 meses. 4 Analisar a Distribuição Regional: Mostrar a distribuição dos casos por região. 5 Visualizar a Incidência de Casos: Apresentar gráficos de incidência de casos notificados e positivos. *Metodologia Coleta de Dados Fontes: Extração de dados do SINAN e outras bases. Atualização: Dados atualizados regularmente para garantir precisão. *Desenvolvimento do Dashboard Ferramentas: Google Maps API para mapeamento. Tableau/Power BI para gráficos e interatividade. Python/R para processamento de dados. SQL/NoSQL para gerenciamento de dados. Design: Tela inicial com indicadores principais. Gráficos de evolução semanal dos casos. Mapa interativo mostrando distribuição regional. Tabelas e gráficos de unidades de saúde com maior incidência. Gráficos de incidência por 100.000 habitantes. *Implementação Desenvolvimento: Prototipagem e implementação das ferramentas de visualização. Teste e Validação: Testes de usabilidade e validação dos dados. Lançamento e Treinamento: Implementação no sistema de saúde e treinamento de usuários. Manutenção e Atualizações: Monitoramento contínuo e atualizações regulares. *Resultados Esperados Identificação Rápida de Áreas de Risco: Mapeamento interativo para identificar áreas com alta incidência e densidade vetorial. Ações de Controle Direcionadas: Maior precisão nas ações de controle vetorial, resultando em redução da população de Aedes aegypti. Engajamento da Comunidade: Aumento no engajamento comunitário na prevenção da dengue. Visualização Clara dos Dados: Facilitação na tomada de decisões com visualização clara e dinâmica dos dados. *Conclusão O dashboard interativo melhorará a capacidade de resposta e controle da dengue em Londrina-PR, oferecendo uma abordagem eficaz e direcionada no combate ao Aedes aegypti, beneficiando a saúde pública.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

INOVAÇÃO NA INFRAESTRUTURA DE SAÚDE: INSTALAÇÃO DE NOVO PRÉDIO TOTALMENTE CONECTADO POR WI-FI

Autores: Valmir Moro Conque filho | Guilherme Pereira Graça, Israel de Jesus Sanches Ferreira, Luiz Rodrigo Hoffmann

Instituição: FEAS
Palavras-chave: infraestrutura Wi-Fi; mobilidade profissional; eficiência e economia
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7244


Resumo:

Caracterização do problema: A Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Feas), responsável por ações do SUS em Curitiba, sempre busca adotar as soluções tecnológicas modernas para aprimorar seus serviços. Com o objetivo de experimentar novas abordagens e aumentar a eficiência e flexibilidade de sua infraestrutura, a fundação decidiu inaugurar um novo prédio completamente conectado via Wi-Fi. Justificativa: A necessidade de maior flexibilidade motivou a FEAS a optar pela infraestrutura Wi-Fi. A iniciativa visava proporcionar uma instalação ágil, reduzir custos e oferecer mobilidade para os profissionais de saúde, melhorando assim a qualidade dos serviços prestados. Objetivos: Relatar a inauguração do novo prédio da FEAS com infraestrutura de rede completamente sem fio, destacando os benefícios em termos de custos, agilidade na implementação, mobilidade dos profissionais de saúde e eficiência na gestão do ambiente. Descrição da Experiência: A recente inauguração do novo prédio CCAE da FEAS marcou um avanço significativo na infraestrutura de saúde. Ele é o primeiro prédio da fundação totalmente conectado via Wi-Fi, abrangendo desde computadores e impressoras até equipamentos de diagnóstico por imagem. A instalação da infraestrutura foi realizada de maneira rápida e eficiente, resultando em uma economia significativa, com cada ponto lógico físico convertido para Wi-Fi gerando economia superior a R$ 500,00. Além disso, o uso do Wi-Fi permitiu a implementação de serviços de roaming, oferecendo mobilidade dentro do prédio e facilitando a gestão dos espaços e layouts. Reflexão sobre a Experiência: A adoção deste modelo de infraestrutura trouxe diversos benefícios. A agilidade na implantação permitiu que o prédio estivesse operacional em tempo reduzido, enquanto a economia de custos contribuiu para a otimização dos recursos financeiros. A mobilidade dos profissionais de saúde foi ampliada, permitindo que realizassem suas atividades de qualquer lugar dentro do prédio, o que resultou em maior eficiência no atendimento. A gestão do ambiente também foi facilitada, permitindo readequações rápidas de layout conforme necessário, sem as restrições impostas por uma rede cabeada. Recomendações: A experiência da FEAS demonstra que a atualização para infraestrutura de rede Wi-Fi pode trazer benefícios. A economia de custos, a facilidade de gestão e a melhoria na eficiência e flexibilidade do atendimento são vantagens que podem melhorar a prestação de serviços de saúde.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

MODERNIZANDO INFRAESTRUTURAS HOSPITALARES: TECNOLOGIA ORACLE NA GESTÃO DE SAÚDE

Autores: Tiago Candido de Mello | MSc. José Carlos Brugeff, MSc. Jouglas Alves Tomaschitz, Esp. Marcos Antonio de Oliveira Pena

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba - Feas
Palavras-chave: gestão hospitalar; tecnologia; infraestrutura
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7245


Resumo:

Caracterização do problema: A Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) utiliza amplamente bancos de dados Oracle para seus sistemas informatizados, essenciais para o funcionamento contínuo dos sistemas de prontuário eletrônico. A atualização do Oracle 11G para a versão 19C tornou-se necessária devido ao avanço das versões, e representa um desafio crítico e impactante, especialmente na área da saúde. Para contextualizar o desafio, a migração dos sistemas da Feas foi pioneira em um universo de mais de 5000 sistemas hospedados no mesmo Data Center. Justificativa: A atualização do Oracle 11G para 19C é essencial para garantir segurança, desempenho e compatibilidade com novas tecnologias. Mas esta migração pode interromper os serviços, afetando o atendimento aos pacientes. Por isso, é fundamental adotar uma estratégia que minimize o impacto aos usuários e assegure a continuidade dos serviços. Objetivos: Relatar a estratégia de migração do Oracle 11G para 19C, destacando a mitigação dos riscos e o impacto mínimo na disponibilidade dos sistemas de saúde. Descrição da Experiência: A equipe de TI da Feas criou um servidor espelho, replicando o Oracle 11G para garantir a segurança das bases de dados. Posteriormente, foi instalada a versão 19C no servidor principal, enquanto o 11G continuava em operação. Durante 60 dias, realizou-se testes rigorosos de migração e de estorno. Foi feita a comunicação com as unidades de saúde sobre o processo e definida a janela de indisponibilidade. Em data preestabelecida, a replicação foi suspensa para realizar backups e restores das bases principais, transpondo-se os dados da versão 11G para a 19C, com ativação de um parâmetro de compatibilidade do 11G. Após a transposição, iniciou-se uma nova replicação para o servidor secundário. Reflexão: A migração foi bem-sucedida, resultando em apenas 4 horas de indisponibilidade para a transposição de mais de 1TB de dados. A estratégia de criar um servidor espelho e realizar testes antes da migração minimizou os riscos e garantiu um impacto insignificante aos usuários. Recomendações: Outras instituições de saúde podem considerar estratégias similares para atualizar seus sistemas gerenciadores de bancos de dados Oracle. A criação de um ambiente de replicação, a realização de testes exaustivos e a comunicação clara são fundamentais para o sucesso de uma migração desse porte, além de escolher uma janela de migração que cause o mínimo de impacto possível aos usuários dos sistemas de saúde.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E TELEMEDICINA NO MUNDO – UM BREVE HISTÓRICO

Autores: Rogerio Aires | Maria Carla Vieira Pinho, Maria Luiza Ruiz Carrascosa, Andressa Cristine Queiroz Maria, Carolina Rodrigues Santos Possari

Instituição: Centro Neurocirurgico do Cranio e da Coluna Londrina
Palavras-chave: Inteligência artificial; telemedicina; ciência
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7272


Resumo:

Introdução. O nome inteligência artificial e telemedicina foram cunhados nos anos 50 com um pesquisador americano, teve uma queda nos investimentos nos anos 70 devido a guerra fria e apresentou a sua popularização nos anos 80 e concretizou os seus benefícios após a pandemia da COVID-19. Objetivo. Mostrar um panorama da telemedicina no mundo. Método. Pesquisado na PUBMED com as palavras chave: artificial intelligence, telemedicine, history, advance e future perspectives. Resultados. o termo telemedicina começou com o pesquisador McCarthy que em 1956 estudou a respeito dos “mecanismos cerebrais no comportamento”, mas foi com Minsky que desenvolveu de forma mais robusta os aspectos da aprendizagem que podem ser reproduzidos pelas máquinas. Nesta época, o Hospital Geral de Massachusetts fez a primeira consulta por telemedicina utilizando os parâmetros divulgados por estes dois pesquisadores. Apesar da guerra fria (1970-1990)t er retirado parte do investimento público e privado, muitos cientistas continuaram a se dedicar ao processo de alimentar os computadores com dados para que eles conseguissem ter autonomia em muitos aspectos do aprendizado e esta insistência foi o impulso para que a telemedicina cada vez mais se aprimorasse. No ano de 1978, Allen Newell apresentou um programa de computador chamado Teórico da Lógica em que os computadores conseguiriam processar além de números. Em 1986, Geoffrey Hinton escreveu um artigo que demonstrava a melhora no reconhecimento facial. Este trabalho serviu como impulso para que outros pesquisadores no mundo desenvolvessem sistemas semelhantes e aprimorassem as redes neurais do aprendizado, dando apoio para que tanto as imagens quanto os áudios, leitura de exames se desenvolvessem para sustentar uma telemedicina do jeito que conhecemos hoje. Mas o boom que faltava foi dado com a pandemia da COVID-19 (2020). Com a necessidade de proteção de profissionais de saúde e pacientes, falta de insumos, a telemedicina foi elevada a patamar jamais visto anteriormente. Conclusão. A inteligência artificial tem se mostrado cada vez mais eficiente e necessária para a telemedicina. Apesar de poucos investimentos iniciais, hoje ela se encontra no centro das atenções principalmente após o surto de SARS-COV2.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

TELEMEDICINA NO BRASIL – UM BREVE HISTÓRICO

Autores: Rogerio Aires | Maria Carla Vieira Pinho, Maria Luiza Ruiz Carrascosa, Andressa Cristine Queiroz Maria, Carolina Rodrigues Santos Possari

Instituição: Centro Neurocirurgico do Cranio e da Coluna Londrina
Palavras-chave: telemedicina; saúde; pesquisa
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7274


Resumo:

Introdução. O nome telemedicina foi cunhado nos anos 50 com um pesquisador americano, teve uma queda nos investimentos nos anos 70 devido a guerra fria e apresentou a sua popularização nos anos 80 e concretizou os seus benefícios após a pandemia da COVID-19. Objetivo. Mostrar um panorama da telemedicina no Brasil. Método. Pesquisado na Biblioteca Virtual em Saúde com as palavras chave: telemedicina, história, avanço e perspectivas futuras. Resultados. no Brasil, alguns marcos são importantes como a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa em 1989, a chegada da internet em 1992 e a regulamentação pelo Conselho Federal de Medicina em 2002. O Projeto de Telemática e Telemedicina em apoio à Atenção Primária em 2005, em que os profissionais de saúde foram treinados para uma melhor assistência aos usuários e o lançamento do projeto Rede Universitária de Telemedicina em 2006, que havia uma promoção da integração entre as instituições por meio de debates, discussões interdisciplinares. A partir do momento em que a Telemedicina apresentava plena condição de ser implementada, uma questão foi aventadas nas discussões do dia a dia: o que fazer com todos os prontuários físicos? Esta questão foi resolvida pelo Conselho Federal de Medicina em 2007, sendo delimitado 20 anos para a digitalização do mesmo e destruição dos mesmos. O ano de 2011 foi importante para a Telemedicina no país pois foram realizadas medidas para a interoperabilidade nos níveis da Federação com melhora e eficiência dos registros e organização de uma rede de serviços regionalizadas e monitoramento dos serviços bem como monitorar e avaliar a qualidade dos serviços prestados. Em 2013 foi lançado o Programa Inova Saúde com o objetivo principal de fomento e financiamento para a redução da dependência do país de insumos no campo da saúde humana. No ano de 2018 o CFM definiu a telemedicina como forma de prestação de serviços médicos mediados por tecnologia. A COVID-19 impulsionou a Telemedicina no Brasil e no mundo. Conclusão. postamos que apesar de benéfico em muitos sentidos, a telemedicina vem apresentando diversos dilemas com relação à culpabilidade a respeito de erros médicos e da proteção de dados dos pacientes. Apesar de todos os entraves a respeito do tema, identificamos que a telemedicina tem levado acesso à população de especialistas e generalistas.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE APLICATIVO PARA GERENCIAMENTO DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO

Autores: Maria Claudia do Carmo Ortega | Loide Andréa Salache, Luis Gustavo Cardoso , Silvana Verlingue, Maura Aparecida Silveira , Geraldo Júnior Guilherme

Instituição: HOSPITAL ZONA SUL DE LONDRINA/HZS/FUNEAS/SESA-PR
Palavras-chave: Inovação; Transformação digital; Setor público
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7334


Resumo:

Caracterização do problema: Diante da importância das instituições hospitalares públicas desenvolverem ferramentas de gestão de processos associadas à recursos tecnológicos², que garantam maior qualidade e produtividade nos serviços, este projeto consiste na proposta de criação de um aplicativo para dispositivos móveis, com foco no gerenciamento dos procedimentos operacionais padrão (POP), que são orientações para condução de uma atividade desenvolvida, com o objetivo de padronizar e reduzir a variabilidade das condutas clínicas e administrativas, promovendo maior segurança e agilidade aos colaboradores. Justificativa: Atualmente, para se ter acesso a informação, o profissional de saúde precisa consultar na pasta física, observar o índice e folhear a pasta para encontrar o protocolo desejado, ou pesquisar no computador disponível no setor, uma rotina que dispende tempo e é algo bem disputado pelos profissionais para outras demandas. Objetivo: Apresentar proposta de criação um aplicativo para dispositivos móveis com a finalidade de consulta dos procedimentos operacionais padrão (POP), no hospital Zona Sul de Londrina, sendo órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), e a Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas). Descrição da Experiência: Foram analisadas a quantidade de documentos impressos nos setores, acarretando num montante de 1415 páginas de impressão realizada para disponibilização dos documentos em cada setor. Com a implantação do aplicativo, a sugestão é de não ter uma cópia em cada setor dos procedimentos operacionais padrão (POP), mas uma via para consulta somente na sala da qualidade, como um plano de contingência. Foi realizada uma pesquisa, através de um formulário online com perguntas e respostas com os responsáveis do setor da qualidade das unidades hospitalares públicas ligadas a Funeas, para entender o processo de trabalho e identificar se o projeto traria benefícios para as demais instituições. O resumo desta pesquisa foi a obtenção de 12 hospitais distintos. Com base nestas, foi desenvolvido um modelo de aplicativo a ser implantado. Análise da experiência e recomendações: Considerando o uso de ferramentas tecnológicas em favor dos serviços públicos de saúde, este projeto pretende transformar a forma de consulta dos protocolos institucionais pelos profissionais que está atendendo o paciente, permitindo maior uniformidade nas ações, com respaldo técnico devidamente formalizado pela instituição.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

A TELEMEDICINA COMO UM FACILITADOR DE ACESSO A SAÚDE NO SUS CURITIBANO

Autores: Pedro Henrique Basso de Paula Lima Dietrich | Cinthia Ferreira da Silva Mulbak, Cyrus Villas-Boas, Marcelo Gaviraghi, Romulo Pereira, Priscilla Safanelli Lobo Bernardes de Oliveira

Instituição: FEAS - Central Saúde Já Curitiba
Palavras-chave: Telemedicina; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Acessibilidade aos Serviços de Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7354


Resumo:

Caracterização do problema: No ano de 2023, um paciente masculino de Curitiba/PR buscou atendimento pelo serviço municipal de telemedicina e vídeoconsultas. Ele apresentava lesões dolorosas na mucosa oral e genital, além de sintomas urinários irritativos, com menção de exposições sexuais desprotegidas previamente. Após passar pelo Pronto-Atendimento (UPA) sem melhora completa, optou pelo atendimento remoto devido à persistência dos sintomas e novas queixas. Justificativa: A telemedicina foi crucial por oferecer acesso imediato aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) Curitibano, complementando o atendimento anteriormente recebido na UPA, permitindo uma abordagem integrada, por meio de vídeo-consulta, diante da suspeita de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Objetivo: O relato visa descrever a experiência do atendimento médico por telemedicina e vídeo-consulta, destacando sua eficácia na continuidade do tratamento e na condução de investigações diagnósticas. A integração dos diferentes níveis de atenção à saúde foi essencial. Descrição da Experiência: Durante a vídeo-consulta, foi realizada anamnese detalhada, suspeitando-se de uretrite por IST, bem como lesões na mucosa oral decorrentes de infecção por outros agentes sexualmente transmissíveis. Com base nos achados, foram prescritos tratamentos específicos associados a terapêutica sintomática, orientado sobre o risco de infecção concomitante de outras ISTs, como HIV, devido relato de relação sexual desprotegida, sendo agendada consulta em Unidade Básica de Saúde (UBS) para o dia seguinte, visando continuidade da investigação. Reflexão sobre a Experiência: O acompanhamento revelou a importância crítica da telemedicina. A consulta na UBS possibilitou a coleta de sorologias, com resultado positivo para anti-HIV, dando início a terapia antirretroviral, destacando a relevância do diagnóstico precoce. Recomendações: Recomenda-se a ampliação da telemedicina para atendimento inicial, acompanhamento e investigações adicionais em populações vulneráveis, facilitando o acesso à saúde e integrando cuidados multidisciplinares essenciais, não só para ISTs, como abordado neste relato, mas para demais quadros crônicos, passíveis de acompanhamento ambulatorial seriado.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

PROJETO DE AMBIENTAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM VISTAS A PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR AO INGRESSAR NA SAÚDE

Autores: Gabriela Martins Fonseca Reimão | Filipe da Silva Santos, Kerla Mattiello

Instituição: Universidade Estadual de Maringá em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná
Palavras-chave: Gestão de Recursos Humanos; Capacitação em Serviço; Empregados do Governo.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7375


Resumo:

O relato de experiência é referente ao projeto desenvolvido durante o período de residência no setor de Recursos Humanos na área da saúde, o qual era responsável pela prevenção e promoção da saúde mental dos trabalhadores. Nos atendimentos realizados, foram identificadas situações que acarretavam no adoecimento e desmotivação do trabalhador, como por exemplo a ausência de ambientação e de acesso as informações básicas, como os seus direitos e deveres, o que refletia também no serviço prestado. Dessa forma, notou-se que a ausência de ambientação dos trabalhadores refletia em ações fragmentadas pela falta de articulação com outros setores, afetando não só o indivíduo, mas toda a equipe e pôr fim a instituição. No início do ano de 2024 foi realizado a contratação de 38 profissionais e nessa perspectiva, foi identificada a necessidade de elaborar um projeto que introduzisse e acolhesse esse novo colaborador. O objetivo geral foi a criação de um projeto de ambientação dos novos profissionais contratados. A partir desse objetivo, delineamos como objetivos específicos: a) elaboração de material explicativo com as principais orientações sobre os direitos e deveres dos trabalhadores da Instituição; b) ampliação da divulgação das competências dos setores do Recursos Humanos; c) unificação do entendimento das filiais e da matriz a respeito das legislações que tecem sobre a matéria de Recursos Humanos. No intuito de atender aos objetivos propostos realizamos uma reunião com as Unidades de Recursos Humanos, a respeito de faltas, atestados, direitos, deveres dos funcionários e das próprias, bem como apresentar o projeto de ambientação para que pudessem aplicá-la aos novos colaboradores; promovemos um dia de ambientação aos novos trabalhadores lotados na sede, abordando de modo geral a importância do SUS, as principais características da instituição, junto a divulgação e apresentação da cartilha quanto aos direitos e deveres do colaborador e as competências dos setores do RH. Face ao exposto, acredita-se que essa ambientação aumentará a eficiência do serviço prestado tanto pelo colaborador quanto pela equipe, preservando ainda, a saúde mental dos envolvidos. Apesar dos elogios tecidos durante as apresentações, não conseguimos mensurar a efetividade da ação, uma vez que os novos colaboradores não responderam ao formulário disponibilizado por QrCode.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL: IMPULSIONANDO A SAÚDE E A CIRURGIA GLOBAL

Autores: Giovana Knapik Batista | Renata Burghausen Valença de Souza, Belize Keiko Arai, Elaine Rossi Ribeiro, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Tecnologia; Cooperação Internacional; Saúde Global.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7382


Resumo:

Introdução: A saúde global é um campo de pesquisa que visa reduzir desigualdades de saúde entre nações, necessitando de ações coordenadas entre os países. Essas potências desempenham um papel crucial no combate aos desafios de saúde, especialmente em países de baixa e média renda (PBMR). O termo "cirurgia global” surgiu para atender à necessidade de procedimentos cirúrgicos nestes países, onde cerca de cinco bilhões de pessoas carecem de cuidados cirúrgicos seguros. Nesse contexto, a cooperação internacional promove políticas baseadas em dados, oferece treinamento especializado, mobiliza recursos financeiros e fortalece sistemas de saúde em grande escala. Objetivos: Elucidar o uso de novas tecnologias na saúde e na cirurgia global, promovendo o seu avanço. Método: Revisão narrativa baseada em artigos selecionados das bases PubMed e Science Direct, utilizando os descritores “Cooperação Internacional” e “Saúde Global”, com o operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em texto integral, entre 2018 a 2023. Já os critérios de exclusão foram artigos duplicados, incompletos e sem relação com o tema. Sendo assim, dois artigos compuseram os resultados. Resultados: A rede VASCUNET uniformiza a coleta de dados sobre a saúde dos pacientes e os resultados obtidos em procedimentos vasculares. Relatórios analisaram mais de trinta mil reparos de aneurisma da aorta abdominal, destacando a importância do armazenamento e análise de dados para o progresso contínuo na prática cirúrgica. Paralelamente, o uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é essencial para pesquisa e educação em PBMR, apesar de limitações como conectividade e interrupções de energia. Estudo envolvendo 17 países da África avaliou o uso de plataformas como redes sociais (RS) e programas de compartilhamento de documentos virtuais (PCDV). Resultados indicaram altos níveis de acesso e familiaridade com TIC na região, com as RS e os PCDV sendo menos impactados por problemas de conexão. Com 46% da população africana usando serviços móveis, é crucial que plataformas de apoio à educação médica sejam acessíveis nesses formatos. Conclusão: A integração de novas tecnologias é imperativa para impulsionar a saúde global e a prática cirúrgica. A combinação de inovações tecnológicas com a colaboração internacional promete avanços significativos, melhorando a qualidade dos cuidados, promovendo igualdade no acesso à saúde e, beneficiando a saúde e o bem-estar global.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

ANÁLISE PREDITIVA DA MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA CIDADE DE CURITIBA: ESTUDO PILOTO

Autores: Elaine Cristina da Silva Schwab Horst | Wania Mara Albino Alves, Tainá Ribas Mélo

Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Palavras-chave: mortalidade Infantil; análise preditiva; orçamento público
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7397


Resumo:

Introdução: A taxa de mortalidade infantil (TMI) é indicador de saúde pública e desenvolvimento socioeconômico. Apesar de Curitiba teve reduções significativas na TMI, o índice subiu em 2022. Compreender e prever as causas evitáveis dessa mortalidade é essencial para implementar políticas de saúde eficazes. O uso de tecnologias e métodos de análise preditiva permite prever comportamentos futuros e riscos de agravos e óbitos com base em dados históricos. podem reduzir custos, aumentar a efetividade de intervenções e melhorar ações preventivas. Objetivos: Desenvolver um modelo preditivo da Taxa de Mortalidade Infantil por Causas Evitáveis em Curitiba-PR, correlacionando indicadores de mortalidade infantil evitável com o financiamento da saúde pública na cidade. Metodologia: estudo epidemiológico, com utilização de algoritmos preditivos machine learning que utilizam dados históricos e técnicas estatísticas para fazer previsões sobre o indicador de Mortalidade Infantil por Causas Evitáveis (variável dependente y). De maneira a fornecer dados para “aprendizado”, num primeiro momento foi realizada coleta de dados dos indicadores de saúde infantil da cidade de Curitiba/Pr de 2012 a 2022, em sistemas de informação bem como dados orçamentários do mesmo período (variáveis independentes x). A criação do modelo de Regressão Linear foi realizada em linguagem Python: os algoritmos foram alimentados com os referidos dados (variáveis dependente e independente), pré-processados, dados para treinamento (primeiros anos: 70%) e teste (últimos três anos: 30%). As predições ocorreram por meio método predict(). Resultados: como resultados preliminares, o modelo previu uma probabilidade de óbitos evitáveis para 2022, de 61,4%, sendo que o percentual real foi de 69,6% (deve-se levar em conta que o algoritmo não foi informado e, portanto, não previu influências possíveis da pandemia da Covid-19). O modelo está passando por ajustes e refinamento dos dados e incluindo demais variáveis relacionadas à mortalidade infantil evitável para verificar o seu comportamento. Conclusões:Foi possível desenvolver um modelo preditivo de TMI em Curitiba com as variáveis de mortalidade infantil, morte por causas evitáveis e orçamento público saúde e sucesso de 88,22% de predição. O modelo ainda está sendo aprimorado e mais variáveis (cobertura da atenção primária, cobertura vacinal, baixo peso ao nascer, número de consultas pré-natal e orçamento público da saúde) serão analisadas.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

USO DO INSTAGRAM NA DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE COVID-19.

Autores: Maria Gabrielle Felizardo Alves | Marselle Nobre de Carvalho , Letícia Cardoso de Matos , Maria Vitória Gomes Galindo , Laila Giovana da Silva , Julia Nobrega Paes

Instituição: Universidade Estadual de Londrina - UEL
Palavras-chave: Disseminação de informações; Comunicação e divulgação científica; Pandemia por Covid-19.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7448


Resumo:

A pandemia de Covid-19 serviu como uma vitrine para as ações de criação e disseminação de informações verídicas e fake news, em massa. Durante o período pandêmico, diversas incertezas e frustrações se apossaram dos indivíduos, frente ao novo vírus e ao tempo de resposta das instituições de pesquisa e saúde. Sentimentos como estes acabaram atuando como distratores e agravantes no que diz respeito ao compartilhamento de informações, uma vez que não era comum buscar a fonte e nem a total veracidade dos fatos antes de compartilhá-los, muito por conta da urgência comunitária em cuidar de si e dos seus. Nesse cenário, as mídias sociais foram fortemente utilizadas, tanto no que se refere à disseminação indiscriminada de informações, quando na elaboração, criação e execução de projetos, ações, campanhas, entre outras atividades, que possuíam a ideia de transcrever os boletins e notas científicas para uma linguagem de fácil compreensão a todos os indivíduos, sendo estes conhecedores ou leigos. O uso do Instagram pelo Projeto Safety buscou, justamente, absorver as informações emitidas pelas organizações responsáveis e transcrevê-las, usando termos e expressão mais acessíveis à comunidade, em formato de storys, publicações, vídeos e reels, a fim de abranger os mais diversos públicos, independentemente de sua faixa etária e grau de escolaridade. O último levantamento feito pelo Safety, de 18 de maio a 16 de junho de 2024, constou que o perfil oficial do projeto alcançou mais de 350 contas, através de story (339 perfis), publicações (30 perfis), reels (4 perfis) e vídeos (6 perfis), atingindo seu pico diário, geralmente, às 15h, somando 4.541 visualizações em 1 semana, apenas neste horário. Isto posto, conclui-se que o uso de mídias sociais, embora desafiador, é um excelente meio de disseminação de informações confiáveis e combate às fake news a todos, visto que os usuários da plataforma são os mais variados possíveis.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

A UTILIZAÇÃO DA ESCALA PERME PARA AVALIAÇÃO DE PACIENTES IDOSOS EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE CURITIBA

Autores: Erica Pitlovanciv Tancon | Marina Moreira Ramos da Silva, Tissiane Bona Zomer, Caroline Marcelly de Souza Conke das Neves, Tatiane Caroline Boumer, Regiane Mendes Tarocco Borsato

Instituição: Hospital Municipal do Idoso / Fundação Estatal de Atenção à Saúde / Secretaria Municipal de Saúde
Palavras-chave: Serviço Hospitalar de Fisioterapia; Mobilidade Motora; Capacidade Funcional
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7450


Resumo:

Caracterização do problema: A Perme Intensive Care Unit Mobility Score (PERME) é uma escala utilizada para avaliar a condição de mobilidade de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Ela possui um escore que pode variar entre 0 e 32 pontos, onde um escore baixo indica uma menor mobilidade e uma maior necessidade de assistência. Justificativa: Apesar de ter sido desenvolvida para UTI’s, essa escala também tem se mostrado eficiente para as unidades de internação (UI) de um hospital especializado no atendimento à pessoa idosa. Tal fato se deve pelos pacientes possuírem uma maior fragilidade e vulnerabilidade, além do ambiente impor desafios para a mobilização e a capacidade funcional destes indivíduos. Objetivos: Relatar a experiência da utilização da PERME pela equipe de fisioterapia nos ambientes de UI e UTI de um hospital municipal de Curitiba. Descrição da experiência: Dentro do serviço, a PERME é aplicada pelos fisioterapeutas em todos os atendimentos, o que permite acompanhar o estado de mobilidade do paciente durante a hospitalização. Para isso, avalia-se os 15 itens do instrumento, divididos em 7 categorias: estado mental (estado de alerta e se o paciente é capaz de obedecer comandos), potenciais barreiras à mobilidade (presença de algum dispositivo ou dor), força funcional (capacidade de movimentar os membros superiores e inferiores), mobilidade no leito (se consegue sentar no leito e manter a postura), transferências (se consegue levantar e manter posição ortostática), marcha (capacidade de deambular) e endurance (a distância percorrida em determinado tempo), onde cada uma delas traz uma pontuação. Com isso, torna-se possível uma avaliação objetiva do estado geral do paciente, propiciando a identificação das barreiras para mobilização e as necessidades de assistência frente às condutas propostas. Dessa forma, possibilita-se estabelecer as prioridades no processo de reabilitação, a fim de que se mantenha e/ou aprimore a independência e autonomia do paciente, considerando o status funcional prévio. Reflexão sobre a experiência: O instrumento proporciona uma avaliação simples e rápida da mobilidade do paciente dentro do ambiente hospitalar. Recomendações: Logo, visto a aplicabilidade deste instrumento e o auxílio que promove na avaliação, acompanhamento e reabilitação do paciente no ambiente hospitalar, deve-se realizar estudos de validação para comprovar cientificamente sua aplicabilidade em outros ambientes, para além da UTI.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

REESTRUTURAÇÃO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIA COMPLEXIDADE

Autores: Maria Claudia do Carmo Ortega | Juliana Pereira Miranda, Geraldo Júnior Guilherme

Instituição: HOSPITAL ZONA SUL DE LONDRINA/HZSL/FUNEAS/SESA
Palavras-chave: Comunicação institucional; Padronização; Hospital público
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7458


Resumo:

Caracterização do problema: As atividades vinculadas à comunicação institucional assumem na instituição de saúde um papel fundamental para fortalecer os processos internos,¹ assim manter a qualificação e padronização em todos os canais de informações internas e externos são cruciais para garantir que a identidade visual da instituição seja mantida de maneira consistente em todos os métodos desenvolvidos na área da informação. Justificativa: A comunicação institucional não estava bem definida, resultando em diversos problemas que comprometiam a imagem e a eficiência da instituição. A ausência de uma estratégia de comunicação centralizada e padronizada levou aos seguintes problemas: a falta de uma estrutura centralizada de comunicação, diferentes departamentos e setores comunicavam-se de maneira independentes, resultando em mensagens contraditórias ou inconsistentes; informações desalinhadas; documentos, impressos, formulários, placas de identificação sem padrão definido. Objetivo: Reestruturar o processo de comunicação institucional em um hospital público de média complexidade localizado no Município de Londrina/PR. Descrição da experiência: Foi realizada a reestruturação do processo de comunicação institucional com a definição das seguintes atividades: criação do setor de comunicação, padronização nas mensagens e documentos institucionais para obtenção de informações alinhadas tanto para os colaboradores quanto para os pacientes e o público externo; organização nos materiais de comunicação, como documentos, e-mails, boletins informativos e outras formas de comunicação institucional, clareza e a uniformidade das informações; definição de uma identidade visual bem definida e consistente obtendo uma imagem fortalecida. Logotipos, cores, tipografias e outros elementos visuais foram estabelecidos. Portanto o planejamento das ações de comunicação institucional foram determinantes para resolver os problemas identificados. A centralização da comunicação e a definição clara de diretrizes e padrões visuais foram essenciais para fortalecer a identidade organizacional, melhorar a eficiência operacional e garantir que todas as partes interessadas recebam informações claras e consistentes. Análise da experiência e recomendações: Embora a reestruturação do processo ainda esteja em fase de implementação, uma estratégia de comunicação institucional eficaz contribui significativamente para o crescimento e o fortalecimento contínuo da unidade hospitalar.

5 ET5 - Ciência, tecnologia, comunicação e inovação em saúde

CONHECIMENTO DE ADOLESCENTES SOBRE A PREVENÇÃO COMBINADA DO HIV: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Autores: Ana Paula Contiero | Juliano André Kafer, Lilian Lessa Cardoso, Andréa Ouchi França, Adriana Zilly, Luciana Aparecida Fabriz

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste
Palavras-chave: HIV; Prevenção; Adolescentes
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7521


Resumo:

A infecção causada pelo vírus HIV é considerada um problema de saúde pública mundial, devido ao seu caráter pandêmico e a inexistência de vacina ou cura. Soma-se a isso a falta e informação da população, especialmente entre os jovens, sobre as formas de contaminação e os métodos de prevenção do HIV. Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos adolescentes brasileiros sobre a prevenção combinada do HIV por meio de uma revisão integrativa da literatura. Método: Este estudo foi proveniente de um trabalho de conclusão de curso de Graduação em Enfermagem numa Universidade Pública. A pesquisa foi conduzida nas bases de dados LILACS, SciELO e PUBMED, abrangendo artigos completos realizados no Brasil entre os anos de 2013 a 2023 e com população de adolescentes na faixa etária de 10 e 24 anos. A pergunta que norteou o estudo foi: Qual o conhecimento dos adolescentes sobre a prevenção combinada do HIV no Brasil? A pergunta foi criada utilizando a estratégia PICo, onde P (adolescentes) população, I (conhecimento HIV) intervenção, Co (no Brasil) contexto. Adotou-se como critério de inclusão os artigos publicados na íntegra provenientes de estudos primários, publicados nos idiomas de inglês, espanhol ou português, sendo excluídos artigos de revisão. A busca foi realizada por dois pesquisadores independentes nas referidas bases de dados, utilizando os descritores : Adolescent OR Young AND knowledge AND Hiv OR Aids OR Sida, resultando em 5052 artigos, dos quais nove respondiam a pergunta de pesquisa e compuseram essa revisão. Os artigos foram realizados na região nordeste, sudeste e sul do Brasil. Observou-se um conhecimento limitado dos adolescentes sobre as formas de transmissão e sobre estratégias preventivas do HIV. A principal forma de prevenção relatada pelos adolescentes foi o preservativo masculino, desconhecendo as demais opções da prevenção combinada. A falta de informação acerca das diferentes vias de transmissão e a persistência de mitos relacionados ao HIV destacam a urgência de abordagens educacionais mais abrangentes e acessíveis. Nesse contexto, as tecnologias educacionais emergem como ferramentas promissoras para alcançar e engajar os jovens de maneira eficaz. Plataformas digitais, aplicativos móveis, jogos interativos e redes sociais poderiam ser utilizados para promover educação em saúde. É necessário ainda investir em políticas públicas direcionadas a essa população, assim como o fortalecimento da educação sexual nas escolas.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

FORMAÇÃO PARA INSERÇÃO DO DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) POR ENFERMEIROS/AS , ENFERMEIROS/AS OBSTETRAS E RESIDENTES EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NO ÂMBITO AMBULATORIAL.

Autores: Sebastião Caldeira | Alessandra Crystian Engles dos Reis, Alana Caroline Czaika, Donara Maria dos Santos, Felipe Ferraz Fideles, Maria Antônia de Mendonça Monteiro

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Assistência Integral à Saúde da Mulher; Enfermagem Obstétrica; Dispositivos Intrauterinos;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7141


Resumo:

Introdução: O Planejamento Reprodutivo, pode ser desenvolvido por médicos(as) e enfermeiros(as). Cabe ao enfermeiro(a) generalista e obstetra (EO), a prescrição de métodos contraceptivos reversíveis, incluindo a inserção do Dispositivo intrauterino (DIU), conforme a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem - 690/2022, desde que capacitados pela Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros(as) Obstetras (ABENFO) e outras Escolas (Cofen, 2022; Brasil, 2022; Brasil, 2013; Guarulhos, 2020; Lacerda et al., 2021). Objetivo: Relatar a experiência de capacitação e Inserção do DIU de Cobre por Enfermeiros(as), EO e Residentes em Enfermagem Obstétrica no âmbito ambulatorial. Métodos: Etapas do projeto: a) Idealização; b) Aula teórico/prática sobre o DIU; c) Formação da equipe; e d) Avaliação das mulheres entre 30 e 40 dias. A formação, foi com aula teórica/prática sobre o DIU e Testes Rápidos para Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e capacitados neste primeiro momento, três EO, uma enfermeira da Atenção Básica (AB), quatro Residentes em Enfermagem Obstétrica (R2) e quatro R1, estes últimos, para verificação de Sinais Vitais e Testes rápidos para IST. Resultados: Nos dia 06 e 07 de abril de 2024 ocorreu a inserção do DIU no Ambulatório do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) e capacitados/certificados por EO da ABENFO, uma Enfermeira da AB e dois EO. Quatro R2 em capacitação. Das 323 mulheres em lista de espera, 83 compareceram. Todas fizeram testes rápidos para gravidez e IST. Duas positivaram para gravidez e 13 tratadas para vulvovaginites. As outras após analgesia com Paracetamol 750 mg VO inseriram o DIU. Das 68 inserções, um DIU foi retirado logo após por sangramento. Quanto ao retorno entre 30 e 40 dias, 30 retornaram. Duas solicitaram a retirada do DIU por sangramento, uma com endometriose também precisou retirar, orientada sobre o Dispositivo Hormonal Mirena e as demais satisfeitas. As que não compareceram, estão sendo contatadas e avaliadas sobre a satisfação com o DIU. Todos os atendimentos de inserção e retornos, são registrados no Prontuário Eletrônico no Sistema TASY. CONSIDERAÇÕES: O(a) Enfermeiro(a) e o EO, precisam atuar em Planejamento Reprodutivo e Métodos Contraceptivos, em particular com na inserção do DIU. Mulheres que não se adaptam a outros métodos, que sejam encorajadas para a inserção. Este projeto se tornou permanente com a inserção do DIU e capacitação de outros residentes, EO e enfermeiros(as) generalistas.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

VIII ENCONTRO MUNICIPAL DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL PRÓ–SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA “VIDA LONGA COM SAÚDE E SEM RACISMO” DE ARAPONGAS – PARANÁ

Autores: Ìyálòrísá Joilda Pereira de Jesus | Stela Maris Lopes Santini, Isabel Constantino Semeão, Conceição Rocha-Büge

Instituição: Ilé Àse Ti Tóbi Ìyá Àfin Òsùn Alákétu e Associação Interdisciplinar Afro–Brasileira e Africana (AIABA)
Palavras-chave: Saúde da População Negra; Racismo; Sistema Único de Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7328


Resumo:

Para implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) é necessário que gestores, movimentos sociais, conselheiros e profissionais do SUS trabalhem em prol da melhoria das condições de saúde da população negra, compreendo suas vulnerabilidades e reconhecendo o racismo como um determinante social em saúde (Brasil,2017), por isso o VIII ENCONTRO MUNICIPAL DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL PRÓ–SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA “VIDA LONGA COM SAÚDE E SEM RACISMO” DE ARAPONGAS – PARANÁ teve como objetivo discutir a PNSIPN, atualizar conhecimentos e integrar saberes tradicionais e ancestrais, mediante a promoção da saúde, cultura e empoderamento nos diversos territórios. Foi promovido pelas entidades Ilé Àse Ti Tóbi Ìyá Àfin Òsùn Alákétu e Associação Interdisciplinar Afro–Brasileira e Africana (AIABA) e aconteceu no dia 29/10/23, na sede das entidades, no município de Arapongas – PR. O evento contou com o apoio da Prefeitura de Arapongas; Secretaria de Estadual de Saúde – PR; Ministério da Saúde; prestadores de serviços; sindicatos e organizações da sociedade civil vinculadas à População Negra e das Religiões de Matriz Africana, Afro-brasileiras e Povos de Terreiro. A programação foi organizada com apresentações culturais e mesas de debates que falaram sobre a PNSIPN e sua inter-relação com: doenças infecciosas; doenças falciformes; impactos dos racismos na promoção da saúde e da educação; participação popular; imunização e o contexto epidemiológico; violências; saúde mental; Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e a medicina tradicional; e prevenção de câncer de colo de útero, mama e próstata. Foram realizados testes rápidos (sífilis, hepatites), medição de pressão arterial e de glicemia, e distribuição de auto testes de HIV. O evento aconteceu em formato híbrido, com 150 participantes presenciais e transmissão simultânea pelo Canal de You Tube, com 644 visualizações. Os temas tratados contribuíram para uma maior integração das políticas da População Negra e das Religiões de Matriz Africana, Afro-brasileiras e Povos de Terreiro com representantes da gestão pública, profissionais da saúde, da educação e da assistência social; assim como com a sociedade civil e a comunidade em geral.Já se encontra em fase de preparação a nona edição do evento, buscando sempre temas que contribuam para a promoção da equidade no SUS e valorização dessa população que possui um acúmulo de práticas, vivências, saberes e culturas distintos.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL: UMA FERRAMENTA DE COLABORAÇÃO PARA O AVANÇO DA CIRURGIA E DA SAÚDE GLOBAL

Autores: Giovana Knapik Batista | Renata Burghausen Valença de Souza, Belize Keiko Arai, Elaine Rossi Ribeiro, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Cooperação Internacional; Cirurgia; Saúde Global.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7383


Resumo:

Introdução: A Saúde Global e a Cirurgia Global constituem campos interdisciplinares com o propósito de atenuar as desigualdades de saúde além das fronteiras nacionais, principalmente em países de baixa e média renda (PBMR). A Cooperação Internacional emerge como elemento crucial para enfrentar tais disparidades, fortalecendo os sistemas de saúde e reconfigurando a educação médica. Objetivos: Este estudo visa investigar a influência da cooperação internacional na prática cirúrgica e examinar sua contribuição para questões relacionadas à saúde global. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, utilizando os termos-chave ‘international cooperation’, ‘surgery’ e ‘global health’ nas bases de dados PubMed, BVS e SciELO. Os critérios de inclusão englobam artigos completos em português, inglês e espanhol, publicados entre 2018 e 2023. Foram excluídos artigos duplicados, incompletos e não relacionados ao tema, resultando em 15 artigos para integrar a presente pesquisa. Resultados: A cooperação internacional desempenha um papel crucial na prática cirúrgica, contribuindo significativamente para questões globais de saúde. Essa colaboração impulsiona iniciativas como missões humanitárias e programas de capacitação em cirurgia, visando melhorar o acesso a cuidados cirúrgicos em PBMR. Ao promover a interação entre as nações, essa cooperação enfrenta diversos desafios, entre eles, a escassez de recursos e profissionais e infraestrutura inadequada. Em prol de resolver deficiências na educação médica e na pesquisa em cirurgia global, a cooperação internacional possibilita incentivar parcerias acadêmicas e utilizar tecnologias de informação para superar as limitações geográficas. Conclusão: A cooperação internacional em cirurgia visa superar os desafios globais de saúde, universalizando o acesso aos cuidados cirúrgicos essenciais e fortalecendo sistemas de saúde locais. Assim, se torna uma ferramenta essencial para alcançar uma realidade de saúde mais segura e ampla para todos.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

BOAS PRÁTICAS DE COMBATE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM POPULAÇÕES INDÍGENAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Nina Rosa Gomes de Oliveira Loureiro | Mariana de Paula Francisco, Cibelle Thayna Conci Nogurira, Thaís de Souza Machry Carminati, Marlene Pereira

Instituição: Centro Universitário Assis Gurgacz
Palavras-chave: Povos Indígenas; Cultura; Disseminação da Informação; Letramento em Saúde; Plano de Parto
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7451


Resumo:

Caracterização: Descrever a realização do Projeto de Extensão “NAS Comunidades - Indígenas”/ Educação em Saúde no combate à violência obstétrica através da confecção do plano de parto ilustrado, por acadêmicos de Enfermagem, com aplicação em uma comunidade indígena Guarani, em Itaipulândia, Paraná. Introdução: Segundo a OMS (2014), diversas mulheres sofrem durante o parto abusos e desrespeitos em instituições hospitalares, violando seus direitos, e colocando em risco a integridade física, a vida e a saúde do binômio mãe-bebê. Segundo a organização, minorias étnicas estão mais propensas a tais abusos, sendo que indígenas estão incluídas nessas minorias. Objetivos: Conscientizar a população indígena, através da confecção de um “plano de parto ilustrado”. Trata-se de um instrumento de educação em saúde acessível, a fim de educar mulheres em idade fértil, bem como os demais integrantes da comunidade. Descrição: Confeccionado o plano de parto ilustrado, o qual é citado na Caderneta da Gestante. Infelizmente, a barreira idiomática impede sua total compreensão por indivíduos que não possuem a língua portuguesa como materna. Desta forma, contendo ilustrações simples e legendas em linguagem acessível, este instrumento de educação em saúde foi projetado, e cópias foram levadas à comunidade indígena. Cada tópico foi explicitado verbalmente às mulheres, em linguagem acessível. Durante a fala dos acadêmicos, a coordenadora da escola local esteve atenta continuamente, para que as informações ditas fossem repassadas posteriormente às futuras gestantes. Reflexão: A ação obteve sucesso na disseminação de informações acessíveis à comunidade indígena visitada, atingindo o principal objetivo do projeto, o qual mostrou-se de grande valia para a formação acadêmica dos participantes. Diferentes realidades lhes foram apresentadas, preparando-os para reconhecer potenciais vulnerabilidades de determinado grupo e implementarem mudanças significativas no âmbito da educação e letramento em saúde. A barreira linguística foi outro aspecto a observado, reforçando a importância de uma saúde acessível. Recomendações: Aventamos que as ações de educação em saúde sobre o tema sejam perpetuadas, enfocando o combate à violência obstétrica a mulheres indígenas, capacitando profissionais comprometidos com o tema. A conscientização da população mostra-se importante, uma vez que as informações podem ser repassadas, permanecendo entre as mulheres e combatendo a cultura da violência obstétrica.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

INFLUÊNCIA DE VULNERABILIDADES SOCIAIS NA DISTRIBUIÇÃO DO LOCAL DE MORTE NO BRASIL E SUAS REGIÕES

Autores: Fernando Cesar Iwamoto Marcucci | Carla Corradi Perini, Luís Fernando Rodrigues, Tania Pastrana

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
Palavras-chave: Mortalidade; Cuidados de fim de vida; Determinantes Sociais da Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7457


Resumo:

Introdução: As vulnerabilidades sociais podem afetar como as pessoas lidam com o processo de fim de vida, mas isto é pouco conhecido no Brasil. Objetivo: Comparar a associação de fatores sociais como sexo, etnia/cor da pele e escolaridade com a distribuição do local de morte no Brasil e suas cinco regiões. Método: Foi realizada uma pesquisa na base de dados do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM) para a coleta dos dados relativos aos óbitos na população brasileira, no ano de 2022. Foram analisadas as proporções das mortes conforme o local de ocorrência, faixa etária, sexo, etnia/cor da pele (branca, parda, amarela, preta e indígena), nível educacional por anos de estudos e regiões do Brasil. Foi realizada a análise descritiva dos dados sociodemográficos e o cálculo de odd-ratio dicotomizado por categorias de referência de cada fator comparando as ocorrências de morte em hospital e domicílio. Resultados: Um total de 1.544.266 mortes ocorreram em 2022. A ocorrência em hospitais variou de 68,4% no sudeste a 58,7% no nordeste. Regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano tiveram maior proporção de óbitos em domicílio e em faixas etárias mais jovens. A mortes em outros locais, como vias públicas, localidades diversas ou ignoradas, foi maior na região norte (10,7%), e de 4,9% no sudeste. Em geral, os homens apresentam uma proporção menor de óbitos em hospitais, com desvio para as ocorrências em outros locais, como para as mortes em via pública, no qual 87,4% são de homens. Ao comparar à etnia e cor da pele, a população classificada como branca tem uma chance de morrer em hospitais 1,2 vezes maior em relação ao domicílio, quando comparada com as demais não-brancas, e a diferença foi maior para a população indígena. Estas mortes fora do hospital são deslocadas para as ocorrências em outros estabelecimentos de saúde para pretos, para vias públicas para pardos e em domicílio e outros locais para povos indígenas. Para escolaridade, quanto menor a escolaridade maior a chance de morrer fora do hospital. Assim, as vulnerabilidades sociais reduzem a garantia de equidade no acesso aos serviços de saúde, como no processo de fim de vida, indicando desassistência ou má qualidade do processo de morte. Conclusões: Assim, deve-se ampliar o debate sobre as desigualdades sociais e desafios bioéticos do acesso ao cuidado, com políticas públicas que reduzam a influência das vulnerabilidades sociais, incluindo a qualidade do cuidado em fim de vida e o processo de morte.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

DIREITO À SAÚDE: COMPARAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO BRASIL E PARAGUAI

Autores: Laiz Mangini Cicchelero | Gustavo Cezar Wagner Leandro, Oscar Daniel Salomon, Andrea Gimenez, Juniane Martini, Reinaldo Antonio Silva-Sobrinho

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Parana (Unioeste) campus Foz do Iguaçu e Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Constituição e Estatutos; Direito à Saúde; Política de Saúde; Saúde Pública
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7139


Resumo:

Introdução: para melhorar a qualidade de vida da população, políticas públicas de saúde devem ser respaldadas pela Constituição, promover integralidade, participação social e intersetorialidade. Objetivo: analisar as Políticas Nacionais de Saúde (PNS) do Brasil e Paraguai. Método: revisão narrativa baseada em artigos científicos (LILACS e SciELO) e relatórios governamentais. Resultados/Discussão: a Constituição do Paraguai (1992) declara que o Estado protegerá e promoverá o direito à saúde como fundamental (Lei 1.032/96). O sistema de saúde paraguaio é baseado na atenção primária e segmentado em subsetores públicos: Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social, atendendo pessoas economicamente desfavorecidas; Instituto de Bem-Estar Social, financiado por trabalhadores e empregadores; Saúde Militar e Policial; e Hospital de Clínicas da Universidade Nacional de Assunção. Os setores mistos e privados por meio da Cruz Vermelha Paraguaia sem fins lucrativos, medicina pré-paga e seguradoras de planos de saúde. A PNS orienta o fortalecimento da cobertura universal de saúde para reduzir desigualdades e melhorar a qualidade de vida da população, com valores de direito à saúde, equidade, solidariedade e respeito à diversidade, e princípios como universalidade, qualidade, humanização, eficiência, responsabilidade, transparência, integralidade, sustentabilidade, participação social e intersetorialidade. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), pela Constituição Federal (1988), garante o direito ao acesso universal e integral à saúde, com a Política Nacional de Promoção da Saúde adotando princípios como subjetividade, equidade, participação social, autonomia, empoderamento, intersetorialidade, sustentabilidade, integralidade e territorialidade. Conclusão: os dois sistemas de saúde compartilham princípios e enfrentam adversidades parecidas na organização macroeconômica e no financiamento. No Paraguai, pessoas sem emprego formal ou recursos econômicos não recebem suficiente cobertura de serviços de saúde secundários e terciários em suas cidades, deslocando-se até a capital e/ou buscando por atendimento nas cidades fronteiriças brasileiras, que as acolhem ainda que resulte em sobrecarga assistencial, para não incorrer em omissão de socorro. No Brasil, há disputas pela alocação do orçamento do SUS e para garantir atendimento integral em todos os níveis. Apesar dos desafios, os dois países avançaram historicamente ao assegurar o direito à saúde em suas constituições.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

AMAMENTAÇÃO E TRABALHO MATERNO: PROJETOS DE LEI ESTADUAIS PARA PROTEÇÃO AO ALEITAMENTO MATERNO

Autores: Carolina Belomo de Souza | Rubia Daniela Thieme 2, Anabelle Retondario 2, Laudicéia Ferreira Fróis 3, Jackeline da Rocha Vasques 4, Lilian Gonçalves Teixeira 1

Instituição: 1 Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde – Universidade Federal de Lavras (UFLA); 2 Departamento de Nutrição - Universidade Federal do Paraná (UFPR); 3 Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição – Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) ; 4 Se
Palavras-chave: Aleitamento Materno; Mulheres Trabalhadoras; Projeto de Lei.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7149


Resumo:

Introdução: O aleitamento materno (AM) traz benefícios para a saúde da criança. A prática do AM é desafiadora no mundo do trabalho formal e informal1-3. O enfrentamento desse desafio pode ser realizado com ações de proteção do AM, tanto com políticas públicas quanto com a implementação de leis, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)4. Segundo a Constituição Federal, legislar sobre defesa da saúde e proteção da infância é competência legislativa concorrente, portanto, estados podem criar leis específicas5. Objetivo: Verificar a tramitação de projetos relacionados à proteção legal do AM para mulheres trabalhadoras no poder legislativo estadual no Paraná. Método: A busca de projetos tramitados entre 2013 e 2023 foi realizada no site da Assembleia Legislativa do estado do Paraná (ALEP) em maio de 2024. Foram utilizadas palavras-chave obtidas dos artigos 389, 392 e 396 da CLT4 ou seus termos alternativos, conforme Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): amamentação ou amamentar ou aleitamento ou licença-maternidade ou maternidade. Os projetos em tramitação foram caracterizados conforme tipo, ano e situação. Considerou-se para análise os projetos de lei (PL) em situação “tramitando”, dos quais foram verificados assunto e ementa. Realizou-se análise descritiva. Resultados: Foram identificados 70 projetos tramitados, sendo seis repetidos. Dos 64 projetos incluídos, 17,72% (n=11) foram propostos em 2015 e, entre 2018 e 2023, observou-se 56,3% (n=36) das propostas. Os PL foram os principais tipos de proposta (70,3%; n=45), seguido de requerimentos (28,1%; n=18). Dos projetos, 79,7% (n=51) estavam arquivados e 20,3% (n=13), tramitando, dos quais seis eram do tipo requerimento. Para análise do assunto e ementa, foram considerados sete PL, sendo três de 2021 e quatro com assunto “saúde”. Nas ementas, observou-se que quatro se referiam a estabelecimento de saúde (atenção integral em alojamento conjunto; presença de profissional de enfermagem e fisioterapeuta; medidas que impeçam ou dificultem a troca de recém-nascidos), um ao Teste da Mãezinha no pré-natal, um à comunicação ao Ministério Público de registro em cartório por mães e/ou pais menores de 14 anos, e um ao fornecimento de kit painel solar para associações de proteção à maternidade e a infância. Conclusões: No período analisado, não há PL tramitando voltado à proteção legal da mulher trabalhadora que amamenta na esfera estadual. O envio de sugestões de PL pode ser realizado por cidadãos no site na ALEP.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

FAMÍLIAS VENEZUELANAS EM BUSCA DE CUIDADOS COM A SAÚDE DOS FILHOS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO

Autores: Ivaneliza Simionato de Assis | Paola Correia Bueno, Rosangela Agripino da Silva Martins, Helder Ferreira, Eliana Gonçalves Coimbra, Rosane Meire Munhak da Silva

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Programa de Pós-graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira.
Palavras-chave: Famílias Imigrantes; Venezuela; Saúde da criança.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7184


Resumo:

Introdução: A crise na Venezuela resultou em um significativo fluxo migratório para o Brasil, intensificado pelo colapso de seu sistema de saúde. Esse movimento impactou áreas como alimentação, emprego, habitação e saúde, sobretudo no que se refere aos cuidados na Atenção Primária à Saúde. Objetivo: O objetivo do estudo foi compreender a experiência de famílias venezuelanas ao buscar atendimento de saúde para seus filhos no Brasil. Métodos: Realizou-se um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, conduzido por entrevistas com famílias venezuelanas que buscaram serviços de saúde no Brasil para seus filhos. As entrevistas foram realizadas com 12 famílias que residem em Foz do Iguaçu-PR, Brasil, entre agosto à dezembro de 2022. Resultados: Os resultados evidenciaram que, diante dos desafios enfrentados em seu país de origem e das necessidades de saúde de seus filhos, as famílias traçaram seus próprios percursos. Dentre eles, a migração para o Brasil, um país desconhecido, em busca de cuidados profissionais, porém sem deixar de praticar os cuidados transmitidos por seus antepassados. A análise dos dados permitiu organizar três categorias temáticas: Necessidades de saúde impulsionando o processo migratório; Práticas familiares para o cuidado da saúde do filho; e Cuidados de saúde e segurança nos serviços brasileiros. Conclusão: O estudo destacou que, embora as leis brasileiras assegurem direitos, processo migratório sobressai o contexto geográfico e envolve a renúncia de histórias e laços familiares. As necessidades de imigração foram motivadas pela busca de qualidade em saúde, educação e condições de vida. A cultura de cuidados acompanhou essas famílias, mas a medicina tradicional ainda foi proferida. Os serviços de saúde brasileiros, notadamente para imunização, odontologia e consultas médicas, foram percebidos como seguros, mas o cuidado familiar desempenhou papel significativo nos cuidados com as crianças. Desse modo, para uma assistência efetiva e abrangente, o fortalecimento de práticas e políticas sociais é essencial, respeitando crenças e culturas familiares.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

PERSPECTIVAS BRASILEIRAS NA SAÚDE GLOBAL: DESAFIOS E AVANÇOS NO COMBATE AO HIV/AIDS

Autores: William Augusto Gomes de Oliveira Bellani | Juliane Soldi Malgarin, Sofia de Moraes Orsatto, Deyse Anne Barbosa de Paulo, Márcio José de Almeida

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe (FPP)
Palavras-chave: HIV; Saúde Global; Diplomacia da Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7263


Resumo:

Introdução: A saúde global, essencial para enfrentar desafios complexos, demanda soluções colaborativas e integradas que transcendem fronteiras nacionais e culturais. O Brasil atua na diplomacia de saúde global, buscando fortalecer sua influência por meio da cooperação internacional. O HIV/AIDS continua sendo um desafio, afetando milhões de pessoas, e apesar dos avanços, ainda há lacunas no entendimento completo da epidemia em contextos globais. Embora o acesso ao tratamento tenha melhorado, ainda é limitado em algumas regiões, resultando em altas taxas de mortalidade. Questões socioeconômicas, políticas e culturais são cruciais na disseminação e gestão, tornando a pesquisa essencial para políticas de saúde mais eficazes. Objetivo: Realizar uma revisão de teses e dissertações produzidas em Programas de Pós-Graduação brasileiros sobre a saúde global e o HIV/AIDS. Método: A metodologia foi uma revisão integrativa. Por meio do banco de dados de Teses e Dissertações da CAPES, utilizou-se as palavras-chave "Saúde Global" e "HIV" com o operador booleano "AND". Foram incluídas teses e dissertações sobre saúde global e HIV/AIDS, excluindo estudos não pertinentes ou duplicados, resultando em seis estudos incluídos (três dissertações e três teses). A análise revelou intervenções bem-sucedidas e desafios na prevenção e tratamento da doença. Resultados/Discussão: A experiência revelou avanços e lacunas no campo do HIV/AIDS na Saúde Global. A abordagem multidimensional foi crucial para enfrentar essa epidemia complexa. As descobertas ressaltam a importância da colaboração internacional e estratégias multidisciplinares. A pesquisa destacou a necessidade de políticas de saúde pública bem fundamentadas, focadas na prevenção, tratamento e apoio integral às pessoas com HIV/AIDS. Conclusões: É imperativo fortalecer os esforços globais de prevenção e controle do HIV/AIDS, com um enfoque contínuo na implementação de estratégias de prevenção baseadas em evidências, educação em saúde, investimento em pesquisa para avançar no tratamento da doença, acesso universal à terapia antirretroviral e apoio integral aos pacientes. A pesquisa proporcionou uma visão abrangente das complexidades, sendo possível avançar em direção a uma resposta mais efetiva em escala global. Mais estudos poderiam ser realizados pelo Brasil, que já desempenha um papel de vanguarda internacional no tema, para aprofundar o conhecimento e fortalecer suas estratégias na diplomacia da saúde e no combate à doença.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

EDUCAÇÃO EM SAÚDE GLOBAL: CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO MÉDICA E DESAFIOS PARA A EQUIDADE

Autores: William Augusto Gomes de Oliveira Bellani | Victor Augusto Danelle, Ivan Araujo Pires, Beatriz Helena Wolpe, Elaine Rossi Ribeiro

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe (FPP)
Palavras-chave: Educação Médica; Saúde Global; Equidade em Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7281


Resumo:

Introdução: A educação em saúde global tem impactado estudantes e profissionais na área médica de forma crescente nos últimos anos. A relevância desse tema está no avanço da equidade, por meio de diversos métodos de educação em saúde global, como intercâmbios, matérias eletivas e cursos que fomentam uma formação médica que supra as necessidades da população em repercussão global. Objetivo: Identificar estudos originais sobre educação em saúde global e analisar de que forma a educação em saúde global têm contribuído para uma formação intercultural que busca alcançar a equidade em um contexto médico global. Metodologia: Trata-se de uma revisão de escopo por meio da abordagem de Joanna Briggs Institute. Utilizou-se o mnemônico PCC (população, conceito e contexto) para direcionar a pesquisa e elaborar as questões que fundamentam o estudo. Foram utilizadas as bases de dados PubMed, ScienceDirect, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram identificados 226 artigos, sendo: 86 da PubMed; 48 da ScienceDirect; 71 da BVS e 69 da SciELO. O número final de artigos incluídos foi 31, que inclui pesquisas quantitativas (n = 10), relatos de experiência (n = 8), pesquisas quali-quanti (n = 5), revisões bibliográficas (n = 5), pesquisas qualitativas (n = 4) e uma pesquisa documental (n = 1). Resultados/Discussão: Os resultados mostram que o interesse pela educação em saúde global tem aumentado na área médica, principalmente entre estudantes de medicina. Foram analisados artigos de quatro continentes: América (Sul, Central e Norte), Europa, África e Ásia e mais de 20 países. Entre os estudos pesquisados, a educação em saúde global ocorreu por diversas formas, entre elas: encontros virtuais ou presenciais, matérias eletivas e atuação em campo, por meio de intercâmbios. O aprendizado se estende para além do conhecimento técnico, envolvendo desenvolvimento de habilidades de comunicação, adaptação a recursos limitados, empatia, ética no trabalho e fortalecimento da relação multidisciplinar. Conclusão: Destaca-se o crescimento significativo da educação em saúde global na formação médica internacional, evidenciando a variedade de métodos educacionais utilizados globalmente. Há necessidade de mais pesquisas para avaliar seu efeito a longo prazo e melhorar a equidade em saúde global. Futuros estudos podem aprofundar essas iniciativas, contribuindo para uma educação médica mais inclusiva e eficaz em um contexto global.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

A XENOFOBIA COMO UM IMPASSE PARA O ACESSO UNIVERSAL À SAÚDE: UMA REVISÃO DE ESCOPO

Autores: Carline Engel Krein | Carolina Spack Kemmelmeier, Maria Lucia Frizon Rizzotto

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
Palavras-chave: Xenofobia; SUS; migração.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7316


Resumo:

Introdução: Devido a sua localização fronteiriça e a presença da Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA), o município de Foz do Iguaçu torna-se um ponto chave para a migração (Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, 2020). A migração é um fenômeno global e complexo que abrange diferentes aspectos, sendo também um direito humano (Migracidades, 2021). O fluxo migratório dessa cidade traz a necessidade de se pensar acerca da garantia de direitos básicos, dentre eles, a saúde. Além disso, o município apresenta dificuldades com relação aos preconceitos aos migrantes, fazendo com que a experiência migratória tome uma dimensão de hostilidade devido à xenofobia (Reisdorfer, 2022). O Brasil, apesar de ser caracterizado por sua multiculturalidade, tem a violência contra migrantes e a xenofobia como problemas vivenciados corriqueiramente (Albuquerque Júnior, 2016). Nesse sentido, o migrante pode apresentar vulnerabilidades, ainda mais se o processo migratório ocorrer de forma violenta (Marinucci, 2019). Desse modo, o estrangeiro é enxergado como inferior, desprovido de cidadania, sendo sua existência violentada. Método: Estudo de abordagem qualitativa de caráter exploratório do tipo revisão bibliográfica de escopo. Resultados e discussão: A garantia do acesso universal à saúde no Brasil está dada pela Constituição Federal de 1988 trazendo a saúde como um direito de todos, e foi reforçada pela lei 8.080/90 que traz a Universalidade do acesso à saúde como um princípio norteador do SUS. No entanto, quando se trata de migrantes, o assunto toma outras proporções, pois, há uma precarização desse acesso pelo não reconhecimento do direito à saúde do migrante, e principalmente a xenofobia vivenciada que pode trazer agravos para as questões de saúde (Cespedes et al., 2024). Logo, a população migrante torna-se vulnerável aos determinantes sociais da saúde (Souza et al., 2020). De acordo com Andersson e Punzi (2024) as exposições as violências experienciadas pelos migrantes pode ser um fator determinante para a barreira de acesso à saúde, visto que os mesmos são forçados a viver na obscuridade negligenciando a sua condição de saúde e a necessidade de cuidado, fazendo com que o migrante viva em condições sub-humanas. Considerações finais: Pode-se refletir a partir dos autores citados que faz-se necessário considerar o caráter violento de atos xenofóbicos e que a xenofobia pode dificultar ou até mesmo impedir o acesso do migrante aos serviços de saúde.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

REDE DE PROTEÇÃO: ATENDIMENTO INTERDISCIPLINAR NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA

Autores: Esther Vieira Martins | Daniela Silveira Pereira, Márcia Vieira de Lemos, Elier Cardoso, Andréia Aparecida Malanczyn, Erisleyni Fabiana Gardin

Instituição: Feas
Palavras-chave: violência; Comunicação Interdisciplinar; Violência Doméstica
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7391


Resumo:

Caracterização do problema: A Rede de Proteção veio como proposta de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes, sendo implementada em Curitiba no ano 2000. Mais tarde em 2009, houve a integração com a Rede de Atenção à Mulher e em 2012 com a Rede de Atenção e Proteção à Pessoa Idosa. O trabalho em rede é um conjunto de ações integradas com o objetivo de garantir a proteção integral da criança e do adolescente em situação de risco para a violência, com ações de prevenção e enfrentamento das agressões. Envolve atuação de várias instituições governamentais, sendo composto pelos sistemas de saúde, educação, assistência social, justiça e segurança pública. Justificativa: As famílias que passam por situações de violência ou vulnerabilidade, requerem acompanhamento sistemáticos dos serviços públicos. Muitas vezes necessitando de formas alternativas de enfrentamento e abordagem da equipe. Objetivos: Este trabalho tem o objetivo de relatar a experiência da Rede de Proteção do Rio Bonito com as visitas domiciliares multiprofissionais. Descrição da experiência: As reuniões da Rede de Proteção local do Rio Bonito acontecem mensalmente com participação das Coordenações Regionais e representantes locais do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), representantes dos Centro Municipais de Educação Infantil (CMEI) e das Escolas Estaduais e representantes dos serviços de Saúde, como Unidade de Saúde (US) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Como forma de otimizar os atendimentos as famílias de demandas complexas ou situações de reincidência das Notificações Obrigatórias (NO), a Rede de Proteção do Rio Bonito, implementou a Visita Domiciliar de forma multidisciplinar em casos graves. A experiência iniciou em março de 2024 e já contou com cinco visitas com participação da US, CRAS e CREAS à famílias resistentes aos acompanhamentos e uma família com reincidência de Notificação. Essas visitas otimizam a comunicação das equipes possibilitando melhor articulação das ações e enfretamento das dificuldades encontradas. REFLEXÃO e Recomendações: o atendimento multidisciplinar visa potencializar as ações desenvolvidas, pois integra saberes e as experiências de cada equipamento público para melhor atendimento das pessoas em situação de vulnerabilidade. Entretanto, devido a dificuldade de unir as agendas, recomenda- se realizar as visitas apenas em situações emergenciais.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

IMPACTOS DA PRECARIZAÇÃO DA SAÚDE NA DIGNIDADE HUMANA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Alice Ruhoff Baldissarelli | Júlia Furtado Goudard, Beatriz Zampar, Pablo Henrique Fernandes Costa Colette Bordão

Instituição: Universidade Estadual de Londina
Palavras-chave: Integralidade; Precarização; Equidade;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7418


Resumo:

A UBS Padovani José Guidugui surgiu da luta organizada no bairro Vista Bela, na periferia do município de Londrina - PR, criado pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). No início não havia um projeto de equipamentos de saúde, apenas com a demanda do coletivo formado por moradoras foi exigida a inserção da APS na região, entregue em 2015. Nove anos após a construção, o acesso da população à saúde permanece com limitações, sem o contato eficaz com serviços de pronto atendimento, urgência e emergência para os moradores, ferindo o princípio de integralidade e equidade do SUS. Objetivou-se realizar um relato de experiência sobre as lacunas permanentes desde a implantação do programa em relação aos serviços de urgência e emergência da área de abrangência. Para tanto, buscamos analisar as características socioeconômicas, demográficas e territoriais, relacionando com o contexto das políticas públicas brasileiras nos últimos anos. Constataram-se profundos impactos sociais e em saúde em uma população em vulnerabilidade social e com maior demanda, devido a criação de projetos de garantia de direitos de moradia isoladamente sem a construção e viabilização dos equipamentos sociais necessários. Não houve planejamento urbanístico. Com uma população estimada de cerca de 12.000 pessoas e crescendo, a UBS é a única unidade de serviço de saúde em um raio de 5,5 km em zona urbana periférica e periurbana. Observa-se sobrecarga de trabalho e adoecimento dos profissionais, conforme relatos, registrados em diário de campo, concomitante ao menor investimento público com a Emenda Constitucional 113/2021. As famílias com renda mensal, aproximadamente em 60% com menos de 1 salário mínimo por pessoa. As demandas espontâneas são numerosas, com frequência graves, em uma população de alto risco, considerando a determinação social do processo saúde doença. Diariamente, as iniquidades são perpetuadas, levando à indignidade de populações historicamente vulneráveis, em detrimento de políticas econômicas neoliberais. A procura espontânea aos serviços de urgência enfrentam barreiras como a distância e a dificuldade de acesso a meios de transporte, sendo o mais próximo de 58 a 91 minutos andando, 21 a 43 min de ônibus. Recomenda-se maiores investimentos estatais (municipais, estaduais e federais) em políticas de saúde pública para reduzir situações de indignidade, como medida emergencial para a garantia dos direitos humanos de populações de áreas periféricas, como a do Vista Bela.

6 ET6 - Direito em saúde; Saúde Global; Bioética

IMPACTOS DA PRECARIZAÇÃO DA SAÚDE NA DIGNIDADE HUMANA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Alice Ruhoff Baldissarelli | Júlia Furtado Goudard, Beatriz Zampar, Pablo Henrique Fernandes Costa Colette Bordão

Instituição: Universidade Estadual de Londina
Palavras-chave: Integralidade; Precarização; Equidade;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7418


Resumo:

A UBS Padovani José Guidugui surgiu da luta organizada no bairro Vista Bela, na periferia do município de Londrina - PR, criado pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). No início não havia um projeto de equipamentos de saúde, apenas com a demanda do coletivo formado por moradoras foi exigida a inserção da APS na região, entregue em 2015. Nove anos após a construção, o acesso da população à saúde permanece com limitações, sem o contato eficaz com serviços de pronto atendimento, urgência e emergência para os moradores, ferindo o princípio de integralidade e equidade do SUS. Objetivou-se realizar um relato de experiência sobre as lacunas permanentes desde a implantação do programa em relação aos serviços de urgência e emergência da área de abrangência. Para tanto, buscamos analisar as características socioeconômicas, demográficas e territoriais, relacionando com o contexto das políticas públicas brasileiras nos últimos anos. Constataram-se profundos impactos sociais e em saúde em uma população em vulnerabilidade social e com maior demanda, devido a criação de projetos de garantia de direitos de moradia isoladamente sem a construção e viabilização dos equipamentos sociais necessários. Não houve planejamento urbanístico. Com uma população estimada de cerca de 12.000 pessoas e crescendo, a UBS é a única unidade de serviço de saúde em um raio de 5,5 km em zona urbana periférica e periurbana. Observa-se sobrecarga de trabalho e adoecimento dos profissionais, conforme relatos, registrados em diário de campo, concomitante ao menor investimento público com a Emenda Constitucional 113/2021. As famílias com renda mensal, aproximadamente em 60% com menos de 1 salário mínimo por pessoa. As demandas espontâneas são numerosas, com frequência graves, em uma população de alto risco, considerando a determinação social do processo saúde doença. Diariamente, as iniquidades são perpetuadas, levando à indignidade de populações historicamente vulneráveis, em detrimento de políticas econômicas neoliberais. A procura espontânea aos serviços de urgência enfrentam barreiras como a distância e a dificuldade de acesso a meios de transporte, sendo o mais próximo de 58 a 91 minutos andando, 21 a 43 min de ônibus. Recomenda-se maiores investimentos estatais (municipais, estaduais e federais) em políticas de saúde pública para reduzir situações de indignidade, como medida emergencial para a garantia dos direitos humanos de populações de áreas periféricas, como a do Vista Bela.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

RISCO CARDIOVASCULAR EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS EM TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Jéssyka Cristina Gomes de Christo | Erildo Vicente Müller, Camila Marinelli Martins

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: AIDS; HIV; Doenças Cardiovasculares.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6739


Resumo:

Introdução: A síndrome da imunodeficiência humana adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que possui como alvo o sistema imunológico, por meio da invasão de células de defesa, tornando o organismo humano vulnerável às doenças oportunistas. Nesse âmbito, o advento bem-sucedido da terapia antirretroviral (TARV) resultou no aumento significativo da expectativa de vida das pessoas que vivem com HIV (PVHIV), porém, acarreta em efeitos adversos, sobretudo, ao sistema cardiovascular. Objetivos: Verificar se pessoas que vivem com HIV/AIDS em TARV possuem maiores riscos cardiovasculares. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as seguintes bases de dados: PUBMED, WEB OF SCIENCE, SCOPUS, SciELO, MEDLINE E LILACS. Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2013 e 2023, nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram considerados elegíveis os ensaios clínicos ou estudos que avaliavam dados provenientes de ensaios clínicos prévios. Os relatórios de especialidades, editoriais, revisões sistemáticas e meta-análises foram excluídos da amostra. Resultados/discussão: Foram incluídos 24 artigos. Dentre os resultados, e com a síntese dos dados obtidos, a dislipidemia foi comum em regimes baseados em dolutegravir (DTG), enquanto os lipídios se alteraram menos com o uso de raltegravir (RAL) quando comparados com uso de inibidores de protease (IP), como atazanavir/ritonavir (ATV/r). Os estudos também indicaram que pessoas com risco de doenças cardiovasculares (DCV) ou com dislipidemia relacionada à TARV podem apresentar mais benefícios com uso da rilpivirina do que com nevirapina (NVP). Conclusões: Os estudos evidenciaram que é possível a ocorrência de certos efeitos deletérios ao sistema cardiovascular pelo uso da TARV em pessoas que vivem com HIV/AIDS. Esses resultados destacam a importância de se considerar as particularidades dos diferentes regimes antirretrovirais nos riscos cardiovasculares em PVHIV em TARV, a fim de que ocorra uma abordagem personalizada e eficaz para que os indivíduos tenham acesso a um cuidado integral da sua saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PROJETO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Rafaelly Gomes Vieira | Kelly Cristina Camargo, Lucas Danelli, Anderson André Becker, Amanda Karolina dos Santos Faria, Viviane Vieira

Instituição: Unila / Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu
Palavras-chave: Atenção à Saúde; Sistema Único de Saúde; Coordenação Intersetorial
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6756


Resumo:

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA a vulnerabilidade social tem um impacto significativo nos níveis de saúde da população, isso porque exerce influência tanto sobre os determinantes sociais da saúde, quanto sobre o acesso à serviços de saúde, limitando, por muitas vezes, a prevenção, diagnósticos precoces e tratamentos adequados; esta problemática se torna ainda mais impactante por ser a Ocupação Urbana Bubas uma das maiores do Paraná, JUSTIFICATIVA a educação em saúde encontra seu protagonismo tendo em vista seu papel na promoção de saúde e na redução de doenças. Pode ser descrita como um processo que visa capacitar o indivíduo a realizar escolhas mais saudáveis, melhorando, portanto, sua qualidade de vida. A educação em saúde envolve não apenas a transmissão de informações, mas também o desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores que favoreçam a saúde e se reflete nos benefícios que ela traz para a saúde individual e coletiva DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA o projeto contou com apoio de profissionais da Atenção Primária em Saúde de Foz do Iguaçu e da UNILA, bem como de profissionais voluntários convidados, para levar à comunidade os temas prioritários da Política Nacional de Promoção de Saúde, abordando assuntos como a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, prevenção de violências contra as mulheres, promoção de saúde mental, promoção de saúde alimentar, ao longo de três anos. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA a educação em saúde é um pilar fundamental para o desenvolvimento de comunidades mais conscientes e saudáveis. O projeto “O bubas tá on” representa uma iniciativa vital nesse sentido, mostrando bons resultados ao engajar a população em práticas de saúde preventiva e promoção do bem-estar. O projeto destaca-se por sua abordagem prática e inclusiva, que não apenas informa, mas também capacita os participantes a serem agentes multiplicadores de conhecimento em suas próprias comunidades. Um dos aspectos mais relevantes do “O bubas tá on” é a sua capacidade de adaptar-se aos desafios locais, oferecendo soluções específicas para problemas de saúde identificados na comunidade. Isso demonstra uma compreensão profunda de que a educação em saúde deve ser personalizada e direcionada para ser eficaz. RECOMENDAÇÕES Ações de educação em saúde devem ser ampliadas, como estratégia comprovadamente eficaz de promoção de saúde e mudança de estilo de vida; a construção de vínculos também se mostra côo parte fundamental deste processo.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIL DOS ACIDENTES DE TRABALHO GRAVES OCORRIDOS EM MUNICÍPIOS DA 20ª REGIONAL DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Maiara Bordignon | Eduardo Vargas dos Santos, Lucas Augusto Marcon , Maiara Bordignon

Instituição: Universidade Federal do Paraná; Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Acidentes de Trabalho; Notificação de Acidentes de Trabalho; Saúde do Trabalhador
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6758


Resumo:

O objetivo desse estudo foi traçar o perfil dos acidentes de trabalho graves ocorridos em municípios da 20ª Regional de Saúde do Estado do Paraná. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, com abordagem quantitativa, que analisou os registros de acidentes de trabalho ocorridos em municípios vinculados à 20ª Regional de Saúde do Estado do Paraná, Brasil. Tais registros foram obtidos mediante acesso as fichas de notificação/investigação de acidentes de trabalho, oriundas do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), considerando o período de notificação de agosto de 2021 a julho de 2022. A definição de caso de acidente de trabalho grave foi feita a partir das informações disponíveis na Ficha de Investigação de Acidente de Trabalho Grave e do Guia de Vigilância em Saúde (BRASIL, 2019). Os dados foram analisados por meio de recursos da estatística descritiva. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, sob protocolos nº 5.669.713/2022 e 5.700.809/2022. Identificou-se 285 registros de acidentes de trabalho graves. O critério que mais definiu tratar-se de um acidente grave de trabalho foi lesão que resultou em internação hospitalar (80,4%). Houve predomínio de acidentes graves entre indivíduos do sexo masculino (83,9%), de 25 a 34 anos (27,0%) e com escolaridade igual a ensino médio completo (28,4%). Quinze ocupações corresponderam a 146 casos, sendo as mais frequentes: alimentador de linha de produção, pedreiro e servente de obras. A maior parte das lesões incluiu ferimento da mão e membro superior, e 57,9% dos trabalhadores evoluíram com incapacidade temporária. Analisou-se os textos das descrições comparando-os com a causa e o diagnóstico da lesão, o que permitiu observar que 85,9% dos registros possuíam algum grau de correspondência com o que foi preenchido na ficha e 8,7% apresentavam algum tipo de informação conflitante. Em 5,3% das fichas de notificação, o campo ‘descrição do acidente’ não foi preenchido. Alguns dados corroboram com os resultados de outros estudos, a exemplo da maior ocorrência de acidentes graves de trabalho entre pessoas do sexo masculino, de algumas ocupações, tais como a de alimentador de linha de produção, e a frequência de lesões em mãos. A avaliação dos perfis de acidentes de trabalho apoiam o planejamento de medidas voltadas à promoção da segurança e saúde no ambiente de trabalho, considerando os riscos e as especificidades relacionadas às regiões e às ocupações.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR MEDICAMENTOS NO ESTADO DO PARANÁ, PERÍODO DE 2018 A 2023

Autores: Julia Fernanda Ferreira do Nascimento | Camila Silva Martins, Heloisa do Carmo Antônio, Maria Clara Galinari, Renato Meggiato Nabas, Débora Regina de Oliveira Moura

Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Vigilância em Saúde Pública; Intoxicação; Compostos Químicos.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6918


Resumo:

Introdução: Intoxicação exógena é o resultado da interação entre o corpo biológico com substâncias exógenas que ao interagirem, desencadeiam, desta forma, reações bioquímicas gerando um desequilíbrio no organismo. Diante do cenário atual, é um importante agravo de saúde pública, quando observadas as altas taxas de toxicidade farmacológica, índices de internações, bem como os óbitos em decorrência deste evento. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico da população paranaense frente à intoxicação exógena por medicamentos no período de 2018 a 2023. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo descritivo. O estudo foi realizado no Estado do Paraná a partir dos dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Considerou-se como população, os registros de intoxicação exógena por medicamentos, notificados entre os anos de 2018-2023. Foram consideradas as variáveis: ano da notificação, faixa etária, escolaridade, raça/cor, sexo e evolução. A tabulação dos dados foi realizada em planilha de Microsoft Excel, os dados foram analisados através de estatística descritiva, por meio de visualização e contextualização dos dados. Por se tratar de dados de domínio público, agregados e sem possibilidade de identificação dos participantes, dispensou-se submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Resultados/Discussões: Entre os anos de 2018 a 2023, foram notificados 63.322 casos, das notificações 19% (12.461) ocorreram no ano de 2019. Em relação ao perfil das notificações houve predomínio para o sexo feminino, com 72% (45.517), raça/cor branca com 73% (46.726), a faixa etária com maior prevalência foi de 20 a 39 anos com 42% (26.798), nível de escolaridade mais afetado foi o de ensino médio incompleto com 34% (21.777) das notificações, e 89% dos casos evoluiu para cura sem sequela. Conclusão: Intoxicação exógena por medicamentos se insere em um contexto complexo com situações individuais e coletivas, tendo em vista que a maioria dos casos se concentrou em indivíduos adultos, onde há maior poder de compra e maior conscientização sobre ingestão acidental de medicamentos, pode-se inferir que as maiores causas de intoxicação estão associadas à ingestão intencional, como tentativa de suicídio. Havendo uma necessidade de políticas voltadas à assistência psicossocial no Estado do Paraná a fim de reduzir os casos, tendo em mente a gravidade em saúde pública que ela ocasiona.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MORTALIDADE DE TRABALHADORES AGRÍCOLAS POR CÂNCER DE PRÓSTATA NO PARANÁ ENTRE 2003 E 2020

Autores: Jéssica Cristina Ruths | Jefferson Andronio Ramundo Staduto, Crislaine Colla, Tatiele Estefâni Schonholzer

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Neoplasias de Próstata; Saúde do Trabalhador; Epidemiologia
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6920


Resumo:

Os trabalhadores agrícolas estão expostos direta e indiretamente aos agrotóxicos, o que gera um expressivo ônus à sua saúde devido à toxicidade intrínseca dessas substâncias e a capacidade de promover o desenvolvimento de cânceres hormônio dependentes, entre eles o de próstata. Desde os anos 2000 é crescente o número de estudos brasileiros que avaliam as externalidades negativas dos agrotóxicos sobre a saúde do trabalhador, contudo, ainda há carência de trabalhos sobre o câncer de próstata. Objetivou-se analisar a taxa de mortalidade por câncer de próstata em trabalhadores agrícolas residentes no Paraná, entre 2003 e 2020. Estudo ecológico constituído pelos óbitos por câncer de próstata registrados no Sistema de Informar de Mortalidade. Calculou-se, através do método direto, as taxas de mortalidade ajustadas (por 100 mil), usando como referência o número de trabalhadores agrícolas da Relação Anual de Informações Sociais em 2010. A taxa de mortalidade passou de 246,18 óbitos a cada 100 mil trabalhadores agrícolas em 2003 para 211,97/100 mil em 2020. Houve tendência significativa (p=0,043) decrescente de -1,89 casos/100 mil a cada ano. As mesorregiões paranaenses com maiores taxas foram a Sudeste e Sudoeste. Conclui-se que houve redução na mortalidade dos ocupados agrícolas contudo, a população é vulnerável para o agravo, uma vez que as taxas estiveram elevadas quando comparadas com outras profissões. Espera-se auxiliar na compreensão do comportamento deste indicador, fornecendo informações para elaboração de políticas públicas de saúde e desenvolvimento que considerem as especificidades da doença em seu contexto social, político e econômico, com ênfase na redução e controle dos fatores de risco ocupacionais, contribuindo com o alcance da meta 3 “saúde e bem estar’ dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE MAMA EM TRABALHADORAS AGRÍCOLAS DO PARANÁ

Autores: Jéssica Cristina Ruths | Francielle Brustolin de Lima Simch, Sonia Mara de Andrade, Mauricio Bedim dos Santos, Ana Paula Ascari Meurer Correia, Tatiele Estefâni Schonholzer

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Neoplasias da Mama; Saúde do Trabalhador; Saúde da População Rural.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6922


Resumo:

É crescente, nas últimas duas décadas, o número de estudos brasileiros sobre a incidência do câncer de mama, contudo, ainda há carência de trabalhos que avaliem este indicador em populações agrícolas. Objetivou-se analisar a incidência de câncer de mama feminino em trabalhadoras agrícolas residentes no estado do Paraná, no período de 2003 a 2018. Foi realizado um estudo ecológico, exploratório, transversal, constituído pelos casos novos de mulheres diagnosticadas com câncer de mama notificados no Registro Hospitalar de Câncer, entre 2003 e 2018. Calculou-se a taxa de incidência dos novos casos de câncer de mama, usando como referência o número de trabalhadoras agrícolas registradas na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A regressão linear simples foi utilizada para avaliar as variações anuais da taxa, com intervalo de confiança de 95% (IC95%). E ainda, foram estimadas as Razão de Chances ou Odds Ratio (OR) (IC95%) de ocorrência do agravo para esse grupo ocupacional. A taxa de incidência variou de 136,61 casos por 100 mil trabalhadoras agrícolas em 2003 a 1.225,49/100 mil em 2018. Houve acréscimo significativo de 0,014 casos/100 mil a cada ano (p<0,001) ao longo dos 16 anos da série temporal. As trabalhadoras agrícolas tiveram, em todo o período, maiores chances de desenvolver câncer de mama, quando comparadas com trabalhadoras de outros setores (OR 14,85, IC95% 12,70 - 17,36 em 2018). Conclui-se que a incidência do câncer de mama em trabalhadoras agrícolas é significativa no Paraná e que, ser estar empregada neste setor, aumentou significativamente as chances de desenvolver câncer de mama. A partir desses dados, espera-se auxiliar na elaboração de políticas, orientando prioridades e ações de redução da incidência e mortalidade deste agravo, contribuindo com o alcance da meta 3 “saúde e bem estar’ dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ANÁLISE DOS ENCAMINHAMENTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE PARA A ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Autores: Carolina Langaro Brockmann | Abner Ferreira Martins, Maiara Bordignon

Instituição: UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Encaminhamento e Consulta; Atenção Secundária à Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6923


Resumo:

A Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil é citada como porta de entrada preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Ministério da Saúde e, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde, a APS é capaz de atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo de sua vida. Contudo, há situações de saúde em que a articulação entre a APS e a Atenção Especializada (AE) se faz necessária, havendo o encaminhamento do usuário para a AE quando se supera a capacidade da APS em resolver por si só a necessidade de saúde. O objetivo desse estudo foi identificar, entre os atendimentos médicos realizados na APS, quantos geraram um ou mais encaminhamentos para a AE e revelar as especialidades médicas para as quais houve as maiores frequências de encaminhamento. Trata-se de um estudo exploratório, retrospectivo e quantitativo mediante acesso a prontuários eletrônicos de um município do oeste paranaense. Para coleta de dados considerou-se registros de consultas médicas e de encaminhamentos à AE por parte da APS ocorridos no mês de agosto do ano de 2023, considerando 18 Unidades Básicas de Saúde do município, entre Equipes de Saúde da Família e equipes de Atenção Primária. Foram coletados dados de 14.441 registros de prontuários, sendo que 2.629 (18,2%) dos atendimentos médicos originaram encaminhamento para a AE. As especialidades médicas para as quais houve maior frequência de encaminhamento por parte da APS incluem a Oftalmologia (n=565), e a Ortopedia e Traumatologia (n=429). Nos encaminhamentos para a Oftalmologia, os três CID-10 mais frequentes foram: Hipertensão essencial (primária), Exame médico geral, e Exame dos olhos e da visão, enquanto para a Ortopedia e Traumatologia identificou-se: Dor articular, Outros transtornos articulares não classificados em outra parte, e Dor Lombar baixa. Considera-se que o estudo contribui para a análise e planejamento voltado ao fortalecimento da APS no contexto do SUS, sendo possível o uso de seus dados para a estruturação de ações de educação para profissionais e de orientações quanto aos fluxos assistenciais. Sabe-se que a realização de encaminhamentos por situações nas quais caberia a resolutividade por parte da APS compromete a expectativa de que a maioria das demandas das pessoas ao longo da vida tenha resolutividade na APS, além do que pode gerar filas desnecessárias nos atendimentos especializados e influenciar negativamente na eficiência do sistema público de saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AVALIAÇÃO DAS PRESCRIÇÕES DISPENSADAS EM UMA FARMÁCIA 24 HORAS PUBLICA NO MUNICÍPIO DE APUCARANA, PARANÁ, BRASIL

Autores: Suziane Soares Correia Paixao | SAMUEL BOTIAO NERILO

Instituição: UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA
Palavras-chave: SISTEMA UNICO DE SAUDE; ERRO DE PRESCRIÇÃO; USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6933


Resumo:

Introdução Os medicamentos constituem a forma mais frequente de tratamento na prática médica e representam um custo importante da atenção básico de saúde. Os erros de medicação são atualmente um problema mundial de saúde pública, destacando-se os erros de prescrição, esta se caracteriza como o principal veículo de comunicação entre prescritores e dispensadores, avaliar o perfil destas prescrições e seus erros dentro de uma farmácia municipal é fator fundamental para a melhoria no processo de dispensação de medicamentos. Objetivos Avaliar a qualidade e as condições predisponentes a erros médicos nas prescrições advindas do sistema único de saúde captadas pela Farmácia Municipal 24 horas Metodologia Foram captadas as segundas vias das receitas por um período de 60 dias, foram analisadas as exigências legais (data, carimbo, assinatura, nome completo do paciente) e também a parte com relação direta ao tratamento, se foi prescrito pela DCB, se faz parte da REMUME, se apresenta concentração, posologia e duração total do tratamento. Estes dados foram tabulados e analisados. Resultados Foram analisadas 733 segundas vias, destas 378 (51,56%) apresentou algum tipo de erro. O erro mais encontrado foi a falta de duração total do tratamento em pelo menos 1 medicamento da receita, 116 receitas (15,8%), seguido por medicamentos que não fazem parte da REMUME, 109 receitas (14,87%), do total 59 foram prescritos por nome comercial (8,04%), 27 receitas (3,68%) não apresentava a dosagem de pelo menos 1 medicamento. Outros erros apareceram em menor quantidade, 11 receitas sem posologia em pelo menos 1 medicamento da receita, 8 sem data, 4 receitas sem carimbo, 7 apresentava forma farmacêutica errada, 1 receita estava vencida. A falta destas informações é um obstáculo ao uso seguro dos medicamentos e também dificulta o acesso quando prescrito fora da REMUME ou pelo nome comercial. Conclusão A fase de prescrição representa o início do processo de administração de medicamentos e desempenha um papel significativo no problema global dos erros de medicação, podendo resultar em consequências negativas para o paciente. A ausência de certas informações nas prescrições médicas analisadas reforça a importância da formação contínua dos médicos e da implementação de medidas adicionais para aprimorar a qualidade das prescrições.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

QUALIDADE DE VIDA & COTIDIANO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CICATRIZES DE QUEIMADURAS

Autores: Paola Ramos Silvestrim | Elisangela Flauzino Zampar, Ana Laura Oliveira Barbosa, Rosângela Aparecida Pimenta

Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Palavras-chave: Criança; Cicatriz; Qualidade de Vida.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7098


Resumo:

Introdução: A ocorrência de queimaduras pode resultar em internação prolongada e gerar cicatrizes que acarretam no prejuízo do bem-estar do indivíduo. Sendo assim, podem interferir na qualidade de vida, e as crianças/adolescentes que ainda estão em processo de crescimento e desenvolvimento, estão expostos aos efeitos a longo prazo a vários aspectos da saúde, incluindo físico, psicológico e social. Outrossim, há escassez na literatura sobre a temática. Objetivo: Investigar a qualidade de vida de crianças e adolescentes que convivem com a cicatriz de queimaduras em relação ao seu cotidiano. Método: Estudo quantitativo, com delineamento transversal e retrospectivo, realizado de abril de 2020 a junho de 2024, em hospital universitário público do Paraná, e on-line com pessoas atendidas em hospital público de Santa Catarina. A população foi composta por crianças/jovens de oito a 18 anos de idade, com queimaduras de segundo ou terceiro grau e com mais de 85% da superfície queimada epitelizada. Para a coleta de dados, utilizou-se a versão brasileira do instrumento Brisbane Burn Scar Impact Profile (BBSIP) que possui 58 itens e 10 dimensões, originário da Austrália, que está na fase de validação fatorial para uso no Brasil. Foram analisados três itens do instrumento aplicando-se média e mediana. Resultados/discussão: Foram incluídas 128 crianças/jovens que responderam quanto às suas próprias percepções sobre o quanto as cicatrizes de queimaduras afetaram: na escola, jogos, brincadeiras e atividades diárias; em suas amizades ou relacionamentos; e, em sua aparência. Percebeu-se que em relação à escola, jogos, brincadeiras e atividades diárias, a média de respostas foi nada, e quanto às suas amizades ou relacionamentos, também nada. Já quanto à aparência, relataram que afetou muito pouco. A mediana demonstrou que não houve impacto da cicatriz da queimadura em cada item. Nesse contexto, entende-se que a recuperação psicossocial possui facilitadores por meio das relações de apoio de familiares, amigos e equipe, durante a hospitalização e após a alta, sobretudo com a presença dos pais, fator essencial nesse processo. Conclusões: As cicatrizes de queimaduras, apesar de impactarem pouco nos itens avaliados neste estudo, afetam na aparência de crianças/jovens, e implicam no prejuízo da sua autopercepção, interferindo no seu cotidiano. Necessita-se criar estratégias para prevenir o agravo e melhorar a cicatrização, promovendo desta forma a saúde da população com qualidade.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

RESGATE E CONSOLIDAÇÃO DA ATENÇÃO PARA A TUBERCULOSE: ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Autores: Bárbara Munhoz da Cunha | Manoela Santos, Caroline Maria Krebsbach, Ana Maria Boarão, Andrea Matos Ruiz

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Tuberculose; Diagnóstico; Tratamento
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7120


Resumo:

A pandemia reverteu anos de progresso no combate à tuberculose (TB), levando a um aumento de mortes pela doença, segundo a Organização Mundial de Saúde. Os esforços voltados ao combate da covid-19, somado ao contexto do lockdown, resultaram em menos identificação, diagnóstico e tratamento da TB, foi então que o Serviço de Vigilância Epidemiológica do Distrito Sanitário de Santa Felicidade, da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, sugeriu uma “Gincana da Tuberculose”. A iniciativa teve o objetivo de incluir as equipes das Unidades de Saúde (US) no processo de construção de estratégias para o incentivo da população sintomática a procurarem os serviços de saúde, como também na antevisão da importância da testagem rápida. A adesão à proposta foi tanta que as equipes realizaram lindos e criativos trabalhos. O resultado foi um incremento de 52% no número de testes realizados para diagnóstico da TB após a intervenção. Em continuidade ao processo do resgate e consolidação da atenção para a TB, a ação seguinte proposta foi a elaboração de um livro de experiências de cada US que envolvesse o tema. A ideia foi construir uma obra com registros de fatos reais, e de pessoas reais que pudessem motivar os cidadãos sintomáticos respiratórios a procurarem o serviço de saúde e aderirem ao tratamento recomendado, livres de preconceitos ou resistências. Desta vez, as testagens aumentaram 95% no período subsequente à segunda ação. O livro foi uma forma alternativa de prestigiar as valorosas equipes de saúde, tão dedicadas e incansáveis e também de disponibilizar um material rico, cheio de emoção e verdade que poderá servir de apoio à saúde dos usuários e trabalhadores. Relatos de enfermeiros, médicos, técnicos, e pacientes distintos (gestante, homossexual, morador de rua, profissional da saúde, jovem, idoso...) enriqueceram a obra, desmistificando a doença e seu tratamento, bem como enaltecendo os verdadeiros heróis de cada narrativa. Cada história com um desfio particular, cada depoimento com uma emoção e todos com um final feliz. Equipes prestigiadas, pacientes sendo diagnosticados e tradados e objetivo alcançado com sucesso. Recomenda-se, no entanto, a continuidade permanente deste tipo de ação conjunta com as equipes de saúde a fim de perpetuar o cuidado efetivo e a boa relação profissional-paciente.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO EM INTERNADOS DE UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Autores: Tami Lara Zani da Silva Machado | Ana Paula Jenzura, Katia Martins Julião

Instituição: Fundação de Atenção à Saúde (FEAS)
Palavras-chave: síndrome de realimentação; terapia nutricional; tiamina
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7137


Resumo:

Caracterização do problema: A ocorrência de síndrome de realimentação (SR) em internados é real e pode ser fator decisivo para a evolução clínica do paciente em terapia nutricional (TN), incluindo o tempo de internamento. Justi-ficativa: A SR é um distúrbio grave de eletrólitos que ocorre entre o 3° e o 5° dia do início da TN em pacientes em risco ou desnutridos. Em 2023, observou-se que essas eram as características dos pacientes internados na instituição, incentivando a elaboração e aplicação do protocolo para prevenção da sín-drome pela Nutrição e equipe médica. Objetivo: Identificar pacientes que pos-suem risco de SR, iniciando medidas preventivas para evitar a síndrome e su-as complicações em todos os setores do hospital. Descrição da experiência: A partir da publicação do protocolo institucional iniciaram-se ações para cons-cientização e conhecimento da SR e seus riscos, decorrentes das alterações de fósforo, potássio, magnésio e tiamina (vitamina B1), esta em indivíduos com baixa ingesta alimentar, jejum prolongado, perda de peso recente, alcoolismo, doenças crônicas, em risco nutricional ou desnutrição - caracterizados como risco de SR. Reflexão sobre a experiência: Para identificação de pacientes em risco de SR é necessário suspeição por meio da história clínica, alimentar e avaliação nutricional. A prevenção inicia-se com a TN, independente da via de alimentação. O desconhecimento das equipes sobre o tema e a dificuldade para adesão foram marcantes: alguns pacientes caracterizados em risco não recebiam a profilaxia padronizada, como a suplementação diária de Tiamina 300 mg por 5 dias do início da TN e a coleta programada dos eletrólitos a cada 48h, com reposição se necessário. Realizou-se conscientização durante as visitas multidisciplinares, registrando em prontuário quando o paciente se ca-racterizava em risco e enfatizando que a progressão da TN dependeria deste manejo. A nutrição e a nutrologia participaram ativamente desse processo, re-forçando os passos do protocolo com as equipes assistenciais, em reuniões científicas da EMTN e com os residentes médicos. Apesar da dificuldade inici-al, meses após a implementação, temos maior adesão das equipes com maior diagnóstico de SR, realizando a profilaxia adequada, maior reposição eletrolíti-ca e TN cautelosa. Recomendações: Identificar a características dos pacien-tes atendidos e elaborar protocolos específicos para atender às necessidades deles.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL ZONA SUL DE LONDRINA

Autores: Luisa de Albuquerque Philippsen | Karina Aparecida Muniz

Instituição: Hospital Zona Sul de Londrina
Palavras-chave: Desnutrição;Avaliação Nutricional;Hospitalização
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7150


Resumo:

Caracterização do problema: A desnutrição é frequentemente encontrada no ambiente hospitalar. Em 1998 a pesquisa IBRANUTRI constatou que 48% dos pacientes analisados estavam desnutridos. Em 2016, outro estudo concluiu que 40 a 60% do mesmo perfil de público se encontrava com algum grau de desnutrição. Muitas vezes negligenciada, apresenta como principais complicações: maior tempo de internação, risco de desenvolver lesão por pressão, atraso no processo de cicatrização e conseqüente aumento de mortalidade, além de acarretar considerável aumento dos custos hospitalares. Durante a hospitalização esta condição piora progressivamente principalmente em idosos e pacientes críticos. Justificativa: A identificação precoce da desnutrição possibilita estabelecer a conduta nutricional mais apropriada e melhora do desfecho nestes pacientes. Objetivos: Mensurar o perfil nutricional de pacientes internados no Hospital Zona Sul de Londrina e estabelecer metas para a prevenção da desnutrição durante a internação, lançando a campanha incentivada pela BRASPEN “Diga Não a Desnutrição” na Instituição. Descrição da experiência: Avaliação antropométrica, aplicação da Avaliação Subjetiva Global (ASG) e pesquisa de consumo alimentar em todos os pacientes internados em todos os setores do hospital em 1 (um) dia (DIA D). Reflexão sobre a experiência: Após todos os pacientes internados serem submetidos a avaliação antropométrica e aplicação da ASG, pode-se constatar que: 44% dos pacientes foram considerados bem nutridos, 44% moderadamente desnutridos e 12% gravemente desnutridos, totalizando 56% de pacientes com algum grau de desnutrição. A respeito da pesquisa de consumo alimentar, a maioria dos pacientes relatou ter melhor aceitação dos lanches (desjejum, merenda e ceia) em relação às grandes refeições (almoço e jantar) sendo as observações: falta de apetite, náusea, cheiro da comida misturado com o cheiro do ambiente hospitalar, menor volume, dentre outras. Recomendações: Com este estudo, pode-se concluir que o Hospital Zona Sul de Londrina obteve um percentual alto de paciente com algum grau de desnutrição (56%), no entanto, coincidindo com os números estimados nas últimas pesquisas. Considerando o perfil mais idoso de pacientes mais frequentemente internados no hospital, concluímos ser de fundamental importância a campanha “Diga Não a Desnutrição” que foi iniciada, para conscientização de toda a equipe e prevenção do desenvolvimento do quadro durante a internação hospitalar.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

A IDEAÇÃO SUICIDA ENTRE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE: PERFIL E FATORES ASSOCIADOS

Autores: Jéssica Yuri Sakurada | Lyriel de Oliveira Santos, Raul Gomes Aguera, Kleber Ota de Oliveira, Jorge Juarez Teixeira, Simone Aparecida Galerani Mossini

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Suicídio; Estudantes de Ciências da Saúde; Epidemiologia descritiva
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7152


Resumo:

Introdução: A ideação suicida é termo utilizado para o pensamento e/ou planejamento de acabar com a própria vida. O suicídio é a quarta maior causa de mortes em adultos jovens em 2019. Objetivo: Descrever o perfil da ideação suicida e fatores associados em universitários da área da saúde e afins. Métodos: Estudo descritivo transversal, com uma amostra total de 355 alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Educação Física, Medicina, Fisioterapia, Nutrição, Enfermagem, Farmácia, Biomedicina, Psicologia, Odontologia, Fonoaudiologia, Bioquímica e Biotecnologia, no ano de 2022. Para a coleta de dados foram utilizados os instrumentos “Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test” e o “Self-reporting questionnaire-20” combinados com questões sociodemográficas. Os resultados foram analisados por meio de estatística descritiva e a análise de risco foi utilizado o Teste de Qui-quadrado e a Regressão de Poisson para a análise multivariada, demonstrados em valor estimado de Razão de Prevalência Ajustada (RPA). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE 32619220.7.0000.0104, parecer n° 3.430.374). Resultados: Cerca de 169 (47,6%) dos participantes afirmaram que tiveram ideação suicida. A maioria eram mulheres (132; 37,2%), com idade de 18-22 anos (132; 37,2%), da raça branca (114; 32,1%), seguem uma religião em específico (94; 26,5%), possuem renda mensal de até 4 salários-mínimos (123; 34,6%), moram com outras pessoas (144; 40,6%). São de graduações afins à saúde (87; 24,5%), de instituição de ensino pública (92; 26%), estudam em período integral (87; 24,5%) e são dos primeiros anos da graduação (130; 36,6%). A partir da análise multivariada, notou-se a associação estatística entre a ideação suicida e a idade de 18-22 anos (RPA: 1,55; IC: 1,18-2,03; p<0,05), não seguir uma religião específico (RPA: 1,37; IC: 1,10-1,70; p<0,05), ser dos cursos voltados para as análises clínicas (RPA: 1,66; IC: 1,02-2,71; p<0,05) e cursos afins à saúde (RPA: 1,71; IC:1,06-2,77; p<0,05). Além disso, encontrou-se associação entre a ideação suicida e o uso, pelo menos uma vez na vida, de inalantes (RPA: 1,45; IC: 1,08-1,94; p<0,05). Conclusão: A partir dos resultados encontrados, demonstramos a necessidade de desenvolvimento de estratégias de prevenção para o suicídio e para o uso de inalantes, assim como, o desenvolvimento de mais estudos sobre suicídio e uso de substâncias psicoativas em universitários da área da saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV, SÍFILIS E HEPATITE B E A JORNADA PARA A ELIMINAÇÃO NO PARANÁ

Autores: Jackeline da Rocha Vasques | Mara Carmen Ribeiro Franzoloso, Camila dos Santos Menezes, Juliana Taques Pessoa da Silveira, Acácia Maria Lourenço Francisco Nasr, Carolina Belomo Souza.

Instituição: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
Palavras-chave: Transmissão Vertical; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Rede de Cuidados Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7158


Resumo:

Caracterização do problema: Condições crônicas transmissíveis como HIV, sífilis e hepatite B, que são evitáveis e tratáveis representam desafios significativos para a saúde pública e refletem fragilidades no planejamento familiar, pré-natal, parto/nascimento e seguimento na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Justificativa: A Organização Mundial de Saúde tem como objetivo eliminar a transmissão vertical (TV) até 2030. Esse esforço é apoiado pelas recomendações internacionais e pelo programa nacional de certificação para a eliminação e selo de boas práticas. Objetivos: Descrever a experiência do Paraná e seus municípios com mais de 100 mil habitantes no processo de certificação para eliminação da TV do HIV, sífilis e hepatite B e conquista do selo de boas práticas rumo à eliminação. Descrição da experiência: O processo teve início em 2016 com a apresentação do guia global e nacional de certificação do HIV, seguido pela sífilis em 2022 e hepatite B em 2023, conforme as etapas: 1) formalização do processo com a elaboração dos instrumentos de validação e o relatório consolidado; 2) visita in loco nos serviços após a aprovação dos instrumentos e relatórios pela equipe estadual e nacional; 3) parecer final. Caso o serviço seja certificado, o estado continua oferecendo apoio para manutenção a cada dois anos. Se não houver certificação, o estado oferece suporte na elaboração de um plano de ação para melhorias. Reflexão sobre a experiência: A certificação mobiliza municípios e estado a entenderem a extensão destes problemas em seus territórios e a proporem intervenções efetivas para melhorias. O Paraná foi pioneiro na certificação da eliminação do HIV em Curitiba (2017) e na certificação da eliminação dupla de HIV e sífilis em Guarapuava (2022). Além disso, foi um dos primeiros a obter a certificação estadual de eliminação do HIV e a conquistar o selo bronze rumo à eliminação da sífilis (2023). Atualmente, 11 municípios alcançaram a eliminação da TV do HIV e 2 atingiram a eliminação da sífilis congênita. Recomendações: O engajamento dos gestores, a qualificação da vigilância epidemiológica e o envolvimento da RAS são cruciais. Ressalta-se a necessidade de aprimoramento dos registros nos sistemas de informação e prontuário eletrônico, do atendimento pré-natal, do manejo clínico, da comunicação e integração entre os pontos da RAS, bem como da incorporação dos instrumentos da Planificação da Atenção à Saúde e do Planejamento Regional Integrado no processo de certificação.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

EFETIVIDADE DE MEDIDAS PREVENTIVAS CONTRA A DENGUE: PROTOCOLO DE REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores: Ana Julia Severo de Araujo | Fernando Kenji Nampo, Isaac de Araujo Castro Vasconcelos

Instituição: Unila - Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Palavras-chave: Efetividade; medidas preventivas; dengue.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7162


Resumo:

Introdução: apesar do conhecimento científico acerca da dengue, o número de casos da doença no Brasil atingiu seu pico histórico em 2024, mais do que dobrando o número de casos do ano anterior, sugerindo limitada efetividade das intervenções adotadas para o combate à doença. Objetivo: o objetivo da revisão sistemática descrita neste projeto será avaliar a efetividade das medidas preventivas existentes para reduzir a incidência da dengue. Materiais e Métodos: seguiremos o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Será realizada uma busca por estudos primários nas bases PubMed, EMBASE, LILACS e PROQUEST. Não serão aplicadas restrições de idioma ou data da publicação. Serão elegíveis os estudos experimentais, quasi-experimentais e observacionais controlados em que seja possível isolar o efeito de uma intervenção com o objetivo de reduzir a morbimortalidade relacionada à dengue. As etapas de identificação do estudos elegíveis e extração de dados serão conduzidas por dois avaliadores independentes. Os estudos não randomizados e observacionais incluídos serão avaliados quanto ao risco de viés por meio da ferramenta ROBINS-I (Risk Of Bias In Non-randomised Studies of Interventions); para os estudos randomizados utilizaremos a ferramenta da colaboração Cochrane RoB 2.0. Após a síntese qualitativa, caso existam estudos comparáveis entre si, procederemos com a metanálise utilizando o programa Review Manager (RevMan) da Cochrane Collaboration e serão consideradas as seguintes opções metodológicas: modelo de análise: considerando que as populações entre os estudos serão provenientes de diferentes universos amostrais, potencialmente de diferentes países e faixas etárias, pressupomos o uso do modelo de efeitos aleatórios; medidas de efeito: antecipamos que será adotada a razão de chances, uma vez que as variáveis de interesse são explicitadas dicotomicamente. Resultados: após o desenvolvimento da pesquisa e análise sistemática dos dados coletados, apresentaremos detalhadamente as medidas de prevenção e combate à dengue avaliadas comparando sua efetividade. Conclusão: além de fomentar uma discussão importante sobre a gestão da saúde coletiva na prevenção e combate à dengue, os resultados desta pesquisa oferecerá um panorama valioso para a tomada de decisão pelos gestores de saúde pública.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL SANITÁRIO DE RESTAURANTES DE CURITIBA, PR

Autores: Patricia Vitorio Olmedo | Caroline Opolski Medeiros, Sila Mary Rodrigues Ferreira, Lize Stangarlin-Fiori

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Sistema de Informação da Área da Saúde; Restaurantes; Perfil Sanitário
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7170


Resumo:

O uso de recursos digitais na área de Vigilância Sanitária permite o acesso a dados que geram informações importantes sobre empresas, seu histórico e seus processos de trabalho; geralmente são fontes seguras e atualizadas, e funcionam como ferramentas para realização do planejamento estratégico de gestão, avaliação dos planos de ação atuais e tomadas de decisão mais assertivas. Em Curitiba, o Sistema de Informação da Vigilância Sanitária e Ambiental, denominado “e-saúde”, de acesso exclusivo aos servidores da Secretaria de Saúde do município, é o responsável por fornecer essas informações e contribuir com essas análises. Umas das áreas de atuação da Vigilância Sanitária é a de alimentos, na qual observa-se um crescimento tanto no número de restaurantes, como nos gastos com a alimentação fora do lar, o que gera preocupação acerca dos riscos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) e de surtos alimentares. Ao realizar um levantamento acerca das irregularidades presentes nesses estabelecimentos, as equipes poderão ter uma melhor visualização de seu território de atuação e, dessa forma, desenvolver estratégias que busquem minimizar os riscos de danos à saúde da população. O objetivo desse estudo foi utilizar o Sistema de Informação da Vigilância Sanitária de Curitiba para verificar o perfil sanitário de restaurantes do município. Foi realizado estudo quantitativo, longitudinal, retrospectivo e analítico, a partir do levantamento das irregularidades encontradas em inspeções sanitárias realizadas em restaurantes, entre os anos de 2005 e 2017, registradas no Sistema “e-saúde”, as quais foram analisadas conforme os critérios estabelecidos na legislação vigente de Boas Práticas (BP). Do total de 4.098 registros analisados, verificamos a descrição de 8.327 irregularidades, com a prevalência das categorias: edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios (42,8%); preparação do alimento (11,54%); documentação e registro (9,92%) e matéria-prima, ingredientes e embalagens (9,06%). O uso do Sistema apresentou-se como potencial aliado para conhecer melhor as fragilidades do ramo de atividade estudado, e o perfil sanitário identificado demonstra que ainda é um desafio implementar as BP nesses estabelecimentos, o que pode aumentar a ocorrência de doenças e expor ao risco a saúde da população.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Autores: Caroline Rippel Ribeiro | Eduarda Alves , Alessandra Leite Prado Ludwig , Regiane Bezerra Campos , Rosane Meire Munhak da Silva , Adriana Zilly

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Palavras-chave: Educação em Saúde; Transtorno do Espectro do Autismo; Saúde Pública.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7200


Resumo:

Introdução: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta milhares de crianças pelo mundo e afeta a comunicação, interação social e comportamento. Caracteriza-se por dificuldades na linguagem, comunicação verbal e não verbal, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos. O tratamento envolve equipe multidisciplinar com psiquiatras, neurologistas, psicoterapeutas, terapeutas ocupacionais e nutricionistas dentre outros. Objetivo: realizar educação em saúde sobre o TEA. Método: projeto de extensão que ofereceu curso de capacitação sobre o transtorno para os municípios da 9 Regional de Saúde do Paraná, no segundo semestre de 2023 e primeiro semestre de 2024. A capacitação tinha duração de quatro a 8 horas, a depender da necessidade de cada município e era conduzida por 10 bolsistas (um psicólogo, uma nutricionista, uma enfermeira, duas alunas de psicologia e cinco alunas de enfermagem) que foram previamente treinados pela equipe de professores especialistas e que também realizaram os agendamentos com os municípios interessados, de forma totalmente gratuita. Resultados: Dos nove municípios que compõe a 9 Regional de Saúde, seis (Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu e Ramilândia solicitaram e receberam a capacitação, que era gratuita e com emissão de certificado para cada participante. O público-alvo incluiu profissionais que atuam nas secretárias de saúde (motoristas, zeladores, recepcionistas, secretárias e agentes comunitários de saúde), além de profissionais da saúde, totalizando quase 600 participantes distribuídos em 10 capacitações/agendamentos no decorrer de 12 meses. Conclusão: o projeto de extensão realizado mostrou-se fundamental na disseminação de conhecimento e na capacitação de profissionais da saúde e de áreas correlatas sobre o TEA. Ao abranger diversos municípios da 9ª Regional de Saúde do Paraná e envolver um número significativo de participantes, o curso fortaleceu a compreensão sobre os sintomas e desafios enfrentados por indivíduos com o transtorno e promoveu uma rede de apoio mais informada e preparada para lidar com as necessidades específicas dessa população. Esse tipo de iniciativa ilustra o impacto positivo que a educação em saúde pode ter ao ampliar a conscientização e a competência dos cuidadores e profissionais envolvidos no atendimento integral e multidisciplinar às pessoas com autismo.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ANÁLISE TEMPORAL DE ATENDIMENTOS RELACIONADOS A TRANSTORNOS COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS PELO SUS NO ESTADO DO PARANÁ (2014 - 2023)

Autores: Stéfane Lele Rossoni | Mateus de Amorim Aboboreira, Luciano de Andrade

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Transtornos Mentais; Transtornos do Comportamento Infantil; Análise Temporal
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7202


Resumo:

Em 2019, globalmente, 1 a cada 8 indivíduos (11,63%) entre 5 e 24 anos foram identificados com transtornos psiquiátricos dos quais comumente se manifestam até a adolescência, muitas vezes não diagnosticados nem tratados adequadamente. Este estudo teve como objetivo analisar a frequência de atendimentos relacionados a transtornos comportamentais e emocionais no Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná entre 2014 e 2023, em indivíduos de todas as idades, considerando fatores demográficos. Os dados, provenientes do DATASUS, abrangem pacientes de ambos os sexos, com idade mediana de 21 anos (variação de 1 a 95 anos), utilizando códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10: F90 a F98). Informações estatísticas adicionais foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Como técnicas de análise, foram utilizados: Teste para tendência de Mann-Kendall, Pontos de Mudança via modelos de Poisson segmentados e Modelo de regressão linear simples. No período analisado, foram registrados 1.326 atendimentos por transtornos comportamentais e emocionais, com evidências de uma tendência crescente, confirmada pelo teste de Mann-Kendall (?=0.33; valor-p <0.001). Modelos de Poisson segmentados identificaram um ponto de mudança significativo em Junho/2021. O mapa de incidência revela variações regionais, destacando a 9ª Regional de Saúde (Foz do Iguaçu) com a maior incidência (aproximadamente 60 atendimentos/100.000 habitantes), seguida pelas regionais 17ª (Londrina) com 50 atendimentos/100.000 habitantes e 15ª (Maringá) com 24 atendimentos/100.000 habitantes. A análise de regressão linear simples destacou que as maiores incidências estão associadas a pacientes das raças preta/parda/amarela /indígena, assim como aos municípios de grande porte, com melhores indicadores de saúde, renda e educação. Portanto, entre 2014 e 2023, os atendimentos por transtornos comportamentais e emocionais no SUS no Paraná aumentaram significativamente, especialmente a partir de Junho de 2021, refletindo desafios persistentes na saúde mental regional.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

SAÚDE OCUPACIONAL DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Tatiane Bonametti Veiga | Helluany Mehl , Maiza Karine Barcia , Ana Paula Milla dos Santos Senhuk, Ana Carolina Barbosa Kummer

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: Saúde pública; Pandemia de covid-19; Gestão de Resíduos Sólidos
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7217


Resumo:

Apesar de políticas que reconhecem a importância catadores de materiais recicláveis, a maioria desses trabalhadores atua em condições precárias e insalubres, sendo expostos a diversos riscos em decorrência do manejo direto dos resíduos, que trazem consequências a saúde ocupacional e ambiental. As circunstâncias da pandemia de covid-19 evidenciaram ainda mais as dificuldades enfrentadas por essa categoria. Nesse cenário, o relato de experiência trata-se de uma pesquisa que relacionou as condições de trabalho, saúde e qualidade de vida de catadores de materiais recicláveis, no período de pandemia de covid-19. Em maio de 2021, foi realizado entrevistas com trabalhadores que atuavam na associação de catadores do município de Wenceslau Braz-PR. A partir da realização da pesquisa foi possível testemunhar os riscos ocupacionais e de saúde que os entrevistados estavam expostos durante o trabalho. Em suma, os catadores são expostos a riscos físicos, químicos e biológicos, bem como ergonômicos e de acidentes, relacionados com as condições do ambiente e equipamentos de trabalho. Entre os resíduos entregues de forma inadequada na coleta seletiva encontram-se os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), durante a pesquisa os entrevistados relataram ter tido contato com material com potencial infectante, a presença de materiais perfurocortantes também era comumente observada, indicando falhas na segregação e destinação dos RSS, ocasionando riscos à saúde dos profissionais envolvidos no manejo de resíduos. Além disso, foi possível observar a relação direta que os entrevistados fazem entre saúde e qualidade de vida, assim, quando se refere a saúde do catador deve-se considerar os riscos de forma abrangente e não apenas no local de trabalho, sendo estes relacionados com as condições de vida, como renda, moradia, alimentação, lazer e sua participação na sociedade. Nesse cenário, foi possível constatar que os catadores de materiais recicláveis são um grupo vulnerável que necessita de uma abordagem integrada de saúde pública, combinando vigilância epidemiológica, promoção de saúde, políticas de prevenção e cuidados específicos. Estudos nessa área são primordiais para a formulação de políticas de apoio, proteção e fortalecimento das atividades desenvolvidas pelos catadores, a fim de garantir um ambiente de trabalho seguro que promova melhores condições de vida e saúde, além de possibilitar uma resposta mais rápida e eficaz em futuras crises de saúde pública.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

NOTIFICAÇÕES DE DENGUE NO PARANÁ: COMPARAÇÃO DAS SEMANAS EPIDEMIOLÓGICAS 31 A 20 EM 2022-2023 E 2023-2024

Autores: Jose Lucas Silva dos Santos | Larissa Face Kuvabara, Andressa Aya Ohta, Mariluci Pereira de Camargo Labegalini , Laura Akemi Storer Makita, Herbert Leopoldo de Freitas Goes

Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Dengue; Epidemiologia; Saúde Pública
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7257


Resumo:

Introdução: A dengue é uma doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, classificada como arbovirose¹. Casos confirmados e suspeitos de dengue são continuamente notificados pelos Estados brasileiros. Objetivo: Comparar as notificações de dengue, no Paraná, entre as semanas epidemiológicas 31 a 20 dos períodos 2022-2023 e 2023-2024. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo com abordagem quantitativa, em que foi realizada a análise de informações de dois informes epidemiológicos de períodos diferentes: o período 1; 2022-2023, com valores descritos como “n1” e período 2; 2023-2024 como “n2”), disponíveis pelo Estado do Paraná. Utilizou-se de estatísticas descritivas no software Microsoft Office - Excel 2021, para análise do material. Não houve necessidade de aprovação ética, devido às informações serem de domínio público. Resultados: Foram analisadas um total de 982.039 notificações. No período 1, observamos: notificações n1= 262.494, casos prováveis n1= 171.512, casos confirmados n1= 66.289, casos severos n1= 1.772, óbitos n1= 51, autóctones n1= 50.381, com taxa de incidência de n1= 1478,87 por 100 mil habitantes. A região de saúde com maior incidência foi a 9ª, Foz do Iguaçu com n1= 11.180,78, a 6ª, União Vitória com menor incidência n1 = 11,17, a 17ª, Londrina com maior número de casos severos n1= 856 e óbitos n1= 49>. No período 2, notificações n2= 719.545, casos prováveis n2= 530.635, casos confirmados n2= 393.791, casos severos n2= 8.850, óbitos n2= 324, autóctones n2= 343.962, incidência por 100 mil habitantes de n2= 4575,43. A região com maior incidência foi 8ª, Francisco Beltrão n2= 14.914,57 e a menor incidência se mantendo na 6º, União Vitória n2 = 232,25, o maior número de casos severos ficou na 10ª, Cascavel n2= 1.647, enquanto a 17ª, Londrina teve maior número de óbitos n2= 60. A vigilância laboratorial apresentou prevalência do sorotipo DENV1, n1= 2.922 e DENV2, n1= 30 no período 1 e o aparecimento do tipo DENV3 em 2024, n2= 133. Discussão: Comparando os dois períodos observou-se se aumento de notificações de 174%, aumento de 209% em casos prováveis, aumento de 494% de casos confirmados, aumento de 399% dos casos severos, aumento de 535% de óbitos, aumento de infecções autóctones de 583%, aumento da incidência por 100 mil habitantes de 209%. Conclusão: Observou-se expressivo aumento das notificações em seus vários aspectos, aparecimento de um novo sorotipo de dengue e mudanças no que tange os casos por região de saúde

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

RESIDÊNCIA TÉCNICA EM GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: CONTRIBUIÇÕES NAS AÇÕES DO PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS NO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Fátima Kleina Gregorio | Ingridy Fhadine Hartmann Gonzales, Adriane Leandro, Salésia Maria Prodócimo Moscardi, Isabela Vaz Silva, Roberta Tognollo Borotta Uema

Instituição: UEM/PR, UNICENTRO/PR e SESA/PR
Palavras-chave: Saúde Pública; Vigilância Sanitária; Qualidade dos alimentos; Amostras de alimentos; Leite.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7271


Resumo:

A Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos (DVVSA) da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR) monitora a qualidade dos alimentos, incluindo o leite pasteurizado do Programa Leite das Crianças (PLC), destinado a crianças de seis a 36 meses em vulnerabilidade social nos 399 municípios do estado. Em 2022, residentes técnicas da Universidade Estadual de Maringá iniciaram atividades práticas na DVVSA e identificaram problemas na perda de amostras coletadas para o PLC, exigindo intervenções. Em decorrência das perdas, que resultaram em uma redução na detecção precoce de problemas de qualidade, impacto nas atividades dos técnicos e desperdício financeiro, foram propostas estratégias de intervenção utilizando o Método Altadir de Planejamento Popular (MAPP). Durante a Residência Técnica (RESTEC), notou-se a falta de documentos orientativos e frequentes cancelamentos de amostras enviadas ao Laboratório Central do Paraná (LACEN-PR) devido a procedimentos inadequados. Para mitigar essa situação, foi proposta a elaboração de um e-book orientativo, detalhando o passo a passo dos procedimentos de coleta, acondicionamento e transporte das amostras ao laboratório. O material foi aprovado pela chefia da DVVSA e publicado com registro ISBN pela Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP), sendo amplamente divulgado às Regionais de Saúde e municípios. Após a publicação, uma webconferência foi realizada para capacitação e esclarecimento de dúvidas. Esta experiência foi bem-sucedida e gratificante, considerando a ampla divulgação da atividade realizada pelas residentes técnicas com apoio da equipe da DVVSA. O e-book foi apresentado em uma reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB-PR), em reuniões com gestores das Regionais de Saúde, em reuniões internas da Coordenadoria e em reuniões de residentes técnicos da SESA-PR, além de ser utilizado como Trabalho de Conclusão de Curso da RESTEC. Esta experiência destacou a importância do apoio à inovação na saúde pública, aumentando a motivação e o engajamento da equipe. Espera-se que, em 2024, a perda de amostras seja reduzida. Além disso, está em desenvolvimento um curso de coleta de amostras na modalidade de Ensino a Distância pela DVVSA e LACEN/PR, oferecendo capacitação contínua e acessível aos profissionais envolvidos nas coletas de alimentos para monitoramento da qualidade.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MANIFESTAÇÕES BUCAIS DA COVID-LONGA NA POPULAÇÃO ADULTA DE PONTA GROSSA-PR

Autores: Thayná Alissa Justus | Leticia Simeoni Avais, Elis Carolina Pacheco, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: COVID-Longa; COVID-19; Manifestações bucais.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7275


Resumo:

A pandemia da COVID-19 gerou enormes implicações na saúde global, assim como ainda impacta com a COVID Longa, a qual pode apresentar manifestações na cavidade bucal (SAES, M.O., 2021). O estudo objetiva avaliar as manifestações bucais da COVID-Longa na população adulta do município de Ponta Grossa, Paraná. Trata-se de um estudo epidemiológico, de abordagem transversal, realizado por meio de um inquérito telefônico, com a população adulta (entre 20 e 59 anos) residente em Ponta Grossa, Paraná, que teve COVID-19 confirmada por teste RT-PCR positivo no período de 2020 a 2021. Os dados foram analisados por estatística descritiva. O estudo contou com 2080 entrevistados, destes 33,94% (706) se encaixavam no perfil estudado, ou seja, com idade entre 20 e 59 anos e que realizaram a entrevista sobre as manifestações bucais. Em relação às informações sociodemográficas, houve maior participação de mulheres 500 (70,80%), indivíduos entre 40 a 49 anos de idade 232 (32,85%), renda familiar de 2 a 4 salário mínimos 305 (43,20%), trabalhadores dos serviços, comerciantes 215 (30,70%) e não tabagistas 489 (69,25%). Observou-se que a adesão à vacinação contra a COVID-19 foi de 98,60% (695), com média de 3 doses e 62,30% (271) dos entrevistados contraíram a COVID-19 mais de uma vez. Os participantes do inquérito relataram a aparição de manifestações bucais após a fase aguda do COVID-19, sendo as mais presentes: xerostomia 409 (57,93%), alteração de olfato 315 (44,61%), alteração no paladar 309 (43,76%), formigamento facial 115 (16,28%), úlceras 115 (16,28%), necrose pulpar 110 (15,58%), dor nos músculos da face 81 (11,47%), fraqueza dos músculos da face 65 (9,20%) e neuralgia do trigêmeo 37 (5,24%). 58,55% (404) indivíduos revelaram que estas manifestações foram sentidas em menos de um mês após a COVID-19 aguda. Além disso, cerca de 61% (424) dos participantes afirmaram permanecer com as manifestações bucais até o momento que foram entrevistadas (segundo semestre de 2023). Apesar de grande percentual dos entrevistados terem se vacinado contra a COVID-19, cerca de 88% da população entrevistada apresentou a fase longa da doença. Além disso, observa-se elevados percentuais de desenvolvimento e permanência de manifestações bucais, com destaque para as alterações de xerostomia, alteração de olfato e paladar. Análises futuras poderão esclarecer a relação entre as características prévias da população e a presença da COVID Longa e o desenvolvimento de manifestações bucais.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

A HANSENÍASE NA FRONTEIRA BRASIL-PARAGUAI: IDENTIFICANDO ÁREAS DE RISCO PARA INFECÇÃO

Autores: Laiz Mangini Cicchelero | Gustavo Cezar Wagner Leandro, Luciano de Andrade, Oscar Daniel Salomon, Adriana Zilly, Reinaldo Antonio Silva-Sobrinho

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Parana (Unioeste) campus Foz do Iguaçu e Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Hanseníase; Áreas de Fronteira; Vigilância em Saúde Pública; Análise Espacial.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7293


Resumo:

Introdução: para além dos fatores biológicos, a disseminação e o controle da hanseníase são influenciados pelos determinantes sociais em saúde, incluindo a percepção social negativa da doença. No Brasil (BR), segundo no ranking mundial de casos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o diagnóstico e tratamento para reduzir a cadeia de transmissão. Todavia, há áreas urbanas contíguas com outros países, como o Paraguai (PY), o qual partilha uma fronteira de 1.290 km com o Mato Grosso do Sul (MS) e o Paraná (PR), que expõem fragilidades na detecção e contenção do patógeno devido ao intenso fluxo de pessoas em diversas relações cotidianas e das diferenças político-administrativas de assistência à saúde dos países. Objetivo: identificar agrupamentos espaciais de risco para infecção por hanseníase na fronteira do BR e PY entre 2018-2022. Método: estudo ecológico baseado em dados oficiais sobre casos de hanseníase e populações, aplicado aos 18 departamentos do PY e 26 regiões de saúde do BR (PR [n=22] e MS [n=4]). Empregou-se a estatística de varredura espacial para identificar clusters de alto e baixo risco através do SaTScan™ considerando distribuição de Poisson e alfa 0,05. Resultados/Discussão: foram identificados 6.748 casos (BR: 5.319; PY: 1.429) no período, com pico em 2019 (BR: 1.397; PY: 348). Localidades próximas a Assunção (RR: 0,13) e Curitiba (RR: 0,35) formaram clusters de baixo risco, possivelmente devido ao maior desenvolvimento socioeconômico e acesso à saúde. Maringá-Londrina-Arapongas-Cianorte formam um cluster de baixo risco (RR: 0,77), mas estão próximas a clusters de alto risco que englobam o MS, noroeste do PR e região oriental do PY (RR: 3,19) e outro na região oeste (incluindo Foz do Iguaçu) e interior do PR (RR: 1,33), indicando potencial disseminação a partir das áreas adjacentes. Disparidades internas foram identificadas no PY, com clusters discordantes como San Pedro-Cordillera-Caaguazú-Canindeyú (RR: 0,40) e sul do país (RR: 1,61). Conclusão: na localização dos clusters, há informações importantes sobre áreas de risco que podem ser prioritariamente monitoradas. O enfrentamento da hanseníase requer conhecimento da dinâmica das fronteiras e dos serviços de saúde nos países, e o fomento da cooperação internacional no que tange à vigilância em saúde, possibilitando implementar estratégias de detecção e tratamento em tempo oportuno, alinhadas com a Organização Mundial da Saúde em eliminá-la como um problema de saúde pública.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

SAÚDE PUBLICA E AS CONTRIBUIÇÕES DA VIGILÁNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO CONTROLE DA TUBERCULOSE

Autores: Ana Cláudia Tofalini | Jucelei Pacoal Boaretto, Claudia Prando, Fabiane Silva de Oliveira, Fernanda Fabrin da Silva, Flávia Meneguetti Pieri

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde
Palavras-chave: Tuberculose; Epidemiologia; Notificação de Doenças.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7302


Resumo:

Caracterização do problema: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas (forma extrapulmonar) podendo ser mais frequente em pessoas convivendo com HIV, sendo considerada um importante problema de saúde pública. Justificativa: No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil são notificados aproximadamente 80 mil novos casos e ocorrem cerca de 5,5 mil mortes em decorrência da tuberculose e, caracterizar as contribuições do papel da Vigilância Epidemiológica no controle a esse agravo é fundamental. Objetivo: Apreender as ações de vigilância epidemiológica no enfrentamento nos casos de tuberculose e caracterizar as contribuições realizadas. Descrição da Experiência: Relato de experiência frente as contribuições das ações de vigilância epidemiológica no contexto de saúde pública. Os papéis da Vigilância Epidemiológica que fazem parte do conjunto de ações no enfrentamento da doença: Notificação, seguimento clinico, tratamento e monitoramento dos casos. Reflexão sobre a experiência: Em relação as notificações no ano de 2023 foram notificados 254 novos casos de tuberculose no município de Londrina, estado do Paraná, sendo 201 casos TB Pulmonar, 39 casos TB extrapulmonar, desses: 11 óbitos por TB pulmonar, 1 óbitos por TB extrapulmonar. Essas notificações contribuem diretamente para as ações efetivas realizadas na saúde pública: tratamento dos casos, promovendo a devida recuperação da saúde; controle dos comunicantes, realizando a promoção da saúde e a conscientização da população em relação ao agravo. Recomendações: Conclui-se que as contribuições das ações de vigilância epidemiológica estão diretamente ligadas ao enfrentamento do controle da doença e agravo da mesma, focando em estratégias para o diagnóstico precoce, interrupção da cadeia de transmissão e o tratamento eficaz. Desta forma, no âmbito de saúde pública, percebe-se que a maior contribuição é a identificação e a notificação correta dos casos, a qual dispara as demais ações que contribuem para a recuperação da saúde e a devida promoção da saúde pública.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PROJETO GENOMAS PARANÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Elis Carolina Pacheco | Camila Rickli, Márcia Helena Baldani, Tatiana Natasha Toporcov , David Livingstone, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: Epidemiologia; Medicina de Precisão; Saúde Pública.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7323


Resumo:

Caracterização do problema: O avanço do conhecimento científico em pesquisas genômicas possibilita a maior eficiência da medicina em atuar nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e em diversos tipos de câncer. O Projeto DNA Brasil é um exemplo de iniciativa brasileira que busca conhecer melhor a variabilidade genética da população. Justificativa: O levantamento de DCNTs realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013) permitiu a identificação das diferenças epidemiológicas regionais no estado do Paraná, no entanto, faltam estudos que possibilitem avaliar conjuntamente aspectos epidemiológicos e genéticos da população. Conhecer os fatores genéticos e epigenéticos sobre as condições de saúde possibilita que sejam criadas estratégias de prevenção de doenças e intervenções mais eficientes. Objetivos: Relatar as estratégias, métodos e etapas do Genomas Paraná para identificar os fatores associados ao adoecimento, compreender a relação da saúde com o ambiente, estilo de vida e genes, construir melhores ferramentas para detectar uma condição de saúde e encorajar hábitos saudáveis. Descrição da experiência: O Projeto Genomas Paraná é uma pesquisa que está em execução desde 2022, com coleta de dados epidemiológicos e genéticos da população, na cidade de Guarapuava, Paraná (PR). A primeira etapa da pesquisa consiste em uma entrevista realizada em domicílio, com auxílio de um questionário estruturado, aplicado por entrevistadores treinados. A segunda etapa é realizada após contato com o participante para agendamento laboratorial, onde são feitas as coletas de material biológico (sangue, saliva e fezes) no próprio domicílio ou em laboratório. O material biológico é armazenado em biorrepositório no Instituto para Pesquisa do Câncer (IPEC). Espera-se a participação de 3500 moradores do município de Guarapuava, obtidos por meio de amostragem aleatória e 1000 participantes voluntários por amostra de conveniência. Reflexão sobre a experiência: Para execução do projeto, se faz necessária a confiança e participação dos moradores. Estratégias de divulgação são lançadas para que aumente a participação e sejam reduzidas as recusas. Com a aplicação da Medicina de Precisão, será possível proporcionar grandes benefícios na contenção do desenvolvimento e tratamento mais adequado das DCNTs. Recomendações: Espera-se contribuir com o avanço da Medicina de Precisão na saúde pública brasileira, e que novas pesquisas envolvendo análises genômicas sejam realizadas no Brasil.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

QUALIDADE DE VIDA E CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM SUPERIDOSOS NO PROGRAMA GENOMAS PARANÁ

Autores: Elis Carolina Pacheco | Deborah Elzita do Carmo Corrêa, Tatiana Natasha Toporcov, David Livingstone , Angelica Beate Winter Boldt, Márcia Helena Baldani

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: Saúde Bucal; Qualidade de Vida; Idoso de 80 anos ou mais.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7325


Resumo:

Introdução: A transição demográfica e epidemiológica da população brasileira é um fenômeno emergente, e a condição da saúde bucal dos superidosos se torna um tema de interesse em saúde pública. A saúde bucal pode afetar a qualidade de vida dos superidosos por meio das suas relações interpessoais e do convívio social. Objetivos: Identificar a relação entre edentulismo e impacto da saúde bucal na qualidade de vida de superidosos recrutados em domicílio no primeiro ano do Programa Genomas Paraná. Método: Estudo transversal, com amostra de conveniência de 127 superidosos (>80 anos) incluídos na pesquisa de perfil genético da população de Guarapuava-PR entre março/2023 a março/2024. A variável dependente foi o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, total e por dimensão, medido pela versão curta do Oral Health Impact Profile (OHIP-14), contínuo e com respostas categorizadas em: não (escore zero) e sim (escore ?1). Foram considerados edêntulos os indivíduos que informaram não possuir dentes naturais. Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman e regressão de Poisson com variância robusta, com intervalos de confiança de 95% (p<0,05). Resultados/discussão: A amostra foi composta em maioria por mulheres (59,8%), com idade média de 84 anos (± 3,5), autodeclarados brancos (80,3%), muito baixa escolaridade (75,6%), edêntulos (63%), e que não foram ao dentista no último ano (69,3%). O escore médio do impacto na qualidade de vida foi baixo (3,9 ± 6,8), e 56,7% obteve escore zero. Observou-se correlação positiva entre o número de dentes presentes e os escores do impacto total, e nos domínios desconforto psicológico, incapacidade física e psicológica, e deficiência. Nos mesmos domínios notou-se menor prevalência de impacto entre os edêntulos. Maiores proporções de idosos dentados relataram que ficaram preocupados com seus dentes/boca, tiveram a alimentação prejudicada, se sentiram envergonhados e sentiram que a vida ficou pior nos últimos 6 meses por causas bucais. Conclusões: A presença de dentes, e uma possível saúde bucal ruim, afetou negativamente a qualidade de vida dos superidosos. As condições de saúde bucal constituem parte da saúde geral, portanto, impactam a qualidade de vida da população idosa. Ampliar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços públicos odontológicos são ações que devem ser continuamente realizadas.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Autores: Cyntia Erthal Leinig | Giovanna Brunetti, Izabelle Munhoz de Antonio, Marina Scott Bigata de Almeida, Milena Schirley Medeiros dos Santos

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, Paraná - Brasil
Palavras-chave: Alimento processado; Ingestão de alimentos; Obesidade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7330


Resumo:

Introdução: Estudantes universitários estão expostos a fatores de risco que podem induzir a um inadequado consumo alimentar, um dos principais condicionantes do ganho de peso excessivo. Objetivo: Analisar a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e o Índice de Massa Corporal (IMC) de universitários. Métodos: Estudo transversal, descritivo e quantitativo. População selecionada por amostra de conveniência não probabilística e dados coletados por meio de formulário eletrônico divulgado a partir de redes sociais e canais de comunicação (Instagram®, Twiter®, WhatsApp®). O formulário continha dados sociodemográficos, peso e altura relatados para cálculo do IMC, classificado segundo OMS (1995). Para avaliação do consumo de alimentos, o estudante respondia a um questionário com a frequência de consumo de alimentos protetores ou de risco para a saúde (BRASIL, 2015; Carvalho e colaboradores, 2010). Dados quantitativos foram inseridos e armazenados em um banco de dados do Excel® e apresentados por estatística descritiva. A associação entre as variáveis foi realizada empregando-se o teste T, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Participaram do estudo 272 universitários com idade média de 22±5 anos, variando entre 17 e 55 anos; 77,9% do sexo feminino e da área da saúde (44,5%); 64,7% (n=176) dos estudantes apresentaram eutrofia e 30,1% (n=82) excesso de peso. Sobre alimentos protetores consumidos acima de 7 vezes na semana, 23,2% relataram consumir frutas; 29,4% verduras e legumes; 30,1% feijão e 51,8% leite e derivados. Quanto aos AUP, os mais relatados foram alimentos congelados/fast foods, embutidos, chocolate, salgado frito e salgadinho de pacote. Foram encontradas associações entre o IMC daqueles que não consomem, consomem raramente ou uma vez ao mês com o IMC de quem consome biscoito recheado acima de 10 vezes na semana (p=0,03), alimentos fast food ou congelados de 1 a 3 vezes (p=0,04), salgados fritos de 1 a 3 vezes (p=0,04) e de 4 a 9 vezes (p=0,01) e acima de 10. Conclusão: A relação entre o consumo de AUP e o IMC de estudantes universitários expõe os desafios da transição da adolescência para a vida adulta, a disponibilidade de AUP nas instalações acadêmicas e a conscientização sobre escolhas alimentares. Instituições de ensino e políticas de saúde pública desempenham papel fundamental na promoção de ambientes saudáveis e na educação sobre alimentação saudável e sua importante presença nas universidades.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

FATORES PSICOSSOCIAIS E SUA ASSOCIAÇÃO COM DEPRESSÃO E ANSIEDADE ENTRE PROFESSORES DE UNIVERSIDADE FEDERAL NA TRIPLICE FRONTEIRA DO SUL

Autores: Valdir Marques Vieira Nanque | VANESSA BEATRIZ DE LIMA, CARLOS HENRIQUE BELIS, EHIDEE ISABEL GOMEZ LA ROTTA, MD, PhD

Instituição: UNILA
Palavras-chave: Fatores de risco psicossocial, Ansiedade, Depressão
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7346


Resumo:

Introdução: Os fatores de risco psicossocial constituem um problema de saúde pública, tendo como principal origem o estresse; elemento essencial no aumento da incidência de enfermidades mentais como a ansiedade e a depressão. Objetivo: Avaliar os fatores de estresse relacionados à organização do trabalho e sua associação com Depressão e Ansiedade entre professores universitários. Método: Foi realizado estudo transversal que iniciou em dezembro de 2023 entre professores universitários. Sendo utilizados os instrumentos PHQ-9 e GAD-7 para medir depressão e ansiedade respetivamente e o HSE-T que mede medir o estresse relacionado à organização do Trabalho. Calculamos as proporções e porcentagens das variáveis categóricas e as medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis contínuas. Resultados: Dos 300 docentes responderam 57 tendo-se uma baixa (19%) adesão ao estudo. Os docentes têm idade média de 45,38 (8,5) anos; são principalmente homens (57,1%), de raça/cor branca (67,9%), renda média per capita 7103 (4015) reais, brasileiros (80,4%) e de alto nível de escolaridade (96,4% doutores). A média no PHQ-9 foi de 5,01 (±3,32) e no GAD-7 de 6,3 (±4,7) pontos. Em relação ao HSE-T descobrimos que: Dos sete domínios HES-IT, três apresentaram maior média indicando relatos protetores em relação aos estressores do trabalho: Demanda com média 3,04 (± 0,68), Apoio da Chefia 3,12 (± 0,99) e Relacionamentos 3,19 (± 0,83). Em outros três domínios, encontramos elevadas proporção de desproteção: Controle (56,08%), Apoio dos Colegas (48,66%) e Cargo ou Função (82,12%) indicando que baixo controle sobre o processo laboral, relacionamento frágil com os colegas e desconhecimento das funções por fazer elevam a presença de estressores. Em relação aos domínios existe uma tendencia para desenvolver depressão em professores com controle (0,001) limitado, relacionamentos (0,045) inadequados, rol/cargo (0,05) desconhecido e falta de mudanças (0,008); porém ao ajustar o modelo só o domínio controle tem associação com desenvolver depressão. Conclusão: Os níveis de estresse secundário ao trabalho. entre docentes universitários e muito alto. Os principais estressores entre o grupo explorado são o baixo controle das suas atividades, o desconhecimento de suas funções e os maus relacionamentos com os colegas, o que ocasionam doenças mentais como a depressão nesses profissionais.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

OUVIDORIA DO SUS E A PRÁTICA DO ELOGIO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NUM MUNÍCIPIO DE FRONTEIRA

Autores: Carla Vergina Conrad de Lima | Daiane Sampaio Sosa Guimaraes, Helder Ferreira

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Participação Popular; mudança de cultura; Psicologia Positiva
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7389


Resumo:

Caracterização do problema; A Ouvidoria do SUS, prerrogativa legal, é um meio para a participação popular¹. A coordenação deste órgão evidenciou que dentre as funções do canal a aba elogios era pouco acessada, sabendo- se que existiam elementos passíveis de reconhecimento e diante desse fato constituíram hipóteses e possíveis soluções. Justificativa: A Ouvidoria do SUS pode ser benéfica ao usuário como como meio de manifestar suas demandas. Ao trabalhador da saúde e gestor, as manifestações permitem refletir sobre as ações. Assim, enaltece-se o elogio que representa reconhecimento, uma das necessidades humanas, segundo Maslow² e se coaduna com a Psicologia Positiva, uma proposta que pauta-se no cultivo de emoções para a conquista de mais felicidade³, inclusive no trabalho. O elogio enquanto gerador de emoções positivas pode atenuar os estressores comuns do trabalho em saúde e é necessário na dinâmica de promoção de saúde aproveitar as estratégias existentes para fomentar vivências mais harmoniosas e felizes4. Objetivos: estimular o reconhecimento do trabalhador através da Ouvidoria do SUS. Descrição da experiência. Para incentivar o acesso ao elogio, partiu-se da formação dos gerentes dos serviços de saúde com instrução e divulgação, através de materiais virtuais e físicos, acessíveis aos usuários. Posteriormente, acompanhando a perspectiva de Governo Digital e serviço público moderno5, disponibilizou-se um contato whatsapp institucional para tornar mais prático o acesso da população, com dificuldade em acessar os outros meios. Após o processamento do elogio este é transformado em um certificado remitido ao trabalhador. Os resultados foram impactantes. No início em 2018 havia uma média de 13 elogios/ano. Em 2019 saltou para 52, em 2020 foram 135 elogios, mantendo uma média 150 elogios nos anos seguintes e até o momento já se tem 54 elogios registrados. Reflexão sobre a experiência A estratégia teve feedbacks positivos dos profissionais e dos gestores a percepção de motivação maior dos trabalhadores na assistência à população. A estratégia abranda as tensões das relações e contribui para visões mais positivas acerca do SUS e dos trabalhadores, gerando nestes as percepções de propósito e sentido através do trabalho. Recomendações: espera-se que esta experiência se propague para outras Ouvidorias do SUS e gestores captem todo potencial que esse instrumento tem para validar o trabalhador do SUS, constituindo relações mais saudáveis destes com a comunidade.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

EXERCÍCIOS AQUÁTICOS COM ÊNFASE NA CORRIDA EM ÁGUAS PROFUNDAS MELHORAM O EQUILÍBRIO E A FUNCIONALIDADE DE PACIENTES REUMÁTICOS.

Autores: Vinícius Hideki Azuma | Jeferson Rosa Cardoso, Flavia Specian Queiroz, Mariele Vitória Armanda de Lima, Maria Julia de Oliveira Lucente, Ligia Maria Facci de Carvalho

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Exercício físico; reabilitação; reumatologia
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7395


Resumo:

Introdução: As doenças reumáticas são um grupo de afecções que acometem frequentemente o sistema locomotor, sendo que os pacientes podem manifestar inflamação crônica, diminuição da amplitude de movimentos e rigidez articular, afetando diretamente a qualidade de vida, o condicionamento físico e a capacidade funcional dos pacientes. Os exercícios aquáticos são recomendados para os pacientes reumáticos, pois facilitam a atividade muscular com redução de carga e impacto nas articulações. A corrida em águas profundas consiste em um treinamento aeróbio que simula a corrida, sendo que os membros inferiores não entram em contato com o fundo da piscina. Objetivo: Verificar os possíveis efeitos da fisioterapia aquática com ênfase na corrida em águas profundas na melhora da capacidade funcional e do equilíbrio de pacientes reumáticos em um protocolo de 12 semanas, assim como a sua manutenção três meses depois de sua finalização. Método: Nove pacientes com idade entre 18 e 65 anos e diagnóstico de diferentes doenças reumáticas foram avaliados por meio dos testes físicos de Equilíbrio em Apoio Unipodal, Teste de Sentar e Levantar (TSL) e Timed Up and Go (TUG). Todos foram submetidos a 12 sessões de fisioterapia aquática de 50 minutos com frequência de uma vez por semana, incluindo as fases de aquecimento com caminhada frontal, de costas e lateral (5 minutos); corrida na piscina profunda (20 minutos) e resfriamento com exercícios de alongamento e terapia manual (15 minutos). Resultados: Cinco pacientes melhoraram o equilíbrio estático com o membro inferior direito unipodal e três pacientes melhoraram o equilíbrio estático com o membro inferior esquerdo unipodal e com os olhos abertos. Ao realizar o teste com os olhos fechados, oito pacientes melhoraram o equilíbrio estático com o membro inferior direito unipodal e cinco com o membro inferior esquerdo unipodal. Seis pacientes aumentaram o número de repetições no teste de sentar e levantar, e apresentaram manutenção após três meses de acompanhamento. Sete pacientes melhoraram a capacidade funcional no teste TUG. Conclusão: O tratamento de exercício aquático com ênfase na corrida de água profunda melhora a capacidade funcional a curto prazo e no acompanhamento de 3 meses foi possível verificar manutenção dos resultados no Teste de Sentar e Levantar em indivíduos com doenças reumáticas.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

EVENTO SENTINELA EM TUBERCULOSE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Juliana de Oliveira Marques | Vania Cristina da Silva Alcantara, Daniela Souza de Carvalho Gomes, Valeria Cristina Almeida De Azevedo Barbosa, Claudia Prando, Flavia Meneguetti Pieri

Instituição: Prefeitura Municipal de Londrina
Palavras-chave: tuberculose; ;atenção; primária
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7396


Resumo:

A Tuberculose apesar de ser uma doença curável, ainda é considerada um agravo negligenciado e um importante problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. Está associada às condições de pobreza e de desigualdade social, atingindo, na maioria dos casos, adultos jovens em idade economicamente produtiva. Devido ao seu caráter multifatorial o controle e quebra da cadeia de transmissão têm sido um grande desafio para os serviços de saúde. Dentre as dificuldades destaca-se a falta de adesão do usuário e a dificuldade na realização do Tratamento Diretamente Observado pelas equipes da Atenção Primária à Saúde. Diante disso, adotou-se a estratégia de um evento sentinela com discussão dos casos de tuberculose in loco com profissionais da APS do Município de Londrina como ferramenta de Educação Permanente. A estratégia em ação propõe qualificação do atendimento, instituição e implementação das rotinas no processo de assistência ao paciente com tuberculose reduzindo-se assim as taxas de abandono de tratamento, resistência aos medicamentos e quebra da cadeia de transmissão da doença. Diante do cenário atual da Tuberculose no país e, dos desafios em relação ao Tratamento Diretamente Observável – TDO, pelas equipes de saúde, a experiência do Evento Sentinela trouxe novas perspectivas e soluções para esses desafios, isto é, as ações desenvolvidas com as equipes de saúde em seus territórios, promovem as discussões dos casos e abrem portas para estratégias inovadoras na prática da assistência e gestão deste problema de saúde pública . A aplicação da proposta consiste na seleção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Londrina, partindo das unidades com maior número de casos de tuberculose em tratamento. Realizado agendamento de encontro presencial in loco com a participação de médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde responsáveis pelos casos. Houve o preenchimento prévio pela equipe do serviço de roteiro para condução da discussão dos casos. Durante o encontro, com a participação de médico e enfermeiro do serviço de referencia de Tuberculose do Município, discute-se caso a caso, abordando as as dificuldades, potencialidades. e propondo intervenção para melhora da assistência. Foram realizadas discussóes de caso em 15 UBS de janeiro de 2023 a junho de 2024. Em todas as discussões observou-se potencialidades e fragilidades na organização da assistência ao paciente com tuberculose.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

GAMIFICAÇÃO NA PROMOÇÃO DE SAÚDE NO ENVELHECIMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Ana Clara Creplive Vieira | Isabelle Salmaso Jannis , Isabela Souza Alves, Aliny de Lima Santos, Tatiana Pizani, Bárbara Ribeiro Tonsic

Instituição: UniCesumar
Palavras-chave: Envelhecimento saudável; Idosos; Promoção de Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7404


Resumo:

Caracterização do problema: O envelhecimento traz consigo o estigma de adoecimento e fragilidade, assim, promover o envelhecimento saudável, mantendo idosos ativos e funcionais é fundamental, e ações de promoção da saúde são estratégias assertivas, especialmente se baseadas em gamificação e ludicidade. Justificativa: Atuação com idosos, com levantamento de problemas em saúde usando abordagens lúdicas, é fértil para compreensão de vigilância e Promoção da Saúde, mediante cenário real, fomentando planejamento de ações voltadas à saúde desse público. Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos de medicina no planejamento e implementação de ações de promoção da saúde às pessoas idosas. Relato de experiência: As ações integram o projeto de extensão “Promoção da saúde e do envelhecimento ativo”, realizado com idosos participantes em grupo de atividade física, em uma Unidade de Saúde no Paraná. A atividade ocorre em quatro momentos: 1. Acadêmicos e docente, se reúnem para definição do tema a ser abordado, focando em problemáticas atuais, e a abordagem lúdica a ser usada na implementação. 2. Ação com idosos, com gamificação, para identificação de lacunas de conhecimento e prática sobre o tema proposto. 3. Encontro para análise dos resultados, discussão sobre lacunas e planejamento de ações de promoção da saúde nelas baseadas, que eram participativas, lúdicas, criativas e usando linguagem acessível. 4. Implementação das ações planejadas, juntos aos idosos, com registro de satisfação dos mesmos e efetividade quanto a ação proposta. Ainda, após essa ação, os estudantes e professora se reúnem para discutir potencialidades e limitações percebidas, a serem melhor aproveitadas no ciclo seguinte. Reflexão: Inicialmente, a execução das atividades enfrentou dificuldades em relação à adesão por parte dos idosos. Após discussões, os estudantes promoveram ajustes como redução do tempo dos encontros, linguagem mais acessível, ações mais atrativas, uso de recursos como música, dança e premiação, além da verificação de sinais vitais. Dessa forma, considera-se uma experiência muito positiva em relação à promoção da saúde e envelhecimento saudável. Recomendações: Considera-se que novas ações devam continuar ocorrendo, de modo a aumentar o vínculo entre idosos e estudantes, além de fomentar a reflexão acerca do reconhecimento do público, da avaliação epidemiológica, letramento funcional em saúde e sua integração com a promoção da saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

SINTOMAS BUCAIS NA COVID LONGA

Autores: Leticia Simeoni Avais | Elis Carolina Pacheco, Auriane Silva Lima Grígolo, Eduarda Pereira, Pollyanna Kassia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda; Saúde Bucal; COVID-19
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7411


Resumo:

A condição pós COVID é descrita pela Organização Mundial da Saúde como sinais e sintomas, novos ou que permaneceram, após um período de 3 meses desde a fase aguda da COVID-19. Entre as sintomatologias apresentadas, manifestações bucais vem sendo pouco descritas na COVID Longa. O objetivo deste trabalho foi verificar se havia manifestações bucais em pessoas que relataram sintomas da COVID Longa. Trata-se de um estudo epidemiológico, de abordagem transversal, realizado por meio de inquérito telefônico, com o auxílio da plataforma REDCap. A população alvo foram indivíduos que apresentaram teste PCR positivo para COVID-19, nos anos de 2020/2021, de uma cidade de médio porte no estado do Paraná. Os dados foram analisados por estatística descritiva e testes de associação (IC 95%, p<0,05). A amostra foi composta por 1468 participantes, sendo a maioria dos respondentes 59,8% (878) pessoas do sexo feminino. A faixa etária majoritária da pesquisa esteve entre 30 e 59 anos, 72,0% (1057). Apenas 9,60% eram fumantes e a maioria não possuía nenhuma condição crônica antes da COVID-19 (47,0%). Entre as manifestações bucais, o sintoma de boca seca (32,0%), alteração de olfato (23,5%) e alteração de paladar (23,8%) foram os mais citados. Entre os indivíduos que apresentaram alguma manifestação bucal (775), 58,9% tiveram o início da manifestação em menos de um mês após a fase aguda da COVID-19 e 62,1% relataram a permanência da manifestação até a data da entrevista (segundo semestre de 2023). Quando comparados os sexos, a prevalência de ter relatado pelo menos uma manifestação bucal nas mulheres foi maior que nos homens (RP=0,62; IC95%:0,56 – 0,70). A faixa etária de 30 a 59 anos, teve maior prevalência de manifestações bucais que as demais faixas de idade (RP=1,18; IC95%:1,00 - 1,49). Mulheres parecem ser mais afetadas pelos sintomas da COVID Longa, incluindo os sintomas bucais. Indivíduos mais jovens e mais idosos apresentam menor prevalência das manifestações bucais do que os adultos com idade de 30 a 59 anos. A comunidade odontológica deve atentar para manifestações bucais da COVID Longa no campo de trabalho e estudos clínicos, envolvendo exames clínicos odontológicos e políticas públicas de saúde bucal para enfrentamento dessa nova condição de saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

LIMITAÇÕES DE ATIVIDADES DIÁRIAS EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE COM COVID LONGA SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA

Autores: Thayná Alissa Justus | Ana Flávia Cristo Krepki, Leticia Simeoni Avais, Elis Carolina Pacheco, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda; Profissionais da Saúde; Avaliação do Impacto na Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7419


Resumo:

A pandemia do SARS-COV-2 teve início em 2019. A doença chamada de COVID-19 gerou efeitos em toda a população. Consequências após a COVID-19, são denominadas de condição pós COVID-19 ou COVID Longa. Essa condição é definida como sintomas novos ou permanentes após 12 semanas da fase aguda, sem explicação ou diagnóstico definitivo, segundo a Organização Mundial de Saúde. A condição é relatada com frequência em indivíduos de meia idade e gerou impactos negativos na vida diária dos afetados. O estudo objetiva descrever a prevalência da COVID Longa nos indivíduos infectados entre 2020 e 2021 e o impacto nas atividades diárias dos profissionais de saúde de acordo com a faixa etária. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, observacional, realizado por meio de um inquérito telefônico. Os dados foram analisados por estatística descritiva e qui-quadrado (IC 95%, p<0,05). Os participantes são profissionais da saúde, maiores de 18 anos, com teste PCR positivo, moradores da cidade de Ponta Grossa, Paraná. Foram entrevistados 165 profissionais de saúde, 78% (129) possuíam idade superior a 30 anos. Foi observado que 72% (118) dos profissionais apresentaram sintomas da COVID Longa. Quando separados por faixa etária, 83% (30) dos trabalhadores com idade inferior a 30 anos e 69% (90) dos maiores de 30 anos apresentaram COVID Longa. Ao serem questionados sobre limitações para realizar tarefas do dia-a-dia, 38% (14) dos menores de 30 anos e 42% (55) dos maiores de 30 anos, afirmaram estarem tendo alguma limitação. Ao associar as faixas etárias, os indivíduos menores de 30 anos relataram ter menos dificuldades de realizar atividades cotidianas de trabalho ou estudo do que os indivíduos maiores de 30 anos (p = 0,021). Neste estudo, conclui-se que após a COVID-19 aguda, surgiram limitações de atividades diárias, impactando a saúde de trabalhadores da área. Estudos futuros são necessários para melhor verificação.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

DIABETES PRÉ COVID-19 ASSOCIADO A MANIFESTAÇÕES BUCAIS NA COVID LONGA

Autores: Auriane Silva Lima Grígolo | Eduarda Pereira, Leticia Simeoni Avais, Elis Carolina Pacheco, Marcia Helena Baldani, Pollyana Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda; Inquéritos de saúde Bucal; SARS-CoV-2
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7423


Resumo:

Introdução: A COVID Longa ou condição pós COVID é definida pelo surgimento ou persistência de sintomas não explicados por outra razão, após 3 meses do quadro agudo da COVID-19 (OMS, 2023). Algumas manifestações podem estar associadas a distúrbios crônicos pré-existentes como o diabetes, influenciando no aparecimento de manifestações bucais, como a xerostomia ou sensação de boca seca. Objetivo: Analisar a associação entre diabetes pré-existente à COVID-19, manifestações bucais e xerostomia na COVID Longa. Método: Estudo transversal realizado no Inquérito Telefônico "COVID Longa Ponta Grossa". Sobre as manifestações bucais da COVID Longa, foram entrevistados 1553 participantes durante abril-setembro/2023. Foram considerados casos de COVID Longa pessoas com sintomas persistentes após 3 meses desde o quadro agudo da COVID-19. A variável de exposição foi o diabetes pré-COVID e os desfechos das manifestações bucais e a xerostomia na COVID Longa. Realizou-se análise descritiva dos dados e calculou-se a razão de prevalência (IC95%). O estudo foi aprovado pelo comitê de ética, parecer ??5318200/2021. Resultados/discussão: Antes da COVID-19, 6,70% (n=104) tinham diabetes. Destes, 66,3%(n=69) eram mulheres. Questionados sobre diversas manifestações bucais na COVID Longa, 67,1% (n=70) dos diabéticos apresentaram pelo menos uma manifestação bucal. A xerostomia foi referida por 51,92% (n=54) dos diabéticos, sendo 39,42% (n=41) mulheres. Na COVID Longa, a prevalência de qualquer manifestação bucal (RP=1,24; IC95%: 1,08-1,43), e da xerostomia (RP=1,78; IC95%: 1,45-2,18) foi maior nos que tinham diabetes pré-COVID-19. Conclusões: O diabetes pré-existente à COVID-19 associou-se às manifestações bucais e a xerostomia na COVID Longa. Mulheres parecem estar mais suscetíveis a este sintoma. Entretanto, os resultados devem ser analisados com cautela, já que, medicações sistêmicas de comum uso no diabetes podem reduzir a salivação.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ESTRATÉGIAS PARA O ENFRENTAMENTO DA CÁRIE DENTÁRIA EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ: DO PLANEJAMENTO AOS RESULTADOS

Autores: Maria Clara Barucci Araujo | Deborah Esperidião Fioroni, Tânia Harumi Uchida, Amanda Fratta Pereira, Eliana Harumi Miyuda, Mitsue Fujimaki

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Cárie dentária; Odontologia; Promoção de Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7437


Resumo:

A cárie dentária é uma doença crônica ligada aos hábitos de dieta e higiene bucal e afeta milhões de crianças, prejudicando o desenvolvimento físico, emocional e social, mas que pode ser controlada. Durante a pandemia de COVID-19, houve uma dificuldade de acesso aos serviços odontológicos e isolamento social, que geraram um aumento nas necessidades de tratamento odontológico, principalmente em crianças. Diante desse cenário, novas estratégias foram necessárias para o enfrentamento da cárie dentária. O objetivo deste trabalho foi relatar as estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Maringá (SMS) em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) para lidar com a grande demanda de cárie pós-pandemia e avaliar os resultados por meio de um Levantamento Epidemiológico de Cárie em escolares de 6 e 10 anos. Foram realizadas atividades educativas em 64 CMEIS e 52 escolas municipais (Ensino Fundamental I). Além disso, foram realizados exames e atendimento na escola, por meio do tratamento restaurador atraumático (ART). Em 2022, mais de 28 mil crianças receberam orientações em 1095 palestras dialogadas e 1383 dentes cariados foram tratados pela técnica do ART. Dados do Sistema de Informação da SMS mostraram que, em 2022, houve uma diminuição de 19% em consultas de crianças de 6 a 11 anos, uma redução de 48% de pulpotomia e queda de 52% em extração de dentes permanentes, quando comparado ao período pré-pandêmico, em 2019. Em 2023, o levantamento epidemiológico de cárie realizado em uma amostra representativa, com 450 crianças de 6 e 10 anos (COPEP/UEM, C.A.A.E no. 73219323.4.0000.0104) apontou um ceo-d=1,95 aos 6 anos e CPO-D=1,27 aos 10 anos, ambos abaixo do último levantamento nacional de 2020 (ceo-d=2,2 aos 6 anos e CPO-D=1,6 aos 12 anos). Verifica-se que esta experiência foi muito exitosa: redução nas demandas nos serviços, menor custo para o tratamento, as crianças sentiram-se seguras com o ART (uma técnica acessível e de baixo custo: R$2,70/dente cariado) e reforçam a importância da Portaria GM/MS nº3.493, de 10 de abril de 2024, que tornou o procedimento ART um indicador do Previne Brasil. Por fim, a integração ensino-serviço foi fortalecida e a formação dos acadêmicos mais qualificada. Conclui-se que o planejamento das atividades em ambiente escolar em conjunto com a Universidade apresentaram resultados benéficos para as crianças, famílias, equipes de saúde, fortalecendo o SUS no enfrentamento da cárie dentária e na promoção da saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

CORRELAÇÃO ENTRE MANIFESTAÇÕES BUCAIS E DOENÇAS CRÔNICAS NA POPULAÇÃO ADULTA DE PONTA GROSSA - PR

Autores: Thayná Alissa Justus | Leticia Simeoni Avais, Elis Carolina Pacheco, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: COVID-Longa; Doença Crônica; Manifestações bucais.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7456


Resumo:

O mundo experienciou grandes impactos na saúde e economia devido à pandemia desencadeada pela COVID-19 (SAES, M.O., 2021). A atual problemática vem sendo a COVID-Longa, a qual possui potenciais manifestações na cavidade bucal. O estudo objetiva avaliar os possíveis fatores etiológicos relacionados ao desenvolvimento de manifestações bucais presentes na população adulta do município de Ponta Grossa, Paraná, que foram acometidos pela COVID-Longa. Trata-se de um estudo epidemiológico, de abordagem transversal, realizado por meio de um inquérito telefônico, com a população adulta (entre 20 e 59 anos) residente em Ponta Grossa, Paraná, que teve COVID-19 confirmada por teste RT-PCR positivo no período de 2020 a 2021. Os dados foram analisados por estatística descritiva e testes de associação. Para todos os testes foram considerados valores dentro de intervalos de confiança de 95% (IC 95%) e p<0,05. O estudo contou com 2080 entrevistados, destes apenas 706 (33,94%) se encaixavam no perfil estudado, ou seja, com idade entre 20 e 59 anos e que realizaram a entrevista sobre as manifestações bucais. Durante o inquérito, os participantes relataram as condições de saúde pré-existentes antes da COVID-19. Entre eles, 28,70% (203) mencionaram transtornos psiquiátricos, 17,55% (124) sofriam de hipertensão arterial e 6,95% (49) tinham diabetes. Diversos participantes também relataram a aparição de manifestações bucais após a fase aguda do COVID-19, sendo a mais presente a xerostomia 57,95% (409). Observou-se que os indivíduos que possuíam as condição crônica antes da COVID-19: transtornos psiquiátricos (RP=1,20; IC95%:1,06 – 1,37), hipertensão arterial (RP=1,32; IC95%:1,16 – 1,50), e diabetes (RP=1,29; IC95%:1,07 – 1,55) apresentam maiores chances de desenvolver xerostomia na COVID-Longa, comparado aos indivíduos que não possuíam previamente essas condições. Análises futuras poderão esclarecer a associação entre outras características prévias da população e o desenvolvimento de manifestações bucais da COVID-Longa.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

LETALIDADE DO DIABETES MELLITUS EM REGIÕES DE SAÚDE DO PARANÁ

Autores: Vanessa Duarte Souza | CAMILA RODRIGUES COSTA, SUELEN CRISTINA ZANDONI BERNAL , GABRIELI PATRICIO RISSI, DIEGO RAONE FERREIRA , CARLOS ALEXANDRE MOLENA FERNANDES

Instituição: Universidade Estadual de Maringá-UEM
Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Taxa de Letalidade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7465


Resumo:

Introdução: Diabetes mellitus é uma síndrome metabólica, decorrente da falta de insulina ou da sua incapacidade, caracterizando altas taxas de açúcar no sangue. Organização Mundial da Saúde relatou que, existem 422 milhões de pessoas com a doença no mundo, a maioria está em países pouco desenvolvidos. O Brasil ocupa a quarta colocação em número de casos. O maior impacto da doença ao ser humano é perda da capacidade atribuída às complicações, nefropatia, retinopatia, doença coronariana, acidente vascular cerebral. Além de ser responsável pelo aumento do uso de serviços de saúde e elevação de custos para o sistema de saúde. É notável a importância de estudos epidemiológicos para orientar os profissionais de saúde a fornecerem os conhecimentos, habilidades para o autocuidado e autocontrole. Objetivo: Identificar o índice de letalidade da diabetes mellitus nas regiões de saúde do Paraná. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, retrospectivo e descritivo, através dos dados retirados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e da ferramenta TabNet. Selecionou na lista de morbidade do CID-10, óbitos por diabetes de mellitus dos hospitais pertencentes às regiões de saúde do Paraná. O número identificado foi dividido pelos internamentos da doença destes hospitais no período de 2018 a 2022. A análise ética foi dispensada, por se tratar de bancos de dados de domínio público. Resultados: O período estudado, foram identificados 2.448 mil óbitos e 88.788 mil casos de diabetes mellitus nas 22 regiões de saúde. As maiores taxas de letalidade da doença para cada 100 pessoas internadas com a doença concentraram-se na 20° região de saúde com 7,75 em 2019 e 2022 pontuou 6,06. A 22 ° regional de saúde teve seus níveis aumentados por quatro anos consecutivos, chegando a 7,04 em 2021, depois voltou a apresentar queda para 5,41 em 2022. Os menores índices concentram nas localidades da 7°região de Londrina, não apresentando nenhum óbito em 2022. A 5° região de saúde também obteve índice baixo de 0, 4 em 2019 e a 3° região de saúde por três anos consecutivos teve queda das taxas, sendo o seu menor número 0,35 em 2021. Conclusão: Compreendeu-se que a letalidade da doença está se elevando com o passar do tempo na maioria das regiões do Paraná. Faz-se necessária a implantação de programas de intervenção com práticas educativas que conscientizem a população a respeito da importância dos hábitos alimentares saudáveis e da prática de atividade física para a prevenção.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AÇÕES INTEGRADAS CONTRA A ESPOROTRICOSE: EXPERIÊNCIA DE PIRAQUARA, PARANÁ

Autores: Fernanda Paula da Silva Torres | Laura Siqueira Arneiro, Nicole Muniz Ferreira Gonçalves, Vivien Midori Morikawa, Marcia Oliveira Lopes

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Esporotricose; Saúde Pública; Vigilância de Zoonoses
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7495


Resumo:

A esporotricose é uma zoonose emergente causada pela inoculação traumática de fungos da espécie Sporothrix spp., seja pelo contato com solo contaminado ou pela transmissão zoonótica, especialmente envolvendo gatos domésticos. Clinicamente, em humanos, manifesta-se geralmente por lesões na pele e, em casos graves, pode afetar pulmões, ossos e articulações. Já em felinos, por feridas que não cicatrizam, se espalhando pelo corpo e podendo afetar o sistema respiratório. Desde 2017, casos humanos e felinos vêm sendo notificados internamente na Secretaria Municipal de Saúde de Piraquara. Entre 2017 e 2020, foram registrados 13 casos humanos e 172 casos em felinos. Diante disso, em 2021, a Seção de Atendimento à Esporotricose (SAE) foi criada, com vistas ao controle e prevenção da doença. Este relato apresenta as ações de educação, vigilância e assistência em saúde relacionadas aos casos de esporotricose no município de Piraquara/PR. Os casos suspeitos em felinos são registrados na SAE, onde médicas veterinárias residentes realizam as atividades necessárias. O atendimento começa com a coleta breve de dados via aplicativo de mensagens e, posteriormente, visita domiciliar, onde os tutores recebem orientações sobre a doença e o medicamento itraconazol para tratamento dos animais. Os animais são acompanhados mensalmente para avaliação do tratamento, enquanto os casos suspeitos em humanos são encaminhados para a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. Além disso, são realizadas ações de Educação Permanente em Saúde para equipes das UBS, atividades educativas com médicos veterinários particulares locais, elaboração de materiais educativos distribuídos nas UBS e elaboração mensal de boletins epidemiológicos. Desde a criação da SAE, foram registrados 63 casos humanos e 779 animais. A sua implementação permitiu a organização de ações para enfrentar a doença; no entanto, esta continua a se espalhar no município, devido à fácil disseminação associada a um grande número de animais com acesso às ruas e animais abandonados. A abordagem "Uma Só Saúde" é crucial para enfrentar a esporotricose. Recomenda-se a inserção contínua de um médico veterinário na SAE para fortalecer ainda mais as ações realizadas. Além disso, é necessário implementar políticas públicas voltadas para a saúde animal, considerando que a melhoria da saúde dos animais trará um impacto positivo para a saúde humana.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR DOENÇAS PELO HIV NA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE 2018 E 2023

Autores: Jéssyka Cristina Gomes de Christo | Erildo Vicente Müller, Camila Marinelli Martins

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: Epidemiologia; HIV; Morbidade.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6738


Resumo:

Introdução: O cenário epidemiológico e o curso clínico das pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) têm evoluído ao longo do tempo. Contudo, a infecção pelo HIV ainda é considerada como uma importante causa de preocupações para a saúde pública no Brasil e no mundo, pois a falta de tratamento promove maior vulnerabilidade aos indivíduos, que ficam mais suscetíveis às doenças oportunistas. Tal cenário destaca a necessidade contínua de medidas de controle. Objetivos: O presente estudo tem o objetivo de descrever o perfil epidemiológico das internações por morbidades relacionadas ao HIV/AIDS na Região Sul do Brasil entre os anos de 2018 e 2023. Método: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal, referente ao período de 2018 a 2023, ecológico e retrospectivo, utilizando dados provenientes do DATASUS, por meio do aplicativo TABNET. As variáveis estudadas foram: número total de casos, sexo, faixa etária e raça. Resultados/discussão: Entre os anos de 2018 e 2023, foram registrados 27.040 internações na Região Sul decorrentes de doenças pelo vírus da imunodeficiência humana, com redução de 43,23% nas ocorrências desse cenário durante o período analisado. Dentre os casos, o estado do Rio Grande do Sul foi o maior em número de internações dessa Região, com 15.768 casos, seguido por Santa Catarina, com 6.717, e Paraná em terceira posição, com 4.555 registros. Em relação ao gênero, nota-se predominância masculina com representação de 55,66% do total de internações na Região Sul. No que diz respeito à faixa etária, apesar de estar presente em todas as idades, o cenário demonstrou estar mais associado entre os 40 e 49 anos, com 7.950 internações. Por fim, observa-se que 68,25% dos pacientes se auto declararam como brancos e 13,07% como pretos. Conclusões: Por meio desta análise, observa-se que, apesar da redução dos casos de internações decorrentes por doenças pelo HIV entre os anos de 2018 e 2023 na Região Sul, o presente quadro ainda permanece como sendo um importante alvo de preocupações para as políticas de saúde pública a fim de se atenuar o cenário. Tal situação deve-se pela alta morbidade a que os indivíduos estão expostos caso haja falta de acompanhamento ou tratamentos inadequados. Assim, é fundamental a efetivação dos protocolos de prevenção, promoção, diagnóstico e tratamentos de qualidade na Região Sul do país, visando reduções mais significativas nos casos de internações evitáveis e associadas ao HIV.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIL DE MORTALIDADE POR CÂNCER BUCAL: RESULTADOS DE UM ESTUDO NO HOSPITAL DO CÂNCER DE LONDRINA (HCL)

Autores: Juliana Mariano Massuia Vizoto | Patricia Costa Oliveira , Berenice Tomoko Tatibana

Instituição: Instituto Federal do Paraná
Palavras-chave: Mortalidade; Câncer Bucal; Letalidade.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6905


Resumo:

Incidência e mortalidade por câncer estão crescendo rapidamente em todo o mundo. Os motivos são complexos e refletem tanto o envelhecimento quanto o crescimento da população, bem como mudanças na prevalência e distribuição dos principais fatores de risco para o câncer, muitos desses associados ao desenvolvimento socioeconômico. Este estudo tem como objetivo descrever a mortalidade por câncer bucal no Hospital do Câncer de Londrina (HCL) em pacientes atendidos e acompanhados no período de 2005 a 2010. Métodos: Um estudo transversal, descritivo e retrospectivo foi conduzido utilizando dados obtidos entre janeiro de 2005 e dezembro de 2010 do HCL. Para a coleta de dados, foram utilizados os prontuários dos pacientes diagnosticados com a condição. As variáveis analisadas incluíram óbito pós-diagnóstico de câncer bucal, dados demográficos, fatores de risco, dados clínicos relacionados ao tumor e tipo de tratamento. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) sob o parecer 1.965.771 (CAAE: 64067317.0.0000.0108) e autorizado pela gestão do HCL. Resultados: Foram incluídos o total de pacientes diagnosticados com câncer bucal. Dos 326 pacientes incluídos, 161 (49,4%) faleceram, sendo que a maioria era do sexo masculino, de cor branca, com nível de escolaridade até o fundamental e trabalhadores braçais expostos à radiação solar. Foi verificado que a maioria desses pacientes era tabagista e etilista. Quase que a totalidade dos pacientes que faleceram recebeu o diagnóstico inicial de Carcinoma Espinocelular (CEC), e a localização anatômica do tumor mais frequente foi a língua, seguida pelo soalho bucal e palato mole. Os pacientes desses grupos apresentaram riscos maiores de óbito. Conclusões: A taxa de letalidade para o câncer bucal foi elevada. De acordo com a caracterização da mortalidade pós-diagnóstico de câncer bucal e diante do quadro de gravidade, evidencia-se a necessidade de investimentos na área, a fim de mudar o prognóstico desta doença, que atinge de forma tão grave a população. O conhecimento do perfil de mortalidade por câncer bucal permite refletir acerca do modelo de atenção por meio de uma abordagem sistematizada.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

O SANEAMENTO BÁSICO E SEUS REFLEXOS NA SAÚDE DE UMA POPULAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA-PR

Autores: Mariele Katherine Jungles | Ellen de Souza Mello, Maria Emanoelly Euzebio

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Saneamento básico, Atenção básica à saúde, Saúde socioambiental.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6907


Resumo:

A Constituição Federal de 1988 preconiza a população o direito a um meio ambiente equilibrado. Dessa forma, o espaço de habitação deve apresentar condições adequadas como: saneamento básico, moradia e água potável, constituindo os elementos básicos condizentes para uma vida digna e com saúde socioambiental. No entanto, índices apontam que parte da população brasileira ainda não possui acesso adequado a estes elementos básicos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) registrou no período de 2019, que apenas 68,3% dos domicílios brasileiros possuía esgotamento sanitário, em 84,4% dos domicílios havia-se a coleta de lixo diariamente e 85, 5 % dos âmbitos detinham de abastecimento de água por rede geral. Nesse sentido, o estudo busca identificar e analisar em uma população vulnerável pertencente ao município de Ponta Grossa- Paraná, o acesso dos moradores ao saneamento básico e moradia, relacionando a influência dos determinantes sociais com o processo saúde-doença. Além de evidenciar ações provenientes da Atenção Básica a Saúde e a orientação para intervir e prevenir transmissão de doenças e redução dos riscos e agravos a saúde, frente as condições de moradia desta população.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MORTALIDADE POR SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE, CAUSADA POR COVID-19, EM RESIDENTES DE PONTA GROSSA NOS ANOS DE 2020 E 2021

Autores: Ramon Augusto Teixeira | Erildo Vicente Müller, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges, Juliana Taís Ruppel, Laís Paz Kalatai, Soraya Abegail de Lima

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: COVID-19; Óbito; Sistema de Vigilância em Saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6915


Resumo:

Introdução: A partir de 2020, o mundo viveu uma pandemia da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2. Enquanto a COVID-19 é assintomática em alguns indivíduos, em outros, pode causar sintomas como pneumonia, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e inclusive a morte. Objetivo: Descrever a taxa de mortalidade e coeficiente de mortalidade proporcional relacionado à SRAG decorrente de COVID-19 nos anos de 2020 e 2021 em residentes de Ponta Grossa, Paraná. Método: Estudo epidemiológico do tipo ecológico, realizado a partir de dados contidos nas declarações de óbito presentes no SIM e de dados demográficos do DATASUS. Os óbitos foram associados às variáveis idade e sexo biológico e foram calculadas a taxa de mortalidade da doença para 1.000 habitantes e o coeficiente de mortalidade proporcional da doença por 100 habitantes, utilizando-se a população estimada de Ponta Grossa (IBGE) nos anos referidos. Os dados foram organizados e apresentados em estatísticas descritivas. Resultados: Nos anos de 2020 e 2021, ocorreram, respectivamente, 2423 e 3883 óbitos, dos quais 209 e 1221 foram causados pela COVID-19. As taxas de mortalidade por SRAG em 2020 e 2021 foram, respectivamente, 59 e 340 óbitos a cada 1000 habitantes. Os coeficientes de mortalidade proporcional por SRAG em 2020 e 2021 foram, respectivamente, 9% e 31%. Em 2020, 58% (n=123) dos óbitos por SRAG foram do sexo masculino e, em 2021, 57% (n=700) foram também no sexo masculino. Em relação às faixas etárias, em 2020 e 2021, respectivamente, houve 1 e nenhum óbito por SRAG em indivíduos com idade entre 15 e 19 anos, 3 e 12 óbitos entre 20 e 29 anos, 6 e 60 entre 30 e 39 anos, 17 e 125 entre 40 e 49 anos, 24 e 248 entre 50 e 59 anos, 49 e 322 entre 60 e 69 anos, 62 e 251 entre 70 e 79 anos e 47 e 203 óbitos em indivíduos com mais de 80 anos. A média de idade das pessoas que faleceram por SRAG em 2020 e 2021 foram, respectivamente, 68 e 54 anos, enquanto as medianas foram 70 e 65 anos. Conclusão: Nos anos de 2020 e 2021, a maioria dos óbitos por SRAG foram em indivíduos do sexo masculino e entre idosos. No ano de 2020, a faixa etária que apresentou o maior número de óbitos foi entre 70 a 79 anos, com 30% dos óbitos por SRAG. No ano de 2021, a faixa etária que apresentou o maior número de óbitos foi entre 60 a 69 anos, com 26% dos óbitos por SRAG.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

CAUSAS DE MORTALIDADE DE CRIANÇAS NEGRAS NO PARANÁ, ENTRE 2010 E 2020

Autores: Heitor Tadayuki Ishie | Jéssica Cristina Ruths

Instituição: UFPR
Palavras-chave: mortalidade infantil; população negra; indicador de saúde
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6925


Resumo:

Introdução: A mortalidade infantil é um dos indicadores básicos de saúde pública, apesar de sua redução generalizada nos últimos 20 anos, persistem desafios importantes a serem enfrentados em igualdade de acesso à saúde, especialmente no que tange às disparidades étnico-raciais. Objetivos: Analisar as causas de mortalidade de crianças negras no Paraná, entre 2010 e 2020. Método: Estudo descritivo, quantitativo e transversal, analisados por estatística descritiva e cálculo bruto de taxa de mortalidade. Os dados referentes aos óbitos foram coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os de nascidos vivos são oriundos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Resultados/discussão: No período de análise, foram registrados 203 óbitos de crianças negras no Paraná. As afecções originadas no período perinatal, com 3,60 óbitos a cada mil nascidos vivos e malformações congênitas 1,22/1.000 são as principais causas de mortalidade, seguidas por causas externas 0,28/1.000, doenças respiratórias 0,14/1.000 e infecciosas 0,14/1.000, que também apresentam taxas relevantes. Demais causas, como neoplasias, doenças circulatórias, do sistema nervoso, digestivo, e geniturinário, têm taxas de mortalidade mais baixas de 0,03 a 0,06 óbitos a cada mil nascidos vivos. As faixas etárias de maior expressividade de óbitos foram entre 1 a 6 dias com um total de 112 mortes (55%); seguido da faixa etária de 28 a 364 dias com 58 óbitos (29%). Constatou-se maior mortalidade infantil entre mães com a idade materna menor de 14 anos, 19,70/1.000, mães sem escolaridade 13,75/1.000, gestações com duração de 22 a 27 semanas 217,95/1.000 , crianças nascidas de parto vaginal 5,92/1.000, sexo masculino 5,84/1.000 e peso ao nascer menor que 500 gramas 360/1.000. Conclusões: Evidencia-se a necessidade de seguimento em ações focadas nos cuidados materno-infantis, prevenção de acidentes e violências, principalmente de mães jovens que gestam crianças negras em situação de vulnerabilidade social, as quais estão mais suscetíveis a cursarem com situações de maior mortalidade infantil.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

HEPATITE B E PROVÁVEL FONTE DE INFECÇÃO O TRATAMENTO DENTÁRIO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO.

Autores: Ana Carolina Pereira de Castro | Lillian Soares, Naiara Cristina Da Silva Costa, Nathália Mattos, Denise Albieri Jodas Salvagioni, Rejane Kiyomi Furuya

Instituição: Instituto Federal do Paraná (IFPR) - Campus Londrina
Palavras-chave: Infecção pelo Vírus da Hepatite B; Assistência Odontológica; Controle de Doenças Transmissíveis.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6934


Resumo:

Introdução: A Hepatite B, causada por um vírus DNA da família Hepadnaviridae, é uma preocupação global de saúde pública. Destaca-se que pode evoluir para formas crônicas, como cirrose e carcinoma hepatocelular, e possui elevada taxa de mortalidade. Na odontologia, tanto profissionais quanto pacientes estão expostos aos riscos do vírus da hepatite B, sendo essenciais medidas de biossegurança para prevenir a transmissão durante o atendimento. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos notificados e confirmados de Hepatite B, em 2020, no Brasil, em que a provável fonte ou mecanismo de infecção foi o tratamento dentário. Método: Estudo epidemiológico descritivo utilizando dados secundários obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos todos os casos notificados e confirmados de Hepatite B, em 2020, associados ao tratamento dentário como provável fonte ou mecanismo de infecção. Resultados: Foram identificados 150 casos notificados e confirmados de Hepatite B em 2020, associados ao tratamento dentário. A distribuição revelou predominância do sexo masculino, representando 57,3% dos casos. A faixa etária predominante foi de 20 a 59 anos, mas também houve casos em idosos com 70 anos ou mais (8%). Em relação à raça, 58,0% dos pacientes eram brancos ou amarelos, seguidos por pretos ou pardos (36,7%). Houve uma alta proporção de casos com escolaridade ignorada ou não preenchida (38,7%), mas, entre os dados disponíveis, houve distribuição uniforme entre os níveis educacionais. Geograficamente, a região Sul predominou com 52,7% dos casos, seguida pelo Sudeste (24,0%) e Norte (10,7%). Todos os casos foram confirmados por exames laboratoriais, com 80,0% sendo hepatite crônica ou portador, 9,4% hepatite aguda e 8,7% inconclusivos. Conclusão: Este estudo revelou o perfil epidemiológico da Hepatite B associada ao tratamento odontológico no Brasil, destacando a predominância entre homens de 20 a 59 anos, concentrados principalmente na região Sul, e a prevalência da forma crônica da doença. Os casos de Hepatite B podem estar associadas a eventos adversos na assistência odontológica, como procedimentos invasivos sem esterilização adequada, falta de higienização das mãos e manipulação inadequada de materiais biológicos. Isso sublinha a necessidade contínua de vigilância epidemiológica e implementação de medidas preventivas para reduzir o risco de transmissão da Hepatite B nesse contexto.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

LEVANTAMENTO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NA POPULAÇÃO IDOSA DO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO NO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR

Autores: Ana Carolina Pereira de Castro | Rosilene Aparecida Machado, Roseli Victorio Vitor

Instituição: Centro Universitário Filadélfia - UniFil
Palavras-chave: Idosos; Enfermeiro; Infecções sexualmente transmissíveis; Londrina.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6935


Resumo:

Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, e são transmitidas principalmente pelo contato sexual desprotegido, podendo também ser transmitidas da mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação. No Brasil, pessoas com 60 anos ou mais são consideradas idosas, representando 12% da população de Londrina. Nos últimos anos, houve um aumento significativo na incidência de ISTs, como Sífilis, Hepatite C e HIV, entre os idosos, configurando um problema de saúde pública. O diagnóstico nessa faixa etária é dificultado pela fragilidade do sistema imunológico e pela confusão dos sintomas com outras doenças comuns do envelhecimento, levando à negligência e diagnóstico tardio, agravando as infecções. Objetivo: avaliar os índices de testes positivos para Sífilis, Hepatite C e HIV no Centro de Testagem e Aconselhamento de Londrina (CTA) de 2013 a 2017, diferenciando esses índices por idade a partir dos 60 anos e por sexo, e verificar o aumento de ISTs nessa população. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo de análise temporal, com uma amostra composta por dados de testes positivos e negativos de Sífilis, Hepatite C e HIV na população idosa de ambos os sexos. Foram analisados 614 testes na faixa etária de 60 a 99 anos, realizados entre 01/01/2013 e 31/12/2017, com dados obtidos do sistema interno do CTA. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro Universitário Filadélfia (UniFil) de Londrina, sob o número de protocolo 3.267.214. Resultados: Os resultados mostram que 2014 foi o ano com maior número de testes realizados, enquanto 2017 apresentou o maior número de testes positivos para HIV e Sífilis. Dos 108 testes de HIV em 2017, 3,7% foram positivos. A Sífilis mostrou um crescimento constante, com o maior índice de testes positivos em 2015 para mulheres e em 2017 para homens, passando de 7,6% de testes positivos em 2013 para 12% em 2017. O ano de 2016 teve o maior número de testes positivos para Hepatite C, com 2,7% dos 111 testes. Conclusão: Conclui-se que a Sífilis é a IST que mais cresce entre a população idosa, levantando a questão da efetividade do tratamento, que é prolongado e deve ser realizado até o fim para atingir seu objetivo. Diante desses dados, é essencial que a assistência a essa população inclua não apenas a promoção de saúde, mas também um diagnóstico e tratamento adequados, possibilitando a reabilitação dos indivíduos e uma melhor qualidade de vida.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MITIFICAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AUTISMO E VACINAÇÃO: A PERCEPÇÃO DE PAIS/RESPONSÁVEIS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL

Autores: Renato Meggiato Nabas | Márcio Vinícius Ferreira Resende, Heloisa do Carmo Antônio, Ketlyn Andriele Lomes da Cruz, Isadora Gabriella Silva Palmieri, Gabriela Tavares Magnabosco

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Saúde Pública; Programas de Imunização; Vacinação
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6936


Resumo:

Introdução: A vacinação é considerada uma prática segura há décadas, capaz de erradicar doenças, contribuindo para melhora na qualidade de vida da população. Entretanto, nos últimos anos tem crescido um movimento popular que busca deturpar o conhecimento científico por meio de desinformações veiculadas nas mídias. Dentre elas, chamou a atenção a vinculação de vacinas e o desenvolvimento de autismo. Objetivo: Descrever a percepção de pais e responsáveis por crianças e adolescentes quanto a relação do desenvolvimento de autismo e a vacinação em um município do sul do Brasil em 2024. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, realizado em município do estado do Paraná, Brasil, entre dezembro de 2023 e maio de 2024. Composto por pais/responsáveis, com idade superior a 18 anos, acompanhados de pelo menos uma criança ou adolescente que buscaram pelo serviço de imunização nas Unidades Básicas de Saúde. Foram excluídos aqueles que já tiveram algum tipo de doença imunoprevinível durante a vida. Os dados foram coletados por meio de um instrumento específico, elaborado para a pesquisa intitulada “Conhecimentos, atitudes e práticas em vacinação de pais/responsáveis por crianças e adolescentes em um município do sul do Brasil”. Para a análise utilizou-se a variável dicotômica: “Acredito que as vacinas podem provocar autismo e doenças graves”, a qual tinha como possibilidades de resposta: sim e não. Foram empregadas técnicas descritivas de análise estatística. Resultados/Discussão: Dos 53 respondentes, houve predomínio da resposta negativa à questão abordada em 92,5% (49) e a minoria das respostas negativas 7,5% (4). A maior parte dos respondentes, são conscientes com o que é proposto em boas práticas em vacinação pelo Ministério da Saúde, indicando que a educação em saúde e a medicina baseada em evidências científicas prevalecem mesmo com o negacionismo existente. Considerações Finais: Destarte, é trabalho da Atenção Primária em Saúde e de todos os profissionais de saúde a informação e conscientização da população acerca dos benefícios da vacinação, sendo o/a enfermeiro/a o/a profissional que se destaca dada a sua qualificação técnico e cientifica para promover informações fidedignas e reestabelecer confiança na medicina baseada em evidências científicas. É urgente minimizar o estigma e a desinformação logrando melhores coberturas vacinais, controle de doenças transmissíveis, e condições de saúde e qualidade de vida individual e coletiva.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AVALIAÇÃO DE COBERTURA DE TRATAMENTO POR SEXO NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

Autores: Elenize Losso | Adriane Nakato Muller, Andrea Wendt

Instituição: Pontificia Universidade Católica do Paraná
Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Tratamentos; Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6937


Resumo:

Introdução: A DPOC é uma doença inicialmente respiratória que pode ser revertida diante tratamentos. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar a cobertura de tratamentos disponíveis aos indivíduos com distúrbio obstrutivo de fluxo expiratório. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, conduzido no Brasil, com amostragem por conglomerados de 1279 indivíduos de ambos os sexos e diagnosticados com DPOC. Foram avaliadas as coberturas dos seguintes tratamentos: medicamentoso, oxigenioterapia, fisioterapia respiratória e seguimento clínico. Os dados foram calculados com o Programa Estatístico Stata, tendo-se os seguintes resultados: a cobertura para medicamentos foi de 49,85%, 6,47% para oxigenioterapia,4,40% de cobertura de fisioterapia respiratória e seguimento clínico com 3,47%. Em relação ao uso de medicamentos, a cobertura para homens foi 4,8% e 5,22%para mulheres. Para a oxigenioterapia, a cobertura masculina foi 6,7% e 6,21%para mulheres, enquanto a cobertura para fisioterapia respiratória para homens foi 3,84% e mulheres com 4,85%. Quanto ao acompanhamento regular homens tiveram3,32% de cobertura e mulheres 3,6%. Não foram encontradas diferenças significativas nas coberturas destes tratamentos em relação aos sexos masculino e feminino, mas observou-se que mulheres possuem melhor cobertura aos tratamentos em relação aos homens, porém, com exceção do tratamento medicamentoso, os demais ainda possuem baixa cobertura. Tais resultados podem estar relacionados com o comportamento de mulheres com maior cuidado de suas saúdes e até mesmo justificáveis por constituição biomecânica respiratória apical feminina. Conclui-se que estratégias de saúde assistenciais devem ser repensadas para melhores coberturas e adesões aos tratamentos para minimizar desfechos respiratórios e sistêmicos desta doença.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIL DOS ÓBITOS INFANTIS NO LITORAL DO PARANÁ DE 2015 A 2021

Autores: Mariangela Cristina Henz | Neiva de Souza Daniel, Tainá Ribas Mélo

Instituição: Universidade Federal do Paraná - Setor Litoral
Palavras-chave: Causa da Morte; Epidemiologia; Mortalidade Infantil
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6942


Resumo:

Introdução: A Mortalidade Infantil (MI) é um indicador essencial para analisar o desenvolvimento socioeconômico e a condição de saúde de determinada região, verificando o risco de mortalidade de uma criança no primeiro ano de vida. Altas taxas de mortalidade infantil (TMI) podem indicar deficiências no serviço de saúde e podem estar associadas a determinantes sociais. Objetivos: Analisar os óbitos infantis no litoral do Paraná (Paranaguá, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Antonina e Guaraqueçaba) de 2015 a 2021 e identificar os fatores socioeconômicos e de acesso à assistência à saúde relacionados. Método: Estudo epidemiológico, utilizando dados secundários do sistema de informação sobre mortalidade (SIM) através do programa TABWIN, analisadas as TMI dos 7 municípios do litoral do Paraná e identificadas as causas (evitáveis; não claramente evitáveis e mal definidas) e variáveis gestacionais e sociodemográficas relacionadas: idade do bebê (0-6 dias; 7- 27 dias; 28-364/365 dias) e da mãe (10-19; 20-34 e ?35 anos), semanas de gestação/idade gestacional (<22 a 31 semanas e seis dias; 32- 36 semanas; 37- 41 semanas) e peso ao nascer (até 999 g; 1.000 a 2.499 gramas; ? 2.500 g). Para as correlações utilizou-se o teste de qui-quadrado (????2) de independência com exato de Fisher, correção de Bonferroni com tamanho de efeito por Phi (?) e V de Cramér (?c). Resultados/discussão: Verifica-se que a maioria dos óbitos são por causas evitáveis (68%), especialmente no período neonatal (46,7%), demonstrando a necessidade de intervenções nos primeiros dias de vida. Os óbitos evitáveis obtiveram associação (p<0,05) com mães menores de 20 anos, de ocupação não remunerada, em bebês de baixo peso e idade gestacional entre 22 e 31 semanas, demonstrando grande preocupação com a gravidez precoce e a falta de renda fixa. O parto cesáreo obteve menor correlação com os óbitos evitáveis. Conclusões: Os resultados demonstram que há associação com fatores socioeconômicos como idade e renda e a falha na assistência à saúde visto que maioria dos óbitos infantis são por causas evitáveis, reforçando a necessidade de medidas de promoção da saúde materno-infantil, com foco na redução dos óbitos por causas evitáveis e no fortalecimento do suporte às gestantes, recém-nascidos vulneráveis e nos processos de notificação.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

DIFICULDADES NA COBERTURA VACINAL DA COVID-19 NO BRASIL E ARGENTINA

Autores: Maria Eduarda Zultanski | Lislei Teresinha Preuss, Jessica Paloma Chagas dos Santos

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: cobertura vacinal; pandemia; COVID-19.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7078


Resumo:

Introdução: Nos últimos anos, houve uma queda significativa na cobertura vacinal nos países Brasil e Argentina. O medo gerado pela pandemia de COVID-19, juntamente com a disseminação de fake news relacionadas ao tema, afastou a população das salas de vacinação. Objetivo: Descrever as dificuldades encontradas para a implementação da cobertura vacinal de covid-19. Métodos: Pesquisa bibliográfica realizada através da coleta de dados de sistemas de informação como Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Lilacs, Scopus, Scielo, Medline e PubMed, para identificar e sintetizar as dificuldades para o alcance da cobertura vacinal. Resultados: Como resultado, observou-se uma redução na cobertura vacinal da covid-19 durante o período pandêmico e também pós pandemia. Isso destacou a necessidade de intensificar os esforços e criar ações educativas para desmistificar as polêmicas e abordar as causas dessa diminuição na cobertura (Mendes, 2023). Conclusão: A queda na cobertura vacinal, exacerbada pelo movimento antivacina e pela disseminação de fake news, destaca a necessidade urgente de intensificar campanhas educativas e esforços coordenados para restaurar a confiança e aumentar a adesão às vacinas.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

APLICAÇÃO DO MAPP SOBRE A PROBLEMÁTICA DO ALTO ÍNDICE DE SOLICITAÇÕES AGUARDANDO ANÁLISE DE PROJETOS DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE COM O PRAZO EXPIRADO

Autores: Tailiz Neri Catarino | Mariana Volpato Junqueira

Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Estabelecimentos de Saúde; Projeto Básico de Arquitetura; Método Altadir de Planejamento Popular.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7084


Resumo:

O presente trabalho visa elucidar a aplicação do Método Altadir de Planejamento Popular (MAPP) mediante o alto índice de solicitações aguardando análise de projetos de estabelecimentos de saúde com o prazo expirado. O local do desenvolvimento do projeto foi a Divisão de Análise de Projetos de Estabelecimentos de Saúde (DAPES) que oferece apoio técnico para análise de projetos básicos de arquitetura (PBA) de estabelecimentos assistenciais e de interesse a saúde, tanto do setor público quanto privado, atendendo à 18 das 22 Regionais de Saúde (RS) do estado do Paraná. Nas RS são protocolados processos em via física, o critério para análise se estabelece conforme a atribuição de competência e o porte do município, a DAPES analisa os projetos referentes aos municípios que não possua analistas técnicos capacitados ou infraestrutura necessária, a divisão também dá suporte por meio de capacitações aos novos analistas, efetuando trabalhos de gestão e adequação de normativas. A temática escolhida, se justifica com a capacidade da infraestrutura na divisão, contando com uma equipe com quantidade de analistas insuficientes, que não condiz com o alto fluxo da capacidade de processos em tramitação. A aplicação do método vem de encontro a viabilizar o aumento da produtividade dos analistas e o melhor aproveitamento de tempo da equipe, gerando o aumento dos índices de análise e aprovação de projetos, a partir da elaboração de modelo padrão de documentos de diferentes tipologias de parecer técnico, promover a verificação de documentos protocolados, fazer reuniões com requerentes, visando sanar dúvidas e ajudar a equipe.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

FIBROMIALGIA: IMPORTÂNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NAS CONDIÇÕES CRÔNICAS

Autores: Tacyana Schmidt Cantuaria | Erildo Vicente Muller, Milene Zanoni da Silva , Marcelo Rezende Yong Blond, Thaiza Acosta Rebonato

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Fibromialgia; Interdisciplinaridade; Condições Crônicas;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7091


Resumo:

O aspecto desse relato de experiência é descrever consultas interdisciplinares do Ambulatório de Especialidades da Neurologia de Ponta Grossa, trata-se em apresentar as condições crônicas como a fibromialgia e condutas da equipe de saúde. Para que o tratamento seja bem sucedido é imprescindível que o paciente compreenda melhor sua doença, é necessário que se esclareçam as duvidas não só do paciente mas também de seus familiares, para que o compreendam melhor e possam dar o apoio necessário, pois frequentemente a veracidade dos sintomas é questionada pelos familiares e pessoas próximas ao paciente. O tratamento da fibromialgia é realizado através do emprego de medicamentos e de outras medidas não medicamentosas. Indivíduos acometido pela fibromialgia obrigatoriamente deve praticar alguma modalidade de atividade física, a preferência deve ser dada a atividades aeróbicas, como andar, nadar, mas a hidroginástica, alongamento ou fortalecimento muscular. Mudanças no estilo de vida se fazem necessário, através de mudanças de hábitos com a ingestão de alimentos não inflamatório. Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, relaxantes musculares e os neuromoduladores, muitos pacientes questionam o motivo do uso destes medicamentos, sobretudo os antidepressivos, o reumatologista e ou neurologista deve esclarecer que estes medicamentos atuarão sobre os mecanismos envolvidos na geração e inibição da dor e dos outros sintomas da doença, independente de influenciarem o estado de animo do paciente. Quando os sintomas associados ao sono inadequado encontram-se exacerbados, o uso isolado de medicamentos que induzam ou perpetuem o sono pode não ser suficiente, sendo obrigatório que o paciente tome medidas que melhorem o sono, tais como adequação do local em que dorme com menos ruídos e claridade, evite ingerir alimentos ou bebidas que piorem o sono antes de deitar entre outras medidas. Quando há presença de sintomas depressivos ou de ansiedade importantes o acompanhamento psicológico ou ate psiquiátrico, dependendo da gravidade dos sintomas. Alguns pacientes podem apresentar melhora clinica quando acrescentamos a acupuntura, meditação e dicas de educação em saúde, na busca de qualidade de vida. O tratamento da fibromialgia é individualizado e baseado exclusivamente nos sintomas, por isso, é importante compreender as condições crônicas com atendimento de equipe interdisciplinar, com educação em saúde como auxílio para a qualidade de vida nas condições crônicas.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

DESINFORMAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA: IMPACTO NAS RESPOSTAS DE EMERGÊNCIA DURANTE SURTOS, EPIDEMIAS E PANDEMIAS

Autores: Lucas Gabriel Souza da Silva |

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Desinformação; Surtos de Doenças; Epidemias
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7101


Resumo:

Introdução: Emergências de Saúde Pública requerem ações para controlar riscos, como surtos, epidemias, pandemias, desastres naturais e conflitos. A desinformação agrava esses eventos, dificultando a eficácia dos planos de emergência. Este estudo analisa o impacto histórico da desinformação em respostas de saúde pública durante surtos, epidemias e pandemias, propondo medidas para mitigá-la. Método: Neste estudo, optou-se pela utilização da revisão bibliográfica como desenho metodológico. O levantamento bibliográfico foi realizado através de artigos de bancos de dados científicos (BVS, Scielo, PubMed) e palavras-chave como: desinformação, surtos de doenças, epidemias e pandemias. Foi traçada uma linha do tempo de eventos epidemiológicos significativos dos últimos cem anos para identificar padrões de desinformação. Resultados: Na Gripe Espanhola (1918), médicos e farmacêuticos propagaram produtos milagrosos usando rádio e TV, resultando em ganhos financeiros e danos à saúde. Durante a epidemia de AIDS, o negacionismo, especialmente na África do Sul, atrasou a testagem e a distribuição de antirretrovirais, causando milhares de mortes e infecções. No surto de Ebola (2018, RDC), em áreas de conflito, a desinformação e a baixa confiança nas instituições dificultaram a resposta ao surto e a adesão à vacinação. Na pandemia de COVID-19 no Brasil, a desinformação foi amplificada por mídias sociais, políticos e religiosos, e a politização do Ministério da Saúde gerou confusão e agravou a crise. A análise histórica revela a prevalência da desinformação e a falta de preparo para enfrentá-la. O estudo propõe o "Protocolo Global de Combate à Desinformação", o qual tem como objetivo prevenir ou mitigar os efeitos da desinformação em tais eventos, baseado na representação visual da "Cruz da Desinformação", que identifica quatro esferas principais de impacto: A Esfera Comunitária, Política, Religiosa e Midiática. Conclusão: Através de uma análise histórica da desinformação e seus danos em emergências epidemiológicas, o presente estudo demonstrou a prevalência dessa questão e as lacunas que fazem com que atualmente as barreiras não sejam totalmente efetivas e evitem a propagação da desinformação. Dessa forma, ressalta-se a importância do engajamento da população e de equipes interprofissionais na identificação da desinformação e na adoção de condutas para que intervenções precisas possam ser desenvolvidas para combatê-las.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ÔNIBUS DA VACINA: UMA ESTRATÉGIA PARA DIMINUIÇÃO DAS BARREIRAS E VACINAÇÃO

Autores: Stela de Souza Godoy | Monica Kloster, Simone Patricia Barros

Instituição: Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa
Palavras-chave: Imunização;Cobertura vacinal;Saúde coletiva
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7118


Resumo:

O Programa Nacional de Imunização (PNI) consta como um marco histórico para a saúde pública do Brasil, sendo responsável pelo controle e erradicação de doenças imunopreveníveis no país. Apesar de ter se mostrado eficaz no alcance das metas de Cobertura Vacinal preconizadas na década de 2000, atualmente tem enfrentado dificuldades para obter esse resultado. Múltiplos fatores estão ligados à queda nos Índices de Cobertura Vacinal (ICV), sendo que o acesso ampliado à vacinação pode ser dificultado aos usuários devido a diversos fatores de diferentes naturezas, podendo estes serem de ordem geográfica, sócio-organizacional, socioeconômico e/ou cultural. O Ônibus da Vacina surgiu no município de Ponta Grossa - PR com o objetivo de fortalecer as ações de imunização e enfrentar as barreiras de acesso através da promoção de ações, levando os imunizantes em diferentes locais da cidade conforme solicitação da comunidade e necessidades apresentadas. Desde o início das suas atividades o Ônibus da Vacina atuou em diversos locais, alcançando um marco de 115.246 doses aplicadas . Os meses em que se obteve maior número de doses aplicadas foram abril, maio e junho; as variáveis que contribuíram para essa intensificação foram o número de ações, a disponibilização de novas doses da vacina COVID-19 e campanhas. A maior adesão popular ocorreu nos sábados, com uma média de 693 doses por ação, demonstrando que o projeto é uma alternativa para enfrentar barreiras sócio-organizacionais e permitir o acesso da classe trabalhadora aos serviços de imunização. Os meses com menor cobertura foram fevereiro e setembro, com 1885 e 902 doses, respectivamente; sendo estes também os meses com menor número de ações realizadas. Apesar das grandes conquistas do Programa Nacional de Imunização, ainda existem desafios a serem enfrentados. Diversos fatores que se relacionam são responsáveis por ocasionar uma queda nos Índices de Cobertura Vacinal, observada desde o início de 2016, que podem vir a comprometer o controle, eliminação e erradicação de doenças imunopreviníveis, portanto, cabe ao setor da saúde seguir inovando e projetando alternativas que estimulem a vacinação da população.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

A IMPORTÂNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DO INDICADOR DE CONSTIPAÇÃO EM PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Autores: Ana Paula Jenzura | Tami Lara Zani da Silva Machado, Katia Martins Julião

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Constipação intestinal, terapia nutricional, idosos
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7122


Resumo:

Caracterização do problema: A constipação é prevalente em pessoas idosas em decorrência do processo de senescência, sendo este fator determinante para o sucesso ou insucesso, da terapia nutricional (TN). Justificativa: A Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) observou a necessidade de realizar a medida do indicador de constipação em TN, considerando o acompanhamento diário e a característica dos pacientes atendidos – em especial pessoas idosas. Objetivo: Conscientizar a equipe assistencial sobre a importância da detecção e manejo precoce da constipação. Descrição da experiência: Os indicadores de TN são mensurados e apresentados mensalmente na reunião da EMTN. A partir da divulgação dos resultados foram realizadas ações de capacitação da equipe assistencial para conscientização da problemática, além de ajustes na TN e estreita abordagem com a equipe médica nas visitas diárias para manejo da constipação através de medidas laxativas medicamentosas. Reflexão sobre a experiência: A medida do indicador elaborado pelo serviço seguia a meta de <10%, proporcionando argumentos para conscientização e discussão com a equipe assistencial de como realizar intervenções para reduzir a constipação hospitalar. Ainda, fez com que a própria equipe de nutrição repensasse condutas e utilizasse melhor os recursos disponíveis, tais como: preferência de dietas com mix de fibras, módulos de fibras e simbióticos, além de ajuste da água livre ofertada. Com base no International Life Sciences Institute a meta para o indicador é de <20%, porém a constipa-ção nos pacientes em TN na instituição provou ser fator de intolerância gastrintestinal, provocando jejum prolongado, pausas na dieta, estase, vômitos, broncoaspiração, além de o paciente não atingir suas metas nutricionais, levando à desnutrição, podendo aumentar o tempo de internação. Verificou-se que por mais que os indicadores tenham ficado por meses entre 15% e 20%, tais porcentagens não foram suficientes para que os objetivos fossem atingi-dos e que os pacientes se beneficiassem da TN. O serviço conseguiu por vezes ficar abaixo da meta de 10%, com isso, houve aumento percentual das me-tas calóricas e proteicas e intervenção ativa da equipe multiprofissional. Recomendações: Difundir a importância da implementação de medidas para manejo da constipação e monitoramento deste indicador.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

A PREVALÊNCIA DE ANSIEDADE EM PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO

Autores: Helena Oles | Camila Marinelli Martins

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Educador; Estudos Transversais; Estresse Psicológico
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7124


Resumo:

Introdução: A ansiedade é definida por medo excessivo e constante e, evitação de situações intimidadoras. Os professores precisam se reinventar a cada mudança geracional, devido à dinamicidade dos alunos e à responsabilidade de auxiliá-los em sua formação. Diante disso, buscou-se explorar a prevalência e intensidade de ansiedade em professores escolares, relacionar esses dados com os perfis socioeconômicos e de trabalho e, correlacionar a sua prevalência com estresse e depressão. Metodologia: Este é um estudo transversal com abordagem quantitativa realizada em uma escola pública de Ponta Grossa (PR). Foram incluídos 17 professores escolares que responderam o questionário DASS-21. Este avalia a presença de afetos negativos na última semana. Foram associados os dados devidos à ansiedade com o perfil socioeconômico e de trabalho e, correlacionou-se com a prevalência de estresse e depressão. Resultados: A amostra consistiu majoritariamente de indivíduos do sexo feminino, de 41 a 50 anos, casados, com 40 horas semanais de trabalho e tempo de profissão maior que 20 anos. Encontrou-se que 9 (52,9%) dos entrevistados tinham sintomas extremamente severos de ansiedade, seis (35,3%) manifestações consideradas normais, um (5,9%) ansiedade moderada e um (5,9%), severa. Também, a média dos escores demonstrou ansiedade severa (M=20; DP=13,59). Encontrou-se um p-valor significativo ao relacionar ansiedade e carga horária de trabalho semanal (p=0,007). As demais variáveis (sexo, faixa etária, estado civil e tempo de profissão) não demonstraram um p-valor significante (p>0,05). Ademais, houve correlação positiva, forte e significativa entre ansiedade e estresse (r=0,87; p<0,001) e, ansiedade e depressão (r=0,76; p<0,001). DISCUSSÃO: Encontrou-se um valor maior do que as médias das pesquisas feitas recentemente para ansiedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, há uma prevalência de 9,3% de ansiedade no Brasil e de 3,6% no mundo. Também, em outro estudo, 23% dos docentes manifestaram sintomas de ansiedade. Conclusão: Conclui-se que houve alta prevalência de sintomas ansiosos entre os professores dessa escola, além da forte correlação entre ansiedade e estresse e entre ansiedade e depressão. Porém, essas taxas devem ser replicadas à população geral com cautela para representatividade da amostra na população, apesar de sua representatividade nessa escola.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

INCIDÊNCIA DA TUBERCULOSE NAS POPULAÇÕES DAS CIDADES-GÊMEAS DO PARANÁ

Autores: Laiz Mangini Cicchelero | Erica Alves Ferreira Gordillo, Ernesto Valdes Gordillo, Adriana Zilly, Reinaldo Antonio Silva-Sobrinho

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Parana (Unioeste) campus Foz do Iguaçu e Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Áreas de Fronteira; Incidência; Tuberculose; Vigilância em Saúde Pública.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7140


Resumo:

Introdução: A tuberculose (TB) segue como um problema de saúde pública no mundo. As áreas de fronteira possuem suscetibilidade em relação à disseminação de patógenos, visto as disparidades socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde, em consequência de diferentes sistemas de políticas públicas, culturais e sociais. A maioria dos municípios de fronteira do Brasil está no estado do Paraná, incluindo as cidades-gêmeas: Guaíra, divisa com Saltos del Guairá, no Paraguai (Py); Barracão que faz fronteira com Bernardo de Irigoyen, na Argentina (Ar); e Foz do Iguaçu, uma tríplice fronteira com Puerto Iguazú (Ar), e Ciudad del este (Py). Espaços de movimentação por trabalho, turismo, comércio e busca por serviços de saúde, o que expressa vulnerabilidade sanitária nesses territórios. Objetivo: avaliar a taxa de incidência da TB nas três cidades gêmeas do Paraná. Método: estudo transversal, no período de 2014-2023, baseado em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação as notificações de casos de TB por município/ano e população estimada residente nesses, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Calculou-se a taxa de incidência (por 100 mil habitantes) dividindo-se os casos anuais de cada localidade pela população correspondente. Resultados/Discussão: no período de 10 anos, a média das taxas de incidência anuais foi mais alta para Foz do Iguaçu (49,71/100 mil hab.), seguida de Guaíra (43,71), ambos com médias superiores ao estado do Paraná (22,93), e Barracão (3,95). Em Foz do Iguaçu, evidenciou-se um pico da taxa de incidência em 2014 (63,34) e 2019 (61,11). Observou-se importante queda da taxa de incidência em 2020 e 2021 em Foz do Iguaçu (41,82) e Guaíra (29,85), com Barracão performando taxa de incidência inferior a 1 caso por 100 mil hab., contexto possivelmente justificado pela pressão exercida sobre os serviços de saúde e subnotificações que foram evidenciadas nesse período marcado pela pandemia da COVID-19. Todavia, houve aumento da taxa em 2023 para Barracão (10,25) e Guaíra (43,71). Conclusão: o estudo mostrou que nessas localidades de fronteira internacional há uma persistente cadeia de transmissão da doença que pode estar ligada ao fluxo populacional flutuante. É estratégico que os gestores apoiem o fortalecimento dos sistemas de vigilância em saúde e busquem pactuações com os países vizinhos. O conhecimento das relações sociais e de saúde no espaço geográfico é essencial para o adequado diagnóstico da situação de saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

NOTIFICAÇÕES DE SÍFILIS ADQUIRIDA EM ADOLESCENTES NO PARANÁ ENTRE 2019 E 2023

Autores: Andressa Aya Ohta | Kelly Ayashi , Hellen Carla Rickli, Mariluci Pereira de Camargo Labegalini, Laura Akemi Storer Makita, Herbert Leopoldo de Freitas Goes

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Sífilis; Saúde do Adolescente; Epidemiologia
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7161


Resumo:

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), de evolução crônica, causada pela bactéria gram-negativa Treponema pallidum. No Brasil, o Ministério da Saúde adota o período da adolescência, conforme os critérios da Organização Mundial da Saúde, que compreende dos 10 aos 19 anos de idade. Os adolescentes constituem um grupo particularmente vulnerável às ISTs, considerando que o início da vida sexual, muitas vezes, ocorre nessa faixa etária. Objetivo: Analisar as notificações de sífilis adquirida em adolescentes, nos anos de 2019 e 2023, no Estado do Paraná. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados a partir do Sistema de Informações de Agravos de Notificação, disponíveis no DATASUS. A análise das informações foi realizada através de estatística descritiva no Programa Microsoft Excel Online. Devido ao estudo utilizar dados de domínio público, dispensou-se aprovação ética. Resultados: Foram analisadas 3266 notificações referente aos anos de 2019 e 2023, sendo 2019, o ano de maior número de notificações com 25% (n=827). Quanto às características dos adolescentes percebeu-se serem em sua maioria da faixa etária de 15 a 19 anos com 95% (n=3118), do sexo feminino 57% (n=1849) e da raça/cor branca 67% (n=2201). Quanto aos aspectos clínicos, 81% (n=2648) das notificações tiveram o desfecho de cura e 2 óbitos pela doença no ano de 2022. Como critério de diagnóstico, a maioria foi laboratorial 95% (n=3106). Conclusão: Este estudo revelou, que a maioria dos pacientes adolescentes com diagnóstico confirmado para sífilis no período de 2019 e 2023 no Paraná, foram da faixa etária de 15 a 19 anos, do sexo feminino, da raça/cor branca, com diagnóstico laboratorial e que obtiveram cura como desfecho da infecção. Diante do exposto, percebe-se a importância e a necessidade de realizar a promoção da educação sexual nas instituições de ensino no país, principalmente, voltado aos adolescentes. Essa educação deve abordar aspectos clínicos das IST e práticas seguras, auxiliando na desmistificação do tema, combatendo preconceitos e promovendo o cuidado com a própria saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MORTALIDADE POR DIABETES MELLITOS NAS UNIDADES FEDERATIVAS DO BRASIL

Autores: Vanessa Duarte Souza | SUELEN CRISITNA ZANDONADI BERNAL , GABRIELI PATRICIO RISSI, CAMILA MORAES GAROLLO PIRAN, CAMILA RODRIGUES COSTA, CARLOS ALEXANDRE MOLENA FERNANDES

Instituição: Universidade Estadual de Maringá-UEM
Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Mortalidade; Registros de Mortalidade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7165


Resumo:

Introdução: Diabetes Mellitus consiste em distúrbio metabólico que representa importante problema de saúde global. Caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente da deficiência na produção de insulina ou na sua ação. Destaca-se pelo potencial de desenvolver complicações, como deficiência visual, doença renal e amputações dos membros. O aumento nos casos é atribuído aos estilos de vida sedentários, hábitos alimentares pouco saudáveis, taxas crescentes de obesidade e envelhecimento da população. No Brasil, existem mais de 13 milhões de pessoas com a doença, que corresponde a 6,9% da população. Estudos de mortalidade são relevantes para o empenho em campanhas de prevenção e combate aos agravos. Objetivos: Descrever o índice de mortalidade de Diabetes Mellitus nos estados brasileiros de 2011 a 2021. Metodologia: Trata-se de estudo transversal descritivo, realizado através dos dados retirados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e da ferramenta TabNet. Foram selecionados os óbitos por Diabetes Mellitus nos códigos E10 a E14 do CID-10. Do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram extraídas as populações residentes estimadas em cada capital no período estudado. A análise ética foi dispensada, por se tratar de bancos de dados de domínio público. Resultados: No período estudado, foram identificados 84.963mil óbitos por Diabetes Mellitus nos 27 estados brasileiros. As maiores taxas de mortalidade para cada 100.000 habitantes nos anos de 2011 a 2021 concentraram-se em Sergipe, com 3, 97 em 2011, e em Rondônia, com 4, 15 em 2012. Após esse período, ocorreu uma elevação no número de óbitos. O estado do Mato Grosso do Sul liderou os índices de 2013 a 2018, chegando ao seu número máximo em 2017, de 11,72. No entanto, em 2020 houve uma queda na metade dos números. Um dos estados com os menores números foi São Paulo, que, em 2012, registrou 1,19 óbitos e manteve essa média por seis anos consecutivos. Considerações finais: A taxa de mortalidade apresentou crescimento em todos os estados brasileiros nos últimos anos. Propõe-se aos gestores de saúde a necessidade de criação e implementação de ações mais efetivas na prevenção da doença e de seus agravos nas pessoas em que ela está estabelecida.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AÇÕES EDUCATIVAS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INDÚSTRIAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE DE UM DISTRITO SANITÁRIO DE CURITIBA, PARANÁ

Autores: Patricia Vitorio Olmedo |

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Vigilância Sanitária; Indústria Alimentícia; Práticas Educativas
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7166


Resumo:

Para garantir a qualidade e a segurança dos produtos produzidos, as Indústrias de Alimentos devem cumprir uma série de requisitos estabelecidos por normas e legislações específicas, os quais são fiscalizados pelas equipes de Vigilância Sanitária por meio de inspeções sanitárias, com a finalidade de minimizar os riscos de contaminação e de proteger a saúde da população. O arcabouço legal para a fiscalização de Indústrias de Alimentos é amplo e varia conforme o tipo de produto fabricado. Esse fato dificulta a compreensão do processo de inspeção e seus desdobramentos entre proprietários e Responsáveis Técnicos, especialmente em Pequenas e Médias empresas e, muitas vezes, dificulta também o desenvolvimento do trabalho das equipes da VISA, uma vez que existem atualizações constantes dessas normas e ausência de número de profissionais, equipamentos e qualificação para ações, demonstrando a necessidade de um novo olhar para atender a essas demandas. O objetivo desse trabalho foi realizar oficinas educativas para capacitação de pequenas e médias indústrias de um Distrito Sanitário de Curitiba, Paraná. Em setembro de 2023 foram realizadas 2 oficinas a um total de 14 empresas, sendo a primeira direcionada a 5 fabricantes de gelados comestíveis, e a segunda a 9 fabricantes de produtos de panificação e massas alimentícias. Nessas oficinas foram abordados todos os temas relacionados a regularização dos estabelecimentos, legislações sanitárias específicas, Boas Práticas de Fabricação, controles de qualidade, rastreabilidade, documentações importantes, Rotulagem geral e Rotulagem Nutricional do produto acabado. Após a realização das oficinas observamos uma maior aproximação do setor regulado com a VISA para esclarecimento de dúvidas, uma melhor compreensão de itens de verificação durante as inspeções e uma agilidade na implantação de processos, uma vez que os proprietários possuíam mais conhecimento das legislações e prazos. Isso também favoreceu o trabalho da equipe de VISA, que constatou uma diminuição das irregularidades normalmente encontradas nesses estabelecimentos, uma maior celeridade na solução dos requisitos exigidos e no cumprimento dos prazos. Dessa forma, verificamos que, para superar os desafios existentes na atuação da VISA, o desenvolvimento de ações educativas de acordo com o perfil, características e as necessidades do setor regulado de uma localidade, é uma estratégia positiva e proporciona bons resultados para todos os envolvidos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

SEGURANÇA HÍDRICA NA NUTRIÇÃO ENTERAL DOMICILIAR: ANÁLISE DA CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA E PRÁTICAS DE HIGIENE EM CURITIBA, PARANÁ

Autores: Elaine Cristine de Souza Martins | Rayane Luizi da Costa, Marcelly Caroline Pires Fernandes, Rubia Daniela Thieme, Lize Stangarlin-fiori

Instituição: Universidade Federal do Paraná - UFPR
Palavras-chave: Nutrição Enteral; Microbiologia da água; Qualidade da Água.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7180


Resumo:

Introdução: No Brasil, a água emergiu como a principal causa de surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) de 2014 a 2023, contribuindo com 28,8% dos 2112 surtos registrados nesse período. Embora não existam dados específicos sobre a contaminação hídrica em domicílios, o perigo é evidente. A água contaminada pode afetar diretamente a saúde das pessoas em Nutrição Enteral Domiciliar (NED), em especial os mais fragilizados, que se encontram suscetíveis a distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia. Objetivo: avaliar a contaminação microbiológica da água e as práticas de higiene relacionadas ao abastecimento de água em domicílio de pacientes em uso da NED. Metodologia: foram avaliados 47 domicílios entre agosto de 2022 e outubro de 2023. Os domicílios foram selecionados por conveniência, a partir dos registros de pessoas em uso da NED, atendidos pelo Programa de Atenção Nutricional às Pessoas com Necessidades Especiais de Alimentação (PAN) em Curitiba, Paraná. O presente estudo foi aprovado no comitê de Ética em Pesquisa, da Universidade Federal do Paraná e da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/PR. Em visita domiciliar, coletou-se 200 ml da água utilizada no preparo da formulação enteral, para análise de coliformes fecais e dos microrganismos Escherichia coli e Pseudomonnas aeruginosa. Também foram avaliadas as condições do abastecimento de água e as condições e higienização da caixa d`água. Resultados: no geral, 81% (N=38) das amostras apresentaram contaminação em pelo menos uma das avaliações microbiológicas. Sendo Pseudomonnas aeruginosa o mais presente, em 95% (n=36). Em relação as práticas adotadas, constatou-se que 64% (n=30) dos domicílios utilizam água fervida ou mineral para o preparo das formulações enterais. Para as etapas de higienização pessoal e para a higienização dos equipamentos, frascos de envase e utensílios, todos os domicílios utilizavam a água proveniente da rede pública. Sendo que, quando a água era armazenada em ??caixa d`água, apenas 17% (n=8) relataram ter higienizado nos últimos 6 meses, e 38% (n=18) desconheciam a última vez que a higienização foi realizada. Conclusão: Conclui-se que a água utilizada no ambiente domiciliar de pessoas em NED se apresenta com elevada contaminação, representando risco significativo à saúde. Ainda que seja feito uso exclusivo de água potável, há a necessidade de adotar critérios adequados de higienização da caixa d'água nos domicílios.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PRESCRIÇÕES DE ESQUEMAS ANTIRRETROVIRAIS PARA PACIENTES EM TRATAMENTO DE HIV EM UMA REGIONAL DE SAÚDE BRASILEIRA E SUA CONFORMIDADE COM O PROTOCO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

Autores: Yasmim Brick Santos | Erildo Vicente Muller, Paula Virgínia Michelon Toledo, Hailyn Ribas de Lima

Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Palavras-chave: HIV; Epidemiologia; Terapia Antirretroviral de Alta Atividade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7181


Resumo:

Introdução: A gestão adequada de esquemas antirretrovirais é crucial para o controle eficaz do HIV. Pela complexidade clínica e diversidade de possibilidades terapêuticas, o alinhamento das prescrições com as diretrizes estabelecidas é essencial. Objetivos: identificar os esquemas antirretrovirais mais frequentes e verificar a conformidade dessas prescrições com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o HIV. Método: estudo transversal com pacientes em tratamento para HIV no Serviço de Assistência Especializada da 3ª. Regional de Saúde do Estado do Paraná. Foram descritos dados do histórico terapêutico dos pacientes, coletados no Sistema Laudo. Resultados/Discussão: os 1656 pacientes foram divididos em 42 combinações diferentes de prescrições. A maioria (89%) estava em esquemas terapêuticos de entrada. O esquema mais prescrito foi a primeira linha atual (Lamivudina, Tenofovir e Dolutegravir), representando metade das prescrições analisadas, seguido da primeira linha anterior, com Efavirenz, presente em 20% das prescrições. Esses dados apontam para conformidade com o protocolo na maior parte dos casos, ainda que haja resistência de alguns prescritores e/ou pacientes em atualizar a prescrição. Medicamentos de uso restrito são usados por apenas 13 pacientes, dada a complexidade clínica e terapêutica que acompanha esses casos. 2% dos pacientes usavam dupla terapia em conformidade com o protocolo, enquanto apenas um paciente usava dupla terapia em um esquema não permitido pelas diretrizes. Conclusões: há adesão substancial das prescrições da regional às diretrizes terapêuticas estabelecidas, com a maioria dos pacientes utilizando tratamento de primeira linha. A variedade de esquemas terapêuticos observada ressalta a importância de uma abordagem individualizada e adaptativa no manejo do HIV, apontando desafios em atualizar terapias em alguns casos. Recomenda-se investigar os motivos da resistência na atualização das prescrições e o impacto nos desfechos clínicos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ENSINO E PRÁTICA: EXPERIÊNCIA DE ALUNOS EM UM AMBULATÓRIO DE TOXOPLASMOSE INFANTIL

Autores: Larissa Face Kuvabara | José Lucas Silva dos Santos , Andressa Aya Ohta, Beatriz Sayuri Baba, Laura Akemi Storer Makita , Herbert Leopoldo de Freitas Goes

Instituição: Universidade Estadual de Enfermagem
Palavras-chave: Toxoplasma; Criança; Assistência Ambulatorial.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7185


Resumo:

Introdução: A toxoplasmose é uma zoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii que pode ser transmitida via vertical, causando complicações graves para a criança. O diagnóstico de toxoplasmose congênita deve levar em consideração o binômio materno fetal, com a presença de soroconversão em qualquer trimestre gestacional e recomenda-se a investigação da criança e encaminhamento para um centro de especialidade após confirmação diagnóstica. Objetivo: Relatar a vivência de discentes em projeto de ensino realizado no (em) ambulatório de Toxoplasmose Infantil. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, elaborado a partir da vivência de participantes do projeto de ensino intitulado “Vigilância Epidemiológica Hospitalar: um serviço para o aprimoramento da gestão da informação, desenvolvido em um hospital de ensino.”. Resultados: São acompanhadas crianças do primeiro mês de vida até 3 anos de idade. No momento da alta hospitalar, após o nascimento do bebê,é solicitado exames laboratoriais e de imagem que são analisados, posteriormente, em consulta médica e de Enfermagem. Durante o atendimento é realizado exame físico na criança, investigado sobre aceitação alimentar e tolerância na ingestão das medicações, bem como, solicitados exames de IgM, IgG e hemograma para comparativo e acompanhamento. Todas as crianças infectadas devem receber sulfadiazina®, pirimetamina® e ácido fólico até o final do primeiro ano de vida. Com a suspensão da medicação é verificado se existe presença de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e alteração do crescimento do perímetro cefálico.Participantes do projeto: um enfermeiro do mestrado, um interno de medicina, um médico neuropediatra, um residente médico pediatra. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da vivência no projeto foi possível compreender a rotina de um ambulatório de toxoplasmose infantil, bem como a importância de acompanhar as evoluções clínicas de cada criança, associadas com as medicações disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para um tratamento eficaz.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

FREQUÊNCIA DE SOLICITAÇÃO DE EXAMES DE CARGA VIRAL NO ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES EM TRATAMENTO PARA HIV EM UMA REGIONAL DE SAÚDE PARANAENSE

Autores: Yasmim Brick Santos | Erildo Vicente Muller, Paula Virgínia Michelon Toledo, Hailyn Ribas de Lima

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: HIV; Epidemiologia; Saúde Pública
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7195


Resumo:

Introdução: O sucesso do tratamento da TARV é acompanhado através da carga viral indetectável. Assim, a avaliação frequente desse exame é essencial para o controle do HIV. Objetivos: avaliar a periodicidade de solicitação de carga viral para pacientes em tratamento de HIV em uma regional de saúde, correlacionando com a frequência recomendada pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o HIV. Método: trata-se de um estudo observacional e descritivo desenvolvido com os pacientes em tratamento para HIV no Serviço de Assistência Especializada da 3ª. Regional de Saúde do Estado do Paraná, cujo critério de inclusão era o cadastro ativo na farmácia da unidade. Os dados foram coletados no Sistema Laudo. RESULTADOS / DISCUSSÃO: dos 1656 pacientes da regional, 8,4% não tinham dados quanto à solicitação de exames e 2,5% tinham apenas um exame solicitado. Dos demais, para 11,2% dos pacientes a periodicidade de exames foi superior a um ano e para 28% entre 6 meses e 1 ano. Ainda que a maioria dos pacientes tenha sido submetida à solicitação de ao menos uma quantificação ao ano, o Ministério da Saúde recomenda exame semestral para bom acompanhamento do tratamento, o que aconteceu para 50% dos pacientes. Para os dados ausentes ou sem periodicidade, a principal hipótese é acompanhamento dos pacientes pelo sistema privado, já que os registros de dados de carga viral são mantidos apenas pelo SUS. Quanto aos atrasos, as hipóteses são falta de adesão ao tratamento ou acesso a exames pelo paciente ou ausência de solicitação pelos profissionais. Conclusão: a frequência de solicitação de exames é inferior à preconizada pelo Ministério da Saúde. Os dados coletados demonstram a necessidade de educação dos prescritores e dos pacientes quanto à importância da regularidade de realização do exame de carga viral.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

COMPARAÇÃO ENTRE CIGARRO ELETRÔNICO E CIGARROS TRADICIONAIS: PERCEPÇÕES DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO PARANÁ EM 2023

Autores: Yran Augusto de Lima Batista | Ana Clara Possamai Moraes, Lislei Teresinha Preuss, Jessica Paloma Chagas dos Santos, Camila Marinelli Martins, Ricardo Zanetti Gomes

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
Palavras-chave: Cigarros Eletrônicos (CE); Estudantes de Medicina; Comparação.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7211


Resumo:

Introdução: Os cigarros eletrônicos (CE) são novos métodos de aplicação de nicotina e consistem em dispositivos à bateria utilizados para administrar esta ou outras substâncias químicas psicoativas, cuja popularidade cresce entre adolescentes e jovens adultos. Uma hipótese para esse fenômeno é o modismo e a falsa noção de que são menos prejudiciais que os cigarros convencionais, desconsiderando os riscos à saúde e a propensão ao tabagismo. Objetivo: O presente estudo objetiva explorar as percepções sobre o uso de cigarros eletrônicos e cigarros tradicionais por futuros médicos de uma universidade pública do Paraná. Metodologia: A amostragem abrange os acadêmicos matriculados no ano de 2023 dos seis anos do curso de Medicina desta universidade que, ao término do ano letivo de 2023, apresentou uma distribuição heterogênea, com uma média de 50,5 alunos por turma. A pesquisa foi conduzida via Google Forms e envolve uma abordagem qualiquantitativa, tabulando respostas específicas para elaborar uma tabela detalhada. Além disso, o teste qui-quadrado também foi utilizado para identificar associações estatisticamente significativas entre variáveis. Resultados: 99 acadêmicos responderam ao questionário. A maioria dos participantes tem entre 20 e 22 anos (34,12%) e a distribuição entre os sexos foi equilibrada, com 50,20% do sexo masculino na amostra balanceada (p>0,05). Entre os acadêmicos que já fumaram cigarros eletrônicos, a maioria relata ter utilizado cigarro convencional primeiramente (57,1%) (p>0,05), mas 83,08% utilizam exclusivamente CE atualmente, com relação estatisticamente significativa tanto em relação aos sexos (p=0,002) quanto à turma (p=0,016). Na percepção de todos os acadêmicos da amostra, 79,26% não consideram os cigarros eletrônicos menos prejudiciais em relação aos cigarros convencionais. Essa percepção variou significativamente com o sexo, evidenciando 66,67% das respostas do sexo masculino indicando essa opinião (p<0,001). Além disso, quase todos da amostra consideram que os jovens preferem cigarros eletrônicos (95,27%) (p>0,05), mas apenas 9,57% dos acadêmicos, todos do sexo masculino (p=0,002), recomendariam o uso de CE a um paciente que deseja parar de fumar. Conclusão: Os resultados deste estudo destacam a popularidade e preferência dos CE entre jovens adultos a partir de percepções de estudantes de Medicina, revelando uma disparidade significativa entre o comportamento de iniciação ao fumo e a formação de futuros profissionais da saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE: AVALIAÇÃO DE UM HOSPITAL DO PARANÁ

Autores: Tatiane Bonametti Veiga | Helluany Mehl , Maiza Karine Barcia , Ana Paula Milla dos Santos Senhuk

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: Resíduos de Serviço de Saúde; Gestão de Resíduos; Qualidade Ambiental.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7215


Resumo:

Os estabelecimentos de saúde, especialmente os hospitais, são responsáveis por uma parcela considerável na geração de Resíduos de Serviço de Saúde (RSS), por isso é fundamental que a gestão dos resíduos produzidos seja realizada de maneira adequada, para minimizar os impactos adversos ao meio ambiente e à saúde pública. O objetivo do estudo foi realizar o diagnóstico da gestão de RSS no Hospital Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, município de Prudentópolis-PR. A pesquisa foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2020. Para o levantamento de dados elaborou-se um questionário com base na literatura e adaptado à legislação vigente. A classificação seguiu o método Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Estadual do Centro-Oeste, sob parecer nº 3.618.938. A primeira categoria avaliada refere-se ao Manejo de Resíduos Sólidos, com pontuação de 86,4% e classificação “Boa”. Algumas de suas subcategorias demonstraram falhas, como a subcategoria Tratamento Preliminar que apresentou classificação “Crítica”, visto que o hospital não realizava tratamento preliminar/interno de seus resíduos. A subcategoria Tratamento Externo foi classificada como “Péssima”, segundo os participantes, os resíduos não passam por tratamento antes da disposição final. Em relação as demais categorias, Segurança e Saúde dos Trabalhadores obteve a pontuação de 75%, classificada como “Boa”, o problema relatado foi em relação a acidentes devido ao manejo dos RSS no hospital. Ademais, as categorias Biossegurança e Sistema de Gestão obtiveram pontuação 100%, classificadas como “Excelente”. A biossegurança é essencial para minimizar os riscos no processo de trabalho. Do mesmo modo, o sistema de gestão assegura um ambiente seguro e eficiente, atendendo à complexidade dos hospitais e promovendo práticas de trabalho seguras. Por último, foi apresentada a classificação Geral do hospital, com pontuação de 90%, classificada como “Boa”, demonstrando que, no geral, a maioria dos itens relacionados a gestão e gerenciamento dos RSS são realizados de acordo com as normas vigentes no Brasil. Com a realização da pesquisa pode-se identificar os pontos críticos no sistema de gestão de RSS do hospital, sendo possível priorizar e corrigir as falhas encontradas, além de trazer informações relevantes para um diagnóstico atualizado que facilite tomadas de decisão mais eficientes e adequadas à realidade do estabelecimento avaliado.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL EM UM HOSPITAL DO PARANÁ EM RELAÇÃO À GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

Autores: Tatiane Bonametti Veiga | Helluany Mehl , Maiza Karine Barcia , Ana Paula Milla dos Santos Senhuk

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: Gestão de Resíduos; Resíduos de Serviço de Saúde; Segurança ocupacional.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7216


Resumo:

A regulamentação de práticas eficientes no manejo dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) é fundamental para orientar as formas de gestão e gerenciamento adequado, a fim de garantir a segurança ocupacional dos responsáveis pelo manuseio dos RSS, para a saúde pública e meio ambiente. O objetivo do estudo foi identificar os aspectos de segurança e saúde do trabalhador e biossegurança no Hospital Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, município de Prudentópolis-PR. A pesquisa utilizou um roteiro para observação de campo fundamentado na literatura. No hospital, o processo de segurança e saúde do trabalhador inicia-se no momento de admissão, quando os funcionários são submetidos a avaliação clínica que envolve a anamnese ocupacional, exames físicos e exames complementares. Também, são realizados os exames periódicos e demissional. Com relação a acidentes de trabalho relacionados ao manejo de resíduos, no hospital acontecem, em média, três acidentes por mês, sendo mais comum com resíduos do Grupo E (perfurocortantes). Nestes casos, é dado atendimento ao funcionário, em seguida o enfermeiro responsável do setor é informado para a abertura do protocolo e Comunicação de Acidente de Trabalho. No caso do acidente ser com resíduo perfurocortante utilizado em pacientes, é feita a medicação como forma de prevenção, independentemente da fonte. Se alguma patologia for confirmada, há o acompanhamento pelo período de seis meses. Para a evitar acidentes com manejo de RSS no hospital, são realizados treinamentos com os funcionários conforme demanda. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) utilizados pelos funcionários são fornecidos pelo hospital, sua substituição ocorre sempre que há necessidade, seja em caso de contaminação ou devido seu estado de conservação. Durante as visitas ao hospital, foi possível verificar que os EPIs utilizados estavam em bom estado de conservação. Além disso, o hospital conta com comissões e programas, que auxiliam na gestão da saúde e segurança e da biossegurança. Diante do exposto, conclui-se que treinamentos e capacitações são fundamentais para a identificação dos diversos fatores de riscos pelos próprios funcionários, para a promoção da saúde e a eliminação ou minimização dos riscos a que são expostos esses profissionais, sendo necessário uma periodicidade nesses treinamentos, principalmente devido a alta rotatividade que, normalmente, ocorre entre funcionários nos estabelecimentos de saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

DA PERCEPÇÃO À PREVENÇÃO: CONSTRUINDO JUNTOS UM AMBIENTE SEGURO

Autores: Luana Lunardi Alban | SUE ELLEN APARECIDA SILVA LEITE , ELIANE MORAES DE SOUZA PRETO, DANIEL DA COSTA LIMA

Instituição: Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) - Foz do Iguaçu
Palavras-chave: Vigilância em Saúde do Trabalhador; Educação em Saúde; Prevenção de Acidentes;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7224


Resumo:

Introdução: O movimento que acontece mundialmente denominado “Abril Verde”, foi criado para aumentar a conscientização sobre a importância da segurança e saúde no trabalho, focando na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Objetivo: Relatar a experiência das ações de educação em saúde realizadas durante o Abril Verde, por um Grupo Técnico de Vigilância em Saúde do Trabalhador (GT-VISAT) em Foz do Iguaçu (PR). O município conta com a LEI Nº 5.173, de 11 de Outubro de 2022, que institui e inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município o "Abril Verde". Assim, no ano de 2023, uma servidora municipal organizou um grupo de voluntários formado por profissionais autônomos, sindicatos, empresas públicas e privadas, além de instituições de ensino que formaram o GT-VISAT, com o objetivo de realizar ações no Abril Verde em 2024. Resultados: A campanha teve como lema “Da percepção à prevenção: construindo juntos um ambiente seguro", com foco na identificação de riscos no ambiente de trabalho, bem como na notificação dos acidentes. As principais atividades incluíram a realização de palestras educativas, distribuição de materiais informativos, em locais públicos e privados. As ações foram desenvolvidas em Hospitais, rede Hoteleira, Construção Civil, Escolas e “blitz educativa” em via pública. As ações ultrapassaram os limites do município, conseguindo atingir cidades vizinhas. Foram utilizadas redes sociais e mídias locais para disseminar informações sobre segurança no trabalho e divulgar os eventos do Abril Verde. A parceria com instituições de ensino buscou integrar a temática da saúde do trabalhador nos currículos de cursos técnicos e universitários. As ações tiveram um impacto significativo na conscientização, atingindo um amplo público, com aproximadamente sete mil pessoas impactadas. Houve uma participação ativa de trabalhadores e empregadores, o que evidenciou um aumento no interesse e no conhecimento sobre práticas seguras no ambiente de trabalho. Conclusão: O Abril Verde mostrou-se uma iniciativa eficaz para promover a vigilância em saúde do trabalhador, parcerias estabelecidas e a participação ativa da comunidade foram essenciais para o sucesso das atividades. Este relato de experiência reforça a importância de manter e ampliar essas ações para garantir ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES DE TRABALHO FATAIS E INCAPACITANTES PERMANENTES EM MUNICÍPIOS FRONTEIRIÇOS PARANAENSES (2013-2022)

Autores: Luana Lunardi Alban | Adriana Zilly, Denise Rissato, Carolina Spack Kemmelmeier, Maria Lucia Frizon Rizzotto

Instituição: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Saúde Pública em Região de Fronteira - Universidade Estadual Do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Saúde do Trabalhador; Acidentes de Trabalho; Vigilância em Saúde do Trabalhador;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7225


Resumo:

Introdução: A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) define princípios e diretrizes para promover a saúde integral dos trabalhadores. Deve-se fortalecer a identificação, prevenção e redução dos riscos à saúde. A notificação de acidentes é universal e compulsória, independente da gravidade, incluindo casos com crianças e adolescentes. Objetivo: coletar dados sobre o perfil epidemiológico de óbitos e incapacidades permanentes decorrentes de acidentes de trabalho em municípios fronteiriços no período de 2013 a 2022. Metodologia: descritiva, análise quantitativa, com dados secundários do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), considerando o local de residência nos municípios fronteiriços do Paraná, que incluem Pranchita, São Miguel do Iguaçu, Santa Helena, Foz do Iguaçu, Barracão, Guaíra e Marechal Cândido Rondon. Resultados: foram notificados 12 acidentes de trabalho que resultaram em incapacidades permanentes e 76 casos fatais. O município de Foz do Iguaçu registrou o maior número de notificações no período, com 52,27% (n=46) do total. O sexo masculino representou 80 indivíduos (91%). Em relação à escolaridade, 11 indivíduos (12,5%) tinham ensino médio completo, enquanto 2 (2,27%) tinham educação superior completa. Em 47 casos (53,40%), as informações sobre escolaridade estavam ausentes. No que diz respeito à faixa etária, 30 casos (34%) tinham entre 35 e 49 anos. A maioria de raça branca 62 (70,45%), 23 (26,13%) eram pardos, e 3 (3,4%) de raça preta. Foram classificados como típicos 67 casos (76,13%) e 21 (23,9%) como de trajeto. Correspondiam a trabalhadores registrados 38 (43,18%), enquanto 43 casos (48,86%) autônomos, os demais eram trabalhadores temporários. Apenas 20 casos (23%) tiveram emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Considerações finais: os acidentes de trabalho são considerados eventos de notificação compulsória, desempenhando um papel crucial como instrumento de monitoramento da saúde pública para entender as condições de trabalho. Isso é particularmente relevante em regiões de fronteira internacional, que são ambientes únicos caracterizados pela migração transfronteiriça em busca de oportunidades educacionais, de saúde e de trabalho, frequentemente em condições precárias.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

NOTIFICAÇÕES DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM ENFERMEIROS NO PARANÁ NOS ANOS DE 2019 A 2023

Autores: Kelly Ayashi | Larissa Face Kuvabara, Jose Lucas Silva dos Santos, Hellen Carla Rickli, Windson Martins Possmosser, Herbert Leopoldo de Freitas Goes

Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Acidentes de Trabalho; Enfermeiros; Epidemiologia
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7231


Resumo:

Introdução: O acidente de trabalho é caracterizado como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, que resulta na morte, perda ou redução de capacidades. Os enfermeiros representam uma classe de profissionais expostos a vários riscos ocupacionais, como os biológicos, químicos, físicos e ergonômicos. A indisponibilidade de tempo devido a alta demanda de pacientes e a ausência de conscientização dos profissionais podem ser fatores que dificultam a adesão ao autocuidado em relação aos acidentes ocupacionais1. Além disso, condições de trabalho devem ser consideradas, como a sonolência pelo excesso de atendimentos e horas extras2. Objetivo: Caracterizar as notificações de acidentes de trabalho de enfermeiros no Paraná nos anos de 2019 a 2023. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico e descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no DATASUS. As variáveis utilizadas foram: faixa etária, situação no mercado de trabalho, tipo de acidente, causa do acidente, horas do acidente após início da jornada de trabalho, parte do corpo atingida e evolução do caso. Resultado: Foram analisadas 2086 notificações, sendo o ano de 2022 o ano com maior índice de notificações representando 42,3% (n=883) das notificações. A faixa etária mais acometida foi de 30 a 39 anos com 35,9% (n=749). Notou-se que 44,7% (n=933) das notificações eram de servidores públicos estatutários e na grande maioria dos casos o tipo de acidente de trabalho foi o típico 91,9% (n=1916). A principal causa dos acidentes eram por circunstância relativa às condições de trabalho totalizando 78,2% (n=1632). No que se refere à hora em que o acidente ocorreu após o início da jornada de trabalho 86,4% (n=1760) das notificações foram deixadas em branco. Em 77,4% (n=1614) das notificações, a parte mais atingida foi o corpo inteiro e em 82,4% (n=1719) a evolução do caso foi a cura. Conclusão: Verificou-se o predomínio de notificações no ano de 2022 com trabalhadores entre 30 a 39 anos, servidores públicos estatutários que sofreram um acidente do tipo típico por circunstância relativa à condição de trabalho e que resultaram em cura. Percebe-se o preenchimento das fichas de notificações de maneira pouco específica ou incompleta como nas variáveis causa do acidente, hora após início da jornada e parte do corpo atingida, resultando na implementação de medidas de prevenção ao acidente de trabalho menos efetivas.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PARTICIPAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DE CAPACITAÇÃO PARA ANÁLISE E APROVAÇÃO DE PBA E COMPATIBILIDADE DE PROJETO DE BLINDAGEM AOS ANALISTAS DE VIGILÂNCIAS SANITÁRIAS MUNICIPAIS DO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Tailiz Neri Catarino |

Instituição: Secretária de Saúde do Paraná
Palavras-chave: Vigilância Sanitária; Projeto Básico de Arquitetura; Capacitação;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7241


Resumo:

O presente trabalho visa elucidar o relato de experiência como Arquiteta inserida na Residência Técnica em Gestão de Saúde Pública da Universidade Estadual de Maringá, lotada na Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA), com a participação e auxílio na organização da Capacitação para Análise e Aprovação de Projeto Básico de Arquitetura e Compatibilidade de Projeto de Blindagem, destinada aos Analistas Municipais (Arquitetos e Engenheiros) de prefeituras do Estado do Paraná, a capacitação foi realizada pela Divisão de Análise de Projetos de Estabelecimentos de Saúde (DAPES), de forma presencial no prédio da CELEPAR em Curitiba, com carga horaria de 24 horas, no mês de maio do ano de 2024. A DAPES é atualmente responsável pela análise e aprovação do Projeto Básico de Arquitetura (PBA) de Estabelecimentos de Assistência e de Interesse à Saúde, o qual é parte do processo de licenciamento sanitário, atendendo ativamente 18 das 22 Regionais de Saúde, o que representa um atendimento direto aos estabelecimentos de mais de 300 municípios do estado do Paraná, é atribuição da divisão coordenar o processo no nível estadual, com atividades de gestão, capacitar e dar suporte aos analistas municipais. A capacitação realizada efetiva a teoria da descentralização, importante princípio organizativo preconizado pelo SUS, mas que, na prática, muitas vezes possui entraves para de fato ser totalmente implementado, levando em conta que a Divisão atualmente realiza atividades de análise e aprovação de projetos para municípios em maioria de Porte I e II, que não possuem analistas capacitados, o que infla o fluxo dos processos do setor, em contraponto com a baixa capacidade de profissionais disponíveis, tornando o processo muitas vezes moroso e ineficiente. Se faz necessário pensar em medidas para minimizar os efeitos negativos, e implementar com mais afinco a descentralização do sistema, como, por exemplo, capacitação online de maneira constante, com maior periodicidade, abertura de canais permanente para dar suporte e sanar dúvidas de analistas dos municípios do paraná.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ATIVIDADE FÍSICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO OU CONTROLE?

Autores: Letícia Pechnicki dos Santos | Alice Tatiane da Silva, Thais Gabriele dos Santos, Rafael Verissimo de Andrade Martins, Rogério César Fermino

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; exercício físico; doenças não transmissíveis
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7251


Resumo:

Introdução: A caminhada tem sido amplamente reconhecida como uma estratégia para prevenir e controlar doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e melhorar a saúde cardiovascular. Objetivo: Verificar se usuários com doenças crônicas apresentam maiores níveis de caminhada. Métodos: Estudo transversal realizado em 2019, com amostra representativa de 779 participantes atendidos nas 15 UBS da área urbana de São José dos Pinhais-PR. A prática de caminhada foi avaliada com o International Physical Activity Questionnaire, e o volume semanal de prática de caminhada no lazer foi categorizado em “>=150 min/sem”. O índice de massa corporal (IMC) foi classificado em “baixo peso ou peso normal” (<= 24,9 kg/m²), “excesso de peso” (25-29,9 kg/m²) e “obesidade” (>=30 kg/m²). A presença de morbidades foi avaliada com resposta dicotômica (“não”, “sim”), estabelecida pelo diagnóstico médico reportado para hipertensão, diabetes, dislipidemia e doença arterial coronariana. Os participantes também foram classificados de acordo com o número de morbidades relatadas (“0”; “1”; “2 ou mais”). Resultados: Verificou-se maior proporção de prática de caminhada (>=150 min/sem) entre hipertensos (p<0,05), diabéticos (p<0,001), e entre aqueles que relataram o diagnóstico de duas ou mais morbidades (p<0,001). Discussão: Diferenças significativas de pratica de caminhada não deveriam ser encontradas entre as duas populações. A prática de AF deve ser prevalente tanto para populações saudáveis, buscando a prevenção, quanto para populações que apresentam alguma doença crônica, buscando o controle. É importante que profissionais de saúde, atuantes na Atenção Primária à Saúde, aconselhem aos usuários sobre a importância da pratica de AF, tanto para prevenção, quanto para auxiliar no tratamento das DCNT. Conclusão: A prática de caminhada é mais prevalente entre usuários que relataram diagnóstico positivo para hipertensão, diabetes, e entre aquele que relataram o diagnóstico de duas ou mais morbidades.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Isabela Vanessa Tavares Cordeiro Silva | Giovana Antoniele da Silva, Laura Razente Grespan, Natan David Pereira, Paloma Luana de Azevedo Ramos da Silva, Débora Regina de Oliveira Moura

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Epidemiologia; Causas externas; Enfermagem; Mortalidade.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7252


Resumo:

Introdução: As mortes por causas externas são consideradas aquelas que ocorrem de forma não natural e podem resultar em lesões de diversos tipos, como os acidentes e violências, podendo ser classificadas como evitáveis, não intencionais e intencionais. Conforme a literatura, no Brasil as causas externas ocupam a 4º principal causa de óbitos evitáveis registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Objetivo: Identificar o perfil dos óbitos por causas externas, entre os anos de 2021 e 2022, no estado do Paraná. Método: Trata-se de um estudo transversal, ecológico, retrospectivo com abordagem quantitativa, que buscou analisar a mortalidade por causas externas entre os anos de 2021 e 2022. Os dados foram extraídos do SIM, considerando as informações sobre causas externas, incluídas no capítulo XX, de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças - CID 10. Resultados/Discussão: No período analisado foram registradas 302.267 mil mortes por causas externas, sendo que o estado do Paraná ocupou o 5º lugar, totalizando 19.073 mil óbitos (6,3%). A proporção de óbitos por causas externas foi maior em indivíduos do sexo masculino (77,5%), idade entre 20 a 29 anos (20,6%), de raça/cor branca (69,8%). No tocante ao local de ocorrência do óbito, o maior percentual ocorreu em ambientes hospitalares (36,9%), seguido das vias públicas (27,9%). O principal grande grupo da CID-10, foram as causas externas associadas aos acidentes de transporte (28,3%). Quando analisados os anos, de forma individual, não é observado mudança no perfil dos óbitos. Estudos elucidam que a faixa etária se assemelha com os resultados expostos, em que adultos/jovens são mais suscetíveis às causas externas. Em relação ao ambiente hospitalar, as sequelas por causas externas resultam em grande número de internações por fraturas, intoxicações, dentre outras causas, reforçando a necessidade de execução de programas de conscientização efetivos acerca da prevenção de acidentes. Conclusões: O presente estudo contribui para o conhecimento das principais características dos indivíduos que evoluíram à óbito por causas externas no Brasil, auxiliando na compreensão do agravo nesta população. Infere que a constância nas características dos óbitos por causas externas é uma aliada na criação de medidas preventivas, principalmente nos acidentes de transporte, podendo direcionar de forma mais eficaz o público a ser abordado.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

O PRÉ-NATAL COMO FERRAMENTA IMPORTANTE NO CONTROLE DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA.

Autores: Letícia Camargo | Victória Beatriz Zardo

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Toxoplasmose Congênita; Diagnóstico Pré-natal; Gravidez.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7259


Resumo:

Introdução: O Toxoplasma gondii é um dos parasitas mais comuns do mundo, afetando ? da população. A infecção da mãe durante a gravidez corresponde a riscos elevados para o feto, sendo de extrema importância o rápido diagnóstico possibilitado pelos exames de pré-natal. Objetivos: Ressaltar a importância do acompanhamento pré-natal para prevenção da toxoplasmose congênita. Método: Trata-se de uma pesquisa científica que utilizou artigos publicados nas plataformas PubMed, BVS e Scholar Google e dados do DATASUS e da Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (IVIS). Resultados/discussão: A infecção do feto por T. gondii durante a gestação pode levar ao aborto espontâneo ou a graves sequelas: calcificações cerebrais, hidrocefalia, sequelas cognitivas e motoras, retinocoroidite, deficiência visual e auditiva. O risco de transmissão para o feto aumenta com a evolução da gestação, sendo de 5% no início e chegando a 70% no último trimestre, porém a gravidade da doença é inversamente proporcional a esse dado (SAWERS, L. et al, 2022). Ademais, estudos demonstraram que a criança brasileira tem 5 vezes mais risco de adquirir a doença do que crianças europeias (DUBEY, J. P. et al, 2021). Segundo o DATASUS, o número de casos no Brasil foi de 2.858 em 2019, para 9.669 em 2023. Só no Paraná, houve aumento de 121,43% no número de infecções congênitas por T. gondii nesse período. Quanto ao pré-natal no estado, houve queda na quantidade de mulheres que iniciam as consultas no primeiro trimestre de gestação - de 86,96% para 85,83%. Além disso, no Paraná, subiu 16,42% o número de gestações com nenhuma consulta pré-natal em 2023 quando comparado com 2019 (IVIS, 2024). Visto que a criança tem sequelas mais severas no primeiro trimestre, esses resultados demonstram a importância dos exames de rotina feitos no pré-natal para o rastreamento precoce da toxoplasmose. Esse acompanhamento também tem papel direto na prevenção de possíveis infecções de mães suscetíveis à doença (IgG e IgM negativas), pois realiza conscientização sobre a importância da higienização dos alimentos e do cuidado no consumo de carnes e convívio com gatos durante a gravidez. Conclusões: O acompanhamento pré-natal é essencial para o rastreamento precoce da toxoplasmose durante a gestação. O aumento de casos da doença na forma congênita, juntamente com a redução do início dos pré-natais no primeiro trimestre de gestação, geram maiores riscos de sequelas severas para os neonatos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MANIFESTAÇÕES BUCAIS DA COVID LONGA EM POPULAÇÃO IDOSA DE PONTA GROSSA

Autores: Heloise Roberta Villela | Thamiris de Fátima Fontana, Leticia Simeoni Avais, Elis Carolina Pacheco, Eliseu Alves Waldman, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: COVID longa; Saúde do Idoso; Manifestações bucais
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7261


Resumo:

Introdução: A COVID Longa, ou condição pós-COVID, é definida por sintomas que persistem após três meses da infecção pelo SARS-CoV-2 (OMS, 2021). A população idosa apresenta maiores taxas de comorbidades e foi altamente afetada pela fase aguda e pela COVID Longa. Este estudo investiga sintomas e prevalência de manifestações bucais na COVID Longa em idosos. Objetivos: Identificar sintomas e prevalência das condições pós-COVID-19 na cavidade oral de idosos em Ponta Grossa, Paraná. Método: Estudo epidemiológico transversal, realizado através de inquérito telefônico com questionário estruturado pela plataforma RedCap. A população-alvo foram idosos com RT-PCR positivo para COVID-19 entre 2020 e 2021. A amostra incluiu 1721 entrevistados. Os dados foram analisados usando o software R, com estatística descritiva. Resultados: A amostra para manifestações bucais foi de 259 entrevistados, com 197 (32%) questionários concluídos. Entre os idosos, 117 (59,39%) eram mulheres e 80 (40,60%) eram homens, com 72% (141) até 70 anos. Se autodeclararam brancos 72,95% (141) e a renda média foi de 3,4 salários mínimos. Sobre os sintomas gerais pós-COVID, 149 (75,63%) relataram apresentar pelo menos 1 sintoma. Em relação ao uso de medicação para tratar a COVID longa, 96 (48,73%) relataram uso de medicamentos, com tempo médio de tratamento de 18 meses. Nas manifestações bucais, 47,7% (94) dos idosos tiveram alterações. Apresentaram: alteração no paladar: 41 (20,81%); alteração no olfato: 40 (20,3%); boca seca (xerostomia): 71 (36,04%); úlceras (feridas na boca): 16 (8,12%); formigamento facial: 10 (5,07%); dor nos músculos faciais: 6 (3,04%); fraqueza nos músculos da face: 4 (2,03%); neuralgia do trigêmeo: 5 (2,53%); necrose pulpar: 7 (3,55%); outros tipos de manifestações bucais: 2 (1,01%). Quanto ao tempo de aparecimento dos sintomas bucais, 61 (31,44%) relataram que surgiram em menos de um mês após a fase aguda da COVID. A média do tempo de tratamento para a resolução dos sintomas foi de 21 meses, porém 32,2%(30) ainda apresentavam manifestações bucais na data da entrevista (segundo semestre de 2023). Conclusão: As condições bucais observadas nos idosos pós-COVID-19 demonstram a necessidade de atenção bucal específica a esse grupo. Os dados podem orientar estratégias de manejo e intervenção para melhorar a qualidade de vida dos idosos afetados.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIS EPIDEMIOLÓGICOS DA MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NO ESTADO DO PARANÁ, 1996 A 2020

Autores: Max da Silva Maciel | José Antonio Enciso Domínguez, Carmen Justina Gamarra, Ehideé Isabel Gómez La-Rotta, Jerry D'Meza, Alessandra Cristiane Sibim

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Palavras-chave: Mortalidade; Epidemiologia; Enquadramento Interseccional.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7265


Resumo:

O Capítulo XX do CID 10 denominado Causas Externas de Morbidade e de Mortalidade dedica-se a classificar condições médicas que resultaram-se de eventos externos, sejam eles por lesões intencionais (homicídios, violência, suicídios, privação ou negligência) ou não (acidentes de transporte, afogamento, quedas, intoxicações, complicações de assistência médica e entre outros) (TOMIMATSU et al., 2019). Esta pesquisa teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por Causas Externas (CE) no estado do Paraná (PR). Os dados de mortalidade e da população foram obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Foram incluídos neste estudo todos os óbitos classificados como CE ocorridos no estado do PR referentes ao período de 1996 a 2020. Para o processamento das informações foi criado um banco de dados. Posteriormente, procedeu-se a análise da distribuição dos óbitos por CE, segundo ano do óbito, características sociodemográficos e local de ocorrência do óbito, utilizou- se a estatística descritiva por meio de cálculos de frequência relativa. Entre os anos de estudo o PR registrou 207.174 por CE, o que representava 12,91% do total de óbitos no período. Entre os homens as mortes por CE representaram-se 81,57% (168.993), as mulheres com 18,34% (37.993) e ignorados 0,09% (188) no estado, Ambos os sexos apresentaram-se perfis de óbitos por CE semelhantes, ocorrendo majoritariamente na faixa etária de 20 a 39 anos para os homens (46,35%) e 60 anos ou mais (34,21%) para as mulheres; na raça/cor branca (74,69% para os homens e 78,19% para as mulheres); solteiros (53,76% e 39,04%); com menos de 8 anos de escolaridade (53,63% e 54,77%); valores para homens e mulheres, respectivamente. Sendo a via pública o local de ocorrência mais comum dos óbitos por CE entre homens (35,11%), para as mulheres o local de ocorrência mais comum foi o hospital (46,45%). Perfis similares foram encontrados para o sexo masculino em estudos nacionais (SILVA et al., 2018) e internacionais (CERVANTES; MONTAÑO, 2016), no entanto, o perfil do sexo feminino apresenta-se disparidades com resultados de outros estudos (RIBEIRO et al. 2022; SILVA et al, 2018; PEREZ et al, 2021; CARDOSO et al, 2020), sobre a faixa etária mais acometida. Pesquisas como essa são cruciais para monitorar a situação e avaliar a eficácia das estratégias de enfrentamento, fornecendo subsídios para reformular ações e programas de prevenção e redução mortalidade por CE.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AVALIAÇÃO DA DEPRESSÃO E ANSIEDADE E FATORES ASSOCIADOS ENTRE PROFESSORES UNIVERSITARIOS NA TRIPLICE FRONTEIRA DO SUL

Autores: Ehidee Gomez La-rotta | CARLOS HENRIQUE BELIS, VANESSA BEATRIZ DE LIMA, VALDIR MARQUES VIEIRA NANQUE

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-americana
Palavras-chave: Professores, Depressão, Ansiedade
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7273


Resumo:

Introdução: Os docentes universitários depois da pandemia têm sido colocados em posição de vulnerabilidade com aumento de cargas de trabalho e instabilidade laboral que contribuem para adoecimento tanto físico como mental. Objetivo: Avaliar a Depressão e Ansiedade entre professores universitários e sua associação com outras covariáveis. Método: Está sendo realizado estudo longitudinal que iniciou em dezembro de 2023 entre professores universitários. Sendo utilizados os instrumentos PHQ-9 e GAD-7 para medir depressão e ansiedade respetivamente e o HSE tools para medir a Organização do Trabalho. Calcularemos as proporções e porcentagens das variáveis categóricas e as medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis contínuas. Compararemos os grupos das variáveis categóricas com os testes de qui-quadrado e exato de Fisher; para as médias com o teste t-student. Para avaliar as associações realizamos regressão de twdee-poisson. Resultados: Dos 208 docentes da instituição só responderam 57 tendo-se uma baixa (27%) adesão ao estudo. Os participantes têm idade média de 45,25 (8,5) anos; são principalmente homens (57,1%), de raça/cor branca (67,9%), renda média per capita 7103 (4015) reais, brasileiros (80,4%) e de alto nível de escolaridade (96,4% doutores). Encontramos uma média no PHQ-9 de 5,01 (3,32) pontos que é considerado como depressão leve, mas avaliando pelo diagnostico encontramos 1 docente com depressão grave ainda não tem tido pensamentos suicidas e está em tratamento, 5 (8,9%) em transtorno depressivo moderado e 37,5% (21) com transtorno depressivo leve. Sobre níveis de ansiedade encontramos media de 6,3 (4,7) pontos, e categorizando encontramos 4 (7,1%) docentes com ansiedade grave, 9 (16,1%) com ansiedade moderado e 42,9% (24) com ansiedade leve. Encontrando-se uma associação (p<0,001) entre depressão e ansiedade como descrito na literatura e com o tipo de organização (p<0,001) médico com o HSE-T. Conclusão: Os níveis de depressão e ansiedade dos docentes são superiores aos da população geral tendo associação entre os dois e o tipo de organização de trabalho; devendo-se criar métodos de proteção da saúde mental deste grupo para evitar danos maiores e até perdidas de vidas.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU, PARANÁ - BRASIL, 1996-2022

Autores: Max da Silva Maciel | José Antonio Enciso Domínguez, Carmen Justina Gamarra, Ehideé Isabel Gómez La-Rotta, Jerry D'Meza, Alessandra Cristiane Sibim

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Palavras-chave: Sistemas de Informação; Epidemiologia; Distribuição temporal
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7288


Resumo:

As mortes e lesões por acidentes de trânsito (AT) são uma grande preocupação na saúde pública, no mundo aproximadamente ocorre 1,35 milhão de mortes por ano (OMS, 2021). O Brasil está em quinto lugar no mundo em número de vítimas, afetando principalmente jovens de 5 a 19 anos (CARVALHO, 2022), sendo a oitava posição entre as principal causas de óbito no Brasil (BRASIL, 2021). Este estudo teve como objetivo analisar o perfil e tendência da mortalidade por AT, no município de Foz do Iguaçu, Paraná - Brasil, no período de 1996-2022. Estudo ecológico com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram incluídos todos os óbitos por acidentes de trânsito, segundo a décima Classificação Internacional de Doenças (CID10), registrados no período de 1996 a 2022 no município de Foz do Iguaçu, sendo analisados segundo características sociodemográficas e local de ocorrência. As taxas foram padronizadas e analisadas segundo sexo através de inspeção visual e regressão linear. Foz do Iguaçu registrou 2096 óbitos por AT, no período de 1996 a 2022, acometendo principalmente o sexo masculino (80,1%); faixa etária 20-39 anos (45,49%); brancos (71,38%); solteiros (51,38%) e indivíduos com menos de 8 anos de estudo (25,72%). Esse fenômeno ocorreu predominantemente no hospital (45,85%) e dentre as principais causas de morte por AT foi Acidente Com Um Veículo A Motor Ou Não-Motorizado, Tipo(S) De Veículo(S) Não Especificado(S) (32,45%). Embora as taxas de mortalidade por AT apresentaram tendência decrescente estatisticamente significativa entre os homens (? =-0,348; R2=0,37; p=<0,001), e entre as mulheres (? =-0,181; R2=0,45; p=<0,001). não conseguiram atingir a meta preconizada do item 3.6 do Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) na Agenda de 2030 na reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes em estradas até 2020 (ONU, 2015). Os resultados obtidos neste estudo dão visibilidade aos óbitos por AT em Foz do Iguaçu, revelando diminuição significativa entre residentes do ambos os sexos. Pesquisas como esta são extremamente importantes porque permitem monitorar a situação continuamente e avaliar a eficácia das estratégias de enfrentamento. Espera-se que os resultados ofereçam bases sólidas para reformular e melhorar ações e programas de prevenção de AT, contribuindo para a redução das taxas de mortalidade.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

A VACINAÇÃO EM MENORES DE UM ANO EM PONTA GROSSA: UM RETRATO PRÉ E PÓS PANDÊMICO.

Autores: Soraya Abegail de Lima | Laís Paz Kalatai, Juliana Taís Ruppel, Ramon Augusto Teixeira, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges, Stela de Souza Godoy

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Vacinação da Criança; Pandemia por COVID-19; Estudos epidemiológicos
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7292


Resumo:

Introdução: Desde o século XVIII, a vacina tem sido um instrumento globalmente utilizado para a mitigação do impacto das doenças infecciosas sobre o mundo (Hussein et. al, 2015). Contudo, nos últimos anos, diante da disseminação de fake news e dos movimentos antivacina, a cobertura vacinal decresceu, prejudicando a saúde da população, especialmente a de crianças menores de 1 ano (Olive et. al, 2018; Talbird et. al, 2022). Além disso, durante a emergência da COVID-19, houve uma queda ainda maior na busca pelas vacinas, devido ao medo da exposição ao vírus (Santoli et. al, 2020). Assim, necessita-se monitorar os indicadores relativos à vacinação em menores de 1 ano no período pós-pandêmico. Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 nas taxas de imunizações da população com menos de 1 ano de vida, em Ponta Grossa, Paraná. Método: Estudo epidemiológico do tipo ecológico, com dados de imunização do município Ponta Grossa. A metodologia consistiu na coleta de dados retrospectiva, por meio de análise do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) no período de 2015-2023. Considerou-se a cobertura vacinal de 7 das imunizações indicadas para crianças de até 12 meses de idade: BCG, Pneumo 10, Penta, Febre Amarela, Meningo C, Rotavírus, Polio Injetável (VIP). Foram calculadas as médias das taxas de vacinação antes da pandemia (2015 a 2019) e após a pandemia (2020 a 2023). Ambas as médias foram comparadas entre si e com as metas de vacinação nacionais. Resultados: Todas as médias das taxas de imunização, exceto a de vacinação contra a BCG no período pré-COVID-19, ficaram abaixo das metas vacinais estabelecidas. Para a BCG, em 2015-2019, obteve-se o valor de cobertura de 97,15% (>90), em comparação com 74,37%, em 2020-2023. Para a Pneumo 10, nos respectivos períodos, encontraram-se 92,43% e 86,97% (<95). Para a FA, 83,36% e 74,26% (<95). Para o Rotavírus, 89,12% e 83,03% (<90). Para a Meningo C, 91,05% e 83,87% (<95). Para a Penta, 90,53% e 81,69% (<95). Para a Polio, 88,74% e 81,27% (<95). Conclusão: As taxas de cobertura vacinal, que, em sua maioria, já estavam abaixo da meta antes da pandemia no município analisado, foram reduzidas ainda mais após o período pandêmico. Com isso, urge a implementação de medidas para a captação das famílias para a realização das vacinas em menores de 1 ano, bem como maior conscientização de sua importância, em Ponta Grossa, Paraná.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER COLORRETAL NO BRASIL

Autores: Jéssica Ferreira de Lima | Tânia Cristina Alexandrino Becker

Instituição: UEM - Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Câncer Colorretal. Neoplasias Gastrointestinais. Base de dados.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7298


Resumo:

Introdução: O câncer colorretal (CCR) está entre os mais importantes problemas de saúde, tem número crescente de casos e se detectado precocemente tem grande probabilidade de cura. Neste sentido, é de suma importância conhecer os diferentes fatores de risco, de formas de prevenção, de diagnóstico e tratamento, além do desenvolvimento de políticas públicas, que atendam as demandas para uma abordagem precoce desta patologia. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por CCR no Brasil entre 2018 e 2022. Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico quantitativo e descritivo, analisando de modo geral os casos de óbitos por CCR no país, em especial o estado do Paraná, abrangendo indivíduos de todas as faixas etárias. Os dados foram coletados no intervalo de 2018 a 2022, por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), dos pacientes identificados no sistema pela causa (CID-BR-10: 035 Neoplasia maligna do cólon, reto e ânus, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), dividido entre as categorias C18 (Neoplasia maligna do cólon), C19 (Neoplasia maligna da junção retossigmóide), C20 (Neoplasia maligna do reto)). A análise incluiu as variáveis: regiões do Brasil, faixa etária, escolaridade, raça/cor, sexo, estado civil e regiões do Paraná. Resultados: Entre o ano de 2018 a 2022 foram identificadas 99.308 mortes por CCR no Brasil, com prevalência no sexo feminino (50,2%) na faixa etária de mais 50 anos, correspondendo a 89,7% dos casos. Na Região Sudeste, observamos a maior prevalência de óbitos (54,5% dos casos) e na região Norte, a menor prevalência de óbitos relacionada ao CCR (3,4% dos casos). Na região Sul, a prevalência foi de 19,8%, sendo que no Paraná, a região com mais casos de CCR foi a Região Metropolitana de Curitiba, com 32,3%, mostrando uma maior prevalência no sexo masculino (53% dos casos). Quanto a escolaridade, a prevalência foi maior na faixa entre 8 a 11 anos (24,2%) e 4 a 7 anos (22,2%), cuja prevalência se repete no Paraná, de maneira invertida 4 a 7 anos (28,9%) e 8 a 11 anos (27,2%). Conclusão: O estudo demonstra que o CCR é um grande problema de saúde, sendo que a prevenção e o tratamento precoce são necessários, e devem ser disponibilizados e atingir a maior parte possível da população, principalmente as dos grupos de risco e regiões populosas, defasada de diagnóstico e tratamento.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PAPEL DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Autores: Jucelei Pascoal Boaretto | Ana Cláudia Tofalini, Fernanda Fabrin da Silva

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde
Palavras-chave: Vigilância Sanitária; Serviços de Saúde; Vigilância em Saúde Pública.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7303


Resumo:

Caracterização do problema: Os serviços de saúde e de interesse à saúde são normatizados pelas legislações vigentes, as quais servem como norteadoras para todo cidadão que deseje empreender e atuar dentro de seu município. A lista de serviços de saúde e de interesse a saúde engloba diferentes atividades econômicas. Para a definição do grau de risco sanitário, todas as atividades exercidas pelo estabelecimento no local devem ser declaradas no requerimento de licenciamento por meio dos códigos da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE). Justificativa: Compreender o papel da Vigilância Sanitária nos serviços de saúde, de forma a promover em todo cidadão a consciência de que sua licença sanitária deverá ser solicitada antes de iniciar qualquer negócio e, ao mesmo tempo, os usuários dos demais serviços, devem atuar como “fiscais dos serviços” que utilizam, exigindo cada vez a segurança em seus atendimentos. Objetivo: Descrever o papel da Vigilância Sanitária nos serviços de saúde e de interesse à saúde. Descrição da Experiência: Relato de experiência dos peticionamentos recebidos na Vigilância Sanitária no setor de Serviços de saúde e de Interesse à Saúde durante o ano de 2023. Reflexão sobre a experiência: Durante o ano de 2023, tramitaram no setor de serviços de saúde e de interesse à saúde um total de 3.870 peticionamentos de licenciamento sanitário, os quais envolvem tanto as licenças iniciais quanto as renovações de licenciamento. Recomendações: Conclui-se que o papel da Vigilância Sanitária Municipal está diretamente relacionado a promoção da saúde dos cidadãos e, diretamente ligada a saúde pública, pois independente dos serviços serem privados ou públicos, todos precisam estar em conformidade com as legislações vigentes, as quais, buscam estabelecer o prazo de validade da licença sanitária em função da classificação de risco sanitário das atividades econômicas desenvolvidas, volume de produção e/ou oferta de serviço, população exposta de consumidores e trabalhadores, complexidade dos processos e procedimentos envolvidos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS INFANTIS INVESTIGADOS EM PARANAGUÁ ENTRE 2019 E 2023

Autores: Wania Mara Albino Alves | Elaine Cristina da Silva Schwab Horst, Tainá Ribas Mélo

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Mortalidade infantil; Epidemiologia; Saúde Pública
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7317


Resumo:

Introdução: No ano de 2010, a investigação do óbito infantil se tornou obrigatória para crianças menores de 1 ano como estratégia de redução de mortalidade. No contexto brasileiro, o país sofreu redução entre os anos de 2000 a 2010 devido às políticas públicas empregadas. Em Paranaguá (Paraná) as taxas têm sido 10,3/mil nascidos vivos, conforme IBGE. Apesar disso, somente em 2023 iniciaram-se as ações do comitê municipal para redução da mortalidade materno-infantil no município. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos óbitos infantis investigados em Paranaguá no período entre 2019 a 2023. Método: Estudo epidemiológico transversal descritivo realizado a partir de dados secundários das investigações realizadas pela Secretaria de Saúde de Paranaguá. Posteriormente os dados foram compilados em uma planilha do Microsoft Excel e analisados no período entre abril e junho de 2024. As variáveis analisadas foram: óbitos investigados, evitabilidade, peso, duração da gestação, início do pré-natal e causa básica constante na declaração de óbito. No aspecto materno foram analisadas as variáveis de idade e escolaridade. Projeto com aprovação do comitê de ética CAAE: 44387021.0.0000.0102, parecer 6.103.120. Resultados/Discussão: Entre o período observou-se um total de 102 óbitos, sendo 76% deles de investigação obrigatória conforme legislação atual. Dos óbitos investigados, 96,2% foram considerados evitáveis, sendo que desses, 37,9% eram reduzíveis por atenção adequada ao recém-nascido e 24,1% poderiam ser prevenidos por atenção adequada durante a gestação. Evidenciou-se a prevalência de óbitos em crianças nascidas prematuramente (73,1%) e com extremo baixo peso (42,3%), possivelmente justificado devido ao maior tempo de internação juntamente com a insuficiência no desenvolvimento de alguns órgãos. A causa básica predominante foram as afecções originadas no período perinatal (74,4%), pontuando a importância do acompanhamento gestacional desde o pré-natal até o puerpério. Quanto ao perfil materno, houve predomínio de mulheres adultas jovens (48,7%), com escolaridade maior que 8 anos de estudo (62,8%) e que iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre (57,7%). Conclusões: Mediante o exposto, as razões prevalecentes nos óbitos infantis do município são evitáveis e sinalizam a necessidade de atenção ao binômio mãe-filho, através do fortalecimento do pré-natal e a promoção da saúde infantil e reforçando a necessidade das investigações contínuas do comitê.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

EDENTULISMO E SAÚDE GERAL DE SUPERIDOSOS NO PROGRAMA GENOMAS PARANÁ

Autores: Elis Carolina Pacheco | Pollyanna Kássia de Oliveira Borges, Letícia Simeoni Avais, Tatiana Natasha Toporcov, David Livingstone, Márcia Helena Baldani

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: Boca Edêntula; Saúde Bucal; Idoso de 80 anos ou mais.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7324


Resumo:

Introdução: A saúde bucal é impactada por fatores sociodemográficos e condições de saúde do indivíduo. O edentulismo nos idosos reflete as experiências difíceis vividas ao longo da vida que foram determinadas pela raça, gênero, renda, escolaridade, ocupação e outros. As respostas inflamatórias e imunológicas às doenças sistêmicas podem contribuir com a perda dental. Objetivo: Identificar os fatores sociodemográficos e de saúde associados ao edentulismo em superidosos recrutados em domicílio no primeiro ano do Programa Genomas Paraná. Método: Estudo transversal, com amostra de conveniência de 127 superidosos (>80 anos) incluídos na pesquisa de perfil genético da população de Guarapuava-PR entre março/2023 a março/2024, de 198 recrutados. Os critérios de inclusão foram definidos pelo Mini Exame de Estado Mental (MEEM) e o Questionário de Atividades Funcionais de Pfeffer. As condições de saúde e doença foram autorreferidas. A variável dependente foi definida a partir do número de dentes presentes, dicotomizada em edêntulos (zero) e dentados (? um dente). Utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta, bruta e ajustada, com intervalos de confiança de 95% (p<0,05). Resultados/discussão: A amostra apresentou idade média de 84 anos (± 3,5), sendo a maioria mulheres (59,8%), autodeclarados brancos (80,3%), com escolaridade muito baixa (75,6%), função cognitiva normal (75,6%) e edêntulos (63%). As prevalências de disfunção cognitiva e as multimorbidades de doenças cardiometabólicas foram 1,3 e 1,5 vezes, respectivamente, maiores entre edêntulos (IC95% 1,0 - 1,7). Na análise multivariada, as mulheres, autodeclaradas de cor preta, que nunca estudaram ou concluíram até quatro anos de estudos (muito baixa escolaridade), e que relatam multimorbidades cardiometabólicas, apresentaram maior prevalência de edentulismo autorreferido. Conclusões: Há desigualdades na prevalência de edentulismo influenciada por gênero, raça, escolaridade e multimorbidades nos superidosos participantes do estudo. O edentulismo é um problema de saúde pública persistente na população brasileira, sobretudo na população idosa, que se associa às condições de saúde geral e acesso aos serviços de saúde ao longo da vida. Prevenir a perda dentária e ampliar o acesso às reabilitações são estratégias necessárias para reduzir as desigualdades e beneficiar a qualidade de vida dos idosos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MODELO INTERSETORIAL DE ATENÇÃO NUTRICIONAL PARA O EXCESSO DE PESO PRECOCE: INDICADORES DO PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (PRANA) NO CONTEXTO DA ATENÇÃO SECUNDÁRIA DE SAÚDE – PERÍODO DE 2017 A 2018.

Autores: Cyntia Erthal Leinig | Maria Teresa Gomes de Oliveira Ribas, Laura Marcondes de Moura, Marisa Vitória Gonçalves

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, Paraná - Brasil
Palavras-chave: Obesidade infantil; Modelos de assistência à saúde; Aconselhamento
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7332


Resumo:

introdução: O excesso de peso precoce é um complexo problema de saúde pública, resultado de múltiplos fatores. O Programa de Reeducação Alimentar e Nutrição Adequada (PRANA) busca trabalhar na modalidade de Aconselhamento Nutricional com crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade, visando à mudança de comportamento. Objetivo geral: Investigar o modelo de atenção nutricional para o excesso de peso em escolares, buscando estratégias mais efetivas na assistência. Método: Estudo descritivo exploratório, retrospectivo e quantitativo, envolvendo crianças e adolescentes da rede pública municipal de educação, triados para assistência num Programa de Aconselhamento Nutricional em uma Clínica Escola de Nutrição em Curitiba, Paraná. Dados coletados de prontuários das 3 sessões do Programa e consultas subsequentes, quando a criança foi encaminhada para o atendimento ambulatorial, e analisados por estatística descritiva. Resultados: Foram encaminhados ao PRANA um total de 157 escolares no período entre 2017 e 2018. Destes, 93 participaram de todas as sessões e 88% foram encaminhados para o atendimento ambulatorial. Apenas 35% dos escolares referenciados realizaram as consultas especializadas A maior parte das famílias se encontrava nas classes sociais C e D (51%) e 27,5% das mães possuía ensino superior incompleto. No início do Programa, 55% dos escolares relataram ter consumido frutas no dia anterior; 56% verduras e legumes; 77% doces e guloseimas, 73% comidas prontas e 85% bebidas adoçadas. Não houve diferença significativa em relação ao estado nutricional dos participantes entre o início do Programa e a última consulta ambulatorial. Porém, os indicadores de comportamento e literacia demonstraram que 61% modificaram comportamento durante as refeições; 71% aumentaram consumo de frutas; 69,5% relataram ter consumido verduras e legumes de 3 a 4 vezes na semana; 67% têm evitado consumo de gordura trans; 57% realizaram algum tipo de atividade física e 73% relataram ter modificado sua percepção sobre como se sentiam antes do Programa. Esses indicadores demonstram que o PRANA tem sido bem-sucedido em promover mudanças positivas no comportamento alimentar dos escolares. Conclusão: Programas de reeducação e acompanhamento alimentar e nutricional desempenham papel importante ao trabalhar o excesso de peso precoce em crianças e adolescentes. No entanto, é essencial aprimorar o incentivo à adesão a fim de melhorar resultados e garantir acompanhamento em longo prazo.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

EXISTE DIFERENÇA NO PERFIL DOS USUÁRIOS ACONSELHADOS POR MÉDICOS, ENFERMEIROS E AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE?

Autores: Alice Tatiane da Silva | Leticia Pechnicki dos Santos, Thais Gabriele dos Santos, Rafael Verissimo de Andrade Marques, Rogério César Fermino

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Pessoal de Saúde; Aconselhamento
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7350


Resumo:

Introdução: O aconselhamento sobre atividade física (AF) é uma estratégia educativa que pode ser realizada por profissionais de saúde e direcionado aos usuários da Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivo: Descrever o perfil dos usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que receberam aconselhamento sobre AF de médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS). Métodos: Estudo transversal, conduzido em 2019 com 779 usuários em 15 UBS da zona urbana de São José dos Pinhais-PR. As variáveis individuais (sexo; faixa etária; nível socioeconômico – NSE) e de situação de saúde (relato positivo de doenças crônicas – DC; uso contínuo de medicamentos; nível de AF) foram levantadas com questionário validado. Para identificar quem forneceu o aconselhamento utilizou-se a questão: “qual foi o profissional que lhe aconselhou?” com opções de resposta: médico, enfermeiro e ACS (não; sim). Os dados foram descritos com frequência relativa e para as análises foram utilizados apenas os dados dos 335 usuários que relataram ter recebido aconselhamento. Resultados: Dos 779 usuários entrevistados, 43% relataram ter recebido aconselhamento. Destes 42% foram aconselhados por médicos, 6% por enfermeiros e 1,5% por ACS. O relato de recebimento do aconselhamento foi mais frequente entre usuários do sexo feminino (médico: 71%; enfermeiro: 74%; ACS: 61%), com >=60 anos (médico: 73%; enfermeiro: 68%; ACS: 61%), de NSE baixo (médico: 73%; enfermeiro: 78%; ACS: 69%), com DC (médico: 88%; enfermeiro: 92%; ACS: 85%), que faziam uso contínuo de medicamentos (médico: 68%; enfermeiro: 76%; ACS: 85%) e que praticavam <=149 min/sem de AF (médico: 87%; enfermeiro: 90%; ACS: 100%). Discussão: Considerando seu impacto nos processos saúde-doença da população, a promoção de AF é um tema prioritário nas políticas públicas de saúde do Brasil. Neste sentido, o aconselhamento sobre AF tem sido utilizado como ferramenta educacional e de incentivo ao estilo de vida mais ativo entre os usuários da APS. Todos os profissionais de saúde podem realizá-lo, mas é necessário estabelecer os aspectos para seu planejamento e aplicação, como por exemplo, identificar os níveis de AF dos usuários, suas preferências e intenção em mudar o comportamento. Estas informações são essenciais para estabelecer metas e objetivos, reconhecer as dificuldades e potencialidades durante o processo, a fim de aumentar a eficácia do aconselhamento. Conclusão: Médicos, enfermeiros e ACS aconselharam usuários de perfil similares.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

BLITZ DA DISFAGIA: AÇÃO EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM SAÚDE DA PESSOA IDOSA EM ALUSÃO AO DIA NACIONAL DE ATENÇÃO A DISFAGIA

Autores: Larissa Giovanna da Silva Leite | Maria Vitória Beckert de Freitas, Ana Paula de Andrade Sartori, Kettilim Félix dos Santos, Regiane Mendes Tarocco Borsato, Paloma Alves Miquilussi

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde - Feas
Palavras-chave: Educação Continuada; Assistência Hospitalar; Fonoaudiologia; Transtorno de Deglutição.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7358


Resumo:

Caracterização do problema: A disfagia é um distúrbio de deglutição que, apesar de frequente em ambiente hospitalar, costuma ser subdiagnosticada. Em decorrência disso, ocasiona risco aos pacientes, pois frequentemente se associada a complicações como pneumonia, desnutrição e desidratação. Justificativa: O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para avaliar e acompanhar esses casos, mas toda a equipe pode identificar sinais de risco para disfagia. Apesar disso, muitos profissionais da saúde ainda não têm essa prática na rotina hospitalar, seja por desconhecimento ou minimização das queixas e sinais. Considerando esses fatores, a Resolução CFFa nº383/2010, instituiu o Dia Nacional de Atenção à Disfagia, 20 de março, voltado à conscientização sobre o tema. Objetivo: Relatar a experiência de organização e execução da ação em alusão ao Dia Nacional de Atenção à Disfagia em um hospital municipal referência em atendimento à pessoa idosa. Experiência: A ação foi intitulada “Blitz da Disfagia” e idealizada pelas fonoaudiólogas do serviço em parceria com as residentes de Fonoaudiologia em Saúde do Idoso. O cerne da ação era, além de informar e conscientizar a equipe, proporcionar a experiência de situações que os pacientes com disfagia vivenciam. Para tal, foi elaborado o material de apoio com cards ilustrativos dessas situações para realização da dinâmica nas unidades de internação e nos centros de terapia intensiva. A decisão em fazer ação in loco, partiu do objetivo de alcançar o maior quantitativo de pessoas possível durante os três dias da ação – 19, 20 e 21 de março. Outro material confeccionado e distribuído, desta vez como brinde aos participantes, foram cartões para crachá com fotos das consistências de líquidos espessados e informações de como prepará-las, tendo no verso os principais sinais de alerta para disfagia. Reflexão: A realização da ação proporcionou aos profissionais o reconhecimento dos sinais de risco para disfagia, o esclarecimento de dúvidas e a vivência simulada de situações comuns aos pacientes, como a dificuldade em receber líquido de outra pessoa ou de deglutir com a boca aberta, sensibilizando-os e levando-os a refletir sobre suas práticas. A dinâmica teve feedback positivo da equipe e alcance expressivo, cerca de 122 funcionários, conforme idealizado. Recomendações: Evidencia-se a necessidade de capacitação frequente sobre o tema, para atualização dos profissionais e intervenção precoce, otimizando o cuidado prestado aos pacientes.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PESQUISA QUE INVESTIGA AS CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE MORADIA DE POPULAÇÃO EM ASSENTAMENTO EM PONTA GROSSA-PR

Autores: Soraya Abegail de Lima | Juliana Taís Ruppel, Laís Paz Kalatai, Ramon Augusto Teixeira, Mariele Katherine Jungles, Pollyanna Kassia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Saúde socioambiental; Saneamento básico; COVID-19
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7366


Resumo:

Caracterização do problema: O projeto é um estudo do tipo descritivo com caráter observacional e abordagem quanti-qualitativa, com o objetivo de entender as condições sanitárias e de moradia da população estudada e seus impactos na saúde dos moradores no contexto da pandemia de COVID-19 . Além disso, também faz parte do projeto a criação e aplicação de um biofiltro para tratamento da água. Justificativa: Segundo a OMS, saúde se trata de um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Nesse sentido, é importante entender como o contexto social se relaciona com o controle e manejo das doenças. No caso do estudo, estão sendo investigadas as condições sócio-ambientais, principalmente as relacionadas ao tratamento da água, do assentamento localizado à beira da via do Contorno Leste, no município de Ponta Grossa-PR, e como tais condições afetaram a saúde dos moradores durante a pandemia da COVID-19. Objetivos: Relatar os aspectos vivenciados durante a pesquisa, incluindo dificuldades, atividades realizadas e reflexões sobre a experiência. Descrição da experiência: Iniciando-se em setembro/2023, o projeto formulou e montou o biofiltro a ser aplicado. Depois se iniciaram as atividades de saída de campo para visita ao assentamento e coleta de água para ser analisada antes e depois de ser passada pelo biofiltro. Desde então têm sido realizadas atividades no laboratório, consistindo na testagem de marcadores de qualidade da água. Foram feitos testes para analisar: quantidade de bactérias heterotróficas, coliformes totais, Escherichia coli, cloro, condutividade à 25ºC, cor, flúor, pH a 25ºC, sólidos totais dissolvidos, turbidez, HNO2, fósforo total, fósforo inorgânico e DQO. Reflexão sobre a experiência: A pesquisa se mostrou importante para expandir a visibilidade das condições de saneamento do assentamento, principalmente quando levada em conta a dificuldade dos moradores em relação ao acesso à água potável, tratamento de esgoto e coleta de lixo. Dificuldades foram encontradas em relação à relutância da população para conversar com as pesquisadoras e acesso ao local onde foi realizada a coleta da água. Recomendações: É necessário que os órgãos públicos e profissionais de saúde se atentem às condições sociais da população, pois estas impactam diretamente no manejo e no tratamento das mais diversas doenças.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

BUSCA ATIVA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO A CRISES HIPERTENSIVAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE MEDICINA

Autores: Caique Franzoloso | Amanda Garanteski, Fernanda Luiza Zanella, Giulianna Pereira Tizzot, Heloísa Comnisky, Leonardo Pinho Carreño

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe (FPP)
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica; Atenção Primária em Saúde; Curricularização da Extensão
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7373


Resumo:

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma Doença Crônica Não Transmissível que mantém a pressão arterial acima de 140/90 mmHg e, caso não tratada corretamente, pode evoluir para uma crise hipertensiva, com possível lesão de órgãos-alvo, o que caracteriza um quadro emergencial. Para a OMS, até 2025 poderão ocorrer 7 milhões de mortes e crescimento global de 60%. Ademais, situações de vulnerabilidades ligadas aos Determinantes Sociais de Saúde (DSS) podem interferir no tratamento da população, como por exemplo, a pobreza e a dificuldade de acesso aos equipamentos de saúde. Nesse sentido, destaca-se a importância das estratégias de equidade realizadas pela Atenção Primária em Saúde (APS), como a Busca Ativa e as Visitas Domiciliares (VD), para o alcance desses pacientes e prevenção de agravos da HAS. Diante do exposto, este trabalho tem por objetivo relatar a experiência de uma atividade de curricularização da extensão de alunos de Medicina, por meio da busca ativa de pacientes com HAS de alto risco na APS. Para operacionalização, foram selecionados 18 pacientes ausentes à UBS há mais de 120 dias, contudo, apenas 3 retornaram contato e foram localizados. Todos os quadros hipertensivos não estavam atualizados em prontuário e tratados da forma esperada. Durante a VD, identificou-se dois pacientes com HAS descontrolada, picos abruptos de pressão arterial, sintomas de cefaleia e visão turva - fatores de risco para crise hipertensiva. Além disso, uma paciente apresentou sérias dificuldades na administração de medicações, visto que tinha outras comorbidades e associação de transtorno mental limitante. Ainda, dois dos pacientes apresentaram quadro depressivo com índice de vulnerabilidade elevado, o que dificulta a adesão ao tratamento. Por fim, foi constatada uma massa palpável não diagnosticada no abdome de uma paciente, cuja orientação foi “fechar a boca” (sic), indicando a possibilidade de negligência médica. Foram realizadas as orientações necessárias a cada paciente e os dados coletados foram reportados à Autoridade Sanitária Local para providências. A partir da experiência, notou-se a necessidade de acompanhamento multidisciplinar, de descentralizar o cuidado médico e promover o cuidado na perspectiva biopsicossocial. Evidencia-se que a busca ativa associada à VD mostrou-se eficaz na revinculação dos pacientes à UBS e na prevenção terciária dos casos. Recomenda-se a continuidade das ações que articulem o ensino, pesquisa e extensão ao cuidado comunitário.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

A VACINAÇÃO EM MENORES DE 1 ANO NO BRASIL NOS ANOS PANDÊMICOS

Autores: Laís Paz Kalatai | Juliana Taís Ruppel, Soraya Abegail de Lima, Ramon Augusto Teixeira, Erildo Vicente Muller, Pollyanna Kassia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
Palavras-chave: Vacinação da Criança; Pandemia por COVID-19; Estudos epidemiológicos
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7379


Resumo:

Introdução: A vacinação é uma das intervenções de saúde pública de maior impacto do último século, poupando a vida de milhões de pessoas de doenças infecciosas. No entanto, com o aumento das coberturas vacinais no país, os casos de doenças infecciosas passaram a cair, o que fez com que parte da população não visse mais importância na imunização contra elas. Essa queda, iniciada no começo do século XXI, foi intensificada durante o período pandêmico. Isso ocorreu pela drástica redução das visitas às unidades de saúde, devido ao medo da exposição ao SARS-CoV-2. Objetivo: Avaliar a influência da pandemia de COVID-19 nas coberturas vacinais para menores de um ano no Brasil. Método: estudo epidemiológico do tipo ecológico com dados de imunização do Brasil. Foram coletados dados retrospectivos, analisando registros do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) referentes ao período de 2015-2023. Foi considerada a cobertura vacinal de 8 das imunizações indicadas para crianças de até 12 meses de idade: BCG, Hepatite B, Pneumo 10, Penta, Febre Amarela, Meningo C, Rotavírus, Polio Injetável (VIP). Resultados: Todas as imunizações, exceto Hepatite B, Pneumo 10 e Febre Amarela atingiram a meta de cobertura no ano de 2015 – BCG com 105,08% (meta >90%); Hepatite B com 90,93% (>95%); Pneumo 10 com 94,23% (>95%); Febre Amarela com 46,31% (>95%); Rotavírus com 95,35% (>90%); Meningo C com 98,19% (>95%); Penta com 96,3% (>95%); VIP com 98,29% (>95%). Já no ano de 2019, nenhuma das imunizações atingiu a meta. Nos anos de 2020 e 2021, a queda foi ainda mais acentuada, com as seguintes coberturas: BCG, 74,97%; Hepatite B, 65,77%; Pneumo 10, 74,84%; Febre Amarela, 58,19%; Rotavírus, 71,8%; Meningo C, 72,17%; Penta,71,53%; VIP,71,04%. Nos anos de 2022 e 2023, as taxas voltaram a subir, atingindo, em 2022, valores como: 90,06% para BCG; 82,76% para Hepatite B; 81,51% para Pneumo 10; 60,67% para Febre Amarela; 76,6% para Rotavírus; 78,63% para Meningo C; 77,24% para Penta e 77,2% para VIP. Conclusão: As taxas de cobertura vacinal já estavam em queda antes da pandemia, e decresceram mais durante esse período, chegando a valores bem mais baixos que a meta de cobertura vacinal. Nos anos de 2022 - quando foi decretado o fim da emergência em saúde pública no Brasil - e 2023, houve um discreto crescimento, mas ainda distantes das metas nacionais.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

FREQUÊNCIA DOS DISTÚRBIOS GUSTATIVOS E OLFATIVOS NA CONDICÃO PÓS-COVID

Autores: Heloise Roberta Villela | Maria Luiza Simão, Leticia Simeoni Avais, Pollyana Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda; Ageusia; Anosmia;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7393


Resumo:

Introdução: Entre os sintomas presentes durante a fase aguda da infecção da COVID-19, destaca-se a perda do paladar e do olfato. No entanto, a literatura relata casos de permanência desses sintomas durante a condição pós-COVID, sendo esta condição descrita como sinais, sintomas, condições que continuam ou se desenvolvem quatro semanas ou mais após a infecção inicial pelo SARS-CoV-2. Objetivo: Descrever a frequência dos distúrbios gustativos na condição pós-COVID na população de Ponta Grossa. Método: Estudo epidemiológico, transversal, realizado por inquérito telefônico com a população de Ponta Grossa, que testou PCR positivo para COVID-19 entre 2020 e 2021. Através de um questionário estruturado foram coletadas informações sociodemográficas, hábitos de vida, alterações gustativas e olfativas na condição pós-COVID. Resultado: Entre abril e outubro de 2023 foram realizadas 2080 entrevistas, sendo 1721 completas. Entre os entrevistados 31,78% (547) foram afetados por pelo menos um dos distúrbios de paladar ou olfato, 23,64% (407) relataram ageusia após a COVID-19, enquanto 26,14% (450) relataram anosmia. Daqueles que tiveram distúrbio gustativo e distúrbios olfativos a maioria eram mulheres (70,00%). Observou-se que 87,96% (358) dos entrevistados que tiveram alterações de paladar ou alteração no olfato, (91,11%) enfrentaram complicações na fase aguda. Referente ao início dos sintomas pós-COVID, 59,95% (244) dos entrevistados com perda de paladar disseram que o sintoma iniciou com menos de 1 mês após a COVID-19; e 63,55% (286) dos que tiveram perda do olfato relataram o início desse sintoma neste mesmo período. Socioeconomicamente foi observado que esses distúrbios afetam principalmente a população que recebia entre 2 a 4 salários mínimos, sendo 37,59% (153) daqueles que relataram alteração do paladar e 41,33% (186) daqueles que relataram alteração olfativa. Conclusões: A condição pós COVID alterou a qualidade de vida da população. Os distúrbios gustativos e olfativos afetaram principalmente mulheres e aqueles que tiveram complicações durante a fase aguda da doença. Esses sintomas começaram a ser sentidos com menos de 1 mês após a infecção aguda. Socioeconomicamente, a população mais afetada são os que recebiam de 2 a 4 salários mínimos indicando impacto dos determinantes sociais da saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

UTILIZAÇÃO DE PSICOTERAPIA BREVE EM SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL EM UM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA.

Autores: Carla Vergina Conrad de Lima | Daiane Sampaio Sosa Guimaraes, Helder Ferreira

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Psicoterapia breve; Saúde ocupacional; Enfermagem
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7394


Resumo:

Caracterização do problema: Determinadas profissões possuem maior propensão ao adoecimento, sendo a enfermagem uma das profissões mais exposta ao adoecimento mental, necessitando de assistência psicologia1. Entre as abordagens em psicologia, a Psicoterapia breve, estabelece o foco terapêutico e a brevidade do tratamento. Por meio da interpretação, objetiva levar o paciente a ter melhor percepção de sua vida e dos respectivos mecanismos defensivos que prevalecem em seu inconsciente2. Justificativa: A promoção de saúde ao trabalhador é ainda muito incipiente no serviço público que replica modelos capitalistas e neoliberais3, refém da hierarquização e produtividade. Esta realidade enseja ações reversas e diante dos fatores inerentes à enfermagem, que representa maior número de afastamentos entre os profissionais de saúde, conforme registros da Saúde Ocupacional do município de Foz do Iguaçu-PR. Objetivos: Dar visibilidade às ações de psicologia visando o cuidado psíquico de enfermeiros de um município de fronteira. Descrição da experiência: O município de Foz do Iguaçu-PR possui atualmente 150 enfermeiros. Anualmente, em média 9,8% deles são afastamentos por depressão, episódios depressivos moderado ou grave, reação ao estres grave, transtorno misto ansioso e depressivo, transtorno de ansiedade generalizada entre outros. O município disponibiliza apoio psicológico, por meio da psicoterapia breve, que visa compreender relações diretas do adoecimento com o trabalho, e uma vez identificadas, estudos de caso são realizados envolvendo outras áreas da medicina do trabalho. A perspectiva da promoção de saúde mental é multidisciplinar, não reduzindo-se aos transtornos mentais. São realizados trabalhos de psicoeducação com conteúdos digitais que vinculam nos diversos canais de comunicação, palestras e oficinas que abordam a educação financeira, saúde física e nutricional. Reflexão sobre a experiência: A experiência consolida a importância da saúde Ocupacional no cuidado psíquico disponibilizado pelos benefícios gerados ao servidor e indiretamente à sociedade e sua família, resgatando a condições de vida ativa e saudável. À gestão os benefícios são menor absenteísmo, ambientes de trabalho operando em sua completude, não sobrecarregando os demais que se mantém na ativa. Recomendação. Recomenda-se a manutenção da psicoterapia breve pelos benefícios observados no serviço de saúde ocupacional estudado e a indicação da adoção desta metodologia por outros municípios.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

CENÁRIO ATUAL DA HANSENÍASE NO BRASIL

Autores: Ana Cláudia Tofalini | Fabiane Silva de Oliveira, Claudia Prando, Silvana SallaKrusch, Renata Pires de Arruda , Flávia Meneguetti Pieri

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde
Palavras-chave: Hanseníase; Epidemiologia; Notificação compulsória
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7400


Resumo:

Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, com evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae. Acomete principalmente nervos periféricos, pele e mucosas, e seu diagnóstico tardio ou tratamento inadequado, pode acarretar lesões neurais com danos irreversíveis, podendo levar até a exclusão social da pessoa acometida. O Brasil ocupa a 2ª posição mundial entre os países que registram casos novos, ficando atrás somente da Índia, sendo considerada como um importante problema de saúde pública no Brasil. Objetivo:Descrever o cenário atual dos casos notificados de hanseníase no Brasil. Método:Estudo epidemiológico de caráter observacional e transversal dos casos novos de hanseníase no Brasil que ocorreram no período de janeiro de 2023 a maio de 2024. Os dados são provenientes do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados/discussão: Em 2023 no Brasil foram notificados 22.628 casos novos de hanseníase, que representa um aumento de 15,2% em relação a 2022. No mesmo ano foram notificados 2.232 casos com grau 2 de incapacidade física (GIF2), desses foram investigados 377 casos e confirmados 289. No Paraná foram registradas 459 notificações de casos novos em 2023, um aumento de 16,8% em relação ao ano anterior. Nos meses de janeiro a maio de 2024, o Paraná já tem 124 novos casos notificados, representando um aumento de 6,0% quando comparado ao mesmo período de 2023. Em 2020, em decorrência da pandemia pelo novo coronavírus, observou-se uma redução significativa no número de casos detectados de hanseníase, dos quais 37% em âmbito mundial e 35% no Brasil, refletindo, em ambos os casos, fatores operacionais e não uma tendência epidemiológica. Conclusões:Observa-se um aumento gradativo das notificações, entretanto, a hanseníase ainda é uma doença estigmatizada, pouco conhecida e com detecção tardia. Ações para melhorar o diagnóstico em tempo oportuno devem ser adotadas, tanto para capacitação e sensibilização dos profissionais de saúde, bem como para a população em geral. Estratégias têm sido adotadas com o objetivo de alcançar as metas e compromissos globais pela “zero hanseníase”.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PERFIL DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA MUNICIPAL

Autores: Jucelei Pascoal Boaretto | Ana Cláudia Tofalini , Fernanda Fabrin da Silva

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde
Palavras-chave: Vigilância Sanitária; Serviços de Saúde; Vigilância em Saúde Pública.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7406


Resumo:

Caracterização do problema: Com o estabelecimento do Código de Saúde do Estado do Paraná, partir da Lei nº 13.331 de 23 de novembro de 2001, o qual dispõe sobre a organização, regulamentação, fiscalização e controle das ações dos serviços de saúde dentro deste estado, além de caracterizar o Sistema Único de Saúde e tratar da política de saúde, dentro da qual se enquadra a Vigilância Sanitária, percebe-se a importância em caracterizar o perfil da Vigilância Sanitária Muncipal. Justificativa: Descrever o perfil da Vigilância Sanitária Municipal dentro da legislação vigente, considerando para tanto, o Decreto Municipal nº 964 de 27 de agosto de 2021, além do Código de Saúde do Paraná. Objetivo: Descrever o perfil da Vigilância Sanitária Municipal, considerando as ações realizadas pelos setores envolvidos nesta Diretoria Municipal.Descrição da Experiência: Relato de experiência sobre o perfil da Vigilância Sanitária Municipal, a qual abrange os produtos de saúde comercializados, os serviços relacionados aos alimentos e os serviços de saúde e de interesse a saúde em todo o município, através dos dados retirados do Sistema Eletrônico de Informação.Reflexão sobre a experiência: Durante o ano de 2023, tramitaram dentro da Vigilância Sanitária Municipal aproximadamente 9.044 peticionamentos, os quais envolvem tanto as licenças iniciais quanto as renovações de licenciamento, além dos cadastro de notificações de receitas especiais, pedidos de providências e denúncias. Recomendações: Conclui-se que o perfil da Vigilância Sanitária Municipal está diretamente relacionado a saúde pública pois engloba todos os serviços municipais desde a lanchonete até a farmácia e/ou o hospital. A estruturação desta parte da saúde pública impacta diretamente sobre todos os demais setores relacionados a saúde, considerando que os órgãos de Vigilância Sanitária devem estabelecer o prazo de validade da licença sanitária em função da classificação de risco sanitário das atividades econômicas desenvolvidas, volume de produção e/ou oferta de serviço, população exposta de consumidores e trabalhadores, complexidade dos processos e procedimentos envolvidos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

DOENÇAS CRÔNICAS E MANIFESTAÇÕES BUCAIS NA COVID LONGA

Autores: Leticia Simeoni Avais | Elis Carolina Pacheco , Auriane Silva Lima Grígolo, Eduarda Pereira, Pollyanna Kassia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda; Saúde Bucal; Doença Crônica
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7413


Resumo:

COVID Longa é definida como sinais e sintomas que se apresentam após 12 semanas desde a fase aguda da COVID-19. Condições crônicas de saúde, como diabetes e doenças cardíacas, podem agravar os sintomas da COVID Longa. O objetivo deste trabalho foi descrever a frequência e fatores associados às manifestações bucais da COVID Longa em pessoas que tinham condição crônica pré-existente à COVID-19. Estudo epidemiológico, transversal, realizado por meio de inquérito telefônico. Participaram indivíduos com teste PCR positivo para COVID-19, nos anos de 2020/2021, de uma cidade de médio porte do Paraná. Os dados foram analisados por estatística descritiva e testes de associação (IC 95%, p<0,05). A amostra foi composta por 1468 participantes, sendo a maioria dos respondentes do sexo feminino: 59,8% (878). A faixa etária predominante foi entre 30 e 59 anos, 72,0% (1057). Entre as condições crônicas pré existentes, transtornos psiquiátricos (24,8%), pressão alta (18,1%) e doenças neurológicas (10,4%) foram as mais relatadas. Mais da metade dos participantes apresentou pelo menos uma manifestação bucal (52,9%), sendo a sensação de boca seca ou xerostomia a mais relatada (32,0%). Quando comparada a presença de pelo menos uma manifestação bucal e a condição crônica antes da COVID-19, pessoas com pressão alta (RP=1,21; IC95%:1,09 – 1,35), doenças neurológicas (RP=1,34; IC95%:1,19 – 1,51) e transtornos psiquiátricos (RP=1,33; IC95%:1,21 – 1,46) apresentaram maiores prevalências de manifestação bucal na COVID Longa do que indivíduos que não possuíam essas condições. Doenças crônicas pré-existentes parecem ter influência na prevalência dos sintomas bucais, entretanto esses achados precisam ser considerados com cautela, uma vez que medicações dessas condições podem vir a apresentar alterações sistêmicas também.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

TENDÊNCIA ESPACIAL E SOCIODEMOGRÁFICA DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2012-2022

Autores: Vitória Barbosa de Souza Nímia | Isaac de Araujo Castro Vasconcelos , Larissa Xavier de Miranda , Carmen Justina Gamarra

Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Palavras-chave: Tuberculose; Sistemas de informação; Brasil
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7416


Resumo:

Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que, embora haja prevenção, tratamento e cura, ainda afeta populações vulneráveis e causa muitos óbitos em todo o mundo, sendo considerada uma questão de saúde pública. No Brasil, pela primeira vez em dez anos, os índices de TB apresentaram aumento, fazendo-se necessárias tomadas de medidas para a tentativa de diminuição desse quadro. Objetivo: Este estudo objetivou identificar o perfil espacial e sociodemográfico dos casos de tuberculose no território brasileiro no período de 2012-2022. Método: Estudo ecológico que retratou o território brasileiro, com uma população de 203,1 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2022, destacando a distribuição de casos de tuberculose nas Regiões e UFs do País. As informações foram coletadas por meio do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Resultados/discussão: Ao todo, foram registrados 992.889 casos e 51.809 óbitos no período do estudo (2012-2022). Observa-se uma desigualdade espacial, à medida que há elevada quantidade de casos de tuberculose (44.990 casos em 2022) em uma região com uma população numerosa (sudeste), mas uma taxa de prevalência menor do que a região norte (56 casos por 100.000 no Sudeste, enquanto 81,9 nos estados do Norte). O aumento percentual no período foi generalizado no Brasil, porém, na região norte o aumento é mais elevado (52%), com incremento de 13% no Nordeste, 17% no Sudeste, 8% no Sul e 15% no Centro-Oeste. No que concerne tendência sociodemográfica, colocando a Raça como variável explicativa, temos um aumento percentual de TB na população preta (15,19%) e parda (37%), e uma queda nos casos de pessoas brancas (-7%). Quanto a variável Sexo, há uma discrepância no aumento percentual da prevalência, sendo maior em homens (22%) do que em mulheres (9%). O aumento da prevalência dos casos de tuberculose também se exprime na mortalidade, que aumentou nos últimos anos, crescendo percentualmente 15,81%. Conclusões: considerando o exposto, a tuberculose é uma condição fundamentalmente ligada a determinantes sociais, portanto, entender a saúde em um contexto ampliado é fundamental. Logo, o apoio dos dados apresentados no presente trabalho possibilita compreender o perfil de saúde da população, referenciando sua posição no território.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ANÁLISE DESCRITIVA DAS HOSPITALIZAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM IDOSOS NO BRASIL ENTRE 2016 E 2022

Autores: Karen Edilaine Peron de Souza | Fernanda Shizue Nishida Carignano

Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Infarto do Miocárdio; hospitalização; Epidemiologia descritiva
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7422


Resumo:

Introdução: O aumento da mortalidade por IAM em idosos devido ao envelhecimento da população brasileira tornou-se um grave problema de saúde pública, ressaltando a necessidade de analisar as hospitalizações nessa faixa etária para melhorar a qualidade de vida. O conhecimento detalhado sobre IAM é crucial para orientar tratamentos eficazes (Mendes et al., 2022). Objetivo: Analisar as internações hospitalares por IAM em idosos nas Unidades Federativas do Brasil entre 2016 e 2022. Metodologia: Estudo descritivo das internações hospitalares por IAM em idosos de 60 a 80 anos ou mais, utilizando dados do DATASUS. Os dados foram extraídos do TABNET sobre Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS), baseados nas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas entre 2016 e 2022 (DATASUS, 2024). Calculou-se a taxa de internações dividindo as AIHs pelo total da população idosa na mesma faixa etária e período, multiplicando o resultado por 100.000 (IBGE, 2024). Resultados/Discussões: Durante o período analisado, o Brasil registrou 492.681 internações hospitalares por IAM na população idosa, com uma taxa hospitalar de 2754,3 internações para cada 100mil habitantes. Houve um aumento progressivo nas taxas de hospitalizações ao longo dos anos, destacando-se um crescimento significativo em 2022 para 531,9 internações por 100mil habitantes. A região Sul apresentou a maior taxa de internação hospitalar, com 1775,2 internações por 100mil habitantes, enquanto a região Norte registrou a menor taxa, com 1128,8 internações por 100 mil habitantes. A análise por faixa etária revelou taxas mais elevadas entre os 75 e 79 anos (1822,8/100mil hab), e menores na faixa de 60 a 64 anos (1285,3/100mil hab). As hospitalizações por IAM em idosos no Brasil aumentaram, devido ao envelhecimento populacional, aumento das doenças crônicas como hipertensão, diabetes e mudanças nos estilos de vida. A COVID-19 também teve impacto significativo, afetando diagnósticos, tratamentos e acesso de saúde. As disparidades regionais nas taxas estão atribuídas a fatores socioeconômicos e culturais. Ressaltando a necessidade de estratégias específicas para prevenir IAM em idosos e melhorar saúde cardiovascular. (Mendes et al., 2022; Alves et al., 2018). Conclusão: As hospitalizações por IAM em idosos aumentaram com a idade e ao longo do tempo, evidenciando a urgência de diagnósticos precoces e intervenções preventivas para reduzir sua incidência e complicações, melhorando assim a qualidade de vida dos idosos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DAS DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE ALIMENTOS DO ESTADO DO PARANÁ

Autores: Fátima Kleina Gregorio | Ingridy Fhadine Hartmann Gonzales, Isabela Vaz Silva, Rafaela Terezinha Marioti, Salésia Maria Prodócimo Moscardi, Paula Cristina Linder Silva

Instituição: UEM/PR, UNICENTRO/PR e SESA/PR
Palavras-chave: Alimentos; Educação em Saúde; Saúde Pública; Vigilância Sanitária.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7424


Resumo:

As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) representam um crescente problema de saúde pública em âmbito mundial, tanto nos países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, acometendo indivíduos de todas as idades, principalmente idosos, gestantes, crianças e imunocomprometidos. Elas resultam da ingestão de água ou alimentos contaminados e podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos, parasitos intestinais e substâncias químicas. Só em 2023, foram notificados 1.162 surtos de DTHA no Brasil, demandando ações constantes de conscientização do problema, principalmente por serem subnotificados e subdiagnosticados. Com base nisso, objetiva-se relatar as principais ações de conscientização e prevenção das DTHA realizadas pela Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (DVVSA/SESA-PR) durante o ano de 2024. Compete à Vigilância Sanitária, diante de surtos de DTHA, notificar a Vigilância Epidemiológica, inspecionar os locais envolvidos e recolher, armazenar e transportar amostras dos alimentos suspeitos. Além disso, deve incentivar os setores de produção, distribuição e serviços de alimentação a adotarem medidas preventivas e de controle, capacitar recursos humanos e realizar educação em saúde com os manipuladores de alimentos. Em alusão ao Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, celebrado em 7 de junho, cujo propósito é conscientizar sobre a importância do tema e promover ações para prevenir, detectar e gerenciar riscos alimentares, a DVVSA lançou um e-book sobre DTHA no site oficial da SESA-PR. O material aborda as principais DTHA, diagnóstico, tratamento, medidas de prevenção e esclarece mitos e verdades sobre o tema. A DVVSA concedeu uma entrevista sobre a publicação do material, ampliando o alcance da informação. Além disso, em 13 de junho de 2024, servidores técnicos da DVVSA realizaram capacitação presencial para técnicos da 03ª Regional de Saúde e municípios de sua abrangência, enfatizando a importância da investigação dos surtos de DTHA no âmbito da Vigilância Sanitária. A experiência demonstrou que ações de conscientização e prevenção das DTHA são essenciais para reduzir sua ocorrência, exigindo vigilância integrada e educação em saúde para promover a comercialização de alimentos seguros. Recomenda-se que o tema seja disseminado à população e que as ações de educação em saúde sejam contínuas, promovendo boas práticas na produção, armazenamento e manipulação de alimentos.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

ALTERAÇÕES DE PALADAR EM PACIENTES COM COVID LONGA EM PONTA GROSSA, PR

Autores: Eduarda Pereira | Auriane Silva Lima Grígolo, Elis Carolina Pacheco, Leticia Simeoni Avais, Márcia Helena Baldani, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Covid longa; alterações de paladar; manifestações bucais
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7425


Resumo:

Introdução: A COVID Longa ou condição pós COVID é um problema crescente, e de interesse em saúde pública. A COVID Longa é definida como a persistência ou aparecimento de sintomas após 3 meses desde a infecção aguda pelo vírus SARS-CoV-2 (OMS, 2023). Entre os sintomas da condição crônica da COVID, está a perda de paladar, a qual afeta a qualidade de vida dos indivíduos. Objetivos: Descrever a prevalência da perda de paladar na COVID Longa. Métodos: Estudo transversal realizado no Inquérito telefônico "Covid Longa Ponta Grossa". Participaram pessoas >18 anos, que tiveram COVID-19 em 2020/2021, confirmada por RT-PCR, residentes em Ponta Grossa-PR. Participantes responderam questionários detalhados, no período de 04/2023 a 10/2023, para avaliar a presença de COVID Longa e manifestações como a perda de paladar. Os dados foram organizados e analisados por estatística descritiva e medida de associação (IC95%). Resultados: Foram entrevistados 1693 indivíduos, 1283/1693 (75%) dos entrevistados apresentaram COVID Longa, 23,68% apresentaram alteração de paladar. Foram relatadas alterações de paladar em 280 (27,86%) mulheres e 121(17,58%) homens. O sexo masculino teve menor prevalência de alteração no paladar (RP=0,63; IC95%: 0,52-0,76). Os participantes classificados como caso de COVID Longa tiveram 2,38 vezes (IC95%: 1,79-3,16; p<0,001) mais casos de perda de paladar que o grupo sem COVID Longa. Aqueles que referiram limitações diárias pós-COVID, e os que avaliaram seu estado de saúde ruim ou muito ruim após a COVID-19 também apresentaram maior prevalência de perda de paladar (p<0,001). Conclusão: Os achados revelam prevalência alta de COVID Longa e alteração de paladar nesta condição. A alteração de paladar se associou à COVID Longa e ao sexo biológico. Os resultados sugerem associação da perda de paladar na COVID Longa com piores condições de saúde autorreferidas após a COVID-19. Há necessidade de abordagem terapêutica no tratamento dessa condição.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AVALIAÇÃO DA COMPLETITUDE DAS NOTIFICAÇÕES DE SÍFILIS ADQUIRIDA NO PARANÁ: 2013 A 2023

Autores: Karen Edilaine Peron de Souza | Fernanda Shizue Nishida Carignano

Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Palavras-chave: Sífilis; Notificação; Confiabilidade dos Dados; Epidemiologia descritiva
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7427


Resumo:

Introdução: A integridade das notificações é essencial para monitorar doenças e formular políticas de saúde pública eficazes. É crucial analisar a precisão e consistência dos dados para identificar lacunas no sistema de notificação da sífilis adquirida no estado, visando melhorar sua gestão e controle (Soares e Aquino, 2021). Objetivo: Analisar a completude das notificações de Sífilis Adquirida no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no Paraná entre 2013 e 2023. Metodologia: Estudo descritivo, sobre a completude dos campos de notificação de Sífilis Adquirida do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no estado do Paraná entre 2013 e 2023. As variáveis analisadas foram: data notificação, data diagnóstico, idade, sexo, gestante, raça, escolaridade, data investigação, classificação final, critério, doença relacionada ao trabalho, evolução e a data encerramento. A completude, foi avaliada pelos campos em branco, classificada como Excelente (? 5,0%), Bom (5,0% a 10,0%), Regular (10,0% a 20,0%), Ruim (20,0% a ? 50,0%) e Muito ruim (> 50,0%). A variação proporcional (VP) foi obtida subtraindo-se o percentual de completude de 2023 pelo de 2013, dividindo-se essa diferença pelo percentual de 2013 e multiplicando por 100. Resultados/Discussões: No Paraná, foram registradas 75.606 notificações de Sífilis Adquirida, com tendência crescente de casos até 2021. A qualidade do preenchimento dos campos foi geralmente alta, com escores "Excelente" na maioria das variáveis ao longo dos anos. No entanto, houve uma diminuição na consistência de campos como Data de Investigação (-7,54), Critério (-9,45), Doença relacionada ao Trabalho (-12,74) e Evolução (-13,10) ao longo do tempo. Os resultados destacam que as lacunas estão relacionadas à falta de obrigatoriedade de preenchimento em campos não essenciais, exceto a Data Investigação. Essas áreas requerem atenção para garantir documentação precisa e consistente. O preenchimento adequado da ficha de notificação é crucial para assegurar uma base de dados confiável, essencial para a eficácia das ações de vigilância, monitoramento das doenças e implementação de medidas preventivas (Soares e Aquino, 2021; Kochert, 2021). Conclusão: Os registros demonstraram qualidade geral positiva, porém, revelaram discrepâncias que comprometem a precisão das informações e dificultam análises epidemiológicas. Treinar profissionais para preencher as fichas de notificação é crucial para políticas públicas eficazes em saúde.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

PROMOÇÃO DA SAÚDE PELO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Paola Ramos Silvestrim | Fernanda Caroline Berto Moreira, Rose Meire Albuquerque Pontes

Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Palavras-chave: Promoção da Saúde; Doença Crônica; Autocuidado.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7429


Resumo:

Caracterização do problema: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são responsáveis por alta mortalidade, prejuízo da qualidade de vida, limitações e incapacidades para as atividades de trabalho, lazer e implicam em alto custo para os serviços de saúde. Justificativa: A população idosa é a mais acometida pelas DCNT, destas as mais comuns são as doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, câncer e diabetes, que apresentam fatores de risco modificáveis. Para tanto, o enfermeiro deve atuar como coordenador do cuidado colocando o indivíduo de forma central, e seu papel é minimizar comportamentos de risco e complicações associadas à doença, removendo as barreiras e estabelecendo metas em conjunto com a pessoa com DCNT. A enfermeira não é destinatária passiva, mas colaboradora ativa que desempenha papel insubstituível no autocuidado. Objetivo: Descrever a experiência de uma enfermeira no cuidado com pessoas com DCNT e os impactos da promoção da saúde. Descrição da experiência: Relato de experiência com abordagem descritiva, vivenciada pela autora principal em 2024, através das consultas de enfermagem em um programa intitulado Gerenciamento de Doenças Crônicas (GDC), de uma operadora de saúde do município de Londrina, Paraná. A população do estudo é composta por pessoas com DCNT, sobretudo idosos, diabéticos, hipertensos e com dislipidemia. Reflexão sobre a experiência: As consultas de enfermagem são essenciais, sendo a população no geral sedentária, com alimentação inadequada, falta do autocuidado e da gestão de sua saúde. Com escuta ativa, o usuário tem a liberdade de relatar seus hábitos, relação com o trabalho, família, espiritualidade e percepção sobre sua comorbidade. Percebeu-se que, por meio da utilização de técnicas de Entrevista Motivacional, pôde-se auxiliar no controle do peso, estimular a prática de atividade física, promover mudanças na alimentação, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida e a saúde mental. Outrossim, o indivíduo passa a entender a importância do acompanhamento médico, da realização de exames preventivos, dos hábitos saudáveis e a praticá-los, e, o enfermeiro como coordenador desse processo, promove a educação em saúde e trabalha em conjunto com a equipe multiprofissional. Recomendações: O enfermeiro deve fortalecer a motivação da pessoa e seu comprometimento com a mudança, sendo crucial para a melhoria do autocuidado.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

MANEJO POPULACIONAL DE CÃES NA CIDADE DE JABOTICABAL-SP: PARCERIA ENTRE PREFEITURA MUNICIPAL E UNIVERSIDADE

Autores: Ana Carolina Tavares Bonini | Maria Angélica Dias Conti, Adolorata Aparecida Bianco Carvalho

Instituição: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/ Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FCAV/UNESP)
Palavras-chave: controle reprodutivo; educação em saúde; saúde pública
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7430


Resumo:

A superpopulação de animais nas cidades gera o aumento de crias indesejadas, de abandono e representa um risco para a saúde, pois os animais podem ser fontes de infecção de zoonoses. O controle populacional deve ser realizado, mas o recolhimento e eutanásia de animais sadios não são efetivos, é uma ação indesejada pela comunidade e causa danos psíquicos nas equipes envolvidas. Logo, indica-se a esterilização cirúrgica, pois contribui para redução da densidade populacional canina e melhora a qualidade de vida dos animais (Begalli, 2020 e UFMG, 2016). Neste trabalho, objetivou-se realizar o controle populacional de cães na cidade de Jaboticabal/SP, por meio de castração e educação para a posse responsável, numa parceria entre a prefeitura municipal e a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCAV/Unesp). Para tanto, tomou-se como orientação a Lei Federal nº 13.426, de 30 de março de 2017 (Brasil, 2017). As ações aconteceram durante 12 meses, em 2022 e 2023. Inicialmente, realizou-se um diagnóstico em diversas áreas da cidade, a fim de estimar o número de cães. Foram priorizados os tutores inscritos em programas sociais com comprovação documental e eram requisitos o proprietário residir no município, o animal ter idade superior a quatro meses, estar em boas condições de saúde e possuir cadastro no Departamento de Proteção e Defesa Animal. Os cães selecionados passaram por triagem com anamnese, exame físico e exames laboratoriais (hemograma e bioquímico). Diante dos resultados, os animais foram considerados aptos ou inaptos ao procedimento. Os aptos foram esterilizados cirurgicamente no Hospital Veterinário da FCAV/Unesp, e os inaptos devido à gestação, cio ou qualquer enfermidade que impossibilitasse o procedimento, foram encaminhados para atendimento médico veterinário específico. Dos 140 animais triados, 90 (64,3%) foram considerados aptos e castrados. As atividades de educação foram realizadas de forma lúdica e interativa, abrangendo cerca de 800 alunos das escolas de ensino fundamental II do município. Um projeto de manejo populacional de cães ético, contínuo, com ações paralelas de educação para a posse responsável, poderá levar a uma diminuição efetiva do número de animais nas ruas. Consequentemente, à diminuição de atropelamentos, acidentes por mordeduras, atendimentos a maus-tratos e a transmissão de zoonoses, desonerando e beneficiando a Saúde Pública e promovendo a Saúde Única.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

Autores: Thais Gonçalves Pereira | Tainara Araújo Rocha, Amanda Riviera da Silva,, Letícia Ajarilla Piazentin Sawczuk, Sophia Arruda Ferrari, Ester Massae Okama Dalla Costa

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Sífilis Congênita.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7431


Resumo:

A sífilis é caracterizada como uma doença infecciosa, de evolução crônica podendo ser assintomática, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão pode ocorrer pela via sexual, em casos que não são utilizados preservativos, via vertical ou por transfusão sanguínea contaminada. No caso de mulheres grávidas, não tratadas ou inadequadamente tratadas, ocorre o risco de transmissão via placentária, ocasionando a sífilis congênita. A sífilis congênita pode acarretar em perda fetal precoce, morte neonatal, prematuridade, baixo peso ao nascer ou doença congênita entre recém-nascidos. Segundo os dados do Boletim Epdemiológico do Ministério da Saúde, no Paraná, no ano de 2022 foram notificados 885 casos de sífilis congênita e 10 óbitos. Pensando na alta incidência de casos, o presente trabalho tem como objetivo conhecer o perfil epidemiológico da sífilis congênita em uma Unidade Básica de Saúde da região Leste de Londrina. Trata-se de um estudo ecológico, com abordagem quantitativa, utilizando dados fornecidos pela Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS), levantados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) a partir das notificações compulsórias dos casos de sífilis em gestantes e congênita identificados em uma UBS na cidade de Londrina - PR, no ano de 2023. Foram encaminhadas para realização de exames de HIV e Sífilis 186 gestantes usuárias da referida UBS, que demonstra um bom alcance dos indicadores de saúde da região (acima de 60%). No entanto, a mesma unidade apresentou-se entre as regiões com maior registro de sífilis congênita, com 4 casos confirmados. A partir dos dados apresentados, percebe-se a necessidade de ações voltadas para a prevenção e aderência no tratamento, não somente das gestantes, mas também de seus parceiros devido ao risco de reinfecção durante a gestação. Desta forma, a equipe de Residência em Saúde da Mulher sugere como estratégia realizar palestras educativas voltadas aos profissionais da Atenção Básica para a sensibilização sobre o tema, confecção de material informativo sobre IST’s, ações de educação em saúde nas escolas com enfoque em educação sexual e realização de grupos educativos para a mulheres em idade fértil.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

AÇÕES PARA MONITORAMENTO DA COVID-19 NA APS

Autores: Daniela Cristina Rachadel | Viviane Schmidt Solyom, Maria Terumi Maruyama Kami, Cristiane Yumi Nakamura, Cleverson Fragoso

Instituição: SMS Curitiba
Palavras-chave: monitoramento; COVID-19; atenção primária
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7467


Resumo:

A pandemia de COVID-19 fez com que adequações nos fluxos de atendimento fossem realizadas. Para auxiliar na organização do atendimento nas Unidades Municiapis de Saúde (UMS) de Curitiba, em virtude do aumento de casos de COVID-19, iniciou-se em junho de 2020, o monitoramento diário dos diagnósticos relacionados aos sintomas respiratórios nas UMS. O objetivo era monitorar o número de diagnósticos de sintomáticos respiratórios para identificar a tendência no aumento do número de casos de COVID-19, analisar os impactos na APS e planejar o melhor fluxo de atendimento nas UMS. Como fonte de dados, foi utilizado o sistema Business Intelligence da Epidemiologia (BI Epidemio), que traz o quantitativo dos códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID) registrados no prontuário eletrônico e-saúde. O percentual monitorado de sintomáticos respiratórios foi calculado a partir dos diagnósticos pertencentes ao grupo do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) em relação ao total de diagnósticos nas UMS. Este monitoramento permitiu o acompanhamento da evolução da pandemia e o planejamento para garantir a melhor organização do trabalho nos momentos de pico dos casos, adequando os serviços conforme as demandas, tornando UMS exclusivas para atendimento agudo, para atendimento às gestantes e UMS exclusivas para vacinação. Esta ação mostro-se uma importante estratégia para a análise e interpretação do perfil de atendimento nas UMS de Curitiba, contribuindo na estruturação de ações que visam o melhor acesso e cuidado à população.

7 ET7 - Promoção, prevenção e vigilância em saúde

JANEIRO ROXO COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Juliana de Oliveira Marques | Valéria Cristina Almeida de Azevedo Barbosa, Daniela Souza de Carvalho Gomes, Vania Cristina da Silva Alcantara, Claudia Prando, Flávia Meneguetti Pieri

Instituição: Prefeitura Municipal de Londrina
Palavras-chave: hanseniase, questionário, avaliação
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7505


Resumo:

A hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e com evolução crônica, que se caracteriza ainda como um sério problema de saúde pública no Brasil, apesar de curável. O bacilo Mycobacterium leprae é o agente causador, sendo de multiplicação lenta, afeta preferencialmente nervos periféricos e pele, podendo acometer também a mucosa do aparelho respiratório superior, linfonodos, olhos, e órgãos internos, independente do sexo e/ou idade. Sua transmissão ocorre por meio do contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível e de um indivíduo com hanseníase não tratada. Comumente o caso fonte é um parente próximo não diagnosticado. Prevê-se que a grande maioria da população tenha imunidade natural contra esse bacilo, sendo que mesmo entrando em contato poderá não adoecer. A genética influi na susceptibilidade ao M. leprae, por tanto os contatos domiciliares de pessoas com a hanseníase têm maior probabilidade de adoecer (Brasil, 2022). Devido ao fato do dia 26 de janeiro ser considerado o Dia Mundial Contra a Hanseníase, esse mês junto à cor roxa, se tornaram referência para são ações de sensibilização sobre o tema. Em janeiro de 2024, as unidades básicas de saúde (UBS) do Município de Londrina aplicaram um questionário simplificado com perguntas sobre sinais sugestivos de hanseníase como manchas dormentes e história familiar da doença no acolhimento. Após respondido, esse questionário era avaliado pelo fisioterapeuta, que ao verificar alguma resposta sugestiva solicitava busca ativa e agendamento de avaliação do paciente. Após anamnese e exame dermato-neurológico, se persistisse a suspeita era feito encaminhamento para o serviço de referência em Hanseníase do Município para investigação e diagnóstico. No total, foram respondidos 814 questionários, sendo que 47 pacientes responderam ter mancha dormente, 26 pacientes responderam ter ou tiveram alguém na família com Hanseníase, sendo que do total 80 pacientes foram avaliados por fisioterapeuta, enfermeiro ou médico. Destes 4 pacientes encaminhados para serviço de referência, Concluiu-se que essa ação foi de extrema importância para fomentar o tema entre os profissionais, que se tornaram mais sensíveis aos sinais e sintomas e entre a população, além de se constituir em uma estratégia para diagnóstico de casos novos e exame de contatos de casos de hanseníase.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

FIBROMIALGIA: GERENCIAMENTO DO AUTOCUIDADO ATRAVÉS DE UM PROGRAMA EM SAÚDE.

Autores: Tacyana Schmidt Cantuaria | Erildo Vicente Muller, Milene Zanoni da Silva, Marcelo Rezende Yong Blond, Thaiza Acosta Rebonato, Maria Elvira Gonçalves Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Fibromialgia; Autocuidado; Práticas Integrativas e Complementares em Saúde; Educação em Saúde;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7089


Resumo:

O aspecto desses relato de experiência trata-se em apresentar um programa de 12 (doze) semanas com Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) em usuários portadores de fibromialgia atendidas em Hospital Público do Estado do Paraná, as condições crônicas são desafiadoras para o Setor da Saúde e pacientes. O presente trabalho se desenvolveu através de educação em saúde, na desconstrução do modelo passivo, com práticas integrativas e complementares em grupo, com equipe interdisciplinar no qual o paciente se insere como parte do processo da cura. O objetivo do estudo foi avaliar o agenciamento do autocuidado em portadores de fibromialgia. A pesquisa se baseia em ensaio clinico randomizado (ECR) através de um estudo longitudinal, com 22 (vinte e duas) pacientes diagnosticados com fibromialgia, a amostra foi dividida em dois grupos: intervenção e controle. O Grupo Intervenção (GI) composto de 12 (doze) pacientes, sucedeu-se direcionado à vivencias das práticas integrativas e complementares, o quais seguiram um cronograma e com a participação de uma equipe interdisciplinar de 12 (doze) semanas. O grupo Controle (GC) composto com 10 (dez) pacientes se insere no tratamento convencional de alopatia e rotinas já estabelecidas, ambos os grupos responderam questionários validados ao inicio e final do estudo. Algumas técnicas são emergentes como as Práticas Integrativas e Complementares (PICs), acenam como estratégias promissoras importantes para a remissão dos sintomas ou suporte terapêutico aos quadros dolorosos. O estudo demostra que através da educação em saúde terá melhora no autocuidado e possível resgate de qualidade de vida, olhar de cuidado para si mesmo, com mudança de hábitos e estilo de vida.Os resultados dos estudos foram promissores em todos os questionários aplicados no Grupo Intervenção, no Grupo Controle não apresentou alternância e ambos serão apresentados pela comparação de dados futuramente. O Programa de 12 (doze) semanas apresenta características inovadoras o entrelace de práticas complementares como coadjuvantes no processo de cura, utilizando o autocuidado como um coadjuvante de significância, junto a combinações de práticas complementares que possam amenizar as principais variáveis da síndrome como a intensidade da dor, o impacto da fibromialgia na rotina do cotidiano e relações sociais, bem como mecanismos que possam aumentar a produção de endorfinas e assim diminuir a incidência de ansiedade, estresse e depressão.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

INTEGRAÇÃO EM SAÚDE: EXPERIÊNCIAS NO CUIDADO DE PACIENTES CRÔNICOS PELO MODELO DE ATENÇÃO AS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC)

Autores: Heitor Tadayuki Ishie | Jayme Euclydes Picasky Da Silveira Freitas, Paola Regina Mombach Lazzaron, Tatiele Estefâni Schönholzer

Instituição: UFPR
Palavras-chave: Integralidade em Saúde; Múltiplas Afecções Crônicas; Educação Médica
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7090


Resumo:

Caracterização do problema: As doenças crônicas não transmissíveis apresentam um caráter multifatorial proeminente, afetando diversos sistemas orgânicos. O comprometimento de inúmeros órgãos por uma condição crônica, evidencia a complexidade de uma abordagem terapêutica adequada. Justificativa: O atendimento multidisciplinar se mostra eficaz ao proporcionar uma abordagem ampla, simultânea e concentrada na mesma estrutura física. Sendo assim, a adesão dos pacientes com condições crônicas pode ser mais efetiva, pois reduz deslocamentos e dispêndios de tempo. Tal enfoque aumenta a possibilidade do cuidado com o paciente ser efetivo, refletindo na melhora clínica da condição crônica. Objetivos: Relatar a experiência de imersão de estudantes de medicina no cotidiano de pacientes atendidos no Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) no município de Toledo-PR. Descrição da experiência: O Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (CISCOPAR) adota o MACC com o objetivo de aprimorar a gestão em saúde. Nesse contexto, trios de estudantes de medicina foram designados pelo docente para acompanhar pacientes com comorbidades durante atendimentos multiprofissionais, monitorando todas as suas consultas. Durante essa atividade, os discentes tiveram a oportunidade de escutar as dificuldades dos pacientes em relação aos seus processos saúde-doenças e suas críticas positivas e negativas ao sistema público de saúde, mergulhando profundamente na realidade vivenciada por eles. Foi possível observar como as condições de saúde podem ser tratadas de maneira mais eficiente, concentrando em uma única manhã todos os profissionais necessários para o atendimento integral, possibilitado pelo MACC. Reflexão sobre a experiência: A atenção a condições crônicas demanda a aplicação de estratégias integradas que englobem os diversos serviços da rede de saúde necessários para o cuidado do paciente crônico. Ademais, para os estudantes, vivenciar essa experiência multidisciplinar possibilitou compreender os benefícios da abordagem integral ao paciente e a necessidade de uma comunicação interprofissional efetiva. Recomendações: É imperativo que os gestores de saúde pública desenvolvam, apliquem e aprimorem estratégias de integração multiprofissional para o atendimento de qualidade ao indivíduo com condições crônicas. Além disso, proporcionar aos estudantes da saúde espaços de aprendizado multiprofissional para aprimorar a qualidade e a gestão do cuidado.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO EM VISITAS PÓS-ÓBITO DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR DE CURITIBA

Autores: Giulia Abreu Setim | Letícia Dombroski Rodrigues, Lirian Simões Krupek, Lucas Pimentel de Lara, Henrique Shody Hono Batista, Mariana Ribeiro Maso Lous

Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Cuidados Paliativos;Visita Domiciliar;Psicologia,
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7102


Resumo:

Caracterização do problema: Os Cuidados Paliativos (CP) consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, tratamento de dor e de sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Justificativa: Apesar dos CP incluírem a assistência ao luto dos familiares como parte do cuidado, algumas famílias relatam sentimento de abandono por parte das equipes de saúde, após constatado o óbito do paciente e encerrado o acompanhamento. Como estratégia para intervir nesta problemática, as visitas domiciliares pós-óbito têm como objetivo prestar apoio emocional ao luto dos familiares, contribuindo para a humanização do encerramento do vínculo entre equipe e família. Objetivos: Relatar a vivência das psicólogas residentes nos atendimentos a familiares de pacientes em CP referenciados por um serviço de atenção domiciliar da rede pública de Curitiba. Descrição da experiência: O serviço de atenção domiciliar oferece atendimento interdisciplinar, com abordagem biopsicossocial, para pessoas que necessitam da continuidade dos cuidados no domicílio. Esse pode ser dividido por territórios de saúde e por especialidades, sendo uma destas equipes a de Cuidados Paliativos. As visitas ocorreram em cerca de 2 a 3 semanas após o óbito. Reflexão sobre a experiência: A atuação da psicologia nessas visitas teve como objetivo propiciar uma escuta dos conteúdos que emergiram e de como tem se dado o processo de luto. Nos atendimentos aos familiares, surgiram conteúdos como: recapitulação do processo de internamento, evolução da doença, circunstâncias do óbito e rituais de despedida ao paciente. Sentimentos de dever cumprido, agradecimentos pelos cuidados e pela visita da equipe após o óbito, foram manifestados. Além disso, foi possível observar a presença de discurso religioso e espiritual como estratégia de enfrentamento. Em alguns casos, a psicologia avaliou evidências de vulnerabilidade no processo de luto, exigindo intervenções de fortalecimento das estratégias de enfrentamento da família e suas redes de apoio. Recomendações: Recomendamos que as equipes desenvolvam estratégias de apoio ao luto dos familiares, sendo a visita domiciliar pós-óbito um importante recurso de acolhimento dos sentimentos e experiências vivenciadas neste processo.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

FIM DE VIDA NA UTI: A REALIZAÇÃO DOS DESEJOS DE PACIENTES

Autores: Lirian Simões Krupek | Giulia A. SetiM, Letícia D. RodrigueS, Itala V. Duarte, Henrique S. H. Batista

Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns
Palavras-chave: cuidados paliativos; unidade de terapia intensiva; meios de comunicacao
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7108


Resumo:

Caracterização do problema: O Cuidado Paliativo atua com pacientes e familiares que enfrentam uma doença ameaçadora da vida, promovendo o alívio do sofrimento e da dor, seja de ordem biológica, psicológica, social e/ou espiritual. Este cuidado pode ser oferecido em diferentes contextos e etapas da doença, como nos casos de pacientes que vivenciam seus momentos finais de vida internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Justificativa: Diante da finitude no ambiente de UTI, a atuação da(o) psicóloga(o) propicia um espaço de escuta e atendimento de desejos de pacientes, a partir da flexibilização de regras e rotinas da unidade. Objetivos: Este relato descreve a experiência de uma psicóloga residente em UTI, acompanhando pacientes que apresentam lucidez e consciência sobre sua finitude. A atuação psicológica ocorre na escuta dos sentimentos, pensamentos e desejos das(os) pacientes e na articulação com equipe, paciente e familiares para realização destes desejos. Descrição da experiência: O contato com a finitude pode convocar pacientes a verbalizar percepções e emoções sobre o morrer e o viver, demandando acompanhamento da psicologia e intervenções junto à família. Diversas articulações são possíveis, como: liberação de objetos pessoais da(o) paciente, liberação de visitas de familiares específicos, conforme demanda da(o) paciente, além do suporte às conversas entre paciente e família sobre rituais de despedida e desejos em relação ao velório. Quando há limitações institucionais e familiares, é possível construir alternativas de realizar o encontro entre paciente e entes queridos, por exemplo, através da gravação de vídeos e vídeo-chamadas. Tal recurso pode, inclusive, viabilizar o contato afetivo com animais de estimação e com familiares que não conseguem estar em visita presencial por dificuldades emocionais. Reflexão sobre a experiência: A atuação da psicóloga permite ampliar as possibilidades de realização de desejos das(os) pacientes, tornando-as(os) protagonistas do seu processo de despedida e encontro com a finitude. Recomendações: O uso da criatividade é fundamental para essa assistência, pois o uso de meios de comunicação pode favorecer encontros que não seriam possíveis de forma presencial. Além disso, permitem contornar impasses institucionais ou limitações emocionais, de tempo e/ou de distância que se colocam como barreiras para um bem viver até o último dia de vida, com autonomia.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

DESAFIOS A INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO A SAÚDE DE PESSOAS TTANS: REFLEXÕES A PARTIR DE VIVÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Cristiane de Melo Aggio | Marielly Rangel Ceneviva, Luana Maria Amaral Cherain

Instituição: Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)
Palavras-chave: Transexualidade; Barreiras de Acesso aos Serviços de Saúde; Integralidade em Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7182


Resumo:

Introdução: O Brasil registrou 257 mortes violentas de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, interssexuais, assexuais e pansexuais (LGBTQIAP+) em 2023, sendo considerado o país mais homotransfóbico do mundo. O cuidado em saúde dessa população se dá desde o direito ao uso do nome social até o acesso à terapia hormonal no âmbito da Atenção Básica (AB). Objetivo: Refletir sobre a atenção à saúde de pessoas transexuais, a partir de atendimento realizado por internos de Medicina, em Unidade de Saúde da Família (USF). Relato da experiência: Dupla de estudantes, do sexto ano, de Instituição de Ensino Superior (IES), pública e paulista, auxiliadas pelo médico preceptor, atendeu homem transgênero, com 19 anos de idade e que desejava iniciar o processo transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS). Primeiramente, foi investigada sua história pessoal e foram solicitados exames laboratoriais. No atendimento seguinte, procedeu-se o exame físico geral, verificou-se a normalidade dos resultados dos exames e discutiu-se a hormonização e a posterior intervenção cirúrgica. Discussão: O atendimento desta pessoa foi acolhedor, por todos da equipe de saúde, respeitando-se o seu nome social, devidamente registrado no prontuário eletrônico. Para garantir o direito da mesma ao processo transexualizador, as estudantes buscaram o apoio de professores colaboradores que ministravam curso de Atenção à Saúde LGBTQIAP+ na IES, aprimorando-se a comunicação entre os pares. Desde 2013 o SUS incorporou as travestis e os homens no processo transexualizador, permitindo-lhes o acesso ao acompanhamento multiprofissional e aos procedimentos com hormonização, cirurgias de modificação corporal e genital. Cabe à AB as avaliações médicas e encaminhamentos para os serviços ambulatoriais, para o acompanhamento psicoterápico e a hormonização, e hospitalar, para as cirurgias de modificação corporal. Mas, o homem transgênero atendido encontrou barreiras no fornecimento de testosterona. Conclusão: Foi inusitada a vivência do cuidado com a população trans na AB pelas estudantes, indicando a efetividade da USF em ser o contato preferencial desta população com o SUS, porém, a necessidade da pessoa transexual de alinhar seu corpo com a identidade de gênero foi parcialmente atendida e a mesma arcou com o elevado custo da hormonização. Esse caso evidenciou a oferta deficitária da atenção especializada, comprometendo a integralidade e a garantia dos direitos da população LGBTQIAP+ no SUS.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A SEXUALIDADE NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL: PERCEPÇÃO DE ENFERMEIROS E A EXPERIÊNCIA DE PUÉRPERAS IMIGRANTES

Autores: Ivaneliza Simionato de Assis | Maryellen Dornelles Zarth Vaz, Geisyelli Alderete, Maria Aparecida Baggio, Carmen Justina Gamarra, Rosane Meire Munhak da Silva

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Programa de Pós-graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira.
Palavras-chave: Sexualidade; Puérperas; Imigração
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7187


Resumo:

Introdução: A sexualidade feminina, na assistência à saúde, tem sido limitada aos aspectos reprodutivos, às Infecções Sexualmente Transmissíveis e à gravidez na adolescência, negligenciando a saúde sexual em sua integralidade. No ciclo gravídico-puerperal diversos fatores impactam a sexualidade, dos quais incluem-se os aspectos culturais de imigrantes, que estão intrinsecamente relacionados à gestação e ao parto. Objetivo: O objetivo do estudo foi compreender a sexualidade no ciclo gravídico-puerperal na percepção de enfermeiros e na experiência de mulheres imigrantes. Estudo exploratório, qualitativo, fundamentado na Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas em profundidade, com 18 enfermeiros e oito puérperas de nacionalidade paraguaia, libanesa, haitiana e venezuelana, em Foz do Iguaçu, Brasil, entre fevereiro e setembro de 2022. Para análise dos dados utilizou-se uma abordagem socioantropológica, com foco no fenômeno cultural, organizada em três etapas: leitura compreensiva, exploração e síntese interpretativa. Resultados: Os enfermeiros versaram sobre a escassa demanda por conversas relacionadas a sexualidade nas consultas, justificada por crenças e costumes das puérperas imigrantes em manter-se reservadas sobre o tema, mesmo assim, perceberam preocupação com o impacto das relações sexuais na gravidez e pós-parto. Houve relatos de perda de libido e preocupações dos parceiros sobre a falta de atividade sexual, havendo necessidade de orientações nas consultas de pré-natal masculino. Para as puérperas, o tema envolve uma série de inquietações, sobretudo, para o retorno à vida sexual, destacando dificuldades como cansaço e preocupações com desconforto e dor. Algumas se sentem seguras, enquanto outras manifestam medo e incerteza, com preocupações sobre o período de resguardo e a dor nas relações sexuais. Conclusão: Esses resultados ressaltam a importância de uma abordagem mais holística sobre a sexualidade feminina no ciclo gravídico-puerperal, reconhecendo e integrando as influências culturais para fornecer cuidados sensíveis e eficazes.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

CUIDANDO DOS SORRISOS EM CASA: UM NOVO PROJETO DE ATENÇÃO DOMICILIAR E HIGIENE BUCAL DE PACIENTES ACAMADOS DEPENDENTES

Autores: Brenda Rafaella da Silva Magalhães | Ademar Takahama Júnior, Wilson José Garbellini, Andres Felipe Cartagena Molina, Ricardo Sergio Almeida

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Atenção domiciliar; Pacientes acamados; Higiene bucal
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7206


Resumo:

O cuidado em Saúde Bucal (SB) ofertado aos pacientes acamados envolvem ações de promoção em saúde e prevenção em doenças que buscam a assistência em saúde humanizada e holística aos pacientes e aos cuidadores. O cuidado e atenção domiciliar é um setor que vem crescendo no cenário nacional, uma vez que existe a dificuldade de deslocamento do paciente até a unidade de saúde e uma SB deficiente pode prolongar um tratamento ou o tempo de recuperação e até mesmo agravar a saúde de forma sistêmica. O projeto de extensão "Atenção Domiciliar: Higiene Bucal de Pacientes Acamados Dependentes" é desenvolvido por docentes e discentes do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina e teve início em 2023 na cidade de Cambé, região metropolitana de Londrina. O idealizador do projeto, Professor Dr. Ricardo Sergio Couto de Almeida iniciou os atendimentos domiciliares após tomar conhecimento da Organização Não Governamental (ONG) "Acamados Mais Amados" fundada pela moradora Maria Inês Madalosso Belason, com 130 acamados cadastrados. Atualmente o projeto é contemplado com uma equipe de 4 professores e 34 alunos da graduação com atendimentos semanais, sendo o público alvo pacientes acamados (cadastrados na ONG) decorrentes de doenças degenerativas ou acidentes, atingindo dessa forma, todas as faixas etárias. São realizados atendimentos odontológicos aos acamados no intuito de identificar problemas de saúde bucal bem como entrega de produtos de higiene bucal. Os cuidadores também recebem orientações sobre os cuidados de saúde bucal. Até o momento, 24 pacientes foram beneficiados com o projeto. A atividade busca proporcionar aos graduandos uma experiência da humanização e educação em saúde além dos limites territoriais da Clínica Odontológica Universitária (COU) e dos procedimentos clínicos convencionais. Conclui-se que o atendimento aos pacientes acamados contribui na qualidade de vida de todos os indivíduos envolvidos e no desenvolvimento profissional e pessoal dos participantes. Também contamos que a divulgação científica com essa temática contribui diretamente com dados que possam suportar a elaboração de estratégias de intervenção e de políticas públicas que reforcem o atendimento direcionado a esse público.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A IMPORTÂNCIA DA REDE DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO MUNICÍPIO DE LONDRINA-PR.

Autores: Josiane Nunes Maia | Marselle Nobre de Carvalho

Instituição: Universidades Estadual de Londrina
Palavras-chave: rede; violência; mulher
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7209


Resumo:

Introdução: A rede de enfrentamento à violência contra a mulher é a atuação articulada entre instituições/serviços governamentais, não-governamentais e a comunidade, em busca de estratégias de prevenção e de políticas que garantam construção da autonomia das mulheres, os seus direitos humanos, a responsabilização dos agressores e a assistência qualificada às mulheres em situação de violência. Combater a violência contra as mulheres é um desafio enfrentado pelos serviços. A rede de Londrina conta com a intersetorialidade que favorece a articulação entre os atores e serviços ali representados. Objetivo: identificar os marcos que contribuíram para instituição da rede no município. Métodos: estudo qualitativo, de caráter exploratório e analítico. Amostra intencional, 28 participantes. Foram utilizadas técnicas mistas para coletar dados. Utilizou-se análise de conteúdo de Bardin. Conclusões/Resultados: Das analises emergiram duas categorias: resgate histórico e político na organização da rede; composição da rede. A categoria resgaste histórico e político na organização da rede apresenta dados sobre a redemocratização do país e das conquistas dos direitos das mulheres em Londrina. No município as mulheres não ficaram alheias aos cenários que agitavam o país nas décadas de 1970 e 1980. A categoria composição da rede identificou que a rede conta com a participação de 93 membros, que representam 46 serviços/instituições governamentais e não governamentais. A rede do município foi construída a partir de lutas e organizada sob a ótica da política nacional de enfrentamento a violência contra as mulheres e utiliza os quatro eixos previstos nessa política: combate, prevenção, assistência e garantia de direitos. A rede conta ainda com leis e decretos que a subsidiam e fortalece a sua organização e efetividade. E mesmo com os desafios que atravessam o processo de enfrentamento a violência contra as mulheres, a rede do município é potente e busca a transversalidade e articulação no combate à toda complexidade que envolve a violência. A diversidade de atores e serviços facilita a intersetorialidade favorecendo assim a construção e implantação de fluxos e protocolos, ferramentas norteadoras das ações realizadas em busca de combater esse mal cruel e danoso que provoca dores e traumas físicos e emocionais nas mulheres, nos filhos, na família e reflete em toda sociedade.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

FRAGILIDADE NA ARTICULAÇÃO DA REDE E O IMPACTO NA INTEGRALIDADE DO CUIDADO: UM CAMPO DE POSSIBILIDADES

Autores: Renata Caroline Ferreira Freitas |

Instituição: R1 saúde mental, enfermagem. Feas
Palavras-chave: integralidade; articulação em rede; matriciamento;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7280


Resumo:

Introdução: A integralidade é parte de um dos princípios norteadores do SUS. É uma ferramenta de interação democrática e cidadã que tem como objetivo garantir o cuidado integral, multidisciplinar e interdisciplinar, construído e pensado de forma conjunta entre profissionais, usuários, população, visando atenção a pessoas em sofrimento e transtorno mental decorrentes do uso de substâncias. É parte das diretrizes da rede de atenção psicossocial (RAPS) e visa um cuidado em saúde que integre saberes e práticas que respeitem a subjetividade de cada sujeito, garantindo assim acesso a um serviço gratuito e de qualidade, regido pelos princípios da universalidade e equidade do SUS, visando o tratamento, a reabilitação, a prevenção e reinserção, resguardando assim a dignidade da pessoa humana a partir da humanização e do cuidado em rede. Objetivo: Identificar e analisar as fragilidades em relação a pratica da articulação da rede e seus impactos no atendimento do usuário dos serviços de saúde mental e, também, apontar outros caminhos possíveis na construção de um plano que garanta a integralidade do cuidado em rede, utilizando-se das políticas de saúde mental conquistadas pela Reforma Psiquiátrica, como a PNH, em conjunto com outros métodos e instrumentos de apoio em saúde como, por exemplo, o apoio matricial, enquanto forma de pensar e produzir cuidado compartilhado, sob a ótica da clínica ampliada, de forma emancipatória e longitudinal. Método: Revisão integrativa da literatura, tendo como base a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando as bases de dados SCIELO, a partir dos descritores de “integralidade”, “articulação em rede”, “matriciamento” e “saúde mental”. Resultados: A busca de dados resultou em um total de quatro artigos, três publicados na base de dados SCIELO e um na BDENF. Conclusão: As referências utilizadas apontaram lacunas no que diz respeito a articulação da rede de atenção psicossocial (RAPS) e de seu respectivo impacto na integralidade do cuidado do usuário, gerando fragilidades no que tange o desenvolvimento do plano de tratamento, a reabilitação e a reinserção do assistido em seu território . Para além das críticas, as pesquisas mostram caminhos a serem seguidos visando a promoção de autonomia de usuários e profissionais, corresponsabilização e participação coletiva, social e articulada no combate aos estigmas sociais que acometem, sobretudo, as populações mais vulnerabilizadas e que dificultam a reintegração destes sujeitos na sociedade.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

INTEGRAÇÃO DA ODONTOLOGIA NA ATENÇÃO TERCIÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Luíza Sant | Josely Emiko Umeda, Tânia Harumi Uchida, Deborah Esperidião Fiorini, Suzana Goya

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Equipe Hospitalar de Odontologia; Saúde Bucal; Assistência Integral à Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7311


Resumo:

A Odontologia Hospitalar é um conjunto de práticas que abrangem desde intervenções simples até procedimentos de alta complexidade, visando o tratamento e prevenção das doenças bucais em um ambiente hospitalar. Os cuidados odontológicos prestados a pacientes hospitalizados influencia diretamente a recuperação e resposta aos procedimentos médicos. O presente trabalho tem por objetivo apresentar o relato de experiência de residentes do Programa de Residência em Saúde Coletiva e da Família, da Universidade Estadual de Maringá em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Maringá, dentro do campo de estágio curricular no Hospital Municipal de Maringá Dra. Thelma Villanova Kasprowicz. O estágio realizado no ambiente hospitalar propicia aos residentes vivenciar a prática do trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS), acompanhando uma Equipe de Saúde Bucal da Atenção Terciária, para a compreensão da Rede de Atenção à Saúde Bucal no município de Maringá. As atividades realizadas são voltadas para o cuidado da saúde bucal do paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva, desde o acompanhamento em atividades no centro cirúrgico, realização de exame clínico e higiene da cavidade bucal. Além de auxiliar na elaboração de relatórios, participar de reuniões de equipe e discussões de casos dos pacientes internados. Vale ressaltar a importância de integrar a Equipe de Saúde Bucal no ambiente hospitalar, visto que diversas doenças infecciosas que se manifestam na cavidade bucal podem desencadear alterações sistêmicas significativas, como a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica, contribuindo para uma elevada morbidade, prolongamento do tempo de internação e, especialmente, aumento da morbimortalidade entre os pacientes afetados. Portanto, a experiência vivenciada pelos residentes no ambiente hospitalar contribui significativamente na formação profissional e evidencia a necessidade contínua de promover práticas de saúde bucal na Atenção Terciária, de modo a reduzir complicações sistêmicas decorrentes de condições bucais negligenciadas, aumentando a qualidade de vida dos pacientes.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO TEMA DE DISSERTAÇÕES DOS CURSOS DE MESTRADO EM SAÚDE COLETIVA DO SUL DO BRASIL

Autores: Grasiele Sastre Grégio | Mathias Roberto Loch

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Práticas Integrativas e Complementares; Terapias Complementares; Saúde Coletiva
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7320


Resumo:

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) envolvem uma variedade de práticas terapêuticas que, em sua diversidade, podem contribuir para a promoção e recuperação da saúde. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) reforça o caráter multiprofissional dessas práticas e recomenda sua inserção nos cursos de graduação e pós-graduação da área da saúde. Objetivo: Identificar dissertações apresentadas por egressos dos cursos de pós-graduação em Saúde Coletiva ou Saúde Pública de universidades do sul do Brasil, cujo título indique se tratar de um estudo sobre PICS, entre os anos de 2010 a 2019. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo descritivo, com dados coletados a partir de buscas nas páginas dos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva ou saúde pública, nível mestrado, das seguintes universidades: Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Informações sobre a formação dos egressos, foram obtidas na plataforma Lattes. Para a seleção das dissertações, consideraram-se aquelas que continham no título termos relacionados às PICS, de maneira geral ou específica, conforme as práticas contempladas na PNPIC. Resultados: Das 641 dissertações, 24 (3,7%) apresentaram no título um ou mais termos pesquisados. Oito dissertações foram defendidas na UFRGS, 12 na UFSC, três na UNISINOS e uma na UFPR. Quanto a formação dos egressos, cinco possuíam graduação em naturologia, quatro em medicina, três em psicologia, dois em educação física, dois em farmácia, dois em fisioterapia e os demais em artes visuais, ciências econômicas, fonoaudiologia, musicoterapia, nutrição e odontologia. O percentual anual foi: 2010 (1,9%), 2011 (2,8%), 2012 (5,6%), 2013 (4,9%), 2015 (4,5%), 2016 (6,3%), 2017 (3,2%), 2018 (4,5%) e 2019 (2,1%). Conclusão: Os resultados indicam a presença modesta de pesquisas sobre PICS nos programas de mestrado em Saúde Coletiva/Pública no sul do Brasil. A maior parte das dissertações foi defendida na UFSC e UFRGS, indicando maior concentração de interesse nessas instituições e entre profissionais com formação em naturologia, medicina e psicologia. No período de 2012 a 2016, foram observados maiores percentuais de dissertações defendidas que tratavam desta temática, exceto 2014.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

CONTROLE DE SINTOMAS EM CUIDADOS PALIATIVOS NO AMBIENTE DOMICILIAR

Autores: Tayna Eleonai Oliveira Rocha Batista | Gabriella Barbosa Nadas, Keyla Rodrigues Camargo, Clovis Cechinel, Mariana Maso Lous

Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) - Programa Melhor em Casa
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Hipodermóclise; Serviço de assistência domiciliar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7338


Resumo:

Caracterização do problema: a atenção domiciliar (AD) é uma modalidade de assistência que garante a continuidade dos cuidados, sendo caracterizada por um conjunto de ações de prevenção, tratamento, reabilitação, paliação e promoção à saúde. O uso da via subcutânea para aplicação de medicamentos ou infusão de soluções é uma realidade no âmbito do domicílio. Justificativa: a hipodermóclise (HDC) é considerado um método seguro, adequado e que necessita da difusão de conhecimento para ampliar o uso entre os profissionais da saúde. Objetivos: relatar a experiência do uso da HDC no domicílio para controle de sintomas em pacientes em cuidados paliativos. Descrição da experiência: a HDC é indicada aos pacientes que não tem a via oral pérvia, seja por não conseguirem mais tomar os remédios, e que não possuem via alternativa (gastrostomia ou sonda nasoenteral), e que necessitam de medicamentos para o controle de sintomas. É um procedimento de baixo custo, podendo ser realizado de forma intermitente e ou contínua com controlador de fluxo/ bomba de infusão para gotejamento 24h. O uso de HDC no domicílio é utilizado para controle de sintomas, como náusea, dor, dispneia, hipersecretividade e agitação. O controle adequado dos sintomas suscita maior conforto do paciente e seus familiares, diminuindo a sensação de desamparo. Reflexão sobre a experiência: A HDC é uma via alternativa para administração de medicamentos que pode auxiliar na redução de reinternamentos e possibilita melhor qualidade de vida. A introdução de novas técnicas e tecnologias de baixo custo podem aumentar a eficiência do SUS do município. Recomendações: Capacitação dos profissionais que realizam atendimento domiciliar para a ampliação do uso seguro de hipodermóclise.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A TELEMEDICINA COMO PORTA DE ENTRADA AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Cyrus Antônio Villas Boas | Cinthia Ferreira Mulbak, Pedro Henrique Dietrich, Marcelo Gaviraghi, Romulo Pereira

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Teleatendimento; porta de entrada; seguimento
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7347


Resumo:

Caracterização do problema: A regulamentação da telemedicina trouxe avanços importantes ao atendimento de saúde, sobretudo de queixas leves e agudas, com alta resolutividade. Em muitos casos, a teleconsulta tem funcionado como porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), com necessidade de investigação mais aprofundada da queixa através de encaminhamento a atendimento presencial. É essencial que se mantenha o seguimento para verificação da resolução do quadro inicial. Justificativa: Com o intuito de garantir a continuidade do atendimento e efetiva resolução do problema, faz-se necessário um acompanhamento de pacientes que tiveram a teleconsulta como artifício orientativo para início de investigação mais aprofundada. A perda da continuidade sem resolução traz o ônus de retorno do paciente ao mesmo nível de atendimento, gerando sobrecarga do sistema e manutenção do sofrimento do paciente. Objetivos: Verificar a efetividade do teleatendimento buscando-se detectar a continuidade do cuidado, garantindo a integralidade do atendimento para resolução de queixa inicialmente tida como simples. Descrição da experiência: Paciente entrou em contato com central de teleatendimento por trauma leve em abdome no domicílio, com dor local. Em vídeo-consulta, notado abaulamento local e optado por encaminhamento a atendimento presencial em unidade de pronto atendimento (UPA). Através de exame físico, diagnosticada hérnia abdominal, com encaminhamento à atenção primária, onde foi solicitado encaminhamento à especialidade de cirurgia geral. Paciente posteriormente atendida em hospital terciário, onde foi realizada herniorrafia, com resolução do quadro. Reflexão sobre a experiência: A integralidade do cuidado é essencial para a adequada resolução de queixas atendidas inicialmente pela modalidade de teleatendimento, para que se garanta a resolução do sofrimento do paciente. Se utilizada de maneira responsável e cautelosa, a telemedicina é um artifício poderoso como porta de entrada ao SUS. Recomendações: Deve-se desenvolver artifícios, ainda que de maneira remota, para seguimento de pacientes que requeiram atendimento nos outros níveis de cuidado, garantindo a resolução do quadro e cessação do sofrimento.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ATENDIMENTO DOMICILIAR: A IMPORTÂNCIA DA VISITA PÓS ÓBITO NO LUTO DOS FAMILIARES

Autores: Gabriella Barbosa Nadas | Keyla Rodrigues Camargo, Tayna Eleonai Oliveira Rocha Batista, Lucas Pimentel de Lara, Clovis Cechinel, Mariana Maso Lous

Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) - Programa Melhor em Casa
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Serviço de assistência domiciliar; Tratamento domiciliar.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7348


Resumo:

Caracterização do problema: a visita domiciliar após o óbito visa ouvir os familiares, detectar sentimentos e angústias, sugerir rituais que possibilitem melhor elaboração da perda, desenvolver vínculos, resolver sentimento de culpa, perdoar-se, discutir problemas financeiros e a manutenção da família após a morte do familiar. Justificativa: este trabalho visa a importância da inclusão dos familiares no processo de cuidado do paciente em todos os processos e etapas. A realização da visita pós óbito encerra o ciclo e mostra acolhimento por parte de toda a equipe para o núcleo de cuidado. Objetivos: relatar a experiência de como é a visita pós-óbito de um serviço de atendimento domiciliar do Sistema Único de Saúde. Descrição da experiência: a visita é realizada pela equipe multiprofissional em até 15 dias do óbito para acolhimento do sofrimento e instrumentalização dos familiares com ferramentas para que consigam lidar com o luto. Preferencialmente a visita deve ser realizada com a presença de um dos psicólogos, assim como o enfermeiro ou médica assistente. Nesse processo, é importante conhecer a dinâmica de cada família considerando a subjetividade, história de vida e respeito aos desejos da pessoa. A visita de luto é considerada como a finalização do processo de cuidado realizado com o usuário e sua família. Ao lidar com a materialidade da morte, podem emergir sentimentos como: impotência, sensação de fracasso, tristeza e medo de não conseguir manejar a situação. A experiência de acolher e ouvir os familiares no momento de perda, angústia e sofrimento traz aos profissionais de saúde uma dimensão de cuidado, que fortalece os vínculos estabelecidos com a família para que elas não se sintam sozinhas durante este processo. Reflexão sobre a experiência: a escuta neste momento difícil, favorece a elaboração do luto ao permitir que os familiares vivenciem e compartilhem suas dores, angústias e sentimentos. A visita domiciliar de luto é um instrumento de cuidado na atenção domiciliar que leva ao fortalecimento do vínculo entre os profissionais de saúde e das famílias. Recomendações: a realização da visita pós óbito amplia os laços com os familiares e também entre a equipe, concluindo o ciclo para todos os que realizaram a assistência àquele paciente e família. Recomenda-se que as equipes de atendimento domiciliar experimentem tal processo.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A IMPORTÂNCIA DE SE PENSAR UM CUIDADO TRANSDISCIPLINAR NOS CUIDADOS PALIATIVOS ASSISTIDOS EM DOMICÍLIO

Autores: Keyla Rodrigues de Camargo | Gabriella Barbosa Nadas, Tayna Eleonai Oliveira Rocha Batista, Clovis Cechinel, Mariana Maso Lous

Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) - Programa Melhor em Casa
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Serviço de assistência domiciliar; Tratamento domiciliar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7369


Resumo:

Caracterização do problema: Para a OMS, “cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar...”. Tal definição evidencia a importância de uma equipe multiprofissional que prime por um cuidado integral ao paciente e seus familiares. Justificativa: a fragmentação do conhecimento se reproduz por meio da organização social e está presente na saúde e precisa ser revisitada nos pacientes em cuidados paliativos pois os mesmos têm além das demandas físicas, as psíquicas, sociais e espirituais. Objetivos: relatar a importância da equipe multiprofissional em uma equipe de serviço domiciliar exclusivo em cuidados paliativos, almejando um cuidado transdisciplinar. Descrição da experiência: em diversos serviços que atendem cuidado paliativos o plano terapêutico singular é focado no cuidado médico, tornando o cuidado frágil e unilateral. São realizados atendimentos por todo o município, pelo SUS, com solicitações provenientes de Unidades de Pronto Atendimento, Hospitais, Ambulatórios e Unidades de Saúde. Considerando a importância da visualização do paciente e familiares como um todo, e que apenas a abordagem de um profissional não realiza o cuidado integral, foi constatado que com o aumento da equipe multiprofissional, pôde-se proporcionar uma maior satisfação aos usuários, assim como melhor divisão do trabalho. A construção do Plano Terapêutico Singular de cuidado torna-se um momento de discussões clínicas ricas e produtivas. Trabalhar em equipes multidisciplinares é um primeiro passo para a criação de um novo olhar da transdisciplinaridade, transitando assim pela diversidade dos conhecimentos da área da saúde (enfermagem, serviço social, fonoaudiologia, serviço social, medicina, fisioterapia, nutricionista, farmácia clínica e psicologia). Reflexão sobre a experiência: As equipes de cuidados paliativos, pelo próprio interesse temático, são especiais e especializadas e entendem a importância da equipe multiprofissional, foi possível ampliar as linhas de cuidado e tornar o serviço mais eficiente. Cada profissional desempenha seu papel visando os maiores beneficiários ao paciente e familiares. Recomendações: É necessário sublimarmos o modelo biomédico de cuidado, pensando de uma forma mais complexa e transdisciplinar, propondo assim uma melhor religação dos saberes compartimentados.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

MÊS DA LUTA ANTIMANICOMIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Janaina da Silva | Maria Eduarda Fand Muraro, Flavia Vernizi Adachi

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Saúde Mental; Controle Social; Arte
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7377


Resumo:

Caracterização do problema: A Reforma psiquiátrica foi um movimento social e político que precipitou transformações das práticas, saberes e valores culturais e sociais. (BRASIL, 2005). A partir da Reforma e com a implementação da Lei 10.216 as pessoas passaram a ser inseridas na sociedade, a ter mais autonomia, protagonismo e responsabilidade no seu cuidado. Em um serviço de saúde mental de Curitiba, foi observada a necessidade de sensibilizar os profissionais e usuários sobre as mudanças assistências, além de promover espaços que incentivassem a expressão e o protagonismo dos sujeitos. Justificativa: A Política Nacional de Humanização foi instituída em 2003 com o propósito de integrar os princípios do SUS às práticas diárias assistenciais (BRASIL,2003). O protagonismo, a corresponsabilidade e a autonomia dos indivíduos e grupos são fundamentais para qualquer mudança na gestão e atenção, pois tornam essas transformações mais efetivas ao envolver as pessoas diretamente no compartilhamento de responsabilidades. Objetivos: Relatar a experiência de residentes na promoção de espaços de corresponsabilidade, protagonismo e autonomia aos usuários do serviço de saúde mental de Curitiba. Descrição da experiência: Durante o mês de maio, semanalmente foram realizadas atividades em alusão à luta antimanicomial. Na primeira semana os usuários foram convidados a se expressar culturalmente, proporcionando um momento musical na ambiência. Na segunda semana foram realizadas duas rodas de conversa sobre a temática com profissionais e usuários. Na semana seguinte, uma assembleia foi proposta para incentivar a participação dos usuários na gestão e acompanhamento do serviço. Por fim, uma oficina de pintura permitiu a expressão dos sujeitos sobre todos os aspectos ao longo do mês. Reflexão sobre a experiência: As atividades desenvolvidas, incentivaram a participação social, o protagonismo e a autonomia dos usuários, proporcionando a reflexão sobre os direitos adquiridos e a autonomia nesse processo de superação do estigma e de cuidado. Foram articulados espaços de informação, de expressão e de promoção compartilhada evidenciando a importância da participação e responsabilização coletiva. Recomendação: Proporcionar momentos de reflexão sobre a luta antimanicomial nos serviços de saúde, incentivando a autonomia, o protagonismo, a responsabilidade e participação dos usuários.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS EM AUTISMO: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR E MULTIPROFISSIONAL

Autores: Milca Rayssa do Nascimento | Vivian Alves Novaes, Danilo Carvalho de Oliveira, André Luís Moura de Oliveira Almeida, Fernanda Carneiro Prestes, Patricia dos Santos Fernandes

Instituição: Prefeitura Municipal de Curitiba
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; Habilidades Sociais; Equipe de Assistência ao Paciente
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7403


Resumo:

Caracterização do desafio: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrenta como um de seus principais desafios a dificuldade na construção de relações interpessoais. Justificativa: Considerando a interação social, comunicação e o compartilhamento pilares essenciais do desenvolvimento humano, torna-se crucial que profissionais que atendem autistas implementem estratégias para facilitar a aquisição de habilidades básicas, visando o desenvolvimento de competências sociocognitivas. Objetivos: Desenvolver atividades motoras, jogos e dinâmicas em grupo de maneira multidisciplinar e multiprofissional para crianças e adolescentes com TEA. Essas iniciativas têm como meta promover o desenvolvimento de habilidades sociais em pares, reduzir o isolamento social e mitigar comportamentos rígidos. Descrição da experiência: Em um ambulatório público de Curitiba, especializado no atendimento de crianças e adolescentes com TEA, são realizados encontros grupais com três a seis pacientes a cada duas semanas, liderado por profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia. Durante essas sessões são oferecidas atividades motoras com circuitos de exercícios, dinâmicas, jogos esportivos e de tabuleiro, além de atividades culinárias, a fim de estimular de forma lúdica a interação social entre os participantes. Isso facilita o estabelecimento de vínculos afetivos que vão além dos benefícios terapêuticos nos aspectos motores, sensoriais e comportamentais. No ambiente clínico, os terapeutas observaram um aumento na comunicação intencional e na expressão de emoções positivas entre os membros do grupo, além da formação de amizades que transcendem o contexto terapêutico. Houve relatos dos participantes sobre como essas atividades favoreceram conexões mais profundas com os colegas, devido aos interesses compartilhados e às estratégias terapêuticas aplicadas durante os encontros. Reflexão sobre a experiência: Essa forma de abordagem mostra-se eficaz no desenvolvimento de habilidades sociais em indivíduos com TEA. A integração terapêutica personalizada e lúdica proporciona um ambiente seguro que não apenas promove interações sociais, mas também melhora a coordenação motora e funções cognitivas, contribuindo significativamente para bem-estar e engajamento social. Recomendações: O trabalho multidisciplinar e multiprofissional pode beneficiar o desenvolvimento de habilidades sociais e deve ser implementado como uma prioridade nos ambientes de saúde que atendem indivíduos com TEA.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

CUIDADOS PALIATIVOS EM ILPI: DESAFIO DA INTEGRALIDADE.

Autores: Vânia Cristina da Silva Alcantara | Beatriz Zampar, Bruna Maria Rocha Petrillo Giovine, Valéria Cristina Almeida de Azevedo Barbosa

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina - DAPS
Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Idosos, Instituição de Longa Permanência para Idosos.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7433


Resumo:

Cuidado Paliativo é uma modalidade de cuidado ofertada a pessoas que enfrentam doenças que ameaçam a continuidade da vida, deve ser prestada por equipe multidisciplinar, com atenção a sintomas físicos, sociais, espirituais e emocionais, com olhar para a pessoa e sua família. A Oferta de Cuidados Paliativos é recomendada pela OMS e ainda carece de capacitações. Ainda, segundo dados da OMS, o número estimado de pessoas que necessitam de cuidados paliativos no final da vida é de 20,4 milhões. Deste número, 69% são de pessoas idosas com 60 anos ou mais. Percebe-se, um aumento considerável da demanda por vagas para institucionalização de idosos, dada a mudança demográfica apresentada. Diante desta realidade iniciamos um planejamento de matriciamento com ILPIs públicas e/ou filantrópicas de Londrina, bem como o início de projeto de extensão com foco em cuidados paliativos e idosos institucionalizados. O trabalho se justifica pela melhoria da qualidade de vida que a oferta de cuidados paliativos proporciona e o idoso passa a ser grupo prioritário para aplicação de políticas públicas que visem o cuidado integral. Os objetivos são, ofertar apoio matricial às equipes de profissionais das ILPIs, através de matriciamento in loco e de apoiar com projeto de extensão em parceria com a UEL para elaboração de plano terapêutico individualizado para os idosos residentes em ILPIs. No ano de 2024 foram realizados 2 encontros in loco na maior ILPI do município, nos períodos da manhã e da tarde, com toda equipe assistencial (enfermagem) e alguns membros da equipe multidisciplinar; Nestes encontros foram discutidos os principais conceitos, instrumentos e importância da consideração e aplicação desta modalidade de cuidado, considerando-se o cenário e contexto da população atendida na ILPI; Também iniciou o processo de regulamentação do projeto de extensão pela UEL com objetivo de proporcionar aos alunos a experiência do cuidado paliativo para o idoso e bem como proporcionar à comunidade que reside nestes locais uma oferta de cuidado qualificado e individualizado, apoiando assim os profissionais que atuam no cuidado. Foi realizada uma avaliação ao final dos encontros onde os participantes descreveram como extremamente importante esses momentos, para uma aplicação efetiva desta modalidade de cuidado. A próxima etapa é, a partir desse projeto piloto, avançar nas capacitações para as demais ILPIs do município, integrando ensino, serviço e comunidade.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A FRAGMENTAÇÃO DO SUJEITO E A FRAGILIDADE DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE VISTA NOS PROCESSOS DE ALTA HOSPITALAR

Autores: Rafaelly Gomes Vieira | Ângela Cardin, Lucas Danelli, Kelly Cristina Camargo, João Luis Barp de Souza, Viviane Vieira

Instituição: Unila / Unioeste
Palavras-chave: Atenção à Saúde; Sistema Único de Saúde; Coordenação Intersetorial
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6755


Resumo:

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA a transição do paciente do ambiente hospitalar para o cuidado domiciliar é um momento crítico que expõe as vulnerabilidades do sistema de saúde, momento no qual se evidencia a fragilidade das Redes de Atenção à Saúde, o que dificulta o acesso e o controle de agravos, comprometendo a continuidade do cuidado e a integralidade da atenção JUSTIFICATIVA este relato destaca as dificuldades na alta hospitalar, onde a visão fragmentada do paciente pode enfraquecer a Rede de Atenção à Saúde, causando reinternações, enfatizando a importância de uma transição de cuidados integrada e centrada no paciente. OBJETIVOS analisar o processo de alta hospitalar, destacando as falhas no sistema e identificar as barreiras que impedem uma transição suave do hospital para o ambiente domiciliar e outros níveis de atendimento. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA este estudo ocorreu em um hospital público no município de Foz do Iguaçu, onde se pode observar dificuldades no processo de alta hospitalar que ilustram a fragmentação do sujeito e a fragilidade da rede de atenção à saúde. Pacientes frequentemente recebem alta sem um plano de cuidados continuados definido, resultando em confusão e ansiedade. A comunicação entre os profissionais de saúde dos diferentes níveis de atenção é insuficiente, levando a uma transição de cuidados precária. Através de diálogos com pacientes e profissionais, análise de prontuários e observação direta, destacaram-se as principais barreiras neste processo, à saber: comunicação ineficaz, insuficiência de recursos, descordenação do cuidados, e a cultura organizacional presente na que limita a implementação de melhorias no processo de alta. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA A experiência vivenciada oferece um espelho para a realidade de muitas instituições de saúde no Brasil. As barreiras identificadas no processo de alta hospitalar revelam uma série de desafios intrínsecos ao sistema de saúde que necessitam de atenção e ação.Esta experiência sublinha a importância de políticas de saúde que promovam a integração e a coordenação entre os diferentes níveis de atendimento. É crucial que haja uma política clara e efetiva que oriente os processos de alta e a transição para cuidados continuados, com o objetivo de reduzir as reinternações e melhorar os resultados de saúde. RECOMENDAÇÕES é prioritária a integração de serviços, comunicação eficaz, protocolos adaptáveis, e o suporte familiar para um cuidado pós-alta eficiente.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

FATORES COTIDIANOS RELACIONADOS AO ACOLHIMENTO E AO ATENDIMENTO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Flávia Eloah Martins da Silva | Agnes Czelusniak, Nathalia Gabrielle Dallacort, Bruna Millene Chavaren Rank, Maria Wictória Schmitz Moro, Jamile Ma-ya Xiang Yu

Instituição: Centro Universitário Campo Real
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Integralidade em saúde; Estratégia Saúde da Família.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 6913


Resumo:

Caracterização do problema: a Atenção Primária à Saúde (APS) representa a entrada principal no Sistema Único de Saúde (SUS) e engloba promoção da saúde, profilaxia, diagnóstico, terapêutica, reabilitação e minimização de danos a fim de desenvolver a integralidade. É importante analisar o cotidiano das unidades básicas buscando fatores que podem dificultar ou facilitar o acesso do usuário à rede; Justificativa: nesse sentido, foi desenvolvido um estágio curricular supervisionado, tendo como participantes 4 acadêmicos do 3º período de Medicina, que puderam acompanhar a rotina de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no município de Guarapuava, durante o 2° semestre de 2023, aliando a teoria aprendida em sala de aula à prática na unidade de saúde, visando aumentar a acessibilidade a informações e conhecimentos possíveis dentro da APS; Objetivos: este estudo tem como objetivo principal relatar os aprendizados adquiridos em um estágio realizado por um grupo de acadêmicos de medicina em uma UBS por meio de: acolhimento dos usuários na pré-consulta, visitas domiciliares, capacitações, entrega e reposição de medicamentos, acompanhamento nos procedimentos realizados, análise da prática cotidiana dos princípios e diretrizes da PNAB; Descrição da experiência: durante o período de estágio de seis meses em uma Unidade Básica de Saúde localizada em Guarapuava, houve o aprofundamento dos conhecimentos dos acadêmicos sobre o funcionamento da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Esta experiência proporcionou uma compreensão prática e abrangente das atividades envolvidas na APS, destacando a importância da ESF como modelo eficaz na promoção da saúde e prevenção de doenças. Dentre as atividades desenvolvidas durante o estágio, estão: realização de exames preventivos, gerenciamento e entrega de medicamentos na farmácia, processo de acolhimento na UBS, visitas domiciliares e troca de curativos, capacitações sobre o diagnóstico e a conduta contra ISTs, primeiros socorros e sobre o combate à violência contra a mulher; Reflexão sobre a experiência: as atividades realizadas pelos estudantes reforçaram a relevância do acolhimento qualitativo conforme a demanda populacional e da ESF como um pilar na promoção da saúde, na integralidade ao cuidado e no enfrentamento de desafios de saúde pública; Recomendações: as vivências de estágio foram fundamentais para percepção de como se dá o funcionamento de uma ESF e da transversalidade preconizada pelo SUS entre os profissionais.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

CRIANÇAS COM CRISE DE AUSÊNCIA OU COM TRANSTORNO DO DEFICIT DE ATENÇÃO, QUAL É O DIAGNÓSTICO CORRETO?

Autores: Lincoln A. Gewehr Babo Alves | Leonardo Christiaan Welling, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: TDAH; crise de ausência; déficit de atenção
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6917


Resumo:

Introdução: A associação entre transtorno do déficit de atenção de hiperatividade (TDAH) e epilepsia em crianças é muito comum. Quando se especifica essas condições para déficit de atenção e para crise de ausência, a associação fica tão íntima que se torna um desafio determinar qual é a condição correta que a criança tem. Muitas vezes é difícil distinguir se o paciente está apresentando crise de ausência ou déficit de atenção ou se essas situações são combinadas. O manejo do TDAH e da crise de ausência nos pacientes pediátricos requer ampla interação de equipe interdisciplinar, promovendo a atenção integral à saúde das crianças. Metodologia: Revisão narrativa que utilizou estudos relevantes sobre os temas TDAH, déficit de atenção, epilepsia e crise de ausência, buscando principalmente estudos que correlacionassem no texto a comorbidade entre déficit de atenção e crise de ausência. Resultados: Na maioria dos estudos, há semelhança na fisiopatologia que explica o déficit de atenção e a crise de ausência, além do que alterações presentes no eletroencefalograma (EEG), principalmente as descargas epileptiformes interictais são relatadas em pacientes com essas duas condições concomitante ou isoladamente. Ao contrário do que se acreditava, os medicamentos para TDAH não são responsáveis por aumento do risco para crises convulsivas, sugerindo-se atualmente que a comorbidade entre as condições é que justifica o fato de pacientes que fazem tratamento para TDAH apresentarem mais chance para epilepsia, ou pode-se pensar que o diagnóstico equivocado de déficit de atenção em pacientes com crise de ausência que seria a justificativa. Discussão: Há necessidade de mais estudos que contemplem especificamente a relação próxima entre crise de ausência e déficit de atenção, além da necessidade de um modelo diagnóstico integral de cuidado para que profissionais de equipe interdisciplinar especialistas em desenvolvimento infantil possam ter mais assertividade em distinguir essas patologias, ou até estudos que elucidem se realmente muitas vezes não se trata da mesma patologia.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A INTEGRALIDADE DO CUIDADO AS CRIANÇAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL E DE GÊNERO

Autores: 04774517992 | Marselle Nobre de Carvalho

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Integralidade; Cuidado; Violência sexual.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 6945


Resumo:

Considerando que a violência sexual e de gênero assola diferentemente as infâncias em nosso país, estando sustentada por processos de desigualdades histórico, sociais, culturais e econômicas. Objetivamos pontuar aspectos da garantia da integralidade do cuidado nos serviços de saúde e rede intersetorial às crianças vítimas de tais violências. A partir de estudo exploratório (revisão documental e bibliográfica) apresentamos alguns resultados correlatos ao cuidado, ancorados por estudo de doutoramento aprovado pelo parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina nº.5.681.235. Os princípios da integralidade, da proteção e da equidade, além de estarem assegurados na Lei 8.080/1990, integram o processo de acolhimento e atendimento às vítimas de violência. No entanto, os cuidados pertinentes ao fenômeno, embora urgentes e essenciais, não alcançam universal e celeremente aos infantes. Mostra disso, são as 382.552 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes período de 2011 a 2021 no Disque 100 (BRASIL, 2017 e 2020). E no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, 107.467 notificações contra crianças de 0 a 9 anos de idade, entre 2011 a 2021. (BRASIL, 2023). Revelando uma primeira infância de meninas pretas e pardas violadas, pautadas por relações de poder e racismo, traços históricos da submissão do gênero feminino para satisfação sexual do homem. E ainda, esta discrepância também se verifica quando observamos que nem todos os casos passam por órgãos de atendimento, sendo que adentraram ao Conselho Tutelar 56.090 notificações e 47.556 registros aos serviços de saúde. Demarcando a necessidade de coadunar esforços de o cuidado ser integral e igualitário, uma vez que o cuidado pode transformar e implicar vínculos e relações. Assim, os pontos da rede de atendimento, de enfrentamento e de proteção às crianças precisam estar articulados, para que as várias frentes de combate ao fenômeno sejam efetivas e de fato o cuidado se viabilize de modo integral. Por mais que as legislações avancem, prevendo a proteção e a concepção de infâncias altere, reconhecemos a necessidade de esforço contínuo para que mecanismos e órgãos de atendimento promovam o cuidado a todas as crianças, minimizando tais desigualdades historicamente (re)produzidas.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

O FARMACÊUTICO ENQUANTO PROTAGONISTA NOS BASTIDORES DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: UMA ANÁLISE DO CICLO FARMACÊUTICO ALÉM DO BALCÃO DA FARMÁCIA

Autores: Guilherme Piedade Machado |

Instituição: Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera
Palavras-chave: assistência farmacêutica; gestão farmacêutica no sus; farmacêutico na atenção primária
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7082


Resumo:

Introdução: A Assistência Farmacêutica engloba os mais diversos mecanismos de garantia de acesso a medicamentos essenciais no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de diversas enfermidades, além de ter como propósito garantir o uso correto e racional de medicamentos por parte da população, tendo o profissional farmacêutico como protagonista na garantia do cuidado com a utilização de medicamentos pelos pacientes. Objetivos: Verificar em quais pontos a Assistência Farmacêutica assume papel de destaque no SUS e como se dá todo o ciclo da assistência farmacêutica coordenado pelo farmacêutico e que pode passar despercebido pela população, mas que existe uma logística para garantir que os medicamentos estejam constantemente disponíveis. Metodologia: Trata-se de uma análise do funcionamento da assistência farmacêutica no SUS e o papel do farmacêutico em todo o ciclo farmacêutico, com dados obtidos através de pesquisas em bases científicas de artigos acadêmicos, como o Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Portal de Periódicos da CAPES. Resultados: Os resultados dessa pesquisa, a partir de uma análise criteriosa, corroboram para a reafirmação da importância de se ter o profissional farmacêutico gerenciando a Assistência Farmacêutica e, embora havendo muitos desafios para a classe, é através do profissional farmacêutico que se tem a plena certeza da garantia do uso correto e racional de medicamentos. Conclusão: Esta pesquisa evidencia que é de suma importância se ter um profissional capacitado no SUS para desenvolver corretamente as atividades de gestão farmacêutica e, também, mostra-se que é necessário mais valorização desta classe trabalhadora no âmbito de atuação do SUS.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO A FAMILIARES COM IDEAÇÃO SUICIDA

Autores: Letícia Dombroski Rodrigues | Giulia Abreu Setim, Lirian Simões Krupek, Henrique Shody Hono Batista, Tuane Caetano dos Santos Ferreira de Souza, Gabriela Visnieski Siqueira

Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns - FEAS
Palavras-chave: Psicologia Hospitalar; Familiares Acompanhantes; Ideação Suicida
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7100


Resumo:

Caracterização do problema: O processo de hospitalização pode trazer impactos emocionais negativos ao paciente e também ao seu sistema familiar. Neste sentido, os familiares podem experienciar estresse, desgaste físico e emocional, assim como desesperança, especialmente diante de situações em que o paciente enfrenta um adoecimento grave. Os sentimentos dos familiares, quando somados à dor de uma possível perda, podem causar uma desestruturação e um sofrimento profundo, inclusive na forma de pensamentos de morte e ideação suicida. Este fenômeno é caracterizado por ideias de auto infligida à própria morte, e sua gravidade varia conforme os fatores de risco, problemas de saúde mental pré-existentes, a presença de um plano para o ato e do nível de intenção suicida. Justificativa: Considerando a intensidade do sofrimento que pode ver vivido no sistema familiar, torna-se importante avaliar a presença de ideação suicida em familiares no ambiente hospitalar e como realizar o manejo adequado desta situação. Objetivos: Descrever as condutas da equipe de psicologia de um hospital público da cidade de Curitiba, ao se deparar com casos de ideação suicida em familiares de pacientes hospitalizados. Descrição da experiência: Durante os atendimentos dessa demanda, objetivou-se proporcionar uma escuta terapêutica, procurando criar um ambiente seguro e acolhedor. Em seguida, realizaram-se questionamentos para compreender os fatores de risco, fatores de proteção e rede de apoio. Então, investigou-se a existência de um plano suicida e, se presente, qual sua completude e a complexidade do método. Por fim, ao realizar a estratificação de risco, foi explicada ao familiar a necessidade de intervenção, possíveis encaminhamentos e o acompanhamento até a diminuição do risco de suicídio. Reflexão sobre a experiência: Os atendimentos e as condutas necessárias foram desafiadores, considerando as limitações de atuação e necessidade de conhecimento sobre manejo de ideação suicida. Também, é importante refletir sobre a dimensão do sofrimento dos familiares e como a equipe pode proporcionar um ambiente mais seguro e acolhedor. Recomendações: proporcionar psicoeducação e treinamento para avaliação e manejo de crise suicida à mais profissionais do ambiente hospitalar.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

VIVÊNCIAS NOS ATENDIMENTOS PSICOLÓGICOS A IMIGRANTES NO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR DE CURITIBA

Autores: Giulia Abreu Setim | Lirian Simões Krupek, Letícia Dombroski Rodrigues, Lucas Pimentel de Lara, Henrique Shody Hono Batista, Mariana Ribeiro Maso Lous

Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba
Palavras-chave: Emigrantes e Imigrantes, Psicologia, Visita Domiciliar;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7103


Resumo:

Caracterização do problema: O Brasil tem sido um destino frequentemente escolhido por imigrantes para iniciar uma nova vida. No entanto, essa população enfrenta dificuldades, incluindo o acesso a serviços de saúde. Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) preconize atendimento gratuito tanto para brasileiros quanto para imigrantes, alguns desafios persistem, como as diferenças culturais e barreiras da linguagem entre os profissionais de saúde brasileiros e a população imigrante. Justificativa: As diferenças culturais e de linguagem podem impactar o vínculo entre profissionais de saúde e imigrantes, exigindo adaptações das estratégias de atendimento. Objetivos: Relatar as vivências nos atendimentos da psicologia a pacientes imigrantes referenciados por um serviço de atenção domiciliar da rede pública de Curitiba. Descrição da experiência: Os atendimentos da psicologia aconteceram no primeiro semestre de 2024, no serviço de atenção domiciliar. Este serviço oferece atendimento interdisciplinar, com abordagem biopsicossocial, para pessoas que necessitam da continuidade dos cuidados no domicílio. Os atendimentos foram realizados em domicílio com a presença de um ou dois membros da família junto ao paciente. Estes familiares eram fluentes no português, atuando como tradutores da fala do paciente para a equipe e vice-versa. Os conteúdos abordados no atendimento envolveram o histórico de vida do paciente, sentimentos de tristeza e ansiedade associados a perda de funcionalidade e condição de dependência, além de desejo de retornar ao país de origem. Reflexão sobre a experiência: Nessa configuração de atendimento, foi possível identificar algumas dificuldades do psicólogo na compreensão da experiência, pois ocorriam mudanças e omissões de conteúdo no processo de tradução da fala do paciente por parte dos familiares. Com isto, alguns sentidos e significados das experiências se modificavam, devido aos nuances das diferentes línguas. Além disso, foi possível observar que alguns familiares interferiam no processo do atendimento psicológico, pois abordavam temáticas não expressadas diretamente pelo paciente, comprometendo o sigilo e o vínculo terapêutico entre psicólogo e paciente. Recomendações: Recomendamos maior sensibilidade por parte da equipe nos atendimentos, promovendo maior acolhimento e acesso à saúde para essa população.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

O USO DA FITOTERAPIA COMO RECURSO ESCOLHIDO ENTRE AS PICS (PRATICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES) NA ATENÇÃO BÁSICA PELO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADES DE SAÚDE DO DISTRITO SANITÁRIO BAIRRO NOVO- CURITIBA /PARANA

Autores: Sandra Regina Lesinhovski Lara | Karoline Raffaele Maichuk Miguel

Instituição: Unidades de Saúde do Distrito Sanitário Bairro Novo da PREFEITURA MUNICIPAL DE SAUDE DE CURITIBA
Palavras-chave: Fisioterapia , Fitoterapia ,dor cronica
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7104


Resumo:

Atualmente o uso de medicação alopática para dor crônica e até muitas vezes de forma irracional vem aumentando muito conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dentro da atuação do Fisioterapeuta em UMS em Curitiba , o índice de casos de dor crônica recebidos compreende a maioria dos encaminhamentos , surgindo a necessidade de incorporar a Fitoterapia neste processo como forma de tratamento complementar. As PICS já estão inseridas no SUS desde 2006 através da PNPICs que institui abordagens de cuidado integral e conforme a lei 380 do COFITO esta resolução regulamenta este tratamento que é caracterizado pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas. Os fitoterápicos mais prescritos e utilizados foram : a cúrcuma longa , boswelia serrata , uncária tomentosa , harpagaphytun procubens e córdia verbenácea , tanto em forma de manipulação para uso via oral e também devido ao custo acessível a forma de prescrição de chás de conhecimento popular como : Folhas de Oliveira , Louro, Cavalinha e Tayuia . Alem de sugestão para uso tópico em massagens para dor local como: Óleo de Abacate , Gel de Arnica entre outros. Como resultados foi observado uma redução do uso de analgésicos e anti-inflamatórios , devido queda níveis de dor e melhora da sinergia terapêutica sendo que o simples fato de realizar o “Ritual do Chá” já configura um momento de cura energética trazendo de forma promissora bons resultados em processos terapêuticos como a prevenção e promoção do bem estar do indivíduo

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ORIENTAÇÕES DE ALTA HOSPITALAR PARA PESSOAS EM NUTRIÇÃO ENTERAL DOMICILIAR: TECNOLOGIA APLICADA NA PRODUÇÃO DO CUIDADO

Autores: Rubia Daniela Thieme | Giuliane de Matos Wrobel, Thais Schultz Rolim, Maria Eliana Madalozzo Schieferdecker

Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Tecnologia em saúde; Nutrição enteral; Alta hospitalar.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7113


Resumo:

Introdução: As tecnologias em saúde englobam inovações, que incluem equipamentos, procedimentos, sistemas organizacionais e educacionais, programas e protocolos assistenciais1,2. Na Rede de Atenção à Saúde, orientações de alta hospitalar são consideradas tecnologias, as quais podem ser aplicadas para continuidade da nutrição enteral e são importantes para promover a a adaptação segura e efetiva em domicílio3,4. Na atenção domiciliar, as tecnologias não-materiais são centrais5. Objetivo: Verificar o fornecimento de orientações de alta hospitalar para pessoas em uso de nutrição enteral. Método: Estudo retrospectivo com análise dos dados em prontuário de adultos e idosos em nutrição enteral em domicílio (NED), beneficiários do Programa de Atenção Nutricional às Pessoas com Necessidades Especiais de Alimentação (PAN), de Curitiba, PR, entre 2006 e 2015. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Secretaria de Saúde de Curitiba e pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Paraná (49265615.1.0000.0102/2015). Foram coletados: idade, doença de base, orientação de alta hospitalar e categoria de fórmula de nutrição enteral recomendada. A análise descritiva dos dados foi realizada no software Jamovi®. Resultados: Foram analisados 1.186 prontuários, sendo 68,3% (n= 810) de idosos e 54,5% (n= 646) de pessoas do do sexo masculino. A principal doença de base identificada foi de origem neurológica (47%, n= 557), seguida por câncer (32,7%, n= 388) e outras condições (20,3%, n= 241). Quanto à alta hospitalar, para 89,1% (n= 1.057) foram fornecidas orientações sobre a nutrição enteral, enquanto 10,9% (n= 129) não receberam nenhuma orientação. A categoria de fórmula mais orientada foi a industrializada, prescrita para 44,8% (n= 531) dos pacientes, 25,1% (n= 298) receberam orientação de formulação mista e 19,2% (n= 228) preparação com alimentos. Conclusões: A maioria dos pacientes recebe orientações de alta hospitalar para continuidade da nutrição enteral no domicílio, prevalecendo a indicação de fórmula industrializada, uma tecnologia em saúde de alta densidade aplicada na atenção hospitalar. Mas, na atenção domiciliar, a substituição por preparações mistas e com alimentos deve ser avaliada como uma possibilidade, utilizando as tecnologias não-materiais, como as relacionais, no processo de cuidado.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A IMPORTÂNCIA DA FISCALIZAÇÃO DAS REFEIÇÕES TRANSPORTADAS FORNECIDAS PARA AS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO DO MUNICÍPIO DE CURITIBA/PR

Autores: Marilyn Cristina dos Santos | Ana Paula Jenzura, Myriam de Lima Ramagem Martins, Patrícia Giselle Torres, Katia Martins Julião

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS) de Curitiba/PR
Palavras-chave: alimento; fiscalização; nutricionista
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7117


Resumo:

Caracterização do problema: A refeição transportada permite o fornecimento de alimentação em locais sem estrutura apropriada para a produção e apresenta inúmeros desafios relacionados às boas práticas de fabricação de alimentos e transporte dos mesmos. Justificativa: As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município de Curitiba recebem alimentos transportados e dispõem de serviço de copa por empresa terceirizada para atendimento aos pacientes, acompanhantes e funcionários, sendo necessário o monitoramento de todas as etapas destes processos. Objetivo: Apresentar um relato de experiência da fiscalização das refeições transportadas realizada por nutricionistas nas UPAs. Descrição da experiência: A fiscalização nas UPAs é realizada semanalmente desde fevereiro de 2023. Durante essas visitas são verificados aspectos relacionados ao transporte, quantidade, qualidade e distribuição dos alimentos. É realizado, ainda, o acompanhamento do serviço prestado pela copeira no local, que corresponde ao atendimento do refeitório dos funcionários, distribuição dos alimentos entregues pela empresa, preparo e servimento das pequenas refeições (desjejum, lanche e ceia) aos pacientes e acompanhantes. Reflexão sobre a experiência: O trabalho de fiscalização realizado por nutricionistas nas UPAS permite garantir a oferta de alimento seguro e de qualidade aos pacientes, acompanhantes e funcionários, assim como intervir junto à empresa no caso de irregularidades no serviço. Recomendações: Difundir a importância da fiscalização técnica nas unidades que recebem alimentação transportada.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ATENDIMENTO DE PACIENTES AFÁSICOS: RELEV NCIA DO PROGRAMA SAÚDE EM CASA DE CURITIBA

Autores: Maria Vitória Beckert de Freitas | Larissa Giovanna da Silva Leite, Ana Lídia Emerick Rosa, Paloma Alves Miquilussi, Andreia Maneira

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: afasia; fonoaudiologia; cuidado domiciliar.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7119


Resumo:

Caracterização do problema: A afasia é uma patologia de linguagem decorrente de lesão encefálica, sendo a causa mais comum o acidente vascular encefálico (AVE). O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para reabilitar pacientes afásico, tendo como respaldo a lei 6.965/81, a qual regulamenta a profissão e dispõe sobre a linguagem como especialidade deste profissional. Justificativa: O desconhecimento sobre o tratamento da afasia impede que os pacientes busquem o fonoaudiólogo para a reabilitação da linguagem. No entanto, quando acompanhados pelo Programa Saúde em Casa, os pacientes têm acesso à equipe multidisciplinar que os avalia e acompanha até sua alta do serviço. Objetivo: Relatar a assistência fonoaudiológica voltada à afasia dentro do Programa Saúde em Casa de Curitiba. Descrição da experiência: A solicitação de avaliação fonoaudiológica acontece à pedido da equipe multiprofissional, sendo a maior demanda os casos de disfagia. Durante os atendimentos não é incomum nos depararmos com quadros de afasia. Nesses casos, cabe ao fonoaudiólogo orientar paciente e familiares sobre as possibilidades e de auxílio a este paciente que, na relação com o outro, encontra formas de se reestruturar na comunicação dentro das novas possibilidades delimitadas. Reflexão sobre a experiência: Apesar de muitos pacientes necessitarem de acompanhamento em terapia fonoaudiológica, é corriqueiro que o suporte que seja restrito a instrumentalização ofertada pelos profissionais do programa Saúde em Casa. A atuação do fonoaudiólogo nos casos de afasia, mesmo que em menor frequência do que a indicada para alguns casos, oferece suporte para possibilidade de deslocamento de posição frente a linguagem do paciente na relação com o outro que está instrumentalizado. Recomendações: A instrumentalização é essencial para o paciente e os cuidadores, auxiliando na socialização e na busca da recuperação da comunicação.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

QUANDO O ORDINÁRIO TORNA-SE EXTRAORDINÁRIO - EXPERIÊNCIA DE VIVER OS PRINCÍPIOS DO SUS NO GRUPO DE FISIOTERAPIA PARA DOR

Autores: Flavia Ziegler | Roseli Aparecida Pincetta, Lilian de Fátima Macedo Nelessen

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Sistema Único de Saúde; Integralidade da saúde; Equipe Interdisciplinar em Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7128


Resumo:

Caracterização do problema: Os grupos de dor para fisioterapia são realizados com finalidade de proporcionar aos usuários com dor crônica musculoesquelética acompanhamento semanal. Muitas das pessoas que optam por essa modalidade de cuidado ofertado pela UBS relatam que não conseguiriam frequentar assistência ambulatorial por suas atribuições e tarefas no lar. Justificativa: A possibilidade de exercitar-se na comunidade favorece a participação de muitas pessoas que não poderiam se deslocar para outro serviço. Objetivos:Descrever a experiência de integralidade vivenciada no grupo de Fisioterapia para dor. Descrição da experiência: Dentre tantas histórias, uma terá destaque: a da senhora que, para frequentar o grupo de fisioterapia, necessita ser acompanhada pelos netos gêmeos de quatro anos (ambos encaminhados para o serviço de maior complexidade pois estão em atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, pois não falam e têm características de autismo). Ela possui a guarda dos meninos e não tem com quem deixá-los para ir ao grupo de fisioterapia. Permitimos que ela os levasse, eles ficam sentados observando o grupo e interagindo entre si, pouca ou nenhuma interação com outras pessoas que ali estão. No entanto, uma agente comunitária de saúde sempre procura estabelecer contato, interagir com eles, na maioria das vezes sem reciprocidade, mas sempre tentando. Certo dia, ao chegar, percebeu que um deles estava amuado e ele, ao notar que ela se aproximava, demonstrou claramente pelo olhar um pedido socorro, passava as mãos em sua fronte com respiração ofegante. Ela imediatamente procurou a coordenação da UBS para procurar atendimento na UBS, pois seria um transtorno levar, naquele momento, a criança até o Pronto Atendimento. Naquele dia, não havia pediatra na UBS, mas a coordenadora se prontificou a conversar com a médica clínica geral para acolher e ofertar o cuidado a criança e assim foi feito. Reflexão sobre a experiência: À possibilidade da avó frequentar o grupo levando as crianças, a perseverança da ACS para interagir com os gêmeos e seu olhar atento de que algo não estava bem naquele dia, aliados ao acolhimento da coordenadora para aquela demanda específica, extrapolando “os protocolos” e solicitando para que o médico não pediatra atendesse aquela criança, demonstrou que cada profissional fez além do “ordinário do dia a dia”, fazendo reluzir os princípios do SUS da teoria de forma muito clara na prática. Viva a Universalidade, à equidade e a integralidade!

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA COM PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS NO PROGRAMA SAÚDE EM CASA DE CURITIBA

Autores: Erika Araújo de Oliveira | Lyandra Franco Carneiro , Daiane Rosa Schwebel, Natália Alves Nascimento , Myriam de Lima Ramagem Martins

Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) Curitiba
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Dietoterapia; Serviços de Assistência Domiciliar
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7143


Resumo:

Caracterização do problema: Cuidados paliativos são ações e serviços de saúde destinados a pessoas com doenças ou outras condições de saúde que ameaçam ou limitam a continuidade da vida, assim como a seus familiares e cuidadores, objetivando o alívio da dor, do sofrimento e de outros sintomas. Discussões sobre alimentação estão presentes em todas as fases desse cuidado sendo avaliado riscos, benefícios e valores simbólicos sobre o comer e o nutrir. Justificativa: Os pacientes paliativos podem apresentar diversas intercorrências relacionadas a dieta, perda de peso, entre outros fatores que influenciam na sua sobrevida. Nesta perspectiva, o atendimento nutricional possibilita o manejo precoce dos efeitos associados à alimentação proporcionando maior conforto, assim como considera as necessidades e desejos da pessoa cuidada e seus familiares. Objetivo: Apresentar um relato de experiência da atuação do nutricionista com pacientes em cuidados paliativos no Programa Saúde em Casa de Curitiba. Descrição da experiência: O Programa Saúde em Casa dispõe de um Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) especializado em cuidados paliativos, porém é observado a presença desse público em diversas áreas atendidas e em todas as fases de cuidado. A maior parte dos pacientes são pessoas idosas. Os diagnósticos mais prevalentes, são: neoplasias, doença de Alzheimer, outras demências e pessoas idosas frágeis com múltiplas comorbidades. No atendimento nutricional é realizado avaliação e diagnostico em nutrição, considerando patologias de base, priorizando controle de sintomas do trato gastrointestinal e orientando nutricionalmente o paciente e cuidadores no domicílio. Devido à perda de peso não intencional e baixo consumo alimentar desse público, nos pacientes com dieta via oral é frequentemente observado o uso de suplemento nutricional industrializado em pó sem orientação prévia de um nutricionista. Em relação aos paliativos com via alternativa de alimentação, verifica-se a tolerância ao volume de dieta enteral administrada, sendo frequente a necessidade de redução para manejo de sintomas. Reflexão sobre a experiência: A presença do nutricionista na equipe multiprofissional proporciona um cuidado integral e melhora da qualidade de vida para os pacientes paliativos e seus familiares. Recomendações: Sugere-se discussões e estudos sobre o assunto tendo visto a alta demanda na prática clínica para que ocorra o respeito as fases e princípios da abordagem em cuidados paliativos no SAD.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AÇÕES PSICOEDUCATIVAS EM SAÚDE MENTAL PARA SERVIDORES PÚBLICOS DIAGNOSTICADOS COM TRANSTORNOS MENTAIS

Autores: Gustavo Andre Vanso | Josiane Cecília Luzia, Marcelle Diorio de Souza, Cristiane Angélica Balan, Vinícius Silva Cassiano, Yasmin Cristiny Gallo

Instituição: Universidade Estadual de Londrina e Prefeitura Municipal de Londrina.
Palavras-chave: Transtornos mentais; Psicoeducação; cuidados básicos.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7155


Resumo:

Na contemporaneidade, a incessante correria, as múltiplas demandas, o excesso de informação, ruídos, poluição, pressão pessoal e no ambiente de trabalho, por exemplo, podem ser variáveis que conduzem ao esgotamento do trabalhador, exercendo um peso significativo sobre a saúde. Dessa forma, o Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, da Universidade Estadual de LondrinaParaná em colaboração com a Secretaria de Recursos Humanos, da Prefeitura Municipal de Londrina (SMRH) através de convênio de estágio obrigatório dos estudantes do curso de Psicologia e da parceria estabelecida com a INOVAAMENTE, firmaram a parceria para desenvolver ações Psicoeducativas de cuidados com a saúde, saúde mental dos servidores públicos, da Prefeitura Municipal de Londrina (PR), que exigem atenção com a saúde. O objetivo foi o de descrever a experiência da capacitação com base em Psicoeducação. As profissionais de Psicologia e Serviço Social da SMRH, juntamente com três estagiários do curso de Psicologia da UEL, e por uma docente do referido curso, realizaram encontros de Psicoeducação e acolhimento dos servidores públicos do município, com duração de quatro horas cada. Participaram 30 trabalhadores, afastados ou reintegrados com diagnóstico de transtornos mentais. Nos encontros, exposições teóricas sobre ansiedade, depressão, estresse e saúde mental com slides, vídeos e vivências foram utilizados, e o ensino de algumas estratégias de manejo e suas implicações na vida dos indivíduos. Pode-se observar nesses encontros o desenvolvimento de um ambiente de trocas, escuta e desenvolvimento de vínculo, acolhimento e aprendizado, através dos relatos e diálogos entre os participantes, eliciados pelos conteúdos trazidos sobre saúde e adoecimento mental. Por exemplo, servidores relataram que: “O grupo foi muito importante para mim porque pude encontrar outras pessoas que estão sofrendo com ansiedade. Pude ouvir suas histórias e, além disso, obtive informações sobre a saúde mental e me foram apresentadas ferramentas que podem me auxiliar no tratamento tanto da ansiedade como outros transtornos.” “Foi um divisor de águas, muitas dúvidas foram sanadas. Redescobri e aceitei a minha ansiedade.” Nota-se, a Psicoeducação é uma ferramenta muito útil, considerando que o conhecimento sobre o adoecimento mental, seu desenvolvimento e suas proporções na sociedade variam para cada indivíduo, como se observa nos relatos.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

PERCEPÇÃO DA INFLUÊNCIA DOS FATORES SOCIOECONÔMICOS NA ROTINA ALIMENTAR DE GESTANTES ATENDIDAS EM UM CENTRO DE APOIO AO INDIVÍDUO EM VULNERABILIDADE SOCIAL DE FOZ DO IGUAÇU-PR.

Autores: Ana Claudia Corobinski Carmona | Monali Fernanda Lopes de Oliveira, Ellen Sawazaki , Aline Renata Hirano, Isabel Fernandes

Instituição: UniAmérica
Palavras-chave: Nutrição; Insegurança alimentar; Desenvolvimento gestacional.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7156


Resumo:

Introdução. No Brasil, a prevalência de insegurança alimentar (IA) em gestantes varia de 37,89 a 42,7%. O aumento das necessidades energéticas de macro e micronutrientes durante o período gestacional tornam essa fase mais preocupante quanto à alimentação, visto que pode comprometer o desenvolvimento de órgãos e sistemas do feto, bem como suas chances de sobrevida após o nascimento. Objetivo. Identificou a percepção da influência dos fatores socioeconômicos na rotina alimentar de mulheres grávidas usuárias dos serviços comunitários de um centro de apoio à gestante de baixa renda de Foz do Iguaçu-PR. Metodologia. O estudo qualitativo, com a finalidade de identificar a percepção de mulheres gestantes aos danos e prejuízos que a falta de acesso ao alimento pode gerar no período gravídico. Os dados coletados através do roteiro de entrevista semiestruturado e registados em áudio com transcrição. A amostragem por saturação resultou em cinco entrevistas. Para identificar a percepção aplicou-se análise do discurso com as etapas de organização da análise, codificação, categorização e interpretação. Resultado. Durante a leitura da análise dos dados, foram identificados quatro temas norteadores: Rotina alimentar; Educação nutricional; Suporte social; Intolerância gástrica. Considerações finais. Diversos fatores influenciam na rotina alimentar de gestantes. Além das questões socioeconômicas que refletem na IA, os mais evidenciados foram: responsabilidade materna em propiciar cuidado e alimento à família, bem como filhos já nascidos, negligência da sensação de fome, falta de educação nutricional e políticas públicas insuficientes e pouco efetivas.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

O BRINCAR COMO PROMOÇÃO DE BEM-ESTAR EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Autores: Letícia Camargo | Maria Eduarda Fand Muraro

Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Vulnerabilidade Social; Saúde da Criança; Jogos e Brinquedos
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7176


Resumo:

Caracterização do problema: A vulnerabilidade infantil está relacionada à fragilidade de um grupo de indivíduos à margem da sociedade. Como a demanda por assistência é enorme, a ajuda humanitária deve ir além do poder estatal, como previsto pela Lei nº 8.742/93. Assim, em 2018, surge o projeto Operação Fada Madrinha (OFM), com o objetivo de contribuir para a qualidade de vida de crianças em situação de vulnerabilidade. O lúdico e o direito a brincar - previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - são peças centrais das ações do projeto. Através da proposta de uma ONG local, a OFM utilizou o brincar como instrumento de combate à fragilidade social. Justificativa: A ludicidade é um estado subjetivo de bem-estar e alegria. Ela está presente em todas as fases da vida, colaborando com a criatividade, o desenvolvimento e a saúde (SANTOS et al, 2023). O brincar é uma atividade espontânea que permite a criança acessar seus sentimentos. Ele auxilia no desenvolvimento da criança, estimula a criatividade, a socialização, o afeto e a autoconfiança, desenvolve o autoconhecimento e as habilidades corporais e cognitivas (GABRIEL, 2023). Dessa forma, o brincar atua como instrumento lúdico de cuidado, mudando a realidade cotidiana por meio do divertimento e distração. Objetivos: Proporcionar brincadeiras lúdicas que tragam bem-estar às crianças em situação de vulnerabilidade. Descrição da experiência: A ação ocorreu na semana do natal em 2021, contou com auxílio da prefeitura local, de cozinheiros e de artistas. Estiveram presentes 5 voluntárias fantasiadas de princesas, que interagiram com as crianças e famílias, participando de brincadeiras e da entrega dos presentes. As meninas e meninos tiveram momentos de escuta e de incentivo ao lúdico e ao brincar. Reflexão sobre a experiência: A brincadeira permite que o lúdico faça parte da difícil realidade em que a criança se encontra. Além de auxiliar na criatividade, a vivência lúdica e a escuta ativa criam um ambiente de melhor desenvolvimento cognitivo, abrindo espaço para a criação de pensamento crítico, habilidades sociais e capacidade de resolução de problemas (PIAGET, 1952). Recomendações: Inserir o lúdico em ambientes de fragilidade social infantil, por meio da criação de mais ações que tenham a brincadeira como instrumento gerador de bem-estar e humanização.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE DERMATITE PERIANAL EM RECÉM-NASCIDOS TRATADOS COM ANTIBIÓTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Autores: Ivaneliza Simionato de Assis | Carolina Tenfen, Francielli Soppa, Eliana Roldão dos Santos Nonose, Maria Fernanda Munhak da Silva, Rosane Meire Munhak da Silva

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Programa de Pós-graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira.
Palavras-chave: Dermatite perianal; antibióticos; neonatos.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7186


Resumo:

Introdução: A dermatite perianal é uma condição dermatológica comum em recém-nascidos hospitalizados, especialmente naqueles internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Esse problema pode ser exacerbado pelo uso de antibióticos, que são frequentemente administrados para tratar infecções graves nessa população vulnerável. Objetivo: Descrever a ocorrência de dermatite perianal em recém-nascidos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal submetidos à antibioticoterapia. Métodos: Estudo transversal, quantitativo e descritivo realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Oeste do Paraná, no período de 2022 e 2023. Os dados foram coletados dos prontuários eletrônicos, tendo como variáveis de interesse: tipo de lesões, uso de antibióticos e tempo de cicatrização. Resultados: No período de estudo, 291 recém-nascidos foram hospitalizados na UTIN, e 25,7% (n=74) desenvolveram lesões cutâneas durante o período de internação. Entre os recém-nascidos com lesões cutâneas, 43,2% (n=32) desenvolveram dermatite perianal, com um tempo médio de cicatrização das lesões de 14 dias. Dos recém-nascidos que foram submetidos ao tratamento com ampicilina/gentamicina, 21,9% desenvolveram dermatite perianal, e dos recém-nascidos tratados com vancomicina e meropenem, também 21,9% apresentaram dermatite perianal. Conclusões: Os resultados deste estudo indicam que uma proporção relevante de recém-nascidos hospitalizados na UTIN desenvolve lesões cutâneas, com uma elevada incidência de dermatite perianal observada entre aqueles submetidos à antibioticoterapia. Observou-se que tanto o tratamento com ampicilina/gentamicina quanto com vancomicina/meropenem apresentou uma prevalência de 21,9% de dermatite perianal. Esses achados destacam a importância de monitorar cuidadosamente os efeitos adversos da antibioticoterapia em recém-nascidos e sugerem a necessidade de desenvolver estratégias de prevenção e manejo eficazes para minimizar o risco de dermatite perianal nessa população.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

RELATO DE HUMANIZAÇÃO: A ARTE DE PALIAR EM BRASIL AFORA

Autores: Alcir de Sousa Teixeira Junior |

Instituição: Grupo de Pesquisa em Direito Médico/CNPq - FDRP/USP
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Humanização da Assistência; Saúde Pública
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7213


Resumo:

Caracterização do Problema A humanização no atendimento aos pacientes terminais é uma questão latente na seara de saúde. O Brasil, com uma população de cerca de 200 milhões de habitantes, possui apenas 64 centros especializados em dor e cuidados paliativos, a maioria concentrada no Estado de São Paulo. A escassez desses serviços revela a urgência de ampliar e distribuir adequadamente os cuidados paliativos pelo país. Justificativa Dado o crescimento da população idosa e o aumento da incidência de doenças crônicas terminais, é fundamental garantir que todos os brasileiros tenham acesso a cuidados paliativos de qualidade. Este atendimento não só melhora a qualidade de vida dos pacientes terminais, mas também respeita seus valores e a dignidade da pessoa humana, proporcionando, assim, conforto físico, psicológico e espiritual. Objetivos Analisar a necessidade de expansão dos centros de cuidados paliativos no Brasil; Avaliar a importância da formação e sensibilização de profissionais de saúde em medicina paliativa; e Propor diretrizes para a implementação e melhoria dos cuidados paliativos no Sistema Único de Saúde (SUS). Descrição da Experiência Fora analisado o impacto dos cuidados paliativos em um hospital público de Pouso Alegre, Minas Gerais. Pacientes terminais foram acompanhados por uma equipe multidisciplinar focada em tratamentos não curativos que priorizavam o conforto e bem-estar. Os profissionais foram treinados para oferecer suporte emocional e espiritual, além de cuidados físicos, ajustando os tratamentos às necessidades individuais dos pacientes. Reflexão sobre a Experiência A humanização do atendimento mostrou-se essencial para a qualidade de vida dos pacientes terminais. Ao tratá-los como pessoas integrais e não apenas como doentes, houve uma significativa melhora no bem-estar geral. A abordagem personalizada, centrada no paciente, destacou a necessidade de rever políticas públicas de saúde para incorporar amplamente os cuidados paliativos. Recomendações Expansão dos Centros de Cuidados Paliativos: Fomento de centros Brasil afora. Formação continuada de Profissionais: Implemento de programas de formação em cuidados paliativos para todos os profissionais de saúde. Sensibilização da Sociedade: Promoção de campanhas de conscientização em cuidados paliativos. Políticas Públicas: Integração dos cuidados paliativos como prioridade no Plano Nacional de Saúde e no SUS, garantindo acesso equitativo. Diretivas Antecipadas de Vontade: Incentivo a criação

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AVALIAÇÃO DOS CUIDADOS COM A PELE NAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA A PESSOA IDOSA

Autores: Camila Napolis da Silva | Ana Karoline da Costa da Silva, Adrieli Aparecida Simões de Oliveira, Camilla Ferreira de Lima, Rosane Kraus

Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns/FEAS
Palavras-chave: Estomaterapia; Cuidado de Enfermagem; Pessoa Idosa.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7226


Resumo:

Caracterização do problema: A pele atua como barreira contra agentes químicos, físicos e mecânicos, podendo sofrer alterações que a deixam mais frágil, resultando de fatores intrínsecos como senescência e extrínsecos, como pressão, fricção, cisalhamento e umidade. Justificativa: A Comissão de Cuidados com a Pele de um hospital referência no atendimento à pessoa idosa, observou o aumento da incidência de lesões nesta população durante o internamento hospitalar. A partir disso, houve a necessidade de realizar diagnóstico situacional dos cuidados com a pele nas unidades de internação. Objetivo: Relatar experiência na avaliação dos cuidados com a pele em pessoas idosas nas unidades de internação. Descrição da experiência: Foram avaliados pacientes em três unidades de internação por meio de anamnese e exame físico direcionado para a pele, por meio do formulário on-line, contendo itens como número de atendimento do paciente; iniciais do nome completo; faixa etária; umidade; atividade física; mobilidade; fricção e cisalhamento; colchão alternador de pressão no leito; condição da pele; lesão de pele conforme sua etiologia; Dermatite Associada à Incontinência (DAI), categorização conforme Escala Ghent de Categorização Global da DAI e agente causador. Dessa forma, foi possível identificar a fragilidade dos cuidados com a pele, fortalecer a discussão entre os membros da comissão na elaboração de estratégias para prevenção e classificação de lesões incidentes e prevalentes, além de elucidar a importância dos cuidados com a pele para a equipe assistencial através da educação permanente. Reflexão sobre a experiência: O levantamento dos cuidados realizados, evidenciou a necessidade de reforçar a importância da avaliação da pele, considerando as especificidades da senescência. Recomendações: O diagnóstico situacional através do formulário permitiu planejar ações direcionadas à fragilidade do cuidado, promovendo sensibilização da equipe, promoção de cuidados específicos e melhoria da qualidade de vida de pessoas idosas hospitalizadas.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ATENDIMENTO INTERPROFISSIONAL ENTRE EQUIPES DE PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Letícia Dombroski Rodrigues | Érica Pitlovanciv Tancon, Tatiane Caroline Boumer, Fabiana de Lima Granza, Gabriela Visnieski Siqueira, Regiane Mendes Tarocco Borsato

Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns - FEAS
Palavras-chave: Relações Interprofissionais; Psicologia Hospitalar; Serviço Hospitalar de Fisioterapia.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7227


Resumo:

Caracterização do problema: A hospitalização de um sujeito é uma experiência que pode acarretar diversos declínios e perdas, tanto físico quanto psicológico, que podem gerar sofrimento. Com isso, muitos pacientes podem desenvolver estratégias de esquiva, resultando em baixa aderência ao tratamento e fragilização do vínculo com os profissionais. Esses indivíduos acabam se recusando a realizar as condutas de tratamento propostas pela equipe, como uma tentativa de evitar dores e desconfortos, ainda que o atendimento tenha como objetivo proporcionar melhora da capacidade funcional e conforto. Justificativa: Dessa forma, percebe-se a necessidade de realização de uma abordagem multidisciplinar que possibilite uma integralidade de cuidados para o paciente, integrando diversas categorias profissionais para um olhar ampliado frente as diversas necessidades e demandas do paciente. Objetivos: Relatar a experiência de atendimentos interprofissionais, realizados por residentes de Fisioterapia e Psicologia de um programa de residência voltado à saúde da pessoa idosa. Descrição da experiência: A atuação em conjunto ocorre após a avaliação realizada pelas duas áreas profissionais, cada uma trazendo como base as suas escalas/testes e seus objetivos para aquele paciente. Em seguida, é realizada uma discussão entre ambas as áreas para planejar as intervenções necessárias, elaborando um plano personalizado de ações. Os atendimentos podem ocorrer em conjunto, ou individualmente, dando sequência a intervenção anterior. Reflexão sobre a experiência: É possível perceber que uma visão integrada sobre o paciente oportuniza uma conduta efetiva que alcança mais de uma demanda, viabilizando o desenvolvimento de vínculo terapêutico e maior adesão do paciente ao tratamento. Recomendações: Estimular as discussões entre equipes multiprofissionais, compartilhando visões, demandas e condutas, assim como possibilitar a realização de atendimentos interdisciplinares entre os diversos membros da equipe.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ATIVIDADE FÍSICA COMO TECNOLOGIA LEVE EM REGIÃO DE FRONTEIRA

Autores: Douglas da Luz Nunes | Juliana Ribeiro Falcão Cavalcanti, Adriana Zilly, Denise Rissato, Lucinar Jupir Forner Flores

Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Palavras-chave: Atenção primária a saúde; Atividade física; Saúde na fronteira
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7228


Resumo:

Introdução: Na área da saúde, as tecnologias de cuidado são classificadas em leves, duras e leve-duras. Tecnologias duras são máquinas e equipamentos; tecnologias leves envolvem acolhimento e relações interpessoais; e tecnologias leve-duras são saberes estruturados (ARAIS et al., 2021). As diferentes tecnologias devem ser articuladas para que haja uma gestão efetiva do cuidado, pois os indivíduos possuem necessidades complexas, desde um acolhimento com escuta qualificada até a utilização de materiais sofisticados de diagnósticos e tratamentos (SILVA et al., 2021). Merhy (2002) define tecnologias leves como aquelas que produzem acolhimento, vínculo e autonomia através da interação. Atividades físicas se enquadram como tecnologias leves, pois a interação do Profissional de Educação Física com o indivíduo é fundamental. Na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, a população carece de programas de atividades físicas com profissionais qualificados (CONFEF, 2022). Objetivo: Discutir a importância da atividade física como tecnologia leve na saúde em região de fronteira. Método: Realizou-se uma revisão narrativa da literatura, buscando artigos nas bases Scielo, PubMed e LILACS com os termos: “atividade física”, “tecnologias leves de saúde” e “atenção primária à saúde”. Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e 2023, resultando inicialmente em 16 artigos, dos quais 5 foram selecionados após leitura dos resumos. Resultados: Os estudos mostram que a atividade física melhora a qualidade de vida e a saúde. Moraes et al. (2022) destacam o aconselhamento profissional como eficaz para aumentar os níveis de atividade física. No entanto, usuários enfrentam barreiras como condições financeiras e rotinas (Borges et al., 2023). Porto et al. (2023) ressaltam a discrepância entre o conhecimento dos benefícios da atividade física e a implementação de políticas públicas eficazes. O programa Academia da Saúde, que promove modos de vida saudáveis, ainda não abrange a tríplice fronteira. Considerações finais: A atividade física é crucial na atenção primária à saúde e pode ser considerada uma tecnologia leve, com o aconselhamento profissional sendo uma estratégia chave. A região da tríplice fronteira carece de programas de atividades físicas com Profissionais de Educação Física, perdendo a oportunidade de melhorar a qualidade de vida e a saúde da população.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ATENÇÃO DOMICILIAR: A EQUIPE ESPECIALIZADA EM GERIATRIA E GERONTOLOGIA DO PROGRAMA SAÚDE EM CASA

Autores: Marina Moreira Ramos da Silva | Alini Ioris Cavalcanti Bamvakiadis, Humberto Alexandre Amadori,, Gabriel Pizzato Rudey Crovador, Maria Alice das Neves, Mariana Ribeiro Maso Lous

Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde / Secretaria Municipal de Saúde
Palavras-chave: Pessoa idosa; Assistência Domiciliar; Saúde da Pessoa Idosa
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7237


Resumo:

Caracterização do problema: Devido ao crescente número de pessoas idosas com doenças crônicas degenerativas e pela agudização destas condições, maiores têm sido as demandas assistenciais e consequentemente, maior utilização da rede de atenção à saúde. O Programa Saúde em Casa integra a rede de atenção à saúde e presta assistência domiciliar para a população por meio de um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação. Justificativa: Observa-se que muitos pacientes atendidos pelo Saúde em Casa são idosos. Diante disso, é importante descrever os cuidados direcionados a esta população visando o conhecimento da assistência prestada, novas perspectivas e aprimoramento do cuidado. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada com a equipe especializada em geriatria e gerontologia do Programa Saúde em Casa. Descrição da experiência: O Serviço de Atenção Domiciliar dispõe de diferentes tipos de equipes, dentre elas a especializada em Geriatria e Gerontologia. Através da análise do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional, instrumento que permite avaliar riscos de vulnerabilidade e fragilidade, a equipe prioriza, majoritariamente, o atendimento de pessoas idosas pré frágeis, com idade ? 85 anos e todos os idosos centenários admitidos no serviço. Além disso, atua no matriciamento de pacientes com quadros clínicos mais complexos que estão em instituições de longa permanência, qualificando o cuidado. Na admissão é utilizado um formulário próprio com análise multidisciplinar do médico geriatra, fisioterapeuta e enfermeiro. Se necessário, o atendimento pode ser complementado com avaliação do fonoaudiólogo. Após a admissão e avaliação multidisciplinar a equipe elabora um plano de cuidado com objetivos e metas de reavaliação individual. Devido ao grande número, a pessoa idosa que não recebe atendimento da equipe especializada, é admitida no serviço responsável pela área de localização do domicílio. Reflexão sobre a experiência: O cuidado prestado pela equipe leva em consideração as condições físicas, emocionais e sociais dessa população, prestando tratamentos e suportes adequados. Recomendações: A equipe precisa estar preparada para se adaptar a diferentes situações e responder às necessidades dos pacientes. Algumas estratégias são utilizadas como a comunicação eficaz, treinamento contínuo e o cuidado centrado no paciente.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

FUNCIONALIDADE DE PACIENTES COM DOENÇAS NEUROMUSCULARES DE UM SERVIÇO PÚBLICO DE ATENÇÃO DOMICILIAR.

Autores: Dayane de Souza Paredes | Elenize Losso, Mariana Ribeiro Maso Lous, Clovis Cechinel

Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Doenças Neuromusculares; Serviços de Assistência Domiciliar; Esclerose Lateral Amiotrófica
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7247


Resumo:

Introdução: o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), de acordo com a Portaria GM 3005/2024, atua na desospitalização e no acompanhamento clínico e funcional dos pacientes com restrição de mobilidade, incluindo pacientes com doenças neuromusculares que necessitam de cuidados específicos. Objetivo: descrever o grau de dependência funcional de pacientes com doenças neuromusculares atendidos por um serviço público de atenção domiciliar. Métodos: trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, descritivo. Aprovado em comitê de ética sob CAAE 63440122.8.0000.010. A coleta de dados retrospectiva teve como critério de inclusão pacientes com diagnóstico de doenças neuromusculares, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 100 anos, admitidos em um serviço de atenção domiciliar do sul do Brasil, período de 2013 à 2023. Resultados: Foram avaliados 75 prontuários de pacientes com doenças neuromusculares, sendo que destes, 32% (n=24) possuem dependência funcional motora total dos membros inferiores, superiores, tronco, cabeça e da função pulmonar, necessitando de auxílio nos cuidados e atividades de vida diária (AVD) e de suporte mecânico respiratório domiciliar. Dentre os 24 pacientes com dependência total, 83% (n=20) possuem o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), 4% (n=4) com esclerose múltipla (EM), 8% (n=2) com atrofia muscular espinhal (AME) e 4% (n=1) com diagnóstico de doença neuromuscular não especificado nos registros de coleta de dados, tratado como outros. Conclusão: aproximadamente um terço dos pacientes com doenças neuromusculares apresentam dependência funcional total, nos domínios motor e respiratório, o que direciona aos profissionais do atendimento domiciliar para um planejamento conjunto de cuidados, minimizando assim, os efeitos deletérios do imobilismo, evitando reinternações e proporcionando melhor qualidade de vida.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

USO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA REGENERAÇÃO TECIDUAL DE LESÕES POR PRESSÃO NO PACIENTE ACAMADO: REVISÃO DE LITERATURA, CONCEITOS E ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO DOMICÍLIO.

Autores: Helena Queiroz Morais | Carla Cristina Zizcycki da Silva

Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde - FEAS
Palavras-chave: Terapia com Luz de Baixa Intensidade; Lesão por Pressão; Visita domiciliar.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7248


Resumo:

Introdução: As lesões por pressão (LPP) acometem os pacientes acamados ou que permaneceram acamados por um período, estas ocasionadas por diversos fatores, o recurso terapêutico chamado de Laser de Baixa Intensidade (LBI), utilizado por Fisioterapeutas e Enfermeiros, auxilia na promoção da regeneração tecidual, o que pode auxiliar no tratamento das LPPs. Segundo a Resolução do COFFITO Nº. 80/1987 e o Acórdão n° 293/2012, o Fisioterapeuta é um profissional qualificado para a utilização do LBI, promovendo qualidade de vida e melhora da funcionalidade epitelial. O objetivo deste estudo é observar como se dá a aplicação pelo Fisioterapeuta e eficácia do uso LBI na regeneração tecidual assistida (RTA) na LPP em pacientes acamados em domicílio. Método: Em maio de 2024, pesquisou-se artigos científicos que pudessem correlacionar o uso fisioterapêutico do LBI nas LPPs em pacientes acamados, nas bases de dados: Pubmed, Scielo e PEDro, utilizando os seguintes descritores: Fototerapia, Terapia com Luz de Baixa Intensidade, Úlcera por Pressão, Regeneração Tecidual Guiada, Visita domiciliar. Publicados nos últimos 10 anos, sem restrições linguísticas. Resultados: Foram encontrados 20 artigos onde 10 foram selecionados conforme a metodologia desta revisão. Os artigos afirmam que LBI contínuo, 700 a 800mn, ajustado entre 4 a 6J e na técnica pontual mostraram-se eficazes no tratamento de lesões epiteliais crônicas, o que justifica a indicação para LPPs. Em sua maioria os artigos eram voltados a enfermagem, todavia Fernández-Guarino et al (2023) afirma que o uso fisioterapêutico é favorável, pelos efeitos anti-inflamatórios, de vasodilatação, regeneração celular local e analgesia. Devido a regeneração ser deficitária em diabéticos o LBI pode acelerar a regeneração tecidual. Não apresenta efeitos adversos e pode ser portátil e os resultados podem ser observados desde a primeira aplicação. Sobre o atendimento domiciliar, já sabido que pacientes com alteração de mobilidade, o atendimento domiciliar é valoroso, uma vez que suas demandas são atendidas sem que haja a necessidade do deslocamento paciente e nenhum artigo encontrado cita esta motivação. Conclusão: Conclui-se que o uso do LBI quando utilizado como um agente facilitador na cicatrização tecidual, pode agilizar o processo de cicatrização e propiciar maior conforto durante o processo de cicatrização de LPPs, porém observa-se a necessidade de novos estudos com pacientes em domicílio com LPPs e por Fisioterapeutas.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AS VIVÊNCIAS DA MULHER NA CONCEPÇÃO DO BEBÊ ARCO-ÍRIS: UMA JORNADA DE LUTO E PERSEVERANÇA

Autores: Eyabe Rodrigues | Jéssica Andreia Fleck, Keila De Oliveira Franco Ribeiro, Sebastião Caldeira

Instituição: Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC Vila A
Palavras-chave: Maternidade. Aborto. Bebê Arco-íris
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7279


Resumo:

A maternidade está associada a vivência de inúmeros sentimentos e emoções, principalmente no que se refere ao medo e a preocupação de uma eventual perda do feto pela gestante. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 10% a 15% das gestações são acometidas pelo abortamento espontâneo e envolvem processo de luto e intenso sofrimento psíquico, como auto-responsabilização e culpa por não ter levado a gestação a termo, sendo considerado abortamento a interrupção da gravidez até a 20ª ou 22ª semana (Brasil, 2011, p.29). Quando a perda ocorre após a 22ª semana de gestação é caracterizada como “perda gestacional/ neonatal”, quando o bebê recebe a denominação “natimorto” (Brasil, 2009). O aborto afeta aspectos significativos da identidade da mulher, como valores sociais, costumes, mitos e as expectativas da sociedade em relação à sua capacidade reprodutiva. Em alguns casos, essas mulheres após novas tentativas em busca da realização do sonho da maternidade, engravidam novamente, sendo este filho(a) conseguinte denominado de "bebe arco-íris". O presente estudo teve como objetivo investigar os possíveis sentimentos, emoções e atitudes que o aborto pode causar diante de uma nova gestação. A pesquisa foi realizada com uma amostra de sete participantes por meio da técnica "snowball" e se deu pelo método qualitativo e descritivo, onde os dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada e posteriormente analisados com base na análise de conteúdo. Os resultados revelaram uma gama diversificada de emoções vivenciadas por essas mães, desde a dor intensa e o luto profundo, até a esperança renovada e a felicidade ao conceber novamente. Os principais sentimentos relatados frente à perda foram pânico, desespero, choque, auto responsabilização, crença de incapacidade em ser mãe e até mesmo raiva, senso de injustiça ao verem que outras mães estavam tendo seus bebês e elas não conseguiram alcançar esse sonho. Durante a gestação do bebê arco íris permanecia o medo e o receio em relação a uma nova perda, no entanto foi mais fortemente evidenciado a transformação, esperança, reparação além de uma alta expectativa em finalmente ter nos braços seu amado e desejado filho(a). Diante disso, ficou evidente o quão importante é ter uma boa rede de apoio e acompanhamento psicológico, a fim de auxiliar a mulher nesse processo tão doloroso da perda de um filho e da ressignificação da maternidade.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AMPLIAÇÃO DO CUIDADO NO SETOR TERCIÁRIO ATRAVÉS DE MATERIAL ORIENTATIVO PÓS-ÓBITO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Renato Dias Capello | Nathália Eloíza Delfes Zembrani

Instituição: Instituição de Ensino Pesquisa e Inovação (IEPI) da Irmandade Santa Casa de Londrina (ISCAL)
Palavras-chave: Comunicação em Saúde; Integralidade em Saúde; Serviço Hospitalar de Psicologia
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7282


Resumo:

Como destinatário de causas que necessitam de atenção especializada e densidade tecnológica, o hospital terciário, apresenta-se como espaço de constante contato com a terminalidade, consequente das gravidades atendidas nesse componente da rede de saúde. Tendo o ato de cuidado como objetivo desses dispositivos, requer pensar medidas que ampliem sua capacidade acolhedora. O momento da comunicação de óbito é potencial gerador de sofrimento para emissores e destinatários. Recursos que amenizem esse momento e deem sequência para os cuidados dos pelo falecimento, são necessários em ambos os níveis de atenção. Sobre a continuidade do cuidado, faz-se necessário pensar e aplicar medidas de acolhimento, mesmo nesse momento de intenso sofrimento. Essa comunicação descreve a experiência da elaboração de material informativo a familiares, após a comunicação de óbito em hospital de nível terciário da cidade Londrina-PR. Diante a percepção da necessidade relatada, conceituou-se material informativo, contendo principais orientações a familiares, presentes no hospital para comunicação de óbito. Inicialmente, foram ouvidos profissionais, envolvidos neste tipo de comunicação, a fim de identificar informações pertinentes. Na sequência, realizado contato com instituição de serviços funerários e entendimento das orientações práticas. Para então, elaboração da arte e avaliação dos profissionais ouvidos inicialmente. Por fim, instituído o uso do impresso, durante as comunicações de óbito na instituição. A morte aparece como encerramento dos cuidados possíveis, porém, tendo a produção de cuidado como objetivo, a terminalidade pode representar a possibilidade do cuidado com os que se afetam pela perda de alguém. Assim, proporcionar um maior acolhimento neste momento, representa a ampliação da capacidade acolhedora do hospital. A elaboração do material relatado, teve por objetivo, proporcionar maior cuidado e orientação a familiares afetados pela perda de um ente, considerando o funcionamento de uma rede de cuidados, em que o hospital terciário é componente. A percepção momentânea é de que essa simples medida, alia-se no cuidado aos familiares e dos trabalhadores de saúde que participam desse momento delicado da comunicação de óbito. O momento da comunicação de óbito há de ser visto também, não só como um momento terminal, mas também de cuidado dos que ficam. Medidas para o acolhimento dos familiares e auxílio destes são necessárias, pensando em um modelo de continuidade de cuidado.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

O AMBULATÓRIO DE ESPIROMETRIA: DO EXAME A VIVÊNCIA DOS RESIDENTES

Autores: Marina Moreira Ramos da Silva | Tissiane Bona Zomer, Douglas Boscaratto de Lima, Érica Pitlovanciv Tancon, Tatiane Caroline Boumer, Daiana Lugarini

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Espirometria; Ambulatório; Serviços Ambulatoriais de Saúde.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7289


Resumo:

Caracterização do problema: A espirometria permite medir os volumes e as capacidades pulmonares, propiciando a análise de possíveis restrições, o que a torna um importante exame para o diagnóstico de condições respiratórias. Justificativa: Em Curitiba, esse exame compõe o Serviço de Apoio Diagnóstico e Tratamento (SADT) do Sistema Único de Saúde e é realizado em um ambulatório específico. Objetivo: Relatar o funcionamento de um ambulatório de espirometria do SUS e como este influencia a formação de residentes de fisioterapia do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso. Descrição da experiência: O serviço oferta vagas de segunda a quarta-feira no período matutino que são preenchidas através do encaminhamento de médicos da rede de atenção à saúde. A solicitação pode incluir ou não a prova broncodilatadora, o qual verificará a resposta das vias aéreas ao medicamento. Primeiramente, verifica-se se o usuário seguiu as orientações para realização do exame e, caso tenha, preenche-se os dados pessoais. Em seguida, explica-se o exame que consiste em acoplar o clipe nasal, colocar o bocal na boca - ultrapassando os dentes com os lábios vedados, inspirar profundamente e realizar uma expiração forçada por 6 segundos, totalizando 4 repetições. Caso haja a prova com broncodilatador, faz-se 4 jatos de salbutamol com espaçador, espera-se 15 minutos e repete-se os sopros. Em casos que o paciente não consegue compreender os comandos ou manter a expiração, encaminha-se uma carta para o profissional solicitante elucidando o motivo da não realização do exame. Este é realizado por um fisioterapeuta e laudado por médicos pneumologistas. Quanto à experiência dos residentes, pode-se dizer que aprende-se sobre o exame, as diferentes formas de abordá-lo e orientá-lo, como os resultados são obtidos e a elaboração do diagnóstico fisioterapêutico. Assim, possibilita-se uma melhor compreensão dos distúrbios ventilatórios, o que e como eles afetam e a definição de condutas assistenciais. Reflexão sobre a experiência: Logo, experiencia-se alguns desafios como a não compreensão ou colaboração do paciente para a execução do exame, bem como a dificuldade da manutenção da expiração forçada por 6 segundos, o que inviabiliza o exame. Contudo, a vivência permite o manejo desses desafios, agregando no desenvolvimento profissional do residente. Recomendações: Utilizar o ambulatório de espirometria como campo prático de programas de residência com foco no adulto e idoso.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

Autores: Juliana Santos Oliveira |

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas)
Palavras-chave: Serviço Social; Saúde; Serviços de Atendimento de Emergência
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7305


Resumo:

Caracterização do problema: A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) oferece atendimento de urgência e emergência, para adultos e crianças. É um serviço essencial na rede de atenção à saúde, operando entre unidades de saúde e os hospitais. O assistente social tem um papel crucial nesse contexto, atuando na interface entre o usuário e equipe de saúde. Justificativa: A presença do assistente social na UPA é fundamental para assegurar o acesso dos usuários para um atendimento integral. Identificando e intervindo em situações de risco social. Objetivos: relatar a prática do assistente social em uma UPA do município de Curitiba; conduzir o acesso aos direitos sociais dos usuários; articular com a rede de serviços; identificar e intervir em situações de risco. Descrição da Experiência: O exercício profissional do assistente social nesta unidade perpassa algumas frentes de atuação: fornecer informações sobre os direitos sociais dos usuários e suas famílias; articular com a rede de serviços; identificar e intervir em situações de risco social; orientar e informar os pacientes sobre seus direitos sociais. A abordagem inicial consiste em acolher o usuário e sua família, realizar uma avaliação social para identificar as necessidades imediatas e urgentes, e iniciar a articulação com a rede de serviços: conselhos tutelares, serviços de saúde mental, Centro POP, dentre outros. Reflexão sobre a Experiência: A experiência em UPA revelou a importância de uma atuação rápida e eficaz, bem como a necessidade de uma formação continuada e especializada para lidar com a diversidade e complexidade das situações. Visa compreender os usuários como um ser social em suas múltiplas necessidades, encontramos desafios associados às condições de saúde e socioeconômicas dos usuários, com questões de violência doméstica, abuso de substâncias psicoativas, saúde mental, ausência de suporte familiar, pessoas em situação de rua. Recomendações: Algumas recomendações para aprimorar a prática profissional nesse contexto: acolhimento e escuta qualificada; atendimento integral e interdisciplinar; identificação de vulnerabilidades sociais; articulação com a rede de serviços; formação e capacitação continuada. O assistente social desempenha um papel vital no atendimento dos usuários para a promoção da equidade, a defesa dos direitos sociais e na construção de sistemas de saúde mais inclusivos e acessíveis.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES POR USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE COM DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE

Autores: Grasiele Sastre Grégio | Mathias Roberto Loch

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Práticas Integrativas e Complementares; Atenção Primária à Saúde; Doenças Crônicas Não Transmissíveis
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7322


Resumo:

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) podem auxiliar no enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), pois, em sua diversidade, contribuem para o bem-estar, cuidado integral e promoção da saúde. Nos municípios pequenos, podem fortalecer a atenção básica, que geralmente é o principal serviço de saúde disponível nestas localidades. Objetivo: Identificar a prevalência de uso das PICS por indivíduos com diagnóstico autorreferido de DCNT e verificar se há associação entre as DCNT e o uso de PICS. Métodos: Trata-se de um estudo transversal quantitativo, com dados coletados por meio de um questionário aplicado por entrevistadores às pessoas que aguardavam por atendimento em unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) de municípios de pequeno porte do Paraná, entre setembro e novembro de 2022. Para a análise de associação, foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta com significância de 5% e intervalo de confiança (IC) de 95%. Para a análise ajustada, utilizaram-se variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde. Resultados: Foram entrevistadas 1.878 pessoas e a prevalência de uso de PICS foi de 51,2%. O diagnóstico de DCNT foi referido por 1.357 (72,3%) participantes e, desses, 742 (54,7%) utilizaram PICS nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa, sendo as práticas mais prevalentes: plantas medicinais/fitoterapia (49,8%), meditação (6,5%), acupuntura (2,9%), homeopatia (2,7%) e auriculoterapia (2,3%). Na análise bruta observou-se que o uso de PICS esteve associado a todas as categorias de DCNT analisadas (diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, artrite/artrose/reumatismo, neoplasia, depressão e dor cônica musculoesquelética), com maior prevalência entre os que referiram estas condições. Na análise ajustada apenas os que referiram diagnóstico de neoplasia (RPa = 1,21, IC95%: 1,02 - 1,44) e dor crônica musculoesquelética (RPa = 1,25, IC95%: 1,13 - 1,38) apresentaram maior prevalência de uso de PICS. Conclusão: Os resultados apontam uma alta prevalência de pessoas com DCNT e do uso de PICS por essas pessoas. Destaca-se que plantas medicinais/fitoterapia foi a prática mais utilizada. Pessoas com diagnóstico de neoplasia e dor crônica musculoesquelética utilizaram mais as PICS. Ressalta-se a importância da capacitação de profissionais do SUS sobre o uso das PICS para proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes com DCNT, especialmente no contexto da APS.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

ANÁLISE DESCRITIVA POR SEXOS DO USO DE INTERFACE E TIPO DE SUPORTE VENTILATÓRIO EM PACIENTES NEUROMUSCULARES DESOSPITALIZADOS

Autores: Elenize Losso | Alfredo Mylonas Martins, Daiane Ribeiro, Lucimeri Nunes, Dayane Paredes, Clovis Cechinel

Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde(FEAS)-Serviço de atenção domiciliar
Palavras-chave: Cânula; Serviço de Assistência Domiciliar;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7356


Resumo:

Introdução: As doenças neuromusculares frequentemente progridem para uma condição que pode exigir ventilação mecânica que pode ser invasiva ou não invasiva. A interface utilizada para a ventilação invasiva domiciliar é a cânula traqueal com balonetes tipo cuff, enquanto que máscaras faciais ou nasais são interfaces utilizadas para ventilação não invasiva. Durante a abordagem paliativista, frequente para estes pacientes, os mesmos podem decidir em recusar cânula traqueal e ventilação mecânica invasiva. Objetivo: Analisar descritivamente o tipo de interface de ventilação mecânica por sexo em pacientes com doenças neuromusculares em atendimento domiciliar. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional, transversal, com análise descritiva, aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 63440122.8.0000.010). A pesquisa foi realizada em prontuários de um serviço de atenção domiciliar do Sistema Único de Saúde, na região sul do Brasil, no período de 2013-2023. Foi realizada coleta de dados de sociodemográficos, clínicos e ventilatórios. Resultados: 75 pacientes foram investigados, 46,7 %mulheres (n=35) e 53,3% homens (n=40). Identificou-se que 10,7 %mulheres (n=08) e 24% (n=18 dos homens faziam uso de via aérea artificial ventilação mecânica domiciliar invasiva quando admitidos no programa. Porém,34,7% mulheres (n=26) e 28% homens (n=21) permaneceram em ventilação mecânica não invasiva, contínua ou intermitente. Ainda,1,3% de pacientes do sexo masculino (n=1) e 1,3 do sexo feminino(n=1) evoluíram de ventilação não invasiva a invasiva e consequentemente, migrando para cânula traqueal. Na conduta paliativista, 16% mulheres(n=12) e 18,75 homens(n=14) optaram em manter-se em ventilação não invasiva. Conclusões: De acordo com valores encontrados nos IC95% e valor p estabelecido(p<0,001) não houveram diferenças estatísticas nos sexos feminino e masculino quanto ao uso de interface e tipo de ventilação mecânica invasiva e não invasiva nesta amostra.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

O DIFERENCIAL DA PRESENÇA DO FONOAUDIÓLOGO NOS CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL MUNICIPAL REFERÊNCIA EM SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Autores: Larissa Giovanna da Silva Leite | Ana Lídia Rosa Emerick, Regiane Mendes Tarocco Borsato, Paloma Alves Miquilussi

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde - Feas
Palavras-chave: Assistência Hospitalar; Unidades de Terapia Intensiva; Fonoaudiologia.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7359


Resumo:

Caracterização do problema: O Centro de Terapia Intensiva (CTI) é destinado a pacientes de maior gravidade, potencial risco de morte e maior necessidade de vigilância. O fonoaudiólogo é o profissional habilitado a avaliar alterações de deglutição e comunicação nesse ambiente. Apesar disso, a presença dessa especialidade ainda não é uma realidade nos hospitais. Justificativa: A atuação do fonoaudiólogo no CTI visa prevenir e reduzir complicações, gerenciando demandas de deglutição e comunicação. Considerando esses fatores e a Resolução CFFa nº 604/2021, que cria a Especialidade de Fonoaudiologia Hospitalar, foram elaborados o Parecer SBFa nº 09/2022 e a Resolução CFFa nº 656/2022, dispondo sobre a atuação do fonoaudiólogo em Unidade de Terapia Intensiva. Objetivos: Relatar a experiência de uma fonoaudióloga residente sobre o diferencial da presença de fonoaudiólogo no CTI de um hospital municipal referência em atendimento à pessoa idosa. Experiência: A rotina fonoaudiológica no CTI envolve a realização de triagem, avaliação e gerenciamento de demandas, majoritariamente relacionadas a pacientes traqueostomizados, queixas de deglutição ou voz pós-extubação orotraqueal, estando a equipe habituada a solicitar avaliação fonoaudiológica nesses casos. Outras demandas, como alterações de linguagem, costumam ser identificadas pelo fonoaudiólogo em triagem/avaliação diária, sendo então acompanhadas. Ademais, a participação diária na visita multiprofissional é essencial à construção do plano de cuidados dos pacientes, à conscientização da equipe sobre as possibilidades de contribuição da Fonoaudiologia e ao aprimoramento do olhar desse profissional sobre os aspectos clínicos do paciente. Reflexão: Apesar de a atuação da Fonoaudiologia em disfagia e voz ser bem compreendida pela equipe do CTI, uma vez que a minimização e prevenção de riscos, em especial relacionados à broncoaspiração, contribui para redução de custos hospitalares, outras demandas ainda são incipientes, necessitando do olhar fonoaudiológico especializado. Distúrbios de comunicação, motricidade orofacial ou apneia obstrutiva do sono, dificilmente são alvo das solicitações da equipe, mesmo sendo campo de atuação do fonoaudiólogo. Recomendações: A presença do profissional fonoaudiólogo no CTI evidencia que a intervenção precoce em demandas além das identificadas pela equipe, amplia seu campo de atuação, dando visibilidade ao trabalho fonoaudiológico e ao seu diferencial nesse ambiente.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

REVISÃO E APRIMORAMENTO DO PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO NA 15ª REGIONAL DE SAÚDE

Autores: Jaqueline Mancori Caetano | Alexander Mardegan, Adelson Gonçalves dos Santos, Carolina Lopes Biserra, Simoni Pimenta de Oliveira

Instituição: 15 REGIONAL DE SAÚDE
Palavras-chave: Planejamento em Saúde, Regionalização da Saúde, Sistema Único de Saúde, Sistemas de Saúde, e Gestão em Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7364


Resumo:

Caracterização do problema: A regionalização é um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e a dinamicidade do cenário gera a necessidade de adaptação frequente dos fluxos de atendimento nos serviços de saúde. O Plano Diretor de Regionalização (PDR) é utilizado como um guia para orientar as equipes reguladoras eletivas municipais e do complexo regulador de leitos da macrorregião Noroeste do Paraná sobre os serviços de saúde de referência em alta complexidade para cada município. A versão de 2015 necessitava de atualização. Justificativa: A atualização do PDR promove o direcionamento do usuário ao prestador melhor qualificado para atendê-lo. Objetivo: Promover a atualização do PDR da 15ª Regional de Saúde (15ªRS) com informações dos prestadores do território bem como àqueles para os quais a população da 15ª RS é referenciada. Descrição da experiência: Com o fim do período crítico da pandemia da COVID-19, os atendimentos especializados eletivos foram retomados porém as equipes municipais manifestaram muitas dúvidas de para onde encaminhar os usuários SUS de acordo com suas necessidades. Isto posto, a equipe da SCRACA composta por servidores e residentes da Universidade Estadual de Maringá atuaram na atualização do PDR, com participação dos demais setores dada 15ª RS Os residentes da seção SCRACA foram responsáveis por compilar as informações em um novo documento de acordo com as portarias, fluxos e deliberações da Comissão Intergestores Regionais (CIR) e pela própria regional. O novo PDR conta com a atualização de mais de 50 fluxos de atendimentos, inserção de novos serviços habilitados de alta complexidade e também serviços de média que não faziam parte do documento anterior. Reflexão sobre a experiência: Através da atualização é perceptível a melhora no direcionamento dos serviços aos usuários, redução das dúvidas e melhor planejamento. Recomendações: faz-se necessário a implementação de uma estratégia de comunicação regular que promova a atualização frequente do PDR com processos padronizados de regulação de acesso aos serviços de saúde.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

OS EFEITOS DA PRIVAÇÃO DO SONO NA QUALIDADE DE VIDA DE ENFERMEIROS PLANTONISTAS NOTURNOS

Autores: Eyabe Rodrigues | Brunna Signori De Souza, Ketlin V. Kasperovicius De Souza, Maria Clara Engler, Sebastião Caldeira

Instituição: Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC Vila A
Palavras-chave: Privação do sono; Qualidade de vida; Enfermeiros;
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7368


Resumo:

A privação do sono pode afetar o desempenho laboral, incluindo a capacidade de pensar com clareza, reagir rapidamente e criar memórias. E, ainda, segundo Lessa (2020), a privação do sono afeta o humor, contribui para a irritabilidade, problemas de relacionamento e depressão, aumenta a ansiedade nos períodos de estresse, em comparação a indivíduos saudáveis, que possuem um sono adequado. Cada vez mais profissionais da saúde apresentam sintomas de privação do sono decorrentes do trabalho noturno, onde, a capacidade cognitiva se vê prejudicada no dia seguinte, podendo levar a redução da qualidade da assistência ao paciente (Sena, 2018). A privação do sono causada nestes profissionais gera uma série de perturbações no organismo em função de uma alteração no ritmo circadiano, responsável pela homeostase, no âmbito fisiológico e cognitivo. Este estudo tem como objetivo analisar a influência da privação de sono na qualidade de vida de plantonistas da área da enfermagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo integrativa, descritiva, com análise qualitativa dos dados obtidos de 9 artigos das bases da PubMed, Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Por meio desta análise, evidenciou-se que a falta de sono e a qualidade inadequada do descanso noturno dos enfermeiros plantonistas, podem levar à depressão, falta de concentração, diminuição da função do sistema imunológico, hipertensão, riscos cardiovasculares e redução do nível de atividade e consciência. O distúrbio na qualidade do sono prejudica a qualidade dos serviços de enfermagem, juntamente com o atraso no processo de melhora clínica do paciente, resultando na redução da produtividade e no aumento do absenteísmo.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

GRUPO DE EXPRESSIVIDADE NA SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Maria Eduarda Fand Muraro | Nathalia da Rosa Kauer, Maria Eduarda Campagnaro, Flavia Vernizi Adachi

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde
Palavras-chave: Psicologia; Arte; Saúde Mental;
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7378


Resumo:

Caracterização do problema: A Reforma Psiquiátrica Brasileira, transformou a assistência em saúde mental, promovendo novas formas de cuidado e incentivando a participação social, a construção de políticas, a utilização de arte e de cultura, e outras estratégias para promover a autonomia dos usuários (AMARANTE; NUNES, 2018). Em um CAPS III em Curitiba, campo de prática de um programa de residência, observou-se a necessidade de potencializar as ofertas terapêuticas voltadas a expressão corporal, envolvendo a necessidade de práticas artísticas no cuidado e assistência em saúde mental. Justificativa: A arte dialoga com a saúde mental, expandindo as possibilidades de expressão. Tais práticas atuam como instrumento de transformação social, contribuindo para a melhora do sofrimento psíquico (AMARANTE; CAMPOS, 2012). A arte contribui na construção de identidades coletivas e com a reconstrução de possibilidades de vida (AMARANTE; TORRE, 2017). A proposta de utilizar a arte para expressão da vida e do sofrimento psíquico caminha junto ao modelo proposto pela reforma psiquiátrica, uma vez que rompe com uma atenção centrada na doença e incentiva o envolvimento de práticas artísticas como ferramenta de cuidado e assistência em saúde mental. Objetivos: Relatar a experiência de um grupo de expressividade que desenvolve o autoconhecimento, autonomia e a interação social. Descrição da experiência: O grupo realizado com usuários do serviço durou quatro encontros, jogos e técnicas do teatro atuaram como ferramentas expressivas, foram desenvolvidas atividades sobre as emoções, comunicação, vínculos, autoconfiança, criatividade, a capacidade de lidar com as dificuldades do dia a dia e aumento de repertório comportamental. Em todos os encontros foram propostos exercícios em dupla ou em grupos e ao longo das atividades foram realizadas reflexões conjuntas. Reflexão sobre a experiência: Inicialmente, os participantes demonstraram timidez e hesitação. A aplicação de técnicas de aquecimento e quebra-gelo foi essencial para estabelecer um ambiente acolhedor. Em cada encontro, foi importante captar o conteúdo trazido pelos usuários, integrando-os gradualmente nas atividades. Observou-se avanços na expressão verbal e não verbal, no reconhecimento emocional e na interação social. A oficina proporcionou um ambiente seguro para experimentação criativa e fortalecimento de vínculos, permitindo o desenvolvimento da criatividade e comunicação, essenciais ao processo se reinserção social.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AÇÕES DE PROMOÇÃO EM SAÚDE BUCAL EM PACIENTES ACAMADOS ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Isabella Kimura de Lima | Amanda Fratta Pereira , Ana Paula Neri , Deborah Esperidião Fioroni, Mitsue Fujimaki, Josely Emiko Umeda

Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Serviços de Assistência Domiciliar; Pacientes Acamados; Saúde Bucal
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7380


Resumo:

Introdução: O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) é uma modalidade de atenção à saúde que presta o cuidado domiciliar na Atenção Básica e ambulatorial nos serviços de urgência, emergência e hospitalar, para reduzir a demanda por atendimento hospitalar ou período de internação dos pacientes1. O SAD é composto por uma equipe multiprofissional de saúde (Médicos, Nutricionistas, Enfermeiros, Cirurgiões-dentistas, Assistentes Sociais, Fisioterapeutas)2, que realiza atendimentos nos domicílios de pacientes que necessitam de cuidados de saúde mais intensivos, possibilitando liberar os leitos mais precocemente, prevenir internações por recidivas, infecções hospitalares e alocação adequada de recursos3. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada pelas Residentes em Saúde Coletiva e da Família da Universidade Estadual de Maringá, que atuam juntamente com a equipe multiprofissional do programa de Serviço de Atenção Domiciliar do Município de Maringá. Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre as práticas de saúde realizadas durante os estágios das Residentes em Saúde Coletiva e da Família da Universidade Estadual de Maringá, em que desempenham as atividades juntamente com a equipe multiprofissional do SAD nos domicílios de pacientes acamados. As ações realizadas nos pacientes acamados consistem em: orientação de higiene bucal, limpeza da cavidade bucal com clorexidina, além de raspagem e alisamento supragengival. Resultados: As práticas de saúde desenvolvidas no SAD têm evitado hospitalizações desnecessárias e diminuído os riscos de infecções dos pacientes, além da melhora na gestão dos leitos hospitalares. As ações de promoção à saúde e prevenção de doenças bucais realizadas pelas residentes em Saúde Coletiva, prestadas nos domicílios dos pacientes acamados, têm contribuído para a melhoria das condições de saúde. Conclusão: A experiência relatada é enriquecedora e demonstra a importância das práticas de saúde desenvolvidas nos domicílios, contribuindo para um atendimento mais humanizado e evitando a manifestação de doenças bucais dos pacientes acamados. Dessa forma, se dá a relevância da presença de um Cirurgião-Dentista na equipe do SAD para realizar os procedimentos necessários e instrução de higiene bucal aos pacientes.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A RELEVÂNCIA DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL

Autores: Tissiane Bona Zomer | Mariana Alves Dvulhatka, Thiago Rogério Padilha Amarante, Tatiane Caroline Boumer , Regiane Mendes Tarocco Borsato

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS) / Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Palavras-chave: mobilização precoce; unidade hospitalar; saúde do idoso
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7407


Resumo:

Caracterização do problema: O internamento hospitalar pode promover efeitos deletérios aos pacientes, por exemplo, redução da capacidade funcional, diminuição da massa muscular, lesões por pressão e delirium, tornando-se mais evidente na pessoa idosa. Justificativa: Desta maneira, incentiva-se a mobilização precoce, uma prática que inclui trocas de postura e transferências com o objetivo de evitar e/ou reduzir os malefícios ocasionados pela restrição no leito. Objetivos: Relatar a experiência e a importância da mobilização precoce no processo de reabilitação dos pacientes internados em um hospital referência no atendimento à pessoa idosa. Descrição da experiência: Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e nas Unidades de Internação (UI), os pacientes são triados e avaliados como possíveis candidatos a mobilização precoce. Posteriormente, considera-se os seguintes critérios: sinais vitais, estabilidade clínica, uso de medicamentos (como sedação, drogas vasoativas ou bomba de infusão), tipo de ventilação (espontânea, não invasiva ou invasiva), padrão ventilatório e procedimentos pendentes. Caso o paciente seja elegível e não apresente nenhuma contraindicação, opta-se pela mobilização precoce que varia conforme a capacidade funcional do indivíduo. Desta forma, esta técnica engloba desde a mudança de decúbito, sedestação beira leito, sedestação na poltrona, ortostatismo até deambulação, assim como exercícios ativo-assistidos, ativos livres (cicloergômetro) e resistidos por meio de elásticos, pesos (halteres e caneleiras) e power leg. Além disso, emprega-se o guincho e a prancha ortostática como recursos facilitadores aos pacientes com maior grau de acometimentos e, consequentemente, menor capacidade funcional. Outra importante prática que constitui a mobilização precoce são os passeios externos, realizados de cama, cadeira de rodas ou com o próprio paciente deambulando, até a estufa ou o bosque do hospital. Assim, promove-se uma abordagem não farmacológico e biopsicossocial que impacta diretamente no indivíduo. Reflexão da experiência: A mobilização precoce promove a capacidade funcional e a redução dos efeitos deletérios do internamento, tornando-se uma importante prática do processo de reabilitação da pessoa idosa hospitalizada. Recomendações: Essa prática deve ser estimulada e adotada por todos os profissionais que compõem a equipe hospitalar, tendo em vista que beneficia o paciente.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

O USO DO GUINCHO ELEVADOR COMO UMA FERRAMENTA AUXILIAR DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM UM HOSPITAL DE CURITIBA

Autores: Tissiane Bona Zomer | Mariana Alves Dvulhatka, Thiago Rogério Padilha Amarante, Tatiane Caroline Boumer , Regiane Mendes Tarocco Borsato

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Palavras-chave: mobilização precoce; unidades de internação; unidades de terapia intensiva.
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7408


Resumo:

Caracterização do problema: Os pacientes internados nas unidades hospitalares são mais propensos a sofrerem os efeitos deletérios ocasionados pela hospitalização, principalmente da restrição ao leito, o que impacta diretamente na capacidade funcional do indivíduo. Justificativa: Desta forma, a mobilização precoce é fundamental para o processo de reabilitação, porém é preciso considerar as necessidades e o grau de funcionalidade do indivíduo, a fim de propor intervenções adequadas. Em alguns casos, recursos adicionais são necessários para melhor manejo do paciente, como é o caso da utilização do guincho elevador. Objetivos: Descrever a experiência e o uso do guincho elevador como uma das ferramentas que auxiliam a mobilização precoce de pacientes internados. Descrição da experiência: Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), há uma reunião da equipe multidisciplinar para identificar quais são os pacientes de risco e aqueles que podem ser mobilizados fora do leito. Já, nas Unidades de Internação, os pacientes são triados diariamente pelos fisioterapeutas assistenciais que avaliam e elencam os pacientes que executarão essa intervenção. Em ambas as unidades, verifica-se o grau de mobilidade do paciente, assim como a necessidade de ferramentas auxiliares para mobilização. Assim, quando o paciente possui uma redução da capacidade funcional (não consegue realizar a sedestação beira leito, não apresenta controle de tronco e/ou precisa de máximo auxílio para o ortostatismo) associada ou não ao sobrepeso ou a obesidade, pode-se considerar o uso do guincho como uma alternativa para transferência do leito para a poltrona. Para isso, coloca-se embaixo do paciente uma rede em formato de “U” invertido, cruza-se a parte inferior e se conecta os ganchos da rede no suporte do guincho. Posteriormente, eleva-se o guincho e permite-se o deslocamento do indivíduo até a poltrona. Além disso, alguns modelos permitem ainda a pesagem do paciente. Reflexão sobre a experiência: O guincho elevador é uma ferramenta segura e eficiente que proporciona a mobilização precoce dos pacientes com maior acometimento da capacidade funcional. Ademais, esse é um recurso de fácil utilização, uma vez que apresenta comandos simples e demanda de menos recursos humanos para ser empregado. Recomendações: O acesso e o conhecimento acerca dessa ferramenta devem ser estimulados, a fim de que se intensifique a mobilização precoce e, consequentemente, a reabilitação do paciente.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A ORGANIZAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO IDOSO

Autores: Tissiane Bona Zomer | Érica Pitlovanciv Tancon, Marina Moreira Ramos da Silva, Tatiane Caroline Boumer, Fabiana de Lima Granza, Mariana Alves Dvulhatka

Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS) / Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Palavras-chave: residência multiprofissional; fisioterapia; saúde do idoso
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7410


Resumo:

Caracterização do problema: A fisioterapia compõe o programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Feas) do município de Curitiba desde a criação, em 2014. Justificativa: Essa emergiu da necessidade de profissionais especializados e qualificados para o atendimento e o cuidado à pessoa idosa, tendo em vista o crescente processo de envelhecimento populacional e a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Objetivos: Relatar a organização da Fisioterapia dentro do programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso. Descrição da experiência: A residência possui uma duração de 2 anos (5760 horas), divididos entre carga horária teórica (20%) e teórico-prática (80%). A carga horária teórica é composta pelo eixo transversal (temas competentes a todos os programas de residência da instituição –Sistema Único de Saúde, metodologia científica), concentração (temas relevantes da área de gerontologia) e eixo específico (temas com enfoque na área de atuação profissional). Neste contexto, apresenta-se como diferenciais os “Cafés com debate” (discussão mensal de um caso clínico trazido pelos residentes de um dos programas de residência da instituição), “Cine-viagem” (discussões instigadas por meio de documentários, séries e filmes), elaboração de resumos para eventos científicos e do Trabalho de Conclusão da Residência. Já, as atividades teórico-práticas englobam como campo de estágio no primeiro período: unidade de internação, atenção domiciliar, atenção primária, ambulatório de gerontologia e espirometria e a unidade de reabilitação de cuidados de longa permanência. No segundo período, tem-se a unidade de terapia intensiva, estágio eletivo e outras parcerias. Ademais, conta-se com a criação de ações nas unidades de internação e eventos. Reflexão sobre a experiência: A residência promove o crescimento pessoal e o amadurecimento profissional, uma vez que promove a experiência nos mais distintos pontos de atenção da rede de saúde, o que possibilita a formação de fisioterapeutas mais dinâmicos, versáteis e especializados no atendimento à pessoa idosa. Recomendações: Ofertar vagas para residência com foco na atuação multiprofissional na atenção à pessoa idosa, incluindo a área de fisioterapia, proporciona uma vivência diversificada aos profissionais de saúde e permite uma maior qualificação do cuidado.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

PROPOSTA DE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE APUCARANA – PR

Autores: Leticia Salgado Almeida | Adriana Prestes do Nascimento Palú, Alana Ranuncio dos Passos, Stela Maris Lopes Santini, Amanda Alzira Polvani Pedroso, Maria Solange de Oliveira Lima

Instituição: equipe de profissionais da área da saúde entusiastas dessas práticas
Palavras-chave: Medicina Integrativa; Terapias Complementares; Sistema Único de Saúde
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7417


Resumo:

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares foi aprovada em 2006 (Ministério da Saúde, 2006), entretanto sem previsão de recursos financeiros federais para sua implantação. As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) tiveram suas diretrizes instituídas no Estado do Paraná (Paraná, 2018), o que também legitima sua aplicação no estado, além de serem passíveis de registro no e-SUS AB. No entanto, tais práticas não são reconhecidas no campo das políticas públicas no município de Apucarana, que não dispõe até a presente data de um programa e/ou de uma lei municipal que as viabilizem localmente. As PICs consistem em práticas milenares, com evidências que comprovam sua segurança e eficácia/efetividade, pois abordam o ser humano em sua integralidade, e são usadas de forma complementar as terapias convencionais. A proposta de inserção das PICS em Apucarana vem desde a 11ª Conferência Municipal de Saúde (2019), mas, como até o ano de 2022 não houve nenhum movimento da gestão em direção à sua implantação, uma equipe de profissionais da área da saúde entusiastas dessas práticas elaborou uma proposta organizada sob a forma de um projeto, tendo como objetivo subsidiar e apoiar a implantação destas no município de Apucarana – PR. Neste projeto constou evidências científicas, metodologia e viabilidade de implantação, assim como referencial teórico, tendo sido apresentado e aprovado no Conselho Municipal de Saúde em 29/08/2022. No ano de 2023 foi divulgado um estudo de viabilidade para implantação das PICS em Apucarana, cujos resultados apontaram que 37,5% dos profissionais da Atenção Básica conheciam as PICS, mas apenas 12,5% detinham alguma formação na área e 33,33% destes realizavam alguma prática em suas rotinas de trabalho, sendo que151 profissionais sinalizaram interesse em participar de formações nas PICS, o que ampara sua implantação no referido território. A proposta de implantação das PICS em Apucarana voltou a ser discutida e aprovada na 12ª Conferência Municipal de Saúde de Apucarana de 2023. Espera-se que esta proposta conste nos instrumentos de gestão do SUS de Apucarana à partir de então, e que seja dado encaminhamentos rumo à sua inserção. Recomenda-se que as instâncias de Controle Social e participação popular, assim como movimentos de trabalhadores realizem mobilização em direção da viabilização do projeto e que a instituição das PICS seja reconhecida por meio de lei municipal e que seu financiamento seja tripartite.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

A INFLUÊNCIA DO TERRITÓRIO NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: REFLEXÕES E EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS

Autores: Fernanda Inácio Barbosa Rodrigues |

Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Territorialização da Atenção Primária;Processo Saúde-Doença;Integralidade
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7442


Resumo:

Neste trabalho trago meu relato de experiência como estudante do primeiro ano da graduação em enfermagem no processo de territorialização da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no Centro Social Urbano (CSU) em Londrina PR. Com a justificativa de relacionar e aplicar os conceitos de territorialização, ética e sigilo profissional, e comunicação. Sendo o objetivo trazer reflexões sobre como o território pode representar memórias, histórias e experiências significativas para indivíduos e comunidades, influenciando o modo de vida e o processo saúde-doença. Nos trabalhos em grupo da disciplina de Práticas Interdisciplinares e Interação Ensino, Serviço e Comunidade, através de entrevistas e visitas, identificamos recursos e desafios na área de abrangência da UBS, sendo destacado a falta de agentes comunitários, a sobrecarga da equipe de atenção básica, e a topografia acidentada com avenidas movimentadas que dificultam o acesso de parte da população aos serviços de saúde. Além disso foram observados os desafios para intervir na Vila Marísia que é uma das áreas de risco da região com problemas de infraestrutura e tráfico de drogas. Em sequência entrevistamos um informante-chave que é Representante da Associação do Bairro Vila Recreio que nos contou sobre melhorias comunitárias, mostrando que o território pode ser moldado pela população. Após isso simulamos visitas domiciliares e discutimos questões éticas, como o sigilo profissional e a humanização do atendimento. Também realizamos visitas reais a duas senhoras em que utilizamos técnicas de comunicação para gerar vínculo com as entrevistadas a fim de identificar as diferentes vivências, realidades e necessidades de saúde. Com isso concluí que conhecer o território é crucial para entender e solucionar problemas de saúde e que um bom profissional deve ter habilidades de comunicação e compreender tanto os aspectos macroscópicos, como a territorialização e a rede de saúde, quanto os microscópicos, como a fisiologia humana, para cuidar das pessoas de maneira integral e atenciosa.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

PERFIL DE ATENDIMENTO DE PACIENTES COM NECESSIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS EM HOSPITAL GERAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fernando Cesar Iwamoto Marcucci | Larissa de Freitas, Roberta Gobeti Delgado, Jakeline Márcia dos Santos, Luana Vanessa de Lima, Diego Martins Pereira

Instituição: Hospital Dr. Anísio Figueiredo - Zona Norte de Londrina (FUNEAS/SESA-PR)
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Hospitais; Serviços Públicos de Saúde; Idoso
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7460


Resumo:

Introdução: O atendimento em hospital geral abrange uma ampla gama de condições clínicas e, com o envelhecimento populacional e aumento de incidência de condições crônicas, é crescente o número de pacientes com necessidade de cuidados paliativos (CP). Este busca oferecer uma atenção integral e compassiva para aqueles com sofrimento grave e complexo. Justificativa: Recentemente foi publicada a Política Nacional de Cuidados Paliativos, e os serviços de saúde precisam estar preparados para atender esta demanda. Objetivo: O presente relato apresenta o perfil assistencial e características sociodemográficas de pacientes com necessidade de CP atendidos em um hospital geral e público, de média complexidade de Londrina-PR, por meio da revisão de dados registrados em prontuário eletrônico, no período de 2023 a maio de 2024. Descrição da experiência: O hospital possui uma unidade com 10 leitos de internação exclusivos para atendimento em CP desde 2016, que foi inativada durante o período da pandemia de COVID-19, e retornou à atividade em 2022. O paciente é avaliado e atendido por equipe multiprofissional durante a internação hospitalar, que realiza visita semanal compartilhada para o planejamento do cuidado, e o serviço integra o Programa Municipal de CP, iniciado em 2022, com contrarreferência para UBS. De janeiro de 2023 a maio de 2024, 153 pacientes foram cadastrados para acompanhamento no setor (79 mulheres e 74 homens), com prevalência crescente para as faixas etárias mais avançada, dos quais 30% tinham idade entre 70 a 79 anos, e 59% tinham 80 anos ou mais. Os pacientes são provenientes de todas as regiões da cidade, com predomínio da região próxima do hospital, e 5% eram de instituições de longa permanência. As síndromes demenciais foram as condições clínicas mais prevalentes, e a maioria eram acamados e dependentes nas atividades diárias. Reflexões e recomendações: A oferta de CP em hospitais permite atender uma demanda assistencial crescente, principalmente para a população como idade mais avançada e com condições crônicas, como foco na melhoria da qualidade de vida para os pacientes e familiares assistidos, promovendo o alívio de sintomas, suporte de sofrimentos psicológicos e de problemas sociais e familiares. Espera-se que com o estabelecimento de políticas públicas em cuidados paliativos, a organização deste suporte seja ampliada para promover uma atenção integral e adequada aos pacientes com condições que causam sofrimento grave e ameaçam a sobrevida.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

PRÁTICAS GRUPAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE APLICADA À PACIENTES COM HIPERTENSÃO E DIABETES MELLITUS

Autores: Milene Rodrigues de Lima | Andriely Barbosa, Jheniffer Mayara de Arruda Bertuola, Rarife Dianes Ritti Souza, Elaine Cristina Antunes Rinaldi, Juliana Regina Dias Mikowski

Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Promoção da saúde; Grupo Operativo; Atenção Primária à Saúde.
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7461


Resumo:

Introdução: A promoção da saúde relaciona-se a medidas que utilizam o conhecimento científico para enfrentamento dos condicionantes de saúde. Ações educativas são cruciais na construção da autonomia individual e coletiva e na promoção do autocuidado. Essas ações são desenvolvidas por meio de grupos operativos que possuem características semelhantes e objetivos em comum, focando na prevenção e controle das doenças e incentivando hábitos saudáveis. Objetivo: Realizar prática grupal, no formato de Grupos Operativos (GO) aplicada à pacientes com Hipertensão e Diabetes Mellitus. Método: Pesquisa-ação de abordagem qualitativa realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Ponta Grossa/PR vinculada a um projeto de apoio à linha de cuidado das doenças crônicas. O Grupo Operativo ocorreu em outubro de 2023 com 10 participantes aplicando-se metodologia ativa problematizadora. Após 90 dias os participantes foram avaliados através de visitas domiciliares por meio de instrumento próprio. Resultados/discussão: Observou-se boa motivação após o grupo operativo em 07 participantes. Na visita domiciliar, em relação às metas, percebeu-se que a busca pela melhora da saúde foi a principal motivação para executá-las, buscando: o preparo dos alimentos, inclusão de frutas e legumes nas refeições e realização de atividade física. Os motivos para o não cumprimento das metas ficaram restritos à falta de tempo, cuidados à familiares que adoeceram e falta de estímulo para o autocuidado. Notou-se que alguns tiveram dificuldade em adaptar a rotina, dificultando a adesão às metas propostas, e outros relataram ter superado com apoio familiar. Conclusão: As práticas grupais na Atenção Primária à Saúde associadas à Consulta de Enfermagem, fornecem subsídios para o acompanhamento efetivo do paciente. As trocas coletivas e metas individuais, promovem motivação, autocuidado e mudanças de comportamento importantes para minimizar as complicações relacionadas às doenças crônicas.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AS FICHAS DE AVALIAÇÃO DA FISIOTERAPIA DE UM HOSPITAL MUNICIPAL

Autores: Erica Pitlovanciv Tancon | Marina Moreira Ramos da Silva, Tissiane Bona Zomer, Caroline Marcelly de Souza Conke das Neves, Tatiane Caroline Boumer, Regiane Mendes Tarocco Borsato

Instituição: Hospital Municipal do Idoso / Fundação Estatal de Atenção à Saúde / Secretaria Municipal de Saúde
Palavras-chave: Fisioterapia; Unidades de Internação; Unidades de Terapia Intensiva
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7463


Resumo:

Contextualização do problema: A atuação da fisioterapia no ambiente hospitalar é essencial e uma das principais metas é o cuidado horizontal e contínuo. Para isso, torna-se importante ter uma ficha de avaliação padronizada, pois diferentes profissionais atenderão o mesmo paciente. Justificativa: Deste modo, é importante um documento que contenha escalas e instrumentos que facilitem a comunicação e o estabelecimento dos objetivos do tratamento. Objetivo: Descrever a ficha de avaliação utilizada pelos fisioterapeutas nas unidades de internação (UI) e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital municipal. Descrição da experiência: Em ambas as unidades, há a ficha de avaliação em ventilação mecânica (VM) e em ventilação espontânea, as quais são compostas por: nome, sexo, idade, cuidados paliativos, motivo do internamento, número de atendimento, unidade, quarto, data de internação na unidade, data do atendimento, sinais vitais (frequência respiratória, saturação periférica, Escala de coma de Glasgow e dor), ausculta pulmonar, manovacuometria, peak flow, Perme Intensive Care Unit Mobility Score (PERME), Medical Research Council (MRC), protocolo de reabilitação, condutas, carga e repetições, dias internados na unidade e fisioterapeuta. Na ficha de ventilação mecânica, observa-se também a data de internação no hospital, intubação, extubação, traqueostomia (TQT) e coleta de secreção, altura, peso ideal, uso de sedação, bloqueador e/ou droga vasoativa, frequência cardíaca, pressão arterial, Escala de Richmond de Agitação e sedação (RASS), os parâmetros de controle da ventilação mecânica, presença de assincronia, tosse (presença, tipo e eficácia), secreção (quantidade, viscosidade e aspecto), possível verticalização, deambulação, dias UTI e VM. Nas fichas de ventilação espontânea, há em comum: tipo de suporte e litragem de oxigênio, tosse (tipo e eficácia), necessidade de aspiração e Work of Breathing (WOB). Na UTI, tem-se o campo de ventilação mecânica não invasiva (VNI), enquanto na UI, se o paciente é proveniente da UTI, SARC-F, circunferência da panturrilha, edema, preensão palmar, classificação e participação no diário de caminhada. Reflexão da experiência: A padronização das fichas permite que diferentes profissionais possam ter uma comunicação efetiva, proporcionando melhora na assistência. Recomendações: A utilização das fichas tem-se demostrado efetiva e recomenda-se a implementação desse instrumento na prática das equipes de assistência hospitalar.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

AURICULOTERAPIA NA INTEGRALIDADE DO CUIDADO AOS TRABALHADORES DA SAÚDE

Autores: Jucelei Pascoal Boaretto | Prof. Dr. Eleine Aparecida Penha Martins

Instituição: Autarquia Municipal de Saúde
Palavras-chave: Auriculoterapia; Serviços de Saúde; Práticas Integrativas
Formato: Pesquisas Científicas
Cód.Resumo: 7499


Resumo:

Introdução: Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, são práticas milenares, conhecidas popularmente como Práticas Alternativas, e que, o Sistema Único de Saúde, vem reconhecendo através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. São descritas como sistemas e recursos terapêuticos que buscam através dos estímulos de mecanismos naturais, a prevenção e recuperação de agravos de saúde por meio de procedimentos eficazes e seguros, voltados a integralidade de cada paciente atendido. A Medicina Tradicional Chinesa faz parte desta política desde a primeira portaria no ano de 2006. Objetivos: Analisar o uso da Auriculoterapia e Avaliar o pré e pós teste das suas contribuições em trabalhadores da saúde. Método: Estudo quase experimental com revisão integrativa da literatura. O presente trabalho é parte da tese de doutorado da autora, foram realizadas sessões de auriculoterapia em trabalhadores da saúde e separados em três grupos distintos, sendo cada grupo com um agrupamento de pontos diferenciados. Resultados/discussão: Os trabalhadores foram convidados a participar da pesquisa em seus locais de trabalho, tendo como critério de inclusão atuar na saúde pública e aceitar receber as sessões de auriculoterapia, bem como responder os instrumentos em cada sessão. Foram utilizados dois instrumentos de pesquisa: Escala HAD e Escala EBE. Ao final de todos os grupos, ficou evidenciado que houve uma melhora significativa em todos os participantes do estudo. Os resultados encontrados, comprovam também que o Ministério da Saúde definiu corretamente as estratégias de implantação/implementação, não sendo obrigatório um modelo único, mas sendo livre para que cada gestão possa definir e encontrar o melhor modelo. Fundamental observar e analisar os dados encontrados para discussão através do referencial teórico encontrado. Conclusões: O uso de auriculoterapia na saúde como estratégia de autocuidado dos trabalhadores da saúde, demonstrou ser uma forma simples, rápida, de baixo custo e de fácil implantação em qualquer serviço. O custo benefício desta prática integrativa encoraja os profissionais a estarem habilitados para seu uso com os demais colegas, assim como aponta aos gestores um novo olhar sobre a promoção da saúde e prevenção das doenças, pois um trabalhador cuidado, transforma um serviço por inteiro. Adotar a auriculoterapia no atendimento ao trabalhador, também é um grande desafio a ser trabalhado pela gestão.

8 ET8 - Integralidade do cuidado

GRUPOS DE PUERICULTURA E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL O DESAFIO DO CUIDADO INTEGRAL

Autores: Natalia Fabiane Ridao Curty | Mara Regina Magnani, Yasmim Brustolin Lobo Rodrigues , Pedro de Almeida, Isabela Casado Giobetti de Souza , Jessica Ananda Damasceno de Araujo

Instituição: AUTARQUIA MUNICIPAL DE LONDRINA
Palavras-chave: puericultura; multiprofissionais;grupos
Formato: Relatos de Experiência
Cód.Resumo: 7504


Resumo:

A puericultura é a supervisão e acompanhamento das crianças de forma integral, contemplando todos os eixos do indivíduo e sua família, inseridos na comunidade. Objetivando de melhor desenvolvimento físico, emocional, intelectual, moral e social, promovendo saúde e prevenção de doenças. A equipe multiprofissional junta olhares de diferentes categorias profissionais interfere positivamente na resolubilidade dos problemas de saúde. A Unidade Básica de Saúde (UBS) Campos Verde na regão norte de Londrina, uma população rica em criança, desde março de 2024 tem se feito puericulturas compartilhadas. O projeto foi iniciado com uma reunião de equipe, apresentado o projeto e realizado uma capacitação a respeito de estratificação de risco das crianças, calendário de puericulturas, a importância do trabalho em equipe e atributos. O calendário de puericultura seguiu a proposta da Linha Guia Saúde da Criança do município que divide calendário de risco habitual/ intermediário e de alto risco, este que deve ser realizado de forma individualizado e compartilhando com outros serviços de referência. O risco habitual/ intermediário passam em consultas individualizadas e coletivas, sendo intercaladas consultas com médico e em grupo, realizado também consulta individualizada com a enfermagem e a equipe de saúde bucal. Os grupos ocorrem na UBS, são agendados os pacientes pelo acolhimento e na pós consulta, participam em todas as atividades coletivas os agentes comunitários, enfermagem e um integrante da equipe E-multi (farmacêutico, profissional da educação física, psicólogo, fisioterapeuta e nutricionista) além de médico e equipe de saúde bucal em alguns grupos. Ocorre uma atividade educativa com temas relevantes, aberto para dúvidas, trocas de experiências, feito avaliação antropométrica, avaliação de vacinas e as oportunizando no mesmo momento, paciente saem com a consulta do próximo mês individual já marcado. Tem sido enriquecedor a experiência, com poucas faltas, proporcionando um tempo de educação em saúde que nas consultas individuais nem sempre é possível, e a experiência de grupo, favorecendo queixas, duvidas, sofrimentos semelhantes entre os participantes, levando aos usuários se identificarem e criarem maior conexão com o grupo. Conclusão: A puericultura em grupo e individuais com a equipe multiprofissional tem se mostrado uma forma promissora de cuidado, que leva a um melhor cuidado integral do usuário.