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INOVAÇÃO NO PROCESSO DE GESTÃO EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE IVAIPORÃ-PARANÁ Autores: Luana Carla Tironi de Freitas Giacometti | Cristiane Martins Pantaleão, Robsmeire Calvo Melo Zurita, Claudia Tiemi Miyamoto Rosada, Udelysses Janete Veltrini Fonzar, Eduardo Henrique Wents Ribeiro Instituição: Unicesumar e Secretaria Municipal de Saúde de Ivaiporã/PR Palavras-chave: Gestão em Saúde; Educação Profissional em Saúde Pública; Atenção Primária em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3654 Visualizar Video Resumo: Os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) estabelece que a gestão seja fundamentada na distribuição de competências entre União, estados e municípios. Cabe às três esferas, definir mecanismos de controle e avaliação dos serviços de saúde, monitorar os indicadores de saúde da população, gerenciar e aplicar os recursos orçamentários e financeiros, definir políticas de recursos humanos, realizar o planejamento de saúde e promover a articulação de políticas de saúde. Foi desencadeado uma estratégia na Secretaria Municipal de Saúde de Ivaiporã-Paraná com o apoio da instituição Unicesumar na implantação do Centro de Apoio à Saúde Coletiva (CASP). O projeto trabalha dentro de três dimensões: atenção à saúde, vigilância em saúde e gestão em saúde. No âmbito da gestão, um dos objetivos do projeto é promover a gestão horizontal, colaborativa e participativa, envolvendo trabalhados da saúde de todos os pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Para o desenvolvimento do projeto, foi ofertado várias atividades conforme as necessidades apresentadas pelos pontos de atenção da RAS. Após a realização das atividades, foi desenvolvido um instrumento de escuta qualificada, através de um padlet, onde fosse possível: “Mapear as dores do processo de trabalho”. A cada ação realizada pelo CASP, era divulgado em reuniões e encontros o link para os profissionais refletirem e fazerem seus apontamentos sobre o processo de trabalho, em um formato de escuta qualificada e contínua, que foi denominado: defina suas dores e seus sintomas, para que possamos buscar e pensar no tratamento. No primeiro mapeamento, foram apontados a importância de atualizar os profissionais médicos com exames físicos em neurologia, incluir pedidos médicos no sistema de informação, continuar com as ações educativas, trabalhar com a organização da assistência farmacêutica, e a importância da implantação de protocolo de neurologia, entre outras. Uma outra ação oriunda do projeto e do processo de promover a gestão horizontal e colaborativa, foi a implantação da auditoria de gestão, buscando um rol de indicadores para basear a gestão na tomada de decisão, que foram definidos em três eixos: planejamento e financiamento; educação permanente em saúde e regulação em saúde. Observa-se a importância da iniciativa em envolver os trabalhadores de saúde e desta forma provocar a corresponsabilização da equipe na gestão e no processo de inovação na saúde de todos profissionais na defesa do SUS. |
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DUPLA CHECAGEM PROCESSUAL PELO CONTROLE INTERNO – PROCESSOS LICITATÓRIOS E ADITIVOS CONTRATUAIS Autores: Kamila Tolari Faneco | Instituição: Feas - Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Administração Pública; Controle; Lista de Checagem Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3693 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O Controle Interno desempenha um papel fundamental na administração pública; enfrentando desafios relacionados à gestão e ao controle de recursos públicos, bem como à promoção da transparência, eficiência, eficácia e legalidade dos atos administrativos. Justificativa: A metodologia desenvolvida para a realização do controle dos processos licitatórios e aditivos contratuais junto à uma fundação pública de direito privado foi a “dupla checagem processual” que, assim como a utilizada na área da saúde, trata-se da realização da dupla verificação junto ao processo elaborado, por pessoa diversa da elaboradora, neste caso a Controladora. Para tanto, desenvolveu-se um check list para cada modalidade licitatória e de aditivo contratual. Todos estes baseados no disposto na legislação vigente, possibilitando assim a dupla checagem processual. Objetivos: Garantir que os princípios norteadores da Administração Pública sejam atendidos, em especial: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. E, ainda, primar pela correta aplicação dos recursos públicos. Descrição da experiência: Em 2022, foram analisados os pregões eletrônicos estimados acima de R$100mil, os processos de dispensa de licitação, inexigibilidade e aditivos contratuais. No processo de dupla checagem, observou-se que: dos 107 pregões eletrônicos, 52 apresentaram alguma inconsistência; das 13 inexigibilidades, 10 apresentaram alguma inconsistência; das 94 dispensas, 70 apresentaram alguma inconsistência; e dos 61 aditivos contratuais, 56 apresentaram alguma inconsistência. Assim, foi possível verificar e apontar aos setores responsáveis as inconsistências e/ou falhas processuais, a fim de que pudessem ser regularizadas/sanadas, antes da finalização processual. Também possibilitou, verificar se tais processos atendiam as exigências legais e aos princípios supracitados. Afastando, desta forma, a possibilidade de aplicação de penalidades pelos órgãos de controle externo. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Tal método tem se demonstrado como um instrumento de suma importância na garantia da lisura e da conformidade dos processos de contratação pública, uma vez que possibilita uma revisão cuidadosa e independente, de documentos, critérios, procedimentos e resultados, enfim, de todas as etapas que antecedem a finalização processual. Possibilita, também, minimizar erros e qualquer outra irregularidade que possa comprometer a integridade processual. |
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INOVAÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA: EXPERIÊNCIA DE SUCESSO COM UM PAINEL GESTOR EM ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Autores: Paulo Henrique Coltro | Tatiana Barbara Nunes Ferrari Jeraldo, Diego Ribeiro Girardello, Fernanda Alves Ribeiro Santos, Pedro Henrique de Almeida, Tatiane Correa Filipak Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde de Curitiba Palavras-chave: gestão em saúde; indicadores de gestão; projeto de desenvolvimento tecnológico e inovação Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3694 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) desempenham um papel crucial no atendimento de urgências em todos o país. No entanto essas unidades frequentemente enfrentam desafios complexos em termos de gestão de recursos, escalas de trabalho, atendimento eficiente aos pacientes e monitoramento de indicadores de desempenho. Neste contexto, cabe aos gestores lançarem mão de estratégias para difundir informações aos colaboradores para que estes se apropriem de metas e participem do processo para atingi-las. Justificativa: A implementação de um painel gestor é uma resposta necessária aos desafios impostos na gestão de um serviço no âmbito do SUS. Uma estratégia de gestão baseada em dados pode melhorar significativamente a eficiência e a qualidade dos serviços prestados. Além disso, a transparência na gestão fortalece a confiança entre gestores e colaboradores e autoridades da Rede de Atenção à Saúde. Portanto a justificativa para a implantação permeia a melhoria da qualidade de atendimento, aumento da eficiência operacional, maior transparência na gestão e otimização de recursos. Objetivos: Relatar uma experiência sobre a importância de um painel gestor em um serviço de urgência e emergência no âmbito do SUS. Descrição da Experiência: Mensalmente os dados são coletados, analisados, e colocados em formato padronizado para apresentação em quadro informativo. Também são convidados grupos de colaboradores para discussão dos indicadores gerenciais como forma de promover reflexão crítica e sensibilizar sobre as metas a serem atingidas. Dentre os principais dados apresentados estão: número de atendimentos mensais, tempos para classificação de risco e atendimento, tempo de permanência na unidade, número de exames laboratoriais e de imagem solicitados, consumo de materiais e medicamentos, dados epidemiológicos, entre outros. Reflexão sobre a Experiência: Através da implantação do painel gestor foi possível verificar maior engajamento dos profissionais que atuam na unidade. Eles puderam conhecer as metas e participar de forma ativa na elaboração de protocolos e fluxos de melhoria, sendo assim protagonistas para melhores resultados. Recomendações: Através desta experiência recomenda-se a implantação do painel gestor de forma adaptada à cada serviço, considerando suas particularidades. Para que esta prática se torne uma rotina, sugere-se manter a constância na apresentação dos dados e o compartilhamento de boas práticas entre unidades de saúde. |
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ESTRUTURAÇÃO EMERGENCIAL DE UM SERVIÇO HOSPITALAR COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19 Autores: Marina Abreu de Oliveira Marcondes | Tatiane Correa Filipak, Angelita Izabel Silva , Sulamita de Paula Santos, Sezifredo Paulo Alves Paz, Isabel de Lima Zanata Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Administração Hospitalar, Pandemias, Coronavírus, Administração de Serviços de Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3730 Visualizar Video Resumo: ESTRUTURAÇÃO EMERGENCIAL DE UM SERVIÇO HOSPITALAR COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19 DESCRITORES: Administração Hospitalar, Pandemias, Coronavírus, Administração de Serviços de Saúde.Caracterização do problema: Com o aumento dos casos de pacientes com sintomas respiratórios nos Serviços de Saúde em curto período, foi necessário a criação de novos serviços.Justificativa: A pandemia da Covid-19 e sua alta transmissibilidade tornou-se um grande desafio para os serviços de saúde que necessitaram expandir sua capacidade de atendimento nos mais diversos níveis de atenção. Objetivo: Descrever a experiência de estruturação emergencial de um serviço hospitalar para o enfrentamento da pandemia em uma estrutura física pré-existente. Descrição da experiência: A estrutura física era um prédio no qual já existiu um hospital, e que fora desativado. O serviço teve início em junho/2020 com encerramento em setembro/2021. Os atendimentos foram exclusivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)e os pacientes eram internados via Central de Leitos do Município via Núcleo Interno de Regulação. Desafios como serviços de apoio diagnóstico, transportes de ambulância insuficiente para a alta demanda, necessidade de adequações estruturais para otimização das enfermarias e do CTI, dificuldade para aquisição de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e medicamentos estavam presentes e foram gerenciados diariamente. A composição do quadro funcional se deu por meio da realização de processo seletivo interno com profissionais experientes das demais unidades da instituição. Estes capacitaram e supervisionaram os demais que foram contratados por meio de processo seletivo emergencial e que desconheciam o sistema de informação bem como normas e rotinas padronizadas na instituição. Esta unidade hospitalar foi estruturada com 122 leitos, sendo 64 de CTI e 58 de enfermaria. Durante o período de funcionamento foram internados um total de 4.119 pacientes. Reflexão sobre a experiência: A pandemia trouxe muitos desafios, como a ampliação de serviços e número de leitos para diversos tipos de complexidade assistencial como pacientes com necessidade de intervenção cirúrgica ou com demandas incompatíveis com as disponíveis na instituição. Recomendações: A otimização de uma estrutura física pré-existente foi uma estratégia vantajosa, permitiu a ampliação da capacidade de atendimento a pacientes do SUS no Município de forma ágil e eficaz em um curto de tempo. |
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OS BENEFÍCIOS DO CONTROLE DE CUSTOS EM UMA FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO. Autores: João Pedro Pluma Nogueira | Denilson Blank Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde. Palavras-chave: Controle de custos; Transparência dos Gastos; Contabilidade; Custos; Analise de Custos. Formato: Estudos de Caso Cód.Resumo: 3731 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O controle de custos é um processo essencial para a gestão financeira de qualquer organização. Isso permite que os gestores tenham uma visão clara dos gastos relacionados diretamente aos centros de custos, identificando oportunidades de redução de custos e desperdícios. No contexto das fundações estatais, o controle de custos ganha ainda mais importância, pois essas organizações são financiadas com recursos públicos. Por isso, é fundamental que os gestores dessas entidades sejam transparentes sobre a utilização dos recursos. Justificativa: A transparência é um dos princípios fundamentais da administração pública, sendo essencial para garantir a accountability das entidades, ou seja, a prestação de contas à sociedade. No caso dos lançamentos contábeis, a transparência é importante para identificar os valores informados, e sua origem. Com informações precisas e confiáveis, os gestores podem tomar decisões mais assertivas, que contribuam para o cumprimento dos objetivos da entidade pública. A disparidade nos lançamentos contábeis pode gerar uma série de complicações, como, dificultar a identificação de irregularidades, prejudicar a tomada de decisões estratégicas, e a captação dos recursos públicos. Objetivo: Relatar uma experiência sobre o controle de custos em uma fundação pública de direito privado. Descrição da experiência: Com a implementação do sistema de controle de custos e orçamento contábil no Sistema de Informação utilizado na instituição, é possível fornecer com precisão os lançamentos feitos pela contabilidade. O sistema envolve a criação de um banco de dados, onde são registradas todas as informações financeiras. O banco de dados é acessível a todos os gestores, os quais podem consultar as informações de forma rápida e fácil. Além disso, o sistema permite a exportação de relatórios, apresentando assim, as informações mais relevantes sobre suas unidades permitindo, identificar e atuar na resolução de possíveis irregularidades nos lançamentos contábeis. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: A implementação do sistema de controle de custos resultou em uma série de benefícios. Os gestores passaram a ter uma visão mais clara dos gastos, o que possibilitou a identificação de oportunidades de redução de custos. Adicionalmente, o sistema ajudou a melhorar a precisão dos lançamentos contábeis, eliminando possíveis disparidades entre as informações registradas. |
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A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA GESTÃO EM SAÚDE Autores: Cibelle Ponci Marques Lima | Ana Verônica da Cunha Tavares, Carinne Magnago Instituição: Faculdade de Saúde Pública - USP Palavras-chave: Saúde Pública; Políticas Públicas de Saúde; Gestão em Saúde. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3767 Visualizar Video Resumo: Introdução: As políticas públicas desempenham um papel fundamental na gestão em saúde, buscando garantir o acesso universal e melhorias nas condições de saúde da população. Neste trabalho, será discutida a importância das políticas públicas na gestão em saúde. Objetivos: O objetivo é analisar a importância das políticas públicas na gestão em saúde, identificando como essas políticas contribuem para a universalização do acesso à saúde e a redução das desigualdades. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica em bases acadêmicas (PubMed e Scielo), em artigos científicos, livros e relatórios governamentais, sobre políticas públicas na gestão em saúde, considerando-se a relevância para o tema e a atualidade das informações. Resultados/Discussão: Os dados reforçam a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), para a universalização do acesso à saúde e no combate às desigualdades. Os resultados obtidos mostraram que as políticas públicas desempenham um papel fundamental na gestão em saúde. Destacam-se políticas como o Programa Saúde da Família, e as que visam a prevenção de doenças e a promoção da saúde. As políticas de financiamento, como o aporte de recursos ao SUS, são essenciais para garantir recursos financeiros para o setor. Os dados encontrados evidenciam que as políticas públicas de saúde desempenham um papel fundamental na melhoria da qualidade dos serviços e na promoção da equidade. Ao investir em políticas de prevenção, o governo consegue reduzir os gastos com tratamentos e hospitalizações, além de proporcionar um atendimento mais humanizado e eficiente para a população. As políticas de gestão em saúde também têm o objetivo de garantir a participação da sociedade civil na tomada de decisões, através de conselhos e conferências de saúde. A participação da comunidade na elaboração e monitoramento das políticas públicas contribui para a sua efetividade e adequação às necessidades da população. Conclusão: As políticas públicas desempenham um papel essencial na gestão em saúde, responsáveis por promover o acesso universal, reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade dos serviços de saúde, a fim de assegurar a promoção, recuperação e proteção à saúde. Investir em políticas públicas na área da saúde pública é fundamental para garantir o bem-estar da população e qualidade de vida para sociedade. |
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OS DESAFIOS NA RECONFIGURAÇÃO DO ATENDIMENTO EM UPAS EM REGIME DE FLUXO CDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Francielle Carvalho | Aline Cesário Feitosa, Alberto Filipak Junior, Bruno Henrique de Mello, Luciane Kron Marques Zapani Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Consultórios Médicos; Gestão da Qualidade em Saúde; Gerenciamento do tempo. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3770 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O número exponencial de pacientes nas unidades de pronto atendimento (UPAs) necessitou reformular as estratégias para um serviço de qualidade sem sobrecarga de trabalho. Assim, um novo fluxo de atendimento foi criado, o CDA (Circuito Direcionado de Atendimento). É uma modalidade de atendimento em algumas UPAs de Curitiba/PR, em que o paciente é atendido em box, ou seja, sem consultórios, o médico vai até os pacientes nos boxes, no caso, pacientes de baixa e média complexidade, avaliando caso a caso. Se necessitar, são encaminhados para o setor de Decisão Clínica e os de alta complexidade, é feito contato com o setor de Emergência para possível transferência. A criação do CDA é um desafio aos profissionais de saúde em lidar com a mudança do antigo (consultório) para o novo (box). O antigo era predominantemente regido pelos médicos e o novo modelo depende do envolvimento também das equipes administrativa e de enfermagem. Este fluxo propõe uma nova organização de trabalho em equipe e agilidade no processo, o que pode ser desafiador. Justificativa: A implantação do CDA deu-se pela necessidade de otimizar o tempo e qualidade do atendimento de pacientes de baixa e média complexidade para suprir a demanda em ascensão, de maneira inteligente e sustentável. Objetivo: Reconfigurar o atendimento das UPAs de Curitiba/PR para absorver o volume de pacientes de maneira inteligente e sustentável. Descrição da experiência: Em uma dessas UPAs foi possível observar que os profissionais de saúde são engajados, porém enfrentam obstáculos de um processo novo em fase de adaptações e melhorias contínuas. A falha de comunicação entre as equipes é o mais frequente. As mais evidentes são: falha de comunicação sobre liberação de box, identificação do box que está aguardando atendimento médico e de enfermagem, porém há avaliações contínuas de desempenho sobre o quantitativo de pacientes atendidos, tempo de permanência nos boxes e falhas de processos. Com as avaliações as correções são rápidas e, por consequência, melhor qualidade e tempo de atendimento. Reflexão sobre a experiência: Com a implantação do CDA foi observado redução no tempo de espera dos pacientes, porém ainda há um longo caminho a ser trilhado para aprimorar este novo formato. Recomendações: Neste processo de reconfiguração se faz necessário, capacitações contínuas das equipes, recursos humanos e desenvolver uma cultura profissional sobre as novas necessidades da população na saúde pública. |
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A ATUAÇÃO DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA MATERIALIZAÇÃO DO SUS. Autores: Leticia Cristina Bento | Fernanda Mendonça, Silva Karla Vieira Andrade, Alessandra Lippert Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: ação consorciada; consórcios de saúdeBORGES, F. T. et al. Consórcios Públicos de Saúde. 1. ed. São Paulo: HUcitec, 2022.; sus. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3779 Visualizar Video Resumo: A ação consorciada, prática já existente na execução de políticas publicas, ganhou destaque a partir da pandemia do Coronavírus com Consórcio de Veículos de Imprensa e do Consórcio Interestadual do Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. Esse modelo, configura-se como uma ferramenta de gestão trazendo a possibilidade de compras conjuntas, implementação de políticas integradas e de forma cooperada. Na saúde, cabe analisar de que forma a ação consorciada se integra com a legislação e normativas do SUS. O objetivo do presente é compreender o cenário dos Consórcios Públicos de Saúde, enquanto ferramenta de gestão dos entes consorciados para efetivação dos princípios do SUS. O estudo possui abordagem qualitativa de natureza exploratória que foi desenvolvido através de uma pesquisa documental, por meio das bases de dados oficiais nacionais. A literatura revisada, demonstra que para dar respostas às necessidades de saúde, a Constituição Federal, legislação infraconstitucional e demais normativas, organizaram e regulamentaram o SUS, apontando os princípios doutrinários e princípios organizativos, sendo que é a Lei 11.107/05 e Portaria 2.905/22 relaciona o papel dos CPS com a materialização desses princípios. O município é a instituição pública que mais pratica a formação dos consórcios na saúde, sendo 4.081 municípios que os constituem. Destes, 3.599 são de pequeno porte, 425 de médio porte e 57 de grande porte. Diante dos resultados do estudo, verifica-se que os consórcios públicos podem ser compreendidos como uma estratégia organizacional para suprir as necessidades de coordenação e integração entre os entes federativos, de forma que a implantação dos CPS são baseadas em diversos atos normativos e legais, que colocam o consórcio como uma possibilidade legal. No entanto, após 33 anos de implantação do SUS e da previsão da ação consorciada para efetivação do direito constitucional a saúde, em que pese suas reconfigurações e avanços, a regionalização tem dificuldades para sua concretização. Com isso, identifica-se a necessidade de trazer para a discussão presente, o debate sobre o federalismo onde a fragilidade do pacto federativo rebatem na atuação dos consórcios de saúde. |
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ESTRATÉGIA DA GESTÃO DO MUNICÍPIO DE LONDRINA PARA MELHORA DOS INDICADORES DO PROGRAMA PREVINE BRASIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE - APS. Autores: Ana Paula Bastos Andre | Ellen Patricia de Souza Favero, Tatiane Almeida do Carmo, Luciana do Carmo Oliveira, Carla Danielle Vieira Faustino, Lilian Aparecida Venancio Sato Instituição: Autarquia Municipal de Saúde do Município de Londrina/PR Palavras-chave: Indicadores, Atenção primária, Gestão colaborativa. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3786 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Baixos indicadores de saúde do programa previne Brasil pós pandemia. Justificativa:O município de Londrina visando qualificar a assistência da Atenção Primária à Saúde (APS) e melhorar o repasse financeiro no período pós pandemia, utilizou do Programa Previne Brasil, criado por meio da Portaria nº 2.979/2019 do Ministério da Saúde. Há um desafio posto aos gestores da APS para desenvolver um processo permanente e eficaz de avaliação das ações realizadas, visando assim incorporar uma rotina de monitoramento do trabalho realizado em saúde. Objetivos: ressaltar a importância do uso dos indicadores no processo de avaliação e planejamento em saúde com o intuito de melhoria na qualidade a assistência à saúde da população. Descrição da experiência: foram realizadas oficinas de processo de trabalho nas 54 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Londrina com início em janeiro de 2023, realizadas pelas Gerências Regionais com apoio local das Coordenações, com objetivo de apresentar às equipes de saúde quais são os indicadores e sua relevância no âmbito da atenção básica. Foi garantido que todas as Unidades fossem fechadas por um período de 6 horas com a participação de todos os funcionários, onde foi fomentando um espaço de discussão entre as equipes sobre o papel dos indicadores de saúde no processo de trabalho, pactuando ações a serem desenvolvidas para melhoria e alcance de metas do programa. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações:é importante trazermos aqui a relevância da participação da equipe multiprofissional neste contexto. As oficinas foram avaliadas e se mostraram satisfatórias no alcance dos objetivos propostos, quando o indicador sintético final passou de 6,51 no 2° Quadrimestre de 2022 para 7,53 no 2º Quadrimestre de 2023. A utilização da educação permanente em saúde (EPS) e do trabalho em equipe consistem em uma ferramenta poderosa que foi utilizada de forma favorável à gestão municipal bem como a toda população. |
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POTENCIALIDADES DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO LEAN NA UPA CENTRO OESTE Autores: Cleiton José Santana | Renata Morais Alves, William Paduan, Alex Sandro de Almeida Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina Palavras-chave: Unidade de Pronto Atendimento; Satisfação do Usuário; Serviço de Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3799 Resumo: A UPA Centro Oeste, atende em média 450 atendimentos por dia, nas diversas situações das urgências e emergências clínicas e ortopédicas, por procura direta ou de encaminhamentos pelo SIATE e SAMU. O atendimento é baseado por sistema de acolhimento com avaliação e classificação de risco, por meio de protocolo próprio utilizando a estratificação de gravidade. Considerando o número elevado de atendimento diário, e fragilidades relacionadas ao processo de atendimento, com aumento do tempo de espera, e reclamações de usuários no serviço de ouvidoria municipal, a direção da UPA realizou o interesse de participação do Projeto LEAN nas UPAs do Ministério da Saúde, sendo comtemplado para as ações na unidade. O Projeto Lean nas UPAs contribuiu com ações de melhoria por meio de novos conceitos e boas práticas que ocasionaram uma mudança significativa na rotina de trabalho do serviço de urgência e emergência da UPA. O objetivo foi apresentar a eficácia e os benefícios realizados por ações de melhorias com a implantação do projeto Lean, melhorando o fluxo e reduzindo permanência do usuário na unidade. O método concentrou-se em realizar mudanças nos fluxos e otimizar as rotinas de trabalho da unidade, especificamente nas consultas médicas e no setor de pós-consulta. A reorganização do Fast Track, que já era realizado em nossa unidade, com implantação do profissional fluxista, demonstrou melhora significativa no tempo paciente-médico. As alterações de local e processo de trabalho da pós consulta demonstraram efetividade junto aos pacientes. A jornada do Lean tem envolvido a equipe multiprofissional (enfermeiros, médicos, auxiliares/técnicos de enfermagem, setores administrativos, entre outros), todos em busca de realizar um atendimento humanizado e qualificado, por meio de mudanças nos fluxos internos da unidade, garantindo um atendimento mais ágil, efetivo e organizado, agregando valor real ao paciente, e solucionando problemas sem desperdiçar tempo. O desafio do projeto Lean consistiu na redução dos desperdícios, entregar ao paciente o que ele necessita de forma rápida e eficiente. As considerações finais demonstraram que os resultados obtidos proporcionaram maior efetividade do trabalho, diminuição no tempo de atendimento e filas de espera no interior da unidade, a implantação do profissional fluxista, com atendimento médico direcionado pela classificação de risco, demonstrou melhora significativa no tempo paciente-médico e de permanência do usuário na unidade. |
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PROJETO LEAN NA UPA SABARÁ – RELATO DE EXPERIENCIA Autores: Cleiton José Santana | Renata Morais Alves, Katia Fermino da Silva, Patricia Mayumi Kurihara, Roxanne dos Santos Barros Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina Palavras-chave: Metodologia Lean; Serviço Saúde; Unidade de Pronto Atendimento; Qualidade na Assistência. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3801 Resumo: A UPA Francisco de Arruda Leite - UPA Sabará é uma unidade porte VIII, que atende exclusivamente usuários do Sistema Único de Saúde – SUS, por procura espontânea ou regulações via SAMU, com média diária de 450 atendimentos. Os pacientes são acolhidos e atendidos conforme a gravidade por estratificação através de acolhimento com avaliação e classificação de risco. A UPA Sabará, como os demais serviços públicos de saúde brasileiros, enfrentam desafios cotidianos semelhantes, muitas vezes verbalizados em insatisfação de usuários, profissionais e trabalhadores de saúde, relacionado as dificuldades dos processos de trabalho mal definidos, que geram desperdícios de tempo, além do número elevado de pacientes para atendimento com tempo de espera maior que os preconizados. A metodologia Lean aplicada no seguimento saúde busca oferecer assistência eficaz valorizando a ótica e perspectiva do paciente. O presente documento trata-se de um relato de experiência da UPA Sabará, enquanto participante do Projeto Lean na UPA. Muitas foram as melhorias impulsionadas pelo Projeto Lean na UPA Sabará e dessas, 20 kaizens foram relacionados e registrados no aplicativo de boas práticas do LabDGE da Universidade Federal Fluminense, direcionadora do Projeto junto com Ministério da Saúde. Os fluxos internos e processos de trabalho foram reorganizados, objetivando reduzir a superlotação e o tempo de espera dos usuários no serviço, além da redução de desperdícios e aumento da satisfação dos usuários, profissionais de saúde e demais trabalhadores da unidade. Ferramenta 5S, capacitação da equipe e Fast Track foram algumas das ferramentas utilizadas, que impactaram positivamente no cotidiano da UPA Sabará. Evidenciou-se na prática que o modelo de gestão Lean melhora a estrutura, o processo e os resultados, reverberando positivamente tanto para a equipe de saúde quanto para os usuários do serviço. A vivencia do Projeto Lean deixa como herança (ao menos aos gestores) um olhar mais aguçado aos problemas que podem ser melhorados com pequenas ações, autonomia e criatividade e maior celeridade nos atendimentos e satisfação dos usuários, além de um ambiente e processo de trabalho mais salubre para os profissionais são frutos dessa experiência. |
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ESTRUTURA FÍSICA DE UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA E O IMPACTO NA ASSISTÊNCIA A SAÚDE: A REALIDADE DE UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE NO INTERIOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Autores: Roberto Dias de Oliveira | Poliana Ávila Silva, Ana Lucia Marran, Maria Selma Silveira Rodrigues Borges, Fabio Roberto Hortelan, Fabiana de Almeida Faker Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Palavras-chave: Estrutura física; Unidade Básica de Saúde da Família; Sistema Único de Saúde. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3541 Resumo: A estrutura física das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) pode desempenhar um papel crucial na prestação de cuidados de saúde, influenciando tanto de forma positiva quanto negativa, em termos de qualidade e quantidade. No Brasil, desde 2002, com a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada 50 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), foram estabelecidos os requisitos técnicos para a construção de Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS), incluindo unidades ambulatoriais como as UBSF. Vários especialistas da área da saúde e da arquitetura têm debatido esse tema, e algumas questões ainda permanecem em aberto: as UBSF estão em conformidade com a legislação? Até que ponto a adequação (ou falta dela) da estrutura física influencia nos cuidados de saúde? Nesse contexto, o presente estudo visa avaliar a relação entre a estrutura física das UBSF no município de Dourados/MS e a qualidade da assistência à saúde. O objetivo principal deste estudo é avaliar a relação entre a estrutura física das UBSF no município de Dourados/MS e a qualidade da assistência à saúde oferecida. Atualmente, Dourados conta com 34 UBSF em funcionamento, que abrigam um total de 42 Equipes de Saúde da Família. A metodologia adotada consistirá em um estudo observacional, no qual serão selecionadas aleatoriamente 6 UBSF que atendam aos seguintes critérios: estarem localizadas no perímetro urbano do município, terem sido construídas especificamente para este propósito e estarem realizando atendimento à população. O processo de avaliação será conduzido em duas etapas distintas: 1. **Adequação da Estrutura Física:** Será realizada uma análise minuciosa da estrutura física de cada UBSF selecionada, em conformidade com as diretrizes estabelecidas na RDC 50/02 da ANVISA. Serão avaliados critérios como acessibilidade, disposição de espaços, condições de higiene e segurança, entre outros fatores relevantes. 2. **Qualidade da Assistência à Saúde:** Será conduzida uma avaliação qualitativa da assistência à saúde oferecida por cada UBSF selecionada. Serão considerados indicadores como o tempo de espera para atendimento, disponibilidade de recursos médicos e de enfermagem, qualidade das instalações para procedimentos, entre outros aspectos relacionados à experiência dos pacientes. |
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CUSTOS DIRETOS DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DE UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE NO INTERIOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Autores: Roberto Dias de Oliveira | Eduarda Rolim Baracho Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Palavras-chave: Equipe de Saúde da Família; Sistema Único de Saúde; custos de saúde. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3542 Resumo: O acesso limitado da população brasileira aos serviços de saúde continua após a criação do SUS (Sistema Único de Saúde) em 1988. A oferta de serviços não atende adequadamente às necessidades, agravando a situação desfavorável. Programas como o PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) e o PSF (Programa de Saúde da Família) foram implementados para melhorar a assistência. Em 2006, o PSF passou a ser chamado de ESF (Estratégia de Saúde da Família) para enfocar uma abordagem mais abrangente. O financiamento dos serviços de saúde é um desafio constante para os gestores do SUS, pois precisa ser equilibrado entre diversidade, desigualdades e necessidades da comunidade. A análise dos custos é uma ferramenta crucial para identificar gargalos e otimizar o investimento. Estudos anteriores demonstram que os custos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) são majoritariamente relacionados a recursos humanos. Este estudo visa calcular os custos diretos de uma Equipe de Saúde da Família em Dourados/MS, considerando salários, contas públicas, materiais, medicamentos, vacinas, reforma/manutenção e produção de serviços. A metodologia inclui seleção da UBSF, coleta de dados, processamento e cálculo dos custos, avaliando a produtividade em relação aos gastos. |
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PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA DEMÊNCIA E A ASSOCIAÇÃO COM ALTERAÇÕES COGNITIVAS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE LONDRINA Autores: Rafaela Lopes Fonseca | Lindsey Mitie Nakakogue, Beatriz Zampar Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina Palavras-chave: Demência; Idosos; Baixa escolaridade. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3573 Resumo: O número de idosos está aumentando globalmente, incluindo aqueles que vivem com demência. A demência é atualmente a sétima principal causa de morte em todo o mundo e uma das principais causas de incapacidade e dependência entre idosos. A atualização de 2020 da Comissão Lancet sobre prevenção e cuidados de demência destaca evidência para 12 fatores de risco modificáveis, sugerindo que até 40% dos casos de demência poderiam ser prevenidos ou atrasados se eliminada a exposição a tais fatores. Diante do aumento da população de idosos e dos casos de demência, entende-se que ações preventivas com foco nos fatores de risco modificáveis e detecção precoce dos casos de demência são necessários. A metodologia foi baseada no estudo transversal, quantitativo e descritivo. Foi realizada triagem cognitiva em pacientes a partir de 60 anos de uma área do território de uma Unidade Básica de Saúde de Londrina, por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e pesquisa de 12 (doze) fatores de risco para demência a partir de um questionário previamente elaborado, com questões acerca de: escolaridade, hipertensão, deficiência auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, inatividade física, diabetes, isolamento social, consumo excessivo de álcool, traumatismo craniano e exposição à poluição. As entrevistas foram realizadas no período de agosto a outubro de 2022. Foram selecionados 133 indivíduos e efetivadas 73 entrevistas. Os critérios de exclusão foram: idosos acamados, com mobilidade comprometida e com incapacidade de comunicação compreensível. A análise estatística foi feita com auxílio do programa SPSS, por meio de testes qui-quadrado de Pearson a um nível de significância de 5%. Compreende-se dos resultados que o presente estudo identificou associação significativa entre MEEM alterado e escolaridade, com p-valor de 0,016. Dos pacientes analfabetos, 47,6% apresentaram alteração no MEEM. Entre os indivíduos com escolaridade de 1 a 4 anos, 82,8% apresentaram MEEM alterado. Conclui-se que alterações cognitivas podem se associar à escolaridade, como evidenciado em outros estudos. Contudo, deve-se considerar a necessidade de mais estudos acerca dos instrumentos de avaliação cognitiva, visto que a baixa escolaridade pode influenciar seus resultados, a fim de evitar erros diagnósticos. Além disso, faz-se necessário seguimento das pesquisas científicas na Atenção Primária à Saúde, com enfoque nos fatores de risco para demência, visto que medidas de prevenção podem reduzir seu risco. |
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IMPLANTAÇÃO DO PROJETO “AÇÕES DE INTERVENÇÃO PARA O ENFRENTAMENTO DA COVID – 19” NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU Autores: Aurora Tontini de Araujo | Ana Paula Contiero Toninato, Luciana Aparecida Fabriz, Adriana Zilly Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná Palavras-chave: COVID-19; Saúde Pública; Triagem de Contato Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3614 Resumo: Caracterização do problema: Com o surgimento da pandemia da COVID-19 foi necessário a rápida ampliação da oferta de serviços de saúde, tanto na atenção primária, quanto na rede hospitalar, com a disponibilização de leitos de terapia intensiva para o tratamento dos pacientes em estado grave. Justificativa: Os serviços de saúde apresentaram dificuldades na ampliação do atendimento, devido à escassez de profissionais de saúde qualificados e disponíveis, nesse sentido, foi necessária a adoção de parcerias entre diversas instituições, as quais somaram esforços para o enfretamento da pandemia. Objetivo: Contribuir com as demandas assistenciais dos serviços de saúde e proporcionar qualificação para graduandos e profissionais recém-formados para atuar durante a pandemia. Descrição da Experiência: As instituições Universidade Estadual do Oeste do Paraná, ITAIPU Binacional e Fundação Municipal de Saúde, elaboram um convênio para a implantação do Projeto de Extensão “AÇÕES DE INTERVENÇÃO PARA O ENFRENTAMENTO DA COVID-19” em Foz do Iguaçu, no período de abril 2021 a maio de 2022, para a contratação de 100 bolsistas, que atuaram nos serviços de saúde do município. Destes, 30 eram bolsistas enfermeiros recém-formados, que passaram por um processo de qualificação profissional e atuaram numa Unidade de Terapia Intensiva, com 10 leitos, proporcionando atendimento para 339 pacientes, com COVID-19. Os 70 bolsistas, alunos de graduação de enfermagem e medicina atuaram na Central Telefônica- Plantão COVID, e atenderam 138.725 pessoas, via chat, por telefone ou por aplicativo de mensagem. Esse serviço foi imprescindível na prevenção, orientação, agendamento de exames e atendimento para a população, resultando na redução da procura do serviço de forma presencial, diminuição das filas, agilidade no atendimento e redução das complicações e dos gastos públicos. Reflexão sobre a experiência: Esse projeto contribuiu com o funcionamento dos serviços de saúde de Foz do Iguaçu, contemplando ações de promoção, prevenção e tratamento em saúde. Além de contribuir para evitar a disseminação do vírus, devido ao atendimento via remoto, diminuindo as filas e tempo de espera, evitando a exposição de usuários e dos profissionais, proporcionando acolhimento e orientações de qualidade. Promoveu ainda a qualificação e oportunizou uma experiência profissional para recém-formados em enfermagem para estarem aptos para inserção no mercado de trabalho. |
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TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU, PARANÁ, BRASIL, 1996-2022 Autores: Carmen Justina Gamarra | José Antonio Enciso Domínguez, Max Da Silva Maciel, Alessandra Cristiane Sibim Instituição: Universidade Federal de Integração Latino-Americana (UNILA) Palavras-chave: Sistemas de Informação; Epidemiologia; Distribuição temporal. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3648 Resumo: Introdução: As mortes e lesões por acidentes de trânsito (AT) são uma grande preocupação na saúde pública, no mundo aproximadamente ocorre 1,35 milhão de mortes por ano. O Brasil está em quinto lugar no mundo em número de vítimas, afetando principalmente jovens de 5 a 29 anos. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil e tendência da mortalidade por AT, no município de Foz do Iguaçu, Paraná-Brasil, no período de 1996-2022. Métodos: Estudo ecológico com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos todos os óbitos por acidentes de trânsito, segundo a décima Classificação Internacional de Doenças (CID10), registrados no período de 1996 a 2022 no município de Foz do Iguaçu, sendo analisados segundo características sociodemográficas e local de ocorrência. As taxas foram analisadas segundo sexo através de inspeção visual e regressão linear. Resultados: Foz do Iguaçu registrou 2096 óbitos por AT, no período de 1996 a 2022, acometendo principalmente o sexo masculino (80,1%); faixa etária 20-39 anos (45,49%); brancos (71,38%); solteiros (51,38%) e indivíduos com menos de 8 anos de estudo (25,72%). Esse fenômeno ocorreu predominantemente no hospital (45,85%) e dentre as principais causas de morte por AT foi Acidente Com Um Veículo A Motor Ou Não-Motorizado, Tipo(S) De Veículo(S) Não Especificado(S) (32,45%). As taxas de mortalidade por AT apresenta tendência decrescente estatisticamente significativa entre os homens (?=-0,348; R2=0,37; p=<0,001), e entre as mulheres (?=-0,181; R2=0,45; p=<0,001). Conclusão: os resultados obtidos neste estudo dão visibilidade aos óbitos por AT em Foz do Iguaçu, revelando diminuição significativa entre residentes do ambos os sexos. Pesquisas dessa natureza desempenham um papel de excepcional relevância, pois possibilitam uma monitorização contínua da situação e a avaliação minuciosa da efetividade das estratégias de enfrentamento. Antecipa-se que os resultados obtidos possam oferecer subsídios sólidos para a reformulação e aprimoramento de ações e programas voltados à prevenção de AT, dando continuidade na redução das taxas de mortalidade. |
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AVALIAÇÃO CLÍNICA ESPECIALIZADA DE USUÁRIOS DA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE CURITIBA NUM HOSPITAL MUNICIPAL Autores: Dayse The Pereira | Francisco José Koller , Rosane Kraus, Debora Cristina Czelusniak, Jeferson Bueno de Lima Souza, Peterson Anderson de Souza Instituição: FEAS Palavras-chave: Serviço de Comunicação entre Serviços de Saúde; Avaliação de Processos em Cuidados de Saúde; Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3692 Resumo: Caracterização do problema: Devido a pandemia de coronavírus, foram incorporadas ações necessárias para atender as demandas desse cenário, como a suspensão de cirurgias eletivas a realocação e uso racional de insumos da rede de saúde. Com isso constatou-se aumento da demanda de atendimento para cirurgia geral, neurologia e urologia na Rede de urgência. Justificativa: Diante disso, surgiu a necessidade de criar uma unidade referenciada para atender essas demandas provenientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Objetivo: Relatar a criação e uma Unidade Referenciada de Atenção Cirúrgica e Neurológica num Hospital Municipal de Curitiba. Descrição da experiência: Em março de 2022 houve a reorganização da estrutura de um setor do hospital para admissão de pacientes para avaliação especializada na cirurgia geral, urologia e neurologia. A oferta preconizada foi de 304 vagas/mês, contratualizadas pelo serviço de saúde conforme o perfil institucional do hospital. O vínculo do usuário é descrito no sistema de informática da Secretaria Municipal da Saúde, mediante protocolos estabelecidos pelo Ministério de Saúde. Avaliação clínica: A admissão dos usuários na Unidade Referenciada é de competência da equipe de enfermagem (admissão do paciente, consulta de enfermagem, avaliação dos riscos assistenciais, mediados pela escala de Mews) bem como da equipe médica (qualificação do paciente e acionamento da equipe especializada para definição de conduta clínica e estabelecimento do plano terapêutico). No período de março/2022 a fevereiro de 2023 foram agendadas 1.845 consultas, destas houve uma taxa de 60,5% de conversão para internação hospitalar e os demais tiveram alta hospitalar com sistema de referência via Atenção Primária e Programa Saúde em Casa. O tempo de qualificação estabelecido é de 360 minutos. Reflexão sobre a experiência: Tal experiência pode indicar uma diminuição do tempo de internação em Unidades de Pronto Atendimento, contribuindo na redução de riscos assistenciais no paciente decorrentes da agudização do quadro clínico, acompanhamento especializado e continuidade do tratamento clínico domiciliar. Recomendação: Faz se necessários estabelecimento de critérios de avaliação conforme especialidade cirúrgica, determinação de rol de exames clínicos para agilidade do fluxo de avaliação de usuários conforme a tipologia e estabelecimento de fluxo de transferência de cuidado entre os equipamentos de saúde. |
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AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO A TUBERCULOSE EM ÁREA DE FRONTEIRA: AS VICISSITUDES DO CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE Autores: Regiane Bezerra Campos | Reinaldo Antonio Silva Sobrinho, Adriana Zilly, Oscar Kenji Nihei Instituição: Universidade do Oeste do Paraná- Camous de Foz do Iguaçu Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Tuberculose; Avaliação de Serviços de Saúde. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3710 Resumo: Introdução: A tuberculose apresenta incidência crescente e prevalente no município de Foz do Iguaçu. Tendo em vista a realidade epidemiológica e transitória das condições de saúde, considera-se primordial a superação da fragmentação das redes de atenção, a adoção do modelo de atenção que focalize tanto o sistema de atenção à saúde quanto a comunidade e, por fim, a mudança de comportamento a partir da educação permanente em saúde. Objetivo: Avaliar os pontos de estrangulamento da atenção à tuberculose no município de Foz do Iguaçu – PR. Método: estudo epidemiológico de delineamento descritivo, com abordagem quantitativa sobre 7 dimensões do cuidado e atenção à tuberculose. Foram entrevistados 105 profissionais de saúde, de 13 unidades de saúde e 1 centro de referência, ambos da atenção primária a saúde. Utilizou-se um questionário estruturado e validado para a avaliação do controle da tuberculose, composto 36 questões distribuídas em 7 dimensões do cuidado: Organização da Atenção à Tuberculose, Articulação com a comunidade, Autocuidado apoiado, Suporte a decisão, Desenho do sistema de prestação de serviços, Sistemas de informação clínica e Integração dos componentes do modelo de atenção às pessoas com TB. Resultados: Os resultados revelam como pior desempenho as dimensões de articulação com a comunidade, com média 3,2 (DP+-1,8); de integração dos componentes do modelo de atenção às pessoas com TB, com média 5,3 (DP+-1,6); e de suporte à decisão, com média de 5,8 (DP+-2,1), todas classificadas como básica. Os melhores desempenhos referem-se às dimensões de autocuidado apoiado, com média 6,9 (DP+-2,1); de organização da atenção à Tuberculose, com média 6,2 (DP+-1,5); de desenho do sistema de prestação de serviços, com média de 6,6 (DP+-1,7); e de sistemas de informação clínica, com média 6,3 (DP+-1,8), de forma que todas essas dimensões foram classificadas como razoável. Conclusões o desempenho evidenciado sugere a necessidade de capacitação de profissionais e observância aos princípios e diretrizes dos programas/políticas de controle da tuberculose na Atenção Primária à Saúde e no SUS. O desafio constitui-se em evidenciar uma proposta teórico-metodológica em ensino que promova a “mudança de comportamento” dos entes, visando a gestão da condição crônica de saúde. |
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TRANSFORMANDO O CUIDADO: REUNIÕES MULTIDISCIPLINARES NA ENFERMARIA DE UM HOSPITAL DE CURITIBA Autores: Lucio Flavio Benini Lage | Katherine Sanzovo Pivatto Ottoboni Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Assistencia a Saude de Curitiba Palavras-chave: Humanização da Assistência Hospitalar, Integralidade em Saúde, Prática Interdisciplinar Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3717 Resumo: Caracterização do problema: O Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns (HMIZA) existe há mais de uma década em Curitiba atendendo a uma população complexa, com várias condições médicas e necessidades de cuidado. Sua missão é prestar cuidado integral e interdisciplinar aos usuários do SUS, com ênfase no idoso, promovendo a qualidade de vida e o conhecimento. Justificativa: A Politica Nacional de Humanização do SUS (PNH-SUS) está em concordância com a missão do HMIZA desde sua criação. Objetivo: Cumprir a missão institucional e a PNH-SUS que enfatiza a participação ativa dos pacientes e a colaboração entre os membros da equipe de saúde. Descrição da experiência: Iniciamos em Setembro de 2022 com a composição da equipe com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais e farmacêuticos. Decidimos realizar 3 reuniões semanais, em turnos variados, visando a máxima participação possível e garantindo uma comunicação regular e atualizada entre os membros da equipe. Criamos um roteiro estruturado para a reunião, que incluía atualizações sobre o estado dos pacientes, necessidades do internamento vigente, prazos e responsáveis, bem como a preparação da transferência do cuidado para a rede no momento da alta hospitalar. Os critérios de seleção dos pacientes eram a complexidade, tempo de permanência e a vulnerabilidade social. Das reuniões surge uma Plano Terapêutico Singular e Multidisciplinar com decisão compartilhada de prioridades. Incentivamos todos os membros da equipe a compartilhar suas perspectivas e contribuir para a tomada de decisões sobre o cuidado do paciente. Resultados e Benefícios alcançados foram: Cuidado Centrado no Paciente, Colaboração eficaz entre os membros da equipe, abordagem de todas as necessidades físicas, emocionais e sociais; comunicação efetiva entre os profissionais resultando na compreensão das metas de tratamento e na eliminação de lacunas na assistência; redução da fragilidade do cuidados fragmentado; satisfação tanto de pacientes quanto de familiares e equipe assistencial por se sentiram mais ouvidos e envolvidos nas decisões, melhora do ambiente de trabalho. Conclusão: As reuniões, clínicas multidisciplinares transformam a prática de cuidado de saúde com foco na colaboração, na comunicação aberta e no cuidado centrado no paciente. É um testemunho de como a Clínica Ampliada e a Humanização do SUS podem ser alcançadas através da inovação e do compromisso com a melhoria contínua. |
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OS DESAFIOS LOGÍSTICOS DA GESTÃO DE INSUMOS EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE LONDRINA Autores: Patrick Fernando da Silva | LUCAS AMERICO SILVA, TIAGO APARECIDO FREITAS Instituição: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE LONDRINA Palavras-chave: estoque; gestão; planejamento; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3718 Resumo: O principal desafio de qualquer gestor de estoques de insumos farmacológicos de uma cidade como Londrina é planejar com eficiência seus estoques visando minimizar eventuais faltas e mitigar os prejuízos que estas faltas podem causar à população. Num passado recente observávamos um elevado nível de faltas e recorrentes matérias na mídia trazendo a tona esta situação, porém a partir de 2018 este cenário começou a mudar, tanto que raras são as vezes que se vê matérias em mídia sobre falta de medicamentos. Com uma profunda mudança nos processos de trabalho, organização do planejamento e desenvolvimento de ferramentas e indicadores de gestão conseguimos reverter o cenário caótico que se apresentava e atuar qualitativamente para evitar possíveis faltas de produtos. Implantando uma gestão eficiente de projetos no modelo 5W2H foi possível traçar metas e focar em meios de alcança-las. Além disso, as análises da demanda são realizadas semanalmente, ITEM A ITEM, observando assim variações no consumo, para melhor gerenciamento afim de evitar a falta do item, agendamento do recebimento dos produtos e reorganização do centro de distribuição visando dar maior visibilidade aos produtos e consequentemente evitar perdas por vencimento, conseguimos reduzir significativamente as faltas de produtos e atuar para que eventualmente quando essas ocorram sejam tratadas o mais rápido possível minimizando o impacto a população. O relacionamento com fornecedores também se mostrou um importante canal para mitigar eventuais atrasos de entrega, neste cenário conseguimos enviar a previsão de pedidos para todo o prazo de execução do contrato, salvo situações emergenciais ou pandêmicas, facilitando ao fornecedor a sua gestão de estoques e programação de compras. O relacionamento com as unidades atendidas pela unidade gestora, Central de Abastecimento Farmacêutico, também e feito de forma clara e transparente, de modo que a programação de entregas e divulgada com 2 meses de antecedência, com dia e horário da entrega, além disso há conferência no ato do recebimento, atualmente nosso índice de erro de separação é de apenas 1,89%. Desta forma conseguimos melhorar a qualidade de vida das pessoas que dependem da rede pública para seu tratamento, por meio de melhor atendimento e disponibilidade de itens, minimizando os impactos negativos que a cadeia de suprimentos sofre no setor público, pois conhecemos melhor nossa capacidade operacional, trabalhamos internamente as possibilidades de solução. |
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IMPLEMENTAÇÃO DOS PROCESSOS DA QUALIDADE EM CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DE CURITIBA Autores: Aline Francisca Cesário Feitosa | Juliana Czarnobay, Cristiane Sinhoca Rasera, Eloize Setim, Flavia Granzotto Fachini, Denise Barbosa Cordoni Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba - Feas Palavras-chave: Qualidade da Assistência à Saúde; Segurança do Paciente; Saúde Mental; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3740 Resumo: Com o intuito de qualificar a gestão e a assistência do cuidado nos Centros de Atenção Psicossocial de Curitiba (CAPS), a Gestão da Qualidade em conjunto com a Gerência da Linha de Cuidado em Saúde Mental – da Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba – Feas, iniciou nos meses de maio de 2022 e abril de 2023 o trabalho de implementação dos processos da qualidade em dois CAPS de Curitiba. A apresentação deste relato pode favorecer a disseminação do conhecimento do trabalho realizado e servir como base para futuras pesquisas. Este trabalho tem o objetivo de relatar uma experiência de implementação de processos da qualidade em CAPS de Curitiba. Os Caps Territoriais, equipamentos que são o objeto de ação do setor da qualidade, são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, que realizam atendimento de pessoas com transtornos mentais de moderados a graves, com demandas decorrentes do uso de álcool e outras drogas. A Gestão da Qualidade visa a adoção de práticas que levem à melhoria e aprimoramento da gestão e assistência do cuidado para a população assistida pelo serviço, tendo como norte a Organização Nacional de Acreditação (ONA). A experiência recente nesses dois equipamentos de saúde mental iniciou por meio de um trabalho de vivência e conhecimentos adquiridos em Caps, por uma enfermeira com experiência em saúde mental e a partir de estudo e elaboração da ferramenta para avaliação diagnóstica, tendo como guia o manual da ONA, adaptado à realidade experenciada. Por meio da observação e, da participação ativa dos processos, iniciou-se o trabalho de sensibilização da equipe para a segurança do paciente, com reuniões e orientações individuais com o foco nas Metas de Segurança do Paciente. Após o período de sensibilização foram implementadas as notificações de Incidentes e posteriormente o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). Foi possível perceber que com a implementação do NSP a equipe se tornou mais engajada com os processos da qualidade, sendo possível implementar medidas de segurança para o paciente, como identificação correta do paciente, segurança na cadeia medicamentosa, ferramentas para melhoria de comunicação, estratificação de risco e elaboração de planos de ação 5W2H. Através dessa experiência inovadora e exitosa é possível perceber que a implementação dos processos da qualidade na saúde mental, podem promover a melhoria da qualidade dos serviços prestados o que pode representar maior segurança do paciente. |
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PROMOVENDO A INCLUSÃO: ANÁLISE DAS POLÍTICAS E PROJETOS DE SAÚDE PARA IMIGRANTES E REFUGIADOS NO BRASIL Autores: Camila Vitória Rosa de Souza | Julia de Souza Frassato , Izabel Amabille Silva Klein, Geovana Santiago de Oliveira , Giuliana Gomes Vieira Ribeiro , William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Política de Saúde; Refugiados; Saúde Global. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3789 Resumo: Introdução: O Brasil é reconhecido internacionalmente por suas políticas em prol de imigrantes e refugiados, garantindo bem-estar e acesso à saúde, promovendo uma sociedade inclusiva e acolhedora. Objetivo: Analisar a implementação de políticas e projetos específicos para imigrantes e refugiados no Brasil, em colaboração com organizações internacionais. Método: Consiste em uma análise da implementação de projetos, políticas e iniciativas direcionadas a imigrantes e refugiados no contexto brasileiro. A análise é fundamentada em uma revisão de literatura e em dados governamentais, permitindo a identificação e síntese de dados relevantes para compreender a colaboração entre o Brasil e organizações internacionais. Resultados/Discussão: O Brasil tem demonstrado um compromisso sólido com políticas públicas, gestão e avaliação na área de saúde para imigrantes e refugiados, alinhado com os princípios do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). A colaboração entre o Comitê Nacional para os Refugiados, bem como os governos em diversos níveis, tem resultado na implementação de iniciativas. Destacam-se a plataforma virtual Help pelo ACNUR, os Centros de Integração da Cidadania e o Centro de Referência de Atendimento ao Imigrante, que oferecem apoio prático, incluindo orientação jurídica, assistência psicológica e cursos de língua portuguesa. A Operação Acolhida em Roraima tem desempenhado um papel fundamental na recepção de refugiados da Venezuela, enquanto o programa "Mamãe Cheguei" em Rondônia visa reduzir a mortalidade infantil, oferecendo apoio médico e psicológico gratuito por meio do Sistema Único de Saúde e pelo Sistema Único de Assistência Social. As leis brasileiras garantem direitos iguais às gestantes imigrantes, como licença maternidade, pausas para amamentação, estabilidade no emprego e cuidados médicos na gravidez, demonstrando seu compromisso com a saúde dessas gestantes e crianças. Apesar dos avanços, há espaço para melhorias, especialmente na integração, com cursos de língua portuguesa acessíveis, orientação no mercado de trabalho e acesso simplificado à saúde, para promover inclusão e bem-estar. Conclusão: O Brasil avança na implementação de políticas de saúde para imigrantes e refugiados, embora ainda haja espaço para melhorias. É essencial continuar investindo nesses aprimoramentos para promover a inclusão e o bem-estar, garantindo igualdade de direitos independentemente de origem ou status migratório. |
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APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE GESTÃO DA FILOSOFIA LEAN NUM HOSPITAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Fernando Cesar Iwamoto Marcucci | Reilly Alberto Aranda Lopes, Mary Mishina Okano, Jacélio Dionísio de Oliveira, Naja Nabut Instituição: Hospital Dr. Anísio Figueiredo - Zona Norte de Londrina (FUNEAS/SESA-PR) Palavras-chave: Administração Hospitalar; Gestão em Saúde; Sistemas de Gestão da Qualidade Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3798 Resumo: Introdução: A gestão hospitalar é uma atividade complexa, com o desafio de equilibrar as demandas dos cuidados em saúde, recursos humanos, uso de suprimentos e tecnologias e gerenciamento dos custos e investimentos. Nos hospitais públicos, essa complexidade se soma à necessidade de adequar às políticas e financiamento públicos e as diretrizes do SUS. A filosofia Lean Healthcare busca oferecer uma série de ferramentas de gestão, que permite um olhar crítico sobre processos de trabalho no ambiente hospitalar(1,2). Objetivo: Relatar a experiência de apresentar ferramentas de gestão no ambiente hospitalar, segundo a filosofia Lean Healthcare, para propor melhorias dos processos de trabalho em setores de um serviço hospitalar do SUS. Descrição da experiência: Em um hospital de média complexidade que oferece atendimento pelo SUS, referência regional de atendimento para a rede de urgência e emergência e de cirurgias eletivas e de urgência, em um município sede de Regional de Saúde do Paraná, os profissionais de diversos setores participaram de um curso de curta duração relacionado à apresentação da filosofia Lean. Em seguida, os setores apresentaram as possibilidades do uso das ferramentas de gestão e propostas de melhorias relacionadas às atividades do setor. Resultados: Foram utilizadas as seguintes ferramentas: Mapa de Fluxo de Valor e Gerenciamento de Tempo (setor de Núcleo Interno de Regulação de Leitos-NIR); Gestão visual de processos (Kanban) (Setores de Central de Abastecimento Farmacêutico - CAF, Serviço Social e Nutrição e Dietética); Plano de Ação com a matriz 5W2H (Corpo Médico, Centro de Imagem e Diagnóstico - CID, Farmácia e Departamento de Materiais Médicos e Hospitalares - DMMH, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH, Psicologia, Nutrição, Setor de Qualidade e Segurança do Paciente, Centro Cirúrgico e Faturamento); Análise de Fluxo do Prontuário (Setor de Faturamento Hospitalar); e ações de melhorias de atendimento centrado no usuário (Setor de Arquivo, Tecnologia da Informação, Almoxarifado e Ouvidoria). Considerações: A iniciativa ofereceu aos setores ferramentas para avaliar e orientar mudanças nos processos de trabalhos e, assim, espera-se que tais práticas resultem em um aprimoramento da gestão hospitalar, com participação dos profissionais envolvidos diretamente nas atividades exercidas, descentralizando as propostas de melhoria, com possibilidade de intervenção de baixo custo para o aprimoramento dos serviços vinculados ao SUS. |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE SOBRE O TREINAMENTO DA COMUNIDADE PERANTE UMA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NO RCP DAY Autores: Marília de Moraes Barros | Beatriz Alarcon Porfírio, Izabella Aurora Felício Garcia Lopes, Pietra Giovana Poliseli, Lorena Barros Dias, Lucas Henrique Pedriali Instituição: Unicesumar Palavras-chave: Educação em Saúde; Parada Cardíaca; Reanimação Cardiopulmonar Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3612 Resumo: Caracterização do problema: A parada cardiorrespiratória (PCR) é responsável por elevadas taxas de óbitos no mundo e decorre de várias etiologias, como infarto agudo do miocárdio, hipóxia e intoxicação exógena. Considerando a alta incidência e a necessidade de atendimento em tempo oportuno, promoveu-se um dia voltado à comunidade para a capacitação em reanimação cardiopulmonar (RCP), denominado “RCP Day”. Justificativa: Perante uma PCR, um leigo pode efetuar as manobras iniciais até a chegada do serviço médico. Contudo, tal intervenção só é possível se houver orientação prévia, sendo imprescindível propagar os conhecimentos básicos de atendimento primário a fim de resguardar vidas. Descrição da experiência: O RCP Day foi organizado estrategicamente em um Shopping para ampliar o alcance do evento, que ocorreu gratuitamente e com a disponibilidade de instrutores voluntários, incluindo profissionais de saúde e discentes do curso de Medicina. Contou também com o uso de manequins de simulação. A capacitação transcorreu de forma didática, pensada para que a comunidade pudesse interagir e efetuar o passo a passo da RCP, como (1) observar a segurança da cena, (2) identificar a responsividade e a respiração do enfermo, (3) solicitar para que alguém entre em contato com o telefone 192, (4) manter o doente deitado em superfície plana, (5) ajoelhar-se ao lado, (6) sobrepor as mãos posicionadas no tórax, (7) manter os braços estendidos e (8) iniciar as compressões torácicas até a chegada da equipe de socorro. Ademais, materiais informativos foram distribuídos durante a participação no treinamento. Reflexão sobre a experiência: O adequado preparo da comunidade é essencial para resguardar vidas perante uma PCR, em que o atendimento em tempo oportuno e a destreza são cruciais. A participação discente no RCP Day permitiu capacitar o aluno a saber lidar com as competências de comunicação e liderança ao colocá-lo como orientador do processo de ensino aprendizagem da comunidade. Além disso, o RCP Day provou ser peça fundamental para o acesso e disseminação da informação, visando favorecer a vida ao conscientizar a população, principalmente no que tange à capacidade de serem efetuadas técnicas por pessoas leigas diante de uma parada cardiorrespiratória. Recomendação: O objetivo deste relato é compartilhar a ideia de que a população tem o direito à informação e precisa ser incluída como um agente no processo de prestação de socorro às vítimas em parada cardiorrespiratória. |
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CAPACITAÇÃO DE MÉDICOS DA APS PARA INSERÇÃO DO DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) DE COBRE: A EXPERIÊNCIA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, PARANÁ Autores: Maria Eliza Faria | Flora Mestre Passini, Beatriz Zampar Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Dispositivo intra-uterino, Planejamento Familiar Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3629 Visualizar Video Resumo: Metade das gestações a nível mundial ocorrem de forma não planejada, de acordo com um relatório realizado pela ONU, realizado em 2022. Uma pesquisa de 2021 mostrou que 62% das mulheres já tiveram pelo menos uma gravidez não planejada. Gestações indesejadas podem ser prevenidas com uso de contraceptivos, sendo uma opção de método de longa permanência o DIU. Este estudo trata-se de relato da experiência de capacitação de profissionais da APS do município de Londrina para inserção do DIU de cobre. A intervenção, ainda em andamento, é composto de matriciamento teórico e capacitação prática em inserção de DIU ofertado a médicos, e faz parte do trabalho de conclusão de residência. O objetivo é contribuir para ampliar o leque de opções de métodos contraceptivos disponíveis nas UBSs de Londrina, tendo em vista que um dos fatores dificultantes dessa oferta é a falta de repertório dos profissionais de saúde Participaram da aula teórica 14 profissionais, sendo 10 médicos residentes em medicina de família e comunidade, 3 médicos de família e comunidade e 1 médico generalista. Até o momento, foram inseridos 31 DIUs com uma média de inserções em 4 meses (de abril a agosto de 2023) de 7,75 DIUs por mês. As capacitações práticas são realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em que os profissionais estão alocados e continuarão a ser realizadas até dezembro de 2023. Após o início das capacitações práticas, os médicos estão solicitando mais turnos de capacitação e houve aumento da procura de pacientes desejando inserir DIU nas suas respectivas UBSs. |
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INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO: DA TEORIA PARA A PRÁTICA NA REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE (RAS) DO MUNICÍPIO DE IVAIPORÃ-PARANÁ Autores: Luana Carla Tironi de Freitas Giacometti | Robsmeire Calvo Melo Zurita, Lucas Henrique Pedrialli, Claudia Tiemi Miyamoto Rosada, Udelysses Janete Veltrini Fonzar, Eduardo Henrique Wents Ribeiro Instituição: Unicesumar Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Telemedicina; Educação Profissional em Saúde Pública; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3657 Visualizar Video Resumo: O Projeto Centro de Apoio à Saúde Coletiva (CASC) foi implantado no município de Ivaiporã-Paraná, entre a Secretaria Municipal de Saúde e a instituição de ensino superior UNICESUMAR no internato médico, disciplina de Saúde Coletiva. Foi objetivo do projeto implantar um núcleo de apoio tecnológico que proporcionou uma análise de situação em saúde para que possa ser um instrumento nas áreas de gestão, atenção e vigilância em saúde. O desenvolvimento do projeto foi realizado em fases: construtiva; de execução; de monitoramento e avaliação. Na fase de execução permeou-se implantar o CASC como instrumento para fortalecer o Núcleo de Educação Permanente em Saúde (EPS), e a integração ensino serviço; Fortalecer a prática no Laboratório de Inovação em Saúde Coletiva (LISC), como espaço de Saúde Digital, realizando telematriciamento e teleconsultoria com a atenção básica do município de Ivaiporã; Estimular a integração entre APS e VS, e o planejamento ascendente, com gestão horizontal, compartilhada, colaborativa e participativa; Fortalecer e ampliar as ofertas de EPS para egressos da Unicesumar do curso de Medicina, gestores de instituições públicas, profissionais e trabalhadores do SUS. O projeto foi baseado no processo de EPS, através do Centro de Apoio em Saúde Coletiva, oportunizando espaço de aprender e troca de experiência entre a instituição Unicesumar e a atenção básica do município de Ivaiporã-Paraná. Entre as atividades realizadas, foram construídas de forma conjunta protocolos clínicos e regulatórios, atualizações técnicas e clínicas, análise de dados para a gestão de filas, construção de instrumentos de estratificação e classificação de risco e telematriciamento e teleconsultoria na área da neurologia. O telematriciamento e a teleconsultoria tem sido um instrumento de apoio ao profissional da AB na sua conduta clínica, e para realização da gestão do cuidado em saúde, além de ser um método de EPS. A proposta demonstrou a importância de integração ensino serviço e reforçou a APS como coordenadora do cuidado e ordenadora da Redes de Atenção em Saúde. Saúde Digital, integração ensino serviço e que a EPS é um caminho concreto, com muitos desafios, portanto, inovar em saúde e preparar o acadêmico para essa nova realidade é preciso. |
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OFICINAS CULINÁRIAS COMO FERRAMENTA PARA ESCOLHAS CONSCIENTES E SAUDÁVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Soraya dos Santos Souza | Mayra da Silva Araújo, Jacqueline Danesio de Souza Instituição: Universidade Estadual de Londrina - UEL Palavras-chave: Obesidade; Alimentos; Estilo de Vida Saudável; Crianças Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3673 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Sentir prazer através dos alimentos e otimizar a interação social, são algumas orientações básicas e fundamentais para que se tenha uma relação saudável com a alimentação. Diante disto, aumenta-se o sentimento de prazer proporcionado pelas diferentes texturas, sabores e preparações dos alimentos. Justificativa: Comer em companhia quando se está fora de casa, na escola por exemplo, contribui para as crianças se conhecerem melhor e trocarem experiências, facilitando o entrosamento de grupos e aumentando o senso de pertencimento, hábitos que vem perdendo espaço no atual cenário tecnológico. Objetivo: Relatar a experiência de uma oficina culinária desenvolvida em uma escola municipal de Londrina-PR. Descrição da experiência: A Atividade foi conduzida por profissionais da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Participaram no total 27 crianças com idades de 8 a 11 anos. Inicialmente foi realizada uma roda de conversa abordando os tipos de alimentos existentes, a importância da alimentação saudável em companhia e participação no preparo dos alimentos. Foram fornecidos toucas descartáveis e álcool em gel 70% para higienização. Na oficina, as crianças prepararam uma receita de sanduíche natural e cupcakes de chocolate com banana sem adição de açúcar. Após processo de preparo e cocção, os participantes degustaram os alimentos preparados. Reflexão sobre a experiência e recomendações: A ação possibilitou maior interação social, desenvolvimento das habilidades de cooperação, senso de responsabilidade e pertencimento, sem deixar de lado a diversão, aprendizado e abordagem teórica sobre alimentação saudável. Por fim, foram debatidos temas relacionados à alimentação adequada, importância da participação no preparo dos alimentos com familiares e comer com atenção plena, sem o uso de telas. Conclusão: Oficinas de alimentos são grandes aliadas na educação nutricional infantil, podendo aumentar o interesse das crianças pela culinária e estimular o consumo de preparações mais saudáveis. Desta forma, o uso dessa estratégia educacional em saúde impacta positivamente para que ocorra mudanças no comportamento alimentar e consequentemente, redução da obesidade infantil. |
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A SIMULAÇÃO CLÍNICA COMO ENSINO-APRENDIZAGEM NA IDENTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Alitheia Karla da Silva | Anna Victoria Maurer Ravaglio, Barbara Soffa Theodorovicz, Matheus Guelssi dos Santos, Victoria Luzia Antunes Grothe, Gerson Alves Pereira Junior Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Simulação Clínica; Educação Permanente; Atenção Primária à Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3678 Visualizar Video Resumo: Uma das principais dificuldades na Atenção Primária é o manejo de casos clínicos que envolvam violência contra a mulher, a aplicação de metodologias ativas em educação permanente como por exemplo a simulação clínica, contribui significativamente para o desenvolvimento de habilidades técnicas e não técnicas,tanto para profissionais de saúde quanto para estudantes de graduação.Objetivos:Descrever a experiência da construção e aplicação de estação simulada com foco na identificação de violência doméstica, elaborada por mestrandos para alunos de graduação de Medicina, Enfermagem e Psicologia.Descrição da Experiência:Os mestrandos desenvolveram uma estação simulada com o objetivo de permitir que os graduandos identificassem que a paciente simulada, adolescente e puérpera, era vítima de violência doméstica e conduzissem o caso de acordo com o tempo determinado para as consultas de rotina na Unidade Básica de Saúde. A queixa principal da paciente simulada era dor mamária de início agudo.Foram elaborados distratores, como a presença da mãe e do parceiro extremamente hostis, que não deixavam a paciente falar.Os sinais de violência eram identificados através do comportamento da paciente simulada e do direcionamento do exame físico realizado no manequim, com presença de hematomas, principalmente na mama referida, e lesões pelo corpo (equimoses e escoriações). Após a simulação, foi realizado o debriefing com todos os estudantes para discutir a abordagem do caso clínico e explorar a questão da violência doméstica.Reflexão sobre a experiência:Os estudantes de Medicina e Enfermagem identificaram os principais distratores (mãe e parceiro da paciente) e solicitaram que se retirassem da consulta, reconhecendo, durante a simulação, a importância de desenvolver habilidades não técnicas, e acionar a Psicologia com interconsulta.Ao realizarem a entrevista e exame físico com a paciente simulada, compreenderam a importância de realizar a notificação de violência doméstica e sentiram dificuldades em comunicar a paciente sobre a violência que a mesma estava enfrentando.Recomendações:A construção e aplicação de estações simuladas a partir de casos clínicos da Atenção Primária em pacientes simulados vítimas de violência doméstica, promovem aos estudantes de graduação e mestrado o desenvolvimento de habilidades e competências não técnicas que serão requisitadas futuramente em sua prática profissional, percebendo os benefícios da simulação clínica no processo de ensino aprendizagem. |
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HIGIENE CORPORAL E BOAS PRÁTICAS DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Nathalia Luisa de Melo Trento | Adriana Zilly, Neide Martins Moreira Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná Palavras-chave: Higiene pessoal; promoção da saúde; educação continuada. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3738 Visualizar Video Resumo: Crianças moradoras em bairros com maiores condições de vulnerabilidade, de famílias mais carentes, com dificuldade de acesso a cuidados médicos são as mais afetadas com doenças infectocontagiosas quando comparada à indivíduos em menor vulnerabilidade devido à falta de informação sobre métodos para uma boa higiene pessoal, pois higiene cuida da saúde de maneira protetiva, sendo um fator vital para a saúde humana, principalmente quando estimulada na primeira infância. O objetivo dessa atividade foi realizar educação em saúde para escolares, a fim de disseminar informações sobre higiene corporal e boas práticas de saúde. As atividades foram realizadas no primeiro semestre de 2023 para 44 turmas de seis Escolas Municipais de Medianeira, Paraná, desde o pré-escolar até o primeiro ano do ensino fundamental, totalizando 60 horas de atividade de extensão e mais de 600 crianças instruídas sobre a temática. As atividades realizadas nas Escolas Municipais foram em formato de palestra, com apresentação em Power Point® com imagens ilustrativas, apresentação de vídeo sobre higiene corporal do Ministério da Saúde, com linguagem condizente a faixa etária dos alunos, jogos de perguntas e respostas e ao final como atividade complementar, foi entregue um jogo da memória sobre itens abordados para cada aluno para interação e fortalecimento do aprendizado com colegas e familiares. As palestras ministradas tiveram boa aceitação das escolas envolvidas, tanto dos professores quanto dos alunos, por meio da abordagem realizada. Pode-se observar que os alunos assimilaram os conteúdos e que eles futuramente podem atuar como multiplicadores diante da família e de sua comunidade e com base no retorno recebido pela equipe pedagógica de cada escola, pode se observar também uma conscientização efetiva tanto dos alunos quanto da equipe pedagógica sobre a temática abordada. |
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DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES SOCIAIS COM FOCO NA COMUNICAÇÃO ASSERTIVA ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE Autores: Viviane Michele do Amaral | Maria Eduarda Romanin Seti, Karina Priscilla Lopes Carneiro, Gabriel Zanotto dos Santos, Gabriela Maria Gusmão, Magali Roco Instituição: Centro Universitário Filadélfia- UNIFIL Palavras-chave: Habilidades Socioemocionais; Educação Permanente em Saúde; Prática do Docente de Enfermagem. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3745 Visualizar Video Resumo: A melhoria dos cuidados em saúde e a redução da vulnerabilidade socioeconômica no Brasil tem contribuído para o aumento da expectativa de vida, demandando auxílio das Instituições de Longa Permanência para Idosos como alternativa para o cuidado. O cuidar envolve um processo difícil que pode afetar em maior ou menor grau a saúde física e mental de quem cuida. A falta de habilidades socioemocionais, em especial a comunicação verbal ineficaz, contribui para a sobrecarga emocional do cuidador. A educação permanente possibilita para o desenvolvimento dessas habilidades, pois estimula a consciência sobre o contexto em que está inserido. O objetivo do trabalho foi estimular os profissionais de saúde cuidadores a identificar as suas principais falhas de comunicação, direcionando-os por meio da reflexão para uma comunicação assertiva. Trata-se de uma atividade desenvolvida por enfermeiros docentes durante uma oficina com foco na educação permanente para os profissionais da saúde em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos na cidade de Londrina- Paraná. Os participantes da atividade foram 56 profissionais da saúde: cuidadores de idosos, auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem, auxiliares de cozinha, auxiliares de serviços gerais, enfermeiros e fisioterapeutas. As oficinas foram realizadas durante dois dias, totalizando duas horas. Utilizou-se para a atividade a técnica da Comunicação Não Violenta, sistematizada pelo psicólogo Marshall Rosenberg. Foram disparadas, respondidas e refletidas 20 situações relacionadas a observação e julgamento, pensamento e sentimento, onde todos participavam individual e coletivamente durante a dinâmica. Observou-se que antes da intervenção os participantes não analisavam e tão pouco discerniam se sua comunicação era efetiva, e ao término, relataram que de fato, ao misturar pensamentos com sentimentos, ou observação com opinião, quebram-se vínculos e destroem-se relacionamentos, com desfecho na sobrecarga emocional e tornando ainda mais árdua a tarefa do cuidar. Recomenda-se trabalhar a comunicação entre os profissionais cuidadores para desenvolvimento das habilidades sociais, refletindo a partir de palavras e hábitos de linguagem adquiridos no dia a dia para a melhoria dos relacionamentos e um bom ambiente de trabalho, com ganhos para a produção do cuidado. |
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PRMFC E AS DISCUSSÕES SOBRE A POPULAÇÃO LGBTQIA+ EM CONTEXTOS DIVERSOS Autores: Bruna Franco Ferreira | André Teixeira de lima Benedito, Rosangela Ziggiotti, Gregorio Contardi Korneiczuk, Thaís Blanco Romeiro , Maria Clara de Mattos Mira Instituição: Universidade Estadual de Maringá Palavras-chave: LGBTQIA+; Saúde sexual; Ensino Formato: -1 Cód.Resumo: 3771 Visualizar Video Resumo: Introdução: A saúde da população LGBTQIA destaca-se como importante na formação dos profissionais de saúde, não apenas no aspecto biológico, mas no contexto da sexualidade com vistas ao cuidado da saúde. Alguns estudos sugerem que os médicos têm conhecimentos limitados sobre gays, lésbicas, travestis e transexuais evidenciando o gap no processo formador. A residência de medicina de família e comunidade (MFC) é um espaço propício para provocar discussões, estudos, aprendizados e diálogos com estudantes, profissionais de saúde e comunidade acerca desta temática. Objetivo: Descrever as atividades desenvolvidas relacionadas à população LGBTQIA+ durante o Programa de Residência em MFC de uma universidade pública no estado do Paraná. Metodologia: Durante o primeiro PRMFC (2022 e 2023), os residentes propuseram ampliar as atividades educativas voltadas para a população LGBTQIA+. Dessa forma elaboraram um roteiro de conteúdos com aulas expositivas dialogadas, presenciais e on-line com recursos pedagógicos variados, para alunos da graduação, profissionais do Programa Mais Médicos e junto à uma comunidade que trouxe a demanda para os residentes. Resultados e Discussão: A atividade com a comunidade aconteceu para um grupo de 157 pessoas (município de aproximadamente 8000 habitantes) interessadas no debate. Além da história dos movimentos LGBT, conceitos, as siglas e seus porquês, importância do nome social, estigma e violência e as políticas públicas, surgiram os questionamentos trazidos pelos participantes no ambiente público e também os solicitados de forma individual para os palestrantes, sugerindo a importância da formação e informação nas temáticas LGBT. Para as Ligas Acadêmicas (MFC + Infectologia), os encontros foram on-line e mobilizaram a pensar sobre a relevância social e ética da temática além de abordar as peculiaridades no cuidado e o acolhimento nos serviços de saúde. Junto aos profissionais do Programa Mais Médicos, em encontro on-line, a troca de experiências e conhecimentos foi voltada à produção de medidas que assistam à saúde da população LGBT, que historicamente enfrenta obstáculos para efetivar seus direitos de cidadania. Conclusão: Discutir a relevância e complexidade do tema e as lacunas na formação médica/residência, aliados à promoção de abertura para debates na comunidade, são iniciativas que possivelmente ampliam a possibilidade de reconhecer e trazer visibilidade sobre os problemas enfrentados por esse grupo populacional. |
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QUEBRANDO O SILÊNCIO: EDUCAÇÃO EM SAÚDE CONTRA A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA Autores: Camile Schuster Franco de Oliveira | Renata Burghausen Valença de Souza, Júlia Carolina Costa Lima, Evelin Carolini Salvi, Márcio José de Almeida, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Violência Obstétrica; Educação Médica; Obstetrícia. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3772 Visualizar Video Resumo: Caracterização: Este estudo descreve a implementação e a realização da Ação de Curricularização da Extensão (ACEx) "Violência Obstétrica: Revisão e Conscientização" por acadêmicos do 3º período de Medicina, com foco em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Curitiba, Paraná. Justificativa: Considerando as lacunas legais e conceituais que envolvem a violência obstétrica, há uma urgente necessidade de esclarecimento e conscientização para as mulheres da comunidade local. Além disso, este projeto desempenha um papel fundamental na educação e formação dos futuros profissionais de saúde. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa de literatura sobre a violência obstétrica em nível global, incluindo a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a América Latina e o Brasil, com o intuito de educar e sensibilizar os acadêmicos e a comunidade sobre essa questão crítica. Avaliar os impactos da pandemia da Covid-19 na incidência de violência obstétrica, visando informar aos futuros profissionais de saúde sobre os desafios emergentes. Criar e distribuir um e-book informativo com os resultados da revisão, destinado à educação em saúde e conscientização. Descrição: A partir dos objetivos estabelecidos, foi desenvolvido e distribuído um e-book que destaca as lacunas legais e conceituais relacionadas à violência obstétrica intitulado "Violência Obstétrica - Uma revisão nos cenários mundial e contemporâneo". Esse produto foi compartilhado com a UBS e sua comunidade local, com a Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, que é o centro de referência para mulheres em situação de violência, e disponibilizado na biblioteca da instituição de ensino, bem como na plataforma virtual gratuita ResearchGate, como parte do processo contínuo de educação em saúde. Reflexão: A iniciativa alcançou êxito ao disseminar informações relevantes sobre violência obstétrica para as usuárias do sistema de saúde, cumprindo o objetivo central do projeto. A aplicação da ACEx demonstrou ser de extrema importância para a formação crítica de futuros profissionais de saúde, capacitando-os a reconhecer as complexidades dos ambientes em que atuam e a implementar mudanças efetivas, no contexto de educação e formação em saúde. Recomendações: Sugere-se a continuação de pesquisas científicas e ações de educação em saúde sobre o tema, ampliando a conscientização da população e a formação de profissionais comprometidos com a promoção da saúde e o combate à violência obstétrica. |
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EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR Autores: Nathália Otaviano Guimarães | Beatriz Zampar, Bruna Maria Rocha Petrillo Giovine, Vânia Cristina da Silva Alcantara, Sonia Maria Coutinho Orquiza, Valéria Cristina Almeida de Azevedo Barbosa Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina - PR Palavras-chave: Educação em Saúde; Atenção Primária à Saúde; Doenças Crônicas não Transmissíveis Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3782 Visualizar Video Resumo: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) têm sua incidência aumentando cada vez mais e são as principais causas de mortes no Brasil. São doenças insidiosas e assintomáticas, o que pode levar a diagnóstico tardio por vezes somente quando já se tem complicações. Dessa forma se faz necessário aprimorar o rastreamento, diagnóstico precoce e o manejo destas condições crônicas, em especial no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Por se tratarem de doenças que necessitam de assistência contínua, manutenção do cuidado e apoio multiprofissional, a APS tem papel central no cenário do manejo das DCNT, sendo necessária Educação Permanente em Saúde (EPS) para todas as categorias profissionais que compõe a equipe. Atualizar e aprimorar os conhecimentos sobre DCNT para os servidores municipais que atuam na atenção primária à Saúde, em uma cidade de grande porte do interior do Paraná. O curso foi realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina em parceria com a Residência de Medicina de Família e Comunidade e Residência Multiprofissional em Saúde da Família, sendo o público alvo os servidores da APS, com enfoque na atuação multiprofissional. O modelo do curso foi híbrido, com duração de três meses, sendo realizados dois encontros presenciais (abertura e encerramento) com palestras sobre o tema e teatro abordando o atendimento multiprofissional do usuário nas unidades básicas de saúde, a fim de promover a conscientização da importância do atendimento integral. Durante esse período os cursistas assistiram aulas assíncronas no ambiente virtual de aprendizagem sobre os temas de hipertensão arterial sistêmica, diabetes e dislipidemia confeccionados por profissionais da equipe multidisciplinar. Para conclusão do curso, além de comparecer nos encontros e assistir as aulas, deveriam responder questões referentes ao tema e atingir pontuação mínima de 60% para a certificação. Ao todo foram 520 inscritos entre profissionais de todas as 54 Unidades Básica de Saúde (UBS) do município, residentes e gestores da APS. Além da atualização sobre os temas, a discussão junto a toda equipe em nível multidisciplinar leva a diferentes estratégias de abordagem que são importantes para suscitar reflexões e mudanças na prática. Realizar ações de educação permanente em saúde com os profissionais são essenciais para a melhora da qualidade da assistência à população e corrobora para o fortalecimento da APS no cuidado integral e longitudinal do indivíduo. |
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FORTALECENDO A EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A SAÚDE MATERNO-INFANTIL PARA REFUGIADAS E IMIGRANTES Autores: Ariel Pamela da Silva Lopes | Alexandre Michel Gavronski, Aline Aiumi Lussani Aizawa, Sâmela Betsan Carvalho Azambuja, Tiemi Nicole Shimabukuro Corradi , William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Saúde Materno-Infantil;Refugiados;Educação em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3791 Visualizar Video Resumo: Caracterização: O aumento das crises migratórias globais resultou em um significativo aumento do número de refugiados e imigrantes no Brasil. Entre esses grupos, gestantes e crianças enfrentam desafios únicos relacionados ao acesso à saúde, segurança pessoal e integração na sociedade. Justificativa: Há uma urgente necessidade de compreender e abordar as questões de saúde materno-infantil enfrentadas por refugiadas e imigrantes no Brasil. A crescente diversidade étnica e cultural desses grupos demanda uma investigação profunda para identificar programas e políticas de apoio, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Objetivos: Realizar uma revisão narrativa da literatura sobre a saúde materno-infantil de refugiadas e imigrantes, no contexto das crises migratórias globais. Relatar a experiência de elaboração do ebook "Refugiadas e Imigrantes: A Saúde Materno-Infantil na Jornada de Uma Nova Vida" como parte de um projeto de Curricularização da Extensão em Curitiba, PR. Descrição: Este projeto, realizado por estudantes de Medicina, designou um discente coordenador para a divisão de tarefas entre os discentes, com prazos definidos e a responsabilidade de organizar a escrita. Cada subgrupo desenvolveu um capítulo abordando tópicos como o contexto da saúde, vulnerabilidade, desafios, políticas e programas nacionais e globais. Através da revisão de literatura, os autores identificaram pontos-chave nos temas selecionados, expandindo seu conhecimento e criando um material destinado ao público em geral. Os títulos dos capítulos e do ebook foram definidos após a conclusão da revisão. Reflexão: A produção do ebook representou uma oportunidade única para fortalecer a Curricularização da Extensão na formação médica, destacando a importância da empatia e compreensão das questões de saúde enfrentadas por refugiadas e imigrantes. A disponibilização gratuita do ebook na plataforma ResearchGate permitiu um amplo acesso, incluindo a Secretaria Municipal de Saúde e a Fundação de Ação Social de Curitiba. O lançamento do ebook durante o Dia do Imigrante (25/06) aumentou a conscientização sobre as dificuldades enfrentadas por esses grupos, alcançando 835 visualizações em quatro meses. Recomendações: Recomenda-se que a educação e formação em saúde incorporem o tema da saúde materno-infantil de refugiadas e imigrantes, preparando futuros profissionais de saúde para atuar em um cenário de crises migratórias. |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ESTUDANTE DE MEDICINA EM EXPEDIÇÃO MÉDICA VOLUNTÁRIA NA CHAPADA DIAMANTINA-BA Autores: Gustavo Abud Priedols | Sarah Beatriz C. Meirelles Félix Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL) Palavras-chave: Formação médica; Missão médica; Trabalho voluntário Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3538 Resumo: A formação do profissional médico envolve a integração da teoria com a prática, e atividades extracurriculares são essenciais para consolidar esse conhecimento. O Instituto Dharma é um desses espaços que oferece oportunidades de vivenciar diferentes realidades sociais. Criado com o propósito de arrecadar fundos para a construção de uma escola no Nepal e na Índia, o Instituto agora realiza expedições médicas em áreas remotas, promovendo acesso à saúde, educação ambiental e contato com diversas culturas. Este relato descreve a experiência de participar de uma expedição médica voluntária na Chapada Diamantina, na Bahia, por onze dias em abril de 2022. A equipe era composta por médicos de diversas especialidades, além de uma dentista, uma técnica em oftalmologia, enfermeiras, farmacêuticas, agentes comunitários de saúde e guias locais. Durante esse período, foram atendidas seis comunidades dentro e ao redor do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Os atendimentos ocorriam em locais improvisados, como escolas e igrejas, seguindo a demanda espontânea ou agendamentos prévios. A equipe trabalhou de forma interprofissional para garantir o atendimento aos moradores. Como aluno de medicina, desempenhei várias funções, como organização e distribuição de medicamentos, triagem, estabelecimento de fluxo de atendimentos, acompanhamento de consultas e exames, e participação em discussões de casos. Enfrentamos desafios, como a falta de equipamentos oftalmológicos e a escassez de medicamentos na farmácia. Cada comunidade era única e pude vivenciar a dificuldade no tratamento de doenças crônicas, acesso limitado a medicamentos, distância dos centros de saúde e problemas de nutrição em crianças e adolescentes. Também me deparei com diagnósticos complexos, como esclerodermia, e situações de violência infantil. Essa experiência ressaltou a importância da Atenção Básica em áreas remotas, para promover acesso à saúde e cuidados integrais. A expedição na Chapada Diamantina foi enriquecedora, impactando positivamente minha formação médica. Sou grato ao Instituto Dharma pela oportunidade. Uma vez voluntário, sempre voluntário. |
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IMPORTÂNCIA DE PRÁTICAS DOCENTES NA PÓS GRADUAÇÃO COMO PROCESSO FORMATIVO Autores: Maria Eduarda Romanin Seti | Gabriel Pinheiro Elias, Milena Registro Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Estágio de docência; Formação docente; Pós-graduação. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3608 Resumo: A pós-graduação tem como objetivo a produção de conhecimento e formação de pesquisadores, além disso, é a responsável legal pela formação de professores para a docência no Ensino Superior. Atualmente algumas atividades formativas da pós-graduação são voltadas para a docência, como as práticas docentes, disciplina obrigatória para bolsistas. As práticas docentes constituem atividade obrigatória dos Pós Graduandos que são bolsistas do Programa de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Londrina-UEL. A experiência de docência ocorreu na disciplina denominada Práticas Interdisciplinares e Interação Ensino, Serviço e Comunidade I, chamado de “PIN1”, na qual os participantes eram alunos dos cursos de medicina, enfermagem, nutrição e farmácia. As turmas eram compostas por pequenos grupos de 15 alunos, ambos estudantes do primeiro ano da graduação. O PIN 1 aborda eixos de trabalho em equipe, comunicação, integração serviço-comunidade, gestão do cuidado, Sistema Único de Saúde (SUS), ser humano e educação em saúde. Os direitos humanos, dentre eles direito ao acesso aos serviços de saúde e ao sigilo, ao saneamento, às condições de vida como água, luz e segurança, à participação popular e sua organização na luta por estes direitos no território, são abordados transversalmente nos eixos e nas vivências do campo. As atividades desenvolvidas na disciplina aproximam-se desses conceitos e oferecem momentos de estudo teórico e espaços para que estes sejam vivenciados nas práticas de campo. Utiliza-se de cenários reais e simulados da prática profissional de acordo com o grau de autonomia e domínio do primeiro ano. Estas vivências asseguram a oportunidade dos pós-graduandos se inserirem no contexto da sala de aula por meio das atividades propostas em colaboração com o professor da disciplina da graduação, aprimorando a relação entre a teoria e a prática. Acredita-se que este relato possa contribuir para o fomento de políticas institucionais voltadas para a formação docente na pós-graduação. A prática docente constitui-se, portanto, como uma experiência enriquecedora e de grande relevância na formação profissional docente, pois permite uma primeira aproximação à prática profissional e promove a aquisição de saberes didático pedagógicos importantes à docência do Ensino Superior. |
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MONITORIA ACADÊMICA E CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO - INTEGRAÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS : UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Ana Caroline Pego | Luciana Elisabete Savaris, Julia Paludo Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: extensão comunitária; monitoria; psicologia social. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3609 Resumo: A curricularização da extensão envolve a integração das atividades de extensão nos currículos acadêmicos, busca promover uma formação mais completa e engajada dos estudantes, proporciona a aplicação do conhecimento adquirido em sala de aula em contextos de vida real. Esse trabalho se justifica por incentivar a participação de monitores nos processos de formulação e aplicação das ações e tem como objetivo compartilhar a experiência vivenciada na monitoria integrada a curricularização. Quanto a experiência, trata-se de uma turma de quinto período de psicológica de uma instituição de ensino privada do município de Curitiba. Os cenários eleitos para aplicação da ação foram duas Comunidades Terapêuticas, uma destinada ao sexo masculino outra ao sexo feminino. Ambas acolhem pessoas acima de dezoito anos com uso abusivo de substâncias psicoativas e em situação de vulnerabilidade social. Realizaram-se três inserções no campo, uma primeira visita para o diagnóstico comunitário, a segunda para apresentar e debater a proposta com os acolhidos e a terceira para sua realização. A monitora acompanhou os momentos de campo, bem como as atividades de planejamento e apropriação teórica em sala de aula. Quanto as atividades realizadas essas envolveram temas como como autoestima, identidade, relações sociais e projeto de vida, tendo sido possível vivenciar a psicologia social e a contemplar a potencialidade de ações em território, tal qual proposto por Silvia Lane (1981) pesquisadora e psicóloga social que indicava a necessidade de que o conhecimento produzido fosse útil para a transformação da realidade. Recomenda-se a participação ativa dos monitores do processo da curricularização, dado a possibilidade de qualificar o processo ensino-serviço-comunidade de todos os envolvidos. |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO DE MEDICINA PARA A FORMAÇÃO MÉDICA EM SAÚDE PÚBLICA Autores: Marília de Moraes Barros | Lorena Barros Dias, Ana Clara Laureano Rodrigues, Júlia Simeoni do Nascimento, Ana Paula de Lima Tanaka, Lucas Henrique Pedriali Instituição: Unicesumar Palavras-chave: Educação em Saúde; Educação de Graduação em Medicina; Saúde Pública Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3611 Resumo: Caracterização: A atuação médica exige atualização e sincronia com os serviços de saúde. Na saúde pública, o médico é parte essencial do corpo de trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) no apoio assistencial e técnico em gestão e coordenação do cuidado. Com o compromisso de formar médicos capacitados para atuarem no SUS, elaborou-se o estágio em Saúde Coletiva nos eixos temáticos de Atenção em Saúde, Gestão em Saúde e Vigilância Epidemiológica. Justificativa: O processo de ensino-aprendizagem deve considerar o perfil profissional mencionado nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, como médicos com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitados a atuar no processo de saúde-doença nos diferentes níveis de atenção, na perspectiva da integralidade da assistência, com responsabilidade social e cidadania. Além do desenvolvimento das competências de atenção em saúde, tomada de decisão, comunicação, liderança, administração e planejamento. Objetivo: Relatar a experiência na aquisição de competências para atuar em saúde pública diante das atividades da disciplina de Saúde Coletiva durante a graduação em Medicina. Descrição da experiência: A formatação da disciplina de Saúde Coletiva como um estágio transversal e anual, com aulas expositivas e interativas, permite aos discentes compreender a construção do SUS e da Atenção Básica conforme os princípios da regionalização e do atendimento integral em sintonia com a ordenação das Redes de Atenção à Saúde. Isto possibilita ao estudante formar o raciocínio para atuar na saúde pública de acordo com os princípios e diretrizes do SUS, tanto em relação à Atenção em Saúde e Vigilância Epidemiológica, quanto em relação à Gestão em Saúde e aos instrumentos de financiamento do sistema. Reflexão: Visando formar médicos capacitados para atuarem no SUS, a disciplina de Saúde Coletiva se mostrou eficaz para a aquisição das habilidades de leitura crítica (1) de diretrizes e protocolos clínicos no eixo de Atenção em Saúde, (2) do planejamento, financiamento e regulação no eixo de Gestão em Saúde e (3) dos sistemas de vigilância, notificação e indicadores de saúde no eixo de Vigilância Epidemiológica. Recomendação: Espera-se que este relato contribua para a tomada de consciência de que a Saúde Coletiva é parte inerente do exposto nas diretrizes curriculares do curso de Medicina para a atuação profissional, incitando o raciocínio do estudante sobre a saúde pública. |
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM COM PRECEPTORES DE RESIDÊNCIAS EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Gabriela Pinheiro Brandt | Laura Cavalcanti de Farias Brehmer, Isabel de Lima Zanata, Tatiane Caroline Boumer, Ana Lídia Emerick Rosa Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde Palavras-chave: Preceptoria; Educação Baseada em Competências; Enfermeiros; Residência em Saúde; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3615 Resumo: Caracterização do problema: A inteligência emocional (IE) conceitua-se como a habilidade de identificar e gerenciar as próprias emoções, bem como compreender as emoções dos outros. Essa habilidade envolve cinco elementos principais: autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e habilidades sociais (GOLEMAN, 2004). Dentro dos programas de Residências em Saúde, a IE tem papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem. O preceptor, como parte do núcleo docente assistencial estruturante (NDAE), assume função significativa no desenvolvimento de competências junto aos residentes. Justificativa: Os processos formativos ultrapassam o compartilhamento de conhecimentos e há importantes interfaces entre o conhecer, fazer e ser a partir das relações interpessoais. Portanto, são necessárias estratégias para o desenvolvimento das competências socioemocionais que estimulem ações crítico-reflexivas. Objetivos: Descrever a realização de oficinas, com preceptores de residências em saúde, acerca do tema da IE. Descrição da experiência: A pesquisa ação é realizada por meio de quatro etapas metodológicas: exploratória, principal, ação e avaliação (THIOLLENT, 1997). Previamente a etapa exploratória evidenciou necessidades temáticas a serem exploradas com os preceptores. Contudo, a experiência relatada descreve a realização de duas oficinas, correspondentes a etapa de ação de um estudo maior. Participaram oito enfermeiros preceptores de dois Programas de Residências em Saúde no Paraná. Com duração de uma hora cada, ocorreu de forma interativa e dinâmica, abordando o tema da IE na preceptoria a partir da relação com os cinco elementos da IE no gerenciamento de conflitos. REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: A realização das oficinas se mostrou relevante para a proposta de trabalhar o tema na IE na formação da residência. Percebeu-se a importância do compartilhamento de experiências entre os preceptores envolvidos. Tal fato corrobora com um estudo que investigou as metodologias ativas de ensino-aprendizagem na preceptoria e identificou que reuniões para trocas de experiências fortalecem a educação Interprofissional e emergem potencialidades para a aprendizagem colaborativa (FERNANDES et al., 2021). Destaca-se a possibilidade de novas ações, no que tange a educação permanente dos preceptores acerca da IE e habilidades socioemocionais e a ampliação destas atividades para demais membros do NDAE envolvendo coordenadores de programa, tutores e residentes. |
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HOSPITAL PSIQUIÁTRICO NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL SOB A PERSPECTIVA DO ESTUDANTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: João Vitor Wisniewski Zelinski | Luciana Elisabete Savaris Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Atenção psicossocial; Cuidados territoriais; Educação. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3628 Resumo: Caracterização do problema: A visita técnica, prevista nas diretrizes curriculares dos cursos de Psicologia, tem o intuito de inserir o estudante em diferentes cenários de ensino-aprendizagem. O hospital psiquiátrico, componente da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, é um desses cenários, que na busca pela eficácia concreta do tratamento apresenta desafios entre as unidades hospitalares e outros dispositivos da rede de cuidados territoriais. Justificativa: o relato se justifica pela possibilidade de reconhecer os diferentes dispositivos de cuidados e trazer reflexões acerca do modelo assistencial em saúde mental vigente. Objetivo: problematizar o papel do hospital psiquiátrico na RAPS. Descrição da experiência: realizou-se uma visita técnica ao maior hospital psiquiátrico da região sul do país. O hospital atende pacientes de todo estado do Paraná do sexo masculino, adultos e adolescentes, com quadros de transtornos mentais graves, com ou sem uso de substâncias psicoativas. A Lei n.º 10.216 de 2001, assegura os direitos das pessoas com transtornos mentais e regulamenta os tipos de internamento. O internamento não pode extrapolar o prazo máximo de 60 dias e o paciente deve continuar o tratamento no seu território, com vistas além da estabilização dos sintomas psiquiátricos a ampliar seu repertório para lidar com o cotidiano. Reflexão: a visita técnica ao hospital psiquiátrico traz a reflexão do desafio de sustentar o cuidado em território, considerando o número de leitos ocupados e a demanda reprimida aguardando novas vagas. Com as discussões e aprofundamento teórico pode-se concluir que nem todos os municípios conseguiram implantar os diferentes dispositivos da RAPS e mesmo os que implantaram não possuem a capacidade instalada necessária a demanda de sua região. Outro ponto desafiador refere-se as estratégias possíveis de suporte as famílias que também precisam ser incluídas no plano de cuidados, bem como, o incentivo as iniciativas de geração de renda e economia solidária, considerando que os fatores socioeconômicos atravessam o sujeito em sofrimento psíquico. Percebe se o avanço no cuidado em saúde mental nas últimas três décadas, mas também se considera a necessidade de melhorias para efetivação do modelo assistencial proposto. Recomendações: recomenda-se que os estudantes possam conhecer os dispositivos in loco para então, conectados com o material teórico, compreender a RAPS, as atribuições de cada dispositivo e as possibilidades de articulação. |
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O AUMENTO DA PROCURA PELO DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) DE COBRE NA APS: A EXPERIÊNCIA DE UMA UBS DE LONDRINA - PR. Autores: Maria Eliza Faria | Flora Mestre Passini , Beatriz Zampar Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Dispositivo intra-uterino, Planejamento Familiar Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3630 Resumo: O DIU de cobre é uma das formas de se realizar o planejamento familiar e, está na categoria dos LARCs (contraceptivo reversível de longa duração), tem duração de 10 anos e é ofertado gratuitamente pelo SUS. No entanto, dados do Ministério da Saúde apontam que somente 1,9% das mulheres em idade fértil no Brasil usam o DIU de cobre. Este estudo trata-se de um relato da experiência acerca da abordagem sobre o planejamento familiar em consultas de mulheres em idade fértil e sua repercussão a respeito do dispositivo intra-uterino (DIU) de cobre. Em agosto e setembro de 2022, a pesquisadora realizou momentos de sensibilização da equipe da UBS sobre o DIU de cobre para que todos os profissionais pudessem estar cientes sobre a realização da inserção o dispositivo. De setembro de 2022 a agosto de 2023, a pesquisadora abordou o tema de planejamento familiar para pacientes mulheres em idade fértil que possuiam útero, tema pouco ou nunca abordado a fundo em registros de consultas prévias. Percebeu-se que após a explanação de todos os métodos contraceptivos, muitas pacientes optaram pelo uso do DIU de cobre. No período de 12 meses, 67 pacientes foram beneficiadas, uma média de 5,58 DIUs inseridos por mês. Esse quantitativo é relacionado aos procedimentos feitos pelos três residentes de medicina de familia e comunidade, incluindo a pesquisadora, e a preceptora de campo, também médica de família e comunidade. Considerando que a média de inserção de DIU antes de setembro de 2022 era de menos de um 1 por mês, a ação foi de grande êxito nesse periodo. A presença de residentes e preceptora de medicina de família e comunidade contribuiram para ampliar o acesso e possibilidades de escolha das pacientes a respeito de qual método contraceptivo usar. |
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EDUCAÇÃO E SAÚDE: CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE CÂNCER DE PELE NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE FOZ DO IGUAÇU - PR Autores: Albert Luiz Costa da Costa | Rosângela Urias de Azevedo, Emily Gabriela Gamero Figueroa, Gabriel Pieri , Rosa Delia Marquez Lopez , Valeria Maria Correa Instituição: Universidade Federal da Integração Latino-Americana Palavras-chave: Câncer da Pele, Prevenção, Educação em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3665 Resumo: Caracterização do problema: Estima-se que, em 2023, serão diagnosticados de 2 a 9 novos casos de câncer de pele do tipo melanoma para cada 100 mil habitantes, no Paraná, o que indica que a atual situação de saúde pública da pele no Paraná (BRASIL, 2022), e por conseguinte, em Foz do Iguaçu, requer atenção nesse âmbito. Justificativa: Considerando a pouca visibilidade de programas com esta temática em uma região de forte insolação como Foz do Iguaçu, destaca-se a importância de reforçar orientações simples que podem resultar em benefícios no futuro. Objetivos: O projeto objetivou alertar a população de Foz do Iguaçu a respeito dos perigos do câncer de pele e os principais meios de preveni-lo. Descrição da experiência: As atividades fizeram parte do projeto Pele Ciente Pela Saudável e foram realizadas em 05 Unidades Básicas de Saúde do distrito sul do município, palestras, entrega de panfletos educativos e discussões semanais com os presentes, exemplificando medidas úteis para a população, como uso de filtro solar e evitar exposição direta ao sol, e avaliando possíveis lesões encontradas nos pacientes. Casos suspeitos ou complexos foram encaminhados ao Centro Médico de Especialidades (CEM) de Foz do Iguaçu para o diagnóstico correto e conduta pertinente ao caso. As atividades foram desenvolvidas por docente e cinco acadêmicos do curso de medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) no primeiro semestre de 2023. Reflexão sobre a experiência: O projeto conseguiu informar, esclarecer duvidas e conscientizar as pessoas que foram abordadas nas unidades, contribuindo assim para a unidade de saúde na realização de atividades de educação, prevenção e promoção a saúde, tendo assim impactos relevantes para todos os envolvidos na ação. Recomendações: Atividades como essas são pertinentes pois são importantes para a prevenção de câncer de pele, este projeto tem por intenção atuar na atenção primária de modo a conscientizar a população e profissionais ali presentes do diagnóstico precoce das neoplasias tegumentares e sua prevenção. |
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ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA GESTANTES EM UM SERVIÇO PÚBLICO. Autores: Paola Santana de Alencar | Dayane Duarte Abreu, Roberta Romaniolo de Mattos, Ligia Maria Facci, Adriana Paula Fontana Carvalho Instituição: Universidade Estadual de Londerina Palavras-chave: gestantes; assoalho pélvico; orientação. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3669 Resumo: Introdução: A gestação promove adaptações que podem gerar estresse nas estruturas osteomioarticulares pélvicas e provocar disfunções lombo pélvicas e do assoalho pélvico (AP). Por isso, é fundamental que o fisioterapeuta normalize a prática de educação em saúde a fim aumentar nível de orientação e auto-gerenciamento das gestantes e, assim, reduzir as disfunções no período gravídico.Objetivos:Detectar disfunções geniturinárias e lombo pélvico em gestantes e promover educação em saúde com orientações para reduzir esse impacto. Métodos: Quatorze gestantes a partir da 20ª semana gestacional foram avaliadas a partir de uma ficha estruturada com dados gerais, funções geniturinárias, lombo pélvicas e exame físico. O exame físico do AP contemplou: inspeção, palpação externa e interna com avaliação funcional do AP através do teste New Perfect. Como estratégia de educação em saúde, as gestantes foram informadas sobre as alterações fisiológicas que podem ocorrer nesse período e orientado sobre a musculatura do AP e suas funções a partir de ilustrações da estrutura. Na detecção de disfunções, todas foram orientadas de acordo com sua necessidade a realizar: alterações de hábitos de vida e alimentares;exercícios e posicionamento para favorecer funcionamento intestinal e evacuação; correção de posicionamento corporal e movimentos ocupacionais; ativação da musculatura abdominal e postural; e treino de ativação coordenada e efetiva dos músculos do AP.Resultados: A média de idade foi 34 anos e 28,56 semanas gestacionais. Dez gestantes realizavam algum tipo de exercício físico. As principais queixas foram:incontinência urinária de esforço (71,42%) e dor lombo pélvica (71,42%), sendo a maioria(57,14%) com início no período gestacional. Apenas 21,42% das gestantes apresentaram constipação. Cinco relataram dor na relação sexual (35,71%), doze (85,71%)apresentaram diástase e no New Perfect 8(57,14%) apresentaram redução de força e 9(64,28%) redução endurance do AP.Conclusão: Foi possível detectar diversas disfunções nessa população e, a partir dessas, elencar as principais queixas gestacionais para informar, orientar e nortear o auto-gerenciamento para redução desses sintomas. |
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(IN)SATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL E CLIMA ESCOLAR NA ADOLESCÊNCIA: REVISÃO NARRATIVA Autores: Emanuelly Bichoff da Luz | Cristiana Magni , Cristiane de Melo Aggio Instituição: PPGDC- Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Comunitário - Universidade Estadual do Centro-Oeste Palavras-chave: Aparência Física; Insatisfação Corporal; Instituições Acadêmicas. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3674 Resumo: Caracterização do problema: A imagem corporal compreende a percepção da pessoa sobre seu corpo e seus pensamentos e sentimentos, a qual se acentua com as rápidas transformações físicas, psicológicas e sociais da puberdade. Nesta fase, os adolescentes sofrem pressões e expectativas relacionadas à aparência e aos padrões de beleza determinados, que os expõe aos transtornos alimentares e à insatisfação com a imagem corporal.1,2 Objetivos: Discutir a relação entre a (in)satisfação corporal em adolescentes e as organizações escolares. Método: Revisão narrativa de publicações científicas atuais sobre a satisfação com a imagem corporal no ambiente escolar. Discussão: Influenciado pelas vivências individuais, o desenvolvimento físico da adolescência altera as características pessoais e a percepção sobre o corpo3,4, sendo a satisfação com a imagem corporal favorecida pelo pertencimento em grupos e relações saudáveis na escola.5 Adolescentes com estágio maturacional acelerado (subtração da idade óssea em meses pela idade cronológica em meses >=12) são mais insatisfeitos com a imagem corporal e os do sexo masculino vislumbram o corpo forte e musculoso.6 Adolescentes do sexo feminino são mais afetadas pela cultura do corpo idealizado e, dependendo das relações estabelecidas com o ambiente, podem se distanciar da identidade pessoal e ficar insatisfeitas com o peso e a aparência do corpo real.3,7 Para evitar que o clima escolar prejudique a satisfação com a imagem corporal, desenvolvida na adolescência, comportamentos problemáticos, como bullying, devem ser desencorajados e rejeitados pelos grupos, cabendo às políticas públicas e à comunidade escolar a defesa do clima escolar saudável, com crenças e relações harmoniosas e solidárias, que favoreçam a aceitação social e a autoestima dos adolescentes.5,7,8 Conclusão: As mudanças fisiológicas, psicológicas, cognitivas e sociais ocorridas na adolescência sofrem influências sociais, culturais e ambientais, logo, a satisfação com a imagem corporal depende do clima escolar. Quando a comunidade escolar respeita a diversidade dos corpos, potencializa o sentimento de identidade e apoia o estilo de vida saudável, beneficia a autoestima e a percepção que o adolescente tem sobre si, colaborando então para sua satisfação com a imagem corporal. Profissionais da saúde e da educação devem investir no clima escolar saudável e interagir positivamente com os adolescentes, identificando precocemente os insatisfeitos com a imagem corporal. |
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DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES PRÁTICAS NA SEGURANÇA MEDICAMENTOSA NO CONTEXTO HOSPITALAR PARA EQUIPES DE ENFERMAGEM Autores: Michele Ioris | Camilla Ferreira de lima, Gabriela Milczewski, Ana Karoline da Costa da Silva, Jeferson Bueno de Lima Souza, Rosane Kraus Instituição: FEAS Palavras-chave: Educação em enfermagem. Aprendizagem. Segurança do paciente. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3680 Resumo: Caracterização do problema: A problemática existente na segurança medicamentosa está na adesão da aplicação dos nove certos na rotina das equipes, sobretudo quanto ao paciente certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa, registro certo, ação certa, forma e resposta certa. A ANVISA, por meio da meta três de segurança do paciente, traz recomendações para melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos. Justificativa: Os eventos adversos relacionados à administração de medicamentos podem levar a importantes agravos à saúde, e consideráveis repercussões econômicas e sociais, os quais podem ser evitados através da construção do conhecimento e capacitação. Objetivos: Relatar a capacitação da equipe de enfermagem através da metodologia ativa de ensino, para administração segura de medicamentos através dos nove certos. Descrição da experiência: O Serviço de Educação Permanente e residentes de enfermagem do Programa Multiprofissional em Saúde do Idoso, planejaram e organizaram a ação que ocorreu por meio de quatro stands montados próximos às estações de trabalho, facilitando acesso e adesão das equipes. No primeiro, a equipe participou da dinâmica do quebra-cabeça dos nove certos, cada peça representava um certo e sua descrição; no segundo, o colaborador realizava uma simulação de preparo, sorteava uma prescrição médica, simulava a aspiração do medicamento, diluição, via correta e aplicação; o terceiro abordou infecções relacionadas à assistência à saúde, especificamente, a infecção de corrente sanguínea, reforçando o segundo momento: antes de realizar procedimento asséptico; no quarto stand foi discutido o uso da via subcutânea, indicada em casos de dificuldade de acesso vascular, considerando as especificidades da técnica. A fim de incentivar e estimular a participação das equipes, cada participante recebeu um brinde temático. Reflexão sobre a experiência: A ação objetivou propagar conhecimento através da metodologia ativa, contrapondo o modelo tradicional de ensino, nessa perspectiva de ensino-aprendizagem ocorre maior interatividade, troca de informações e maior proximidade com o cotidiano, fato que foi observado pela alta adesão e participação dos colaboradores. Recomendações: A educação nos serviços de saúde deve ser contínua e constante, a temática deve ser reproduzida periodicamente, assim, aliando o conhecimento teórico e prático, os profissionais podem colaborar para um cuidado mais seguro e com qualidade. |
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CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM AUDITORIA DO SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O FORTALECIMENTO DO SISTEMA NACIONAL DE AUDITORIA Autores: Caroline Maestri Nobre Albini | Liliane Ocalxuk, Priscila Meyenberg Cunha Sade, Camila Del Tregio Esteves Instituição: Escola de Saúde Pública do Paraná/ ESPP Palavras-chave: Educação Permanente em Saúde; Auditoria; Gestão de riscos; Sistema Único de Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3683 Resumo: A auditoria interna governamental é um instrumento estratégico que contribui para aumentar e proteger o valor organizacional das instituições públicas, no âmbito da saúde pública pode agregar na eficiência da oferta de ações e serviços de qualidade e tempestivos. Esse relato de experiência trata da elaboração e implementação do Curso de Aperfeiçoamento em Auditoria do SUS, com a realização de uma turma na modalidade EAD e outra híbrida, com carga horária de 200 horas, com o objetivo de atender à necessidade de formação de auditores para o SUS, a partir da auditoria baseada em risco e da proposta pedagógica alinhada à Educação Permanente em Saúde. O público-alvo se constituiu por profissionais de nível superior que atuavam em seções de Auditoria no estado do Paraná, nos níveis municipal, estadual e federal. Com base em experiências institucionais de formação em auditoria interna governamental, estabeleceu-se a organização curricular do curso em 3 Unidades de Aprendizagem (UA) e 11 Módulos de Ensino (ME), a saber: UA 1. Auditoria baseada em riscos – ME 1.1 Controle interno e pressupostos legais da auditoria do SUS, 1.2 O Sistema Nacional de Auditoria,1.3 Três Linhas de Defesa na governança pública, 1.4 Conceito de risco, 1.5 Começando a auditoria; UA 2. Operacionalização dos processos de trabalho de auditoria – ME 2.1 Estatística, 2.2 Fase de planejamento, 2.3 Fase Operativa, 2.4 Fase de Relatório, 2.5 Fase de monitoramento; UA 3. Módulo complementar – ME 3.1 Auditoria na Atenção Básica e na Média e Alta Complexidade. Foram realizados encontros remotos (turma 1) e presenciais (turma 2) associados às videoaulas, à leitura de textos básicos e de material complementar, aos questionários de avaliação e fixação e da interação com os tutores por meio de fóruns de discussão, criação de textos interativos, podcasts e simulação do processo de auditoria a partir de estudo de caso dirigido. O curso interveio na realidade atual ao formar 162 profissionais qualificados para atuar em auditoria no âmbito do SUS, de diferentes regiões de saúde do estado, logo propiciando capilaridade. Ademais, não apenas fortaleceu as capacidades das equipes de auditoria governamental, mas também contribuiu diretamente para o aprimoramento e proteção do valor das instituições públicas envolvidas na prestação de serviços de saúde à sociedade. Assim, o curso representou um passo significativo na contínua melhoria da governança pública e na busca pela excelência na auditoria do SUS. |
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INTEGRAÇÃO HOSPITAL-COMUNIDADE NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO DA SAÚDE Autores: Itala Villaça Duarte | Gabriela Visnieski Siqueira, Tuane Caetano dos Santos Ferreira de Souza, Roberta Sztorc Pires, Lirian Simões Krupek, Henrique Shody Hono Batista Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Formação profissional; Capacitação de recursos humanos em saúde; Psicologia hospitalar Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3685 Resumo: Resumo: A psicologia é uma ciência e profissão voltada ao cuidado da saúde, com ênfase nos aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais. Entre as áreas de atuação do psicólogo, a psicologia da saúde e hospitalar são especialidades que se dedicam à prevenção e ao cuidado vinculado aos processos saúde-doença, favorecendo uma abordagem biopsicossocial e integral. Neste sentido, a formação de profissionais para estas áreas deve contemplar diferentes aptidões, habilidades e competências que envolvem a escuta, o acolhimento, o aconselhamento em saúde e as intervenções psicoterapêuticas, bem como o conhecimento de aspectos multiprofissionais que favoreçam a assistência interprofissional. Este relato tem por objetivo descrever a experiência de um serviço de psicologia de um hospital público de Curitiba, que desenvolve atividades de ensino e formação de estudantes de psicologia, à nível de graduação e pós-graduação, visando a formação de profissionais alinhados às demandas do mercado de trabalho. As atividades de ensino e formação se dividem em três eixos, a saber: 1) supervisão da prática de estágios, 2) ensino teórico e 3) realização de eventos científicos abertos à comunidade. A supervisão de estágios é voltada a estudantes de último ano de graduação em psicologia que realizam o estágio curricular obrigatório na instituição, além de estudantes de pós-graduação, na modalidade de residência multiprofissional em saúde. De janeiro a agosto de 2023, foram supervisionados 10 estudantes de graduação em psicologia e 02 estudantes de pós-graduação, visando desenvolver as aptidões e habilidades de triagem, escuta terapêutica, raciocínio clínico em psicologia, discussão em equipe e evolução em prontuário. Neste mesmo período, foram ofertadas 15 aulas semanais para estudantes de graduação e pós-graduação, com temáticas sobre práticas psicológicas em instituições de saúde, psicologia da saúde e envelhecimento. Por fim, em Agosto de 2023, foi realizado um evento científico, na modalidade de Encontro Temático, em que foram discutidos com a comunidade temas relevantes para a formação em psicologia da saúde, como cuidados paliativos e intervenções psicoterapêuticas nas doenças crônicas. O evento atingiu um público de 80 participantes. Desenvolver uma prática de ensino que englobe diferentes eixos de formação tem contribuído significativamente na formação de profissionais de psicologia da saúde capazes de integrar o conhecimento com as demandas da comunidade. |
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EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO EM SERVIÇO DE UMA PSICÓLOGA RESIDENTE EM SAÚDE DO IDOSO Autores: Lirian Simões Krupek | Roberta Sztorc Pires, Henrique Shody Hono Batista, Gabriela Visnieski Siqueira, Tuane Caetano dos Santos Ferreira de Souza, Itala Villaça Duarte Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: formação profissional em saúde; prática interdisciplinar; psicologia hospitalar. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3688 Resumo: A psicologia é uma profissão demandada em diversos campos, assim, são múltiplas as possibilidades para uma(um) recém formada(o). Porém, nem sempre essa(e) profissional se sente preparada(o) para assumir tal responsabilidade sem ter tido um escopo de experiência. A residência multiprofissional é justamente uma ponte entre a potência de uma(um) profissional que deseja pôr em prática a ciência que estuda, ao mesmo tempo em que oferece o suporte do núcleo, ou seja, uma formação em serviço. Neste sentido, o programa de residência propõe uma formação de trabalhadoras(es) mais sensíveis às diferentes dimensões do cuidado. Um programa com foco em Saúde do Idoso, por exemplo, aponta as demandas específicas dessa população, proporcionando à(ao) residente o trânsito entre serviços que assistem a esse público. Enquanto psicóloga(o) residente há uma gama de aprendizados, dores e alegrias possíveis de se viver durante os dois anos de formação que são específicas à vivência de cada sujeito. Este relato tem por objetivo descrever a experiência de formação em serviço de uma psicóloga residente em Saúde do Idoso, que desenvolve atividades práticas e teóricas nas 60 horas semanais do programa. A carga horária é uma obrigatoriedade comum a todas as residências, assim como os eixos de teoria, o que vai diferenciar não só programas, mas também as práticas, é a área de atuação. E, enquanto psicologia, o que se destaca é a escuta e a intervenção a partir dela. Uma questão bastante discutida na graduação é relacionada às abordagens dentro da psicologia, mas quando pensamos em SUS e nos seus equipamentos, a abordagem da(o) psicóloga(o) não é o que está em destaque, mas a diferenciação e refinamento de habilidades dos núcleos profissionais como um todo, compatíveis com as necessidades de cada campo. A residência proporciona ainda a aproximação e muitas vezes compreensão dessa diversidade, o que é enriquecedor. Assim, pode-se compreender a residência como geradora de processos transdisciplinares de formação e de trabalho, que coloca a(o) recém formada(o) na condição de profissionais do SUS, atravessada(o) pelas questões sociais e pelas políticas públicas, proporcionando um espaço de crescimento pessoal e maturidade profissional, em que cada residente vai atribuir sentidos e significados próprios, a partir da sua experiência. |
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DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA ATIVA NO APRENDIZADO DO MANEJO DE LESÃO POR PRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ENFERMEIROS Autores: Adrieli Aparecida Simoes de Oliveira | Márcia Helena de Souza Freire, Rosane Kraus Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns Palavras-chave: Enfermagem; Estomaterapia; Educação em Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3690 Resumo: Caracterização do problema: A problemática da lesão por pressão (LP) no âmbito hospitalar é recorrente, mobilizando processos de capacitação da equipe de enfermeiros para a avaliação e tratamento das mesmas, mediante o conhecimento dos protocolos para avaliação e, para o tratamento, com as coberturas padronizadas. Para tanto, o envolvimento ativo dos enfermeiros na aquisição do conhecimento torna-o protagonista de sua trajetória. Justificativa: A metodologia ativa de ensino para o processo de aprendizagem de profissionais enfermeiros promove sua participação na construção do conhecimento, sobretudo ao se problematizar mediante a visualização projetada de ferida complexa, mobilizando a discussão das condutas sugeridas. Objetivos: Relatar a capacitação dos enfermeiros para avaliação e tratamento de LP em pacientes hospitalizados. Descrição da experiência: Planejaram-se Etapas sequenciais para abordagem à problemática da avaliação e tratamento das LP. Na 1ª Etapa, houve aula expositiva dialogada com projeção de slides para contextualização do tema. A 2ª Etapa se desenvolveu com a projeção de cinco fotos de feridas diferenciadas, para que os enfermeiros registrassem em postites a sugestão da conduta a ser tomada. Após, a enfermeira estomaterapêuta, responsável pelo treinamento, procedeu à exposição no quadro de projeções, realizando possíveis às condutas tomadas pelos enfermeiros participantes, resolvendo dúvidas, e conduzindo o raciocínio clínico para melhor tomada de decisão. Já, na 3ª Etapa, houve a prática com a temática do desbridamento de feridas, realizado na laranja. Foi utilizada a técnica de square, esta é simples e segura e consiste em realizar ranhuras paralelas em toda necrose para possibilitar a entrada da cobertura indicada. Outra técnica aplicada foi a cover, realização do descolamento de uma das bordas da necrose, utilizando pinça e lâmina de bisturi. A aula prática propiciou aos enfermeiros a experiência de praticar a retirada da casca da laranja sem agredir o gomo, associando o tecido desvitalizado e tecido viável. Reflexão sobre a experiência: Atrair o enfermeiro para processos de capacitação é sempre um desafio amenizado ao se utilizar metodologia ativa para o aprendizado que auxilia na tomada de decisão na avaliação de das feridas complexas. A devolutiva dos participantes foi de satisfação em participar da capacitação e, como resultado, expressaram o aprendizado. Recomendações: O uso de metodologia ativa é um diferencial nos treinamentos |
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DISCUSSÃO DE CASO SOBRE A PARTICIPAÇÃO PATERNA EM CONSULTAS DE ENFERMAGEM DE PRÉ-NATAL A LUZ DA ANTROPOLOGIA DA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Alitheia Karla da Silva | Tarcísio Padilha, Leide da Conceição Sanches, Mário Antônio Sanches Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná Palavras-chave: Antropologia Médica, Paternidade, Cuidado Pré-Natal Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3707 Resumo: Caracterização do problema e justificativa: A presença do pai durante as consultas de pré-natal são escassas, e dentre os fatores que contribuem para a ausência do homem nas consultas destacam-se os culturais, que influenciam a forma como as famílias quanto os profissionais de saúde associam o pré-natal apenas à maternidade e à mulher, e distanciam os parceiros que necessitam de apoio para o desenvolvimento da Paternidade. A partir da metodologia de trabalho do Seminário de Antropologia, apresentou-se e desenvolveu-se a situação-problema, utilizando-se da metodologia Arco do Maguerez.As etapas do Arco de Maguerez que são: Realidade (caso);Pontos-chave; Teorização; Hipóteses de Solução e Aplicação à realidade possibilitaram a elaboração de propostas de estratégias de abordagem para o pai, geralmente ausente nas consultas de enfermagem, visando sua aproximação. Objetivos: Descrever a aplicação dos conhecimentos adquiridos no Seminário de Antropologia em Saúde na prática da consulta de enfermagem no pré-natal realizado na Atenção Primária. Descrição da Experiência: Foram realizadas aulas teóricas e sala invertida com a temática antropologia da saúde com mestrandos e doutorandos das áreas de saúde e humanas provenientes de diversas Instituições de Ensino Superior.Os estudantes foram divididos por áreas de interesse, sendo um dos temas escolhidos e foco deste relato a paternidade e cuidado, promovendo reflexões e a aplicação na prática por uma das autoras que é Enfermeira. A aplicação foi levada para a prática profissional das consultas de pré-natal,o acolhimento do Pai Presente, já que em sua maioria, os homens acreditavam que não poderiam participar da consulta da parceira. Após o esclarecimento das leis vigentes e do protocolo, os parceiros obtiveram empoderamento de conhecimentos e, consequentemente, a formação de uma paternidade participativa no pré-natal e puerpério. Reflexão sobre a experiência: Os estudos sobre antropologia cultural contribuem para que as consultas na Atenção Primária sejam eficazes, respeitando a cultura de cada paciente e seu respectivo significado de saúde-doença. A gestante deve ser compreendida em todo seu contexto social, assim como a inclusão de seu parceiro para que o mesmo desenvolva a Paternidade e o Cuidado. Recomendações: A interdisciplinaridade dos seminários de Antropologia promovem aos estudantes, reflexões e estratégias que proporcionam ações de qualidade de vida da família e comunidade em sua prática profissional. |
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PROMOVENDO O LETRAMENTO EM SAÚDE E A ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO, EM MUNICÍPIO RURAL REMOTO AMAZÔNICO Autores: Emilly Godinho Corrêa | Guilherme Ferreira Correia, Igor Bronzeado Cahino Moura de Almeida, Duane Rodrigues Batista, Camila Rose Guadalupe Barcelos, Amandia Braga Lima Sousa Instituição: Instituto Federal do Paraná Palavras-chave: Cuidado em saúde; Letramento em Saúde; Adesão à Medicação Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3708 Resumo: Caracterização do problema: A não adesão à terapia medicamentosa para pacientes portadores de doenças crônicas é um fator limitante para a manutenção da qualidade de vida, especialmente para a população que possui dificuldade no acesso aos serviços de saúde, como populações ribeirinhas. Além de aumentar os custos para os sistemas de saúde, este aspecto revela a importância do letramento em saúde dos indivíduos. Justificativa: A compreensão das orientações em saúde é fundamental para o uso correto de fármacos prescritos, e o letramento funcional em saúde, com enfoque na adesão medicamentosa de pacientes hipertensos e/ou diabéticos é alvo de construtos para promover uma boa comunicação dos profissionais de saúde e seus pacientes. Objetivos: Capacitar profissionais de saúde para a aplicação de estratégias que estimulem a adesão de medicamentos de uso contínuo, em pacientes hipertensos e diabéticos, que vivem em áreas rurais remotas. Descrição da experiência: A partir do diagnóstico situacional, do município rural remoto de Nhamundá-Amazonas, observou-se a necessidade da inclusão de artefatos de informação, como a implementação de uma ficha de orientação aos pacientes, incluindo elementos visuais, sobre o correto uso dos medicamentos, a partir do projeto “Colorindo a Saúde. Inicialmente, procedeu-se a identificação do problema, por meio da inter-relação de gestores e profissionais, e de maneira conjunta foi implementada a oficina com os agentes comunitários de saúde, farmacêuticos e equipe de enfermagem, com foco na implantação das fichas para os pacientes. A oficina, realizada em um espaço para reuniões em saúde, incluiu dinâmicas entre os participantes, e permitiu a implementação das caixas dos medicamentos por meio de sinalização por cores, no ato da retirada dos fármacos, no dispensário de medicamentos da Unidade Básica de Saúde. Reflexão sobre a experiência: Essa capacitação contribuiu para destacar fatores que possam estar associados as disparidades nos cuidados de saúde, como aspectos relacionados a comunicação profissional-paciente, e a criação de estratégias para mitigar demandas relacionadas a inadequada administração de medicamentos entre os pacientes, principalmente idosos. Recomendações: Após implementação das fichas nas famílias, evidenciaram-se novas demandas, e maior motivação na continuidade deste projeto. |
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SIMULAÇÃO CLÍNICA DO MANEJO DO EVENTO AGUDO EM SAÚDE MENTAL PARA O FORTALECIMENTO DA ABORDAGEM INTERPROFISSIONAL. Autores: Marcelo Augusto Silva Gonçalves | Marcelo Costa Benatto, Isabeli Emily Chevonik, Kellen Galvão Benedito, Rafael André Corssini Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Aprendizagem Interativa; Educação Interprofissional; Saúde Mental. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3722 Resumo: Caracterização do problema: A formação acadêmica dos profissionais de saúde apresenta um déficit significativo na preparação destes para a atuação nos atendimentos de emergências psiquiátricas. Justificativa: O uso de simulação permite que os aprendizes ou participantes das ações educacionais observem e realizem práticas clínicas seguras para si mesmo e para o paciente, corroborado pela literatura que afirma ser um modelo que permite melhores índices de aquisição de conhecimento e habilidade técnica para tomada de decisão segura. Objetivo: Relatar o uso de simulação clínica para aperfeiçoamento do manejo do evento agudo em saúde mental para os trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial e Unidade de Estabilização Psiquiátrica na cidade de Curitiba/PR. Descrição da experiência: O processo de aprendizagem por simulação se divide em 3 etapas: familiarização (contextualização teórica do conhecimento necessário para o desenvolvimento da competência pretendida), cenário (apresentação do caso a ser trabalhado na ação) e debriefing (discussão reflexiva sobre a ação, para desenvolvimento do pensamento crítico). Para execução da simulação os participantes foram organizados em pequenos grupos de 15 pessoas, ocorrendo semanalmente entre os meses de abril/2023 e agosto/2023, iniciado com pré-teste de atendimento a uma paciente padronizado (atriz) com quadro de desorganização mental e agitação psicomotora com progressão ao quadro de heteroagressividade. O moderador da ação realizava pausas sempre que identificado, no atendimento, os disparadores de crise, fazendo uma breve discussão sobre como a situação poderia ser aperfeiçoada pelo participante. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Ao fim da ação, os grupos relataram melhora na compreensão de ações e palavras que podem dificultar a abordagem do paciente em crise de saúde mental, houve também troca de experiências interprofissionais numa perspectiva multidisciplinar. Vários participantes relataram maior sensação de segurança para execução do manejo das crises em saúde mental que possam vir a acontecer em seus postos de trabalho. Portanto, em vista dos benefícios que a prática em simulação clínica proporciona ao aprendiz, a multiplicação desta modalidade de ensino para as ações de educação permanente em saúde das equipes assistenciais contribuirá para aquisição e aperfeiçoamento de competências técnicas e não-técnicas. |
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TUTORIA DE PESQUISA CIENTÍFICA PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE E RESIDENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Tatiane Caroline Boumer Zepechouka | Ana Lídia Emerick Rosa, Isabel de Lima Zanata, Gabriela Pinheiro Brandt, Felipe Yukio Ishikawa Fragoso Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba Palavras-chave: Ensino; Pesquisadores; Pesquisa científica; Tutoria; Atividades de Capacitação. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3723 Resumo: Caracterização do problema: A produção de conhecimento científico no Sistema Único de Saúde (SUS) e para o SUS é de extrema relevância, tendo em vista que esses cenários são campos ricos de conhecimentos, pesquisas e experiências exitosas. Nesse cenário, a implementação de atividades de ensino e pesquisa em serviços do SUS são importantes e podem compor a missão dessas instituições. Justificativa: Com isso, uma fundação pública de direito privado desenvolve essa missão por meio de um Centro de Educação e Pesquisa em Saúde. Dentre as diversas atribuições do setor, a pesquisa científica é considerada uma das grandes áreas de atuação. Para atender as demandas de pesquisa e esclarecimentos dos profissionais e residentes da instituição, profissionais com formação acadêmica realizam a tutoria de projetos. Objetivo: |Relatar sobre as tutorias de pesquisas científicas realizadas por um Centro de Educação e Pesquisa em Saúde. Descrição da experiência: O setor é o responsável por monitorar e acompanhar todas as pesquisas científicas, aprovadas por Comitê de Ética em Pesquisa, que são executadas na instituição: desde a intencionalidade do pesquisador em ter a instituição como campo de estudo, exigência da aprovação ética, suporte ao pesquisador durante a execução da pesquisa e finalização. Além desse acompanhamento, profissionais do setor com titulação acadêmica prestam suporte metodológico aos profissionais da saúde e residentes que tem interesse em realizar pesquisas, mas apresentam dúvidas sobre as tramitações e processos necessários para execução dos estudos. A tutoria é realizada de maneira individual com os pesquisadores interessados, onde é possível esclarecer dúvidas sobre o desenvolvimento do projeto de pesquisa, orientação sobre o delineamento e determinação de desenho do estudo, esclarecimentos sobre análises estatísticas e análises qualitativas. Com essa atividade, percebeu-se maior interesse dos profissionais em realizar pesquisas na instituição, há também contribuições no que diz respeito a qualidade das pesquisas que estão sendo desenvolvidas (coerência, assertividade, respeito aos aspectos éticos e disseminação dos resultados para a comunidade científica). Reflexão sobre a experiência e recomendações: A tutoria permite maior aproximação dos profissionais de saúde com a pesquisa científica e consequentemente da prática baseada em evidências, mostrando-se papável e possível de ser realizada mesmo que não seja uma vivência rotineira dos profissionais. |
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ORIENTANDO QUEM ORIENTA - FORMAÇÃO PARA O NÚCLEO DOCENTE ASSISTENCIAL DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Tatiane Caroline Boumer Zepechouka | Isabel de Lima Zanata, Ana Lídia Emerick Rosa, Antonio Dercy Silveira Filho, Luciana Elisabete Savaris, Isabeli Emily Chevonik Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde e Secretária Municipal da Saúde de Curitiba Palavras-chave: Residência em Saúde; Orientadores; Preceptores; Pesquisa científica; Atividades de Capacitação. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3724 Resumo: Caracterização do problema:O trabalho de conclusão da residência (TCR) é atividade curricular obrigatória e um dos elementos indispensáveis para a conclusão da pós-graduação. Considerando a relevância da produção de conhecimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e para o SUS, o objetivo do TCR é promover a integração do conhecimento teórico-prático adquirido ao longo da formação. De acordo com as resoluções do Ministério da Educação, são atividades teóricas obrigatórias para os residentes as aulas de Metodologia Científica e Bioestatística, todos tem carga horária específica para elaboração e execução de suas pesquisas. Mas para que elas sejam realizadas e conduzidas a fim de atingir seus objetivos, capacitações para os orientadores são primordiais. Pois não basta apenas ensinar o residente, faz-se necessário capacitar o Núcleo Docente Assistencial (NDA) na condução das orientações. Justificativa:Partindo desse princípio capacitar o NDA parecer ser uma solução para a qualificação das pesquisas científicas no âmbito das residências. Deste modo, criou-se uma formação de orientação de projetos científicos, que engloba diversos assuntos no que diz respeito ao processo de pesquisa e ensino do residente: fazê-lo refletir, criar hipóteses, interpretar seus resultados, refutar dados baseados na prática baseada em evidências e discuti-los. Objetivo:Relatar a criação de uma formação sobre metodologia científica para o NDA das residências. Descrição da experiência: A formação foi dividida em 4 temas: (1)Pesquisa científica (a)Orientador de TCC: papel no processo de formação do residente; (b)Pesquisa científica: olhar crítico, selecionando tema, identificando hipóteses, construindo objetivos, alinhando métodos aos objetivos; (c)Métodos quantitativos e bioestatística básica, e; (d)Métodos qualitativos e interpretações de dados qualitativos; (2)Projeto de pesquisa (a)Elaboração do projeto de pesquisa: guardando coerência entre cada um dos campos e (b)Oficina de elaboração de projeto; (3)Ética e Bioética (a)Ética em pesquisa com Seres Humanos: princípios e o sistema CEP/Conep e (b)Plataforma Brasil: inserindo um projeto, acompanhamento e finalização da pesquisa; (4)Redação científica (a)Como elaborar um artigo científico. Reflexão sobre a experiência e recomendações:Práticas como essa, demonstram a relevância da formação contínua dos profissionais envolvidos no processo de residência e o incentivo da instituição para o desenvolvimento de pesquisas qualificadas. |
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PROJETO SOMBRA: DESENVOLVENDO O RACIOCÍNIO CLÍNICO Autores: Marcelo Costa Benatto | Alberto Filipak Junior, Isabeli Chevonik, Taisa Faria Jorge Faret, Marcelo Augusto Silva Gonçalves, Rafael André Corssini Instituição: FUNDAÇÃO ESTATAL DE ATENÇÃO À SAÚDE Palavras-chave: Raciocínio clínico; Feedback; Competência profissional Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3747 Resumo: Caracterização do problema: A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) é um serviço com foco no atendimento às demandas agudas e que requer avaliação e intervenção imediata. Observa-se, de acordo com relatórios de gestão, médicos com pouca experiência nas salas de emergência das Unidades de Pronto Atendimento. Justificativa: Considerando isso, é necessário capacitar médicos para atuar na sala de emergência das UPAs, a partir de método próprio de ensino baseado em tutoria, onde a prática e a transferência de conhecimento são enfatizadas por meio da interação entre o médico emergencista e o médico participante (sombra), permitindo a imersão deste em um ambiente real, com orientação e feedback sistematizados e contínuos. Objetivo: Relatar a ação de educação para desenvolvimento do raciocínio clínico do médico na sala de emergência da UPA. Descrição da experiência: O projeto “sombra” é composto por 40 horas, divididas em 4 módulos. No módulo 1 (4 plantões de 6 horas), o tutor atua diretamente na sala de emergência explicando o raciocínio clínico das tomadas de decisão. O médico sombra assiste a condução e executa procedimentos sob orientação. Ao final, o médico sombra responde uma avaliação formativa (check List) dos pontos-chave que foram abordados durante a tutoria. Desta forma, o tutor auxilia na identificação do progresso do médico sombra, apontando as competências que foram desenvolvidas e as que necessita desenvolver. No Módulo 2 (1 plantão) o médico sombra assume o plantão na sala de emergência, sob supervisão do tutor e, ao final, responde avaliação que contempla a sua vivência do manejo da sala de emergência e as dificuldades enfrentadas. No módulo 3 (1 plantão) o médico tutor atua em conjunto com o médico sombra para sanar as dúvidas do processo de inserção profissional na sala de emergência e reforçar os conteúdos que englobam a prática clínica. Este módulo visa preencher lacunas na aprendizagem. No módulo 4 (4 horas) o médico tutor apresenta casos clínicos em ambiente simulado para avaliar a aplicação do raciocínio clínico do médico sombra. Por fim, o médico tutor realiza feedback aliado à literatura para fortalecimento da prática do aprendiz. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: O projeto sombra direicionou o ensino de forma personalizada, compreendendo o tempo de aprendizagem dos participantes e capacitando novos profissionais para atuar na sala de emergência. |
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ESTÁGIO SUPERVISIONADO FLEXIBILIZADO: UMA PROPOSTA DE ENSINO REMOTO PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE Autores: Vanessa Bacelar de Souza Verdolin | Doriana Cristina Gaio Girata, Gisele Marchetti, Giselle Emilaine da Silva Reis, Maria Lúcia Tozetto Vettorazzi Instituição: Instituto Federal do Paraná Palavras-chave: Educação Profissional em Saúde Pública;Educação a Distância;Mídias sociais Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3752 Resumo: Caracterização do problema: a inovação nos processos formativos de profissionais técnicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) exige discussão urgente, especialmente no contexto pós-pandemia. A suspensão do calendário acadêmico em caráter excepcional, como medida de enfrentamento à COVID-19, em 2020, trouxe um grande desafio para as escolas formadoras. Além do isolamento social, a crise sanitária exigiu esforços e criatividade dos atores envolvidos por meio da reinvenção de metodologias que contemplassem atividades pedagógicas não presenciais com uso da internet. Justificativa: frente à impossibilidade de ministrar aulas presenciais, os professores do Curso Técnico em Saúde Bucal propuseram uma alternativa para substituir o Estágio Supervisionado II por atividades remotas que assegurassem a qualidade de aprendizagem. Objetivo: apresentar uma proposta de adaptação curricular de estágio supervisionado no formato à distância por meio da reorientação de metodologias convencionais sob a perspectiva da tecnologia da informação para a educação. Descrição da experiência: a adaptação curricular foi realizada com a identificação de mídias sociais passíveis de utilização na divulgação de conteúdo educativo em saúde bucal e de conhecimentos sobre as atribuições profissionais para o mercado de trabalho. As atividades contemplaram a elaboração, apresentação e postagem de conteúdo temático em mídias sociais (Youtube, Instagram, Google Meet, TikTok e Canva). Os temas foram a promoção da saúde bucal por ciclos de vida, princípios ergonômicos aplicados à odontologia, humanização do atendimento e controle de infecção no consultório odontológico. Os materiais foram elaborados pelos estudantes do segundo ano e compartilhados com discentes do primeiro ano do curso, proporcionando uma troca pedagógica entre pares. Reflexão sobre a experiência e recomendações: os relatos de satisfação dos estudantes, após a conclusão do componente curricular, sugeriram que o uso das tecnologias digitais para a formação profissional em saúde pode representar significativa inovação nos processos de ensino-aprendizagem em um cenário onde o acesso à internet e às mídias sociais só aumentam. É necessário reconhecer as potencialidades da apropriação destas mídias tanto quanto ao potencial de alcance de espectadores, quanto como estratégia para a formação técnica em saúde, com vistas à atuação destes profissionais no SUS sob a perspectiva da promoção de saúde bucal efetiva e democrática. |
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A PERSPECTIVA DE ATUAÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA EM SERVIÇO DE TELEATENDIMENTO PARA A CONDIÇÃO PÓS COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Pollyanna Kassia de Oliveira Borges | Paulo Ricardo Bren, Ramon Augusto Teixeira, Erildo Vicente Müller, Carlos Eduardo Coradassi, Camila Marinelli Martins Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa; Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa Palavras-chave: Medicina; Sistema de Vigilância em Saúde; Vigilância em Saúde Pública; Telemedicina; Tecnologias da Informação Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3763 Resumo: Caracterização do problema: No período pandêmico da COVID-19 o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentou inúmeros desafios, entre eles a reorganização de profissionais e de estruturas para o atendimento da população. A telemedicina foi uma alternativa encontrada para atender a demanda daquele período. Após o primeiro semestre da pandemia, surge uma nova condição de saúde derivada da COVID-19, denominada condição pós COVID-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS), define a condição pós COVID-19 como sinais e sintomas duradouros por mais de 3 meses após a fase aguda da COVID-19. Dessa forma, a condição pós COVID-19 se tornou uma questão de atenção na área da Vigilância em Saúde. O conceito de saúde, de acordo com a OMS, é definido como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Esse conceito enfatiza a importância do acadêmico de medicina considerar não apenas a condição física das pessoas, mas também seus aspectos mentais e sociais para avaliação da saúde plena do paciente. Justificativa: O grupo de pesquisa, COVID Longa PG, realiza um inquérito telefônico investigando aspectos epidemiológicos e manifestações sistêmicas da condição pós COVID-19. Objetivo: Elucidar a experiência de acadêmicos de medicina frente um serviço de teleatendimento à população que teve COVID-19 com PCR positivo nos anos 2020/21, investigando os sintomas presentes após infecção aguda da doença. Descrição da experiência: Os acadêmicos de medicina, realizam no call center na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), entrevistas telefônicas, que visam coletar os dados sóciodemográficos, hábitos de vida, condições de saúde e manifestações da doença da COVID-19 aguda e crônica. Reflexão sobre a experiência: Além de assistir aos serviços de Vigilância em Saúde, e ter contato com a pesquisa desenvolvida, a realização das ligações possibilita ao acadêmico esclarecer dúvidas da população em relação à doença. Inserindo o acadêmico em uma nova realidade de atendimento médico, enfrentando assim diversos desafios e aprendizados, evidenciando a importância da empatia, paciência e comunicação clara com os pacientes. Recomendações: A experiência no teleatendimento é indicada, para o aluno de graduação desenvolver habilidades de comunicação, adaptação, competência na coleta de dados em pesquisa por inquérito telefônico e aproxima o acadêmico com a experiência da telemedicina e da vigilância em saúde ativa. |
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A EXPERIÊNCIA E A IMPORTÂNCIA DA RESIDÊNCIA NA VIDA PROFISSIONAL DE FISIOTERAPEUTAS Autores: Sofia Von Eckhardt Brunow Barbosa | Tissiane Bona Zomer, Mariana Alves Dvulhatka, Thiago Rogerio Padilha Amarante, Caroline Marcelly de Souza, Paulo Henrique Coltro Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: programas de pós-graduação em saúde; sistema único de saúde; fisioterapia Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3775 Resumo: Caracterização do problema: O Ensino Superior apresentou exponencial crescimento e necessitou absorver as transformações que ocorrem na saúde pública do país. Com isso, os cursos de graduação e pós-graduação (PG) em saúde precisaram se desenvolver para atender as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS). Justificativa: Formar profissionais de saúde qualificados nas áreas de competências específicas de cada profissão e, principalmente, que compreendam o sistema de saúde que integram, a fim de que prestem uma assistência de qualidade aos usuários. Objetivos: Relatar a experiência e a importância do programa de PG na modalidade de residência, no processo de aprendizagem de Fisioterapeutas em um programa multiprofissional em saúde do idoso (PMSI). Descrição da experiência: O programa de residência é um tipo de PG que totaliza 5760 horas, que proporciona o aprendizado teórico e, principalmente, prático sendo 80% de sua carga horária. A residência é realizada em diferentes níveis de atenção e complexidade em saúde, que corrobora para a experiência profissional e a maior compreensão do SUS. Especificadamente, o PMSI, possibilita a experiência do atendimento à pessoa idosa nas unidades de internação hospitalar e de Terapia Intensiva, Unidade Básica de Saúde, atendimento domiciliar com o Programa Melhor em Casa e ambulatórios de especialidades. Com isso, torna-se possível vivenciar na prática os princípios e diretrizes do SUS, bem como a compreensão do funcionamento da rede de atenção à saúde. Além disso, possibilita o entendimento e a interação com outras profissões, o que contribui para promover um cuidado com características multi e interprofissional aos usuários. Quanto à Fisioterapia, promove a integração de conhecimentos gerais e específicos de diversas áreas da profissão, o que proporciona um olhar mais integral ao usuário e possibilita uma atenção humanizada com foco biopsicossocial. Ademais, estimula a educação continuada e a prática baseada em evidências, por meio da leitura de artigos, participação em eventos e produção de trabalhos científicos. Reflexão sobre a experiência: A residência gera uma experiência pessoal e profissional intensa que não pode ser experienciada em pós-graduações tradicionais em virtude do tempo e como ele é organizado, qualificando e especializando o profissional de forma completa. Recomendações: Incentivar os programas de residência, tendo em vista a qualidade de experiências teóricas e práticas que proporcionam ao profissional. |
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CONHECIMENTO DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS SOBRE A PROFILAXIA PRÉ E PÓS EXPOSIÇÃO AO HIV Autores: Rafaela Zago de Mello | Fernanda do Nascimento de Lemos Campos, Ana Paula Contiero, Juliano André Kafer, Adriana Zilly Instituição: UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná Palavras-chave: HIV; prevenção; jovens. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3777 Resumo: Introdução: A infecção pelo vírus HIV tem grande repercussão na saúde pública, sendo a população jovem um grupo vulnerável de exposição ao vírus, sendo essencial a adoção de medidas preventivas. Nesse sentido, é estimulado a prevenção combinada, que envolve além do uso do preservativo, a oferta da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) que consiste no uso de antirretrovirais orais para reduzir o risco de exposição ao HIV. Objetivo: Avaliar o conhecimento de jovens universitários sobre a profilaxia pré e pós exposição ao HIV. Método: estudo descritivo, de abordagem qualitativa, realizado com 34 jovens universitários com idade entre 18 a 24 anos, de duas instituições públicas de ensino superior de Foz do Iguaçu-PR. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas gravadas, que posteriormente foram transcritas e analisadas por meio da análise temática de conteúdo. Resultados: A maioria dos entrevistados relatou não possuir conhecimento sobre as profilaxias: [...]Não faço ideia do que seja [...](E17). [...]não sei, nunca ouvi falar [...](E24). [...] PrEP são os comprimidos que meu amigo comentou, mas só escutei, só sei que existe, sobre PEP eu não conheço [...] (E19). [...] Não conheço PEP, PrEP já escutei mas não faço ideia[...](E21). [...] Já ouvi falar desse PrEP, tipo um check-up de DST, não sei (E15). Conclusão: Jovens universitários nesse cenário pesquisado, possuem um conhecimento limitado sobre as profilaxias pré e pós exposição ao HIV. O não conhecimento sobre as profilaxias, como formas de prevenção, faz com que esta população esteja exposta em maior risco de infecção, sendo necessária a adoção de políticas públicas e ações eficientes voltadas para os jovens. Nesse sentido, é necessário priorizar a educação sexual nas escolas, garantindo o acesso à informação, além da realização de campanhas educacionais para informação da população jovem. |
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE E FITOTERAPIA: FORTALECENDO A QUALIDADE DE VIDA EM UNIDADES DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL Autores: Giulia Sviderski de Campos | Eloise Maria Pereira Marques , Isabella Benitez Vulcanis, Lívia Soares Amaral, Maria Teresa Vasconcelos , William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Saúde Mental; Fitoterapia; Educação Médica. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3785 Resumo: Caracterização: As Unidades de Acolhimento Institucional (UAI), vinculadas às Secretarias de Ação Social, desempenham um papel fundamental ao acolher indivíduos em situação de rua, cujos vínculos sociais foram rompidos ou fragilizados, visando a sua posterior reintegração social. Muitos dos acolhidos enfrentam desafios significativos relacionados à saúde mental, incluindo dependências químicas como o tabaco, o álcool e outras drogas. Justificativa: A saúde mental é uma parte crítica do bem-estar geral e muitos acolhidos nas UAI enfrentam desafios nesse âmbito. Abordar tais desafios de forma integrada é fundamental para seu processo de reintegração social e recuperação. Objetivos: Revisar a literatura sobre fitoterápicos benéficos para a saúde mental e elaborar um eBook de distribuição gratuita para os acolhidos. Implementar ações práticas, como o fornecimento e o plantio de mudas de plantas fitoterápicas na horta da UAI Cajuru em Curitiba/PR. Facilitar uma roda de conversa interativa para conscientização sobre práticas fitoterápicas e terapêuticas e estimular a participação ativa dos acolhidos em seu cuidado de saúde mental. Envolver os estudantes do 7º período de Medicina na execução das atividades como parte da Curricularização da Extensão. Descrição da Experiência: Este trabalho envolveu pesquisa, compilação e disponibilização de um eBook sobre fitoterápicos para a saúde mental. Mudas de plantas fitoterápicas foram plantadas na horta da UAI Cajuru, criando um ambiente terapêutico. Foi realizada uma roda de conversa educativa com os acolhidos, promovendo a conscientização sobre o uso de plantas fitoterápicas para a saúde mental. Os estudantes desempenharam um papel ativo em todas essas atividades. Reflexões sobre a Experiência: A integração de estudantes fortaleceu as equipes multidisciplinares das UAI e da Unidade Básica de Saúde do território. A conscientização dos acolhidos sobre práticas fitoterápicas aumentou, e a horta terapêutica se tornou realidade. Essa experiência fortaleceu a convicção de que a saúde mental é crucial e que a colaboração entre profissionais de saúde e da ação social beneficia indivíduos vulneráveis. Recomendações: Recomenda-se a continuação e expansão dessas práticas nas UAI, envolvendo estudantes da área da saúde na Curricularização da Extensão, visando a melhoria contínua da saúde mental dos acolhidos e aprimorando as experiências dos estudantes em sua formação. |
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CONCLUINDO A GRADUAÇÃO: SENTIMENTOS ATRIBUÍDOS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM PRESTES A INGRESSAREM NO MERCADO DE TRABALHO Autores: Manoella Pereira da Rosa | Daniely Dias da Silva, Amanda Silva Lopes, Graziele Adrieli Rodrigues Pires Instituição: UniCesumar Palavras-chave: : Enfermagem; Mercado de Trabalho; Saúde Mental. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3797 Resumo: Introdução: A qualidade de vida dos estudantes influencia diretamente na sua saúde, vivencias, desafios e sobrecarga de tarefas dos mesmos (FREITAS, et al. 2023). A saúde mental refere-se ao estado de bem-estar psicológico, emocional e social de uma pessoa. Envolve a maneira como as pessoas sentem e lidam com as demandas da vida, bem como a capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis e lidar com o estresse de forma eficaz (GAINO, 2018). Objetivo: Analisar o preparo mental dos acadêmicos de enfermagem prestes a ingressarem no mercado de trabalho. Método: Trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter exploratório que foi realizada com os acadêmicos do último ano de graduação em enfermagem de uma universidade privada em um município de médio porte no noroeste do Paraná. A coleta de dados ocorreu em agosto de 2023, através da aplicação de um questionário desenvolvido pelos pesquisadores contendo a caracterização sociodemográfica dos participantes e sobre três sentimentos atribuídos pelos mesmos quanto a sua própria avaliação do seu estado mental para o ingresso no mercado de trabalho. Os dados foram tabulados em planilha eletrônica no software Microsoft Excel, e foram submetidos a análise descritiva, através de frequência absoluta e relativa. O presente projeto consta com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP), CAAE n° 71589123.1.0000.5539. Resultados e discussão: Após a aplicação do questionário, notou-se que (85,71%) foi respondido pelo sexo feminino e (12,86%) masculino, de até 24 anos (64,29%), e 40% já trabalha na área da saúde. Quanto aos sentimentos foram referenciados: ansiedade (76,96%), medo (48,84%), insegurança (22,2%), felicidade (14,8%), esperança (11,84%), alegria (10,36%), preocupação (10,36%), desespero (8,88%), amor (7,4%), confiança (7,4%). Conclusão: Pode-se concluir que a maioria dos acadêmicos entrevistados são mulheres, até 24 anos. Os acadêmicos se sentem principalmente ansiosos e com medo. Dessa forma surge a necessidade de mais estudos na área, e em conjunto, ações que possam fazer com que esses estudantes se sintam mais preparados para o mercado de trabalho. |
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PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO NA REALIDADE REALIZADAS POR ESTUDANTES DE CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL Autores: Emilly Godinho Corrêa | Doriana Cristina Gaio Girata, Maria Lúcia Tozetto Vettorazzi, Saulo Vinicius da Rosa, Adriane Pompermayer, Vanessa Bacelar de Souza Verdolin Instituição: Instituto Federal do Paraná Palavras-chave: Promoção de Saúde; Educação em Saúde; Formação Profissional em Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3809 Resumo: Caracterização do problema: Intervenções educativo-preventivas podem apresentar lacunas em sua operacionalização, e contribuir para o baixo letramento em saúde dos indivíduos. Justificativa: Propostas de ações de intervenção na realidade são atribuídas aos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de Técnico em Saúde Bucal (TSB) e contribuem para ações mais adequadas em Saúde Bucal, de acordo com o público-alvo, ao incorporar os pilares e valores da promoção da saúde, como a equidade, participação e sustentabilidade. Objetivos: Descrever as práticas de promoção e educação em saúde bucal realizadas por estudantes do curso de TSB, e metodologias aplicadas para a efetividade e afetividade durante as ações. Descrição da experiência: Os TSB são atores fundamentais nas ações educativas de promoção da saúde e prevenção das doenças bucais, especialmente no contexto do Sistema Único da Saúde (SUS). Para o desenvolvimento do TCC, há uma disciplina específica para orientação sobre levantamento de dados, e aplicação de uma ação em saúde bucal em determinado grupo populacional. Diante disso, os estudantes são orientados quanto a escuta qualificada, diagnóstico situacional, criação de recursos didáticos sob perspectiva dos determinantes sociais de saúde e letramento da população alvo. As intervenções da realidade incluem técnicas de ensino e recursos didáticos específicos, em diferentes espaços de aplicação, abrangendo populações em situação de vulnerabilidade, como casas de recuperação de dependentes químicos, penitenciárias, pessoas em situação de rua, aldeias indígenas, além de escolas e espaços religiosos. Reflexão sobre a experiência: As intervenções citadas buscam formar um profissional capacitado na identificação dos determinantes sociais de saúde, para a realização de estratégias multidimensionais das ações educativas-preventivas em saúde bucal, e que possam contribuir na qualidade de vida das populações, ao adequar a escuta, a comunicação, e os recursos didáticos. Recomendações: Por meio das atividades realizadas, estes projetos de conclusão de curso preveem continuidade, visto que capacitam e contribuem para a formação do TSB, e pretendem identificar possibilidades de realizar ações intersetoriais com maior frequência. |
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FATORES ASSOCIADOS A DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA EM USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE SEIS MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE DO ESTADO DO PARANÁ Autores: Letícia Taynara Tsuzuki | Mathias Roberto Loch Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL) Palavras-chave: Dor musculoesquelética; Dor crônica; Atenção Primária à Saúde. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3596 Visualizar Video Resumo: A dor crônica pode ter diversas de origens e fatores associados. Objetivou-se verificar a associação entre variáveis demográficas e de saúde com a presença de dor crônica em usuários da atenção primária a saúde de seis municípios de pequeno porte do Paraná-PR. Para tal, foi realizado, um estudo transversal, de amostragem intencional, a partir de 1878 entrevistas com usuários maiores de 18 anos, da APS de seis municípios com menos de 20 mil habitantes (Paula Freitas, Paulo Frontin, Rebouças, Teixeira Soares, Porecatu e Tamarana), localizados no Paraná, em 2022. A variável dependente do estudo foi a dor musculoesquelética crônica, avaliada a partir da pergunta: “Você sente algum tipo de dor muscular há seis meses ou mais?” com as opções de respostas: sim ou não. Como variáveis independentes foram utilizadas as variáveis sociodemográficas: sexo, faixa etária, situação conjugal, raça/ cor autodeclarada, nível de escolaridade e tipo de ocupação. As variáveis de saúde utilizadas como variáveis independentes foram: autopercepção de saúde, diagnóstico referido de hipertensão, diabetes milittus, hipercolesterolemia, artrite reumatoide, neoplasia, depressão e o IMC. Para a análise descritiva, usou-se a frequência absoluta e relativa, razões de prevalência brutas e ajustadas foram obtidas mediante regressão de Poisson com variância robusta. Dos entrevistados, 55,8% referiram dor musculoesquelética crônica. Considerando as análises ajustadas, observou-se maior prevalência entre as mulheres (RP=1,30; IC=1,17-1,43), entre os sujeitos com 25 a 39 anos (RP=1,25; IC=1,01-1,55), com 40 a 59 anos (RP=1,80; IC=1,46-2,21) e com mais de 60 anos (RP=2,12; IC=1,69-2,66) em comparação aos de 18 e 24 anos, maior em usuários com ensino superior e especialização (RP=0,72; IC=0,61-0,84), em comparação aos usuários com até o nível fundamental incompleto. Ademais observou-se associação com autopercepção negativa de saúde (RP=1,51; IC=1,98-1,64), diagnóstico de hipertensão (RP=1,16; IC=1,06-1,26), diabetes milittus (RP=1,19; IC=1,08-1,30), hipercolesterolemia (RP=1,10; IC=1,01-1,21), artrite reumatoide (RP=1,41; IC=1,31-1,53) e depressão (RP=1,28; IC=1,18-1,39). Não se observaram associações entre as demais variáveis. Tais achados demonstram a alta prevalência de dor, principalmente em mulheres, aumentando conforme a idade, maior nível de escolaridade, autopercepção negativa de saúde, com diagnóstico de hipertensão, diabetes milittus, hipercolesterolemia, artrite reumatoide e depressão. |
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ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA NO SUS: A UTILIZAÇÃO DE REDES SOCIAIS ONLINE PARA CONSCIENTIZAÇÃO POPULAR Autores: André Inácio da Silva | Fernanda Galerani Mossini, Adriele Marques, Samuel Botião Nerilo Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina Palavras-chave: Saúde Bucal; Redes Sociais Online; Cuidados Odontológicos Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3619 Visualizar Video Resumo: Introdução: Análises sobre políticas de saúde bucal no Brasil é um campo de estudo recente. Por anos, a atenção odontológica esteve direcionada à assistência a grupos específicos, resultando na exclusão de grande parcela da população. A atenção à saúde bucal no SUS é disponibilizada na atenção primária (APS) e na atenção especializada e o Programa Brasil Sorridente complementa com a prestação da assistência através de políticas estratégicas, visando à eficácia e cobertura nacional. Em novembro de 2019, o Programa Previne Brasil alterou o modelo de financiamento e repasse de recursos à APS dos municípios, com destaque à saúde bucal, uma vez que o pagamento por desempenho passou a estar atrelado à meta de atendimento odontológico às gestantes. Entretanto, observa-se uma carência de orientações e informações disponíveis e de fácil acesso à população em relação aos serviços odontológicos. Objetivo: Analisar a produção de conteúdo na página oficial do Ministério da Saúde (MS) na rede social Instagram®, acerca da conscientização da população sobre o cuidado odontológico no SUS. Método: Estudo qualitativo, descritivo, do tipo exploratório, cujo objeto de interesse são as publicações do MS no Instagram® possuindo conteúdo relativo aos serviços odontológicos disponíveis no SUS. A escolha dessa plataforma como campo de estudo se justifica devido ao maior número de usuários ativos em escala global. Adotou-se como marco temporal a publicação da Portaria GM/MS nº 2.979, de 12/11/2019, que instituiu o Programa Previne Brasil. Um protocolo de coleta de dados foi implementado entre agosto e setembro de 2023. Resultados/discussão: As ações em saúde bucal na APS envolvem prevenção e promoção à saúde em todos os ciclos de vida. Porém, em 5.454 publicações do MS, apenas 37 possuíam conteúdos relativos à saúde bucal (0,67%). A análise qualitativa evidenciou que referente à saúde bucal de gestantes, apenas 2 publicações estavam direcionadas a esse público. Conclusões: Um contingente expressivo das publicações não é direcionado à conscientização popular acerca da necessidade da busca por serviços odontológicos gratuitos fornecidos pelo SUS, com destaque para a quase ausência de orientações às gestantes. Sendo possível inferir que os baixos desempenhos do indicador de pré-natal odontológico na APS estejam ligados, dentre outros fatores, à falta de conscientização popular. Evidenciando também uma subutilização da rede social, ferramenta de grande alcance popular. |
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SAÚDE E INTEGRALIDADE DA POPULAÇÃO LGBTQIAPN+: RELATO DE UMA INTERVENÇÃO EM UM MUNICÍPIO RURAL AMAZÔNICO PARA A IMPLEMENTAÇÃO E USO DO NOME SOCIAL NO PRONTUÁRIO. Autores: Guilherme Ferreira Correia | Emilly Godinho Corrêa, Igor Bronzeado Cahino Moura de Almeida, Camila Rose Guadalupe Barcelos, Amandia Braga Lima Sousa, Duane Rodrigues Batista Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Nome social; Discriminação Social; Identidade de Gênero; Integralidade em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3626 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Os vieses inconscientes são fatores limitante a todo indivíduo em diversos aspectos da sociedade. Impedindo-os de utilizar e usufruir de seus direitos aos mais diferentes serviços públicos. Justificativa: A população LGBTQIAPN+ é um exemplo que por razão do preconceito tem por vezes seus direitos básicos violados levando esta população encontrar-se em situação de vulnerabilidade. Na área da saúde não é diferente, fazendo com que esta população se encontre em situação desfavorável, com baixos índices de procura de atendimento em saúde, reflexo esse dos vieses inconscientes estruturados na prática de alguns profissionais da saúde junto ausência de ferramentas da unidade de atendimento para receber e acolher, gerando por consequência uma barreira ao acesso a serviços ofertados. Objetivos: Diante do exposto, a presente ação por meio da intervenção de profissionais residentes da área da saúde teve como objetivo trabalhar as políticas de saúde da população LGBTQIAPN+ nos serviços públicos de saúde em um município rural amazônico com o objetivo de estimular a reflexão dos profissionais da saúde da região a identificar elementos que possam interferir no processo de acolhimento dessa população impedindo a procura pelos serviços ou até mesmo influenciar de maneira negativa a um processo de adoecimento mental e/ou físico. Descrição da experiência: Para oferecer subsídios para discussões entre os profissionais foi realizado uma oficina com dinâmica. Nesse exercício foi trabalhado a ferramenta do acolhimento por meio do nome, ressaltando a importância do nome dos indivíduos que passam pelo processo de reconhecimento da sua identidade de gênero, sensibilizando os profissionais a relevância do nome social e sua correta utilização. Reflexão sobre a experiência: Durante a realização da oficina, diversas temáticas relacionadas a saúde dessa população que por vezes podem ser vistas como algo distante da realidade da cidade foi sensibilizando os profissionais a criarem ferramentas de acesso e acolhimento. Recomendações: Como resultado da oficina, por meio da concepção e conformidade dos profissionais entendeu-se a necessidade da implementação do nome social junto ao prontuário, sendo uma grande ferramenta para promover o acesso de pessoas transgêneros de maneira acolhedora visualizado ao usuário o acolhimento e respeito por sua identidade de gênero para que se sinta confortável e possa estabelecer vínculo e autonomia no processo de saúde. |
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TUTORIA NO MUTIRÃO: UMA EXPERIÊNCIA IMPRETERÍVEL PARA A GRADUAÇÃO Autores: Amanda Maieski da Silva | João Pedro Azevedo Silveira, Murilo Bastos Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO Palavras-chave: Tutoria; Ensino; Atenção primária à saúde; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3633 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O Brasil, há décadas, passa por mudanças no setor de saúde, com crescente foco na incumbência social comunitária nos sistemas educacionais. À vista disso, as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014 frisam a atenção primária, alinhada à importância dada pela Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90 ao SUS, como ambiente de aprendizado. Justificativa: Este relato justifica-se pela falta de narrativas sobre tal plano, valendo divulgá-lo como um projeto de extensão e ensino para outros meios acadêmicos. Por isso, um programa de tutoria foi agregado a mutirões de atendimentos primários aos idosos. Objetivo: Assim, este, foca em um programa de tutoria inserto em um mutirão de rastreio para demência e debilidade do idoso, visando preencher a lacuna entre os três pilares da formação acadêmica e, a demanda de colocá-los em prática para capacitar novos voluntários surgiu devido ao avanço do projeto, que foi adotado em agosto de 2023. Descrição da experiência: Sendo assim, quatorze estudantes de diversas áreas da saúde foram designados como tutores para quatro das cinco estações principais do mutirão: acolhimento, sinais vitais, IVCF-20 e CDR. A tutoria se principiou a partir de uma mostra dos métodos a serem adotados pelos alunos, seguida de treinamento prático. Além disso, os tutores forneceram orientações sobre possíveis intercorrências durante o atendimento e estiveram disponíveis para elucidar possíveis dúvidas. Durante a iniciativa, eles ainda exerceram um papel essencial na organização da estação, garantindo a disponibilidade de materiais cruciais e apoiando novos voluntários em caso de reveses na aferição de sinais vitais. Discussão da experiência: Nesse sentido, realça-se a participação dos alunos em práticas, como os mutirões, que permitem o uso dos conhecimentos teóricos da graduação, enquanto a tutoria amplia suas habilidades de comunicação e gestão, sendo essa, um ensejo ímpar de unir ensino e extensão. Ademais, essa, promove um ambiente de aprendizado mais próximo e confortável, possibilitando o diálogo e auxílio interdisciplinar entre os discentes. Recomendações: Em síntese, como desafio, a organização da orientação aos novos voluntários precisa ser aperfeiçoada, todavia, no geral, a tutoria no contexto dos mutirões proporcionou uma valorosa cessão de conhecimento. Outrossim, mostrou-se como uma prática valiosa para a qualificação ocupacional, promovendo um futuro com preceptores e profissionais de saúde mais aptos e humanizados. |
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ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E DESEQUILÍBRIO POSTURAL EM IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL Autores: Thiago Vinicius Nadaleto Didone | Nadine Seward, Marcia Scazufca Instituição: Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Depressão; Idoso Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3800 Resumo: Introdução: O desequilíbrio postural acomete 20% dos idosos e comumente ocasiona quedas, que podem resultar no prejuízo da autonomia e independência, hospitalizações e morte. Embora fatores comuns à velhice e relacionados à depressão (insônia, reações adversas aos antidepressivos, disfunção cognitiva) aumentem o risco de desequilíbrio, ainda há escassez de informações epidemiológicas sobre a associação entre depressão e desequilíbrio postural em idosos, especialmente na atenção primária onde esses problemas são frequentemente negligenciados. Objetivos: Calcular a taxa de desequilíbrio postural e investigar a associação entre depressão e desequilíbrio postural em idosos que vivem em áreas socioeconomicamente desfavorecidas do município de Guarulhos, Brasil. Método: Estudo transversal aninhado ao ensaio clínico controlado e randomizado PROACTIVE. Informações demográficas, socioeconômicas e de saúde foram obtidas de 3.295 idosos registrados em 20 unidades básicas de saúde por meio de inquérito domiciliar. A depressão foi investigada por meio da aplicação do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Indivíduos que relataram ter desequilíbrio postural foram questionados sobre a ocorrência de quedas nos últimos 6 meses devido ao desequilíbrio postural. A associação entre depressão (pontuação no PHQ-9?10) e as 3 categorias de desequilíbrio (sem desequilíbrio postural, desequilíbrio sem quedas e desequilíbrio com quedas) foi analisada por modelo de regressão logística ordinal multinível, com o cálculo de razões de chance (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados/discussão: Desequilíbrio postural (com e sem quedas) foi reportado por 1.276 participantes (38,7%), dos quais 861 (26,1%) não relataram quedas e 415 (12,6%) relataram quedas. Houve associação positiva entre depressão e desequilíbrio postural [OR (IC 95%)=3,03 (2,55-3,61), p<0,001] após ajustar o modelo para idade subjetiva, gênero, escolaridade, renda, uso de medicamentos para tratar depressão, duração da hipertensão, duração do diabetes, ocorrência de falta de ar e realização de trabalho remunerado. Na atenção primária, tão logo um idoso seja identificado com depressão, deve ser avaliado quanto ao equilíbrio e a ocorrência de quedas; da mesma forma, tão logo relatar desequilíbrio postural, deve ser investigado quanto à sintomatologia depressiva. Conclusões: O desequilíbrio postural foi altamente prevalente nesta amostra, e mostrou-se associado à depressão. |
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PERFIL DE USUÁRIOS DO SUS COM DOR CRÔNICA ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA Autores: Cíntia Raquel Bim | Tatiana Hupalo Kovalek, Marina Pegoraro Baroni Instituição: Universidade Estadual do Centro-oeste - UNICENTRO Palavras-chave: Dor crônica; epidemiologia; educação em saúde; fisioterapia. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3810 Visualizar Video Resumo: A dor crônica é considerada um problema de saúde pública mundial, e a incidência no Brasil é estimada em 37%, condição essa que pode levar ao estresse físico e emocional, elevados custos financeiros e sociais para a população e sistemas de saúde. O presente estudo teve como objetivo conhecer o perfil sociodemográfico de usuários do Sistema Único de Saúde - SUS com dor crônica, avaliar a utilização e resolutividade da fisioterapia e identificar o interesse em participar de um Programa de educação em dor, cuja proposta é ofertar a educação em saúde como ferramenta de cuidado, através da telessaúde. Foram identificados 291 pacientes através da Secretaria Municipal de Saúde de Guarapuava-PR, que procuraram as unidades básicas de saúde no período de maio a setembro de 2022, e foram diagnosticadas com CID R521 e R522, dor crônica e dor crônica intratável. Os pacientes foram convidados a participar da pesquisa e responderam o questionário via ligação telefônica. Do total da amostra inicial, 91 usuários aceitaram responder aos questionários. Os resultados mostraram incidência de dor crônica maior em mulheres (62,64%), pessoas de idade mais avançada (média de 65,7 anos e desvio padrão de 6,7 anos), quem faz fisioterapia apresentou menos características de dores (formigamento, amortecimento, agulhada, constante, latejante, queimação), e interesse em buscar tratamento não farmacológico ficou em torno de 33%. Orientar pacientes com dor crônica a respeito de sua condição e informar sobre as melhores estratégias para o manejo, vislumbra que os usuários possam ser co-responsáveis com sua condição, pode reduzir a necessidade de procura pelos serviços de saúde, e diminuir os custos relacionados com o tratamento das dores. O estudo permitiu identificar que a dor crônica é frequente na atenção básica, a fisioterapia é uma estratégia não farmacológica para o tratamento da dor e que usuários demonstraram interesse em participar de uma ação de educação em saúde para auxiliar no tratamento de dor crônica. A educação em saúde é uma ferramenta de baixo custo para auxiliar no tratamento desses usuários, e pode auxiliar na diminuição dos seus efeitos nas atividades funcionais e melhorar a qualidade de vida dos usuários do SUS com dor crônica. |
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ABORDAGEM SINDÊMICA NA DOENÇA RENAL CRÔNICA: INTERAÇÕES COMPLEXAS ENTRE FATORES BIOLÓGICOS, COMPORTAMENTAIS E SOCIOECONÔMICOS. Autores: René Scalet dos Santos Neto | Eugênio Vilaça Mendes Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Sindemia; Doença Renal Crônica; Carga de Doença. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3543 Resumo: a) Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição globalmente prevalente e de impacto substancial, associada a diversos fatores de risco. Nas últimas décadas, a pesquisa tem se voltado para os aspectos sindêmicos da DRC, que englobam a interação complexa entre fatores biológicos, comportamentais e socioeconômicos. Compreender essa interconexão é essencial para uma abordagem eficaz na prevenção e gestão da DRC. b) Método: Realizamos uma revisão abrangente da literatura científica, selecionando estudos que exploraram a complexa interação entre fatores na DRC. Foram considerados artigos que investigaram as relações entre fatores biológicos (como predisposição genética e idade), comportamentais (incluindo dieta, atividade física, tabagismo) e socioeconômicos (como nível socioeconômico e acesso a cuidados de saúde) no desenvolvimento e progressão da DRC. c) Resultados: Fatores biológicos, como predisposição genética e envelhecimento, contribuem para a suscetibilidade à DRC. Comportamentos prejudiciais, incluindo dieta inadequada e sedentarismo, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da doença. Os fatores socioeconômicos, como desigualdades de acesso a cuidados de saúde, exacerbam a situação. A complexa interação desses fatores resulta em um ciclo de risco ampliado. d) Discussão: A abordagem sindêmica ressalta a interconexão entre os fatores. A relação entre genética e estilo de vida evidencia como esses elementos se influenciam. Abordar eficazmente a DRC requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde, pesquisadores e formuladores de políticas. Igualdade no acesso aos cuidados, melhoria dos determinantes sociais e promoção de hábitos saudáveis são fundamentais para mitigar o impacto da DRC. e) Conclusões: Em síntese, a abordagem sindêmica na DRC reconhece a intrincada relação entre fatores biológicos, comportamentais e socioeconômicos. Compreender essa complexidade é crucial para desenvolver estratégias de intervenção eficazes. A colaboração de diversas disciplinas é indispensável para reduzir o fardo global da DRC e melhorar a saúde dos indivíduos. A abordagem sindêmica fornece uma via promissora para a prevenção e manejo da DRC, considerando seu contexto multifatorial. |
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A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA NO CAMPO DA SAÚDE COLETIVA Autores: Edyane Silva de Lima | Marselle Nobre de Carvalho, Marselle Nobre de Carvalho, Marselle Nobre de Carvalho, Marselle Nobre de Carvalho, Marselle Nobre de Carvalho Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Saúde Coletiva; Abuso Sexual Infantil; Atenção Primária à Saúde. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3547 Resumo: A violência sexual infantil é um fenômeno multicausal, atribuído grau de importância conforme contexto social, cultural e histórico. É definida como qualquer ato e/ou tentativa de ato sexual, usando da coação para satisfação sexual. No período de 2011 a 2021, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), registrou 107.467 notificações de violência sexual contra crianças de 0 a 9 anos de idade, conferindo a magnitude da questão. Devido a sua complexidade, requer entendimento numa perspectiva interdisciplinar do processo de saúde-doença, contemplando campo de estudo e práxis da saúde coletiva. Este trabalho de divulgação do conhecimento, faz parte de estudo de doutoramento em andamento. Tem como objetivo refletir acerca da violência sexual contra crianças no âmbito da saúde coletiva, empregando revisão de literatura. Realizamos levantamento junto a Biblioteca Virtual em Saúde, em Junho/2023, acerca da literatura produzida de 2012 à 2022, empregando os descritores: saúde coletiva; abuso sexual; e, criança. Foram localizados 56 artigos, sendo 40 em inglês, 12 em português, 03 em espanhol e 01 em francês. Dos trabalhos em português, referem-se: 03 características da violência sexual; 01 rede de atendimento; 02 ações de enfrentamento à questão; 01 estudo forense, 02 repetidos e 03 não contemplam criança. Mediante os achados, demarca-se a necessidade de produção sobre a temática, entendendo a violência sexual infantil a partir dos processos de sociabilidade, das inter-relações subjetivas e das condições estruturais existenciais, não culpabilizando a vítima. A saúde coletiva, por sua natureza interdisciplinar, apresenta possibilidades cotidianas de enfrentamento do fenômeno. Por mais que os serviços de saúde lidem com as sequelas mediatas da violência sexual, principalmente o estupro, faz-se necessário efetivar dimensões da prevenção, do atendimento e do acompanhamento às vítimas e famílias, consubstanciadas a outras áreas, voltadas à integralidade do cuidado. É urgente superar a visão de que a saúde deve ser acionada somente nos casos mais nefastos deste tipo de violência, como os resultantes em gravidez e/ou de atos violentos. É preciso pensar no cuidado interdisciplinarmente, contemplando o indivíduo em desenvolvimento naquele contexto e conjuntura. Sobretudo a prevenção através da atenção primária à saúde, que localiza-se no território das vítimas e famílias, deve-se seguir a linha de cuidado para além da perspectiva protocolar. |
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EXPERIÊNCIA EXITOSA POR MEIO DA OFERTA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE. Autores: Beatriz Maria dos Santos Santiago Ribeiro | Danielle Cerqueira Leite da Silva Instituição: LONDRINA Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Práticas Integrativas e Complementares; Promoção da Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3574 Resumo: Objetivou-se relatar a experiência de enfermagem vivida por meio da oferta de práticas integrativas e complementares (PICS) na Atenção Primária à Saúde (APS). A experiência foi produzida em Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada no norte do estado do Paraná, no período de Junho até meados de Setembro. A motivação da criação desse relato foi após os profissionais de saúde e clientes atendidos demonstrarem satisfação com as PICS. Foram ofertadas: Reiki, Auriculoterapia e Ventosaterapia. Inicialmente divulgou e explicou para todos os profissionais da UBS sobre as terapias não convencionais e que os atendimentos aconteceriam uma vez por semana, com o intuito de realizar escuta acolhedora, autocuidado e olhar de forma holística o indivíduo. Considerando os aspectos físicos, psicológicos, emocionais e sociais, em complementação/integração ao modelo de cuidado convencional na UBS, constatou a ampla adesão da comunidade, bem como percebeu a possibilidade de contribuir com o cenário de promoção da saúde. Observou o relaxamento e o bem-estar, alívio da dor, diminuição de sinais e sintomas de doenças, elo profissional-cliente e melhora da qualidade de vida ao tratar diferentes condições de saúde, sejam elas de origem física, emocional ou energética. Diante dos excelentes resultados, objetiva a abertura de mais dias de atendimentos. Ressalta-se a importância dos benefícios que foram observados após a oferta das PICS. |
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CARACTERIZAÇÃO DA DOR MUSCULOESQUELÉTICA CRÔNICA COMPARANDO OS SEXOS DOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE SEIS MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE DO ESTADO DO PARANÁ Autores: Letícia Taynara Tsuzuki | Mathias Roberto Loch Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL) Palavras-chave: Dor musculoesquelética; Dor crônica; Atenção Primária à Saúde. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3595 Resumo: A dor crônica pode ser definida como dor persistente. Considerada uma condição de alta prevalência global. Objetivou-se caracterizar a dor musculoesquelética crônica dos usuários segundo sua intensidade, localização e interferência percebida na realização das atividades diárias em usuários da APS de seis municípios de pequeno porte do Paraná-PR. Para tal, foi realizado, em 2022, um estudo transversal, de amostragem intencional, no qual foram realizadas 1878 entrevistas com usuários maiores de 18 anos, da APS de seis municípios com menos de 20 mil habitantes (Paula Freitas, Paulo Frontin, Rebouças, Teixeira Soares, Porecatu e Tamarana), no Paraná. Para identificar os usuários com dor musculoesquelética crônica, foi realizada a pergunta: “Você sente algum tipo de dor muscular há seis meses ou mais?”, caso a resposta fosse positiva, o usuário era questionado sobre a intensidade, apontado no diagrama corporal o local da dor, interferência das atividades diárias. Para a análise descritiva, usou-se a frequência absoluta e relativa, para análise bivariada, o teste Qui-quadrado, com nível de significância p<0,05. A prevalência de dor musculoesquelética crônica foi de 55,8%. Em relação à intensidade de dor 0,5% referiram estar sem dor, 14,6% referiram dor leve, 39,9% dor moderada e 45% dor intensa. Entre as mulheres a prevalência de dor intensa foi de 48,8%, enquanto nos homens foi de 34,4% (p<0,001). Em relação a interferência nas atividades diárias 8,8% referiram não ter interferência, 18,5% interferência leve, 31,6% moderada e 41% extrema interferência. Entre as mulheres com dor que referiram interferência extrema nas atividades diárias a prevalência foi 45,5%, enquanto nos homens foi de 28,6% (p< 0,001). Quanto ao principal local de dor, 22,5% apontaram a região lombar, sendo a esta prevalência de 24,5% nos homens e 21,8% nas mulheres. A dor nas pernas foi a segunda com maior prevalência (20,9%, sendo 21,2% nas mulheres e 20,1% nos homens). A terceira mais prevalente foi nos braços (13,4%, com 13,5% nas mulheres e 13,2% nos homens). Os resultados indicam alta prevalência de dor crônica nos usuários da APS dos municípios de pequeno porte investigados, sendo que nas mulheres houve maior prevalência de dor intensa e de que a dor interferia de maneira extrema nas atividades diárias. A região lombar foi a apontada como sendo o local mais frequente de dor com maior prevalência entre os homens, seguido de dor na região das pernas e braços. |
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ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE POR PARTE DA POPULAÇÃO IDOSA NA CIDADE DE CURITIBA Autores: Jaqueline de Barros Morselli | Thais Cristina dos Santos de Oliveira Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba Palavras-chave: Idoso, Serviços de saúde, Atenção Primária à Saúde Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3631 Resumo: Introdução: Estudos sobre a utilização de serviços de saúde são considerados importantes por permitirem caracterizar a população usuária, identificar suas condições de saúde e as suas motivações para a procura, aspectos fundamentais no planejamento e na organização das ações de saúde, além de entender as demandas dos profissionais de apoio na rede de Atenção Primária. Em Curitiba a Atenção Primária à Saúde é composta por 108 Unidades Básicas de Saúde (UBS), distribuídas em dez Distritos Sanitários, além disso contém outras redes de atenção como os centros de especialidades medicas: encantar e mãe curitibana. Objetivo: Descrever as características e números de indivíduos, acima de 65 anos, utilizando os serviços dos profissionais de apoio: nutricionista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo, educador físico e farmacêutico, no Município de Curitiba no período entre maio e julho de 2023. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal descritivo a partir de dados do sistema Informatizado "E-saúde", este sistema viabiliza o registro dos atendimentos prestados pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba em sua rede de atenção. Os dados disponibilizados para consulta referem-se ao perfil de atendimento de profissionais de nível superior da rede municipal de saúde em três meses: maio, junho e julho de 2023, disponível abertamente no site da prefeitura de Curitiba. No presente estudo analisaram-se os dados relativos à população igual ou acima de 65 anos usuários (n=10.984). Resultados: Do total de usuários, mais da metade utilizou o serviço de fisioterapia (55,8%), seguido pela fonoaudiologia (12,4%), nutricionista (9,7%) e educador físico (8,2%), sendo o farmacêutico e psicólogo os profissionais com menores números de atendimentos (em torno de 7%). A maioria do sexo feminino (70%), cerca de 86% dos usuários foram encaminhados para realização de exames complementares. Discussão: Observa-se a maior procura por parte dos usuários pelo profissional de fisioterapia, o que pode indicar maiores casos de alterações funcionais que demandam ações de reabilitação na população idosa de Curitiba. Outro ponto que pode ser citado, é o fato de existir diferenças entre a quantidade de profissionais e o tempo de consulta comparado aos outros profissionais de apoio, podendo levar ao aumento dos números de atendimentos desse profissional. Conclusão: A fisioterapia foi o serviço mais procurado, seguido por fonoaudiologia e nutricionista entre os idosos da amostra. |
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RASTREAMENTO DO RISCO DE SARCOPENIA E OCORRÊNCIA DE QUEDAS NA POPULAÇÃO IDOSA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA ZONA SUL DE LONDRINA-PR Autores: Emilly Pennas Marciano Marques | Ana Eliza Corrér Rodrigues, Ligia Maria Facci, Daniela Wosiack da Silva Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Idoso; Sarcopenia; Acidentes por quedas Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3639 Resumo: Introdução: Sabe-se que as demandas para a saúde pública decorrentes do processo de envelhecimento são eminentes, sendo mais evidente quando o mesmo vem acompanhado pela instalação de doenças. Algumas delas, acabam sendo negligenciadas e subtratadas, o que impacta na funcionalidade e na qualidade de vida do indivíduo. Um exemplo é a sarcopenia, caracterizada pela perda generalizada e progressiva da massa e força muscular. Objetivo: Rastrear o risco de sarcopenia e ocorrência de quedas em população idosa residente na área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na Zona Sul do município de Londrina-PR. Métodos: Este estudo faz parte de um projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (CEP/UEL), com o parecer nº 4.006.754. Trata-se de um estudo transversal quantitativo, com amostra por conveniência, incluindo idosos com 60 anos ou mais, habitantes da área de abrangência de uma UBS da Zona Sul do município de Londrina-PR. Os participantes foram avaliados em um espaço esportivo do território de abrangência da UBS e/ou em suas residências quanto às condições sociodemográficas e antropométricas, bem como por meio do questionário Sarcopenia Formulary (SARC-F) e Circunferência de Panturrilha (CP) para rastreio de sarcopenia e indagados sobre a ocorrência de quedas no último ano e mês. Resultados: Foram avaliados 189 idosos, sendo 126 (67%) do sexo feminino. A maioria dos idosos eram casados (58%), referiram ensino fundamental incompleto (52%) e renda familiar menor ou igual a um salário mínimo (72%). Quanto à raça, 88% se declararam brancos e em relação ao uso de medicamentos, 56% referiram a polifarmácia. Em relação aos hábitos de vida, 8% referiram tabagismo, 3% etilismo e 46% praticavam algum tipo de exercício físico. Sobre a ocorrência de quedas, constatou-se que 61 (32%) idosos caíram nos últimos 12 meses e 10 (5%) no último mês. Após análise do SARC-F e CP, 53 (28%) indivíduos apresentaram risco sugestivo de sarcopenia. Conclusões: Este estudo evidenciou que aproximadamente um terço da população investigada apresentou risco de sarcopenia e ocorrência de quedas nos últimos 12 meses. Foi possível caracterizar a população idosa, gerenciando diversos encaminhamentos e orientações de acordo com a individualidade de cada um. |
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FORMA DE AUTOCUIDADO EM GRUPO DE MULHERES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Emilly Pennas Marciano Marques | Gabriely Rodrigues Alves, Poliana Rodrigues Prado, Isadora Maria de Oliveira, Daniela Wosiack da Silva Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Atenção primária à saúde; educação em saúde; Educação interprofissional. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3641 Resumo: As mulheres são a população que mais busca ações para promoção de saúde e prevenção de agravos na Atenção Primária a Saúde. Entretanto, projetos que abordem especificamente esta população de forma integral e interprofissional ainda são escassos. A atuação de residentes vinculados a Residência Multiprofissional em Saúde da Família em parceria com Residentes do programa de Medicina de Família e Comunidade, possibilita o desenvolvimento de ações e projetos específicos na área. Pautando-se no cuidado interprofissional e integral da saúde da mulher, buscou-se criar um grupo de mulheres com foco em educação em saúde abordando vários aspectos vivenciados durante a vida, uma vez que o autocuidado e compreensão da saúde passam por questões físicas, mentais, emocionais e socias que interferem diretamente em sua qualidade de vida. Objetivou-se relatar a experiência de residentes na Atenção Primária a Saúde no desenvolvimento de um grupo de mulheres com abordagem interprofissional em uma Unidade Básica de Saúde da região Sul de Londrina- Pr. O grupo contou com a participação de residentes de psicologia, fisioterapia, serviço social, farmácia, odontologia e medicina da Universidade Estadual de Londrina. Foram convidadas 15 usuárias cadastradas na Unidade Básica de Saúde. Nove mulheres participaram dos encontros, com idade entre 20 e 80 anos. O grupo teve duração de dois meses, com encontros semanais, totalizando oito encontros. Os temas foram previamente definidos, com apresentação inicial e dinâmica para criação de vínculos, saúde reprodutiva, disfunções pélvicas e sexuais, saúde mental, relacionamentos, maternidade, direitos e empoderamento, e autocuidado. O grupo possibilitou a criação de vínculo entre todas participantes e as profissionais, evidenciando a necessidade da criação de um espaço que reúna mulheres para a educação e o compartilhamento de vivências com enfoque no gênero. Evidenciou-se a importância da escuta qualificada como forma de cuidado, e o protagonismo do autocuidado em todas as etapas da vida. A educação em saúde deve ter enfoque central na APS para garantir o efetivo autocuidado e saúde das mulheres. Recomenda-se a implementação de atividades em grupo, visando a integralidade do cuidado a saúde da mulher. |
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EFEITOS DE 12 SEMANAS DE EXERCÍCIOS PRESENCIAIS EM UM GRUPO DE IDOSAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE APÓS O DISTANCIAMENTO SOCIAL DA PANDEMIA DA COVID-19 Autores: Maria Julia de Oliveira Lucente | LUCAS MAIOLA ASTOLFO, MARIELE VITORIA AMANDA DE LIMA, DANIELA WOSIACK DA SILVA, ANNE CRISTINE BECCHI, LIGIA MARIA FACCI Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Distanciamento social; Envelhecimento saudável; Exercício físico; Formato: Estudos de Caso Cód.Resumo: 3651 Resumo: Introdução: Dentre as atribuições da Atenção Primária em Saúde, destaca-se a realização de grupos de exercícios para a promoção e prevenção de doenças e agravos à idosos, população essa que sofre com os efeitos do envelhecimento aliados aos do sedentarismo. A pandemia do COVID-19 causou importante impacto aos idosos pela orientação do distanciamento social, e em seu retorno às atividades presenciais se salienta a importância da análise dos efeitos dos exercícios em grupos de atendimento na Atenção Primária em Saúde. Objetivo: Avaliar os efeitos de 12 semanas de um programa de exercícios em um grupo de idosas de modo presencial após o afastamento social preconizado pela pandemia da COVID-19. Metodologia: Idosas integrantes de um grupo de exercícios da Atenção Primária de uma Unidade Primária de Saúde de Londrina foram selecionadas para participar do estudo após a liberação das atividades presenciais. O programa de exercícios teve duração de 12 semanas, uma vez por semana, seguindo três fases: 1) Aquecimento (10 minutos); 2) Sobrecarga muscular e equilíbrio (25 minutos); e 3) Resfriamento/alongamento (10 minutos). As avaliações realizadas antes e depois de 12 semanas de intervenção incluíram circunferência de panturrilha e testes funcionais que investigaram equilíbrio dinâmico e estático, flexibilidade, condicionamento, força muscular e funcionalidade. Os dados coletados foram analisados por meio do teste de Shapiro-Wilk e do teste T. Resultados: Trinta idosas com média de idade de 69,23 (± 5,64) anos foram incluídas no estudo. Comparando-se as médias iniciais com as finais, foi possível verificar melhora estatisticamente significativa da circunferência de panturrilha (p=0,011), nos testes de Flexão do cotovelo (p>0,001), Sentar e Levantar (p>0,001), Sentar e alcançar na cadeira (p=0,038), Marcha estacionária (p=0,014) e Timed up and go (p>0,001). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na avaliação do equilíbrio estático, tanto no teste unipodal direito (p=0,502) quanto no esquerdo (p=0,559). Conclusões: Neste estudo os exercícios físicos presenciais supervisionados realizados em grupo de idosas por 12 semanas, com frequência de uma vez semanal, melhoraram a funcionalidade, o equilíbrio dinâmico, a flexibilidade de membros inferiores e a força/resistência muscular de membros superiores e inferiores de um grupo de idosas. |
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ESCOLARIDADE COMO FATOR PREDITOR DE DEMÊNCIA Autores: Karina da Silva Presser | Rafaela Lopes Fonseca , Beatriz Zampar Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Demência; Escolaridade; Fatores de Risco Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3653 Resumo: A demência, tida como a sétima principal causa de morte no mundo, é uma síndrome progressiva de comprometimento da memória e das funções cognitivas, cuja intensidade está relacionada com a incapacidade e a dependência do idoso. Estima-se um aumento global dessa condição, consequência do crescimento e envelhecimento populacional. Entretanto, a demência não é tida como característica inata ao envelhecimento e por isso a literatura aponta 12 fatores de risco modificáveis para a demência, dentre eles a baixa escolaridade. Partindo desse princípio, este trabalho tem como objetivo discutir o fator escolaridade como um risco modificável para a demência, tendo como base um estudo realizado com uma população de idosos de Londrina, Paraná. Nesse estudo, foram realizadas 73 entrevistas com pacientes acima de 60 anos, residentes do território da Unidade Básica de Saúde, bairro de grande vulnerabilidade social, localizado na zona norte da cidade. A entrevista consistiu na aplicação do Miniexame do Estado Mental (MEEM) e também na pesquisa dos doze fatores de risco para a demência, por meio de questionário elaborado pelas pesquisadoras. A literatura mostra que o nível de escolaridade implica no risco de demência uma vez que se relaciona com a reserva cognitiva do indivíduo, especialmente nos primeiros 20 anos de vida, período de maior neuroplasticidade. Além disso, a relevância da baixa escolaridade está voltada, dentro da literatura, justamente para as regiões de maior vulnerabilidade social, onde os níveis escolares são mais baixos, principalmente na população com mais de 50 anos. A partir disso, o estudo analisado identificou relação significativa entre escolaridade e MEEM alterado, com p valor de 0,016, na população entrevistada. Dentre os analfabetos, 47,6% apresentaram alteração no MEEM e, dos pacientes com 1 a 4 anos de escolaridade, 82,8% apresentaram MEEM alterado. É importante lembrar que tais dados estão sujeitos a erros uma vez que a baixa escolaridade interfere no desempenho dos testes cognitivos, impossibilitanto a associação fidedigna com o diagnóstico de demência. Dessa forma, é possível concluir que alterações cognitivas podem estar associadas ao nível educacional, entretanto existe a necessidade de se desenvolver ferramentas de testes capazes de avaliar de forma mais fiel o comprometimento cognitivo em pacientes com baixa escolaridade. |
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ANALISE DA FUNCIONALIDADE E DO QUADRO DOLOROSO DE PACIENTES REUMÁTICOS EM UM SERVIÇO PUBLICO DE REABILITAÇÃO Autores: Paola Santana de Alencar | Flavia Specian Queiroz, Maria Julia de Oliveira Lucente, Mariele Vitoria Armanda De Lima, Vinicius Hideki Azuma , Ligia Maria Facci Instituição: Universidade Estadual de Londerina Palavras-chave: doenças reumáticas; funcionalidade ;dor. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3672 Resumo: Introdução: A maioria das doenças reumáticas acomete articulações e outras estruturas musculoesqueléticas, causando dor e prejudicando a capacidade funcional desses pacientes. Uma avaliação minuciosa de aspectos que envolvem atividades de vida diária é primordial para o estabelecimento de metas para um tratamento efetivo a esses pacientes. Objetivo: Avaliar a funcionalidade e o quadro álgico de pacientes reumáticos a serem encaminhados para um programa de reabilitação para direcionar a abordagem de reabilitação. Métodos: Quatorze pacientes diagnosticados com uma ou mais doenças reumáticas foram avaliados inicialmente por meio de uma ficha geral com informações pessoais e questionários específicos para a doença do diagnóstico (FIQ para pacientes fibromiálgicos, HAQ-s para pacientes com espondilite anquilosante, WOMAC para pacientes com Osteoartrite e Roland Morris aos pacientes com dor lombar crônica). No exame físico foram realizados testes físicos de funcionalidade: Timed up and go e o Sentar e Levantar. Para a análise do nível álgico foi utilizada a escala analógica visual e o algômetro. Resultados: Dentre os 14 pacientes incluídos, 12 eram mulheres (85,7%) e dois homens (14,2%), com média de idade 58,5 anos. A doença mais prevalente foi espondilite anquilosante e sete pacientes (50%) apresentaram apenas um diagnóstico. A queixa mais apresentada foi dor, com uma média de dor de 4,64 cm na EVA, demonstrando um nível de dor moderada. Apenas um dos pacientes apresentou resultado compatível com os preditos de normalidade do Teste de Sentar e Levantar tendo realizado 18 repetições e o predito para idade era 17 e outro paciente no teste TUG sendo realizado em 7.06 seg e o esperado para a idade era de 7.86 seg. Conclusão: Por meio deste estudo foi possível averiguar que a maioria dos pacientes reumáticos avaliados apresentaram nível moderado de dor e considerável incapacidade funcional, sendo necessária a abordagem dessas disfunções como objetivos prioritários da promoção de saúde, prevenção de agravos e reabilitação no serviço público. |
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A INSERÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA POR MEIO DAS PRÁTICAS CORPORAIS E ATIVIDADES FÍSICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE. Autores: Juliana Ribeiro Falcão Cavalcanti | Douglas Nunes, Marcos Augusto Moraes Arcoverde, Lucinar Jupir Forner Flores Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE Palavras-chave: Atividade Física; Educação física; Atenção Primária em saúde; Políticas Públicas de saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3679 Resumo: Considerando a inserção dos profissionais de educação física nos serviços públicos de saúde desde 2006, com a consolidação da Política Nacional de Promoção da Saúde, e entendendo que as atividades físicas corporificam o cuidado em saúde, indaga-se o porquê da não inclusão desse profissional nas equipes de saúde de alguns municípios fronteiriços no sul do País. Com autorização da Secretaria de Saúde do Município de Foz do Iguaçu, foi iniciado um projeto com práticas corporais e atividades físicas em duas unidades básicas de saúde locais. Em frequentes diálogo sobre esse tema, o assunto chamou a atenção dos pensadores políticos que convocaram uma Audiência Pública, que ocorreu dia 25 de agosto de 2023, na Câmara dos Vereadores em Foz do Iguaçu, para debater sobre a inclusão dos profissionais de educação física no serviço de saúde básica, com participação da Secretaria de saúde municipal, Ministério da Saúde, Conselho Regional de Educação Física, Universidade e Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros. O impacto econômico da inatividade física foi calculado através do risco relativo, indicado pela literatura e dados apresentados estimam que, do gasto com a saúde no município de Foz do Iguaçu, 30% estão relacionados a inatividade física, esses achados são semelhantes aos encontrados na literatura mundial. Ao final da Audiência Pública, ficou pactuado esforço dos gestores para inserir os profissionais da educação física na atenção básica, inicialmente as cinco equipes multiprofissionais que já existem serão contempladas com esse profissional, foi convocada reunião para construção dos polos do Academia da saúde e a Vereadora responsável por convocar a Audiência, irá liberar 200 mil reais em emendas para o início do projeto. Essa foi uma grande conquista para a saúde da população que acessa os serviços de saúde pública, ampliando o acesso às práticas corporais e atividades físicas na perspectiva do cuidado integral, o que irá melhorar os indicadores de saúde locais, podendo ser uma experiência exitosa ao ponto de estender-se aos municípios lindeiros ao lago de Itaipú. |
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INTERDISCIPLINARIDADE E INTEGRALIDADE VIVENCIADA EM MUTIRÃO DE CUIDADOS COLETIVOS PARA HIPERTENSOS E DIABÉTICOS Autores: Juliana Lima Valério | Cristiane de Melo Aggio, Cristiana Magni Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO Palavras-chave: Acesso aos Serviços de Saúde; Equipe de Assistência ao Paciente; Doença Crônica. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3706 Resumo: Caracterização do problema: Doenças crônicas sobrecarregam os sistemas de saúde, causam incapacidades e mortes prematuras e são prevenidas com a modificação de comportamentos de risco à saúde. Justificativa: Medidas preventivas, adotadas na pandemia da Covid-19, interromperam as ações e serviços de saúde de acompanhamento dos doentes crônicos e elevaram os agravos na saúde deles, sendo pertinente ofertá-los cuidados coletivos. Objetivos: Discutir a interdisciplinaridade em mutirão de cuidados coletivos para pessoas hipertensas e diabéticas relatado. Descrição da experiência: Estratégia implantada em município paranaense de grande porte, no segundo semestre de 2022, por equipe de saúde multiprofissional. Por contato telefônico, hipertensos e diabéticos inativos no sistema de informação em saúde foram convidados a participar das seguintes atividades, realizadas em unidades básicas de saúde, no sábado: ações educativas breves e coletivas, testes para detecção precoce de problemas e agravos e atendimentos individuais, como a avaliação do pé diabético por fisioterapeuta, enfermeira, assistente social e acadêmicos de enfermagem e medicina com prescrição de calçados adaptados, órteses ou dispositivos auxiliares para marcha. Reflexão sobre a experiência: Cuidados coletivos corroboram com o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis no Brasil de 2021 a 2030. Além das informações geradas para os indicadores do pagamento por desempenho por ações estratégicas de doenças crônicas das equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária, o mutirão implantado ampliou o acesso aos serviços de saúde e oportunizou a interdisciplinaridade, na visão ampla e holística das pessoas e na construção de projetos terapêuticos para problemas complexos, sendo a confluência de saberes de diferentes áreas capaz de superar o cuidado fragmentado, medicocêntrico e desumanizado. Também pode-se contribuir com as competências para o trabalho em equipe e colaborativo, integrando os futuros profissionais de saúde aos trabalhadores da saúde e comunidade. Recomendações: No modelo assistencial almejado unidades básicas seriam a porta preferencial de acesso à Rede de Atenção à Saúde e mutirões de cuidados coletivos foi uma estratégia sustentável e potente na ampliação do acesso e produção da integralidade do cuidado às pessoas com doenças crônicas, favorecendo a consolidação do Sistema Único de Saúde. |
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A ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NO ATENDIMENTO À GESTANTE DIABÉTICA Autores: Esther Vieira Martins | Larissa Vitoria da Silva Fortunato, Jurinã Oromi Lopes, Aline Sobania Hiittner, Juliana Pinheiro Cantanhede Instituição: FEAS Palavras-chave: Gravidez. Diabetes Gestacional. Obstetrícia. Humanização da Assistência. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3714 Resumo: Caracterização do problema: A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) ocorre quando a mulher desenvolve uma resistência insulínica facilitada pelos Hormônios da Gestação geralmente ocorrendo no terceiro trimestre da gravidez. Justificativa: quando a DMG não é diagnosticada corretamente e não tratada, pode gerar complicações obstétricas desde parto prematuro até pré- eclampsia. O bebê pode nascer Grande para a Idade Gestacional (GIG), e ter hipoglicemia e desconforto respiratório ao nascer. O diagnóstico deve ser feito entre 24 a 28 semanas no exame de Teste de Tolerância a Glicose (TOTG) e o monitoramento deve ser até o final da gestação. Objetivo: Relatar a experiência da atuação multiprofissional em uma atividade desenvolvida com as gestantes diabéticas em uma Unidade de Saúde de alta vulnerabilidade. Descrição da experiência: Todas as gestantes que tiveram exames de TOTG alterados, foram previamente convidadas a participar do grupo de DMG, onde o qual foi conduzido por uma Nutricionista Residente e por uma Estagiária de Enfermagem. Foi realizada educação em saúde sobre a DMG, quais os sinais e sintomas, os riscos para a mãe e para o bebê e sobre a alimentação saudável. Foram orientadas também sobre a importância de mensurar a glicemia todos os dia em casa. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: o atendimento multiprofissional proporciona um olhar amplo ao paciente, podendo otimizar o tratamento e proporcionar acompanhamento integral dessa gestante. |
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A ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NO ATENDIMENTO À GESTANTE DIABÉTICA Autores: Esther Vieira Martins | Larissa Vitoria da Silva Fortunato, Jurinã Oromi Lopes, Aline Sobania Hiittner, Juliana Pinheiro Cantanhede Instituição: FEAS Palavras-chave: Gravidez. Diabetes Gestacional. Obstetrícia. Humanização da Assistência. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3714 Resumo: Caracterização do problema: A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) ocorre quando a mulher desenvolve uma resistência insulínica facilitada pelos Hormônios da Gestação geralmente ocorrendo no terceiro trimestre da gravidez. Justificativa: quando a DMG não é diagnosticada corretamente e não tratada, pode gerar complicações obstétricas desde parto prematuro até pré- eclampsia. O bebê pode nascer Grande para a Idade Gestacional (GIG), e ter hipoglicemia e desconforto respiratório ao nascer. O diagnóstico deve ser feito entre 24 a 28 semanas no exame de Teste de Tolerância a Glicose (TOTG) e o monitoramento deve ser até o final da gestação. Objetivo: Relatar a experiência da atuação multiprofissional em uma atividade desenvolvida com as gestantes diabéticas em uma Unidade de Saúde de alta vulnerabilidade. Descrição da experiência: Todas as gestantes que tiveram exames de TOTG alterados, foram previamente convidadas a participar do grupo de DMG, onde o qual foi conduzido por uma Nutricionista Residente e por uma Estagiária de Enfermagem. Foi realizada educação em saúde sobre a DMG, quais os sinais e sintomas, os riscos para a mãe e para o bebê e sobre a alimentação saudável. Foram orientadas também sobre a importância de mensurar a glicemia todos os dia em casa. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: o atendimento multiprofissional proporciona um olhar amplo ao paciente, podendo otimizar o tratamento e proporcionar acompanhamento integral dessa gestante. |
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A PINTURA GESTACIONAL NA FORMAÇÃO DO VÍNCULO MÃE E BEBÊ Autores: Esther Vieira Martins | Larissa Vitoria da Silva Fortunato Instituição: FEAS Palavras-chave: Gravidez; Pintura; Obstetrícia; Humanização da Assistência. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3715 Resumo: CARACTERÍZAÇÃO DO PROBLEMA: durante a gestação a mulher passa por muitas transformações físicas e psicológicas, momentos de incertezas e preocupações quanto ao seu filho. Justificativa: A pintura gestacional é a pintura aplicada diretamente sobre o ventre da gestante, que ilustra aspectos da vida uterina, como posição do bebê, placenta e cordão umbilical. A técnica artística também pode ser chamada de "pintura de barriga", pintura do ventre materno ou ultrasson natural. Ela pode auxiliar a mulher na construção de sua auto- estima e empoderamento sobre sua gravidez. Pode contribuir na formação de vínculo dessa mãe com seu filho, bem como com a equipe, pois durante o atendimento, o profissional pode trabalhar educação em saúde e ajustar laços de confiança com essa mulher. Objetivos: relatar a experiência da pintura gestacional bem como descrever a técnica utilizada pela enfermeira em uma Unidade Municipal de Saúde. Descrição da experiência: durante a oficina de gestantes, foi ofertado a realização da pintura gestacional para as mulheres com idade gestacional superior a 35 semanas. No dia agendado, a paciente escolhe a cor e o modelo de desenhos a ser utilizados. Os materiais utilizados incluem o molde de acetato, pincel de cerdas macias, esponja, tinta para pintura artística de rosto e lenço para higiene se necessário. A paciente é acomodada em uma poltrona confortável e a enfermeira inicia com a ausculta do batimento cardiofetal e a manobra de Leopold para determinar a posição do bebê. Após indicada a posição, com o auxílio do molde de acetato, inicia- se o contorno do corpo do bebê e da placenta e é preenchido com o pincel de cerdas macias. O espaço onde corresponde ao líquido amniótico, a mulher escolhe a cor preferida e é preenchido com o uso da esponja, podendo adicionar desenhos e flores. Finalizado a pintura da barriga, é ofertada à gestante a realização de registro fotográfico, de forma a eternizar esse momento. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: a pintura gestacional pode possibilitar um vínculo da mãe com o seu bebê bem como com toda a sua família, pois é possível observar de forma lúdica a posição e traços desse novo membro da família. Os irmãos mais velhos podem auxiliar na pintura, criando recordações afetivas. Trata-se de uma técnica de baixo custo e de fácil execução, porém precisa ser previamente agendada pois demanda tempo da agenda do enfermeiro. |
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O USO DO TESTE DE WHIFF NA DETECÇÃO PRECOCE DE VAGINOSES EM GESTANTES Autores: Esther Vieira Martins | Larissa Vitoria da Silva Fortunato, Jurinã Oromi Lopes, Saionara Aparecida Pinto Ribeiro, Mariza Alquieri Raimundo. Instituição: FEAS Palavras-chave: Gravidez; Obstetrícia; Complicações Infecciosas na Gravidez Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3734 Resumo: Caracterização do problema: Durante a gestação ocorrem alterações no trato genital inferior da mulher, propiciando infecções que se não diagnosticadas e tratadas corretamente, podem levar a complicações como ruptura prematura de membranas, o parto prematuro, bebê com baixo peso ao nascer, abortamento espontâneo e morte neonatal. Justificativa: O corrimento vaginal pode ter múltiplos agentes etiológicos, incluindo a vaginose bacteriana causada por bactérias anaeróbias, a candidíase vulvovaginal causada por Candida spp. e a tricomoníase decorrente a T. vaginalis. A causa mais comum do corrimento vaginal em gestantes, é a vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis, Mycoplasma sp.) e apresenta sintomas como a leucorreia com aspecto leitoso, bolhoso e com odor fétido, podendo ser assintomático. Objetivos: este trabalho tem por objetivo relatar a experiência do uso do teste de aminas ou Whiff test como forma de detectar precocemente as vaginoses em gestantes. Descrição da experiência: Conforme o protocolo da Rede Mãe Curitibana de maio de 2023, iniciou-se a realização do teste de aminas ou Whiff Test em todas as mulheres que iniciam o pré- natal nas Unidades de Saúde. Durante a consulta de vinculação, o enfermeiro realiza o exame especular avaliando as características da secreção vaginal e os sintomas associados. É coletado uma pequena amostra do conteúdo vaginal em uma lâmina de vidro e administrando duas gotas de KOH a 10%. Se houver liberação de "odor de peixe", o teste é considerado positivo e sugestivo de vaginose bacteriana. Para o tratamento das gestantes de primeiro trimestre, a enfermeira solicita apoio médico para a prescrição. Reflexão sobre a experiência: Este método tem mostrado ser bastante eficiente na detecção de bactérias anaeróbias, é um material de baixo custo podendo ser realizado no consultório sem a necessidade de encaminhar para análise laboratorial. Entretanto existem alguns desafios , pois algumas pacientes ainda desconhecem a importância do exame ginecológico na gestação e apresentam medo ou vergonha por se tratar de um exame um pouco invasivo. Recomendações: Durante a consulta, o profissional deve buscar o atendimento humanizado, formando vínculo com a gestante, orientado sobre a importância da realização do exame uma vez que ajuda na prevenção de agravos a saúde do bebê. |
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PESSOAS IDOSAS: DESMISTIFICANDO O ETARISMO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE Autores: Ana Karoline da Costa da Silva | Larissa Zepka Baumgarten , Camilla Ferreira de Lima, Gabriela Milczewski Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Atenção Primária de Enfermagem; Pessoa idosa; Educação em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3735 Resumo: Caracterização do problema: Durante as consultas de enfermagem em uma Unidade Municipal de Saúde de Curitiba, observou-se que alguns usuários idosos possuíam dúvidas e questionavam se as alterações expostas faziam parte do processo de envelhecimento. Justificativa: O processo de envelhecimento pode ser vivenciado pela senescência que envolve o envelhecimento natural pela diminuição progressiva da reserva funcional das pessoas, ou pode ser vivenciado com senilidade, que é o envelhecimento acompanhado de doenças que necessitam de assistência. Um dos equívocos comumente vistos na sociedade, é acreditar que todas as mudanças que acometem essa população, fazem parte da senescência. Tal entendimento, pode estar associado à prática do etarismo, que envolve uma visão estereotipada em relação às pessoas com base na idade que elas têm, repercutindo negativamente sobre a saúde. Objetivo: Relatar a experiência de uma roda de conversa sobre etarismo em uma UMS. Descrição da experiência: Foi proposto pela enfermeira preceptora e enfermeira residente, um encontro com pessoas idosas para discutir sobre o etarismo e o processo de envelhecimento. Foi realizado um encontro com idosos, ocorrendo respectivamente apresentação coletiva, roda de conversa sobre o processo de envelhecimento e etarismo, dinâmica, orientações sobre saúde e auriculoterapia. Na dinâmica, foram lidas possíveis alterações do processo de envelhecimento, para que houvesse a identificação do que faz parte da senescência ou senilidade. Durante esse momento, foram realizadas orientações sobre hábitos saudáveis de vida a fim de garantir autonomia e independência funcional. Com apoio de um profissional da odontologia também foram fornecidas orientações sobre a saúde bucal da pessoa idosa. Ao final do encontro, foi aplicada a auriculoterapia, assim como exposição dos seus benefícios. Reflexão: Observe-se que o profissional de saúde é fundamental no cuidado ao usuário que está em processo de envelhecimento, para que os problemas de saúde da pessoa idosa não sejam vinculados ao etarismo, corroborando com a integralidade do cuidado. Destaca-se também, a importância da inserção de residentes de enfermagem em saúde do idoso nas UMS a fim de fomentar discussões sobre a gerontologia e implementar ações. Recomendações: Encontros com pessoas idosas nas Unidades Municipais de Saúde oportunizam um espaço essencial para a educação em saúde, podendo incluir discussões que desmistificam o etarismo na sociedade |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE GRUPO TERAPÊUTICO MULTIPROFISSIONAL PARA ADOLESCENTES Autores: Natalia Figueira Vidal | Graziele Kariny Bel, Christiane Luiza Santos Instituição: Escola de Saúde Pública de São José dos Pinhais/ Faculdade Pequeno Príncipe Palavras-chave: Adolescentes; Autocuidado; Odontólogos; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3741 Resumo: Caracterização do problema e justificativa: Grupos podem ser ferramentas potencializadoras da assistência em saúde e criadores de espaços identificatórios entre pares. Dispõe de uma potência de vínculo, que possibilita cuidados afetuosos e também benefícios mútuos para além dos atendimentos individuais, como uma tática para mediar relações, levando a mudanças e reflexões sobre propostas em grupo como atuação terapêutica. Pensando em ciclos de vida, a adolescência é um período de vulnerabilidades que demandam ações coletivas para suprir necessidades. Foi criado então um grupo para a faixa etária em uma unidade de saúde da região metropolitana de Curitiba. As práticas grupais desenvolvidas pela psicologia já são de comum conhecimento nessa US, em um grupo de pais e responsáveis surgiu a demanda de consultas individuais com os psicólogos, aos seus filhos adolescentes, entre as idades de 13 a 17 anos. Objetivos: Relatar a experiência de um cirurgião dentista em um grupo multiprofissional de apoio psicológico para adolescentes e aumentar vínculos entre profissionais de saúde e adolescentes. Experiência: O grupo ocorreu entre abril e maio de 2023, num total de sete encontros, elaborado para acontecer semanalmente, coordenado por dois psicólogos e uma dentista, residentes no programa de Saúde da Família. Foram acordadas regras de convivência entre os participantes e coordenadores, dispúnhamos de dinâmicas para integração e interação entre os atores, como atividades quebra-gelo, reflexão, conhecimento do território, resolução de conflitos e também atividades ao ar livre. Além dos encontros semanais, foram feitos atendimentos individuais para avaliação odontológica, a qual foi aceita sem relutância, e tratamento das demandas percebidas posteriormente. O grupo foi um local de escuta e de confiança, foi perceptível a identificação geracional para a aderência ao atendimento odontológico e aos encontros do grupo. Reflexão e recomendações: As ações coletivas proporcionam um local de escuta e identificação e possibilitam o desenvolvimento da autonomia e do cuidado em saúde. Esse trabalho teve importância para a vinculação desses adolescentes com a sua unidade de saúde de referência e aos profissionais, promovendo de forma intrínseca o autocuidado, demonstrando mais uma vez que esse ciclo de vida necessita de atenção e de atividades direcionadas exatamente a eles. |
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CUIDADO PALIATIVO: PARA ALÉM DA FINITUDE Autores: Emilly Pennas Marciano Marques | Regina Melchior Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Atenção Primária à Saúde; Luto Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3751 Resumo: O cuidado paliativo (CP) é definido como um cuidado integral dos indivíduos frente a uma doença incurável, objetivando a melhora da qualidade de vida do indivíduo e seus familiares, contudo, esse cuidado não se encerra no óbito, mas continua na fase do luto. O objetivo deste trabalho é refletir sobre o processo de produção do cuidado do indivíduo enlutado na atenção básica (AB). Trata-se dos resultados parciais de uma pesquisa qualitativa, com abordagem cartográfica, do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva de uma universidade estadual em um município do norte do Paraná, realizada de Janeiro à Maio de 2023. Foram cartografados alguns espaços de produção do cuidado, dentre eles, o encontro com uma família, que possibilitaram a reflexão sobre o luto. Em uma visita domiciliar, conheci a Ana (nome fictício) que lutava contra um câncer cerebral há 4 anos. Sua mãe, Rosa, verbalizava seu sofrimento dizendo “você vai me deixar sozinha?”, “eu vim para cá e agora ela vai embora e me deixar sozinha”, ela estava vivendo um processo de luto antecipatório com raiva e negação. O luto é definido como uma reação à perda e rompimento de vínculo e seu enfrentamento é um processo subjetivo e está relacionado ao papel que representa a pessoa que está morrendo, a perda de um filho rompe com a crença da ordem natural do ciclo vital e é relatada como um evento avassalador. Alguns fatores podem influenciar nesse processo, como qualidade de vínculo; apoio recebido; realização de rituais importantes como fechamento de ciclo; luto antecipatório; idade e ciclo vital; histórico de perdas; desvalorização do luto entre outros. A vivência do luto no CP, permite as despedidas, resolução de conflitos e a ressignificação da perda, facilitando sua aceitação. Assim, uma forma de ajudar Rosa neste luto antecipatória, seria pensar junto com a família rituais que pudessem amenizar sua dor. A psicóloga da unidade relatou que as demandas relacionadas ao luto são encaminhadas para um grupo de acolhimento e escuta. O processo psicoterapêutico, é um grande aliado, pois permite a ressignificação da perda. Nessa cartografia, foi possível observar que a qualidade e o tipo de vínculo se mostraram um forte fator para o desenvolvimento do luto complicado. A AB pode ser um potente dispositivo facilitador nesse processo, porém é necessário que os trabalhadores possam ter espaço de reflexão sobre o tema, onde também possam ser acolhidos nas suas dificuldades de lidar com a morte e com o luto. |
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DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE PONTA GROSSA: UMA ATIVIDADE DE PESQUISA DO CAPACITA DOENÇAS CRÔNICAS Autores: Pollyanna Kassia de Oliveira Borges | Sunáli Batistel Szczerepa, Patrícia Silva Lúcio, Diego Antônio Luiz Teodoro, Denilson de Castro Teixeira, Erildo Vicente Muller Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa; Universidade Estadual de Londrina; Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa Palavras-chave: Obesidade; Hipertensão Arterial Sistêmica; Diabetes Mellitus Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3758 Resumo: Caracterização do problema: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são os maiores problemas de saúde pública da atualidade. Por isso, é de extrema importância conhecer a frequência e o perfil da população usuária, com DCNT, da rede de Atenção Primária à Saúde (APS). Justificativa: Universidades paranaenses estão envolvidas no projeto Capacita Doenças Crônicas para formação de gestores. O diagnóstico inicial contempla avaliação da prevalência e necessidades específicas de prevenção/tratamento das DCNT na rede de APS. Objetivo: Este resumo tem como objetivo apresentar o relato da experiência vivenciada por pesquisadores em trabalho de campo realizado em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Ponta Grossa – Paraná sobre DCNT. Descrição da experiência: Trata-se de um projeto de pesquisa de mestrado acadêmico, no qual são aplicados formulários com questões sociodemográficas e socioeconômicas e frequência de consumo alimentar já validada. O público alvo são 280 usuários de 8 UBS (sendo 35 por UBS, incluindo diferentes regiões da cidade e zona rural) que apresentem uma ou mais de 3 doenças crônicas (diabetes, hipertensão ou obesidade). Já foram coletados até o momento, dados de 195 participantes. Com base na observação realizada, nota-se uma população mais velha e com maior prevalência de hipertensão, seguida de obesidade e diabetes, com uma polifarmácia crescente conforme maior o número de patologias. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Os pesquisadores notaram dificuldade em verificar consumo alimentar mais saudável nesse público, associado ao fator renda nos discursos ouvidos frequentemente (“come-se fruta e verduras quando tem”, “se tivesse comeria todo dia”), sendo que a população vem relatando renda de 1-3 salários mínimos. A grande parte deste público não realiza acompanhamento com especialistas como nutricionista e psicólogo, mesmo o município contando com este tipo de atendimento. Como conclusão do relato, nota-se que além de orientações nutricionais mais frequentes sobre alimentação saudável, seria de extrema importância também a implantação e o incentivo a população ao acesso aos alimentos mais saudáveis (hortas em casa, participação em programas de troca de recicláveis por hortifrutigranjeiros, acesso ao mercado com preço mais popular, etc.). Por fim, é gratificante e enriquecedor o contato com a rede de APS, especialmente por pesquisador vindo de atuação em atenção terciária. |
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ABORDAGEM NO PÓS-AVC: ORIENTAÇÃO E INTEGRAÇÃO FAMILIAR NO CONTEXTO DA SAÚDE COLETIVA Autores: Karen Ferreira Fernandes Braz | Clara Helena Cordeiro Campos, Amanda Oliveira Hoyer, Luana Vila Soares Pinto, Lucca Blanco, Cristina Meurer de Miranda Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Visita Domiciliar; Acidente Vascular Cerebral; Saúde da Família. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3762 Resumo: Caracterização do problema: A disciplina de Integração Ensino e Comunidade utiliza uma abordagem centrada no paciente e busca compreender a relação médico-paciente no contexto de saúde coletiva. O projeto proposto a partir da disciplina, envolveu visitas domiciliares quinzenais a um paciente com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) encaminhado por uma Unidade Básica de Saúde de Curitiba (UBS). Durante essas visitas, foi possível identificar algumas necessidades específicas da família, tais como desafios na comunicação, assepsia da sonda de gastrostomia e higiene bucal. Justificativa: O trabalho visou a orientação do paciente e seus familiares quanto ao manejo do pós-AVC, pois o indivíduo pode apresentar déficits focais ou generalizados. Para tanto, utilizou-se as ferramentas de abordagem familiar a fim de entender o funcionamento do núcleo familiar. Objetivos: Orientar o paciente e sua família quanto ao autocuidado após AVC e as demandas específicas levantadas a partir das visitas domiciliares. Descrição da experiência: Durante as visitas domiciliares, foram utilizadas alguns instrumentos de abordagem familiar, como Genograma, Ecomapa, PTS (Projeto Terapêutica Singular), FIRO (Fundamental Interpersonal Relations Orientation) e PRACTICE (Present Problem; Roles and Structure; Affect; Communication; Time in the Family Life Cycle; Illness in Family Past and Present; Coping with Stress; Ecology). Com eles, foram analisadas as consequências do AVC na rotina e nas relações familiares, buscando abordagens abrangentes e personalizadas para o paciente. As áreas de foco para a orientação quanto ao autocuidado incluíram a higiene bucal, a assepsia relacionada à gastrostomia e a estimulação da cognição e do raciocínio do paciente com sequelas de um AVC. Reflexão sobre a experiência: A implementação deste projeto resultou em uma experiência enriquecedora que estimulou reflexão sobre o papel do médico diante dos desafios pós-AVC no contexto da saúde coletiva e na abordagem familiar dos pacientes da UBS. Isso possibilitou a criação de um ambiente de apoio e valorização para todos os envolvidos, contribuindo para a compreensão mais profunda dos cuidados multidimensionais e humanizados, adaptados às necessidades individuais de cada pessoa. Recomendações: É fundamental que os acadêmicos encarregados das visitas domiciliares sejam capacitados para identificar as demandas oriundas das visitas domiciliares, além de manejar com as particularidades de cada família. |
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IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO MUNICIPAL DE CUIDADOS PALIATIVOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM LONDRINA- PR. Autores: Vânia Cristina da Silva Alcantara | Beatriz Zampar, Sônia Maria Coutinho Orquiza, Bruna Maria Rocha Petrillo Giovine, Jéssica Ananda Damasceno de Araújo, João Henrique Franco de Moraes Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina. Palavras-chave: Cuidados Paliativos. Atenção Primária à Saúde. Integralidade Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3790 Resumo: O aumento da expectativa de vida, a alteração biológica e dos hábitos de vida podem resultar em Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que por sua vez podem gerar doenças ameaçadoras da vida, sejam agudas ou crônicas, com ou sem possibilidade de reversão ou tratamentos curativos, trazem a necessidade de um olhar para um cuidado amplo e complexo em que haja interesse pela totalidade da vida do paciente, com respeito ao seu sofrimento e de seus familiares, com foco na qualidade de vida. Deste modo, o cuidado paliativo é uma abordagem que visa a promoção da qualidade de vida de pacientes e seus familiares. A APS como ordenadora do cuidado tem potencial para implantar e efetivar os cuidados paliativos com a redução da iniquidade de acesso a esta modalidade de cuidado. Diante disso, o objetivo geral foi construir e implementar planejamento estratégico em cuidados paliativos a partir da atenção primária do município. Especificamente elaborar diagnóstico situacional, mapeamento da rede de serviços, identificação dos profissionais essenciais na rede para o matriciamento, escolha dos instrumentos para matriciamento (SPICT, PPS e DAM), sensibilização dos gestores municipais, organização e implementação de um plano de capacitação, organizando a logística e educação permanente em saúde, ofertar apoio matricial, elaboração de linha guia de cuidados paliativo. Assim, tornou-se necessário implantar educação continuada em cuidados paliativos na APS por meio de matriciamento de casos já acompanhados por cada ESF e fortalecer uma rede de serviços integrada. Construir fluxos de encaminhamentos entre os diversos pontos de atenção à saúde, considerando a APS como a ordenadora do cuidado. Capacitou-se 54 ESF e alguns profissionais das equipes multidisciplinares para utilizar o SPICT-BR avaliando a elegibilidade para cuidados paliativos, aplicação do PPS em todos os pacientes elegíveis para avaliar a funcionalidade e para aplicar gradativamente o Plano de Cuidados utilizando o Diagrama de Avaliação Multidimensional (DAM). A Implementação de da linha guia sobre cuidados paliativos para apoiar os profissionais no manejo de sintomas e consequente elaboração do plano de cuidados está em andamento. Em 2023, matriciou-se 385 profissionais da APS, foram definidos fluxos importantes, com planejamento para implementação de novas ações até 2024. Considera-se que a APS em Londrina tem características especiais relacionadas ao vínculo e ao cuidado longitudinal |
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O USO DA AURICULOTERAPIA NO GRUPO DE PREVENÇÃO AO TABAGISMO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Larissa Zepka Baumgarten Rodrigues | Ana Karoline da Costa da Silva, Franciele Cieslinski Fernandes, Manoela Santos, Patricia Guarida Ganz Instituição: FEAS Palavras-chave: Auriculoterapia; Tabagismo; Práticas interdisciplinares Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3792 Resumo: Caracterização do problema: O consumo de tabaco caracteriza um comportamento nocivo, sendo considerado um problema de saúde pública, uma vez que constitui a segunda maior causa de morbimortalidade no mundo. Justificativa: O tratamento da cessação do tabagismo é oferecido pelo Sistema Único de Saúde, podendo ser farmacológico ou não farmacológico. Atendendo ao modelo integral de cuidado à saúde, surge a necessidade de aplicar práticas integrativas nas intervenções preventivas e de promoção à saúde Objetivo: relatar a experiência da aplicação da auriculoterapia em um grupo de tabagismo na Atenção Primária em Saúde. Descrição da experiência: Em 2023, foram criadas duas turmas do grupo de tabagismo em uma Unidade Básica de Saúde, na cidade de Curitiba-PR, com objetivo de aliviar sintomas físicos e emocionais advindos da abstinência à nicotina. Na primeira turma, não houve participação da equipe médica e nenhum participante cessou o uso do tabaco, mas diminuíram a quantidade de cigarros. No segundo grupo, ainda em andamento, há participantes abstinentes, até o momento. Cada sessão de grupo conta com cinco etapas, sendo respectivamente, atenção individual, estratégias e informações, revisão e discussão e também, tarefas e práticas integrativas (meditação e auriculoterapia). O último momento envolve a aplicação da auriculoterapia, com sementes de mostarda, sendo utilizado os pontos auriculares previstos no protocolo para tabagismo. Reflexão sobre a experiência: A auriculoterapia favorece a integralidade do cuidado e atua na promoção e recuperação da saúde do usuário tabagista, além de contribuir para avaliar a necessidade ou a minimização da utilização de fármacos, uma vez que, ocorre ampla aceitação e auxílio no controle da vontade de fumar e da abstinência. Recomendações: A auriculoterapia mostra-se promissora na atenção primária em saúde nos grupos de tabagismo, pois auxilia na redução da ansiedade, angústia, pensamentos depressivos, dores físicas, entre outros sintomas comuns, durante a abstinência ou redução da nicotina. |
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A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PRECOCE DA MALOCLUSÃO Autores: Laura Fernanda Pavan Nunes | Alessandra De Lima Instituição: UNICESUMAR Palavras-chave: Maloclusão; Ortodontia Preventiva; Sistema Único de Saúde; Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3804 Resumo: A maloclusão nos tempos atuais esta cada vez mais inserida nos problemas de comuns de saúde entre as populações, porém precisamos conhecer a oclusão normal, e sim, ela se refere à relação dos dentes superiores e inferiores quando em contato funcional durante atividade mandibular. Com relação ao desenvolvimento da ciência da oclusão e de seu entendimento, diversas teorias foram desenvolvidas ao longo do tempo e ao decorrer do aprimoramento científico. O conhecimento do padrão de crescimento para controlar a erupção e desenvolvimento da dentição exige dos profissionais um acompanhamento constante no intuito de promover a prevenção das maloclusões, sendo ela a terceira patologia bucal mais prevalente na população mundial superada apenas pela carie e doença periodontal. O estudo proposto se torna cada vez mais necessário, pois o diagnostico precoce facilita o tratamento e diminui as consequências que acometem a criança e o adolescente, diagnostico esse que permite ser feita a intervenção correta no momento adequado, não permitindo que criança nenhuma, com problema de maloclusão sofrem com comentários maldosos. As causas da malolcusão são diversas, podendo ser desde fisiológica quanto a emocionais ou adquiridas. Os danos causados serão determinados pela intensidade, frequência e inclusive a duração. O objetivo do estudo é verificar a importância do tratamento precoce nas más oclusões, visto que muitos estudos demonstram que o tratamento precoce é uma alternativa cada vez mais visada, por ser mais eficiente e de custo baixo para o Sistema Único de Saúde, principalmente por utilizarmos aparelhos simples, com mecânica pouco invasiva e de fácil utilização. Tendo em vista o alto custo com tratamentos de correção ortodôntica em dentição permanente. Considerando assim que uma decisão e intervenção tomada precocemente pode alterar o curso do agravamento de uma maloclusão. |
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MORTALIDADE INFANTIL, FETAL E MATERNA – EVENTO SENTINELA PARA A MELHORIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE Autores: Priscila Alexandra Colmiran | Daniela Souza de Carvalho Gomes, Daniela de Souza Silva Almeida, Giselle Lima Aguiar Correia, Marcos André da Silva, Vânia Cristina da Silva Alcântara Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina Palavras-chave: Evento Sentinela; Materno infantil; Mortalidade Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3812 Resumo: A morte materna, infantil e fetal é um evento trágico, não só pelas repercussões causadas no âmbito familiar, mas também porque a maioria delas é considerada evitável. São óbitos evitáveis, tanto pela melhoria dos determinantes sociais através de políticas públicas que garantam os direitos humanos e reduzam as iniquidades. A análise dos indicadores no nos territórios nos fez refletir sobre os processos de trabalho e o quanto eles são significativos para quem atua na ponta. Resgatar os processos de trabalho é fundamental trazer a equipe para construção e retomada dos processos e resgatar a co-responsabilização da equipe no desempenho do cuidado. Uma estratégia para avaliar e monitorar os casos de morbimortalidade consiste no uso do evento sentinela, sendo sua ocorrência um marcador da qualidade ou da efetividade do sistema de serviços de saúde. Utilizamos como estratégias de trabalho a realização de eventos sentinelas a partir dos óbitos ocorridos nas areas adscritas às equipes de saúde, trazendo a equipe para o processo de discussão e construção das mudanças. A trajetória assistencial do paciente pela rede de saúde durante a ocorrência de um evento sentinela permite identificar os serviços utilizados e a partir da investigação do evento, apreciar a adequação das condições de funcionamento e qualidade da assistência prestada. A mortalidade infantil, fetal e materna é um evento sentinela, que pode ser evitado por ações de saúde eficazes e obriga a investigação retrospectiva dos casos para obter informações sobre a assistência prestada e propor medidas pertinentes. É clara a necessidade de ressignificar o cuidado junto as equipes da APS, para sua ocorrência é preciso avaliar os indicadores de mortalidade, convidar os profissionais que acompanharam o pré-natal ou que acompanharam a criança para participarem da discussão do caso. Para esta ação foi preciso compor equipe de referência para coordenar essa atividade junto aos profissionais. De março de 2023 até este momento foram realizados 11 encontros para discussão de casos, em 100% das discussões observou-se falhas nos processos de cuidado do pré-natal na APS. O evento sentinela possibilitou o planejamento de estratégias específicas para cada Unidade Básica de Saúde visando a correção e implantação de processos mais assertivos, diante da necessidade instalada, com o apoio técnico e possibilita a reflexão das equipes enquanto suas práticas e fomenta mudanças de acordo com a governabilidade de cada equipe. |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A PARTICIPAÇÃO NA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE CONSIDERANDO AS PAUTAS APRESENTADAS Autores: Marília de Moraes Barros | Beatriz Alarcon Porfírio, Izabella Aurora Felício Garcia Lopes, Pietra Giovana Poliseli, Ana Paula de Lima Tanaka, Lucas Henrique Pedriali Instituição: Unicesumar Palavras-chave: Conferências de Saúde; Participação da Comunidade; Políticas de Controle Social Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3610 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O controle social no Sistema Único de Saúde (SUS) prevê a participação da comunidade na elaboração das políticas públicas de saúde, em consonância com o exposto na Constituição de 1988 e na Lei Orgânica nº 8.142/1990. Pactuou-se a participação popular no processo decisório através dos Conselhos de Saúde e das Conferências de Saúde, nos três níveis de governo. Sobre a Conferência Municipal de Saúde realizada em novembro de 2022, na ótica de participante, percebeu-se a dificuldade na organização de temas pertinentes à área da saúde pública. Justificativa: A escolha dos delegados da Conferência Municipal de Saúde obedece à representação de instituições e entidades de forma paritária (50% usuários, 25% trabalhadores da saúde e 25% gestores e prestadores de serviços). Contudo, durante as discussões, notou-se o descompasso em parte das pautas levantadas, em especial, pela parcela dos usuários, que não se referiam à elaboração de políticas públicas de saúde, o que embasa este relato. Objetivo: Relatar a experiência observada na assincronia de temas durante a Conferência Municipal de Saúde. Descrição da experiência: A Conferência Municipal de Saúde ocorre a cada quatro anos com a representação de diversos segmentos sociais. A reunião dos delegados ocorreu no auditório de uma Instituição de Ensino Superior, visando ser um momento de construção coletiva da saúde pública municipal. Durante as discussões, observou-se que parte relevante das pautas não correspondia ao planejamento da saúde, mas à assuntos relacionados a infraestrutura de ambientes públicos, mobilidade urbana e segurança pública. Os gestores da saúde presentes acolhiam adequadamente os temas e os encaminhavam às Secretarias Municipais correspondentes. Diz, sim, respeito ao contexto social e qualidade de vida, mas fez reduzir o número de pautas diretamente relacionadas à saúde, abreviando as discussões sobre a elaboração de políticas públicas de saúde. Reflexão: Visando honrar o controle social do SUS e a escolha dos delegados, as Conferências de Saúde têm o dever de democratizar o planejamento da saúde. Contudo, cabe aos organizadores e gestores a adequação das pautas e discussões no que se refere ao planejamento da saúde pública, filtrando assuntos não pertinentes. Recomendação: Espera-se que este relato contribua para a tomada de consciência de que as Conferências de Saúde e os delegados presentes foquem no que se refere à construção social da saúde. |
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COMISSÃO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: NIVELAMENTO NA FORMAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ-PARANÁ Autores: Luana Carla Tironi de Freitas Giacometti | Robsmeire Calvo Melo Zurita, Lucas Henrique Pedrialli, Claudia Tiemi Miyamoto Rosada, Udelysses Janete Veltrini Fonzar, Eduardo Henrique Wents Ribeiro Instituição: Unicesumar Palavras-chave: Conselhos de Saúde; Políticas de Controle Social; Educação Continuada. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3656 Visualizar Video Resumo: Conselhos Municipais de Saúde (CMS) deliberam pelas relações entre usuários, trabalhadores de saúde, prestadores de serviço e gestores, num processo permanente de negociação entre diferentes interesses no âmbito da política pública municipal de saúde. Um dos propósitos estabelecidos pela Comissão de Educação Permanente foi o de instrumentalizar os conselheiros para acesso e compreensão das informações relacionadas à área da saúde, melhorando a sua interlocução e protagonismo no controle social do Sistema Único de Saúde (SUS). Necessidade era expressa pelos conselheiros em diversos momentos, nas reuniões ordinárias do CMS onde socializar informações na medida em que o SUS é complexo, e as condições estabelecidas para a sua organização e funcionamento alteram-se sistematicamente e há necessidade de manter atualizadas estas informações. Objetivou-se, qualificar a tomada de decisões no âmbito do controle social no SUS, para que a ação do CMS tenha o protagonismo que lhe cabe. A metodologia previu a possibilidade de inclusão de temas no decorrer do curso, permitindo, assim, espaço para a troca de informações, experiências e consolidação de conhecimentos trazidos pelos participantes. Procurou-se respeitar e trabalhar a partir da grande variedade de experiências cognitivas em relação ao trato com os documentos e textos oficiais, dados e informações técnicas e formas de saber e compreender a participação social. A temática abordada visou proporcionar informações e conhecimentos a respeito do SUS, contemplando todos os seus aspectos. Para tal, foi elaborado material didático, com linguagem acessível e que foi disponibilizado aos participantes, juntamente com textos auxiliares. A Comissão de Educação Permanente estabeleceu os principais temas: Sistemas de Informação; Política Nacional de Atenção Básica; Financiamento da Saúde; Instrumentos de gestão; Redes de Atenção e Instâncias de Governança. Os processos educativos estão acontecendo seguindo cronograma durante as reuniões ordinárias e serão certificados pela Secretaria de Saúde. Desta forma, permeia de forma transversal e permanente a atuação do CMS, expandindo-se nas suas relações com os outros setores e esferas governamentais e não seja uma mera formalidade homologatória das ações governamentais. Os conselheiros municipais precisam levar em conta a heterogeneidade para produzir as transformações desejadas na organização e planejamento do funcionamento do CMS numa metodologia de gestão ampliada e corresponsável. |
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INTERVENÇÃO DE SAÚDE DE PALHAÇOS VOLUNTÁRIOS EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE CURITIBA Autores: Aline Lopes Cordeiro | Francisco José Koller, Eduardo Roosevelt, Peterson Anderson de Souza, Valéria Azevedo, Michele Iores Instituição: FEAS Palavras-chave: Humanização;acolhimento;voluntariado Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3721 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O processo de internação hospitalar pode causar várias inferências no tratamento do paciente, tais como diminuição da qualidade de vida, alteração das atividades de vida diária e substituição de práticas culturais impostas pelo quadro patológico, tais modificações no aumento na fragilidade, prolongamento do tempo de internação e sentimentos negativos. Justificativa: Considerando tais questões fez-se necessário criar uma rede de apoio para promover acesso a informações de saúde voltado aos pacientes e colaboradores de um hospital municipal, visando ações itinerantes com foco em humanização, educação, arte e promoção da cultura de segurança, com ação focada no estado brincante, com técnicas da palhaçaria como potente ferramenta de reconexão humana que, além de promoção à saúde e bem estar, também garantem o direito à arte e a cultura de forma descentralizada, democrática e acessível a todos. Objetivo: Relatar uma experiência da intervenção de saúde palhações voluntários em um hospital municipal de Curitiba. Descrição da experiência: Com o intuito de promover acesso a arte, cultura e humanização no ambiente hospitalar aos pacientes e colaboradores de saúde, a Organização da Sociedade Civil (OSC) Nariz Solidário iniciou em 2017 suas atividades voluntárias em um hospital municipal de Curitiba. Já em 2022 houve um novo repensar sobre a assistência prestada pelos palhaços voluntários, que além de ofertar atividades lúdicas aos pacientes implementaram ações de segurança do paciente, como forma de educar sobres as metas de segurança e dos protocolos assistenciais. Além de melhorar a comunicação entre as equipes do hospital, através da elaboração de materiais audiovisuais e planejamento de novas ações de forma crítica. Reflexão sobre a experiência: Através desta experiência salienta-se a importância da promoção de atividades lúdicas, resgate de memórias afetivas dos pacientes e colaboradores, redução da tensão no ambiente hospitalar, melhoria da cultura de segurança e prevenção de riscos. Recomendação: Recomenda-se ampliar atividades de intervenção de saúde de palhaços em ambiente hospitalar, fortalecendo o voluntariado e a política de humanização no SUS. |
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ANÁLISE DAS PROPOSTAS APROVADAS NA 17ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE REFERENTES AO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA). Autores: Ivone da Costa Rosa | Rafael Gomes Ditterich Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Conferência Nacional de Saúde. Políticas de Saúde Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3811 Visualizar Video Resumo: A 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em julho de 2023 em Brasília, teve como tema "Garantir direitos, defender o SUS, a vida e a democracia." Com uma histórica participação social, a conferência aprovou propostas que enfatizam a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), valorizam os profissionais de saúde e destacam a necessidade de equidade nas políticas de saúde. O processo de discussão teve início em agosto de 2021, com conferências em diversos níveis, envolvendo mais de 2 milhões de pessoas e contando com a ativa participação de movimentos em prol da melhoria da assistência e inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Cardoso (2017), enfatiza que a participação social dos grupos aos quais se destina a política pública é fundamental para garantir sua efetividade e evitar a tomada de decisões arbitrárias e incongruentes. Assim, objetivou-se analisar as propostas aprovadas na conferência referentes ao TEA no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), divulgadas no relatório preliminar do Conselho Nacional de Saúde. As propostas aprovadas abrangem diversas áreas e objetivos, incluindo o fortalecimento da inclusão e garantia de direitos para pessoas com TEA (CN-E1-000171), a criação de um programa nacional para transtornos não visíveis, como TEA (CN-E1-000376), a implantação de Centros de Referência multidisciplinares (CN-E1-000379), a ampliação de recursos e CAPS, incluindo Centros Especializados de Reabilitação (CN-E3-000527), a criação de uma linha de cuidado prioritária para TEA, TDAH e TOD (CN-E4-000160), o financiamento e apoio à saúde mental, com inclusão de neurologistas (CN-E4-000176), promoção de cursos de capacitação (CN-E4-000205) e a implantação de uma Política Nacional de Atenção ao TEA com financiamento adequado (CN-E4-000206). No geral, as propostas enfatizam a importância de uma abordagem multidisciplinar, atendimento integral, capacitação de profissionais e investimento adequado para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e outros transtornos do desenvolvimento no contexto do SUS. Sua implementação eficaz pode representar um avanço significativo na inclusão e na qualidade dos serviços de saúde oferecidos a esse público. A participação social histórica na conferência reflete o compromisso da sociedade com a equidade no sistema de saúde, tornando-a um marco crucial no avanço das políticas de saúde para pessoas com TEA. |
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ATITUDES QUE DÃO LIKES: UMA FERRAMENTA DE VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL Autores: Cintia Mara Ribeiro | Viviane Gisele de Souza, Rosane Kraus, Vivian Maria Busato Diniz Instituição: FEAS Palavras-chave: gestão, reconhecimento, valorização Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3617 Visualizar Video Resumo: O reconhecimento do profissional em seu ambiente de trabalho pode ser um dos fatores que geram motivação, esse reconhecimento pode ser proposto de diferentes formas, como por exemplo, por meio de elogios aos trabalhadores. O objetivo deste relato foi criar uma ferramenta para divulgação de elogias aos profissionais. Valorizar a equipe de profissionais. Relatar a utilização de uma ferramenta de comunicação que divulga atitudes e elogios positivos das equipes. O Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns inscreveu uma Unidade de Terapia Intensiva no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, na linha “Saúde em nossas mãos – atitudes que salvam vidas”, em 2020. Entre diversas ações propostas, a importância de valorizar o trabalho de cada membro da equipe foi destacada, partindo do pressuposto que cada pequena ação fará a diferença no resultado. A partir de uma discussão, os líderes do projeto criaram uma ferramenta via QRcode, a qual acessa um formulário no Google Forms, onde se registra o elogio ou comentário, de forma anônima ou não. A divulgação é realizada através do QRcode, de mensagens via celular e murais. Periodicamente os registros são personalizados e impressos, após são expostos em murais dentro do hospital e via mensagens. O projeto foi nomeado “Atitudes que dão likes”, e como tema para divulgar, foi criado a seguinte frase “Sabe aquela atitude do colega que de tão boa chega a dar um quentinho no coração?” Uma inquietação durante a confecção do projeto é que o canal poderia se tornar negativo, e outro fator a ser ponderado era a não adesão por desconhecer o uso da tecnologia via QRcode, falta de acesso a internet ou mesmo habilidade de comunicação. Contudo, o projeto se tornou uma moeda de troca, acontecendo o que entendemos como a “Barganha positiva”, sempre que alguém da equipe realiza uma ação empática, outro membro cita que a pessoa vai ganhar um like. Os fatores que geravam dúvidas em relação ao projeto se mostraram pequenos, houve excelente adaptação a proposta e a participação efetiva da equipe. Devido a amplitude que o projeto ganhou, foi estendido para toda a instituição. A utilização dessa ferramenta de comunicação tem se demonstrado efetiva para transmitir elogios, o que pode trazer motivação para o profissional que a recebe. |
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HELP: MÁSCARA ERGONÔMICA E SUSTENTÁVEL PARA A PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES EXPOSTOS A COVID-19. Autores: Renata Perfeito Ribeiro | Helenize Ferreira Lima Leachi, Aline Franco da Rocha Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL) Palavras-chave: Saúde ocupacional; COVID-19; Inovação Tecnológica. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3662 Visualizar Video Resumo: Introdução: A pandemia COVID-19 trouxe a necessidade do desenvolvimento de novas formas de proteção para os trabalhadores da saúde em relação ao uso de Equipamentos de Proteção Individual. O uso da N-95 foi o adotado entre os trabalhadores, mas percebeu-se que esta máscara é desconfortável e de difícil manuseio pelo risco de quebradura do filtro, além de que não há consenso sobre o tempo de uso para as devidas trocas. Objetivo: Desenvolver uma máscara de proteção respiratória individual, ergonômica e sustentável para trabalhadores expostos à COVID-19. Método: Trata-se de uma pesquisa aplicada, exploratória de abordagem quantitativa, empregando métodos e ferramentas baseadas em Design, além da utilização de ferramentas do Processo de Desenvolvimento de Produtos. A pesquisa foi desenvolvida no período de março de 2019 a dezembro de 2021, seguindo as etapas: Sense Intent, Know Context, Know People, Frame Insights, Explore Concepts, Frame Solutions, Realize Offerings. Resultado: Foi possível o desenvolvimento da máscara HeLP, inclusive com o conceito para a comercialização do produto (dimensionamento, forma e componentes), com o pedido de patente já registrado. Esta máscara é considerada sustentável pois permite o seu uso por várias vezes pelo mesmo trabalhador. O filtro deverá ser trocado quando houver necessidade, isso faz com que a produção de resíduos sólidos dos serviços de saúde seja reduzida. A máscara também é confortável pois o seu uso não facilita o desenvolvimento de lesões na face dos usuários. Conclusão: A máscara HeLP (com alusão aos nomes das pesquisadoras e também ao significado do inglês que é um pedido de socorro e cuidado aos trabalhadores da saúde) é uma inovação tecnológica em saúde, impressa em impressora 3D com resina flexível e, portanto, será testada com os próprios usuários e passará por todos os testes necessários ao seu uso. O grupo de estudos que desenvolveu esta máscara está dando continuidade a esta inovação tecnológica em saúde por meio de pesquisas para o desenvolvimento dos filtros a serem utilizados na máscara. Filtros esses que podem ser utilizados para a proteção contra a COVID-19, o que demonstra o risco biológico, quanto para proteção contra a fumaça cirúrgica, relacionado ao risco químico que o trabalhador da saúde também está sujeito na sua prática laboral. |
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TELEMEDICINA EM NEFROLOGIA: TRANSFORMANDO O ATENDIMENTO EM UMA METRÓPOLE DE 1,8 MILHÕES DE HABITANTES Autores: René Scalet dos Santos Neto | Paula Marcielli De Bortoli Scheer, Maureen Magalhães Jamur , Danielle Tourinho Maia , Oksana Maria Volochtchuk Instituição: Prefeitura Municipal de Curitiba Palavras-chave: Telemedicina; Nefrologia; Informática em Saúde Pública. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3681 Visualizar Video Resumo: a) Introdução: Em tempos modernos, com populações em rápido crescimento e demanda por atendimento médico cada vez maior, a telemedicina surge como uma inovação que não apenas promete, mas também entrega resultados. Sua aplicação em Nefrologia, uma especialidade crítica, oferece um caso exemplar. Este estudo visa aprofundar a compreensão da transformação que a telemedicina trouxe para uma metrópole com 1,8 milhões de habitantes. b) Método: Adotando uma abordagem descritiva e transversal, investigamos o estabelecimento e operacionalização de um programa de telemedicina dedicado a pacientes nefrológicos. A tecnologia de vanguarda foi empregada, garantindo um processo refinado de triagem, agendamento e acompanhamento de pacientes, priorizando a excelência no atendimento e a eficiência operacional. c) Resultados: Dentro de um curto período de 3 meses, o programa alcançou quase 2000 telerregulações. A implementação da telemedicina na prática nefrológica reduziu drasticamente os tempos de espera para consultas presenciais, otimizando a trajetória do paciente e garantindo atendimento em tempo hábil. d) Discussão: A integração da telemedicina com a Nefrologia não foi apenas rápida, mas profundamente impactante. A capacidade de atender pacientes remotamente, sem comprometer a qualidade do atendimento, redefiniu a prestação de serviços de saúde nesta metrópole. As potencialidades desta abordagem tecnológica, quando bem aplicadas, transcendem os limites físicos e temporais tradicionalmente associados ao atendimento médico. e) Conclusões: Neste estudo, observamos como a telemedicina, quando bem implementada, pode revolucionar o atendimento em uma grande cidade, especialmente em uma especialidade tão crucial quanto a Nefrologia. Com sua capacidade de reduzir tempos de espera e otimizar a trajetória do paciente, a telemedicina se mostra não apenas uma ferramenta tecnológica, mas uma nova filosofia de atendimento. |
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OTIMIZAÇÃO DE ROTINAS POR MEIO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FEAS Autores: Tiago Candido de Mello | José Carlos Brugeff, Jouglas Alves Tomaschitz, Juliano Eugênio da Silva, Marcos Antonio de Oliveira Pena Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba Palavras-chave: Inteligência Artificial; Otimização de Rotinas; Gestão Administrativa Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3695 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Na Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), identificaram-se desafios significativos nas rotinas administrativas, como atestação de notas fiscais, cálculos de rateios de custo e outras tarefas. Esses desafios motivaram a busca por soluções que pudessem melhorar a eficiência e economizar tempo. Justificativa: A necessidade de aprimorar as operações administrativas na Feas se deve ao aumento da demanda por serviços de saúde e à necessidade de otimizar recursos. Objetivos: Relatar a otimização de rotinas por meio de IA na Feas. Descrição da Experiência: A implementação das ferramentas de IA na Feas começou com um workshop interno destinado aos gerentes de áreas e colaboradores-chave, que se tornaram multiplicadores. Durante o workshop, foram apresentadas as funcionalidades e benefícios da IA nas rotinas administrativas. A equipe de Tecnologia da Informação (TI) desempenhou um papel fundamental no suporte técnico e na integração das ferramentas de IA ao ambiente de trabalho. Adicionalmente, foram programados workshops periódicos para a troca de experiências entre os colaboradores, compartilhando casos de sucesso de cada área e incentivando o uso mais abrangente dessas tecnologias. Reflexão sobre a Experiência: A adoção da IA na Feas resultou em ganhos significativos de eficiência e economia de tempo em atividades como atestação de notas fiscais, cálculos de rateios de custos e outras tarefas administrativas. Além disso, durante a elaboração de estudos técnicos preliminares e termos de referência, houve economia de tempo, possibilitando a compra antecipada de ferramentas e materiais de informática, que foram instalados nas unidades de negócio da fundação antes do prazo previsto. Observaram-se melhorias em áreas como licitação, compras e contratos, onde a IA contribuiu para a elaboração e validação de requisitos, julgamento de propostas, formulação de memorandos e ofícios, bem como revisão geral de documentos, resultando na redução de erros e na agilização dos processos. Recomendações: Recomendamos que outras organizações de saúde explorem o potencial da IA para otimizar rotinas administrativas. É crucial envolver gerentes de áreas, promover workshops de capacitação e estabelecer uma cultura de inovação e colaboração. |
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CENTRAL SAÚDE JÁ CURITIBA: MAIS DE 750 MIL ATENDIMENTOS REALIZADOS DENTRO DE UM ECOSSISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE DIGITAL. Autores: Milton Jose de Andrade | Battistella Nadas, Beatriz, Celene Quadros, Fla?via, Pereira, Romulo, Jose? de Andrade, Milton, Souza Franca Casagrande, Sheila Regina Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba Palavras-chave: Saúde Conectada; Telessaúde; Tecnologia da Informação em Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3700 Visualizar Video Resumo: A cidade de Curitiba tem sido pioneira e exemplar no desenvolvimento e implementação de soluções tecnológicas voltadas para a área da saúde, com destaque para a telessaúde. A crescente digitalização do setor de saúde trouxe à tona a importância do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Desde 1999, a capital paranaense conta com um prontuário eletrônico próprio, o e-Saúde, implementado em toda a rede pública municipal de saúde. O prontuário integra as funcionalidades do PACS (Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens), LIS (Sistema de Informação de Laboratório), CIS (Sistema de Informação Clínica) e CPOE (Entrada de Pedidos Médicos por Computador). Esse sistema permite o acesso unificado, como imagens médicas, resultados de exames laboratoriais, histórico clínico e prescrições médicas, otimizando a tomada de decisões. Através da integração dessas funcionalidades, os profissionais de saúde podem obter uma visão abrangente do estado de saúde do paciente, melhorando a precisão diagnóstica. Desde 2017 Curitiba disponibiliza o aplicativo " Saúde Já Curitiba", integrado ao sistema e-Saúde municipal. Esse aplicativo oferece aos cidadãos acesso fácil e rápido a diversas informações de saúde, disponíveis na palma da mão. Este app equipado com recursos de Personal Health Record (PHR) têm conquistado espaço no cotidiano dos pacientes, permitindo que estes tenham maior autonomia sobre seus dados de saúde e possam monitorar suas condições médicas com praticidade. A partir de março de 2020, Curitiba adicionou mais uma conquista ao seu avançado sistema de saúde digital com a implantação da Central de Telessaúde, denominada "Central Saúde Já Curitiba", prestando serviço de teleatendimento, no qual os pacientes entram em contato por telefone ou videochamada para receber atendimento em saúde. A equipe é composta por profissionais médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares administrativos que estão disponíveis para fornecer orientações, realizar diagnósticos e prescrever medicamentos, quando necessário. Para garantir o sucesso e a eficácia desses serviços e ferramentas de saúde, é necessário abordar a questão da integração de informações e interoperabilidade entre os diversos sistemas e aplicativos utilizados. A integração entre o sistema e-Saúde, o aplicativo Saúde Já e a Central de Teleatendimento representa um avanço significativo no contexto da saúde pública em Curitiba. |
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HOSPITAL DE CAMPANHA VITÓRIA SUS EM CURITIBA: UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA E INOVADORA NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA COVID-19 Autores: Milton Jose de Andrade | Tatiane Correa da Silva Filipak, Beatriz Battistella Nadas, Sezifredo Paulo Alves Paz, Milton José de Andrade, Marina Abreu de Oliveira Marcondes Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde - FEAS Palavras-chave: Tecnologia da Informação em Saúde; Gestão Hospitalar; Inovação Organizacional Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3701 Visualizar Video Resumo: A pandemia da COVID-19 representou um desafio sem precedentes para os sistemas de saúde em todo o mundo. Nesse contexto, o Hospital de Campanha Vitória (HCV) em Curitiba se destacou como uma abordagem tecnológica e inovadora no enfrentamento dessa crise. O hospital foi administrado pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS). Este artigo apresenta a experiência durante quase os 16 meses de funcionamento, abordando suas estratégias e contribuições para o cuidado dos pacientes com COVID-19. O HCV atendeu 4.119 pacientes em 16 meses de funcionamento. Contou com 122 leitos, incluindo 64 destinados aos cuidados intensivos (UTI), e uma equipe de mais de 550 profissionais durante o pico da pandemia. A taxa de recuperação de 76% reflete o compromisso e a qualidade da assistência prestada. Foi implementado serviço de auditorias beira-leito e prescrição, proporcionando maior segurança nos procedimentos e reduzindo as inconformidades ao longo do tempo. A auditoria, realizada diariamente, identificava rapidamente falhas no cuidado ou em equipamentos, possibilitando intervenções imediatas. A auditoria de prescrição reduziu as inconformidades para 21,2% no primeiro mês e abaixo dos 15% nos meses seguintes, garantindo que os medicamentos fossem administrados e registrados corretamente. Outro recurso impactante na qualidade assistencial foi o uso de videochamadas, o que demonstrou ser uma medida humanizada e eficaz para aproximar pacientes de seus familiares. Ao todo foram 3000 ligações, proporcionando apoio emocional durante o internamento. A experiência do HCV em Curitiba destaca a capacidade de adaptação e inovação no setor da saúde e como é essencial para enfrentar desafios e garantir o bem-estar da população em momentos de crise, oferecendo insights valiosos para aprimorar respostas futuras. Os resultados positivos alcançados pelo HCV contribuem para o conhecimento científico na área da saúde pública, fortalecendo estratégias eficazes no enfrentamento de crises sanitárias. Dessa forma, o HCV representa um exemplo no enfrentamento da COVID-19, inspirando outras instituições a adotarem abordagens inovadoras para o cuidado dos pacientes em momentos de crise. Trazer inovação a saúde, aliada a conhecimento e capacidade técnica, garantem qualidade assistencial de ponta. O legado do HCV, gerido pela FEAS, permanece como um exemplo de excelência e serve de impulso para aprimorar o SUS, visando um futuro mais resiliente e seguro diante de possíveis desafios sanitários |
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USO DA REALIDADE VIRTUAL PARA MELHOR EXPERIÊNCIA DA PESSOA IDOSA HOSPITALIZADA Autores: Regiane Mendes Tarocco Borsato | Mariana Alves Dvulhatka, Rosane Kraus, Elisangela Ferretti Manffra Instituição: FEAS / PUC-PR Palavras-chave: Realidade virtual; hospitalização; Idoso Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3719 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Trazer a melhor experiência para o paciente hospitalizado é um desafio diário para as equipes assistenciais. A experiência do paciente consiste na soma de todas as interações que o paciente possa ter em um estabelecimento de saúde, desde o primeiro contato até o momento da alta, que possam influenciar na percepção do cuidado, atenção e continuidade do atendimento, envolvendo diversos aspectos, desde a segurança do paciente até a assistência com abordagem multidisciplinar para garantir a qualidade do atendimento. Quando uma pessoa idosa é hospitalizada, muitos fatores devem ser considerados: a causa da internação, relacionada a mudança no estado de sua saúde, bem como fatores que podem se manifestar durante a hospitalização, como condições biopsicossociais, alterações humor, depressão, a percepção da dor e, por vezes, delirium. A Realidade Virtual (RV) é uma ferramenta tecnológica que permite associar uma experiência diferente à pessoa idosa hospitalizada, em um ambiente, imersivo, oferecendo estímulos simultâneos, atingindo aspectos biológicos, sociais e psicológicos. O objetivo deste relato é destacar como a utilização da realidade virtual pode proporcionar uma experiência única para pessoas idosas durante sua hospitalização. Justificativa: Aprimorar a experiência do atendimento hospitalar, oferecendo um cuidado centrado na pessoa idosa. Relato da Experiência: No âmbito de um hospital público, a Equipe Multiprofissional implementou o uso da RV, no atendimento de pessoas idosas. A abordagem com RV demonstrou que os pacientes podem sair do ambiente hospitalar, sem sair fisicamente do hospital. Estudos sugerem que a RV ajuda a aliviar a dor, distrai o córtex cerebral e auxilia na gestão de quadros de delirium. As imagens em RV incentivam os pacientes a relembrar momentos de suas próprias vidas, permitindo um atendimento mais personalizado, centrado no paciente e envolvendo terapia ocupacional, psicologia e fisioterapia. A RV também contribui para melhorar o equilíbrio, a marcha, a cognição, a capacidade cardiovascular e respiratória, o humor e a redução de fobias, proporcionando uma experiência hospitalar aprimorada. Considerações finais: A RV emerge como um aliado valioso no atendimento a pacientes idosos, melhorando sua experiência durante a hospitalização. Além disso, a RV desperta o interesse dos pacientes em relação ao tratamento, o que pode acelerar sua recuperação e, consequentemente, reduzir o tempo de internação. |
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KAMISHIBAI COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA SUSTENTAR A MELHORIA. Autores: Viviane Gisele de Souza | Cintia Mara Ribeiro, Jeferson Bueno de Lima Souza, Francisco José Koller Instituição: Feas Palavras-chave: pacote de assistência ao paciente, segurança do paciente, indicadores de gestão Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3793 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Infecções relacionadas a dispositivos médico em pacientes críticos representam aumento dos custos hospitalares, tempo de internação e taxas de mortalidade. Justificativa: A gestão busca métodos para melhoria dos processos de trabalho e uma forma de manter a segurança do paciente. A metodologia do Kamishibai, utiliuzada através de um quadro de gestão a vista para sustentar a melhoria e auditar os bundles de prevenção de infecção relacionados a dispositivos médico. Objetivo: Relatar uma experiência sobre a aplicação do Kamishibai como ferramenta de gestão em unidade de terapia intensiva (UTI). Descrição da experiência: Uma UTI do Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns (HMIZA) foi selecionada para o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) na linha “Saúde em Nossas Mãos” que tem como objetivo reduzir a densidade de incidência de Infecção Relacionada a Assistência à Saúde (IRAS). A UTI selecionada, testou o método Kamishibai que consiste no levantamento de problemas e implementação de ação, através de um quadro de gestão a vista. O quadro contém as informações dos bundles em formato de cards, divididos por dispositivos, os cards são assinalados pela equipe conforme o resultado da avaliação do cuidado. Os líderes do projeto confeccionaram o painel de gestão a vista, treinaram as equipes para realização da coleta de dados. Semanalmente com o quadro preenchido são feitas discussão com a equipe dos pontos de melhoria. Desta forma o processo é reavaliado constantemente e em tempo real e realizado ajustes do processo. Reflexão sobre a experiência: Com a metodologia Kamishibai houve a redução das IRAS conforme a proposta do PROADI-SUS, nos últimos vinte e quatro (24) meses não foram observadas infecções relacionadas a cateter vesical de demora e cateter venoso central, houve uma redução nas pneumonias associadas a ventilação de acordo com os indicadores coletados pela instituição. Recomendações: Com a metodologia Kamishibai traz agilidade na gestão da informação e otimiza os processos de trabalho com o envolvimento das equipes para a segurança do paciente devido a dinâmica visual que o quadro proporciona. |
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POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DE UM PROJETO DE SAÚDE DIGITAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO NORTE DO PARANÁ Autores: Beatriz Maria dos Santos Santiago Ribeiro | Danielle Cerqueira Leite da Silva Instituição: Universidade de São Paulo Palavras-chave: Telemedicina; cuidado em saúde; profissionais de saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3552 Resumo: Experiência produzida em Unidade Básica de Saúde que foi a única contemplada com o projeto de saúde digital no Paraná das 10 Unidades Básicas de Saúde que têm o projeto no Brasil. O projeto iniciou-se com atendimentos na área de medicina, sendo dois dias na semana de atendimento. Para implantação inicial foram necessários recursos físicos e humanos, sendo disponibilizados: uma sala que servia de apoio a recepção de odontologia dos pacientes (cujos pacientes de odontologia foram alocados na recepção principal), notebook com ponto de rede de internet em tal sala. Disponibilizada uma auxiliar de enfermagem para apoio a consulta médica remota. Os profissionais responsáveis pelo projeto, provenientes de São Paulo, realizaram uma reunião presencial com um grupo de pacientes e uma oficina com o tema “Envelhecimento, demência e lesão por pressão” para a equipe de saúde. As potencialidades por parte dos profissionais de saúde: rápida adaptação às tecnologias necessárias para o atendimento remoto, supriu as expectativas da dos profissionais, ampliou o cuidado à saúde, diminui a fila de espera de consultas eletivas, médico fez elo com pacientes, contentamento da equipe, frequentemente os pacientes referem muita satisfação e não apresentaram queixas em relação ao atendimento médico de forma remota, resolutividade, discussão de casos clínicos com médico presencial da Unidade Básica de Saúde. As atividades que potencializaram o projeto mencionadas não se referem apenas à adaptação ao novo modelo, mas atravessou questões de melhoria na própria organização. As fragilidades foram: falta de recursos físicos, falha na internet e estrutura do espaço (próximo a recepção que o ruído pode atrapalhar), porém não interferiram nos atendimentos, mas foram levantadas com o intuito de melhorar os atendimentos. O projeto está em fase de avaliação, mas mostrou excelentes resultados. Sendo alvo a abertura de mais dias de atendimentos. Tais potencialidades mostram a importância da ampliação do projeto para mais cidades, demandando a necessidade de visibilidade dos benefícios após a implantação desse projeto. Embora algumas ferramentas digitais de saúde já estivessem presentes no cotidiano da população desde da pandemia, problematiza-se ainda que no contexto do Sistema Único de Saúde são poucas Unidades no Brasil com esse modelo. E que tal ampliação das tecnologias podem ser essenciais para melhoria do cuidado de saúde. |
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PDSA: FERRAMENTA DA GESTÃO PARA APRIMORAR AS AÇÕES. Autores: Cintia Mara Ribeiro | Viviane Gisele de Souza, Rosane Kraus, Vivian Maria Busato Diniz Instituição: FEAS Palavras-chave: gestão, processo, planejamento Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3618 Resumo: A forma como os processos de trabalho é elaborada, podem favorecer ou dificultar a aceitação e a execução por parte da equipe responsável. A construção deste processo necessita de ferramenta de gestão para otimiza-lo e alcançar as metas. Descrever a utilização de uma ferramenta para construção de processos de trabalho. O Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns inscreveu uma das unidades de terapia intensiva no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI), na linha “Saúde em nossas mãos – atitudes que salvam vidas”, em 2020. O PROADI traz diversas ferramentas que auxiliam a gestão na tomada de decisão e na organização dos processos de trabalho. A equipe de líderes utilizou uma ferramenta que atua através de ciclos, sendo eles: planejar, fazer, estudar e agir (PDSA). Quando identificado um ponto a ser melhorado a gestão discute com a equipe para obter informações e sugestões, e então planejar ações a serem executadas. O processo inicial se faz com uma pequena amostra. Dentro do ciclo PDSA, analisa-se o impacto da ação antes e depois da construção ou mudança, definindo se há necessidade de aprimorar a proposta. Os ajustes são realizados até a mudança ou o processo se tornarem viáveis e efetivos, e por fim, é realizado a implementação do processo. Importante destacar que durante todo o PDSA existe a participação da equipe executora, buscando melhorias de acordo com sua vivência. Implementar ferramentas administrativas para a melhoria do cuidado ao paciente envolve discussões, escuta ativa e planejamento, tornando a gestão desafiadora. Sobre os pontos desafiadores para gestão estão o tempo necessário para planejar, aplicar e aprimorar o processo, assim como promover o engajamento e a disponibilidade dos membros. Já a participação da equipe na construção do processo, tornando cada membro corresponsável e engajamento, são vistos como pontos positivos. O PDSA nos traz uma inversão de pensamento. Busca em quem executa a melhor forma de implementar, e quem gere poderá pensar e engajar a equipe, além de refletir sobre os impactos. Ao implementar uma ação através da ferramenta PDSA, a possibilidade de alcançar os objetivos é maior pela participação da equipe, pois elimina-se ruídos de comunicação e o processo se torna eficaz. O gestor ao buscar ferramentas para embasar os processos em evidências alcançará maior efetividade e satisfação, isso se reflete nos resultados. |
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DESAFIOS DO APLICATIVO “SAÚDE JÁ” PARA IDOSOS EM CURITIBA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Jaqueline de Barros Morselli | Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba Palavras-chave: idoso, tecnologia, saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3638 Resumo: Caracterização do problema: Muitos estudiosos apontam a existência de uma significativa "exclusão digital" entre jovens e idosos no uso de tecnologia da informação (TI). Esse fenômeno, presente desde o início dos computadores, se refere à divisão entre aqueles que têm acesso e os que não têm acesso a computadores e serviços de TI. Justificativa: Atualmente o uso de tecnologias está sendo implantado na cidade de Curitiba para ajudar a ultrapassar falhas no sistema de saúde na atenção primária com a chegada do aplicativo “Saúde Já”, podendo contribuir positivamente para a velhice. O intuito do aplicativo é de permitir que o usuário possa agendar consultas de enfermagem, avaliação odontológica, agendamento e acompanhamento de vacinas, entre outros serviços, sem a necessidade de se deslocar até uma Unidade de Saúde. Objetivo: Relatar a experiência da população de 60 anos ou mais em relação ao uso do aplicativo "Saúde Já" em Curitiba, explorando como essa ferramenta afeta sua acessibilidade aos serviços de saúde. Descrição da experiência: Elaborado por uma residente da Saúde da Família, a partir de atendimentos realizados dentro dos consultórios das Unidades Básicas de Saúde. Observou-se que a população idosa possuía dificuldades para acessar o aplicativo. Foi relatado principalmente a ausência de dispositivos com acesso à internet, dificuldades na instalação e na leitura das telas, por conta de dificuldades de visão ou analfabetismo, além de ausência de auxílio para uso de tecnologia em domicilio ou fora dele. Ademais, aqueles que usufruíam da tecnologia, muitos relatam serem assistidos por parentes próximos que ajudavam na execução do uso das TI diariamente. Reflexão sobre a experiência: Existe a necessidade de políticas públicas na inclusão digital, no sentido de informar as possibilidades ofertadas no aplicativo de modo acessível e adequada à população idosa. Além disso, deve-se manter algumas condutas consideradas “antigas” como telefonar para linhas fixas e de parentes próximos da população idosa para informar sobre agendamentos de exames, consultas com especialistas e em clinicas conveniadas do SUS, por exemplo, para que os idosos não encontrem barreiras ou desafios no acesso aos serviços de saúde. Recomendações: Percebe-se a necessidade de examinar o estado do aplicativo “Saúde Já” em relação aos serviços voltados para essa população e as dificuldades existentes para os idosos no aplicativo. |
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O USO DA TELESSAÚDE NO MONITORAMENTO DO MONKEYPOX NO MUNICÍPIO DE CURITIBA Autores: Anderson Iacer Bueno | BEATRIZ BATTISTELLA NADAS, FLÁVIA CELENE QUADROS , DIEGO SPINOZA DOS SANTOS, SHEILA REGINA CASAGRANDE, JONAS SOUZA DA SILVA Instituição: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CURITIBA Palavras-chave: SAÚDE DIGITAL; SUS; TELESSAÚDE Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3655 Resumo: Introdução: O primeiro caso de Monkeypox (Varíola dos macacos), notificados pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba ocorreu mais no mês de junho de 2022. Diante este cenário a conduta do município e do departamento epidemiológico foi fundamental para cercear e evitar o intenso aumento dos casos. Desde a primeira notificação o centro de epidemiologia utilizou as ferramentas de tecnologia informação e comunicação com intuito de proporcionar agilidade no acompanhamento dos casos. Objetivos: Descrever as respostas imediatas com o uso da telessaúde no monitoramento e vigilância dos casos de Monkeypox. Método: Estudo descritivo das ações desenvolvidas pelo município de Curitiba no monitoramento dos casos de Monkeypox com uso da telessaúde. RESULTADOS/ DISCUSSÃO: A conectividade no monitoramento e dimensionamento tecnológico na Central Saúde Já proporcionou a interação com o paciente. O usuário era monitorado por telefone, atendido e direcionado aos locais de atendimento presencial, através de mensagem disparada em seu aplicativo, levando em conta os critérios de riscos, ocasionando agilidade e segurança no atendimento. Desde o início do surto de Monkeypox em Curitiba, até a data de 12/07/2023 foram realizados o acompanhamento de 830 usuários, destes 95% do sexo masculino, 99% na faixa etária de 18 a 60 anos, sendo 201 casos confirmados, 02 apresentaram agravamento dos sintomas e destinados a rede de urgência e emergência. Este processo ocorreu por meio da estratificação aplicada pelo enfermeiro no telemonitoramento com registro no prontuário eletrônico. Conclusões: O volume diário de atendimentos realizados pelo serviço de telessaúde, organizado pela Central Saúde Já Curitiba comprova como o uso da tecnologia atrelado a ciência permite ampliar o acesso aos serviços de saúde e facilitar a aproximação do usuário para atendimentos nos casos de baixa complexidade. O monitoramento dos, casos suspeitos e confirmados de Monkeypox, reforça o potencial que esta ferramenta apresenta em cenários epidêmicos e endêmicos. A Inserção destes dispositivos de acesso, pode estimular novas comunidades e municípios em ampliar o acesso a saúde por meio de tecnologia, capacitando suas equipes e proporcionando atendimento de qualidade, ágil, seguro, expandido a integralidade do cuidado em saúde. |
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IMPACTO ECONÔMICO NA IMPLANTAÇÃO DE TOALHAS UMEDECIDAS PARA BANHO DE LEITO SECO EM PACIENTES CRÍTICOS Autores: Daiana Lugarini | Viviane Gisele de Souza, Graziane Leonor Salim, Cintia Mara Ribeiro , Francisco José Koller Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns Palavras-chave: Custos Hospitalares; Farmacoeconomia; Banhos Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3699 Resumo: Caracterização do problema: O banho de leito tem a finalidade de promover a higiene corporal e conforto no paciente com restrição de locomoção. O banho é um cuidado de enfermagem essencial cujo método convencional utiliza água e sabão, o qual demanda tempo da equipe e custos hospitalares. Justificativa: Novas tecnologias com o objetivo de facilitar o banho de leito estão disponíveis no mercado e uma delas é a toalha umedecida descartável que não exige a utilização de água, sabão e rouparia. Objetivo: Relatar a experiência da implantação de toalhas umedecidas para banho de leito seco em pacientes críticos no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns. Descrição da experiência: Com o intuito de diminuir o tempo de enfermagem gasto no banho de leito e os custos hospitalares associados a rouparia e processamento de bacias e jarros utilizados no banho convencional padronizou-se a toalha umedecida descartável para banho de leito seco em maio de 2022. A redução do tempo gasto pela equipe de enfermagem foi estimado junto com a coordenação do CTI. A pesagem da roupa suja e o valor de materiais processados pelo CME entre 2021 e 2023 (considerado janeiro a abril) foram levantados junto aos setores. O tempo estimado na redução do tempo gasto pela enfermagem no banho de leito seco foi de 5-10 minutos, sendo que a maior parte dessa redução se refere ao tempo de preparo dos materiais para o banho, o que representa uma economia de R$ 1,92 a R$ 3,84. O valor médio mensal no material processado pelo CME foi de R$ 2.070,76 em 2021, R$ 1.567,00 em 2022 e R$ 334,25 em 2023, representando uma redução de 83,86% de 2021 para 2023. O peso médio mensal em quilogramas de roupa suja total do hospital foi de 36.580,66 em 2021, 34.283,22 em 2022 e 32.355,89, uma redução de 11,55% de 2023 em relação a 2021. O custo estimado do banho convencional, considerando o material processado (R$ 9,55 cada), o valor da equipe adicional em 5-10 minutos e R$ 2,45 em pano descartável, é de R$ 13,92 a R$ 15,84 versus R$ 4,25 do banho seco, custo do pacote de toalha umedecida descartável. Com isso o banho seco apresenta uma redução de R$ 9,67 a R$ 11,59 em relação ao banho convencional. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: A padronização de toalhas umedecidas foi vantajosa para implementação do banho de leito seco em relação ao convencional visto a redução do custo de 69,47% - 73,17% em cada banho, além de proporcionar uma economia do tempo gasto da equipe de enfermagem no preparo do banho. |
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A TRANSFORMAÇÃO DA SAÚDE ATRAVÉS DA TECNOLOGIA: A EXPERIÊNCIA DO APLICATIVO SAÚDE JÁ CURITIBA Autores: Milton Jose de Andrade | Battistella Nadas, Beatriz, Celene Quadros, Flávia, Pereira, Romulo, Marcon Hencke, Juliana, Silva, Jonas da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba Palavras-chave: Saúde Conectada; Telessaúde; Tecnologia da Informação em Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3702 Resumo: As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) aplicadas à saúde oferecem ferramentas que auxiliam na organização e estruturação de dados e informações. Essas ferramentas beneficiam tanto os profissionais de saúde quanto os usuários. Com o objetivo de aprimorar a assistência à saúde, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS) desenvolveu o aplicativo Saúde Já Curitiba em 2017. Desde então vem passando por melhorias e atualmente está em sua sexta versão. Durante a pandemia da COVID-19, o aplicativo desempenhou um papel fundamental na organização das informações, orientação e oferta de serviços que diminuíram a necessidade dos pacientes saírem de casa. Sua adesão aumentou significativamente quando se tornou o principal canal de informações sobre a vacinação na pandemia. As diferentes versões do aplicativo introduziram funcionalidades como localização de unidades de saúde, agendamento de consultas, emissão de carteira de vacinação, confirmação de consultas e exames, acompanhamento de pré-natal, informações sobre o COVID-19, acesso a resultados de exames, e até mesmo videochamadas para atendimento médico. O aplicativo teve um grande impacto nos serviços de saúde, reduzindo a necessidade de atendimentos presenciais e melhorando a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. Até o momento, milhões de usuários estão cadastrados, com uma variedade de serviços e informações disponíveis na plataforma. A integração com o sistema de prontuário eletrônico E-saúde fortaleceu a capacidade da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba em fornecer cuidados personalizados e melhorar a experiência do usuário. Nossos números atualizados em julho de 2023 são: 2.373.225 usuários cadastrados com informações completas e validadas. Registrou 6.557.327 emissões de carteira de vacinação e enviou os dados para o Ministério da Saúde por meio de integração digital. Enviou 110.334.967 mensagens individuais de orientação aos pacientes, emitiu 6.557.327 certificados de vacinação, 2.876.389 certificados internacionais de vacinação (inglês e espanhol), e 817.359 comunicados de isolamento domiciliar. Disponibilizou 13.789.556 resultados de teste covid, e permitiu 80.678 videoconsultas médicas. Todos esses números dentro da plataforma do aplicativo. Quanto ao uso do aplicativo, temos 1.744.884 downloads feitos através da Google Store, 399.057 na Apple Store e 229.411 acessos via plataforma web. |
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COMUNICAÇÃO EFICAZ EM TELESSAÚDE: UM PILAR PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE Autores: Jonas Souza da Silva | Beatriz Battisttela Nadas , Flávia Celene Quadros , Sheila Regina Souza de França Casagrande, Junio Cesar da Silva , Rômulo Pereira Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Capacitação em Serviço. Telessaúde. Comunicação. Segurança do Paciente. Políticas de Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3716 Resumo: Caracterização do problema: A telessaúde desempenha um papel crucial na assistência em saúde, e a comunicação eficaz é essencial para prevenir erros e melhorar a segurança do paciente. No contexto da telessaúde, optou-se por caracterizar a comunicação por meio eletrônico, de forma assíncrona. Inicialmente, durante o período da pandemia da Covid-19, essa comunicação era realizada principalmente por profissionais de nível médio, como técnicos administrativos. Eles respondiam a e-mails para atualização de cadastros, solicitação de vacinas específicas e atualização de carteira de vacinação de moradores provenientes de outros municípios. Justificativa: A justificativa para esta iniciativa está fundamentada na compreensão da importância da comunicação eficaz por meio eletrônico, na segurança do paciente e na qualidade dos cuidados de saúde. É vital reconhecer que a comunicação eficaz desempenha um papel central no atendimento à demanda crescente dos serviços por meio da telessaúde. Objetivos: Relatar uma experiência sobre capacitação em serviço, para comunicação eficaz em telessaúde. Descrição da experiência: Nesse contexto, profissionais de saúde foram inseridos para realizar a comunicação por meio eletrônico na telessaúde do Sistema Único de Saúde (SUS) de uma capital do sul do país, e passaram por um rigoroso programa de capacitação, seguindo as diretrizes do SUS, com ênfase especial na promoção da comunicação eficaz, para garantir a segurança do paciente. Atualmente, eles respondem muitas solicitações dos usuários de forma assíncrona. Reflexão sobre a experiência: A inserção de profissionais de saúde, para atender às solicitações dos usuários na telessaúde do SUS de Curitiba ajudou a melhorar ainda mais a comunicação entre o paciente e as equipes, utilizando a telessaúde. Com o potencial para resultar em melhorias na rede de atenção à saúde, bem como na colaboração entre a equipe interdisciplinar. Esses avanços podem contribuir para uma assistência mais segura e de maior qualidade. Recomendações: Com base no relato e nas observações, destaca-se a importância contínua do investimento na capacitação em serviço, dos profissionais de saúde de forma eficaz na telessaúde. É fundamental reconhecer essa competência como uma prioridade nas políticas de saúde, visando aprimorar a qualidade dos cuidados de saúde e assegurar a segurança do paciente. |
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OTIMIZAÇÃO DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS POR MEIO DE AUTOMAÇÃO DE ENVIO DE DADOS AO TCE Autores: Marcos Antonio de Oliveira Pena | José Carlos Brugeff, Jouglas Alves Tomaschitz, Juliana Cechett Fronza, Tiago Candido de Mello Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba Palavras-chave: Automação de Processos; Prestação de Contas; Gestão Administrativa Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3720 Resumo: Caracterização do problema: A TI da Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba (Feas) enfrentava desafios na prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) por meio do Sistema Integrado de Transferências (SIT). Tarefas manuais demoradas e consultas individuais no setor financeiro eram recorrentes. Justificativa: A necessidade e simplificar e agilizar o envio de informações ao TCE, eliminando tarefas manuais e consultas individuais, motivou a busca por uma solução de automação. Objetivos: Relatar a experiência de desenvolvimento e implementação de uma solução de automação para a prestação de contas junto ao TCE-PR, visando a otimização das rotinas administrativas. Descrição da Experiência: A automação da prestação de contas começou com a análise dos requisitos e manuais fornecidos pelo TCE-PR, validados junto ao setor financeiro. A equipe de TI avaliou interfaces e locais de armazenamento de dados e desenvolveu um script SQL para extração e organização dos dados conforme as especificações do TCE-PR. Um software de interface amigável foi criado para acionar o script e gerar os arquivos em conformidade com o layout do TCE-PR. A transição para a nova solução minimizou a necessidade de treinamento extensivo. Reflexão sobre a Experiência: A automação eliminou a necessidade de inserir registros manualmente no sistema do TCE, economizando tempo (cerca de 40 horas/mês) e reduzindo erros. A média de 930 registros/mês, com picos de até 1100, é processada com eficiência, garantindo conformidade e eficiência na prestação de contas. Recomendações: Com base na experiência da Feas, recomenda-se que instituições busquem oportunidades de automação e inovação nas rotinas administrativas para aprimorar a eficiência e qualidade dos serviços. |
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IMPLANTAÇÃO DE UMA SALA DE SITUAÇÃO EM SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO QUE EXECUTA SERVIÇOS DE SAÚDE EXCLUSIVOS PELO SUS Autores: Marina Abreu de Oliveira Marcondes | Tatiane Correa Filipak, Angelita Izabel Silva , Sulamita de Paula Santos, Sezifredo Paulo Alves Paz, Isabel de Lima Zanata Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Sala de Situação em Saúde, Análise da Situação de Saúde, Gerência em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3726 Resumo: TÍTULO: Implantação de uma Sala de Situação em Saúde em uma Instituição que executa serviços de Saúde exclusivos pelo SUS. DESCRITORES: Sala de Situação em Saúde, Análise da Situação de Saúde, Gerência em Saúde. Caracterização do problema: Ao longo dos anos, houve ampliação do número de unidades e serviços de saúde oferecidos por essa instituição. Dessa forma, tornou-se necessário criar um setor capaz de integrar informações e subsidiar de maneira sistemática a diretoria no que se refere a informações de saúde. Justificativa: Diante da crescente expansão de serviços, a implantação de um setor com visão integral e intersetorial para analisar e subsidiar de maneira sistemática as ações dos serviços de saúde em todas as unidades administradas pela instituição tornou-se necessária. Objetivo: Relatar a implantação e as ações realizadas por uma Sala de Situação em Saúde. Descrição da experiência: A Sala de Situação em Saúde foi estabelecida em novembro de 2021, composta por um enfermeiro e um médico, ambos capacitados por cursos sobre o tema. Inicialmente, as atividades voltavam-se para ações relacionadas aos indicadores presentes no contrato de gestão da instituição, totalizando 96 indicadores em 14 unidades de atendimento à saúde. Posteriormente, foram realizadas outras atividades, como visitas técnicas, acompanhamento do plano operacional e coleta de informações epidemiológicas em todas as unidades. Isso possibilitou a elaboração de um diagnóstico situacional da realidade local, estabelecendo prioridades em conjunto com os gestores locais e a alta administração da instituição. Essas informações subsidiaram os processos decisórios, conforme a relevância das fragilidades encontradas. Reflexão sobre a experiência: A implantação da Sala de Situação em Saúde permitiu a organização das informações e o apoio às tomadas de decisões. O conhecimento da realidade local e das particularidades das unidades ofereceu subsídios e segurança para orientar os processos de decisão. Recomendações: O acompanhamento periódico realizado pela sala de situação em saúde contribui para o fortalecimento do planejamento, visando aprimorar as unidades. O acompanhamento contínuo, juntamente com a avaliação da estrutura física, alocação de recursos humanos e materiais, aliado ao processo de tomada de decisões, tem como objetivo melhorar as condições de saúde da população. |
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A RELEVÂNCIA DE UM PROTOCOLO DE MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DA PESSOA IDOSA Autores: Tissiane Bona Zomer | Sofia von Eckhardt Brunow Barbosa, Regiane Mendes Tarocco Borsato, Paulo Henrique Coltro, Mariana Alves Dvulhatka, Thiago Rogerio Padilha Amarante Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: deambulação precoce; unidades hospitalares; saúde do idoso Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3764 Resumo: Caracterização do problema: O internamento hospitalar propicia o delirium, lesão por pressão, redução da massa muscular e diminuição da capacidade funcional, o que é ainda mais evidente na pessoa idosa. Justificativa: A mobilização precoce, independente da unidade de internação, visa a redução dos efeitos deletérios ocasionados pela restrição ao leito. Objetivos: Relatar uma experiência sobre o protocolo de mobilização precoce de um hospital referência no atendimento da pessoa idosa. Descrição da experiência: Nas Unidades de Terapia Intensiva, os pacientes são triados e avaliados quanto a possibilidade de mobilização precoce pelos profissionais que compõem a equipe hospitalar. Para isso, observa-se os seguintes critérios: estabilidade clínica nas últimas 24 horas, drogas vasoativas, sedação, medicamentos em bomba de infusão, sinais vitais, uso de ventilação mecânica invasiva, padrão ventilatório e procedimentos pendentes. Caso o paciente não tenha contraindicações, realizar-se-á a mobilização e a sequência dos atendimentos será estabelecida considerando a rotina da unidade (medicação, alimentação, banho e visita), distribuída entre os turnos matutino, vespertino e noturno. Já nas unidades de internação, executa-se a triagem diária dos pacientes, bem como a avaliação e estratificação de prioridade nas 24 horas de internamento, o que permite proporcionar a atenção integral e a equidade de atendimento. Em particular, a Fisioterapia estabelece as condutas motoras (CM) considerando o nível de mobilidade dos pacientes durante o internamento, buscando a progressão da capacidade funcional para que se assemelhe ou melhore em relação ao período pré-hospitalar. Neste sentido, realiza-se CM que englobam desde exercícios ativo-assistidos, livres até resistidos com halteres, elásticos e equipamentos, como o PowerLeg TM. Esses podem ser realizados em decúbito no leito, sedestado beira-leito ou na poltrona e em ortostatismo, bem como se estimula a deambulação e o endurance. Além disso, há a possibilidade de outros ambientes, como o bosque, que podem representar medidas não farmacológicas para melhora da condição biopsicossocial. Reflexão da experiência: A mobilização precoce deve ser estimulada e adotada por todos os profissionais da equipe hospitalar, com ênfase na fisioterapia que é uma das áreas responsáveis por essa atuação. Recomendações: A adoção de um protocolo hospitalar que incentive a mobilização precoce é de extrema importância para o desfecho do paciente. |
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A IMPORTÂNCIA DE ESTABELECER UM FLUXO DE ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DA PESSOA IDOSA Autores: Tissiane Bona Zomer | Sofia von Eckhardt Brunow Barbosa, Fabiana de Lima Granza, Regiane Mendes Tarocco Borsato, Paulo Henrique Coltro, Caroline Marcelly de Souza Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: serviço hospitalar de fisioterapia; triagem; unidade de internação. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3765 Resumo: Caracterização do problema: A rotina de atendimentos fisioterapêuticos no ambiente hospitalar deve ser regida pelas demandas dos pacientes. Justificativa: É papel da Fisioterapia estabelecer protocolos de triagem, avaliação e estratificação de prioridade, a fim de contribuir para prevenção de complicações e redução do tempo de internamento. Objetivos: Descrever o fluxo de atendimento fisioterapêutico empregado em um hospital público de referência no atendimento à pessoa idosa. Descrição da experiência: A triagem diária beira-leito permite a identificação de novas admissões, do uso e do tipo de oxigenioterapia e da presença de sinais de desconforto físicos e respiratórios que podem levar a priorização do atendimento. Além disso, preenche-se um instrumento protocolar próprio nas primeiras 24 horas e durante o internamento que inclui os dados clínicos (motivo da internação e comorbidades) e a avaliação fisioterapêutica no âmbito funcional (escala de mobilidade de PERME, Medical Research Council – MRC, circunferência da panturrilha e Simple Questionnaire to Rapidly Diagnose Sarcopenia – SARC-F), respiratório (frequência respiratória, ausculta pulmonar, uso de oxigenioterapia, escala visual analógica para dispneia, Work of Breathing – WOB e necessidade de aspiração), nível de consciência (Escala de Glasgow) e dor (Escala Visual Analógica – EVA). Com isso, estratifica-se o paciente em: prioridade clínica (1 – traqueostomia, ventilação mecânica invasiva ou não invasiva, hipersecretividade, necessidade de aspiração, desconforto respiratório [WOB 3 3] e dores osteomusculares; 2 – uso de oxigenioterapia, dreno de tórax e patologias pulmonares), prioridade funcional (A – PERME entre 15 e 21 pontos e/ou MRC entre 30 e 48 pontos; B - PERME menor que 15 e/ou MRC ? 30) ou risco funcional (individual [RFI] ou em grupo [RFG] que se diferenciam pelo nível de consciência e/ou equilíbrio para realizar os exercícios). Assim, estabelece-se a periodicidade dos atendimentos em diário (1), dias intercalados (2 e A), com até 2 dias de intervalo (B) e 2 a 3 vezes por semana (RFI e RFG), assim como monitora-se a necessidade de intervenções adicionais. Reflexão sobre a experiência: Essa abordagem visa otimizar os atendimentos, assegurando a equidade e a assertividade terapêutica de forma singular. Recomendações: Logo, precisa-se reavaliar continuamente o quadro clínico e a prioridade de atendimento do indivíduo durante o período de internamento hospitalar. |
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SAÚDE SEM FRONTEIRAS: A MATERNIDADE E A INFÂNCIA PARA REFUGIADAS E IMIGRANTES NO BRASIL Autores: Laura Fernanda Rodrigues | Aline Aiumi Lussani Aizawa, Dunya Ali Charif Youssef, Gabriela Tami Fukumoto, Maria Carolina Lourenço Linder, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Saúde Materno-Infantil; Imigrantes; Refugiados. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3794 Visualizar Video Resumo: Introdução: A crise humanitária de imigrantes e refugiados representa um desafio crescente no Brasil, sobretudo na perspectiva da promoção de políticas de saúde eficazes para grupos vulneráveis, como gestantes e crianças, em consonância com os princípios da saúde global e da bioética. Além das questões de preconceito e estigmatização, essas populações enfrentam barreiras linguísticas, culturais e burocráticas que dificultam o acesso aos serviços de saúde, incluindo cuidados pré-natais e pediátricos. Isso destaca a necessidade premente de políticas e programas para apoiar a saúde materno-infantil dessas comunidades. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a atenção materno-infantil direcionada a refugiadas e imigrantes no Brasil. Método: Foram conduzidas buscas em bases de dados utilizando os descritores "saúde global", "saúde materno-infantil", "refugiados" e "imigrantes", em inglês e português, combinados pelo operador booleano "AND". Além disso, foram incorporados dados de organizações governamentais, além do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e da Organização Mundial de Saúde, e foram analisadas as legislações pertinentes, como o Estatuto dos Refugiados, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Migração. Resultados: Foram identificadas iniciativas voltadas para refugiadas e imigrantes no Brasil, como o projeto "I Hear U", que oferece serviços médicos, incluindo consultas presenciais e online, para imigrantes e refugiados vulneráveis. Outro destaque é o projeto "Mães Unidas", que visa garantir apoio psicológico, acesso à saúde, cidadania e justiça a gestantes e mães com crianças de até dois anos. Discussão: A abordagem da saúde global é essencial na atenção à saúde materno-infantil de refugiadas e imigrantes. Isso envolve reconhecer a interconexão entre saúde e direitos humanos, abordar as disparidades de acesso aos serviços de saúde e garantir que os princípios éticos sejam aplicados na prestação de cuidados. Conclusão: O acolhimento e o respeito à diversidade na atenção materno-infantil de refugiadas e imigrantes são fundamentais, mesmo diante das limitações de recursos e capacitação. A implementação de programas e políticas de saúde materno-infantil alinhados com a saúde global e a bioética são cruciais para garantir que essas populações tenham acesso aos serviços de saúde necessários e alcancem um nível adequado de bem-estar, em conformidade com os direitos humanos e os princípios éticos. |
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BIOÉTICA SOCIAL E A ATENÇÃO À DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA Autores: Aurora Tontini de Araujo | Layna Nunes Nascimento Mendes Franco de Sousa, Anthony Reis Mello de Souza, Andrea Ferreira Ouchi França, Rosane Meire Munhak da Silva, Adriana Zilly Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná Palavras-chave: Políticas públicas; Desenvolvimento infantil; Intervenção precoce. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3587 Resumo: Introdução: As crianças do Brasil que vivem em condições de pobreza são três vezes mais acometidas por problemas de desenvolvimento. Pessoas com deficiência intelectual convivem com a marginalização e menos acesso às boas condições de saúde, fatores decisivos no estabelecimento e na manutenção do ciclo entre deficiência intelectual e pobreza. Neste contexto, faz-se imprescindível ponderar tal cenário à luz do conceito da bioética social que faz uma ponte entre as ciências biomédicas e humanas com intuito de promover igualdade entre os indivíduos. Objetivo: Revisar a compatibilidade das políticas públicas de saúde brasileira e a assistência profissional voltadas para o rastreio, diagnóstico, intervenção precoce da deficiência intelectual com os princípios preconizados pela bioética social. Método: Revisão narrativa com a seguinte questão norteadora: quais as evidências científicas existentes abordando Bioética Social e a Atenção à Deficiência intelectual no Sistema de Saúde Pública no Brasil? Foram incluídos na revisão estudos primários, livros, documentos técnicos e governamentais em inglês e português, e não houve limite temporal para a seleção. Com as seguintes palavras-chave: deficiência intelectual, políticas públicas, rastreio, diagnóstico precoce, intervenção precoce e bioética social. Realizaram-se as buscas entre janeiro e março de 2023, nas bases MEDLINE, LILACS, Scopus, Cochrane e no site do Ministério da Saúde. Resultados: Não se nota priorização de políticas públicas voltadas para deficientes intelectuais no Brasil, uma vez que nenhuma das políticas desenvolvidas para pessoa com deficiência é direcionado exclusivamente a esse grupo. A literatura evidencia fragilidades na assistência à criança como a desvalorização da avaliação do desenvolvimento, o preenchimento incompleto dos registros do desenvolvimento e dos gráficos do crescimento. A população mais carente adoece por causas relacionadas aos determinantes estruturais, sociopolíticos, econômicos, mas também pelas causas ligadas as condições de vida diretamente associadas ao acessos aos recursos e serviços médicos. Conclusão: Na sociedade atual, observa-se uma medicalização da vida, isto é, foca-se na doença. O foco da bioética é direcionar os profissionais de saúde para uma atuação abrangente de maneira a buscar que a população tenha acesso aos avanços tecnológicos e científicos, porém, sem perder de vista a prática assistencial genuína focada no olhar atento e na educação em saúde. |
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DA BIOÉTICA AO BIOPODER: ESCOLHAS SOBRE A VIDA Autores: Milena Registro | Maria Eduarda Romanin Seti, Gabriel Pinheiro Elias Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Bioética; Biopoder; Controle Social. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3598 Resumo: As mudanças nas concepções de saúde são caracterizadas pelas alterações paradigmáticas que iniciaram-se com base em uma visão mágica-religiosa e, posteriormente, em uma perspectiva científica biomédica. Observa-se que nesse decurso os processos de saúde e doença, que durante um tempo eram considerados apenas consequências da evolução natural ou de justiça divina, foram sendo alterados mediante avanço dos estudos científicos empíricos. Na dicotomização de saberes e no fortalecimento de uma supremacia positivista, o conhecimento biomédico constituiu-se sobre o poder de administrar vidas, ou seja, da capacidade de intervir tanto na morte quanto no curso da vida. Assim, no distanciamento dos saberes reflexivos filosóficos o corpo humano passou a ser percebido como uma espécie de máquina, desenvolvendo uma consciência utilitarista de aprimoramento ou descarte deste. Neste cenário, surge o emergente debate bioético correspondente a inquietação da ameaça que tal poder representava aos direitos humanos. A bioética pode manifestar-se, portanto, como uma forma de reconexão das ciências empíricas e humanas na finalidade de proteger e promover vida e saúde por meio do reconhecimento da existência de valores sociais dentro do campo científico exato. No entanto, só essa necessidade de se discutir limites e a preocupação em perpetuar uma autonomia e a não maleficência aos sujeitos já é exemplo de que a medicina assumiu uma característica de controle social, e com isso tornou-se uma ferramenta de domínio social e interesse do Estado ou de grupos específicos. A intenção da pesquisa é demonstrar por meio de um referencial Foucaultiano como o surgimento da bioética pressupõe a existência do biopoder mediante o interesse do Estado em agenciar vidas. Para tal objetivo, utilizamos como metodologia uma análise qualitativa de um conjunto bibliográfico histórico sobre saúde e sociedade. Como resultados pudemos constatar que a bioética assim como o biopoder diz respeito ao conhecimento e controle sobre os corpos o qual é denotado ao Estado. A bioética nesse caso, não necessariamente se ocupa com uma lógica de bem estar social e justiça humana, mas de uma regulação populacional em preceitos higienistas que foram determinados por uma hegemonia social e acadêmica. Dentre essas questões consideramos por intermédio de Foucault que a ciência biomédica atua como instituição de pressupostos normativos responsável por adestrar corpos como uma ferramenta de poder disciplinar do Estado. |
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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA: DESAFIOS GLOBAIS PARA A SAÚDE MATERNA Autores: Camile Schuster Franco de Oliveira | Renata Burghausen Valença de Souza, Júlia Carolina Costa Lima, Evelin Carolini Salvi, Márcio José de Almeida, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Violência Obstétrica; Comunidade dos Países de Língua Portuguesa; Saúde Global. Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3773 Resumo: Introdução: A violência obstétrica (VO) é um sério problema de saúde pública que afeta mulheres durante a gestação, parto ou puerpério. Pode caracterizar-se por abusos físicos, procedimentos não consensuais, quebra da confidencialidade, atendimento desumano, abandono de cuidados e aprisionamento da paciente. Este estudo se concentra na realidade da VO na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, com destaque para as implicações globais em saúde das mulheres. Objetivos: Este trabalho visa realizar uma revisão integrativa da literatura científica sobre a VO na CPLP, com ênfase nas implicações globais para a saúde das mulheres. Método: Foi conduzida uma revisão integrativa da literatura em maio de 2022, abrangendo bases de dados online, como Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed Central (PMC) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados 33 artigos relevantes para análise. Resultados/Discussão: Este estudo revela lacunas de informações em Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. No Brasil, 25% das mulheres enfrentam a VO, associada a práticas intervencionistas e altas taxas de cesarianas desnecessárias. Em Moçambique, a VO afeta 91,5% das mulheres, destacando-se a falta de confidencialidade e negligência. Em Angola, 46% das mulheres expressam medo de perda fetal, enquanto 37% relatam sentimentos de vulnerabilidade. Em Cabo Verde não há estudos quantitativos sobre o tema, contudo, um livro compila relatos de 14 mulheres que sofreram VO em hospitais do país. Em Portugal, a taxa de VO é três vezes acima da média europeia, com mais de 40% dos partos vaginais envolvendo práticas médicas questionáveis, como episiotomias. Esses números destacam a urgência de sensibilizar as mulheres sobre seus direitos reprodutivos e o reconhecimento de abusos, contribuindo para a saúde global das mulheres. Conclusão: Com base nesta pesquisa, enfatiza-se a necessidade de informar as mulheres da CPLP sobre seus direitos reprodutivos. Além disso, é imperativo adotar medidas práticas para combater a VO, promovendo o respeito à autonomia das mulheres durante o processo de parto, nascimento e puerpério. Esta pesquisa destaca a importância de políticas de saúde pública e práticas obstétricas mais humanizadas na CPLP, contribuindo assim para a promoção da saúde global das mulheres. |
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OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CONTEMPLADOS PELO PROJETO DE EXTENSÃO SAFETY UEL Autores: Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix | Marselle Nobre de Carvalho , Thaynara Michelan de Oliveira, Stephany Joaquim do Nascimento, Josiane Nunes Maia, Sofia dos Santos Silva Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: COVID-19; Atenção à Saúde Baseada em Evidências; Comunicação e Divulgação Científica. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3783 Resumo: Introdução: Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são metas constituintes da Agenda 2030, pacto global firmado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015 por 193 países membros. Essa agenda abrange temas ambientais e sociais que visam solucionar pendências como a pobreza, a desigualdade social e de gênero, o desequilíbrio ambiental e a situação climática, promovendo o desenvolvimento sustentável global até 2030. Os ODS são subdivididos em 169 metas, ou subitens. Objetivo: O objetivo deste estudo é relacionar os ODS com as atividades desenvolvidas por um Projeto de Extensão de uma universidade pública do norte do Paraná. Método: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, englobando análise dos materiais elaborados pelo projeto, como site, boletins, posts informativos, vídeos, lives e relatórios das ações de educação em saúde realizadas pelo Projeto Safety desde abril de 2020 até junho de 2023. Resultados e discussão: O Projeto Safety é um projeto de extensão pertencente à Universidade Estadual de Londrina, iniciado em março de 2020, com o objetivo de sistematizar as melhores evidências científicas sobre recomendações de proteção e segurança para gestores, profissionais de saúde e comunidade em geral, disseminando informação qualificada por meio de boletins informativos, publicações em redes sociais, vídeos, lives e ações de educação em saúde. O projeto tem possibilitado a implantação de alguns dos ODS, uma vez que aborda temas como saúde, educação, meio-ambiente, economia e sociedade. Foram detectados 10 objetivos e 32 subitens, sendo eles: (1) Erradicação da pobreza; (03) Saúde e bem-estar; (4) Educação de qualidade; (05) Igualdade de gênero; (08) Trabalho decente e crescimento econômico; (10) Redução das desigualdades; (11) Cidades e comunidades sustentáveis; (12) Consumo e produção responsáveis; (14) Vida na água; (16) Paz, justiça e instituições eficazes. Conclusões: Pode-se construir, portanto, um paralelo entre a atuação do Projeto Safety e a implementação dos ODS em nível local, visto que suas ações extensionistas ultrapassaram os “muros” da instituição acadêmica e atingiram toda uma comunidade, compartilhando conhecimento científico, transmitindo responsabilidade civil, influenciando comportamentos e garantindo, por fim, meios para alcançar o proposto pela Agenda 2030. |
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ABORDAGEM LUDICA DO TEMA VACINAÇAO COM CRIANÇAS MATRICULADAS NA REDE PUBLICA DE ENSINO NO MUNICIPIO DE PINHAIS/PR Autores: Janaina Katiucia de Souza Dziurkoski Casero | Instituição: Prefeitura Municipal de Pinhais Palavras-chave: Livreto, lúdico, educação em saúde. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3554 Visualizar Video Resumo: Trata-se de uma análise descritiva da utilização de uma cartilha lúdica para abordagem sobre vacinação com crianças menores de seis anos matriculadas na rede pública de ensino do município de Pinhais/PR. Com o objetivo de incentivar a aproximação da Educação em Saúde à Educação Infantil, visando à melhoria das coberturas vacinais, tendo a criança como disseminadora de informações nos núcleos familiares. A elaboração do livreto para colorir e se divertir teve seu início no pensar lúdico do mundo da criança, em apresentar a elas as doenças como monstrinhos que precisam ser combatidos com vacinas. O livreto contém atividades interativas e que explicam quais vacinam se devem receber até 4 anos de idade, adesivos e contatos das unidades de saúde do município. Realizamos uma apresentação de lançamento do livreto, em 07/03/2023, com a presença do Zé Gotinha, de nossa prefeita, das secretárias de saúde e educação, das diretoras dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e Escolas Municipais e das coordenadoras das unidades de saúde, explicando da composição do material e quais vacinas e quais doenças previnem, fizemos a apresentação de cada representante, tanto educação quanto saúde, fazendo a relação territorial. Cada diretora teve liberdade para trabalhar no momento oportuno com os alunos, algumas aproveitando reunião com os pais ou sábados letivos, convidando a unidade de saúde de referência para fazer a verificação da carteirinha vacinal, completando-a se necessário, a presença do Zé Gotinha era muito comemorada nesses momentos. O material foi utilizado em 67% das instituições propostas, destas 93,1% desenvolveram alguma atividade com o material recebido, totalizando 3.765 crianças. Em sua totalidade, as instituições consideraram válida a utilização do material elaborado, sendo que 96,6% não encontraram dificuldades em trabalhar com o mesmo. A parceria entre saúde e educação é de grande valia, pois possibilita um trabalho abrangente na formação de um cidadão consciente e replicador de informações corretas. Crescer entendendo sobre o controle de doenças além do benefício próprio apresenta resultados na coletividade. |
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COVID LONGA PONTA GROSSA: RELATO DA TRAJETÓRIA DA PESQUISA QUE INVESTIGA AS CONDIÇÕES PÓS COVID-19 NA POPULAÇÃO DE PONTA GROSSA-PR Autores: Laís Paz Kalatai | Juliana Taís Ruppel, Soraya Abegail de Lima, Letícia Simeoni Avais , Pollyanna Kássia de Oliveira Borges, Eliseu Alves Waldman Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG Palavras-chave: Inquéritos Epidemiológicos; Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Pesquisa Demográfica e de Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3620 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O projeto COVID Longa Ponta Grossa é um estudo populacional de vigilância em saúde sobre as condições pós COVID-19, com o objetivo de entender as manifestações e o enfrentamento da Covid longa. A COVID longa são persistentes ou novos sinais, sintomas ou doenças que surgem, após 12 semanas ou mais da infecção aguda, em pessoas que tiveram COVID-19. Justificativa: Os relatos populacionais sobre a COVID Longa são raros. Conhecer a frequência e os principais sintomas possibilitará a organização do sistema local e estadual de saúde para as novas demandas. Inserir acadêmicos nesta experiência proporciona a vivência da pesquisa e aguça o interesse para uma formação baseada em evidências. Objetivos: Este trabalho consiste em um relato de experiência que descreve aspectos vivenciados durante a pesquisa COVID Longa PG, incluindo dificuldades, superações e resultados. Descrição da experiência: Tem sido realizado um inquérito populacional telefônico desde abril/2023. A equipe de aproximadamente 20 pesquisadores é composta por docentes, servidores municipais, residentes e acadêmicos. Diariamente são feitos contatos via telefone e WhatsApp entre 9 e 19h. A base de dados envolve 20082 pessoas que tiveram COVID-19 entre 2020-21, confirmada por um exame RT-PCR positivo. Já foi tentado contato com mais de 10000 indivíduos do banco de dados. Dos 1633 que atenderam, 1368 foram entrevistados e 265 recusaram (16%). A participação de 13 estudantes de iniciação científica na coleta de dados emergiu dificuldades e aprendizados. Dentre eles, destaca-se a superação diária da desconfiança da população em relação à pesquisa, especialmente perante questões de identificação e sociodemográficas. Nesse contexto, entrevistados rudes e bloqueio dos celulares de pesquisa são comuns. Essa situação, apesar de desconfortável, incita as habilidades interpessoais dos pesquisadores. Em contraponto, alguns entrevistados apresentam entusiasmo para compartilhar suas experiências com as fases aguda e longa da COVID-19 e o sistema de saúde. Reflexão sobre a experiência: A participação na pesquisa mostrou a relação distante existente entre a pesquisa científica e a população. O estudo tem identificado que a população permanece adoecida no pós COVID-19 e os serviços de saúde precisam organizar estratégias para essa situação. Recomendações: Aproximar o contexto científico da população, pois, além de disseminar conhecimentos, é um fator facilitador para os pesquisadores. |
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NECESSIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS PROMOTORAS DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Alessandra Seratto | Cristiana Magni , Cristiane de Melo Aggio Instituição: UNICENTRO Palavras-chave: Saúde Mental; Evasão Escolar; Cuidados de Saúde Preventivos Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3646 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Em 2022, apenas 21% dos jovens brasileiros concluíram o ensino superior. Ao ingressar na universidade, os estudantes são expostos a estressores como distância da família, maiores responsabilidades e dúvidas quanto à futura profissão. Muitos apresentam transtornos mentais que comprometem o rendimento acadêmico e propulsionam o abandono e a evasão escolar. Justificativa: O acesso ao ensino superior aprimora a igualdade social e o desenvolvimento comunitário, gerando trabalho e renda, também desafia instituições de ensino superior e sistemas de saúde a promoverem o bem-estar e prevenirem o sofrimento mental dos universitários. Objetivo: Relatar projeto de assistência ao universitário. Descrição da experiência: Projeto de Assistência Estudantil, implementado em Instituição de Ensino Superior, pública e paranaense, que, identificou alta demanda de universitários com sofrimento mental, nos atendimentos da equipe multidisciplinar, composta por dois psicólogos e dois assistentes sociais, com jornada de 40 horas semanais e três residentes técnicos em psicologia, com jornada de 30 horas semanais. Em doze meses, aproximadamente 300 estudantes receberam atendimento psicológico e foram classificados com alto (31,80%) e médio risco (59,74%) em saúde mental, sendo insuficientes os recursos universitários para a oferta da atenção psicossocial, com atendimento psicológico individual, de enfoque clínico e remediativo. Reflexão sobre a experiência: Instituições de ensino superior seriam espaços promotores de saúde se a assistência estudantil integrasse os serviços da Rede de Atenção Psicossocial. Mas, o Paraná-PR carece de política pública para atenção à saúde na assistência estudantil nas universidades, dificultando o estabelecimento de ações abrangentes e efetivas. Recomendações: A associação entre sofrimento mental e evasão escolar incita a necessidade de recursos e serviços de saúde diversificados e acolhedores para universitários, inclusive a formulação de políticas públicas que reduzam as desigualdades em saúde deste público, incentivem o desenvolvimento de redes de apoio, o fortalecimento de vínculos comunitários e a implementação de ações interdisciplinares para a promoção da saúde mental e a retenção no ensino superior. |
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PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE AÇÚCAR DOS 6 MESES E 1 ANO DE VIDA E FATORES SOCIODEMOGRÁGICOS ASSOCIADOS Autores: Caroline Souza dos Santos | Gabriela Gastaldon , Juliana Schaia Rocha Orsi , Marcella Oliveira Machado Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná Palavras-chave: introdução-alimentar; prevalência do consumo de açúcar; crianças Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3670 Visualizar Video Resumo: Introdução: O açúcar deve ser evitado na alimentação do bebê, nos primeiros 1000 dias de vida, devido a influência sobre o paladar e no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis que afetam ao longo da vida. Objetivos: Averiguar a prevalência do consumo de açúcar em crianças dos 6 meses até 1 ano de vida e seus fatores associados. Materiais e Método: Estudo transversal, aninhado a uma Coorte de Saúde Materno Infantil de Curitiba (COOSMIC), em Curitiba/PR, que acompanha gestantes e seus filhos com seguimento até os 1000 dias. Foi utilizada uma amostra de 67 crianças com idade de 6 meses e 1 ano. Características socioeconômicas e de insegurança alimentar foram analisadas como variáveis independentes, que foram coletadas durante o pré-natal da mãe, perinatal, 6 meses e 1 ano do bebê. Foram utilizadas como variáveis dependentes a frequência alimentar, ingestão de alimentos sólidos e líquidos e a presença de açúcar nas últimas 24h da alimentação da criança. Para comparar a oferta ou não de açúcar entre o período de 6 meses e 1 ano, foi realizado o teste de independência Qui-quadrado. Foi aplicado o teste t para avaliar a diferença das variáveis independentes com a oferta ou não de açúcar nas últimas 24h para crianças de 6 meses e 1 ano, considerando nível de significância de 95% (p<0,05). Resultados/Discussão: Foi encontrado uma maior prevalência do consumo de alimentos açucarados nas crianças de 1 ano quando comparadas com 6 meses de vida (p=0,015) e esse maior consumo está associado com uma renda inferior de suas famílias (p=0,045). Outro ponto destacado são os tipos de líquidos ingeridos, houve uma diminuição do número de crianças que recebiam o leite materno (23%) após os 6 meses, que começaram a consumir leite de vaca (p=0,006), leite em pó (p=0,005), sucos naturais (p=0,015) e sucos artificiais (p=0,029). No decorrer da introdução alimentar, a criança é exposta a vários tipos de alimentos, sejam eles naturais ou industrializados, fatores esses que de forma inadequada, podem influenciar no desmame e na adesão precoce de alimentos açucarados, visto que, o consumo alimentar pode gerar possíveis impactos sobre o corpo e o desenvolvimento das crianças. Conclusão: As crianças de 1 ano consomem uma maior prevalência de alimentos açucarados quando comparadas com 6 meses de vida. São necessárias medidas de Políticas Públicas para maior conscientização do cuidado nutricional infantil nessa fase que se estende ao longo da vida adulta. |
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TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA ON-LINE COMO ESTRATÉGIA PARA PROMOÇÃO DO FLORESCIMENTO HUMANO NA PANDEMIA DE COVID-19 Autores: Milene Zanoni | JÚLIA FELDMANN UHRY REIS , FRANCIELE DELURDES COLATUSSO, ADALBERTO DE PAULA BARRETO , SUELY RUIZ GIOLO , GIOVANA DANIELA PECHARKI Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa e Universidade Federal do Paraná Palavras-chave: promoção da saúde; terapia comunitária integrativa; Sistema Único de Saúde Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3677 Visualizar Video Resumo: Introdução: A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma prática de cuidado em saúde mental do SUS e desde 2017 inserida na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares para uso no Sistema Único de Saúde. A metodologia é composta por 6 etapas, disponibilizando espaço de acolhimento, escuta, mobilização de recursos e competências de indivíduos, famílias e comunidades para resgate da autoestima. Constituída inicialmente para ser realizada presencialmente, em 2020, em razão da pandemia por COVID-19, foi necessário adaptar a TCI para modalidade on-line, como estratégia ao enfrentamento à pandemia. Objetivo: analisar os efeitos da TCI na modalidade on-line como estratégia para promoção do florescimento humano durante a pandemia de COVID-19. Materiais e métodos: estudo misto de intervenção (TCI on-line) com pré (T0) e pós-teste (T1), observacional e longitudinal, realizado no ambiente virtual das rodas de TCI on-line, com aplicação de instrumentos validados e análise de conteúdo dos participantes a partir da realização de uma roda de TCI on-line temática. Resultados: foram avaliadas 24 rodas de TCI on-line, a maioria realizada pelo criador da metodologia (54,2%). A média de participantes por roda foi de 63 pessoas, com duração média de 78 minutos. Os temas mais prevalentes foram “Estresse” (25%), “Família” (20,8%) e “Depressão” (20,8%). A amostra foi composta por 65 participantes que preencheram questionários nos momentos T0 e T1, com espaçamento de dois meses entre eles, resultando em análise socioeconômica com perfil predominante do sexo feminino, branco, entre 30 e 59 anos, com ensino superior completo, que estavam em formação ou já eram terapeutas comunitários. A análise comparativa T0-T1 da escala de bem-estar psicológico apresentou significância estatística (p=0,006), especificamente em três das suas seis categorias: “Relações positivas com os outros” (p=0,0048), “Domínio sobre o ambiente” (p= 0,0214) e “Propósito na vida” (p=0,0484). A análise qualitativa apresentou predomínio de relatos sobre relações positivas com os outros. Conclusão: TCI on-line realizada durante a pandemia de COVID-19 contribuiu para desenvolvimento de aspectos relacionados ao florescimento dos indivíduos, especialmente nas categorias de vínculos sociais e significado e propósito. O destaque da análise quali-quantitativa foi no fortalecimento de relações positivas com os outros, domínio sobre as situações do ambiente e desenvolvimento de propósito na vida. |
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PRÁTICAS AVANÇADAS EM LESÕES POR PRESSÃO INCIDENTES EM IDOSOS INTERNADOS: PROMOVENDO A SAÚDE Autores: Adrieli Aparecida Simoes de Oliveira | Márcia Helena de Souza Freire, Ricson Romário Nascimento, Rosane Kraus , Camilla Ferreira de Lima Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns Palavras-chave: Enfermagem; Estomaterapia; Lesão por pressão Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3691 Resumo: Caracterização do problema: A problemática da lesão por pressão (LP) é relevante no âmbito da atenção hospitalar, sobretudo pacientes com maior permanência, enfatizando idosos internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Neste cenário, o especialista em Estomaterapia é diferencial na instituição, pois impactará na prevenção e no tratamento da LP. Uma abordagem sistemática e holística é agregada à aplicação das escalas preditoras, para processos de prevenção, avaliação e tratamento, a fim de alcançar a cicatrização tecidual, em menor tempo possível. Justificativa: A agilidade na detecção de sinais de LP, possibilita utilização de tecnologias para prevenção e tratamento adequado quando a LP já instalada, com objetivo de alcançar a cicatrização em menor tempo possível, utilizando coberturas especiais padronizadas, aliando e as terapias adjuvantes integradas, como exemplo o tratamento com Laser de Baixa Intensidade (LBI), disponibilizados no hospital. Objetivos: Apresentar utilização de tecnologias integradas para prevenção e tratamento de LP, como promoção da saúde no hospital municipal, em Curitiba/PR. Descrição da experiência: A aplicação de escala preditoras de risco ajudam o enfermeiro ao indica-se a cobertura espumas multicamadas para a prevenção de LP, tecnologia inovadora para evitar danos na pele. Frente a lesão instalada, enfermeiro, solicita parecer do Estomaterapêuta, onde buscará alcançar a cicatrização menor tempo, evitando complicações. Na 1ª avaliação implementa cuidados planejados. Aborda a família para conhecer as condições dos cuidados domiciliar, iniciando acolhimento, descrição dos procedimentos no sistema, incluindo periodicidade de troca do curativo, e orientação para equipe. Houve impacto no indicador de incidência, em julho/23 foi 0,7%, sendo que julho/20 foi 20,9%. Considera-se o impacto negativo que a lesão ocasiona na qualidade de vida, orçamento, convívio familiar/social. Reflexão sobre a experiência: As terapias integrativas promovem impacto social ao recuperar feridas, com tecnologias para a prevenção, mensuração do cuidado, manejo adequado, intervenções para minimizar sofrimento e prevenir novas lesões. Recomendações: O uso das práticas avançadas no tratamento de LP é um diferencial para o paciente, familiar, profissional e instituição. |
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ANÁLISE DA DESCENTRALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À PESSOA VIVENDO COM HIV NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CURITIBA. POR MEIO DOS EXAMES DE ACOMPANHAMENTO DE 2013 A 2021 Autores: José Alberto de Souza | Juliane Cardoso Villela Santos, Juliana Schaia Rocha Orsi Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR) Palavras-chave: Atenção Primária, HIV, Descentralização Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3750 Visualizar Video Resumo: Introdução: A assistência às pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) em todos os níveis de atenção à saúde, atenção primária à saúde (APS), atenção secundária e atenção terciária, é uma tendência em vários locais do mundo. No Brasil o Ministério da Saúde estimula e recomenda que Estados e Municípios a se organizarem de acordo com suas realidades locais para que o acesso aos serviços de saúde e tratamento aconteça em tempo oportuno e sem barreiras. Em Curitiba, o processo de inovação na organização da rede de atenção para a descentralização dos atendimentos para a APS, teve início em 2014 e seguiu o recomendado pela OMS e MS, direcionando os atendimentos a partir da estratificação de risco/gravidade. Objetivo: Analise quantitativa de solicitações de exame de carga viral, de pessoa vivendo com HIV (PVHA) na Atenção Primária à Saúde e nos Centros de Especialidades no município de Curitiba, antes e depois da descentralização destes atendimentos. Método: Pesquisa quantitativa retrospectiva dos anos de 2013 a 2021, com análise do relatório analítico de resultado de exame de carga viral, do sistema de controle de exames laboratoriais da rede nacional de contagem de linfócitos CD4+/CD8+ e carga viral do HIV – Siscel. Todos os dados do relatório analítico foram tabulados em planilha EXCEL®, e foram analisados por estatísticas descritivas, frequências absoluta e relativa com auxílio do software IBM SPSS Statistics® versão 25.0. Para as variáveis significativas, foi realizado o teste Z de diferença de duas proporções, no método ajustado de Bonferroni e foram consideradas significativas as variáveis com valor de p? 0,05. Resultados: No período foram coletados 91215 exames de carga viral. Em 2013 7,8% dos exames foram coletados na APS, 10% em 2014, 33,7% 2020 e 34,1% em 2021. As solicitações dos ambulatórios foram de 91,6% em 2013 reduzindo até 74% até 2021. Quanto aos resultados dos exames, no ano de 2013, 62,3% dos resultados de exame apresentaram resultado não detectável, e chega em 85,4% em 2021. Do mesmo modo, os resultados de carga viral acima de 1000 cópias/ml, representaram 26,6% em 2013, reduzindo até 7,5% em 2021.Conclusão: Os dados demonstram a busca pelo atendimento na APS e a ampliação do acesso nas unidades de saúde, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde sobre o processo de cuidado contínuo das PVHA , em diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde. |
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BUSCA ATIVA DE PACIENTES NÃO VACINADOS CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO POR MEIO DA ATIVIDADE DE CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Luanna Maria Gusso Caneppele | Julia Wolff Barretto, Laura Santos Tortato, Maria Fernanda Sprenger Ludwig, Nicoly Camila Spack, Caíque Franzoloso Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Cobertura Vacinal; Saúde Pública; Educação Médica. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3780 Visualizar Video Resumo: Introdução: A cobertura vacinal contra diversas doenças se encontra abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde. No presente estudo, destaca-se a importância da vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano), que visa a redução nos casos de diversos tipos de câncer; neste sentido, destaca-se a importância das estratégias de saúde pública que incentivem a vacinação. Objetivos: Relatar a experiência do desenvolvimento de estratégia de busca ativa de adolescentes que não haviam completado o esquema vacinal contra o HPV, por meio de uma Atividade de Curricularização da Extensão. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Durante a análise de dados de uma Unidade Básica de Saúde, notou-se baixa adesão à vacinação contra o HPV. Realizou-se revisão de literatura sobre doenças relacionadas ao HPV e causas da não vacinação. Decidiu-se implementar uma Atividade de Curricularização da Extensão (ACEx) para abordar essa questão. Foi criada uma planilha com dados de pacientes faltosos e seus contatos. Desenvolveu-se um modelo de mensagem aos responsáveis, enfatizando a importância da vacinação e questionando os motivos do atraso. Além disso, foram realizadas ligações para os números sem acesso ao aplicativo de mensagens e para aqueles que não responderam. Visitas domiciliares foram feitas aos pacientes de 14 anos sem esquema vacinal completo para garantir a segunda dose antes dos 15 anos. Posteriormente, os dados foram analisados com a equipe da Unidade. Reflexão sobre a experiência: A estratégia de busca ativa permitiu maior contato com a gestão em saúde, incentivou o pensamento crítico sobre políticas públicas e compreensão do impacto da vacinação incompleta. Analisar as razões para não vacinação levou à reflexão sobre promover Educação em Saúde e combater a desinformação durante as visitas. A atividade da ACEx melhorou habilidades de trabalho em equipe, com todos contribuindo para uma estratégia padrão. Recomendações: A partir da experiência vivenciada pelo grupo, recomenda-se um maior envolvimento dos estudantes de medicina no desenvolvimento de estratégias de saúde pública. Nesse viés, nota-se o impacto do contato e da vivência junto aos profissionais e usuários da Unidade de Saúde no desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes. |
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A PLATAFORMA REDCAP COMO FERRAMENTA PARA VIGILÂNCIA DA CONDIÇÃO PÓS COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Soraya Abegail de Lima | Letícia Simeoni Avais, Elis Carolina Pacheco, Lis Fatima Schimiguel, Erildo Vicente Muller, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Inquéritos Epidemiológicos; Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Pesquisa Demográfica e de Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3784 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: o grupo de pesquisa COVID Longa PG, realiza um inquérito telefônico desde abril/2023 com a população da cidade de Ponta Grossa. A pesquisa investiga a população com PCR positivo para a COVID-19 nos anos 2020 e 2021, e questiona sobre sinais e sintomas durante e após a COVID-19. Justificativa: Para a coleta das informações pela equipe de pesquisa, o questionário foi desenvolvido na plataforma REDCap. REDCap é uma sigla para Research Electronic Data Capture. Utilizada como uma plataforma para coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisa. É gratuita para todas as instituições sem fins lucrativos. Foi criada pela Universidade Vanderbilt no Tennessee, Estados Unidos, em 2004. No Brasil, começou a ser utilizado pela Faculdade de Medicina na USP em 2011. No estado do Paraná, apenas duas instituições utilizam o sistema, a Universidade Estadual de Maringá e a Universidade Estadual de Ponta Grossa. Objetivos: Este trabalho consiste em um relato de experiência sobre a utilização da plataforma REDCap para a realização da coleta de dados durante a pesquisa COVID Longa Ponta Grossa. Descrição da experiência: O grupo de pesquisa da COVID Longa PG, foi o responsável por trazer o acesso dessa ferramenta para a UEPG, sendo o primeiro grupo a desenvolver o questionário na plataforma de coleta de dados. A plataforma é intuitiva e de fácil utilização. Dispõem na página inicial, vídeos para ensinar os usuários as diversas funções ofertadas pela plataforma. De forma simples e prática, é possível realizar a pesquisa por telefone, realizando as perguntas aos participantes e colocando as respostas na plataforma, ao mesmo tempo. É possível ver a quantidade de questionários já respondidos e se estão completos ou não. Todo o banco de dados pode ser acessado e baixado para realização de análises estatísticas. Entre abril e setembro de 2023, foram entrevistadas 1577 pessoas, com 1323 entrevistas completas. É possível que todas as informações fiquem armazenadas no REDCap. Reflexão sobre a experiência: Dispor da plataforma REDCap, que é uma ferramenta completa e gratuita para realização da pesquisa foi uma experiência muito exitosa. A adaptação inicial pode ser desafiadora, no entanto, sua utilização é prática e simples. Ademais, torna eficiente a coleta de dados e facilita a organização para a análise estatística posterior. Recomendações: O grupo recomenda que mais instituições e pesquisadores adotem essa plataforma em suas pesquisas. |
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ESTRATÉGIAS PRÁTICAS DE FITOTERAPIA E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL EM UNIDADES DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL Autores: Giulia Sviderski de Campos | Eloise Maria Pereira Marques , Geovanna Rosada Fernandes , Lívia Soares Amaral , Tainan Yoshio, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Fitoterapia; Saúde Mental; Promoção de Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3787 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: As Unidades de Acolhimento Institucional (UAI) representam um ponto crucial de acolhimento para indivíduos em situação de rua, muitos dos quais enfrentam desafios significativos de saúde mental devido a dependências químicas. Justificativa: A promoção da saúde mental é fundamental para a reintegração social e o bem-estar desses indivíduos, tornando essencial abordar esse aspecto em contextos de acolhimento institucional. Objetivos: Este relato de experiência teve como objetivo principal promover a saúde mental dos acolhidos em uma UAI por meio da fitoterapia. Os objetivos específicos incluíram a revisão narrativa para identificar fitoterápicos benéficos para a saúde mental, a elaboração de um eBook gratuito, a implementação de ações práticas, como o fornecimento e cultivo de mudas de plantas fitoterápicas nas instalações de uma UAI em Curitiba/PR, a realização de rodas de conversa interativas sobre as práticas fitoterápicas e terapêuticas, bem como o envolvimento de estudantes de Medicina na execução dessas atividades como parte da Curricularização da Extensão. Descrição da Experiência: Este relato de experiência envolveu uma revisão narrativa para identificar fitoterápicos benéficos para a saúde mental, seguida pela elaboração de um eBook informativo destinado aos acolhidos, fornecendo informações detalhadas sobre o uso adequado desses fitoterápicos. Além disso, mudas de plantas fitoterápicas foram cultivadas na horta da UAI, criando um ambiente terapêutico acessível aos acolhidos. Foram conduzidas rodas de conversa interativas com os acolhidos, focadas na conscientização sobre as práticas fitoterápicas e terapêuticas, incentivando a participação ativa dos mesmos em seu cuidado de saúde mental. Reflexão sobre a Experiência: A colaboração entre estudantes e profissionais na UAI foi enriquecedora para ambas as partes. A conscientização dos acolhidos sobre as práticas fitoterápicas relacionadas à promoção da saúde mental aumentou significativamente. A horta terapêutica se tornou um espaço valioso para terapia e melhoria do bem-estar mental dos acolhidos. Recomendações: Com base nessa experiência, recomenda-se a continuidade e expansão dessas práticas de promoção da saúde mental nas UAI. Isso deve incluir a participação ativa de estudantes da área de saúde na Curricularização da Extensão, visando a melhoria contínua da saúde mental e a formação enriquecedora dos estudantes na área da saúde. |
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HIPERTENSÃO ARTERIAL PRÉ COVID-19 E SINTOMAS DA COVID-LONGA Autores: Juliana Taís Ruppel | Ramon Augusto Teixeira, Paulo Ricardo Bren, Erildo Vicente Müller, Letícia Simeoni Avais, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Hipertensão Arterial; Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Infecção por Vírus COVID-19 Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3795 Visualizar Video Resumo: Introdução: Novos sinais, sintomas ou doenças relatados após 3 meses do diagnóstico da COVID-19, são definidos pela Organização Mundial da Saúde, como condição pós COVID-19. Também chamada de COVID Longa. Entre os sintomas estão taquicardia, fadiga, alterações na pressão arterial, entre outros. Essas manifestações influenciam na qualidade de vida dos indivíduos, destacando a importância do correto diagnóstico quando novas condições crônicas se apresentam na população afetada pela COVID-19. Objetivo: Descrever sintomas de hipertensão em pacientes que testaram positivo para COVID-19. Método: Estudo epidemiológico, transversal, realizado por meio de inquérito telefônico entre pessoas que tiveram um teste PCR positivo para COVID-19 entre 2020/21. Com o auxílio de um questionário estruturado, foram coletadas características sociodemográficas, hábitos de vida, esquema vacinal, condições crônicas pré-existentes à COVID aguda e condições relacionadas à pós-COVID. Foram realizadas estatísticas descritivas e testes qui-quadrado (p<0,05, IC 95%). Resultados: Até o dia 06 de setembro, participaram do estudo 1577 pessoas, destas 83,9% (1323) responderam completamente ao inquérito. Em relação aos sintomas pós COVID-19, 17% (225) relataram alterações na pressão arterial (baixa ou alta) que nunca haviam sentido antes. A piora no controle das condições crônicas pré-existentes antes da COVID-19 aguda foram relatadas por 14% (192). A cobertura vacinal nos hipertensos foi de 98%, entre os que fizeram a vacina contra a COVID-19, 18,5% (240) eram hipertensos antes da COVID-19. Porém essa distribuição não foi estatisticamente significativa (p=0,555). O fato da pessoa ter hipertensão arterial antes da COVID-19 não se associou ao relato de ter sentido alteração na pressão arterial como condição pós COVID-19 (p=0,284). Houve mais pessoas com hipertensão prévia relatando piora nas condições crônicas preexistentes (23%) do que no grupo que não tinha hipertensão antes da COVID-19 (12%) (p=0,000). Conclusão: Uma parcela da população apresentou novos sintomas de alteração de pressão arterial na condição pós COVID-19. Também foi relatado a piora de condições crônicas preexistentes naqueles que já possuíam hipertensão antes da COVID-19. A cobertura vacinal foi abrangente, mas ter condições pré existentes não influenciou na adesão da vacina. Por fim, ter hipertensão antes da COVID-19, não mostrou influência na alteração de pressão na condição pós COVID-19. |
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PREVALÊNCIA DE TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA EM RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL Autores: Ingrid Aparecida de Lima Ribeiro | Rafaella Viana Varaschin, Carolina Fordellone Rosa Cruz , Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) Palavras-chave: Taquipneia transitória; Recém-nascidos; UTI Neonatal Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3806 Visualizar Video Resumo: Introdução: a taquipneia transitória do recém-nascido (TTRN) é um distúrbio respiratório, representado pelo esforço temporário para respirar em decorrência da baixa quantidade de oxigênio no sangue, devido ao excesso de líquidos nos pulmões. Ocasionando atraso na reabsorção do líquido pulmonar fetal e um déficit na secreção dos hormônios (catecolaminas) responsáveis por esse processo de reabsorção. O tratamento realizado inclui: a oxigenoterapia, isolamento térmico, posicionamento adequado para maior abertura das vias aéreas, controle dos sinais vitais e administração de medicações. Os neonatos diagnosticados são encaminhados à UTIN por se tratar de um setor especializado aos cuidados com RNs grave ou potencialmente grave, para os cuidados prestados por profissionais multidisciplinares capacitados com qualificação técnica e científica. Objetivo: descrever a prevalência de casos de taquipneia transitória em recém-nascidos internados em uma UTIN, nos anos de 2011 a 2020. Método: trata-se de um estudo documental, observacional e descritivo. A população foi composta por RNs admitidos e internados na UTI Neonatal no estado do Paraná, entre os anos de 2011 a 2020. Os dados foram retirados de uma base de dados secundária do setor hospitalar. As variáveis estudadas foram: diagnóstico clínico e desfecho clínico. As informações foram agrupadas e analisadas por meio da frequência absoluta e relativa em uma planilha no Excel® 2016. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa com o número 4.766.395/2021. Resultados/discussão: foram internados 1.131 RNs na UTIN durante o período de 2011 a 2020. Observando assim que a prevalência de neonatos acometidos por TTRN foi de 151 (13,34%), sendo registrados cinco casos de óbitos (3,31%), ocorridos respectivamente nos anos de 2011, 2013 e 2019. Conclusões: constata-se uma alta prevalência de RNs internados por taquipneia transitória, reforçam a necessidade de uma assistência qualificada para esses neonatos. Além disso, o estudo traz novos dados científicos para a área, qualificando a assistência na área da enfermagem. |
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ESTUDANTES NÃO-HETEROSSEXUAIS POSSUEM MAIOR IDEAÇÃO SUICIDA QUANDO COMPARADOS AOS HETEROSSEXUAIS Autores: Camila Cristina Lunardelli Zanfrilli | Rafaela Sirtoli, Daniela Frizon Alfieri, Edmarlon Girotto, Camilo Molino Guidoni Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Bissexuais; Minorias Sexuais; Suicídios Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3544 Resumo: Introdução: A população universitária se comparada à população geral, apresenta maior frequência dos sintomas depressivos e desfechos relacionados ao suicídio. Isso se deve possivelmente às cobranças acadêmicas e pessoais, faixa etária de risco, viver longe da família, provas e exames, dificuldades financeiras, bem como a frustração ou decepção com o curso escolhido e baixo desempenho acadêmico. Além disso, em adição, indivíduos LGBTQIA+, vivenciam inúmeras violências, sejam elas físicas ou psicológicas, e esta situação leva ao sofrimento, intensificando o sentimento de não pertencimento, de incompreensão e de exclusão, acarretando diversos problemas de ordens sociais, psicológicas e emocionais, como a depressão, e até mesmo as tentativas de suicídio. Tais condições somadas podem potencializar a ideação suicida. Objetivo: Com isso, este estudo teve como objetivo analisar a associação entre orientação sexual e ideação suicida em estudantes de uma universidade pública. Metodologia: A população de estudo foi composta por graduandos de uma universidade pública paranaense no ano de 2019, os quais responderam um questionário online sobre suas as condições de saúde e hábitos de vida. A variável dependente foi a ideação suicida e a independente orientação sexual. Foi realizada análise multinomial com cálculo do Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança 95%. Foi conduzida análise bruta e ajustada pelas variáveis idade, diagnóstico de depressão e de ansiedade e percepção da saúde mental. Resultados: Foram avaliados 3.117 estudantes, maioria do sexo feminino (68,5%). O relato de ser homossexual e bissexual foi de 7,3% e 14,2%, respectivamente. O sentimento de ideação suicida foi identificado em 32,1% dos estudantes, com 7,8% referindo estes pensamentos semanal ou diariamente Após análise ajustada, houve associação significativa entre minorias sexuais e ideação suicida na população geral (homossexual: OR= 1,81, IC 95% 1,05-3,10; bissexual: OR= 2,61, IC 95% 1,82-3,75) em comparação com os heterossexuais. Conclusão: Os estudantes de minorias sexuais possuem maiores chances de possuírem ideação suicida se comparados aos heterossexuais. |
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A IDEAÇÃO SUICIDA EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA Autores: Camila Cristina Lunardelli Zanfrilli | Felipe Adolpho Silvano, Jessica Vertuan Rufino, Edmarlon Girotto, Camilo Molino Guidoni Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Ideação suicida; Pensamentos suicidas; Estudantes Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3545 Resumo: Introdução. Os estudantes universitários apresentam vivências características que merecem pesquisas voltadas a este público, pois, estes muitas vezes enfrentam as pressões inerentes à faixa etária de transição da adolescência para a idade adulta, bem como cobranças acadêmicas, pessoais, familiares, também muito atrelado aos fatores econômicos desta população que, muitas vezes podem depender do financiamento de terceiros para manter-se na universidade. Objetivo. Analisar os fatores de risco associados a ideação suicida em estudantes de uma universidade pública. Metodologia. Trata-se de um estudo transversal, realizado com estudantes da Universidade Estadual de Londrina com matrícula ativa no ano de 2019. As variáveis sociodemográficas, hábito de vida e ideação suicida foram coletadas através de questionário online. Para avaliação do pensamento suicida, utilizou-se a pergunta “Pensou em se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto(a) nas últimas duas semanas?” contida no instrumento Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Respostas 1, 2 e 3 indicaram a presença da ideação suicida e resposta 0 referia-se a ausência da ideação. A associação entre a ideação suicida e as variáveis independentes foi analisada pela medida da Razão de Prevalência, por meio da Regressão de Poisson ajustada com variância robusta. Resultado. Dos 3234 estudantes analisados, houve predomínio o sexo feminino (68,6%), cor branca/amarela (75,2%) e heterossexual (77,8%). A maior prevalência do indicativo de ideação suicida na população estudada no modelo ajustado foi associada ao sexo feminino (RP 1,18; IC95% 1,05-1,33) e a estudantes de raça/cor preta, parda ou indígena (RP 1,21; IC 95% 1,08-1,35) quando comparados ao sexo masculino e aos indivíduos brancos/amarelos respectivamente. Os estudantes do sexo feminino e de raça/cor preta, parda ou indígena possuem maior prevalência de ideação suicida, portanto, devem ser direcionados educação continuada aos profissionais para abordagens adequadas aos grupos minoritários, bem como, políticas públicas voltadas aos usuários mais vulneráveis. |
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A SONOLÊNCIA EXCESSIVA DIURNA PÓS-COVID ESTÁ RELACIONADA AO TEMPO EM COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO NA ADOLESCÊNCIA? Autores: Gustavo Baroni Araujo | Matheus Vinicius Barbosa da Silva, Michelle Moreira Abujamra Fillis, Celita Salmaso Trelha, Helio Serassuelo Junior Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Adolescência; Coronavírus; Sedentarismo. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3555 Resumo: Introdução: Acompanhar pacientes após a fase aguda da COVID-19 é fundamental para investigar as consequências da infecção à longo prazo visando a promoção, prevenção e vigilância em saúde. Objetivo: Investigar a relação entre sonolência excessiva diurna (SED) e comportamento sedentário em adolescentes pós-COVID-19. Metodologia: Estudo transversal quantitativo. A amostra foi composta por 62 adolescentes entre 11 e 17 anos de idade (13,48±1,09), sendo 17 meninos e 45 meninas que tiveram diagnóstico confirmado da COVID-19 em Londrina entre agosto a dezembro de 2021 e que autorreferiram sentir SED como sintoma da sindrome pós-COVID. A coleta de dados foi realizada entre junho a dezembro de 2022, por meio de Google Forms e enviado via WhatsApp contendo: 1) Variáveis sociodemográficas, presença de comorbidades e tempo em comportamento sedentário diário representado pelo tempo sentado (min/dia), categorizado em tercis, sendo: “pouco tempo sentado” (primeiro tercil = zero a 300 min); “tempo sentado moderado” (segundo tercil = 301 a 479 min) e “muito tempo sentado” (terceiro tercil = acima de 480 min); 2) Para investigar o tempo de sono, buscou-se investigar as horas de sono diárias (dias da semana) com base nos últimos 30 dias. Para investigar a correlação entre tempo em comportamento sedentário e duração do sono, aplicou-se o teste de coeficiente de correlação de postos de Pearson e regressão logística multinomial (categoria de referência: primeiro tercil do tempo sentado) para a análise de fatores associados. Foram incluídas no modelo ajustado apenas as variáveis que na análise bruta apresentaram p<0,25. Em todas as análises a significância adotada foi <0,05 realizadas no software SPSS 27. Resultados: 43 (69,3%) apresentaram pelo menos 1 [0-3] comorbidade. O tempo em comportamento sedentário e a duração do sono apresentaram correlação negativa (? = -0,234; P<0,001), sendo que quanto maior o tempo em comportamento sedentário, mais tarde eram seus horários de dormir (?=0,194; P=0,002). Ainda, adolescentes do sexo feminino apresentaram mais chances (OR=2,89; IC 95%= 1,29 – 3,87) de apresentar tempo sentado moderado em relação ao sexo masculino. Adolescentes entre 15-17 anos apresentam maiores chances (OR= 3,24; IC95%= 1,97 – 5,49) de dispender mais tempo sentado quando comparados aos adolescentes de 11 e 12 anos. Conclusão: Adolescentes que autorreferiram SED pós-COVID apresentam menos horas de sono por dia e maior tempo em comportamento sedentário. |
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PREDITORES PARA A PERSISTÊNCIA DE SINTOMAS NEUROLÓGICOS DA COVID-19 UM ANO APÓS O DIAGNÓSTICO: ESTUDO DE COORTE Autores: Gustavo Baroni Araujo | Matheus Vinicius Barbosa da Silva, Celita Salmaso Trelha, Helio Serassuelo Junior, Michelle Moreira Abujamra Fillis Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: COVID-19; Sintomas neurológicos persistentes; Fatores de risco. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3557 Resumo: Introdução: Ampliar o conhecimento sobre as manifestações neurológicas em pacientes recuperados da COVID-19 é essencial para reduzir a carga dessas sequelas e apoiar políticas públicas de saúde, assistência e seguridade social. Objetivo: Identificar preditores para a persistência de sintomas neurológicos (PSN) após um ano do diagnóstico da COVID–19. Metodologia: Estudo de coorte prospectivo desenvolvido e conduzido em parceria entre a Universidade Estadual de Londrina e a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina – Paraná (parecer nº 4.235.042). A amostra foi composta por 379 pacientes com mediana de 37 [29-49] anos, sendo 246 do sexo feminino. Destes, 34 hospitalizados e 125 com pelo menos uma comorbidade. Os dados foram coletados através do envio de formulário digital via WhatsApp após um mês e um ano do diagnóstico da COVID-19. Para a identificação dos fatores de risco de PSN após um ano do diagnóstico analisou-se variáveis sociodemográficas, comorbidades, estado funcional após 1 mês e sintomas neurológicos após um mês e um ano do diagnóstico. Utilizou-se análise de frequência e análise bivariada utilizando tabelas cruzadas de qui-quadrado para estabelecer associação entre a presença/ausência de sintomas neurológicos persistentes um ano após o diagnóstico e variáveis preditoras: presença de comorbidade, presença de sintoma neurológico e/ou alteração funcional estado (Grau 0: sem alteração funcional, grau 1 a 4: com alteração funcional), após um mês do diagnóstico. Os valores destas primeiras análises foram utilizados no modelo de regressão logística stepwise com Odds Ratio ajustado e definido IC 95%. Resultados: Dos 379 participantes, 57,5% apresentavam pelo menos um sintoma neurológico com mediana de 1 [0-2] após um mês do diagnóstico da doença. Após um ano, 38,5% apresentavam pelo menos um sintoma persistente com mediana de 1 [0-1]. As variáveis preditoras para a persistência de sintomas neurológicos da COVID-19 um ano após o diagnóstico foram: “Limitação do estado funcional após um mês” (OR= 2,93; IC 95%= 1,76 – 4,85, p?0,01); “Sintomas neurológicos após um mês” (OR= 3,80; IC 95%= 2,07 – 7,01, p?0,01) e “Presença de comorbidade” (OR= 1,65; IC 95%= 1,01 – 2,68, p=0,04). Conclusão: Após um ano do diagnóstico, 38,5% dos pacientes apresentavam pelo menos um sintoma neurológico persistente, sendo apontado como fatores de risco para persistência: comorbidades, alteração do estado funcional e presença de sintomas neurológicos um mês após o diagnóstico. |
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A CARGA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA NO BRASIL ESTÁ MAIS FORTEMENTE RELACIONADA A PREEXISTÊNCIA DE HIPERTENSÃO OU DIABETES TIPO II? UM ESTUDO COMPARATIVO Autores: Gustavo Baroni Araujo | Matheus Vinicius Barbosa da Silva, Elyda Cecilia Barbosa da Silva , Helio Serassuelo Junior, Michelle Moreira Abujamra Fillis Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Doença renal crônica; Diabetes; Hipertensão. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3558 Resumo: Introdução: A doença renal crônica (DRC) é uma das principais complicações decorrentes da hipertensão arterial (HA) e do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) mal controlados. Nos últimos anos tem sido relatado um aumento na incidência e prevalência da doença, o que pode levar ao aumento da mortalidade e das complicações decorrentes da doença. Objetivo: Investigar a carga de doença renal crônica entre diabéticos e hipertensos no Brasil. Métodos: Estudo transversal prospectivo realizado através de dados secundários coletados do Global Burden of Disease Study (GBD) versão mais recente (2019). Foram incluídas informações relacionadas a prevalência, óbitos e anos de vida vividos com incapacidade (YLDs) por DRC secundária a ambas as doenças entre os anos de 2017 a 2019. As análises do GBD foram concluídas com Python versão 2.7.14, Stata versão 13.1 e R versão 3.3.2. O código estatístico usado para estimativa do GBD está disponível publicamente online. Resultados: A prevalência geral de DRC no Brasil por diabetes superior entre as mulheres em todos os anos avaliados, com estimativas gerais de casos de 2.831.865, 2.915.412 e 2.997.735 nos anos de 2017, 2018 e 2019, respectivamente. A prevalência de casos de DRC por HA embora substancialmente menor comparado aos casos de DM2, manteve superior em todos os anos no sexo feminino, com percentuais gerais de 875.223 em 2017, 907.473 em 2018 e 942.265 em 2019. As estimativas de óbitos brutas e ajustadas, embora a prevalência constatada tenha sido maior nos casos relacionados a DM2, em todos os anos investigados, os óbitos foram superiores em casos relacionados a HA, com as seguintes estimativas brutas nos anos de 2017, 2018 e 2019, respectivamente, (HA: 10.933, 11.258 e 11.664; DM2: 9.715, 10.007 e 10.370) e padronizadas por 100.000 habitantes (HA: 5.13, 5.24 e 5.38 e DM2: 4.56, 4.66 e 4.79). Em todos os anos avaliados, os óbitos foram maiores entre os homens. No que tange aos YLDs, os seguintes percentuais foram identificados para os casos relacionados ao DM2 (20.86 em 2017, 21.5 em 2018 e 21.98 em 2019) e HA (21.41 em 2017, 21.93 em 2018 e 22.32 em 2019). Conclusão: No Brasil, os casos de DRC estiveram mais relacionados a preexistência de DM2. Mulheres, apresentam-se como grupo com maior prevalência de casos da doença, entretanto, o número de óbitos por DM2 é superior nos homens. Dessa forma, chama-se a atenção para estratégias e esforços voltados para à identificação precoce e prevenção de ambas as doenças, sobretudo a DM2. |
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COVID-19 E ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER NO PRÉ-PARTO E PARTO Autores: Aurora Tontini de Araujo | Ana Paula Contiero Toninato, Thainan Amadeu de Souza, Maria Aparecida Baggio, Rosane Meire Munhak da Silva, Adriana Zilly Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná Palavras-chave: Assistência materno-infantil; Avaliação do acesso e da qualidade da assistência à saúde; Pandemia. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3586 Resumo: Introdução: A pandemia de COVID-19 potencializou riscos à saúde materno-infantil. O agravamento da condição pandêmica impactou negativamente na atenção à gestante, parturiente e puérpera, repercutindo em casos de mortalidade materna, complicações gestacionais e prematuridade. Logo, analisar a atenção no pré-parto e parto torna-se relevante por contribuir na qualidade da assistência à saúde materna e infantil. Objetivo: Analisar a atenção à saúde da mulher no pré-parto e parto durante a pandemia da COVID-19 em uma Regional de Saúde de faixa de fronteira brasileira. Método: Estudo descritivo, analítico e transversal, realizado no Hospital Universitário do Oeste do Paraná da 10a regional de saúde do estado Paraná, no período de setembro-dezembro/2021, a partir da análise de prontuários eletrônicos e do cartão de saúde da gestante. Participaram da pesquisa 418 puérperas, hospitalizadas no alojamento conjunto, que atenderam aos critérios de inclusão. Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento estruturado, elaborado por enfermeiros-docentes, com expertise na área de pesquisas com a saúde materno-infantil, contendo variáveis relacionadas ao objeto em estudo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa brasileiro sob o parecer nº4.837.617. Resultados: Foram analisados os dados de 418 puérperas, sendo que, 417 (99,8%) realizaram o pré-natal, 285 (68,2%) apresentaram comorbidades e 168 (40,2%) algum tipo de intercorrência na gestação atual, 80 (19,1%) tinham COVID-19, resultando em 12 (2,9%) partos prematuro. A opção de parto foi respeitada para 259 (62%), sendo cesárea para 206 (49,3%). O Golden Hour foi realidade para 347 (83%) e o contato pele-campo/camisola foi oferecido à 5 (1,2%) puérperas. O clampeamento tardio de cordão ocorreu para 146 (34,9%) recém-nascidos e para 335 (80,1%) foi estimulado o aleitamento materno. Recomendações sobre o uso de máscara e distanciamento foi realizado para 329 (78,7%) e higiene da mãos para 412 (98,6%). Conclusão: O estudo demonstra a necessidade de estratégias para proporcionar a atenção qualificada concernente aos princípios do Sistema Único de Saúde e à rede de atenção à saúde materno-infantil, mesmo em condições de emergência, como a pandemia COVID-19. |
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FAMÍLIAS IMIGRANTES EM REGIÃO DE FRONTEIRA: O USO DE PRÁTICAS CULTURAIS PARA OS CUIDADOS DA SAÚDE Autores: Regiane Bezerra Campos | Eliana Gonçalves Coimbra, Andrea Ferreira Ouchi França, Helder Ferreira, Adriana Zilly, Rosane Meire Munhak da Silva Instituição: Universidade do Oeste do Paraná- Camous de Foz do Iguaçu Palavras-chave: Imigrantes; Prática Integral de Cuidados de Saúde; Terapias Complementares. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3606 Resumo: Introdução: As famílias imigrantes ao adentrar em um novo país buscam conservar práticas culturais para a manutenção dos cuidados com sua saúde, fortalecendo a tradição e significância no modo de viver. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever práticas culturais que influenciam os cuidados da saúde da família imigrante em município de tríplice fronteira. Método: Foi realizado um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, em Foz do Iguaçu, Brasil, município de tríplice fronteira, junto ao Paraguai e Argentina, em 2022. Foram conduzidas entrevistas com 15 famílias de nacionalidade cubana, venezuelana, haitiana e colombiana. Para a garantia do anonimato e apresentação dos resultados, realizou-se a codificação sendo F (família), e P (participante), seguidos por número arábico conforme sequência das entrevistas. Para a análise de dados elegeu-se a interpretação de sentidos. Resultados: As famílias participantes conservaram entre os seus costumes o uso de plantas medicinais para os cuidados da saúde, alegaram que a origem de muitos medicamentos está concentrada nas plantas: “muitos remédios de farmácia eles tiram de muitas plantas” (F4P1); contudo, alertaram que usar plantas diretamente poderá postergar o tratamento oportuno “[...] funciona, mas não tão rápido como a medicina de farmácia” (F4P2); desse modo, só as utilizaram em situações mais simples. Para manter sua saúde, relataram que a alimentação e a higiene pessoal são essenciais “alimentando-nos bem e ser limpo” (F4P3); mas quando se trata da saúde dos filhos, por serem mais frágeis, buscaram diretamente atendimento de saúde profissional: “[...] se for os filhos, a gente leva direto no médico” (F5P1). A busca por alternativas naturais, muitas vezes foi vinculada as condições vulneráveis que essas famílias experienciaram: “[...] eu não posso sustentar medicamento médico” (F8P1); “[...] se você não tem como pagar um medicamento, pode ajudar [...] colocando um medicamento natural para esperar você chegar ao médico, ou esperar você ter um dinheiro” (F9P1). Importante destacar que o resgate das práticas culturais foi realizado por famílias imigrantes quando as enfermidades foram consideradas brandas. Conclusões: A falta de recursos financeiros reforça o uso de chás, xaropes derivados de plantas cultivadas como primeira escolha das famílias. Essa prática é uma tradição cultural eficaz, contudo, o uso de plantas medicinais para prevenção ou tratamento de doenças precisa ser consciente e prudente. |
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A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA PREVENÇÃO DE INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: André Inácio da Silva | Aline Amenencia de Souza, Nadya Garcia de Oliveira, Beatris Truzzi Silva, Clayton Ferreira Mendonça, Simone Aparecida Galerani Mossini Instituição: Universidade Estadual de Maringá Palavras-chave: Promoção da Saúde; Saúde da População Rural; Exposição Ocupacional. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3624 Resumo: Introdução: A agricultura familiar apresenta relevância econômica para muitos municípios brasileiros. No entanto, quando o assunto é acesso à saúde, existem barreiras socioeconômicas e geográficas, que aumentam o risco à exposição a agrotóxicos. Objetivo: Relatar ações de saúde ofertadas a trabalhadores da agricultura familiar por uma equipe multiprofissional em cidades com baixo índice de desenvolvimento humano no norte do Paraná. Materiais e métodos: Estudo qualitativo, exploratório, baseado em um relato de experiência das ações promovidas aos agricultores familiares das cidades de Cafeara, Centenário do Sul e Guaraci, Paraná, por meio de um projeto extensionista, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Maringá, CAAE nº 65018017.7.0000.0104, parecer nº 6.209.432. Ações de: rodas de conversa, realização de exames físicos, laboratoriais, visitas às propriedades rurais e educação em saúde, ocorreram no 2º semestre de 2022. Resultados/Discussão: Um total de 87 participantes estabeleceram pela primeira vez contato com extensionistas e com o tema de manuseio seguro de agrotóxicos. Para observar e compreender a cultura de utilização dos agrotóxicos foram realizadas visitas domiciliares. Nelas observou-se que o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), manipulação e armazenamento dos agrotóxicos ocorriam de forma inadequada. Nesta experiência, o não uso dos EPIs, muitas vezes foi atribuído ao desconforto, bem como ao pouco conhecimento sobre o uso correto. Dessa forma, as ações abordaram a prevenção de intoxicações e de contaminação ambiental; orientações sobre os sintomas de intoxicações e importância da notificação de saúde. Ficou evidente que muitas das informações eram recém-adquiridas, contudo, percebeu-se o interesse dos agricultores. Os resultados dos exames foram entregues por profissionais da área da saúde de forma individual, orientando-os a procurarem atendimento médico quando necessário. Conclusão: As ações realizadas favorecem e simplificam o acesso desses trabalhadores aos serviços de saúde, já que reduz as barreiras geográficas e burocráticas de acesso. As atividades foram positivamente avaliadas pelos participantes, demonstrando que elas são capazes de provocar mudanças de hábitos através do acesso ao conhecimento e ao direito à saúde. Fica evidente a necessidade de mais intervenções e programas de saúde adaptados à realidade dos trabalhadores rurais dessa região. |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA: ODONTOLOGIA HOSPITALAR NA CAPACITAÇÃO EM HIGIENE BUCAL PARA OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Autores: Isadora Aparecida da Silva | Joyce Sayuri Yamada Leoncio, Luciene Yukari Morita, Amanda Taísa Gon da Silva, Ayla Thaís Ribeiro Lopes, Roberto Emanuel Bueno Ferreira Instituição: Universidade Norte do Paraná Palavras-chave: Saúde Bucal, Unidade Hospitalar de Odontologia, Equipe de Assistência ao Paciente Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3632 Resumo: A condição da saúde bucal reflete no estado geral do paciente internado, pois a cavidade oral é considerada porta de entrada para microrganismos patogênicos que causam infecções sistêmicas, como por exemplo a pneumonia, sendo esta uma infecção prevalente, de alto custo e com significante morbidade e mortalidade. A higiene bucal deficiente resulta no aumento da quantidade e complexidade do biofilme dentário, resultando na colonização da placa bacteriana pelos patógenos respiratórios. Segundo a Lei n. 7498 de 1986 do Conselho Federal de Enfermagem, dentre as atribuições da equipe de enfermagem está a higiene oral dos pacientes hospitalizados, porém muitas vezes é negligenciada e não é uma atribuição priorizada no dia a dia desses profissionais. Por vez, muitos desconhecem a importância, as técnicas de higiene oral ou possuem dificuldade de implementação na rotina. Assim, através de um trabalho multiprofissional, o papel do cirurgião-dentista é treinar e orientar a equipe de enfermagem sobre os protocolos e técnicas de higiene oral adequadas às limitações de cada paciente. Este trabalho tem o objetivo relatar a experiência do Serviço de Odontologia Hospitalar (OH) acerca dos treinamentos em saúde bucal para equipe de enfermagem, realizado no Hospital Universitário de Londrina/Paraná, na perspectiva da prática de higiene oral em pacientes hospitalizados. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por dentistas e acadêmicos atuantes na OH. Foi analisado neste relato o número de profissionais capacitados e as respectivas unidades atuantes, no período de outubro de 2022 à maio de 2023. As palestras de capacitação de higiene oral foram ministradas em três unidades distintas, nos diferentes turnos de trabalho e foram divididas na 1ª, 2ª e 3ª Semana da Odontologia Hospitalar. Observou-se que a grande maioria dos profissionais da equipe de enfermagem participaram das palestras. Foram capacitados ao todo 251 enfermeiros e técnicos de enfermagem, sendo 69 nas Unidades de Terapia Intensiva, 134 na Unidade de Pronto Socorro e 48 nas Unidades de Enfermarias. Dessa forma, é possível concluir que a presença do cirurgião dentista no ambiente hospitalar permite a assistência deste profissional de forma integrada a equipe multiprofissional, possibilitando a capacitação de recursos humanos para a prática da higiene oral segura e eficaz, consequentemente contribuindo para a melhora nos indícios de infecção e segurança do paciente. |
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INVESTIGAÇÃO DE ÓBITO NA REGIONAL DE SAÚDE: MITIGANDO INCONSISTÊNCIAS DOS DADOS Autores: Laiz Mangini Cicchelero | Franciele Rodrigues de Melo Instituição: Secretaria Estadual de Saúde do Paraná Palavras-chave: Declaração de Óbito; Investigação Epidemiológica; Declaração de Óbito (DO) Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3634 Resumo: Caracterização do problema: A Declaração de Óbito (DO) é um instrumento essencial para a construção dos planejamentos de saúde. Para tanto, são fundamentais o empenho e o compromisso da veracidade, da completude e da fidedignidade das informações registradas na DO, que é emitida pelo profissional médico. No Paraná, uma das vias da DO (branca) é encaminhada às vigilâncias municipais para digitação pelos codificadores, processo que exige conhecimento para aplicação das regras de codificação e a detecção de inconsistências no ato do preenchimento. Justificativa: a fim de mitigar inconsistências, a vigilância epidemiológica da 9ª Regional de Saúde (RS), em Foz do Iguaçu, faz uma revisão das DO e é apoiador em identificar e listar as não conformidades provenientes dos municípios. As solicitações de correção eram encaminhadas via e-mail e percebeu-se a morosidade para a finalização dos casos, e alguns casos, até o extravio de dados. Objetivo: organizar um fluxo a fim de dar celeridade ao processo, identificar falhas no preenchimento das DO monitoradas, rastrear as DO a partir do ano de 2022 e tabular as inconsistências encontradas, de modo a solicitar o ajuste. Descrição da experiência: foi idealizado e implantado um instrumento colaborativo e acessível aos municípios, planilha on-line, que traz as informações sobre a DO quanto ao local de ocorrência e residência e a não conformidade detectada pela 9ªRS após conferência, utilizando critérios de cores para distinguir as tarefas. Expõe as tarefas pendentes, as situações em investigação que dependem de maiores esclarecimentos para fechamento da causa básica, e as correções que foram executadas, com as devidas pendências finalizadas e transferidas para instância federal. Portanto, cada município é capaz de identificar suas fragilidades e se responsabiliza pelo ajuste dos dados necessários à finalização do documento, possibilitando também, através do uso desta ferramenta, a criação de um canal de discussões. Reflexão sobre a experiência e recomendações: houve boa adesão e a compilação dos dados, com visualização e edição simultânea, oportunizou a resolução de pendências e otimização do tempo gasto na atividade. Adicionalmente, foi possível desenvolver uma comunicação de caráter didático,com intuito de que o codificador retome os conceitos na tentativa de não repetir a inconsistência, visando a qualificação do banco de informações médicas e melhoria nos esclarecimentos e investigações de causas básicas. |
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INTEGRAÇÃO PARA O ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES: EXPERIÊNCIA DA 9ª REGIONAL DE SAÚDE (RS) Autores: Laiz Mangini Cicchelero | Franciele Rodrigues de Melo, Denize Fagundes Instituição: Secretaria Estadual de Saúde do Paraná - 9ª Regional de Saúde - Foz do Iguaçu Palavras-chave: Vigilância em Saúde Pública; Arbovírus; Apoio ao Planejamento em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3635 Resumo: Caracterização do problema: A situação epidemiológica das arboviroses é foco constante de campanhas e esforços da gestão pública, a fim de reduzir óbitos evitáveis, e impõe importante demanda à Saúde. Todavia, outros atores devem ser igualmente ativos no processo de enfrentamento, como a vigilância, gestão e comunicação, e a conscientização social. No Paraná, são analisados 5 eixos de atuação frente aos agravos: gestão e estrutura do programa, controle vetorial, organização do processo técnico, vigilância epidemiológica e sanitária, educação e comunicação. O arranjo do trabalho impacta na eficácia das ações. Justificativa: epidemias marcantes e consecutivas requerem atenção, estratégias/planos de ação e de contingência. Objetivos: sensibilizar as equipes de trabalho para integração e planejamento das ações a serem desenvolvidas; compreensão da relevância e aplicabilidade do plano de contingência. Descrição da experiência: visitas técnicas composta por agentes multissetoriais da 9ªRS, in loco, junto aos 9 municípios de abrangência, com os colaboradores que compõem a frente de atuação. Os municípios expuseram o processo de trabalho atual, as expectativas de organização para futuras epidemias, e as carências vivenciadas. Aplicação de um roteiro de supervisão por parte da 9ªRS, a fim de coletar dados para nortear intervenções e acompanhar ações de melhoria. Reflexão sobre a experiência: evidenciou-se o potencial de elencar ações integradas, tanto no cumprimento dos prazos de notificação, bem como no desencadeamento de ações de bloqueio nas primeiras 24 horas. Além disso, há vazios assistenciais quanto ao acompanhamento do paciente, e necessidade de melhorias no processo de educação em saúde e busca ativa do paciente. Em relação à vigilância ambiental, essencial para eliminação dos vetores e bloqueio, percebeu-se equipes reduzidas nos municípios e que, na vigência das epidemias, operam por demanda espontânea dos casos. Estimulou-se a reflexão de que um sistema com um plano de ação abrangente, alinhado e atuante, abranda a necessidade de acionar o plano de contingência. Recomendações: a discussão multissetorial identificou fragilidades e pôde fornecer subsídios para uma programação efetiva das atividades, destacando a inclusão do planejamento dos recursos (humanos, financeiros, insumos) necessários às ações. Possibilitou a troca de experiências e ratificou a importância do entrosamento no enfrentamento às arboviroses, almejando reduzir o impacto desses eventos. |
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ENVELHECIMENTO ATIVO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Jaqueline de Barros Morselli | Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba Palavras-chave: Idoso, atenção primária, sistema único de saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3637 Resumo: Caracterização do problema: Com o aumento da população idosa, surge a necessidade de serviços especializados para atender às suas necessidades, considerando as limitações que essa faixa etária pode apresentar. A reabilitação em idosos apresenta desafios únicos para os fisioterapeutas, devido às variações no processo de envelhecimento de cada indivíduo. Justificativa: Uma abordagem eficaz para lidar com esses desafios é a criação de grupos que promovam atividades de lazer, exercícios físicos, interação social, educação em saúde e autocuidado entre os idosos. Essa abordagem contribui para melhorar a saúde mental, social e física dos idosos, além de proporcionar a troca de experiências com profissionais de saúde e outros membros da terceira idade. Objetivo: Descrever a experiência de uma residente multiprofissional em Saúde da Família na coordenação de um grupo de exercícios funcionais para idosos em um Centro da Juventude na cidade de Curitiba. Descrição da Experiência: O grupo, intitulado "Envelhecimento Ativo," foi formado de maneira aberta, com os usuários sendo encaminhados após consultas individuais com fisioterapeutas nas unidades de saúde. As atividades em forma de circuito, ocorreram no Centro da Juventude, que oferecia um ambiente dinâmico e acolhedor, incluindo cadeiras e equipamentos de ginástica. As sessões foram realizadas uma vez por semana durante sete semanas, com continuidade até o momento atual. Reflexão sobre a Experiência: O modelo de reabilitação em grupo proporcionou um ambiente descontraído, permitindo que os participantes compartilhassem suas experiências pessoais, fortalecessem a musculatura, melhorassem a mobilidade articular e desenvolvessem habilidades corporais, como equilíbrio e coordenação. Os exercícios visavam reduzir a fraqueza muscular, aliviar dores e melhorar a funcionalidade. A participação ativa dos idosos foi notável, contribuindo não apenas para a redução dos déficits nos serviços de saúde pública e filas de espera para reabilitação, mas também para melhorar os aspectos psicossociais. As experiências e conhecimentos prévios da autora foram fundamentais para promover a saúde dos participantes. Recomendações: Recomenda-se continuar e expandir a implementação de grupos para idosos em outras unidades básicas de saúde, reconhecendo os benefícios do modelo de reabilitação em grupo. Esse enfoque não só melhora a assistência aos idosos, mas também promove a saúde coletiva e a qualidade de vida dessa população. |
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A PERSPECTIVA DE ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA EM SERVIÇO DE TELEATENDIMENTO PARA A CONDIÇÃO PÓS COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Elis Carolina Pacheco | Ana Flávia Cristo Krepki, Bianca Marashi Pereira, Thayná Alissa Justus, Thamiris de Fatima Fontana, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Cirurgião-dentista; Sistema de Vigilância em Saúde; Vigilância em Saúde Pública; Teleodontologia; Tecnologias da Informação Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3650 Resumo: Caracterização do problema: Com o advento da pandemia da COVID-19, inúmeros profissionais de saúde tiveram suas funções reorganizadas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e o teleatendimento foi uma alternativa encontrada durante o período pandêmico mais crítico. Após a fase aguda da doença, uma nova enfermidade, chamada de condição pós COVID-19 vem sendo uma problemática que merece atenção no âmbito da Vigilância em Saúde. Justificativa: A saúde bucal também faz parte da integralidade do bem estar. A sanção da lei nº 8131/2017 de Política Nacional de Saúde Bucal incluída em maio de 2023 na lei Orgânica da Saúde, corrobora a relevância da disponibilidade do atendimento odontológico no SUS. Dada a importância do acadêmico de odontologia relacionar as vias sistêmicas às condições bucais em um momento pandêmico pós emergencial, realizou-se um inquérito telefônico investigando manifestações bucais e sistêmicas da condição pós COVID-19. Objetivos: Explanar a vivência de acadêmicos de odontologia em um serviço de teleatendimento à população que teve COVID-19 aguda, investigando a presença de sintomas crônicos da doença. Descrição da experiência: Em um call-center na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), entrevistas telefônicas têm sido aplicadas por acadêmicos de odontologia na população de Ponta Grossa (PR) que testou PCR positivo para COVID-19 nos anos de 2020/2021. São coletados dados sociodemográficos, de hábitos de vida e condições de saúde. A partir do preenchimento de um questionário estruturado em plataforma virtual, os dados trazem a prevalência de sintomas da condição pós-COVID-19 e auxiliarão as equipes de saúde no gerenciamento da doença. Reflexão sobre a experiência: Além de auxiliar os serviços de Vigilância em Saúde e gestão, ao ouvir relatos e realizar a escuta ativa, foi possível realizar esclarecimentos de dúvidas da população. Adentrando em uma nova realidade na forma de comunicação, atuar no teleatendimento traz diversos desafios e aprendizados, e evidencia a importância da empatia, paciência e adaptabilidade para lidar com diversos perfis de entrevistados. Recomendações: A experiência no teleatendimento é recomendada, o aluno de graduação desenvolve melhores habilidades de comunicação, resiliência, vivencia a coleta de dados em pesquisa por inquérito telefônico, e aproxima o conhecimento acadêmico e científico da comunidade em geral. |
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BOCA SECA AUTORREFERIDA COMO SINTOMATOLOGIAS DA CONDIÇÃO PÓS COVID-19 Autores: Leticia Simeoni Avais | Elis Carolina Pacheco, Bianca Maraschi Pereira, Ana Flávia Cristo Krepki, Carlos Eduardo Coradassi, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Secura da Boca; Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Vacinação Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3659 Resumo: Introdução: A condição pós COVID-19 é definida pela Organização Mundial da Saúde como sinais e sintomas novos ou persistentes, por mais de 3 meses em indivíduos que tiveram a COVID-19 aguda. Entre esses sintomas, a sensação de boca seca é relatada. Objetivo: Analisar a frequência de boca seca na condição pós COVID-19 em amostra populacional com PCR positivo para SARS-CoV-2. Método: Estudo epidemiológico transversal. O inquérito telefônico foi realizado com auxílio de um questionário estruturado na cidade de Ponta Grossa (PR), com a população que testou PCR positivo para COVID-19 nos anos de 2020/2021. As variáveis coletadas incluíram informações sociodemográficas, teste PCR da COVID-19, esquema vacinal e sintomas bucais da condição pós COVID-19. Foram realizadas estatísticas descritivas e análise de associação com o teste qui-quadrado (p<0,05 e IC 95%). Resultados: Entre abril e setembro de 2023 foram entrevistadas 1577 pessoas, 83,9% (n=1323) responderam completamente a entrevista. Na população entrevistada, 27% (n=351) relataram boca seca como uma manifestação pós COVID-19. A idade média dos participantes com o sintoma foi de 48 anos. A prevalência da sensação de boca seca foi de 34% nas mulheres e 14% nos homens (p=0,000). Não foi encontrada associação entre a vacinação para a COVID-19 e a boca seca como sintoma da condição pós COVID-19 (p=0,163). Sobre o estado de saúde, 73% dos participantes que relataram boca seca consideraram seu estado de saúde atual como regular, ruim ou muito ruim (p=0,000). Um terço dos participantes com a sintomatologia autorrelataram limitações nas atividades diárias após a COVID-19 (p=0,000). Conclusão: A elevada prevalência da sensação de boca seca nos entrevistados, reafirma a sintomatologia como uma manifestação presente na condição pós COVID-19. Ser vacinado contra a COVID-19 não parece piorar nem melhorar o aparecimento dos sintomas da condição pós COVID-19. A boca seca parece influenciar de forma negativa a qualidade de vida dos entrevistados. |
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ADESÃO A VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM USUÁRIOS DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA-PR E FATORES ASSOCIADOS Autores: Thais Marques Pançan | Erildo Vicente Muller, Pollyana Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Papilomavirus humano; Câncer de colo uterino; vacinação Formato: -1 Cód.Resumo: 3664 Resumo: Introdução: A infecção pelo Papiloma Vírus Humano é a infecção sexualmente transmissível mais prevalente no mundo. Os vírus dessa família, abrigam importantes carcinógenos humanos. A vacina contra o HPV é uma das intervenções mais efetivas para prevenção dos agravos associados a infecção pelo HPV. No Brasil, a vacinação contra o HPV foi incorporada ao Programa Nacional de Imunização em 2014. Apesar de comprovada eficácia e segurança da vacina, a adesão está abaixo da meta preconizada. Objetivos: Avaliar a adesão à vacina contra o HPV de crianças e adolescentes elegíveis para a vacinação nas Unidades Básicas de Saúde do município de Ponta Grossa-PR e fatores associados. Metodologia: Estudo observacional transversal, do tipo inquérito com coleta de dados por meio de entrevistas com pais de crianças e adolescentes de 10 unidades básicas de saúde do município de Ponta Grossa/PR elegíveis a vacinação contra o HPV entre 2017- 2022. O formulário abrangeu perfil socioeconômico, conhecimento sobre o HPV e sua vacina, adesão e barreiras a vacinação contra o HPV. Resultados: Foram realizados um total de 412 entrevistas. A adesão ao esquema completo da vacina (2 e 3 doses) foi de 50,58% entre as meninas, e de 45,98% entre os meninos. A adesão a uma única dose da vacina foi próximo a 80%. Houve associação entre faixa etária, sexo e escolaridade do informante e o desfecho. Os participantes que tinham maior conhecimento sobre o HPV e sua vacina, tiveram maiores índices de vacinação. A maioria dos entrevistados acredita que a vacina é segura e que a vacinação contra o HPV não estimularia o início da atividade sexual precoce. Dentre os entrevistados 93,2% relataram que a vacinação do HPV seria facilitada se realizada nas escolas e 83,74% que falta maior divulgação de informações sobre o HPV. Conclusão: A adesão ao esquema completo da vacina contra o HPV entre meninos e meninas no município de Ponta Grossa/PR está abaixo da meta estabelecida e abaixo das taxas encontradas no estado do Paraná.Fatores como falta de conhecimento, especialmente em relação à associação entre o HPV e o câncer cervical, e preocupações com a segurança da vacina, podem contribuir para as taxas de vacinação mais baixas. Estratégias para melhorar a cobertura vacinal devem se concentrar em aumentar a conscientização, fornecer informações precisas e aproveitar as escolas e os profissionais de saúde para promover e administrar a vacina de forma eficaz e, assim, reduzir o impacto do vírus na saúde pública |
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ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO HOSPITAL DO IDOSO: INTERVENÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO Autores: Jeferson Bueno de Lima Souza | Ana Karoline Nitz, Rosane Kraus, Dayse The Pereira, Cintia Mara Ribeiro, Michele Ioris Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns Palavras-chave: higienização; adesão; mãos Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3667 Resumo: A higienização das mãos é uma medida primária no controle de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)¹, uma medida simples, por vezes negligenciada, que tem enorme capacidade de evitar o risco de IRAS². OBJETIVO Analisar os resultados da intervenção de um grupo de trabalho sobre higienização de mãos no quantitativo de observações e na taxa de adesão à higienização das mãos da equipe de saúde no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns. MÉTODO Criou-se um grupo de trabalho com profissionais assistenciais de diferentes setores e categorias em abril de 2022. Realizou-se o primeiro PDCA (Plan, Do, Check, Act) ³ e definida a meta desejada pela organização com a taxa de adesão de 80%. Os momentos de higienização seguiram as Diretrizes da Organização Mundial de Saúde: antes de tocar o paciente; antes de realizar procedimento; após o risco de exposição a fluidos corporais; após tocar o paciente e após tocar superfícies próximas ao paciente. As ações direcionadas pelo PDCA foram trabalhadas junto a Educação Permanente e orientações in loco e, mensalmente, realizaram-se auditorias por meio do Google Forms. RESULTADOS No mês inicial de implantação do projeto ocorreram 228 oportunidades avaliadas, com a taxa de adesão de 63%, no mês subsequente ocorreu um aumento de 69% (n=386) nas avaliações e queda da taxa de adesão para 51%. Após 12 meses do projeto, observou-se uma melhora sustentada do número de observações e taxa de adesão, observando-se em abril de 2023 um total de 489 observações com taxa de adesão 85%. Taxa de Adesão a Higienização das Mãos Hospital Municipal do Idoso 2022/2023.Cutiba, Paraná, 2023. CONCLUSÃO O grupo de trabalho sobre higienização de mãos é uma estratégia eficaz na adesão da Unidade à Meta 5 do Núcleo de Segurança do Paciente. A estratégia utilizada de PDCA, educação permanente e auditorias in loco são importantes para identificação de oportunidades de melhoria e qualidade do atendimento aos idosos hospitalizados. CONTRIBUIÇÕES OU IMPLICACÕES PARA A ENFERMAGEM A estratégia de educação permanente de higienização das mãos desenvolvida pelo grupo de trabalho é fundamental para a conscientização e adesão da equipe de saúde sobre o controle de colonização cruzada de pacientes, desenvolvimento de infeções relacionadas à saúde, e a diminuição das chances de resistência de multirresistentes no hospital |
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ESTRESSE OCUPACIONAL NO PRIMEIRO ANO DA PANDEMIA DA COVID-19 ENTRE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO SETOR PRIVADO DO ESTADO DO PARANÁ Autores: Elis Carolina Pacheco | Letícia Simeoni Avais, Manoelito Ferreira Silva Junior, Rafael Gomes Ditterich, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges, Márcia Helena Baldani Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: COVID-19; Assistência Ambulatorial; Setor Privado; Estresse Ocupacional; Dentistas Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3671 Resumo: Introdução: A pandemia da COVID-19 afetou de inúmeras formas a saúde da população. A atuação de cirurgiões-dentistas passou por um momento delicado, considerando os fatores pessoais, socioeconômicos e o estresse ocupacional relacionado ao contexto pandêmico. Objetivo: Analisar os fatores individuais e organizacionais associados ao estresse ocupacional no primeiro ano da pandemia da COVID-19, entre cirurgiões-dentistas atuantes nos serviços odontológicos ambulatoriais do setor privado no estado do Paraná. Metodologia: Estudo transversal do tipo websurvey, cujos dados foram obtidos entre agosto e outubro de 2020 por meio de formulário inédito e pré-testado, que foi enviado por e-mail pelo Conselho Regional de Odontologia e divulgado em redes sociais. Questões relacionadas à biossegurança e processo de trabalho tiveram respostas em escala do tipo Likert de frequência. A percepção de estar esclarecido e seguro para trabalhar, e de sentir-se ansioso e preocupado ao atender pacientes, com resposta em escala do tipo Likert de concordância, compuseram as variáveis dependentes, como proxy do estresse ocupacional. Segundo modelo teórico explicativo, as variáveis independentes foram: fatores individuais (sociodemográficos), organizacionais e extraorganizacionais (relacionados ao trabalho). Os dados foram analisados por regressão logística bi e multivariada (p<0,05). Resultados: Foram incluídos 384 profissionais. Houve maior participação do gênero feminino (74,7%), de até 39 anos (51,0%), que havia concluído sua formação profissional há mais de 10 anos (60,7%). A análise multivariada mostrou maiores chances de referir insegurança e despreparo para trabalhar na pandemia entre as mulheres, mais jovens, que não receberam orientações no local de trabalho quanto às medidas de prevenção e controle da COVID-19 e que “quase nunca/nunca” realizavam a desparamentação seguindo a sequência recomendada na Nota Técnica ANVISA 04/2020. Os profissionais mais jovens, que “quase nunca/nunca” participaram da tomada de decisões sobre o processo de trabalho na pandemia, e que “às vezes” realizavam procedimentos odontológicos a quatro mãos, tiveram maiores chances de se sentirem ansiosos e preocupados para trabalhar. Conclusões: Fatores individuais, como gênero e idade, e organizacionais relacionados ao trabalho e à biossegurança, foram associados ao estresse ocupacional entre cirurgiões-dentistas do setor privado no primeiro ano da pandemia. |
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AÇÕES PREVENTIVAS REALIZADAS POR ENFERMEIROS DE UM CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA NA HEMOTRANSFUSÃO PARA PREVENÇÃO DE REAÇÕES TRANSFUSIONAIS IMEDIATAS Autores: Sabrina Sara Aparecida dos Santos | Tatiane Moro Pereira, Vanessa Bertoglio Comasseto Antunes de Oliveira, Ana Beatriz Mattozo Amorin, Viviane Gisele de Souza, Junio César da Silva Instituição: Residência Uniprofissional em Enfermagem em Urgência e Emergência SMS Curitiba/ FEAS Palavras-chave: Enfermeiras e Enfermeiros; Centro de Terapia Intensiva; Reação Transfusional Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3704 Resumo: Caracterização do problema: Percebe-se o aumento das hemotransfusões e sua prevalência no setor de terapia intensiva, bem como a predominância na ocorrência de reações transfusionais (RT) imediatas em decorrência das tardias, exigindo do profissional enfermeiro ações para prevenção. Justificativa: A RT imediata pode gerar consequências graves prejudicando a evolução clínica do paciente, ocasionando mais gastos com procedimentos que podem levar ao aumento da sua morbimortalidade. Objetivos: Descrever ações preventivas de RT imediata realizadas por enfermeiros na hemotransfusão de um Centro de Terapia Intensiva (CTI). Descrição da experiência: Durante a estadia no setor de terapia intensiva, observou-se grande necessidade de hemotransfusão para melhora clínica de pacientes críticos, além de identificar o protagonismo do enfermeiro em todo processo. São realizadas ações preventivas de acordo com a legislação vigente e protocolos institucionais para minimizar riscos de RT imediata como é o caso de verificação da identificação do receptor no rótulo da bolsa, validade, inspeção visual da bolsa, dupla checagem; sinais vitais antes, durante e após a transfusão; início de infusão com gotejamento lento, permanecendo à beira leito 15 minutos após a instalação e atentando-se para as condições que podem mascarar as RTs como a clínica do paciente, sedação, drogas vasoativas, ventilação mecânica e demais situações. Qualquer sinal de reação adversa é interrompida imediatamente a infusão, comunicando o médico plantonista e Serviço Transfusional. Ao final são descartados adequadamente os materiais e registradas todas as atividades, observando alterações nas próximas 24 horas. Reflexão sobre a experiência: o enfermeiro é protagonista na segurança transfusional, conhecendo suas indicações, prevenindo erros, detectando, notificando e atendendo as RT. O reconhecimento dessas complicações poderão reverter o quadro do paciente em tempo oportuno, diminuindo riscos ao indivíduo. Recomendações: devem-se aperfeiçoar os conhecimentos e habilidades, conhecer a legislação vigente e protocolos institucionais, possibilitando mais autonomia e raciocínio crítico. Apesar de algumas reações serem inevitáveis, parte delas podem ser prevenidas com todo o arsenal de conhecimentos prévios com ações preventivas e reconhecimento rápido da RT imediatas, sendo capaz de ser controlada, evitando prejuízos ao paciente. |
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TECNOLOGIAS EM CURATIVOS PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA Autores: Regiane Bezerra Campos | Dayana Zamora Calderon, Adriana Zilly, Rosane Meire Munhak da Silva, Helder Ferreira, Oscar Kenji Nihei Instituição: Universidade do Oeste do Paraná- Camous de Foz do Iguaçu Palavras-chave: Enfermagem; Ferimentos e Lesões; Curativos Oclusivos; Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3713 Resumo: Introdução: As feridas crônicas são lesões descontinuadas na pele, que surgem devido a patologias latentes que causam sepses e fatores físicos e/ou térmicos, caracterizadas por recuperação de ação lenta, com probabilidade de estagnação e piora no quadro. No contexto do tratamento de feridas crônicas, o portador se vê forçado a conviver com a lesão afetando desde o seu estilo de vida, relações interpessoais e até sua autoestima, sendo fundamental a assistência holística e tratamento individualizado ao usuário dos serviços de saúde com ferida crônica, considerando que o tratamento envolve diferentes tecnologias em curativos. Objetivo: Identificar as principais tecnologias em curativos utilizadas para o tratamento de feridas crônicas no Brasil. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura a partir de estudos primários sobre tecnologias em curativos para tratamento de feridas crônicas, publicados nos idiomas espanhol, inglês e português, compreendidos no período de junho de 2017 a junho de 2020, open acess, originário no Brasil, com descritores controlados. Utilizou-se a estratégia PICo para a elaboração da questão norteadora . As buscas foram realizadas nas bases de dados: MEDLINE, LILACS E BDENF em julho de 2022 e exportados no formato RIS para o aplicativo Rayyan Qcri, para a seleção dos estudos. Resultados: De acordo com a estratégia de busca, foram encontrados nas bases indicadas 55 artigos; após a leitura dos títulos e resumos restaram 26 artigos, foi realizada a leitura na íntegra dos mesmos e ao aplicar-se os critérios de inclusão e exclusão, foram excluídos 23 artigos e foram selecionados três para análise final. Observou-se que as principais coberturas/curativos utilizados foram a base de hidrogel. Houve especialmente um destaque ao tratamento de hidrogel à base de bipolímeros, também conhecido como celulose bacteriana, sinalizada como umas das coberturas modernas utilizadas na atualidade. Considerações finais: Nos últimos 5 anos, o aumento da tendência do uso de curativos a base de hidrogel quando comparado ao uso do ácido graxo essencial (comumente disponibilizados nos serviços de saúde). Destaca-se o protagonismo da enfermagem em relação ao cuidado e o interesse de pesquisadores na busca de alternativas novas tecnologias em curativos. |
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ABORDAGEM TERAPÊUTICA COM FOTOBIOMODULAÇÃO DE BAIXA INTENSIDADE NOS TRAUMAS MAMILARES DECORRENTES DA AMAMENTAÇÃO. Autores: Tacyana Schmidt Cantuária | Erildo Vicente Muller , Georgiana do Nascimento Feitosa, Marcela Novak Gumy, Guilherme Augusto Buss Tupich, Aline Kloster da Silva Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Fotobiomodulação; Traumas Mamilares; Aleitamento Materno. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3739 Resumo: Caraterização do Problema: Entre as diversas dificuldades em manter o aleitamento materno exclusivo estão os traumas mamilares e a dor ao amamentar. O trauma mamilar é a principal causa de desmame precoce o qual traz enormes prejuízos a saúde materna e infantil. Justificativa: As orientações adequadas no período puerperal irá impactar diretamente no sucesso da prática no aleitamento materno que otimiza a sobrevivência, a saúde e o bem estar da mãe e do bebê. A abordagem terapêutica dos traumas mamilares incluem a fotobiomodulação de baixa intensidade, é uma técnica com aplicação de luz capaz de induzir o metabolismo celular e produzir efeitos de analgesia e regeneração tecidual, e desta maneira diminui as chances do desmame precoce. Objetivos: Relatar uma experiência exitosa com trauma mamilar acompanhado de dor, com tratamento através do protocolo de fotobiomodulação de baixa intensidade e seus resultados. Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, realizado no mês de julho/ 2023 com primigesta de 32 anos que procurou consultoria de aleitamento materno, devido a queixa de trauma e dor mamilar após ter iniciado a amamentação há três dias. Durante o exame fisico foi confirmado a presença de fissuras no mamilo direito e dor acentuada no mamilo esquerdo. Inicialmente oriento posicionamento, pega correta e como realizar extração manual de leite. O aparelho utilizado foi Omnia Laseracupuntura, com o protocolo de luz visível (VIS), com corrente continua (CW) de 2 J (joule), a aplicação sucede com espaçamentos de 1 ( um) centímetro em toda a aréola , repetir o ciclo duas vezes. Após a aplicação a paciente relata menor intensidade da percepção da dor imediata e pós aplicação. Foram realizadas visitas a cada três dias com orientações a amamentação e aplicação de fotobiomodulação. Após três aplicações na aréola a área apresentava-se totalmente cicatrizada, com alivio total das dores. Reflexão sobre a Experiência: O presente estudo mostra o efeito significativo no alivio da dor no mamilo e em relação ao processo de cicatrização das lesões mamilares, o laser de baixa intensidade é um instrumento eficaz para o tratamento clínico dos traumas mamilares, proporcionando alívio prolongado e fortalecimento da amamentação exclusiva. Recomendações: A fotobiomodulação de baixa intensidade mostra-se importante nas Estratégias de Saúde no aleitamento exclusivo. |
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O USO DA MINERAÇÃO DE DADOS PARA A DESCOBERTA DE PADRÕES (CLASSIFICADORES) RELACIONADOS À PREMATURIDADE EM CURITIBA Autores: Juliana Schaia Rocha | ANDRÉ VINÍCIUS ZICKA SCHMIDT, ARIANNY DE MACEDO BRONDANI, MÁRCIA HELENA BALDANI, RENATA IANI WERNECK, DEBORAH RIBEIRO CARVALHO Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ Palavras-chave: Prematuridade, Inteligência Artificial, Sistema de Informação em Saúde Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3753 Resumo: Introdução: A mineração de dados pode ajudar na investigação de padrões relacionados à prematuridade em Curitiba, tendo em vista que ela está em tendência de aumento. O impacto psicológico, social e financeiro do nascimento prematuro para as famílias e para os serviços de saúde tem pautado pesquisas para prevenir a prematuridade como componente da estratégia global para reduzir mortalidade infantil. Objetivo: Identificar padrões relacionados à prematuridade, em gestantes de Curitiba-Paraná, por meio da descoberta de classificadores (mineração de dados). Materiais e Métodos: Este estudo está vinculado ao estudo de Coorte de Saúde Materno Infantil de Curitiba (COOSMIC) Para a descoberta de classificadores, foram utilizados conjuntos de dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) dos anos de 2013 a 2021 (ano inicial de 2013 escolhido devido a uma homogeneização das variáveis disponíveis decorrente da atualização do SINASC em 2013), com relação a gestantes que tiveram seus filhos nascidos em Curitiba. Foram aplicadas técnicas de machine learning algoritmo JRip disponível no WEKA e Python 3 (bibliotecas CatBoost e SHAP) para visualização das variáveis mais fortemente relacionadas. Resultados/Discussão: Em todos os anos analisados, o número de consultas pré-natal se manteve como a variável mais fortemente relacionada à prematuridade. Para os anos de 2013, 2014 e 2015, a gravidez ser induzida ou não foi a segunda variável mais fortemente relacionada. Enquanto para todos os anos seguintes (com exceção de 2019, onde foi a idade da mãe) a gravidez ser múltipla ocupou essa posição. As variáveis mais fortemente encontradas neste estudo já são relatadas na literatura como fator de risco à prematuridade e devem ser monitoradas. As técnicas de machine learning apresentam um grande potencial de aplicação em diversas áreas, incluindo a de saúde, o foco deste projeto. Conclusões: Foi encontrada uma forte relação entre a prematuridade e o número de consultas pré-natal, sendo que um número menor de consultas contribui positivamente para a ocorrência de prematuridade. A gravidez múltipla também apresentou uma forte influência na prematuridade, com um número maior de filhos na gravidez aumentando a chance de ocorrência. |
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SAÚDE BUCAL NA TERCEIRA IDADE: UM OLHAR PARA A CIDADE AMIGA DO IDOSO Autores: Fabíola Marcela Mantine | Juliana Pomini, Paulo Christino Neto, Vânia Cristina da Silva Alcantara , Valéria Cristina Almeida de Azevedo Barbosa Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina Palavras-chave: idoso; promoção da saúde; saúde bucal Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3754 Resumo: Considerando que a promoção da saúde é uma das estratégias para buscar a melhoria da qualidade de vida da população, e ainda com base na Lei Municipal de Londrina nº 12.852, de 17 de abril de 2019, que institui o Abril Branco como mês da Conscientização da Saúde Bucal, observou-se a necessidade da definição de temáticas para as atividades alusivas a este mês. Tendo em vista o envelhecimento da população e o movimento municipal em direção ao programa Cidade Amiga do Idoso, percebeu-se que a promoção da saúde bucal na terceira idade deveria ser discutida em 2023. Em virtude do aumento da expectativa de vida, a atenção aos idosos é uma necessidade real do SUS e, consequentemente, há uma exponencial probabilidade de utilização de seus serviços odontológicos. Conforme a população envelhece, as condições de saúde bucal do indivíduo são um reflexo da sua condição de vida e do acesso à odontologia. A falta de cuidados bucais adequados nesses pacientes pode levar a graves complicações de ordem sistêmica e local. E a senilidade pode provocar falta de consciência por parte do idoso para identificar sinais de alerta bucais, o que faz com que os envolvidos em seus cuidados tenham esclarecimentos sobre estes sinais, de forma a providenciarem o seu encaminhamento para avaliação do dentista. A informação e a orientação são peças-chave nas ações odontológicas de prevenção e devem ser extensivas a todos na equipe interdisciplinar. Assim, os idosos, familiares, cuidadores e toda a equipe devem estar cientes dos potenciais problemas odontológicos no idoso e da importância da higiene bucal diária. O serviço público municipal de odontologia promoveu, durante o mês de abril de 2023, atividades com o tema: “Saúde Bucal na Terceira Idade”. A gestão norteou a temática, e cada equipe de saúde bucal programou suas ações diante de seu contexto local, desenvolvendo palestras, rodas de conversa e avaliações da saúde bucal, em grupos das Unidades Básicas de Saúde, Instituições de Longa Permanência para Idosos, empresas, entre outros. A maioria dos serviços de saúde continua se preocupando com tratar doenças, portanto, perdem a oportunidade de alcançar possíveis ganhos que poderiam obter ao ampliar a sua função no sentido de incluir a promoção e manutenção da saúde e prevenção das doenças. Estas despertam nos atores envolvidos o seguimento às necessidades observadas e reorganizam processos de trabalho. |
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APLICAÇÃO DE TRIAGEM FONOAUDIOLÓGICA PARA RISCO DE DISFAGIA EM UM HOSPITAL MUNICIPAL REFERÊNCIA EM ATENDIMENTO A PESSOA IDOSA Autores: Larissa Giovanna da Silva Leite | Bruna Coladith Barboza, Ana Lídia Emerick Rosa, Isabel de Lima Zanata, Paloma Alves Miquilussi Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Saúde do Idoso; Transtorno de Deglutição; Programas de Rastreamento Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3756 Resumo: Caracterização do problema: A disfagia é uma condição clínica de alta prevalência em pessoas idosas e frequentemente associada a complicações como desnutrição, desidratação, pneumonias por aspiração e morbimortalidade. Apesar disso, permanece sendo subdiagnosticada ou constatada apenas em momentos avançados, resultando em maior risco ao paciente, taxa de readmissão e custo hospitalar. Justificativa: A população idosa é mais suscetível à disfagia devido às alterações anatomofisiológicas do processo de envelhecimento que impactam diretamente na dinâmica da deglutição e que, quando associadas a doenças, podem comprometer a segurança e a eficácia dessa função. Instrumentos de triagem de risco para disfagia podem auxiliar na identificação e na intervenção precoce, reduzindo a gravidade do quadro e possíveis complicações. No entanto, ainda são escassas as ferramentas validadas para tal finalidade. Objetivos: Relatar a experiência da aplicação de um instrumento adaptado de triagem fonoaudiológica para risco de disfagia de um hospital municipal referência em atendimento à pessoa idosa. Experiência: Tendo em vista o público-alvo do serviço e a prevalência de disfagia nessa população, foi observada a necessidade de iniciar triagem fonoaudiológica para risco de disfagia. O fluxo da triagem partiu da sua aplicação pela Equipe de Fonoaudiologia em pacientes acima de 60 anos nas enfermarias e, quando verificada a necessidade, imediata avaliação. A partir dessa avaliação é realizada adequação de consistência e instrumentalização do paciente ou do acompanhante, bem como o repasse das condutas à equipe hospitalar. Reflexão: A inserção da triagem fonoaudiológica na rotina das enfermarias propiciou intervenção precoce, reduzindo riscos relacionados à broncoaspiração a partir da identificação das demandas e adequação da consistência mais segura ao paciente. Recomendações: Considerando o aumento significativo de pessoas idosas na última década e as projeções para os próximos anos, é imperativa a inserção da rotina de triagem de risco para disfagia nos diferentes níveis de atenção à saúde, em especial nos serviços geriátricos e hospitalares. |
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TABAGISMO ENTRE JOVENS: PREVALÊNCIAS E PERCEPÇÕES SOBRE O IMPACTO NA SAÚDE BUCAL. Autores: Dayane Mazzochin | Daniele Mazzochin , Ana Caroline Pereira Picarski , Alessandra de Lima Instituição: Unicesumar campus: Londrina Palavras-chave: tabaco; pesquisa; prevenção Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3757 Resumo: RESUMO Introdução: A adolescência e juventude são fases marcadas por busca de conhecimento, experimentação, resistência aos valores adultos e, atualmente, influência das redes sociais (ARAÚJO AJ, 2010). O tabagismo, que teve origem nas cerimônias indígenas e se espalhou pela Europa, é agora um sério problema de saúde global (LORKIEVEZ D, et al., 2016). O cigarro eletrônico (CE) ganhou popularidade entre os jovens, apesar da proibição da ANVISA no Brasil (KNORTS et al., 2014). Cerca de 1 em 5 jovens entre 13 e 17 anos fumam cigarros convencionais, CE ou narguilé (INCA, 2021). Segundo a Associação Médica Brasileira (2022) a nicotina é responsável pela dependência em todas essas formas de tabaco, além de causar inúmeras doenças, incluindo problemas bucais e câncer de boca. Objetivo: O objetivo central desta pesquisa é analisar a prevalência do tabagismo entre os jovens que recebem atendimento da Guarda Mirim de Londrina, investigando suas percepções acerca das formas de consumo e compreendendo o impacto do tabaco na saúde bucal da população em questão. Método: A pesquisa adota uma abordagem quantitativa, usando questionários para coletar percepções e avaliar a prevalência do tabagismo entre jovens. Os dados obtidos serão minuciosamente analisados, com expectativa de identificar os fatores que exercem influência sobre o consumo de tabaco nessa faixa etária, mapear o tipo predominante de consumo entre essa população e aferir o nível de conhecimento que detêm sobre as correlações entre tabagismo e doenças bucais. RESULTADOS ESPERADOS: Os resultados obtidos na presente pesquisa em andamento, serão de extrema relevância para a comunidade em geral, especialmente para profissionais da saúde, educadores e pesquisadores, pois irão fornecer informações atuais sobre a situação do tabagismo entre os jovens e suas principais motivações. Com base nos dados que estão sendo coletados, será possível direcionar políticas e estratégias de prevenção mais eficazes para redução do hábito de fumar na população dessa faixa etária. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados obtidos na presente pesquisa em andamento, serão de extrema relevância para profissionais de saúde, educadores e pesquisadores, fornecendo dados atualizados sobre o tabagismo entre jovens e suas motivações. Esses resultados orientarão políticas de prevenção mais eficazes para combater o tabagismo nessa faixa etária. |
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PERCEPÇÃO DA PESSOA IDOSA HOSPITALIZADA SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Autores: Gabriela Milczewski | Michele Ioris, Camilla Ferreira de Lima, Adrieli Aparecida Simões de Oliveira, Ana Karoline da Costa da Silva Instituição: FEAS Palavras-chave: Sexualidade; Envelhecimento; Conhecimento; Infecções Sexualmente Transmissíveis Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3768 Resumo: Introdução: A Sexualidade da pessoa idosa está cercada de tabus e preconceitos, pois culturalmente ainda existe repressão social e familiar desse assunto frente à essa população. A temática, portanto, deve ser tratada com naturalidade, assim são evitados diversos transtornos, inclusive comportamentos de risco e a exposição a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), (DE LIMA 2020). As ISTs têm afetado a saúde das pessoas idosas, principalmente pela ausência do uso de preservativo. De acordo com dados do Boletim Epidemiológico HIV/Aids de 2018, do Ministério da Saúde, o número de casos de HIV entre pessoas acima dos 60 anos aumentou 81% entre 2006 e 2017, sendo que as taxas aumentaram tanto para homens quanto para mulheres. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Objetivo: Analisar a percepção da pessoa idosa sobre as IST´s no ambiente hospitalar. Método: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, e análise descritiva.. Resultados: Foram entregues 44 convites com informações sobre objetivo do estudo. As pessoas idosas que demonstraram interesse, foi aplicado o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) n° 68472123.2.0000.0101 elegidas conforme os critérios de inclusão e exclusão. Foram acompanhados até um local privativo e confortável, onde foi realizada a entrevista com seis perguntas abertas sobre a sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis, a amostra foi composta por 10 pessoas idosas, sendo sete (70%) homem e três (30%) mulheres. As entrevistas foram gravadas e transcritas pelas pesquisadoras. Os dados mostraram que os homens se sentiram mais confortáveis em responder as perguntas em relação às mulheres, 50% dos participantes desconheciam métodos de prevenção de IST´s. Conclusões: Na pesquisa realizada observou que é necessário promover educação em saúde e incluir a abordagem da sexualidade nos ambientes de atenção à saúde, ampliando também a capacitação dos profissionais para esta abordagem. Assim pode-se desmistificar e desconstruir estereótipos acerca do assunto, promovendo saúde, cuidado e proteção.é necessário promover educação em saúde e incluir a abordagem da sexualidade nos ambientes de atenção à saúde, ampliando também a capacitação dos profissionais para esta abordagem. Assim pode-se desmistificar e desconstruir estereótipos acerca do assunto, promovendo saúde, cuidado e proteção. |
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PERDA DE PALADAR NA CONDIÇÃO PÓS COVID-19: REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE. Autores: Leticia Simeoni Avais | Elis Carolina Pacheco, Luisa Pereira de Oliveira Zanetti Gomes, Camila Marinelli Martins, Marcia Helena Baldani Pinto, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Ageusia; Parageusia; Hipogeusia Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3788 Resumo: Introdução: A condição pós COVID-19 se caracteriza como sinais e sintomas que ocorrem geralmente após 3 meses do quadro agudo da COVID-19 não podendo ser explicados por um diagnóstico alternativo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A manifestação bucal mais relatada durante o período da pandemia foram as alterações no paladar, que podem ser descritas como: a perda total do paladar (ageusia), diminuição da percepção do sabor (hipogeusia) e confusão entre os sabores (parageusia). Objetivo: Realizou-se uma revisão sistemática para investigar a frequência das alterações de paladar em pacientes na condição pós COVID-19. Método: A pesquisa aderiu aos Itens do PRISMA e foi registrada no PROSPERO - CRD42022336065. As buscas foram realizadas nas bases de dados científicas PubMed (MedLine), Scopus, Embase, Web of Science, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cochrane, em agosto de 2022. Foram incluídos estudos observacionais, com pacientes maiores de 18 anos com teste positivo para COVID-19. Foram excluídos todos os estudos em que o tempo de observação dos sintomas foi menor de 3 meses após a fase aguda da COVID-19. Para a meta-análise foi usado o método de variância inversa para proporções para estimar as frequências da alteração do paladar, por meio do R Studio com o pacote “Meta”. Resultados: Foram identificados 2463 estudos. Destes, 35 foram incluídos para o cálculo da meta-análise. Com a alta heterogeneidade entre os estudos (I2 = 99%), foi utilizado o efeito de modelo randômico. As alterações de paladar apresentaram uma frequência de 8% na população (IC 95%, 5-12%). Conclusão: Esse estudo encontrou prevalência de alterações no paladar, 3 meses ou mais após a fase aguda da COVID-19. Esses sintomas, sendo novos ou duradouros, têm impacto na qualidade de vida da população. Sendo assim, um maior enfoque na vigilância da saúde bucal da população acometida pela COVID-19 é necessário para melhor compreender o impacto da condição pós COVID-19, não apenas na qualidade de vida dos indivíduos acometidos, mas também o impacto dessa condição nos sistemas de saúde. |
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VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM GESTANTES: A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO! Autores: Ester Massae Okamoto Dalla Costa | Fernanda Rodrigues Braz Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Vigilância Nutricional; Gestação; Prevenção Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3796 Resumo: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são estimadas como responsáveis por 58,5% das mortes em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A obesidade é uma enfermidade crônica, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura e é associada ao comprometimento da saúde. Segundo a OMS, a cada ano tem aumentado a faixa de pessoas em estado de obesidade, principalmente em mulheres. Nelas, a obesidade está relacionada a diversas complicações e, durante a gestação, pode acarretar alterações hormonais, respiratórias, circulatórias e digestórias, e levar a complicações fetais e neonatais, como a macrossomia fetal, prematuridade, morte perinatal, evidenciando a importância da Vigilância Alimentar e Nutricional no período gestacional. O presente estudo objetiva o relato da experiência da identificação da obesidade/sobrepeso em gestantes e da importância da elaboração de material de apoio a elas e aos profissionais de saúde, com orientações nutricionais específicas para o período gestacional. Na primeira fase do estudo – aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina, sob número 3.146.657, realizou-se pesquisa documental de prontuários em uma Unidade Básica de Saúde de Londrina-PR, de janeiro a agosto de 2023. Foram atendidas 16 gestantes no período e, destas, 4 (25%) tinham peso adequado, 10 (62,5%) encontravam-se com sobrepeso e. em 2 (12,5%), não havia o registro da informação. A partir da identificação das gestantes e análise de seus dados, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e elaborou-se um material educativo sobre alimentação e nutrição no período gestacional, direcionado aos profissionais de saúde e às gestantes, com orientações para que as gestantes possam criar hábitos alimentares saudáveis e seguros. Nas orientações, destacam-se o fracionamento das refeições, quais grupos de alimentos devem ser priorizados, sua quantidade durante o dia, métodos de cocção, e o consumo de algumas frutas e verduras como estratégia para maior absorção de ferro. Também se alertou sobre a importância de evitar alimentos ultraprocessados, bebidas adoçadas e cautela no consumo de adoçantes, produtos diet e light, café, chás, sal, gorduras e açúcar. Espera-se as orientações sobre os cuidados com a alimentação no período gestacional possa contribuir e estimular a adesão a esses hábitos alimentares para a manutenção e promoção de uma gestação saudável, evitando-se os riscos da obesidade/sobrepeso, tanto para mãe quanto para o bebê. |
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ONFALITE EM PREMATUROS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL Autores: Ingrid Aparecida de Lima Ribeiro | Stephannie Aline Venâncio Eugênio, Amanda Thamara Matos, Sara Gabriela Souza de Almeida, Maria Teresa Nunes Leal Sandy, Carolina Fordellone Rosa Cruz Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) Palavras-chave: Recém-Nascido Prematuro; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Saúde Materno-Infantil. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3805 Resumo: Introdução: após o nascimento ocorre a separação do fluxo sanguíneo entre a mãe e o seu filho, pelo corte do cordão, restando somente o coto umbilical. Este por sua vez, precisa ser higienizado evitando a proliferação de bactérias exógenas e o desenvolvimento da onfalite. Os microrganismos oportunistas aproveitam o tecido desvitalizado do coto para adentrarem no organismo do neonato, desse modo diminuem as respostas do sistema imunológico proporcionando o surgimento de infecções secundárias. Além disso, o baixo peso ao nascer relacionado a prematuridade é um fator que predispõe o crescimento bacteriano. O tratamento precisa ser especializado e exclusivo para cada RN, mediante a isso, a ampla e moderna estrutura da UTI Neonatal adentra para auxiliar na assistência necessária. Objetivo: determinar a prevalência da onfalite em neonatos prematuros internados em uma UTI Neonatal de um hospital filantrópico entre os anos de 2011 a 2020. Método: trata-se de um estudo documental, observacional e descritivo com o uso de uma base de dados secundária. A população foi composta por recém-nascidos admitidos em uma UTI Neonatal no estado do Paraná, entre os anos de 2011 a 2020. As informações foram extraídas diretamente das planilhas disponíveis no setor responsável. As variáveis estudadas foram: diagnóstico clínico e desfecho clínico. Os dados foram tabulados e agrupados em uma planilha no Excel® 2016, sendo transformados em figuras e tabelas. A análise foi feita por meio de frequência absoluta e relativa. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa com o seguinte número: 4.766.395/2021. Resultados/discussão: foram admitidos 1.131 RNs na UTIN no período estudado, a prematuridade prevaleceu em 694 neonatos e a onfalite em 82 hospitalizados no âmbito geral. Após análises, constatou-se que 38 eram prematuros e haviam sido internados por decorrência da onfalite. A princípio, muitos correlacionaram seus diagnósticos clínicos com demais complicações, sendo: icterícia, hipoglicemia, taquipneia transitória e sepse. Por outro lado, os desfechos clínicos observados foram 36 casos de altas hospitalares, e 2 casos de RNs pré-termos extremos com baixo peso gestacional evoluíram ao óbito. Conclusões: apresentou-se uma alta prevalência da onfalite em neonatos pré-termos, uma infecção que pode ser evitada através da higienização do coto umbilical. Portanto, os resultados reforçam a necessidade de uma assistência de alta qualidade devido às características desses usuários. |
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A IMPORTÂNCIA A ORIENTAÇÃO ADEQUADA SOBRE A AMAMENTAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO CRÂNIO FACIAL DO BEBÊ DAS PUÉRPERAS DA MATERNIDADE LUCILA BALALAI – LONDRINA, PR Autores: Fernanda de Souza | Alessandra de Lima, Letícia Escrivani Machado, Eloisa Paloco Instituição: UNICESUMAR LONDRINA Palavras-chave: Aleitamento materno; Desenvolvimento ósseo; Odontologia Preventiva Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3808 Resumo: A pesquisa tem como objetivo verificar se as puérperas da Maternidade Municipal Lucila Ballalai, da cidade de Londrina-PR, estão recebendo orientações dos profissionais da saúde a respeito da importância da amamentação para o crescimento do bebê, esclarecendo seu papel no desenvolvimento do crânio facial da criança. Ainda como objetivos específicos, pretende-se analisar a sutileza, conhecimento e empatia dos profissionais envolvidos com as mães, de modo a alertar de forma ideal e explicativa como o leite materno é essencial no desenvolvimento, bem como entender as causas que as levam a optarem por não amamentar ou os motivos de não conseguirem realizar tal ato. Para tal projeto, será utilizado um questionário pré-elaborado que abrange questões relativas ao perfil social, demográfico e de quais informações as puérperas receberam quando estavam gestantes em seu posto de saúde escolhido. A coleta de dados será realizada na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, em Londrina. Desta forma, a relevância da presente pesquisa está em encontrar os desfalques na orientação profissional no pré-natal da mulher, que podem trazer futuros problemas de saúde aos bebês, caso não haja uma instrução adequada e revelar que a amamentação tem benefícios a longo prazo. Espera-se, portanto, descobrir se as orientações profissionais estão sendo eficientes para que as mães entendam que o aleitamento vai além de nutrientes, mas para o desenvolvimento crânio facial, prevenção de problemas de saúde e vínculo entre eles, além de descobrir se os pais têm conhecimento sobre o assunto e estão cientes dos benefícios de amamentar e dos malefícios de optarem pelo aleitamento artificial. |
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PROMOÇÃO DA SAÚDE E ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO NA IMPLEMENTAÇÃO DE EXERCÍCIOS LABORAIS EM UM SETOR DE CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS DE UMA FUNDAÇÃO PÚBLICA, POR MEIO DE GAMIFICAÇÃO Autores: Kellen Galvao Benedito | Ivonete dos Santos Goncalves, Jessica Barbosa Langner, Marcelo Augusto Silva Gonçalves, Rafael André Corssini, Sâmua Maciel de Almeida Instituição: Feas Palavras-chave: Ergonomia Institucional; Ginástica Laboral; Vigilância em Saúde do Trabalhador; Saúde Ocupacional. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3814 Resumo: Caracterização do problema: A rotina de trabalho em um setor com 9 colaboradores, dos quais 89% deles realizam 40 horas semanais e utilizam computadores como ferramenta de trabalho, pode apresentar riscos ergonômicos capazes de gerar problemas músculo esqueléticos. Justificativa: Exercício físico auxilia na prevenção de patologias relacionadas às atividades laborais e pode incentivar a prática de atividades físicas, enfatizando a importância da promoção de um ambiente saudável que estimule o bem-estar e a produtividade. Objetivo: Relatar a implementação de uma rotina de exercícios no trabalho, visando melhorar a ergonomia, a saúde e o bem-estar dos funcionários do setor.Descrição da experiência: Foi proposto um programa de exercícios com duração média de 5 minutos, realizados durante a jornada de trabalho, em dois períodos do dia. Os exercícios têm como objetivo de alívio de tensão muscular, auxiliando na correção postural e prevenção de fadiga muscular, além de trabalhar a coordenação motora, alongamento, equilíbrio, concentração e flexibilidade, todos validados por um fisioterapeuta e um educador físico. A ação possui um responsável e dois corresponsáveis, estes coordenam as atividades diárias e um terceiro profissional controla a frequência dos participantes por meio de uma planilha, na qual é possível acompanhar a participação e aproveitamento de cada um. Ao término do mês é realizada a análise das presenças em três categorias: Assíduos(100%), Esforçados (50% à 99%) e Motivacional (0 a 49%). Tais pontuações possibilita o reconhecimento com premiações, isso gamifica o processo, incentiva a manter a consistência e celebrar conquistas, reforçando assim o comprometimento e motivação para a continuidade da ação. Reflexão sobre a experiência e recomendações: A adesão média é de 66%, os comentários dos funcionários foram positivos e com eventuais falas sobre melhorias na flexibilidade de movimento corporal e mais disposição para o trabalho. Foi identificado alguns desafios, como a falta de disposição para iniciar em alguns dias, por isso recomenda-se ter corresponsáveis. Para continuidade e resultados palpáveis para publicação acadêmica, recomenda-se fazer a avaliação postural com fisioterapeuta ou educador físico por determinado período para medir o progresso de flexibilidade e dar feedbacks sobre os resultados obtidos com a prática. |
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NEFROPATIA MESOAMERICANA: UMA ANÁLISE DETALHADA DA RELAÇÃO ENTRE EXPOSIÇÃO A AGROTÓXICOS E DOENÇA RENAL EM UM TRABALHADOR AGRÍCOLA Autores: René Scalet dos Santos Neto | Yasmin Fernandes Trindade do Prado, Luiza Rodrigues Valiati, Yinlan Guan , Eduardo Iwankiw dos Santos, Anna Carolina Flumignan Bucharles Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Nefropatia Mesoamericana; Substâncias Químicas Agrícolas; Nefrologia. Formato: Estudos de Caso Cód.Resumo: 3550 Resumo: Introdução: Nos últimos anos, a Nefropatia Mesoamericana tem emergido como uma preocupação significativa na comunidade médica. Esta condição renal crônica tem afetado trabalhadores agrícolas em zonas tropicais e subtropicais, principalmente devido à sua incidência sem associação com diabetes e hipertensão, que são causas comuns de doenças renais. Objetivos: O propósito deste trabalho é investigar de maneira aprofundada as relações entre a exposição a agrotóxicos, a desidratação crônica e o surgimento da Nefropatia Mesoamericana. Através de um estudo de caso, buscamos elucidar as manifestações clínicas e identificar fatores de risco primordiais. Método: Um estudo de caso detalhado foi realizado, abordando um paciente masculino de 55 anos com histórico extenso em trabalho agrícola. Foram analisados anamnese, exames laboratoriais e de imagem. Os resultados deste paciente foram meticulosamente comparados com literaturas previamente publicadas sobre Nefropatia Mesoamericana para estabelecer ou refutar qualquer correlação. Resultados/Discussão: Nossa análise do paciente mostrou que ele esteve exposto por décadas a agrotóxicos nocivos, como o gromxone e paraquat. Os sintomas apresentados, em conjunto com exames laboratoriais, apontaram para comprometimento renal. O que é notável na análise deste caso é a ausência inicial de hipertensão e diabetes, que são frequentemente associados a problemas renais. Este perfil, em combinação com a literatura atual, sugere fortemente uma associação entre a nefropatia e fatores ambientais e ocupacionais. Conclusões: Este estudo reforça a necessidade de avaliações médicas aprofundadas para pacientes com histórico de exposição a toxinas e práticas inadequadas de hidratação. O quadro clínico apresentado pelo paciente é um exemplo clássico de como fatores externos, como produtos químicos agrícolas, podem desencadear condições médicas sérias. A identificação precoce e uma abordagem de diagnóstico detalhada são cruciais para o tratamento eficaz. |
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CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A PREVALÊNCIA DE DENGUE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA REGIÃO SUL DE LONDRINA-PR. Autores: Maria Eduarda Romanin Seti | Carolina Bilhão Miranda, Heloísa Cristina Silvestre, Julia Bider Capinam, Lívia Heloísa de Freitas, Rafael Cechelero Bagatelli Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Dengue; Prevenção; Unidade Básica de Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3607 Resumo: Diante do alarmante aumento no número de casos de dengue, viu-se a necessidade de realizar uma intervenção voltada à promoção, prevenção e educação em saúde, para assim estimular a diminuição da proliferação do mosquito Aedes aegypti e consequentemente reduzir os casos de dengue. Segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, entre a primeira semana de janeiro e o dia 10 de maio de 2023, foram registrados 11.634 casos positivos para o vírus em Londrina-PR. Desta maneira, o grupo de estudantes se reuniu a fim de mostrar propostas de intervenção para auxiliar na prevenção da dengue. Os objetivos da intervenção foram ações de prevenção e promoção da saúde através da conscientização da população sobre a prevalência de dengue na região. Trata-se, portanto, de uma ação conjunta entre alunos e professores da disciplina de Práticas Interdisciplinares e Interação Ensino, Serviço e Comunidade do departamento de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Londrina (UEL) inseridos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ouro Branco, na região sul de Londrina. Em parceria com a administração da UBS foram levantadas as principais demandas em saúde da região. Dessa forma, estruturou-se 3 ações coordenadas por trios de alunos e professores. A primeira foi a de distribuição de areia em pacotes para preencher vasos e possíveis focos de larvas do mosquito; a segunda foi a fixação de cartazes informativos em locais de tráfego de pessoas (pontos de ônibus, proximidades de escolas e comércios); e a terceira foi a distribuição de kits repelentes com citronela e receita de como prepará-la. De modo complementar, foi plantada uma muda de citronela na horta comunitária local com o intuito de incentivar a replicação de tal fórmula pelos moradores, agregando autonomia a estes. O desenvolvimento desta ação, promoveu maior interação entre alunos de alguns cursos da área da saúde e moradores da região, estimulando cuidados com o quintal e consigo mesmo por meio dos repelentes e reconhecimento de sintomas. Considerando a experiência relatada, recomenda-se ampliar o diálogo entre a equipe multiprofissional na busca pelo cuidado centrado no usuário, zelando pela promoção e prevenção em saúde, tornando-se mais resolutivas as propostas de intervenção juntamente com a população. |
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Autores: Brenda Rafaella da Silva Magalhães | Joyce Sayuri Yamada Leoncio, Alexsandro Oliveira Dias, Vivian Biazon El Reda Feijó, Adriana Cristina Galbiatti Parminondi Elias, Magali Godoy Pereira Cardoso Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Odontologia; Perfil Epidemiológico; Sistema Único de Saúde Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3625 Resumo: Introdução: A Resolução CFO 163/2015, conceitua a Odontologia Hospitalar (OH) como a área que atua em pacientes que necessitem de atendimento em ambiente hospitalar ou em assistência domiciliar pela promoção e prevenção em saúde, diagnóstico e tratamento de doenças orofaciais e em manifestações de comprometimentos sistêmicos. A OH conquistou um espaço significativo na saúde apresentando resultados validados em estudos quanto ao combate às infecções hospitalares, em destaque na contribuição no combate à COVID. Assim, pacientes são beneficiados pelo serviço da OH na equipe multiprofissional, contribuindo para o conceito de integralidade do cuidado. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos pelo Serviço da OH do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL). Métodos: A pesquisa é um estudo epidemiológico, descritivo e transversal, baseado em dados de prontuários da odontologia hospitalar de pacientes atendidos por profissionais Cirurgiões-Dentistas (CD) e acadêmicos de Odontologia em diversos setores como enfermarias, pronto-socorro e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), considerando os atendimentos do período de agosto de 2022 a agosto de 2023. Resultado: O estudo avaliou 13.784 prontuários de pacientes e evidenciou que a maioria se encontrava na faixa etária superior a 60 anos (51,85%), sendo 59,85% do sexo masculino. Quanto à cidade de origem, houve predomínio de 66,21% de Londrina. Os procedimentos odontológicos predominantes foram consultas e avaliações com 49,16% (6.776), seguidos de 45,37% (6.254) profilaxias e remoções de placas bacterianas, 4,26% (587) laserterapia, 0,08% (11) restaurações, 0,11% (6) exodontias e 0,04% (5) raspagens. Também foram realizados encaminhamentos para clínicas de especialidades odontológicas e Unidades Básicas de Saúde, prescrições medicamentosas e avaliações envolvendo outros profissionais do serviço, ressaltando a importância do trabalho em equipe multiprofissional no sucesso do tratamento de forma integral aos 13.784 pacientes atendidos no hospital. Conclusão: O estudo apresentou informações sobre o perfil epidemiológico de pacientes atendidos e procedimentos realizados pelo Serviço da OH do HU/UEL. Os resultados encontrados reforçam a importância do cuidado com a higiene bucal oferecido por uma equipe multiprofissional, em busca de um atendimento seguro e de qualidade aos pacientes hospitalizados no serviço de alta complexidade, previstos em lei e ofertados pelo SUS. |
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ALTERAÇÃO DE OLFATO NA CONDIÇÃO PÓS COVID-19 E LIMITAÇÕES COTIDIANAS EM PESSOAS VACINADAS E NÃO VACINADAS PARA COVID-19 Autores: Elis Carolina Pacheco | Letícia Simeoni Avais , Yasmin Mauda Maciel, Heloise Roberta Villela, Wesley Sousa Borges, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Cobertura Vacinal; Sequela Pós-Infecção por SARS-CoV-2 Aguda; Anosmia; Sistema de Vigilância em Saúde Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3647 Resumo: Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição pós COVID-19 pode se manifestar como um, ou mais sintomas que se desenvolvem sem outra razão, em indivíduos infectados pela COVID-19 há 3 meses ou mais. Entre os sintomas mais prevalentes desta condição, estão as alterações de olfato, podendo se manifestar por alterações sensitivas (fantosmia), perda parcial de olfato (hiposmia) ou perda total (anosmia). Objetivo: Analisar a relação da vacinação para COVID-19, prevalência da perda de olfato na condição pós COVID-19 e possíveis limitações na população de um município paranaense de médio porte. Método: Estudo epidemiológico transversal, realizado por inquérito telefônico na cidade de Ponta Grossa (PR) com pessoas que testaram positivo no exame de RT-PCR, entre 2020/21. Com auxílio de um questionário estruturado em plataforma digital, as variáveis coletadas incluíram informações sociodemográficas, esquema vacinal e sintomas bucais de condições pós COVID-19. Os dados foram organizados e apresentados em estatísticas descritivas, teste qui-quadrado (p<0,05) com IC 95%. Resultados: Entre abril e setembro de 2023 foram entrevistadas 1577 pessoas, 83,9% (1323) responderam completamente a entrevista. Na população entrevistada, 22% (n=290) relataram a perda de olfato como uma manifestação pós COVID-19. A média de idade das pessoas que tiveram perda de olfato foi de 43 anos. Entre os homens a frequência de perda de olfato foi de 14% e nas mulheres 27% (p=0.000). A vacina contra a COVID-19 não se associou à presença ou ausência da perda de olfato pós COVID (p=0,932). A prevalência de limitação após a COVID-19 autorreferida no grupo que teve perda de olfato foi de 41% e no grupo que não teve a manifestação, a limitação foi sentida por 54% (p=0.000). Conclusão: Não houve relação entre a vacinação e manifestação de alterações olfativas na condição pós COVID-19. No entanto, de forma independente da presença ou ausência de alteração olfativa, grande parte da população sofre com limitações nas atividades cotidianas na condição pós COVID-19, reiterando a necessidade dos sistemas de saúde ampliar o olhar para as condições tardias desenvolvidas na população a partir da doença pandêmica. |
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DISTÚRBIOS GUSTATIVOS COMO SINTOMA NA CONDIÇÃO PÓS COVID-19, CONDIÇÃO DE SAÚDE E LIMITAÇÕES COTIDIANAS Autores: Leticia Simeoni Avais | Elis Carolina Pacheco, Maria Luiza Simão de Souza, Jéssica de Lima Almeida, Márcia Helena Baldani Pinto, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Síndrome Pós-COVID-19 Aguda; Ageusia; Cobertura Vacinal. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3658 Resumo: Introdução: Sintomas duradouros da COVID-19 são classificados como condição pós COVID-19. Entre eles estão manifestações bucais, como distúrbios gustativos, que se manifestam como a perda total do paladar (ageusia), diminuição da percepção do sabor (hipogeusia) e confusão entre os sabores (parageusia). A presença destas manifestações influenciam na qualidade de vida dos indivíduos, destacando a importância da análise dessas informações para guiar os profissionais de saúde e os gestores, sobre a necessidade da população. Objetivo: Analisar a frequência dos distúrbios gustativos na condição pós COVID-19, correlacionar o esquema vacinal e qualidade de vida. Método: Estudo epidemiológico, transversal, realizado por inquérito telefónico entre pessoas que tiveram teste PCR positivo para COVID-19 entre 2020/21. Com auxílio de um questionário estruturado, foram coletadas informações sociodemográficas, esquema vacinal, alterações gustativas da condição pós COVID-19 e informações sobre a qualidade de vida. Foram realizadas estatísticas descritivas e testes qui-quadrado (p<0,05) com IC 95%. Resultados: Entre abril e setembro de 2023 foram entrevistadas 1577 pessoas, 83,9% (n=1323) responderam completamente a entrevista. Na população entrevistada, 21% relataram alteração gustativa como manifestação pós COVID-19. Nas mulheres a prevalência das alterações foi de 27%, entre os homens a frequência foi menor (13%) (p=0,000). A idade média dos participantes com essas alterações era de 43 anos. A maioria da população fez pelo menos 1 dose de vacina contra a COVID-19 (98%). O fato de ser vacinado não esteve associado à menor presença da alteração na condição pós COVID-19 (p=0,719). A prevalência de pessoas que consideraram seu estado atual de saúde bom e tiveram alterações de paladar foi 10% menor quando comparado aos que não tiveram esta manifestação. Apenas 5% dos que tiveram alterações consideraram seu estado de saúde atual ótimo, 38% disseram estar com a saúde ruim ou muito ruim (p=0,000). Os que sentiram alteração no paladar, as limitações pós COVID-19 foram sentidas por 41% (p=0,000). Conclusão: A COVID-19 prejudicou a qualidade de vida da população, deixando sintomas a longo prazo, como as alterações gustativas, sendo as mulheres mais afetadas pelo sintoma. Ao considerar as limitações causadas, a maioria dos entrevistados classificou a própria saúde como ruim ou muito ruim. Não foi observada uma relação entre a vacinação e os sintomas da condição pós COVID-19. |
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CARACTERÍSTICAS DO PERFIL DA POPULAÇÃO ENTREVISTADA PELO PROJETO COVID LONGA PONTA GROSSA Autores: Soraya Abegail de Lima | Juliana Taís Ruppel, Laís Paz Kalatai, Milene Zanoni Silva, Mariele Jungles, Pollyanna Kassia de Oliveira Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Inquéritos Epidemiológicos; Características da População; Síndrome Pós-COVID-19 Aguda Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3755 Resumo: Introdução: COVID longa, também chamada de síndrome pós-COVID, é definida pela Organização Mundial da Saúde como novos sinais, sintomas ou doenças relatados após 3 meses do indivíduo ter sido diagnosticado com COVID-19. Essas manifestações prejudicam a qualidade de vida dos indivíduos, além de enfraquecer ainda mais um sistema de saúde já abalado pela fase aguda da doença. Portanto, uma vez que estudos sobre a COVID longa, ainda raros, permitem identificar características do perfil da população afetada por essa condição, verifica-se a relevância de projetos como o COVID Longa Ponta Grossa. Objetivo: Descrever características da população entrevistada pelo projeto COVID Longa Ponta Grossa: escolarização, imunização, hipertensão arterial e tabagismo, bem como a prevalência da COVID longa. Método: Estudo epidemiológico transversal, com coleta de dados feita através da aplicação de inquéritos telefônicos com pessoas que tiveram teste positivo RTP-CR para COVID-19 no município de Ponta Grossa entre 2020/21. Os resultados foram apresentados em estatística descritiva. Resultado: Até o dia 06 de setembro de 2023, participaram do estudo 1577 pessoas, destas 1323 (83,89%) responderam completamente ao inquérito. A maioria das pessoas entrevistadas tinha ensino médio ou graduação (41% e 22%, respectivamente). 18% dos participantes referiram hipertensão arterial pré-existente à COVID-19 aguda. Apenas 9% se autodeclararam fumantes atuais, e cerca de 20% eram ex-fumantes. Em relação à vacina contra a COVID-19, 98% declararam ter feito alguma dose da vacina. 75% autorreferiram alguma complicação de saúde ou novo sintoma pós-COVID-19. Conclusão: O perfil da população obtido pela coleta de dados apresenta homogeneidade em alguns pontos, tais como a escolaridade, aspecto que pode influenciar o acesso a telefones celulares e a confiança no estudo. O grande percentual de entrevistados havia se vacinado contra a COVID-19, e, mesmo assim, três quartos da população entrevistada apresentou a fase longa da doença. Além disso, embora não representem a maioria, destacam-se os percentuais de hipertensos pré-COVID e os fumantes ou ex-fumantes, cujas condições prévias à fase aguda da doença podem representar um fator agravante da fase longa. Análises futuras poderão esclarecer a relação entre as características prévias da população e a presença da COVID longa. |
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AS RELAÇÕES INTERSETORIAIS NO ENFRENTAMENTO DOS IMPACTOS DA COVID-19 AS CRIANÇAS Autores: Edyane Silva de Lima | Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Intersetorialidade; Crianças; Cuidado. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3548 Visualizar Video Resumo: Frequentemente as demandas escolares necessitam de atendimento da política de saúde. Constituindo desafio romper com intervenções estanques das políticas setoriais, exigindo diálogo em rede, sendo que muitas situações foram agudizadas com a Covid-19. Mediante levantamento acerca do aprendizado e das condições de vida durante a pandemia, das crianças matriculadas em 05 Centros de Educação Infantil e 14 Escolas de Ensino Fundamental 1, da rede pública, de um município de pequeno porte, em 2021. Destaca-se que este estudo é proveniente da experiência exitosa de ação de levantamento e sistematização de dados, que tem como objetivo apresentar a contribuição de informações educacionais para o enfrentamento dos reflexos da pandemia às crianças na atenção primária à saúde. Através do preenchimento de formulário no google forms por responsáveis dos/as matriculados/as, obtivemos 352 respostas do total de 636 matriculados/as nos Cmei, e, 998 de 3.558 das escolas. Destacando que 113 e 543 crianças, de Cemeis e Escolas, respectivamente, sinalizaram terem apresentado mudanças de comportamento, destacando como as cinco principais: 1ª. Ansiedade; 2ª. Ganho de peso e/ou compulsão alimentar; 3ª. Desinteresse; 4ª. Rebeldia; e, 5ª. Choro. Outro dado foi o adoecimento mental na pandemia, destacando 33 respostas positivas dos Cemei e 85 das Escolas, ponderando que houve morte decorrente da Covid-19 na família em 01 caso do Cemei e em 15 das escolas. Tais questões são passíveis de percepção e intervenções intersetoriais, sobretudo da área da saúde. O acompanhamento cotidiano nas unidades básicas de saúde, principalmente na primeira infância, ficou prejudicado durante o período mais crítico e de isolamento decorrente da Covid-19. As mudanças de comportamento acima sinalizadas, ficaram “abafadas” no ambiente doméstico, neste período, revelando-se tais fragilidades no contato com o Cmei e/ou a Escola, pois desde de 2020, realizaram retorno gradual, balizado por adaptações das crianças, suas famílias e instituições, mostrando-se tais demandas nestas instituições. Este levantamento acarretou no encaminhamento dos resultados para a política de saúde municipal, sobretudo o CAPS, favorecendo o diálogo e o auxílio nas ações de enfrentamento destes impactos da pandemia. Havendo aumento de avaliações e encaminhamento para o serviço de psicologia, devido dificuldades de aprendizagem e sociabilidade. |
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ARTICULANDO REDES: UMA CARTOGRAFIA DA PRODUÇÃO DO CUIDADO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA Autores: Maria Eduarda Romanin Seti | Maira Sayuri Sakay Bortoletto Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: População em Situação de Rua; Cartografia; Vínculo. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3553 Visualizar Video Resumo: O crescente desenvolvimento do capitalismo e a hegemonia liberal representam a nova ordem mundial. Essas mudanças produzem como efeito o aumento das desigualdades sociais e consequentemente a exclusão social. Nesse processo, uma parcela da população foi excluída do acesso ao trabalho, aos bens e serviços em nossa sociedade, o que teve como consequência o aumento significativo das pessoas em situação de rua e da vulnerabilidade social. Foi realizado um estudo qualitativo por meio da utilização do método cartográfico. A cartografia se trata de uma metodologia de pesquisa nova. Diferentemente das pesquisas qualitativas tradicionais a cartografia não tem uma forma, um passo a passo ou uma receita a ser seguida, ela se constitui a partir dos movimentos e momentos experienciados. Cartografar é estar aberto ao encontro, é se misturar, se tingir se descobrir com outras nuances. A todo momento é necessário estar atento às inquietações provocadas em nossos corpos. Esta cartografia produziu um mapa sobre os diversos encontros e afetos com a população em situação de rua. Banalizados, deixados para morrer, sem suporte por meio de políticas públicas. Contam com o apoio de equipamentos que cuidam, como o Consultório na Rua. A produção de cuidado para a população em situação de rua, vai muito além do tratamento somente do corpo biológico, se faz necessário o processo de criação de vínculo por parte dos profissionais, considerá-los interlocutores válidos é essencial. O vínculo é construído a partir de relações mútuas de confiança, é necessário compreender que os usuários têm crenças, valores, vivências pregressas que são carregadas de muito conhecimento, conhecimento este que deve ser valorizado. Outra importante observação trata-se uma característica peculiar da população em situação de rua, o fato de serem nômades, esses usuários deslocam-se constantemente em busca de condições melhores para garantir sua sobrevivência. São estratégias como esta que produzem formas distintas de produção de cuidado para si. Para sobreviver na rua se faz necessário utilizar artimanhas e “malandragens” para driblar as inúmeras violências a que estão expostos a todo momento. Desta maneira constroem linhas de fuga. A população em situação de rua é uma potência, esta população se reinventa cotidianamente a fim de produzir cuidado para si, não seguem rotas definidas, sua orientação está pautada em locais já conhecidos que possam formar uma rede de cuidado. |
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CUIDADO EM SAÚDE POR MEIO DE PRÁTICAS CORPORAIS E ATIVIDADES FÍSICAS Autores: Juliana Ribeiro Falcão Cavalcanti | Lucinar Jupir Forner Flores, Neide Martins Moreira, Adriana Zilly Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE Palavras-chave: Atividade física; Atenção Primária em Saúde; Autocuidado. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3556 Visualizar Video Resumo: No município de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, não existe atuação do profissional de educação física nos serviços de Atenção Primária em saúde, no entanto, é imperioso ao cuidado em saúde, sobretudo para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis, ofertar acesso à atividade física. Com o objetivo de promover o cuidado em saúde por meio das práticas corporais e atividades físicas no referido município, foi solicitado autorização na Secretaria de Saúde para realização das atividades nas Unidades Básicas de Saúde Vila Adriana e São Roque, no primeiro semestre de 2023. Foram atendidos 48 indivíduos, totalizando 60 horas, sendo que na UBS Vila Adriana, a divulgação foi mais efetiva, por causa dos agentes comunitários de saúde. As queixas mais comuns indicadas pelos usuários foram fibromialgia, obesidade, dores crônicas, hérnias de disco, depressão, hipertensão, diabetes, tendinopatia e rotura muscular. A medida que percebiam os benefícios das práticas corporais, no alívio das dores, na melhora da disposição, diminuição da pressão arterial, diminuição da ansiedade, melhora da qualidade do sono, o grupo foi se fortalecendo e criando vínculos. Os resultados do projeto foram exitosos ao ponto do Gerente da unidade, convocar uma reunião com a Coordenação do Distrito Sanitário Oeste, onde se localiza a UBS Vila Adriana, que articulou a realocação de duas residentes de fisioterapia para dar continuidade ao projeto. Nos mesmos dias e horários em que o grupo já acontecia, porém, as atividades passaram a acontecer no pavilhão da igreja que atende a comunidade, dado a adesão da turma. Destaca-se, o comprometimento da Equipe de saúde da UBS Vila Adriana em envolver a comunidade neste projeto, a responsabilidade e o engajamento da equipe em promover saúde e humanizar o cuidado se reflete na participação da comunidade. Através das práticas corporais e atividades físicas, durante quase três meses de projeto, pudemos incentivar o controle social e a autonomia da comunidade que está motivada a participar da Audiência Pública dia 25 de agosto na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, que irá debater a Inclusão dos Profissionais de Educação Física no Atendimento Primário à Saúde deste Município, buscando seus interesses coletivos em prol da vitalidade física, direcionando o cuidado para si próprios e não para suas condições crônicas. |
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A IMPORTÂNCIA DO AFETO PRESENTE NAS PRÁTICAS DE AUTOATENÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE UMA SAÚDE MAIS INTEGRATIVA Autores: Milena Registro | Alberto Durán González , Anaxuell Fernando da Silva Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Saúde Integrativa; Autoatenção; Afeto. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3597 Visualizar Video Resumo: Os processos de saúde e doença no Ocidente são sobretudo determinados pelo modelo biomédico cartesiano, de caráter hegemônico responsável por induzir o que se entende por atenção em saúde, atuando assim, como uma ferramenta de controle social mediante a imposição de uma norma de bem-estar. A crítica a esse modelo médico é necessária para não apenas expor as relações de poder que influenciaram o curso histórico dos processos de saúde e doença, mas também para que avancemos na discussão de saúde como um conceito ampliado e plural. Os processos de saúde e doença são reflexos de sistemas culturais que contribuem para o conhecimento da existência de outros modelos de atenção qualificados, e de outras formas de se produzir saúde não institucionais. A existência de redes informais em saúde apresenta-se nessa pesquisa enquanto práticas de autoatenção no protagonismo de sujeitos e coletivos que buscam encontrar e criar soluções para suas demandas de saúde mediante sua própria realidade e subjetividade. Guiando-se pelo afeto que permite articular de maneira fluída diferentes dimensões epistemológicas e práticas em prol dos seus desejos. O objetivo da pesquisa portanto é de compreender e demonstrar como a autoatenção articula afetivamente distintas redes de cuidado para a formação de uma saúde mais integrativa, tendo como local empírico de estudo a associação comunitária Ciranda da Cultura em Londrina, Paraná. Trata-se de um espaço autogestionado sobretudo por mulheres e adolescentes que fornece e fomenta atividades cooperativas gratuitas à comunidade por meio do trabalho em rede. Por meio de uma análise qualitativa etnográfica em colaboração a metodologia cartográfica realizou-se encontros participativos com a intenção de produzir mapas afetivos para o acompanhamento dos movimentos de desejo e linhas de força concebidos por essas redes informais. Como resultados preliminares teve-se a concepção de que o afeto atua como potência dessas práticas que, ao não evitar as subjetividades, extrapola os limites protocolares dos modelos de atenção formalizados, contribuindo para o rompimento de ciclos de dependência diagnóstico terapêutica, assim devolvendo e produzindo autonomia às pessoas em campos de força micropolítica. As considerações da pesquisa são de que a prática de autoatenção encaminha a saúde para um cuidado não genérico, que se aproxima dos fluxos de vida das pessoas como uma prática integrativa no reflexo de suas necessidades e desejos. |
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POTÊNCIAS COMUNITÁRIAS: PRODUÇÃO DE SAÚDE A PARTIR DE DESEJOS MARGINALIZADOS Autores: Milena Registro | Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Cuidado; Coletivo; Saúde integrativa. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3599 Visualizar Video Resumo: O cuidado biomédico é marcado por um cenário normativo de atenção em saúde que determina, segundo o modelo médico hegemônico, protocolos rígidos responsáveis por reproduzir uma relação de poder onde os sujeitos são subordinados à um sistema de dependência diagnóstico-terapêutica dos profissionais reconhecidos como detentores do conhecimento legítimo. Essa relação hierárquica de saberes projeta um modelo de atenção biologicista pautado em pré-concepções autoritárias e genéricas sobre as necessidades de saúde da população. Emana nesse contexto uma perspectiva crítica que busca compreender a saúde como um conceito plural que não condiz somente ao conhecimento científico. A necessidade de se reconhecer outros modelos de atenção se faz importante para a compreensão de que saúde é uma experiência situacional de um indivíduo ou grupo e seu valor é elaborado e reelaborado na complexidade de contextos e situações vivenciadas pelos mesmos. Com base nisso, constrói-se um relato de experiência pautado em uma vivência de campo com praticantes de autoatenção em um território periférico do norte do Paraná. Uma experiência imersiva de encontros semanais na Associação Ciranda da Cultura que fornece práticas de saúde e cultura embasadas em seus fluxos de existência. O centro comunitário desenvolve cotidianamente oficinas de arte, de ervas medicinais, práticas de fisioterapia, educação física, cinema, teatro, eventos comemorativos dentre outros. Composto e mantido sobretudo por mulheres, o Ciranda da Cultura traz por meio da prática da vida comunal o agenciamento de redes afetivas de cuidado em prol da satisfação das demandas e desejos da comunidade. O que se discute na academia sobre o trabalho em saúde ser sempre relacional e vivo, criado em ato, é experimentado no compartilhamento desse espaço. Nele a produção de saúde está presente tanto em sua maneira mais formal com o desenvolvimento de autonomia social e práticas de bem-estar físico, quanto na partilha de encontros que colaboram para a forma mais simples de se promover saúde, a tecnologia relacional de dar e receber atenção em um genuíno processo de vínculo e cuidado. As manifestações materiais e simbólicas que esse convívio comunal traz influencia diretamente na valorização dessas vidas e não apenas de seus corpos biológicos. A existência de “Cirandas” emerge da urgência de preencher espaços marginalizados e assegurar seus desejos de cultura e lazer enquanto formas também legítimas de se promover saúde. |
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PRÁTICAS GRUPAIS COM MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA: A POTÊNCIA DO COMPARTILHAR Autores: Rafaela Zago de Mello | Ana Paula Contiero, Kiara de Moraes Heck Instituição: UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná Palavras-chave: terapia de grupo; violência contra a mulher; psicologia social; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3613 Visualizar Video Resumo: As práticas grupais têm se estabelecido como um importante método de atuação e intervenção em Saúde Pública, no entanto, relatos de experiência sobre o uso dessas práticas nos diversos contextos ainda são escassos. A Organização Mundial da Saúde, já na década de 90, apontou a violência contra a mulher como uma demanda importante, e sua inserção na atenção primária até os serviços especializados é discutida. Ao trabalhar as demandas de saúde mental das mulheres em situação de violência, muito se fala em psicoterapia individual como método de intervenção junto a esta população, negligenciando-se o caráter coletivo e histórico da violência de gênero. Objetiva-se apresentar e discutir a experiência das práticas grupais com mulheres em situação de violência, a partir do trabalho da Psicologia Sócio-histórica em um Centro de Referência. A população atendida são mulheres acima de 18 anos, sendo elas as protagonistas no levantamento dos temas discutidos nos encontros que acontecem semanalmente, a média de participação no grupo é de cinco mulheres. O grupo é aberto, contínuo e tem como público apenas as usuárias do serviço, com mediação da psicóloga, garantindo assim maior coesão entre as participantes. Mulheres com demandas de saúde mental graves são estratificadas por risco e encaminhadas para os serviços de referência. As atividades iniciaram-se em 2019, sendo suspensas durante a pandemia de COVID-19. As pautas discorrem sobre o papel da mulher na sociedade e as demandas oriundas da vivência da violência de gênero, tais quais: autoestima, assertividade, relacionamentos interpessoais, hobbies e demais atividades prazerosas, cuidado com os filhos e solidão. O compartilhar proporciona o sentimento de coletividade e sororidade em relação às vivências das expressões do patriarcado que afeta todas as mulheres democraticamente. As práticas grupais permitem uma coparticipação na construção de estratégias de enfrentamento e viabilizam a perspectiva crítica em relação às experiências individuais e coletivas das atendidas, buscando uma integração entre o que se apresenta como dicotomia público/privado, social/individual, abarcando o conceito de sofrimento ético-político. Recomenda-se para a atuação da psicóloga a consideração das interseccionalidades do “ser mulher” na atualidade. As práticas grupais demandam experiência do coordenador para manejo do grupo garantindo a participação de todas as atendidas, conhecimento sobre a temática e sobre o sofrimento ético-político. |
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POLÍTICA, ACESSO E FORTALECIMENTO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA-PARANÁ Autores: Milene Zanoni | Maria Elvira Gonçalves Borges, Marcelo Rezende Yong Blood, Thayza Acosta Rebonato, Tacyana Schmidt Cantuária, Erildo Vicente Muller Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Integralidade; Terapias Complementares; Sistema Único de Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3676 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: No Paraná, a aprovação da Lei Estadual de Práticas Integrativas e complementares (PICS) ocorreu em 2018, mas ainda está muito incipiente. Justificativa: Ponta Grossa é a quarta maior cidade do Estado, com IDH de 0,763 e desde 2019 tem existido movimentos potentes para a implantação das PICS no SUS para promoção de bem-estar e manejo de doenças crônicas. Objetivos: Descrever estratégias de fortalecimento local para a implementação das PICS no SUS em Ponta Grossa-Paraná. Descrição: Análise de movimentos/processos ocorridos no período 2019-2023, em Ponta Grossa-Paraná, com gestores, profissionais da saúde e usuário do SUS – da atenção primária até nível hospitalar – bem como com secretaria de educação, cultura e câmara de vereadores. Como instrumentos de construção, execução e monitoramento estão: reuniões, eventos, realização de oficinas de PICS, sistematização de protocolos e fluxos de atendimento, divulgação dos resultados em mídias sociais e científicas. A avaliação foi realizada por indicadores quali-quantitativos. Reflexão sobre a experiência: Para os processos de ativação de mudanças no território foram imprescindíveis parcerias nos 3 níveis federativos. Entre os processos principais estão: Construção de protocolos de PICS para implantação na Atenção Primária; Criação, implementação e institucionalização do Ambulatório de Saúde Integrativa (ASI) da Universidade Estadual de Ponta Grossa e no Hospital, integrados a rede de atenção à saúde; realização de audiências públicas que culminaram na redação e articulação para a aprovação da Política de PICS de Ponta Grossa, que ocorreu pelo Decreto 22140/2023; Constituição de comissões multiprofissionais em PICS no território; Oferta de PICS, com ações intersetoriais e interprofissionais; Formação em PICS para os residentes em saúde coletiva para atuarem nas ações de promoção da saúde. Neste período foram realizados aproximadamente 20 mil procedimentos em PICS no município, com grau de satisfação acima de 96%. Os indicadores apontam para melhora da saúde socioemocional dos usuários, além de maior participação da população em espaços decisórios do SUS. Recomendações: Esta experiência de fortalecimento das PICS no SUS tem sido relevante e inovadora e recomenda-se movimentos municipais convergentes para ampliação do acesso à saúde bem como ações de promoção em saúde, alinhadas com princípios da integralidade do cuidado e desmedicalização, integrando a racionalidade biomédica à sistêmica. |
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INTERVENÇÕES DA PSICOLOGIA COM PACIENTES E FAMILIARES EM CUIDADOS PALIATIVOS NO CONTEXTO HOSPITALAR Autores: Tuane Caetano dos Santos Ferreira de Souza | Itala Villaça Duarte, Gabriela Visnieski Siqueira, Henrique Shody Hono Batista, Roberta Sztorc Pires, Lirian Simões Krupek Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Psicologia Hospitalar; Humanização Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3686 Visualizar Video Resumo: Em situações envolvendo doenças graves, progressivas e potencialmente ameaçadoras à vida, é imperativo garantir uma atenção integral, proporcionada por uma equipe multidisciplinar, tanto ao paciente quanto à sua família. Nessa perspectiva, os Cuidados Paliativos têm como propósito central oferecer assistência focada na melhoria da qualidade de vida e no alívio do sofrimento. Isso se traduz em proporcionar conforto não apenas no âmbito físico, mas também no emocional e no psicossocial. Durante o processo de enfrentamento dessas condições de saúde, muitos pacientes enfrentam a necessidade de receber cuidados em ambiente hospitalar. Nesse contexto, é comum surgirem desafios emocionais, como sentimentos de tristeza, ansiedade, desânimo, medo e preocupações relacionadas à doença, à morte e ao processo de cuidado. Diante dessa realidade, a assistência psicológica se apresenta como um espaço fundamental de acolhimento e suporte emocional, contribuindo para ajudar os indivíduos a enfrentarem esse processo complexo. O objetivo deste relato é compartilhar as experiências das intervenções realizadas por um Serviço de Psicologia em um hospital público de Curitiba, dirigidas aos pacientes e seus familiares durante o período de internamento. Esse serviço é composto por 04 psicólogos e 02 residentes que atuam na emergência, enfermaria e UTI. Os atendimentos são conduzidos por meio de busca ativa, discussões de casos e ncaminhamentos da equipe assistencial. A depender das necessidades individuais de cada situação, as intervenções psicológicas têm como foco fornecer suporte para a compreensão e enfrentamento da gravidade da condição, prognóstico e tratamento; oferecer acolhimento às implicações emocionais e auxiliar na gestão de expectativas; identificar e priorizar os valores e desejos dos pacientes e familiares; acolhimento de demandas familiares; facilitar a comunicação e a relação entre paciente, família e equipe; contribuir para o planejamento da alta hospitalar e a organização do cuidado domiciliar; e promover um cuidado personalizado e humanizado por meio de atividades como passeios externos, videochamadas, realidade virtual, alimentação de conforto, visitas de animais de estimação, visitas infantis e estendidas. Assim sendo, percebe-se que a assistência psicológica a pacientes em Cuidados Paliativos e seus familiares desempenha um papel fundamental no favorecimento da melhoria da qualidade de vida e na vivência do processo de adoecimento e hospitalização. |
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ATENDIMENTO REMOTO DE NEUROLOGIA NUM HOSPITAL MUNICIPAL DE CURITIBA Autores: Dayse The Pereira | Edineia Batista de Vasconcelos, Camila Nunes Pinto, Francisco José Koller, Rosane Kraus, Peterson Anderson de Souza Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde Palavras-chave: acidente vascular cerebral; telemedicina; protocolos clínicos; neurologia; atenção à saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3725 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: O impacto da pandemia nos sistemas de saúde, causou fragilidades no gerenciamento das linhas de cuidado a saúde do adulto e idoso, atendidos em ambiente hospitalar e em unidades de Pronto Atendimento (UPAs), dentre eles a atenção aos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC). Justificativa: Deste modo, houve a remodelação de atendimento hospitalar, para qualificação e direcionamento dos quadros neurológicos mediante implantação do Serviço de Teleneurologia aos pacientes admitidos nas UPAs, para minimizar possíveis iatrogenias e risco de óbito inerente ao AVC. Objetivo: Relatar o funcionamento do Serviço de Teleneurologia num hospital municipal de Curitiba. Descrição da experiência: Em janeiro de 2023 houve a implantação do Serviço de Teleneurologia para realização da avaliação clínica dos pacientes das UPAs através do prontuário eletrônico e alinhado aos protocolos do Ministério da Saúde (MS). Após avaliação especializada é determinado o desfecho clínico: internação hospitalar em instituição de média ou alta complexidade, acompanhamento ambulatorial, alta da rede de urgência ou solicitação de exames complementares para fechamento do diagnóstico médico. No período de janeiro a agosto foram avaliados 577 pacientes com internação hospitalar e 244 casos para estabelecimento do plano terapêutico e acompanhamento diário do Serviço de Neurologia. As admissões são realizadas na Unidade Referenciada do Hospital Municipal, com estabelecimento do plano de cuidados pelas equipes de enfermagem e médica, incluindo condutas de segurança do paciente, solicitação de exames diagnósticos complementares e tempo de internação. Reflexão sobre a experiencia: O modelo de sistema poderá diminuir o tempo de espera para avaliação especializada na UPA, possibilita suporte técnico de informações sobre o manejo do paciente com AVC, pode contribuir para a regulação dos pacientes para os centros especializados de saúde, conforme o perfil institucional Recomendação: Promover a difusão deste modelo de atendimento em outras linhas de cuidado de saúde do adulto e idoso, com capacitação dos profissionais de enfermagem e médicos, visto auxiliar na agilidade dos atendimentos e no prognóstico dos pacientes da rede de saúde. |
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MISSÃO AMAZÔNIA 2023: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIROS VOLUNTÁRIOS Autores: Ludmilla Laura Miranda | Cleiton José Santana Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: enfermagem, voluntários, saúde pública, cuidados de enfermagem. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3748 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Ser voluntário é abdicar parte do seu tempo, sair da sua zona de conforto, interagir com outras pessoas e ajudar quem mais precisa. É dispor parte do seu tempo desempenhando um trabalho de bem-estar ao próximo abdicando de qualquer tipo de remuneração. Justificativa: Ações humanitárias frente as necessidades de saúde pública com a população mais carente e vulnerável são necessárias para ajudar a salvar e preservar vidas. Objetivo: Relatar a experiência de enfermeiros em um trabalho voluntário no Amazonas. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência que descreve a atuação de dois enfermeiros em uma missão voluntária nas comunidades ribeirinhas do Estado do Amazonas em agosto de 2023. Foram realizados atendimentos em quatro comunidades desassistidas pelo governo. As equipes foram divididas em acolhimento com classificação de risco, atendimento médico, odontológico, pós consulta e recreação. No total foram feitos 389 procedimentos odontológicos, 395 atendimentos médicos, 139 procedimentos de enfermagem como curativos, sendo três avaliações e tratamento de feridas, 34 exames de urina, 53 beta-hCG urinário, quatro confirmações de gravidez não planejada, uma ausculta de batimento cardíaco fetal, 44 administrações de medicação intramuscular e 784 distribuições de medicação via oral. Além disso, foram realizados também atividades de educação em saúde com temas de higiene oral, educação sexual e prevenção de IST. Em relação a recreação, foram realizadas com as crianças pinturas de desenho e faciais, danças, pula corda, bambolê entre outras brincadeiras. Reflexão da experiência e Recomendações: Reunir tantas pessoas e profissões diferentes no barco hospital com o mesmo propósito, estimulou e proporcionou um ambiente de colaboração, além de capacitar o profissional a desenvolver novas habilidades e competências em meio ao inesperado. Atuar voluntariamente nesta missão foi uma experiência indescritível e encantadora que todos deveriam vivenciar, pois mesmo atendendo com tão pouco recurso físico e material nos proporcionou sentimentos de alegria, compaixão, reconhecimento, afetividade e satisfação em exercer nossa profissão. |
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ACOLHA: UM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE Autores: Vitor Bezerra de Menezes Picanço | Marcelo Costa Benatto, Tatiane Correa da Silva Filipak, Isabeli Chevonik Instituição: FEAS Palavras-chave: Desenvolvimento Humano; Educação continuada; Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3749 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Atualmente observamos uma crescente preocupação com o ambiente de trabalho e suas repercussões na saúde mental dos colaboradores. Nesse contexto, torna-se essencial a avaliação dos fatores presentes no ambiente de trabalho que podem contribuir para o surgimento de problemas de saúde mental entre os profissionais. Justificativa: Os profissionais de saúde estão expostos a fatores estressantes devido a rotina de trabalho, colocando-os em risco de desenvolver o adoecimento mental. Além disso após a pandemia da COVID -19 houve um aumento dos níveis de ansiedade e estresse nessa categoria impactando negativamente a saúde mental destes colaboradores. Objetivo: Relatar a experiência sobre a criação do Acolha - Programa de Desenvolvimento Humano desenvolvido em uma Fundação Pública de Direito Privado. Descrição da experiência: O objetivo do projeto Acolha é fomentar a aproximação do colaborador com a Fundação, firmando-se como um espaço de suporte e cuidado, uma ação de orientação sobre o ato de cuidar - de nós e dos outros. A idealização deste Programa tem por diretriz o acrônimo ACOLHA, que significa: A – Ação; C – Continuada; de O – Orientação; L – Laboral em desenvolvimento; H – Humano e A – Afetivo. As atividades iniciaram em Maio/2023 e são disponibilizadas a todos os colaboradores da Fundação. As ações são realizadas por 3 principais setores da instituição: (1) Saúde Ocupacional; (2) Centro de Capacitação e Desenvolvimento Humano; (3) Segurança do Trabalho. As atividades englobam desde atendimentos psicológicos individuais e em grupos aos colaboradores em sofrimento psíquico, capacitações, palestras de sensibilização voltadas ao autocuidado e ações in locu sobre a segurança do colaborador. Os principais projetos que ocorrem de forma contínua são o Ambulatório Acolha; Programa de Controle do Tabagismo; Campanhas de prevenção e sensibilizações alusivas aos meses de prevenção de doenças e manutenção da saúde; Integração Multiprofissional e Capacitações. Reflexão sobre a experiência e recomendações. Durante as atividades busca-se trabalhar a motivação, pertencimento dos profissionais e acolhimento, fortalecendo um círculo de desenvolvimento humano virtuoso que se retroalimenta. Este programa tem funcionado de forma contínua, e é constantemente revisto e adaptado, mas sem perder de foco o seu objetivo primário, que é desenvolver o potencial humano dos seus colaboradores, valorizando os Recursos Humanos. |
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PROGRAMA MUNICIPAL DE CUIDADOS PALIATIVOS: INTEGRANDO A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE Autores: Rebeca Monteiro Bispo | Rubya Guimarães de Oliveira, Maria Eliza Faria, Beatriz Zampar, Kauana de Angelis, Vânia Cristina da Silva Alcântara Instituição: Prefeitura Municipal de Londrina Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Rede de Atenção à Saúde, Educação em Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3813 Visualizar Video Resumo: Caracterização do problema: Apesar do aumento da prevalência de doenças que ameaçam a vida, existem limitações para ofertar serviços de Cuidados Paliativos (CP) para a maioria da população, e o Brasil é um dos países com pior qualidade na assistência no processo de morte. Justificativa: Diante da tendência de inversão da pirâmide etária nos próximos anos e considerando-se os princípios do SUS, para concretização do cuidado dos seus cidadãos, faz-se necessária uma assistência em CP que seja mais acessível e competente, com uma Rede de Atenção à Saúde (RAS) integrada, que se comunica de forma eficaz e seja capaz de promover cuidado integral a seus usuários.Objetivo: Apresentar o Programa Municipal de Cuidados Paliativos de Londrina, instituído pela Lei 13567 de 2023. Descrição da experiência: Foi realizada uma sensibilização municipal com 555 participantes no ano de 2022, de todos os pontos da RAS, com o objetivo de alinhar conceitos básicos em CP. Para avaliação, foram aplicados questionários para a finalização do curso e certificação dos participantes. Com a Lei 13567 de 2023, foi estabelecida a criação de um Grupo de Trabalho Municipal, envolvendo a Atenção Primária em Saúde (APS), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), os serviços de urgência, hospitais, Instituto do Câncer de Londrina, Universidade e movimentos sociais e terceiro setor. Iniciou-se com oficinas para os servidores do SAD, com a apresentação de conceitos e ferramentas, visando a desospitalização segura. Foram realizadas discussões de casos com 54 UBS para pactuar os instrumentos a serem utilizados através de casos referenciados de hospitais. Nestes iniciou-se a formação de equipes de CP, a obtenção de leitos e a ampliação de serviços já existentes. Na urgência, realizou-se oficinas para os fluxos nos casos de pacientes em CP ou elegíveis. A próxima etapa será a discussão em CP para as Equipes Multiprofissionais e de Saúde Bucal. Reflexão e recomendações: É necessária a manutenção da Educação Permanente em Saúde para os profissionais de toda a RAS, tendo o CP como eixo transversal. A Residência de Medicina de Família e Comunidade foi fundamental na implantação da Lei Municipal, e reforça a APS como ordenadora do cuidado. Um desafio é a rotatividade dos profissionais. Finalmente, a participação popular e o controle social são fundamentais para envolver a comunidade na definição de políticas e na avaliação dos serviços de CP, garantindo que as iniciativas atendam efetivamente às necessidades. |
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A ARTE COMO ENFRENTAMENTO NAS CONDIÇÕES AVERSIVAS DA PANDEMIA Autores: Camila Cristina Lunardelli Zanfrilli | Edmarlon Girotto, Alberto Dúran González Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Cuidados Farmacêuticos; Artes; Medicina nas Artes Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3546 Resumo: Fui artesã no projeto de extensão SensibilizArte de 2017 à 2022 na frente do artesanato e durante todo esse tempo – minha formação em farmácia e ingresso no Mestrado em Saúde Coletiva – nunca havia imaginado que enfrentaríamos uma pandemia de tal magnitude como foi a da COVID-19. O SensibilizArte possui como base a Política Nacional de Humanização, tão necessária em toda essa luta contra a COVID-19. A arte se faz importante na vida humana desde a pré-história, foi uma das formas de retratar a vida há milhares de anos, e nesta pandemia sua função foi das mais diversas possíveis, desde como entretenimento para permanecer em casa durante a quarentena até para o enfrentamento da perda de costumes antes rotineiros. Diante disso, as entradas do projeto foram adiadas devido a necessidade de contenção do vírus e assim, nossos encontros passaram a ser remotos – perdendo se não toda, mas grande parte do significado do projeto para cada um dos sujeitos que compõem este movimento. Quando o projeto pode voltar a realizar entradas eu já era farmacêutica. Me ocorreu que não poderia mais realizar entradas e que a tão conhecida despedida do SensibilizArte (a entrada de Natal geralmente é a última para aqueles que estão próximos da formatura) não ocorreu. Havia sido a entrada de Natal de 2019 e eu nunca imaginei que poderia ser a última. Durante os anos que se passaram, não conseguia participar com frequência dos encontros remotos, pois eu queria esquecer a vida “normal” na esperança de me adaptar melhor, de evitar o sofrimento, de evitar lembrar que havia tantas perdas acontecendo ao mesmo tempo. Porém, durante o tempo de quarentena a arte foi ainda mais importante na minha vida e creio que na de muitos outros também. O tempo passou vagarosamente e, no dia que menos esperava recebi a notícia que poderia realizar minha última entrada de despedida no Hospital Universitário. Não foi uma entrada conjunta com as outras frentes como sempre ocorrem no Natal, mas foi tão memorável quanto. A despedida do projeto trouxe à tona a jornada percorrida desde 2017 e a finalização de um capítulo que me mudou para sempre nesta estrada da formação acadêmica como farmacêutica e também como sujeito. As experiências vividas no hospital possuem semelhanças, mas também muitas discrepâncias entre si, atravessado pelas histórias de vida dos usuários/pacientes. Gostaria de destacar que a arte pode sim, ser terapêutica, de forma a complementar os tratamentos convencionais. |
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REDE INTERSETORIAL DE ATENDIMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: FACILITADORES E DIFICULTADORES DA ARTICULAÇÃO ENTRE OS SERVIÇOS. Autores: Josiane Nunes Maia | Marselle Nobre de Carvalho Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: : Violência Contra a Mulher; Rede de atendimento; Articulação; Facilitadores; Dificultadores. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3622 Resumo: Introdução: a rede de atendimento à mulher em situação de violência é composta por diversos serviços que podem gerar ações de grande impacto na vida das mulheres. Os governos e a sociedade civil possuem um papel a desempenhar na prevenção e no combate da violência contra as mulheres, e na assistência a ser prestada a cada uma delas. Todavia, ainda existe uma tendência ao isolamento dos serviços e à desarticulação entre os diversos níveis de governo no enfrentamento da questão. O trabalho em rede surge, então, como um caminho para superar essa desarticulação e a fragmentação dos serviços, por meio da ação coordenada de diferentes áreas governamentais, com o apoio e monitoramento de organizações não-governamentais e da sociedade civil como um todo. Desta forma, o artigo tem como objetivo analisar os facilitadores e os dificultadores da articulação na Rede de Atendimento à Violência contra as Mulheres do município de Londrina-Pr. Método: trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório e analítico, realizado com membros da rede de enfrentamento a violência contra as mulheres. A amostra foi intencional, totalizando 28 participantes. A técnica de coleta foi a entrevista semiestruturada realizada de abril a maio de 2021, a observação participante com registros no diário de campo, no período de abril a agosto de 2021, e a análise documental de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Resultados/discussão: emergiram duas categorias: os facilitadores e os dificultadores da articulação na rede intersetorial de atendimento. Os facilitadores evidenciam a necessidade de manter a rede articulada e institucionalizada para garantir a implementação e a continuidade das políticas públicas, já os desafios apontam para a ausência de referência e contrarreferência e ainda a ausência de políticas públicas transversais, que resulta no cuidado fragmentado que gera a revitimização, favorecendo novas situações de violências. O estudo identificou facilitadores que confirmam a importância da manutenção da rede instituída e articulada, e os dificultadores que apontam para necessidade de estratégias que visem a alocação adequada e qualificar os profissionais. Conclusões: os resultados fornecem subsídios e estimulam discussões quando se trata dos facilitadores, visando a modificação ou potencialização do modo de organizar, planejar e executar as ações em busca do fortalecimento da articulação na rede, e apontam para um caminho a perc |
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ATIVIDADES COLETIVAS ALUSIVAS A CAMPANHA DO SETEMBRO AMARELO Autores: Luize Vanessa Ricci | Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Pato Branco-PR Palavras-chave: Setembro Amarelo; Atividades Coletivas; Saúde Mental; Dinâmicas de grupo. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3623 Resumo: Conforme o que mostram várias publicações da Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos de suicídio têm aumentado nas últimas décadas. Sendo esta demanda de suma importância devido ao seu impacto social, tanto em termos numéricos, quanto em relação a familiares, amigos ou conhecidos das pessoas que fazem uma tentativa ou ameaçam se suicidar (CFP, 2013). Vale destacar que a Campanha do Setembro Amarelo visa à conscientização sobre a prevenção do suicídio. Considerando isso, e pensando nas possibilidades de ações, verifica-se que a Atenção Primária possui proximidade e territorialidade com os usuários e a comunidade, pois está na ponta do cuidado, assim tem a possibilidade de poder propiciar uma nova abordagem e uma nova compreensão sobre a temática (ABP, 2014). Desta forma, o presente trabalho se baseia no relato de experiência das atividades coletivas desenvolvidas pela Psicóloga da eMulti no Município de Pato Branco-PR no mês de setembro de 2023, em alusão à campanha do Setembro Amarelo. As atividades de abordagens coletivas foram realizadas nos grupos de atividade física, pertencentes à área de atuação (região norte do Município), totalizando 05 grupos. De tal forma que a profissional de Educação Física da Saúde, responsável por tais grupos, disponibilizou parte do tempo das aulas para que o tema do Setembro Amarelo fosse trabalhado. Além das atividades mencionadas anteriormente, foi abordada a temática da campanha do Setembro Amarelo em dois Colégios Estaduais, pertencentes também ao território de atuação da profissional. Foi realizada atividade coletiva em uma empresa do território, visto que solicitaram junto a secretaria municipal de saúde. A metodologia utilizada nas atividades consistiu basicamente em exposição dialogada sobre o assunto e na aplicação de dinâmicas de grupos. Foi abordada a origem e o objetivo da campanha do Setembro Amarelo; os tabus e mitos em relação ao suicídio e a saúde mental; os sinais de alerta e principalmente onde procurar ajuda profissional. Foram realizadas dinâmicas de grupo pela valorização da vida. Através destas ações buscou-se informar o maior número de usuários em um menor espaço de tempo sobre o tema, além de tentar contribuir na diminuição do preconceito/estigma que envolve a questão de saúde mental na sociedade, promover a qualidade de vida e incentivar que os usuários busquem ajuda profissional quando necessário. |
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AURICULOTERAPIA NA INTEGRALIDADE DO CUIDADO DE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA Autores: Maria Julia de Oliveira Lucente | ELEINE MARTINS, LIGIA MARIA FACCI Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: Medicina tradicional chinesa; Auriculoterapia; Saúde mental; Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3645 Resumo: Introdução: A prevalência de transtornos psicológicos em estudantes universitários é significativa e muitos não procuram ajuda profissional. Pensando na integridade do cuidado de futuros profissionais da saúde, estratégias para lidar com esses enfrentamentos diários, como fontes de apoio para os estudantes e métodos de tratamento de ansiedade, são necessárias, incluindo a auriculoterapia. Objetivo: Avaliar os efeitos da auriculoterapia em estudantes de fisioterapia. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo do tipo série de casos, sendo incluídos estudantes de fisioterapia, independente do gênero e faixa etária. Foram utilizados questionários auto aplicáveis para avaliar intensidade de dor (Questionário Nórdico), ansiedade e depressão (HADS), espiritualidade (EBE) e qualidade de vida (SF-36). Os participantes receberam três sessões de tratamento, com um intervalo de 10 dias entre cada sessão, utilizando pontos específicos na orelha: Triângulo Cibernético (Shen Men, Rim e Simpático), Pulmão Superior, Pulmão Inferior, Fígado Yang 1, Fígado Yang 2, Ansiedade e Dupla da Ansiedade. Resultados: O estudo envolveu 26 estudantes de fisioterapia, a maioria mulheres (84,6%) com média de idade de 21 anos e do terceiro ano da graduação. Em relação à saúde mental, menos da metade possuía comorbidade emocional diagnosticada e poucos estavam em acompanhamento psicológico/psiquiátrico ou fazendo uso de ansiolíticos e antidepressivos. O tratamento foi efetivo na redução da ansiedade (p< 0,05), mas não houve diferença estatisticamente significativa na escala de depressão (p=0,148). Houve uma melhora na qualidade de vida nos domínios vitalidade (p=0,041) e aspectos sociais (p=0,04), aspectos emocionais (p<0,046) e saúde mental (p<0,04) entre os momentos iniciais e durante dos participantes. O tratamento não apresentou muitos aspectos adversos, sendo a dor local o mais comum. Conclusões: Em estudantes de fisioterapia a auriculoterapia reduziu a ansiedade, aumentou a vitalidade, reduziu as dores osteomusculares e aumentou o bem estar geral. Poucos efeitos adversos relacionados à técnica utilizada foram relatados pelos estudantes. |
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QUAL A IMPORTÂNCIA DO CIRUGIÃO-DENTISTA NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ONCOLÓGICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA? Autores: Camila Salvador Sestario | Vivian Biazon El Reda Feijó, Valéria Costa Evangelista da Silva, Arthur Parminondi Elias, Clodoaldo Zago Campos, Joyce Sayuri Yamada Leoncio Instituição: Hospital Universitário de Londrina Palavras-chave: Odontologia; Equipe Multiprofissional; Oncologia Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3660 Resumo: A legislação de saúde recentemente promulgada, Lei nº 14.572, de 2023, incorporada à Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que prevê atenção à saúde bucal em todos os estratos de complexidade, abrangendo de maneira específica os pacientes acometidos por neoplasias, conforme previsto nos dispositivos consagrados na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Em 2005, o Ministério da Saúde permitiu que cirurgiões-dentistas emitissem autorizações de internação hospitalar (AIH) e estabeleceu a Política Nacional de Atenção Oncológica, garantindo o acesso de pacientes com câncer a serviços públicos de saúde. Nesse contexto regulamentar, é fundamental reconhecer que a abordagem completa do tratamento antineoplásico demanda a expertise de uma equipe multiprofissional, uma vez que a saúde bucal deficiente pode aumentar o risco de infecções graves, enfatizando a necessidade da intervenção odontológica para evitar complicações. O objetivo desse estudo foi avaliar as condições de saúde bucal dos pacientes oncológicos atendidos pela Clínica de Oncologia, do Hospital Universitário de Londrina (HU/UEL), que atende exclusivamente aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), visando prevenir os agravos bucais no período que antecede o tratamento quimioterápico. Trata-se de um estudo de coorte, retrospectivo, e coleta em prontuários eletrônicos dos pacientes diagnosticados com câncer, atendidos no Ambulatório do HU/UEL, no período de maio a junho de 2023, após a inserção do serviço da Odontologia Hospitalar na equipe multiprofissional da Oncologia. A amostra conta com 11 pacientes diagnosticados com câncer, 60% do sexo feminino, com idades variadas entre 40 e 60 anos e os tumores prevalentes foram o câncer de mama e de cólon. Após avaliação minuciosa, conduzida pelo cirurgião dentista, observou-se que 72,7% dos pacientes careciam de tratamento odontológico anteriores à quimioterapia e 27,3% não necessitavam de intervenção, sendo que 18,2% eram desdentados totais e 9,1% apresentavam a saúde bucal adequada. Identificou-se as seguintes necessidades de intervenções odontológicas: 81,8% tratamento restaurador, 63,6% tratamento periodontal e 45,5% exodontia dentária. Se torna evidente a necessidade de intervenções odontológicas antes do início da terapia quimioterápica de pacientes recém-diagnosticados. A Odontologia Hospitalar desempenha um papel crucial na prevenção de complicações, reduzindo hospitalizações e custos, além de preservar a qualidade de vida desses pacientes. |
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PACIENTES NEUROMUSCULARES EM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR PÚBLICO: TEMPO DE PERMANÊNCIA E ÓBITO. Autores: Elenize Losso | Dayane Paredes, Clovis Cechinel Instituição: FEAS Palavras-chave: Doenças neuromusculares. Serviços de assistência domiciliar. Avaliação de resultados em cuidados de saúde. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3663 Resumo: Introdução: As doenças neuromusculares incidem no Brasil e programas de atenção domiciliar têm acolhido estes pacientes, inclusive para paliação. Objetivo: Analisar descritivamente as variáveis tempo de permanência no programa e desfechos, como parte de um estudo principal. Metodologia :Estudo observacional, retrospectivo, CAAE 63440122.8.0000.0101,75 pacientes, ambos os sexos, predominantemente com diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica, dependência funcional de moderada a grave, em uso dispositivos alimentares, respiratórios, ventilatórios e de suporte a vida. A permanência no programa foi estratificada em 3 classes: de 0 a 6 meses, 7 meses a 1 ano e acima de 1 ano. Os desfechos foram: óbito, alta administrativa, alta clínica e ainda em atendimento. Resultados/Discussão: Análises estatísticas parciais mostraram o predomínio de pacientes com permanência em até 6 meses (64%) e saída por óbitos (44 ,6%), confirmando-se dos caráteres de incapacitação e letalidade de doenças neuromusculares; com p<0,001 em testes de associações para amostras independentes. Conclusão: Para fins de aplicabilidade clínica e de gestão de serviço, a análises estatísticas podem direcionar na tomada de decisões e aperfeiçoamento na assistência. |
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CONSULTA COMPARTILHADA COMO FERRAMENTA DE ATENÇÃO MULTIDICIPLINAR EM SAÚDE Autores: Soraya dos Santos Souza | Mayra da Silva Araújo, Jacqueline Danesio de Souza Instituição: Universidade Estadual de Londrina - UEL Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Equipe interdisciplinar de saúde; Saúde pública. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3666 Resumo: Caracterização do problema: O Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) incorpora novos pensamentos e ações que transformam os modelos de atenção atual que desenvolvem suas ações baseados em modelos biomédicos pré-estabelecidos. Justificativa: O trabalho multidisciplinar é importante para o fortalecimento do vínculo entre profissional e paciente gerando uma assistência centrada no protagonismo do usuário. Objetivo: Descrever a dinâmica de atendimento compartilhado como ferramenta de cuidado e promoção da saúde com atuação multidisciplinar realizada por profissionais de Educação Física e Nutrição da RMSF, em uma unidade básica de saúde do município de Londrina, PR. Descrição da experiência: As consultas foram organizadas para que ocorressem toda quarta feira, com duração média de 1 hora. As orientações foram realizadas pelos dois profissionais, iniciando com avaliação antropométrica e anamnese, com perguntas sobre alimentação habitual, rotina, trabalho, moradia, família, condições sócio econômicas e atividade física. Em seguida, se estabelecia intervenções possíveis diante da realidade do paciente, para que houvesse uma melhor adesão ao tratamento e melhora das intercorrências relatadas. Por fim, os usuários eram motivados com metas mensais acordadas e construídas durante o atendimento a fim de promover autocuidado e autonomia. Foram observados melhora da motivação para realização das metas propostas, maior adesão e menor absenteísmo nos atendimentos de retorno. A Política Nacional de Humanização, visa um novo olhar para a promoção da saúde e criação de vínculo entre profissionais e usuários. O trabalho em conjunto, com duas ou mais áreas, permite um entendimento mais efetivo, melhorando assim, a resolutividade dos problemas clínicos apresentados. Reflexão sobre a experiência e recomendações: A troca de saberes entre diferentes profissionais, possibilita um manejo mais eficaz dos problemas apresentados, além de proporcionar uma mudança eficiente do comportamento em saúde. A interação entre várias abordagens propicia um manejo eficaz e coloca em prática um dos princípios das diretrizes do Sistema Único de Saúde: o cuidado integral através da clínica ampliada. Tais aspectos, criam um olhar de assistência para além do método curativo, reconhecendo o usuário como um indivíduo biopsicossocial e não somente biológico. |
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ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DOMICILIAR EM PACIENTES IDOSOS DPOC EM OXIGÊNOTERAPIA DOMICILIAR. Autores: Carla Cristina Zizcycki da Silva | Julye Ywazaki Instituição: FEAS Palavras-chave: Serviço de assistência domiciliar, Fisioterapia, Oxigênio domiciliar. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3668 Resumo: Caracterização do problema: Pacientes idosos com diagnostico clinico de DPOC, em uso de oxigênio (O2) suplementar, quando preenchem critérios de elegibilidade, podem ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar, onde o fisioterapeuta também está inserido. Justificativa: DPOC doença caracterizada pela limitação de fluxo de ar geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões, geralmente associada ao uso de tabaco. Também produz alterações mecânicas na caixa torácica que desencadeiam disfunções físicas limitantes das atividades de vida diária e da qualidade de vida O acompanhamento domiciliar de pacientes idosos DPOC, objetiva melhorar a qualidade de vida do paciente, em um convívio familiar, capacitando o paciente, se possível, e familiares para ficarem a frente dos cuidados com autonomia e segurança. Objetivo: Este relato objetiva descrever das atribuições fisioterapêuticas realizadas no acompanhamento domiciliar de paciente em uso de O2 suplementar Relato de caso: Após a equipe receber a solicitação para o acompanhamento, é realizada visita ao domicilio para admissão do paciente no programa. Nesta, certificamo-nos do funcionamento adequado e seguro do concentrador e cilindro de emergência de O2. Realizamos a avaliação do paciente, adequamos a titulação de oxigênio. Ainda faz parte desta primeira atuação fisioterapêutica, verificar se os cuidadores sabem identificar sinais de alertas para acionar SAMU. No decorrer desta adaptação da família a nova rotina, a fisioterapia ainda realiza intervenções fisioterapêuticas, que visam a prevenção e o tratamento das alterações funcionais nos sistemas respiratório e musculoesquelético, para melhora da qualidade de vida. E verificação de possível desmame de O2 suplementar. Conclusão: Assim, após a alta hospitalar é demonstrada a necessidade de acompanhamento dos programas de atenção domiciliar onde o fisioterapeuta é um dos profissionais fundamentais para o sucesso da transição hospital/ domicilio. |
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ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE PSICOLOGIA GERONTOLÓGICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Roberta Sztorc Pires | Itala Villaça Duarte, Gabriela Visnieski Siqueira, Tuane Caetano dos Santos Ferreira de Souza, Lirian Simões Krupek, Henrique Shody Hono Batista Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Psicologia hospitalar; Formação profissional em saúde; Gerontologia Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3684 Resumo: A hospitalização pode desencadear novos sentimentos no indivíduo idoso, tanto positivos quanto negativos, assim como ressaltar antigos. Esta é uma das demandas que o psicólogo hospitalar consegue trabalhar durante o internamento com o sujeito - o ajustamento ao novo contexto, compreensão das expressões emocionais suscitadas, manejo de angústias e traçar um plano de objetivos para o retorno ao ambiente domiciliar. Transtornos como depressão e ansiedade, demandas relacionadas à funcionalidade/autonomia/independência e lutos podem acometer pacientes hospitalizados e que, ao iniciar um acompanhamento psicológico dentro do ambiente hospitalar, visualizam-se os benefícios com a continuidade deste cuidado mesmo após a alta. Este relato tem por objetivo descrever a caracterização de um serviço ambulatorial de psicologia de um hospital público de Curitiba, gerido por residentes presentes no serviço. Deste modo, este é o intuito do ambulatório de psicologia gerontológica desenvolvido por um programa de residência multiprofissional em saúde do idoso, prestar um acompanhamento mesmo após a desospitalização do idoso, tratando de temas suscitados durante o internamento, mas não restritos ao contexto hospitalar. O fluxo de encaminhamento ocorre frente a visualização da demanda pela equipe multiprofissional que atendeu o idoso internado e necessidade de acompanhamento psicológico. Desde março de 2023, foram realizadas 14 triagens e continuam em acompanhamento um total de 6 pacientes. Os casos que estão em acompanhamento apresentam demandas acerca de retomada de independência após hospitalização, perda de funcionalidade em decorrência de quadros clínicos agudos, quadros depressivos, e alterações comportamentais e investigações de possíveis diagnósticos de prognóstico reservado. O contexto ambulatorial é semelhante ao setting clínico esperado para psicoterapia, assim como a estruturação de sessão de 45 minutos e com a periodicidade a ser estabelecida pelo psicólogo responsável. Comumente, caso o projeto do ambulatório não ocorresse, tais demandas seriam encaminhadas para as filas de psicoterapia das unidades de saúde, as quais poderiam não dar sequência tão rapidamente visto a quantidade de encaminhamentos presentes na rede SUS. A possibilidade do paciente ser atendido em um espaço-tempo relativamente curto em relação à rede SUS como um todo proporciona um melhor tratamento às demandas emergentes e gera continuidade do cuidado em prol do paciente. |
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CUIDAR DE QUEM CUIDA: GRUPOS PSICOTERAPÊUTICOS PARA CUIDADORES DE IDOSOS HOSPITALIZADOS Autores: Gabriela Visnieski Siqueira | Henrique Shody Hono Batista, Andreza Cristina da Silva, Franciele dos Santos Pombal, Izabelle de Oliveira Barbarine, Julio Omar Silva Instituição: FEAS - Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Psicoterapia; Saúde Mental; Atenção Integral à Saúde do Idoso Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3687 Resumo: A experiência cotidiana e as pesquisas científicas indicam a existência de impactos emocionais adversos em familiares, especialmente ao desempenharem a função de cuidadores informais de pacientes adoecidos e dependentes. Neste contexto, a hospitalização do paciente pode intensificar emoções difíceis como angústia e estresse, na medida em que o internamento hospitalar representa um período de crise na vida do paciente e da família, colocando-os sob novos riscos e ameaças. O cuidado multiprofissional deve se atentar para as necessidades do paciente, mas também prestar apoio e suporte psicossocial aos familiares, principalmente, para aqueles que estão como acompanhantes do paciente hospitalizado. Este relato tem por objetivo descrever uma experiência de intervenção psicológica a familiares cuidadores de pacientes idosos internados em um hospital público da cidade de Curitiba. A intervenção psicológica ocorreu por meio da oferta de grupos psicoterapêuticos, destinados a familiares que estavam como acompanhantes dos pacientes hospitalizados. Os grupos eram mediados por uma dupla de estagiários de psicologia, sob supervisão dos psicólogos da instituição. Os grupos ocorreram em dois períodos, o primeiro grupo (G1) ocorreu de Agosto de 2022 à Novembro de 2022 e o segundo grupo (G2) ocorreu de Março de 2023 à Junho de 2023. No G1, foram ofertadas 20 sessões de grupo, com participação que variou de 1 a 4 familiares por sessão, totalizando 47 participantes. Já no G2 foram ofertadas 15 sessões de grupo, com participação que variou de 1 a 6 familiares por sessão, totalizando 50 participantes. Nas sessões de grupo, foram trabalhadas temáticas sobre autocuidado, suporte social, família, empoderamento do cuidador, luto antecipatório e formas de lidar com sentimentos de culpa, ansiedade e insegurança. As intervenções psicológicas utilizadas foram escuta terapêutica, incentivo ao compartilhamento de experiências comuns entre os membros e uso de dinâmicas lúdicas para facilitar a interação. Por meio do relato subjetivo, os familiares que participaram dos grupos avaliaram satisfatoriamente as sessões, expressando sentimentos como gratidão, alívio emocional e sensação de reconhecimento. Recomendamos que intervenções de suporte psicossocial sejam fortalecidas nas instituições de saúde para que a humanização e a integralidade do cuidado tragam impactos positivos à experiência dos pacientes e dos familiares. |
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MUDANÇA PARA O SISTEMA DE PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PRESCRIÇÃO CONTÍNUA: UMA EXPERIÊNCIA DE OTIMIZAÇÃO DO TEMPO MÉDICO E FARMACÊUTICO Autores: Jouglas Alves Tomaschitz | Tiago Candido de Mello, José Carlos Brugeff, Marcos Antonio de Oliveira Pena Instituição: Fundação Estatual de Atenção à Saúde de Curitiba Palavras-chave: Prontuário Eletrônico; Prescrição Continua; Otimização do Tempo Médico Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3709 Resumo: Caracterização do problema: O Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns, administrado pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) enfrentava desafios relacionados à prescrição de medicamentos em seu sistema de prontuário eletrônico. As prescrições diárias demandavam lançamentos repetitivos e verificação constante de dados por parte da equipe médica e farmacêutica. Justificativa: A busca por uma solução para otimizar o tempo dos profissionais de saúde e melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes motivou a realizar uma mudança no sistema de prescrição. Objetivos: O objetivo desta experiência foi relatar a implantação bem-sucedida do sistema de prontuário eletrônico com prescrição contínua, com ênfase na otimização do tempo médico e farmacêutico. Descrição da Experiência: A implementação do sistema de prontuário eletrônico com prescrição contínua envolveu várias etapas. A equipe de Tecnologia da Informação conduziu treinamentos detalhados para médicos e farmacêuticos, visando familiarizá-los com a nova forma de prescrição e as funcionalidades do sistema. Além disso, a equipe de análise clínica farmacêutica passou por uma capacitação específica para trabalhar com as prescrições contínuas, compreendendo que as prescrições não se repetiriam diariamente como antes, mas seriam estudadas apenas em seu primeiro lançamento. Reflexão sobre a Experiência: A mudança para o sistema de prescrição contínua resultou em benefícios significativos. A eliminação do relançamento diário de prescrições economizou 39% do tempo médico, reduzindo em proporção similar o trabalho da análise clínica farmacêutica. Isso permitiu que o tempo valioso dos profissionais de saúde fosse direcionado à interação direta com os pacientes. Recomendações: Com base nesta experiência, recomendamos que outras instituições de saúde considerem a adoção de sistemas de prescrição contínua para otimizar o tempo médico e farmacêutico. É fundamental investir em treinamento e capacitação para garantir uma transição suave e eficiente. |
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PROTOCOLO DE DELIRIUM: DO DIAGNÓSTICO A IMPLEMENTAÇÃO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CURITIBA Autores: Henrique Shody Hono Batista | Regiane Mendes Tarocco Borsato, Rosane Kraus, Elaine Janeczko Navarro, Michele Ioris Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde de Curitiba (FEAS) Palavras-chave: Delirium; Transtornos Neurocognitivos; Protocolos Clínicos Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3711 Resumo: O delirium é uma síndrome neuropsiquiátrica que acomete o paciente hospitalizado, principalmente idosos. É caracterizada como um estado confusional agudo que compromete as funções cognitivas e sua incidência está associada a piora do prognóstico, com maior risco de mortalidade. Pesquisas apontam que, pelo menos, 30% dos idosos hospitalizados em enfermarias desenvolvem esta síndrome, podendo chegar a 80% em UTI. Os fatores de risco para o delirium são: idade igual ou superior a 75 anos, doenças neurológicas, doenças crônico-degenerativas, uso de substâncias psicoativas, déficits sensoriais e fatores ambientais. Apesar da problemática listada, é comum que o delirium seja subdiagnosticado, gerando maiores riscos ao paciente. Este relato tem por objetivo descrever a experiência de desenvolvimento e implementação de um protocolo para avaliação e manejo do delirium em um hospital público de Curitiba, especializado na assistência ao idoso. O protocolo foi desenvolvido em um Grupo de Trabalho (GT), composto por profissionais de enfermagem, fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional e medicina. O GT adotou uma metodologia de trabalho com cinco etapas: 1) discussão sobre os desafios que os profissionais encontravam em sua prática, visando um brainstorming de ideias, sugestões e formas de cuidado ao paciente em risco de delirium; 2) desenvolvimento e aplicação de um questionário para avaliar o conhecimento prévio dos profissionais da instituição sobre a síndrome e avaliar fatores ambientais que aumentam o risco de delirium; 3) avaliação dos dados coletados no questionário para escrita do protocolo personalizado à realidade da instituição; 4) treinamento das equipes sobre os fluxos de avaliação e manejo desenvolvidos no protocolo e 5) construção de indicadores de qualidade. O protocolo instituiu que pacientes internados, com idade igual ou superior a 70 anos, devem ser avaliados diariamente com uso do Confusion Assessment Method (CAM), pelo enfermeiro da unidade. Os demais membros da equipe multiprofissional realizam a avaliação quando observada alteração de função cognitiva no paciente. O médico é acionado para confirmar o diagnóstico e adotar medidas de tratamento. O protocolo foi implementado em Julho de 2023 e foram realizados treinamentos para os profissionais de saúde. Recomendamos que as instituições desenvolvam protocolos personalizados, que busquem favorecer a prevenção, o diagnóstico e o manejo do delirium. |
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AMBULATÓRIO DE APOIO PSICOLÓGICO A ADULTOS E IDOSOS: O CUIDADO A FAVOR DA RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA Autores: Henrique Shody Hono Batista | Itala Villaça Duarte, Gabriela Visnieski Siqueira, Tuane Caetano dos Santos Ferreira de Souza, Regiane Mendes Tarocco Borsato Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde de Curitiba (FEAS) Palavras-chave: Saúde Mental; Aconselhamento; Psicoterapia. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3712 Resumo: A maturidade e a velhice são fases do desenvolvimento humano marcadas por mudanças biopsicossociais. É comum uma maior preocupação com a saúde e a funcionalidade, principalmente em casos em que este período da vida envolve episódios de hospitalização e idas frequentes ao médico. Neste sentido, vivenciar o processo saúde-doença pode ser catalisador de processos psicológicos que interferem no humor, na autoconsciência e na percepção de satisfação com a vida, o que pode exigir apoio especializado de um psicólogo. Este relato tem por objetivo apresentar uma experiência de apoio psicológico dedicado a adultos e idosos que frequentam a rede de saúde de Curitiba. O apoio psicológico é prestado por meio de um ambulatório, que recebe encaminhamento do público interno de um hospital municipal com foco na saúde da pessoa idosa. São inseridos casos de depressão, ansiedade, luto, dificuldades de relacionamento, descoberta/progressão de doenças crônicas e percepção de insatisfação com a vida. O apoio psicológico ocorre por meio de um fluxo de trabalho que envolve: 1) entrevista inicial para acolhimento da demanda; 2) consultas para aprofundamento da demanda e uso de escalas de rastreio de depressão e ansiedade; 3) intervenção psicoterapêutica com técnicas de acolhimento, escuta, perguntas de auto reflexão e incentivo a construção de projeto de vida e 4) encaminhamento para psiquiatria, se necessário. A frequência de atendimento pode ser quinzenal para casos em que há a presença de autoconsciência, capacidade de abstração, produção de insight, motivação e implicação no tratamento psicológico ou mensal para casos em que algum destes fatores está comprometido, mas há a necessidade de monitorização do quadro de saúde do paciente e aconselhamento ao cuidador. De janeiro a agosto de 2023, foram avaliados um total de 21 encaminhamentos, que resultaram em 18 casos inseridos para acompanhamento psicológico. Destes casos, a maior representatividade de pacientes foi de pessoas idosas (idade igual ou superior a 60 anos). Entre as demandas apresentadas, destacam-se o suporte psicológico para depressão, ansiedade, luto e insatisfação em relações interpessoais. Todos os pacientes possuíam comorbidades e doenças crônicas com impactos na qualidade de vida, sendo verificada a necessidade de apoio psicológico para favorecer a ressignificação da vida. Recomendamos a criação e o fortalecimento de ambulatórios de psicoterapia para fortalecer o cuidado integral a pessoas com doenças crônicas. |
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FONOAUDIOLOGIA E OS ASPECTOS AFETIVOS DA ALIMENTAÇÃO EM FIM DE VIDA: RESULTADOS PARCIAIS DE UMA REVISÃO DA LITERATURA Autores: Bruna Coladith Barboza | Larissa Giovanna da Silva Leite, Paloma Alves Miquilussi, Isabel de Lima Zanata , Ana Lidia Emerick Rosa Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde - FEAS Palavras-chave: Idoso; Dieta; Fim de Vida Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3727 Resumo: Introdução: O envelhecimento é um processo natural que envolve mudanças anatômicas, podendo ocasionar dificuldades funcionais. Uma das funções que pode sofrer alterações é a deglutição, afetando diretamente a alimentação desses pacientes. Sendo uma função vital que envolve aspectos orgânicos, emocionais, sociais e culturais, a alimentação, principalmente em fim de vida, tem particularidades ainda maiores pela complexidade dos quadros e carga afetiva envolvida, seja por parte da família, do paciente ou da equipe. Os aspectos afetivos da alimentação estão diretamente ligados a comportamentos e valores que determinam o significado que o alimento representa na vida da pessoa. Dessa forma, compreender os fatores vinculados ao comportamento alimentar é de extrema importância por permitir ao profissional viabilizar conforto, respeitando desejos e valores do paciente. Objetivo: Apresentar dados parciais da analisar a produção científica sobre os aspectos afetivos da alimentação em fim de vida. Método: Esta pesquisa trata-se de uma revisão integrativa, a partir da pesquisa pelos descritores em Ciências da Saúde (DeCs) “Dieta”, “Fim de Vida” e “Idoso”, sendo pesquisados nas bases de dados Scielo, LILACS e PubMed com limitadores de idiomas inglês e português. A busca foi realizada por combinações de dois e três descritores associados (e/and). O período determinado das publicações analisadas foi de 2013 a 2023, sendo considerados como critérios de inclusão: artigos inéditos, disponíveis na íntegra, publicados em revistas científicas em português e inglês. Resultados/Discussão: A busca resultou em 41 artigos encontrados nas seguintes bases de dados: PubMed (n=39), LILACS (n=1), SciELO Brasil (n=1). Após leitura dos títulos e resumos, com aplicação dos critérios de inclusão, permaneceram 15 artigos, que foram lidos na íntegra. Os estudos incluídos foram publicados entre 2014 e 2020. Quanto ao local de origem, a maioria das pesquisas foi feita nos Estados Unidos, e os demais em outros 7 diferentes países. Quanto ao idioma, todos foram publicados em língua inglesa. A discussão deste trabalho ainda está em andamento. Conclusão: A escassez de pesquisas sobre os aspectos afetivos da alimentação em fim de vida, evidencia a necessidade de mais discussões sobre o tema. |
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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PARA PESSOAS IDOSAS ACOMETIDAS POR LESÃO POR PRESSÃO EM DOMICÍLIO Autores: Cristiane Gislaine Lucena | ANA KAROLINE DA COSTA DA SILVA, ANDRÉIA DE BRITO CORDEIRO, JUSEMAR GONÇALVES, TAIS AMANDA HASS Instituição: FEAS Palavras-chave: Enfermagem Domiciliar; Processo de Enfermagem; Saúde do Idoso. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3728 Resumo: Caracterização do problema: No cenário de Serviço de Atenção Domiciliar da cidade de Curitiba-PR, que uma das principais demandas para o enfermeiro no contexto domiciliar, é o cuidado à pessoa idosa acometida por lesão por pressão. Justificativa: É fundamental que o enfermeiro desenvolva ações de cuidado por meio de um olhar holístico no atendimento a pessoas idosas acometidas pela lesão por pressão, ou seja, um olhar amplo frente às necessidades de cuidado. Para tal, pode-se utilizar o Processo de Enfermagem, que é um instrumento metodológico composto por cinco etapas sendo, coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem. A sua aplicação favorece a tomada de decisão do enfermeiro direcionando suas ações e da equipe de enfermagem, além de trazer benefícios aos pacientes e suas famílias. Objetivo: Relatar uma experiência sobre os diagnósticos de enfermagem para pessoas idosas acometidas por Lesão por Pressão em domicílio. Descrição da experiência: Durante visitas domiciliares para pessoas idosas acometidas pela lesão por pressão devem ser observadas as necessidades do paciente e do cuidador. Com base na taxonomia NANDA de enfermagem 2021-2023, são elencados os diagnósticos de enfermagem, sendo comumente visto neste cenário e população os seguintes: Lesão por Pressão em adulto; Integridade da pele prejudicada; Mobilidade física na cama prejudicada; Interação social prejudicada; Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais; Síndrome do idoso frágil; Risco de motilidade gastrintestinal disfuncional; Risco de trombose; Risco de baixa autoestima situacional; Risco para tensão de papel de cuidador; Risco de queda; Risco de infecção. Reflexão: A valorização do Processo de Enfermagem como instrumento objetivo de cuidado corrobora para o desenvolvimento de ações sistematizadas. A partir da identificação dos diagnósticos de enfermagem, o enfermeiro pode realizar intervenções a fim de minimizar os riscos de saúde no ambiente domiciliar e construir um plano terapêutico singular pautado no objetivo do serviço, que é instrumentalizar o paciente e seu cuidador para promoção de cuidados domiciliares. Recomendações: Recomenda-se que os enfermeiros apliquem o processo de enfermagem para a construção de um Plano Terapêutico Singular para os usuários da atenção domiciliar. |
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ATENÇÃO DOMICILIAR COMO ESTRATÉGIA PARA EVITAR A HOSPITALIZAÇÃO DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO Autores: Marina Abreu de Oliveira Marcondes | Tatiane Correa Filipak, Angelita Izabel Silva , Sulamita de Paula Santos, Sezifredo Paulo Alves Paz, Isabel de Lima Zanata Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Visita domiciliar; Serviços Médicos de Emergência, Serviços de Assistência Domiciliar, Atenção à Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3729 Resumo: ATENÇÃO DOMICILIAR COMO ESTRATÉGIA PARA EVITAR A HOSPITALIZAÇÃO DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO DESCRITORES: Visita domiciliar; Serviços Médicos de Emergência e Serviços de Assistência Domiciliar.Caracterização do problema: Pacientes estáveis clinicamente que atendiam aos critérios para acompanhamento domiciliar, mas que permaneciam internados em UPAs aguardando disponibilidade de leito hospitalar para continuidade do tratamento. Justificativa: Ampliar o número de pacientes em acompanhamento domiciliar após qualificação das UPAs, visando reduzir o número de solicitações na Central de Leitos em leitos hospitalares para continuidade do cuidado. A pandemia do COVID-19 e sua alta transmissibilidade tornou-se um grande desafio para os Serviços de Saúde que necessitaram expandir o número de leitos e sua capacidade de atendimento nos mais diversos níveis de complexidade. Por isso, foi necessário ampliar o número de desospitalização de pacientes em UPAs, visando reduzir o número de solicitações na Central de Leitos em leitos hospitalares para continuidade do cuidado. Objetivo: Relatar uma experiência de reduzir o número de solicitações de leitos hospitalares para os pacientes que atendiam aos critérios para acompanhamento domiciliar, mas que estavam internados. Descrição da experiência: Com o início da busca ativa realizada pelas equipes do Programa Saúde em Casa nas UPAs foi possível admitir o total de 760 pacientes no período de janeiro a dezembro de 2022 em oito unidades. A admissão dos pacientes atendia a critérios de estabilidade e com isso 760 leitos hospitalares foram otimizados e direcionados à pacientes que necessitavam de maiores recursos para continuidade do cuidado. Reflexão sobre a experiência: A necessidade de planejamento para o enfrentamento da pandemia trouxe muitos desafios como a necessidade de ampliação de serviços de saúde e número de leitos para diversos tipos de complexidade assistencial. Com a possibilidade de internamentos domiciliares para continuidade de cuidado dos pacientes, foi possível direcionar os leitos hospitalares aos casos mais complexos e que dependeriam dos recursos hospitalares. Recomendações: A atenção domiciliar como modalidade complementar de atenção à saúde permitiu a recuperação do indivíduo em seu domicílio com seus familiares e com apoio de uma equipe de saúde multiprofissional capacitada além da disponibilização de leitos hospitalares para pacientes com maior complexidade assistencial. |
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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA ORIENTAÇÕES DE ALTA SISTEMATIZADAS PELO ENFERMEIRO NAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO Autores: Ana Karoline da Costa da Silva | Camilla Ferreira de Lima , Michele Ioris , Gabriela Milczewski , Rosane Kraus , Heitor Medeiros Junior Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Educação em Saúde; Plano de Cuidados de Enfermagem; Transição do Hospital para o Domicílio. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3736 Resumo: Introdução: A integralidade fundamenta as práticas do cuidado e da saúde, e é um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde e também, um dos pilares da desospitalização, que tem como objetivo identificar as necessidades do usuário e cuidador e planejar para a alta. Objetivo: Propor intervenção para orientações de alta sistematizadas pelo enfermeiro nas unidades de internação. Método: O estudo foi conduzido pelo Método da Problematização fundamentada no Arco de Maguerez que contempla cinco etapas para sua efetivação, sendo respectivamente observação da realidade, pontos chaves, teorização, hipóteses de solução e aplicação da realidade. Resultados: A Observação da Realidade ocorreu nas unidades de internação de um hospital público de referência ao atendimento a pessoas idosas na cidade de Curitiba-PR, identificou-se a ausência de um fluxo de alta padronizado pelo enfermeiro. Foram elencados os seguintes pontos-chave: Educação em Saúde; Plano de Cuidados de Enfermagem; Transição do Hospital para o Domicílio. Com base na teorização, de acordo com a resolução Cofen nº 564/2017, cabe ao enfermeiro aplicar o processo de Enfermagem para planejar, implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade. Nesse sentido, destaca-se o papel do enfermeiro de realizar educação em saúde com o usuário e o seu cuidador, o que contribui para promoção da saúde, reabilitação e recuperação. A quarta etapa são as hipóteses de solução, que foi proposto desenvolver um caderno ilustrativo de orientações para os cuidados com dispositivos como oxigenoterapia, ostomias, curativos simples, dieta enteral, traqueostomia, aspiração, cuidados com o insulino-dependente, sondas vesicais, drenos, uso de fralda e organização de medicamentos. Além de incluir no sistema tópicos relacionados às orientações de alta do enfermeiro, capacitar o enfermeiro para o processo de alta sistematizada e instrumentalizar o usuário e/ou cuidador para os cuidados. Conclusões: Devido a importância do enfermeiro realizar a instrumentalização do cuidado de maneira sistematizada, espera-se que a intervenção contribua com a transição do cuidado para o domicílio de maneira integral. |
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SETEMBRO AMARELO - "CUIDANDO DE QUEM CUIDA" Autores: Vitor Bezerra de Menezes Picanço | Amanda Ribeiro Macedo, Rafael André Corsini, Nadia Cristina Vigario de Melo, Silvia Regina de Oliveira da Silva, Jéssica Barbosa Langner Instituição: FEAS Palavras-chave: Prevenção ao Suicídio; Programa de Saúde Ocupacional; Saúde Mental Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3742 Resumo: Caracterização do problema: Reconhecer a importância do tema Suicídio no universo do trabalho possibilita uma nova experiência de cuidado e de cuidar. Pensado o Cuidar como verbo de ação e de encontro, a Saúde Ocupacional junto e o Centro de Capacitação e Desenvolvimento Humano de uma fundação pública de direito privado, desenvolveram um projeto denominado “Cuidando de Quem Cuida”. Justificativa: Compreendendo o isolamento social e o medo do julgamento como fatores de risco, avaliou-se a necessidade de fazer da campanha do setembro amarelo uma ação efetiva de formação para prevenção ao suicídio. Objetivo: Relatar uma experiência sobre uma ação (in)formativa e terapêutica para o Setembro Amarelo. Descrição da experiência: O objetivo do projeto foi de promover espaços de reflexão e valorização da vida como estratégia de promoção à saúde e prevenção ao suicídio, de modo descentralizado, para colaboradores da instituição. Iniciado em 1° de setembro de 2023 e finalizado em 6 de outubro de 2023, o projeto dividiu-se em quatro etapas. A primeira, uma palestra de abertura com uma psicóloga no auditório da Instituição, com o tema “Prevenção e posvenção em suicídio”. A segunda, uma ação denominada "Conversas que Importam", que ocorreu em cinco datas e oito locais e equipes diferentes em que, a partir de uma dinâmica de grupo os colaboradores teciam, com um novelo de lã, uma rede que os conectava e promovia um espaço de reflexão sobre construção de redes de suporte e apoio mútuo. Nesta ação as unidades de atuação foram decoradas com frases de apoio e encorajamento partir de recados que eles mesmos escreviam. Na terceira ação, foi ofertada uma capacitação para multiplicadores sobre “Comportamento Suicida”, em plataforma online, para colaboradores e a comunidade, com objetivo de capacitá-los na identificação de fatores de risco e de proteção para o suicídio, e de apontar os recursos da rede de saúde para esses casos. Para concluir o projeto, foram aplicadas oficinas de mandalas, com o tema “Uma reflexão sobre as soft skills na Saúde” em que utilizou-se do recurso artístico para promover a expressão individual e a conexão entre arte, bem-estar e habilidades relacionais. REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: Esse projeto teve como intuito sensibilizar os empregados da Fundação, sobre a importância do cuidado em saúde mental, bem como o de cultivar um ambiente de apoio e cuidado entre os colaboradores, criando um legado de bem-estar e conexão emocional. |
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CRIAÇÃO DE UM AMBULATÓRIO DE SUPORTE PSICOTERAPÊUTICO PARA FUNCIONÁRIOS COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO EM UMA FUNDAÇÃO QUE ADMINISTRA SERVIÇOS DE SAÚDE EM CURITIBA Autores: Vitor Bezerra de Menezes Picanço | Amanda Ribeiro Macedo Instituição: FEAS Palavras-chave: Programa de Saúde Ocupacional; Saúde Mental; Psicologia em Saúde Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3743 Resumo: Caracterização do problema: Reconhecendo o espaço de trabalho como lugar de manifestação dos afetos, sejam eles agradáveis ou não, compreendemos ser imprescindível uma ação de acolhimento àqueles que exercem suas funções de cuidar dentro de uma Fundação que administra serviços de saúde em Curitiba. Justificativa: Acolher os afetos, reconhecer seu lugar e as singularidades dos sujeitos que os carregam, exige um exercício constante de empatia, acolhimento e cuidado. Por esta razão, idealizou-se o “Ambulatório ACOLHA”, um projeto para ser uma ferramenta de aproximação entre o empregado e seu empregador, firmando-se como uma estratégia de cuidado a partir de suporte psicoterapêutico. Objetivo: Relatar a experiência de implementação de um ambulatório de suporte psicoterapêutico para funcionários de uma Fundação que administra serviços de saúde no município de Curitiba. Descrição da experiência: Por ser o “Ambulatório Acolha” destinado a todos os funcionários, ofertando avaliação e atendimento breve em psicologia, fez-se necessário a organização de um fluxo de atendimento considerando a fundação em sua complexidade – seu grande número de empregados, as diferentes escalas e sua abrangência territorial. O acompanhamento psicoterapêutico tem duração de até 5 sessões de 50 minutos, com objetivo de gerar acolhimento, avaliação e encaminhamento à rede de atenção à saúde mental do município de Curitiba (para casos de maior complexidade), considerando a linha guia de saúde mental do município de Curitiba. Para demandas de menor risco, o acompanhamento objetiva promover a dissolução da queixa psicológica, bem como as queixas de possíveis conflitos institucionais, intermediando a articulação intersetorial entre a Saúde Ocupacional, o RH e a chefia direta do funcionário. Os atendimentos ocorrem em dois dias da semana, e em horários a abarcar os turnos da manhã, da tarde e da noite. Os atendimentos ocorrem a partir de agendamento prévio, por e-mail destinado exclusivamente a este fim. REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA E Recomendações: O projeto teve início em agosto de 2023 e, com um mês de funcionamento, foram adaptadas a forma de inscrição para atendimento e a forma de avaliação inicial. O acolhimento era realizado em grupos de acolhida por aproximação de demanda. Devido à baixa adesão à estratégia de grupo, o acolhimento inicial passou a ser individual, e não há mais critério de exclusão para inscrição, de modo a abranger um maior número de colaboradores. |
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A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM PACIENTES COM DISFAGIA NO PROGRAMA SAÚDE EM CASA DE CURITIBA Autores: Larissa Giovanna da Silva Leite | Paloma Alves Miquilussi, Ana Lídia Emerick Rosa, Isabel de Lima Zanata, Andréia Maneira Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Serviços de Assistência Domiciliar; Fonoaudiologia; Transtorno de deglutição. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3759 Resumo: Caracterização do problema: Internamentos podem gerar aos pacientes, principalmente idosos, diminuição da funcionalidade e maior dependência. Em geral, os acompanhantes desses pacientes não estão preparados para essas mudanças funcionais, necessitando assim de orientação e acompanhamento extra-hospitalar para lidar com a nova realidade de cuidado que, por vezes, envolve dificuldades de alimentação. Justificativa: O Programa Saúde em Casa de Curitiba faz parte das ações de cuidado integral à saúde, possibilitando ao paciente a continuidade do tratamento em casa e ao cuidador a instrumentalização necessária. Para tal, o Programa é dividido em duas equipes-base: EMAD (Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar) e EMAP (Equipe Multiprofissional de Apoio). Nesta, está inserida a Equipe de Fonoaudiologia que atende às demandas da cidade. Objetivos: Relatar a experiência de uma residente de Fonoaudiologia sobre a atuação fonoaudiológica no Programa Saúde em Casa de Curitiba. Experiência: A Equipe de Fonoaudiologia do Programa realiza atendimentos voltados às demandas de deglutição, voz, distúrbios de linguagem e de fala adquiridos. O fluxo de atendimento ocorre conforme solicitação médica de parecer da Fonoaudiologia. A maior demanda são adultos e idosos com queixas de deglutição ou histórico de disfagia. Alguns destes já têm recomendação de via oral com adaptação de consistência ou estão com via alternativa de alimentação – seja recente ou de longa data. Cabe ao Serviço de Fonoaudiologia (re)avaliar a necessidade de novas adaptações, orientar exercícios oromiofuncionais e instrumentalizar os cuidados para promover higiene oral e alimentação segura. Parte da demanda de distúrbios da deglutição são pacientes em uso de cânula de traqueostomia. Nesses casos, a atuação fonoaudiológica poderá abranger plano de evolução de cânula ou decanulação e, em casos associados a via alternativa, verificação da possibilidade de retorno de alimentação por via oral. Reflexão: A inserção da Fonoaudiologia na EMAP proporciona otimização do gerenciamento de demandas que, na falta de intervenção fonoaudiológica, provavelmente seriam hospitalares e se manifestariam em quadros mais graves. Recomendações: Esse programa vem crescendo na cidade, assim como as demandas fonoaudiológicas administradas dentro do Serviço. Trata-se de um campo rico que necessita ser mais explorado em estudos futuros. |
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O PAPEL DA INSTRUMENTALIZAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA AOS CUIDADORES NO PROGRAMA SAÚDE EM CASA DE CURITIBA Autores: Larissa Giovanna da Silva Leite | Paloma Alves Miquilussi, Ana Lídia Emerick Rosa, Isabel de Lima Zanata, Andréia Maneira Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Assistência ao Paciente; Serviços de Assistência Domiciliar; Fonoaudiologia Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3760 Resumo: Caracterização do problema: A maior dependência do paciente pós-internamento configura uma nova realidade de cuidado que nem sempre os cuidadores estão preparados para lidar. Além disso, dificilmente na alta hospitalar absorvem todas as orientações fornecidas pelos diferentes profissionais. Justificativa: O Programa Saúde em Casa de Curitiba fornece ao paciente acesso à equipe multiprofissional qualificada que instrumentaliza os cuidados. Esse atendimento domiciliar é composto por duas equipes-base: EMAD – Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar, e EMAP – Equipe Multiprofissional de Apoio, da qual a Fonoaudiologia faz parte. Em conjunto, têm o objetivo garantir o cuidado integral à saúde do paciente. Objetivos: Relatar a experiência de uma residente de Fonoaudiologia sobre o papel da instrumentalização fonoaudiológica no Programa Saúde em Casa de Curitiba. Experiência: Os atendimentos fonoaudiológicos nesse programa atendem às demandas de distúrbios de deglutição, voz, linguagem e fala. Em geral, essas alterações ocorrem pós-internamento ou rebaixamento do quadro. Por se tratar de uma nova queda de funcionalidade – por um evento novo ou piora de quadro prévio, os cuidadores e pacientes se veem diante de novos desafios, sejam alimentares ou comunicativos. Foi observado que a maior demanda é a disfagia, não sendo incomum haver alterações de linguagem e fala associadas, principalmente em demências ou pós-AVE. A instrumentalização é uma ferramenta crucial ao processo de cuidado, seja objetivando reabilitação ou gerenciamento de funções. Orientar sobre exercícios de estimulação de linguagem, formas alternativas de comunicação, posicionamento seguro para alimentação, consistência, utensílios, volume, ritmo de oferta, manobras e estratégias como uso de comandos verbais podem ser determinantes para evolução do quadro. Reflexão: É de suma importância que a instrumentalização fonoaudiológica no Programa esteja presente em cada atendimento, uma vez que a (não)aderência dos cuidadores contribui significativamente para o desfecho fonoaudiológico, tendo em vista o contato diário, maior comunicação e vínculo com o paciente por parte do cuidador. Recomendações: Deve-se pensar a instrumentalização de qualidade no atendimento domiciliar como uma forma de a Equipe de Fonoaudiologia se fazer presente diariamente com o paciente, garantindo o cuidado integral a sua saúde. |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA: PERCEPÇÃO DO RESIDENTE Autores: Gabriela Milczewski | Adrieli Aparecida Simões de Oliveira, Camilla Ferreira de Lima, Ana Karoline da Costa da Silva, Michele Ioris Instituição: FEAS Palavras-chave: Pessoa idosa, qualidade de vida, envelhecimento, estomaterapia. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3766 Resumo: Caracterização do problema: Em um programa de residência multiprofissional em saúde do idoso, os enfermeiros residentes realizam estágio, por um mês, acompanhando uma enfermeira especialista em estomaterapia em ambiente hospitalar. Neste cenário observa-se que pessoas idosas são frequentemente acometidas por lesões cutâneas. Justificativa: O acometimento de lesões cutâneas em pessoas idosas está associado às mudanças decorrentes da senescência, como diminuição da elasticidade, flacidez e espessura da derme e epiderme. Também à presença de fatores extrínseco como pressão, fricção, cisalhamento e alteração do microclima, bem como o déficit nutricional e alterações de mobilidade. Com este olhar especializado, pode-se orientar a equipe de enfermagem para a prevenção e manejo com lesões de pele. (Tritão, 2020). Objetivo: Relatar a experiência de uma residente de saúde do idoso acompanhando o serviço de estomaterapia hospitalar. Descrição da experiência: Durante o estágio foi possível acompanhar a rotina e os fluxos de trabalho da enfermeira estomaterapeuta que perpassam pela abordagem inicial com comunicação clara e efetiva sobre os procedimentos a serem realizados e a orientações de cuidado. Também foi possível observar que a enfermeira especialista contribui com a equipe assistencial esclarecendo dúvidas em relação aos cuidados com a pele de pessoas idosas com lesões por pressão, fricção e de Dermatite Associada à Incontinência. Reflexão Este estágio possibilita conhecer novas coberturas disponíveis e também, a aplicação e benefícios do Laser para cicatrização de lesões de pele. Acompanhar a evolução em 6 meses, de feridas com mais de 5 anos cicatrizadas por completo, trazendo para a pessoa o retorno da participação social. Recomendações: O cuidado prestado por uma estomaterapeuta hospitalar contribui na qualidade de vida das pessoas idosas. |
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(RE) CONSTRUINDO UM MURO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Leticia Cristina Bento | Nathalia Catossi Rosi, Daiane Cristina Ananias, Rodrigo Pereira da Silva, Mariana Kaneta Instituição: Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região - CISVIR Palavras-chave: Iatrogenia; cuidado integral; adequação medicamentosa; Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3774 Resumo: A equipe do Ambulatório de Saúde do Idoso, gerenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí (CISVIR), é composta por um assistente social, uma enfermeira e dois médicos com formação em geriatria. Dentro do ambulatório, acompanhamos diversos casos e o que podemos observar é a presença de iatrogenia medicamentosa, que é frequente em idosos acompanhados por diversas especialidades. Para termos um cuidado de forma integral buscamos realizar uma consulta mais qualificada, onde fazemos orientações para que idoso venha com o cuidador, traga todas as medicações em uso, exames realizados e controles pressóricos e glicêmicos. Entre os diversos casos que acompanhamos, destacamos um que ilustra o problema da iatrogenia. MFS, 71 anos, acompanhado pela companheira, vem sendo assistido pelo ambulatório desde 2021. Na primeira consulta, ele não conseguiu ficar de pé devido a vertigens, relatou quedas frequentes e apresentou sintomas como tremores, tremores, lentidão dos movimentos e congelamento da marcha conhecido como freezing, constipação intestinal e tristeza devido a situação que se encontra. Fazendo uso de 12 medicamentos incluindo: prolopa BD, levotiroxina, biperideno, sertralina, clobazam, dolamin, depakene, carbamazepina, clomipramina, pramipexol, lactulose e somalgin. Além de uma escuta qualificada, solicitamos exames de sangue e eletrocardiograma, e fizemos alterações na medicação. Substituímos a sertralina pela duloxetina, uma vez que esta última é mais indicada para idosos; retiramos a levotiroxina a dolamina e a clomipramina, e introduzimos o tamarin para tratar a constipação intestinal. Também fornecemos orientações sobre o uso do prolopa, destacando a importância de não administrar as próximas refeições, visto que sua absorção é prejudicada pela ingestão de proteínas, e orientamos quanto a importância da atividade física. No decorrer do tratamento fomos observando melhora do humor, do intestino e começou a fazer pilates, e dando continuidade na adequação de medicação, como a retirada do biperideno da manhã, tregretol da tarde, e diminuição do clobazam para ¼ e aumento da duloxetina de 30mg para 60mg, com a medicação sendo adequada, e orientado fisioterapia para melhora do equilíbrio. Agora, após dois anos de cuidados com uma equipe multiprofissional, ele relata que é capaz de construir um muro em sua casa, algo que antes parecia inimaginável. Essa experiência evidencia a importância do cuidado integral na melhoria da qualidade de vida. |
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OS IMPACTOS DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Leo Rodrigo de Sousa Silva Santos | LÉA APARECIDA BENDIK RECH DE NARDI Instituição: Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e UniRitter Palavras-chave: Serviços de Assistência Farmacêutica. Cuidados Farmacêuticos. Farmácias. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3778 Resumo: Caracterização do problema: Os serviços prestados pelo profissional farmacêutico para atender às necessidades de saúde da população nas farmácias, nasce no intuito de reduzir a morbimortalidade associada ao uso dos medicamentos, promover a saúde e prevenir a doença, o qual é um desafio para o sistema de saúde brasileiro. Justificativa: As farmácias comercias vem assumindo um papel importante no cuidado em saúde. Isso se dá pelos grandes avanços na prestação dos serviços farmacêuticos. Tendo em vista é importante destacar este cenário para visibilidade social. Objetivos: O presente trabalho teve por objetivo avaliar a percepção dos usuários de uma farmácia de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, sobre a importância dos serviços farmacêuticos e o impacto dos mesmos na saúde da população. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, no qual se utilizou como instrumento de pesquisa, um questionário anônimo, que ocorreu no período de maio a julho de 2023. Reflexão sobre a experiência: A percepção dos dez usuários entrevistados a respeito dos impactos dos serviços farmacêuticos para a saúde, demonstraram que a grande maioria (98,5) foram enfáticos em apontar melhora da condição clínica e da qualidade de vida, principalmente os que buscaram os serviços farmacêuticos ofertado na farmácia, em especial quando submetidos ao acompanhamento farmacoterapêutico. Ficou evidenciado que os serviços farmacêuticos são a materialização da integralidade do cuidado farmacêutico nas farmácias. E que os usuários se sentem seguros e confiantes com a oferta dos serviços. Recomendações: Os serviços farmacêuticos são, portanto, a materialização da integralidade do cuidado. Assim, é necessário o desenvolvimento de pesquisas mais robustas, como estudos randomizados e controlados, a fim de permitir avaliação mais assertiva quanto à relação de cuidado e otimização. |
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CARTOGRAFIAS SOBRE O CUIDADO EM SAÚDE JUNTO A UM CASAL-GUIA QUE VIVE NA RUA Autores: Gabriel Pinheiro Elias | Maira Sayuri Sakay Bortoletto Instituição: Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: População em Situação de Rua; Atenção à Saúde; Consultório na Rua Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3781 Resumo: As pessoas que vivem na rua expressam modos de vida diversificados e singulares que implicam em suas demandas de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com os Consultórios na Rua (CnaR), dispositivo que visa prestar assistência e articular tais demandas in loco garantindo a integralidade de seus cuidados. O objetivo desse trabalho foi cartografar uma vivência sobre o cuidado em saúde junto a um casal-guia que vive na rua referenciado a um CnaR. É um estudo cartográfico, conforme a obra Cartografia Sentimental, de Suely Rolnik (2006). Tal abordagem consiste ao pesquisador trazer as afetações vividas em campo enquanto material analítico à temática. O campo foi o CnaR de um município no Paraná no qual me integrei à rotina de trabalho da equipe no decorrer do segundo semestre de 2022. Foi utilizada a ferramenta usuário-guia, que consistiu em elencar um usuário conhecido por representar um alto grau de complexidade na dinâmica do serviço e trazer sua perspectiva em centralidade. As afetações vividas foram registradas em diário cartográfico e discutidas à luz de autores da esquizoanálise. Esse trabalho ressaltou um casal que vive na rua, de feição alegre, que tencionava a equipe à uma disputa de perspectivas pela produção do cuidado. A análise dessas afetações apontaram os eixos de discussão: biopoder, biopolítica e biopotência (PÉRLBART, 2000). O desejo de maternidade nesse casal convocou em nós uma postura de dissuasão com ofertas majoritariamente de anticoncepcionais e nos trouxe um conflito ético-moral sobre o controle do desejo do outro. Logo, se discorreu de quando esse casal buscou adotar um estilo de vida de moradia regular que atendeu nossas expectativas de cuidados em saúde que supostamente legitimassem seu desejo – porém, o antes alegre casal agora aparentava apático e sem projeções como quando estavam na rua. Por fim, após cerca de duas semanas, eles retornaram à rua. Tal evento trouxe alívio, pois, a ótica de que a moradia regular seria o melhor à eles, pensado enquanto profissional de saúde, minou o que se entende enquanto a potência de vida desse casal. Independente do debate das condições adequadas à uma maternidade, nosso trabalho deve se voltar ao diálogo com a potência de vida, não ao controle sobre. A cartografia evidenciou tanto os elementos velados de uma perspectiva de cuidado orientadas pelo controle do outro quanto os voltados à potência de vida – exercício analítico fundamental para práticas ampliadas e integrais de cuidado. |
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MEDIDAS PREVENTIVAS REALIZADAS POR ENFERMEIROS EM UM CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA NA PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA Autores: Ana Beatriz Mattozo Amorim | Camila Thieime Rosa, Fernanda Beatriz Gazzola, Junio César da Silva, Sabrina Sara Aparecida dos Santos, Viviane Gisele de Souza Instituição: Secretaria Municipal de Saúde e Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica; Enfermeiros; Prevenção Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3802 Resumo: Caracterização do problema: o Centro de Terapia Intensiva (CTI) é um ambiente de alta complexidade no tratamento de pacientes graves e está diretamente relacionado ao surgimento de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Uma das IRAS mais comuns é a pneumonia nosocomial, que, quando associada à ventilação mecânica, aumenta o risco de desenvolver Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV), que é definida como uma infecção que afeta o pulmão após 48 horas de ventilação mecânica (Nóbrega et al., 2021). Justificativa: devido à elevada taxa de mortalidade e ao aumento do tempo de internação, as IRAS ganham destaque epidemiológico. Portanto, é essencial uma atenção significativa às medidas preventivas. O enfermeiro desempenha um papel fundamental na implementação dessas medidas, garantindo a segurança do paciente durante a ventilação assistida e contribuindo para resultados clínicos positivos. Objetivo: Descrever ações preventivas, realizadas por enfermeiros, na prevenção da PAV em um Centro de Terapia Intensiva. Descrição da experiência: durante a estadia no CTI, foi notada uma alta incidência de pacientes necessitando de ventilação mecânica e, consequentemente, com risco de PAV. Para reduzir esse risco, implementavam-se medidas preventivas diárias, incluindo higienização das mãos, visitas multidisciplinares, manutenção do ângulo de elevação do decúbito, ajuste da sedação, higiene oral com clorexidina, monitorização da pressão do Cuff e precauções para evitar extubações acidentais. Reflexão sobre a experiência: é notável o papel proeminente do enfermeiro, como líder na implementação e orientação da equipe de enfermagem, acerca da relevância das medidas preventivas destinadas a evitar a PAV em pacientes sob ventilação mecânica. Recomendações: a PAV pode causar sérias complicações, como prolongamento do suporte ventilatório, maior tempo de internação e custos médicos elevados. Portanto, é fundamental adotar medidas preventivas baseadas em evidências científicas, adaptadas a cada instituição de saúde e às necessidades dos pacientes. |
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MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE LETRAMENTO EM SAÚDE Autores: Emilia Narita | Felipe Assan Remondi Instituição: UEM - Universidade Estadual de Maringá Palavras-chave: Health literacy; health professionals; knowledge Formato: Trabalhos Revisões Cód.Resumo: 3807 Resumo: Introdução: O Letramento em Saúde (LS) é um conceito que vem ganhando força no contexto do cuidado em saúde, especialmente de condições crônicas, por refletir habilidades cognitivas e sociais que determinam a motivação e a capacidade dos indivíduos de compreender e utilizar informações na promoção e manutenção de sua própria saúde. Os profissionais de saúde desempenham papel central no processo de desenvolvimento do LS dos pacientes, promovendo o autocuidado e a obtenção de melhores resultados terapêuticos. Neste contexto, é importante ter parâmetros e estudos que possam avaliar a capacidade dos profissionais sobre LS, englobando conhecimentos, habilidades e atitudes para utilização do conceito. Identificar lacunas e barreiras sobre o tema são os primeiros passos para o delineamento de ações para qualificação do cuidado prestado. Objetivos: identificar métodos utilizados para determinar o grau de competência profissional em LS. Metodologia: Este é um estudo de revisão narrativa, de caráter exploratório, que buscou nas bases de periódicos PUBMED, SciELO e SCOPUS combinações das palavras-chave: health literacy E competencies ou knowledge ou skill ou barriers E health professionals. Os artigos foram analisados conforme o objetivo do estudo, sendo selecionados para leitura completa aqueles que abordaram como objetivo principal ou secundário a avaliação dos profissionais de saúde e suas práticas de cuidado. Resultados: Como resultado da pesquisa foi possível verificar a carência de ferramentas que possam mensurar o grau de competência dos profissionais quanto ao LS. Pode-se observar pelos resultados que o conceito não está presente nas formações e práticas profissionais, criando uma lacuna para sua efetivação. Entre as metodologias que se destacaram estão: Instrument of Health Literacy Competencies (IOHLC) (CHANG, 2017), realizado na China e Health Literacy Knowledge and Experience Survey (HLKES) de Cormier (2006) produzido nos EUA, estes são validados nos seus respectivos países e são adaptados conforme o local em que são aplicados, uma vez que é necessário para uma melhor avaliação, considerar fatores culturais, comportamentais e das características dos serviços de saúde, tratamento, entre outros. Conclusão: Há a necessidade de maiores estudos, padronização e estruturação de ferramentas para mensurar e desenvolver as capacidades dos profissionais para utilização do LS, como medida central à qualificação do cuidado. |
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VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA DOMICILIAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Viviana Delfino da Silva Prestes | Julio César Yuhara Zucolli, Aline Loiola Moura Bianconi, João Henrique Franco de Moraes, Jenifer Alves de Souza Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar- Prefeitura Municipal de Londrina Palavras-chave: ventilação mecânica; cuidado domiciliar; serviços de assistência domiciliar Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3689 Resumo: Caracterização do problema: A Atenção Domiciliar é destinada às pessoas que necessitem de atendimento domiciliar devido restrição ao leito ou ao domicílio de maneira temporária ou definitiva. A crescente demanda pela desospitalização de pacientes estáveis dependentes de ventilação mecânica (VM) é um fator a ser considerado no que tange a adequação dos serviços de atenção domiciliar para admissão e acompanhamento de pacientes nesse perfil. Justificativa: Contribuir com novas reflexões dentro do contexto abordado, além de fornecer subsidios para que os profissionais do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) aprimorem sua prática no manejo da VM domiciliar. Objetivos: Relatar a experiência vivenciada por uma equipe multidisciplinar de atenção domiciliar na assistência ao paciente em ventilação mecânica invasiva. Descrição da experiência: Paciente I.J.R., feminino, 12 anos com diagnóstico de Miopatia Nemalínica tipo 1, em uso de VMI e oxigênio 24 horas por dia, dieta via gastrostomia, uso de traqueostomia e necessidade de aspiração. A paciente foi admitida após estruturação do serviço que contou com capacitação da equipe e pactuação do atendimento em rede. Reflexão sobre a experiência: A dificuldade inicial foi a adaptação a essa nova modalidade de atendimento considerando a complexidade do caso, atualmente a equipe julga que a experiência vem sendo exitosa e reconhece que há necessidade de capacitações frequentes, vista a complexidade do cuidado (ajuste de parâmetros, manejo de intercorrências, necessidade de propedêutica complementar). Recomendações: O presente estudo descreveu uma experiência exitosa relacionada à inserção da VMI no Serviço de Atenção Domiciliar, considerando a crescente demanda na desospitalização de pacientes estáveis em VM. Evidenciou-se a importância das reuniões de equipe, realização do Plano Terapêutico Singular bem como a necessidade de capacitação frequente das equipes. |
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PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: VIVÊNCIA NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AO IDOSO APÓS A ALTA HOSPITALAR Autores: Natalie Maria Rodrigues Batista | Mara Solange Gomes Dellaroza Instituição: Universidade Estadual de Londrina - UEL / Autarquia Municipal de Saúde de Londrina - AMS Palavras-chave: Idoso; Atenção primária à saúde; Alta do paciente; Envelhecimento; Assistência domiciliar. Formato: Trabalhos Originais Cód.Resumo: 3703 Resumo: Introdução: No Brasil, significativas transformações demográficas têm sido observadas, como o aumento da expectativa de vida da população. Com o envelhecimento populacional associa-se o surgimento de doenças crônicas que exigem cuidados e tratamentos constantes, muitas vezes tratados em ambientes hospitalares. Durante as hospitalizações, idosos e cuidadores precisam receber orientações adequadas para redução de incapacidades e danos, evitar internações subsequentes e assegurar qualidade de vida. É importante que essa assistência seja continuada na Atenção Primária em Saúde, considerada a porta de entrada dos serviços e o primeiro acesso dessa população. Diante disso, o planejamento da alta é importante para preencher algumas lacunas que surgem entre o cuidado no hospital e a assistência no domicílio. Objetivo: compreender os sentimentos e vivências dos profissionais que atuam direto na assistência aos idosos dependentes, em seu domicílio, após a alta hospitalar. Método: estudo de abordagem qualitativa, descritivo e exploratório, realizado em duas unidades básicas de saúde de uma cidade de grande porte no norte do Paraná. Desenvolvido com 16 profissionais da área da saúde que atendem idosos na atenção primária. Realizou-se entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas na íntegra, cujos dados foram organizados em categorias temáticas à luz da Análise de Conteúdo. Resultados: O achado evidenciado para esta pesquisa faz parte de uma dissertação de mestrado defendido em 2022, os dados foram coletados de novembro de 2020 a maio de 2021. Após as análises dos dados, emergiram algumas categorias das quais destacou-se para este estudo: ações que são realizadas para este idoso frágil após a alta hospitalar; tecnologias utilizadas para o atendimento do idoso frágil; como a equipe avalia a assistência que é direcionada para o idoso frágil na APS; ações desenvolvidas no domicílio; ações compartilhadas com a família. Considerações finais: é importante ressaltar a necessidade de capacitar os profissionais em todos os níveis de atenção a saúde, para que as ações voltadas à Saúde do Idoso sejam efetivas. É necessário que a população se prepare para o próprio envelhecimento e para o envelhecimento dos familiares, para isso precisamos de uma rede de serviço preparada para atuar na educação em saúde desta população. |
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O DESAFIO DO FONOAUDIÓLOGO NA DEFINIÇÃO DE ALIMENTAÇÃO DE CONFORTO JUNTO A EQUIPE ENVOLVIDA NO ATENDIMENTO AO PACIENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS Autores: Paloma Alves Miquilussi | Bruna Coladith Barboza, Larissa Giovanna da Silva Leite, Ana Lidia Emerick Rosa, Tatiane Caroline Boumer Zepechouka, Isabel de Lima Zanata Instituição: Fundação Estatal de Atenção a Saúde Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Conforto do Paciente; Fonoaudiologia; Equipe de assistência ao paciente Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3732 Resumo: Caracterização do problema: O fonoaudiólogo está inserido no contexto dos Cuidados Paliativos como o profissional apto para avaliar a capacidade do paciente em deglutir de forma eficiente e segura, evitando riscos de broncoaspiração, quadro que acarretaria prejuízo clínico e desconforto para um indivíduo já fragilizado. Havendo possibilidade do paciente se alimentar, o profissional indicará a consistência mais adequada das refeições, levando em consideração as preferências do indivíduo. Tais adaptações muitas vezes geram angústia nos profissionais envolvidos no atendimento ao paciente por acreditarem que na alimentação de conforto o paciente tem o direito de ingerir alimentos de forma indiscriminada, não levando em conta a segurança desta oferta. Justificativa: Dentre as medidas de conforto nos cuidados paliativos está a oferta de uma alimentação que proporcione ao doente prazer e conforto emocional. A discussão sobre a real finalidade da prescrição de alimentação de conforto, bem como a necessidade de adaptação desta dieta para pacientes em Cuidados Paliativos é essencial para um plano de cuidado humanizado. Objetivo: Relatar a experiência sobre discussão sobre alimentação de conforto entre os profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em cuidados paliativos. Descrição da experiência: As discussões realizadas entre a equipe multidisciplinar se tornaram um momento oportuno para divulgar o papel do fonoaudiólogo na definição de alimentação de conforto, servindo como espaço para orientação e sensibilização dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente quanto a necessidade de adaptação da dieta via oral. No entanto, percebe-se ainda dificuldade de consenso entre os profissionais sobre os limítes da indicação da dieta de conforto, favorecendo uma alimentação em Cuidados Paliativos mais significativa para o paciente e sem riscos clínicos. Reflexão sobre a experiência: A alimentação de conforto é uma medida tomada no contexto dos cuidados paliativos que necessita de estudo, discussão e sensibilização, pois envolve valores culturais e simbólicos que podem interferir na tomada de decisão da equipe que assiste esse paciente. Recomendações: Sugere-se discussões aprofundadas sobre o assunto, a fim de proporcionar um atendimento humanizado em que se sigam os preceitos e princípios do Cuidado Paliativo. |
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TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA : TERAPIA COADJUVANTE COM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Autores: Tacyana Schmidt Cantuária | Erildo Vicente Muller, Milene Zanoni da Silva, Marcelo Rezende Yong Blood, Thaiza Acosta Rebonato, Maria Elvira Gonçalves Borges Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa Palavras-chave: Dor Crônica; Medicina Tradicional Chinesa; Sistema Único em Saúde. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3733 Resumo: Caracterização do problema: As condições crônicas junto a Saúde Pública incita o modelo biomédico para um modelo progressista, essa quebra de paradigma conta com estratégias complementares na Atenção Secundária na promoção da saúde. Justificativa: O convívio diário com a dor crônica é desafiador, os pacientes apresentam dores difusas e refratárias acompanhadas de fadiga, alteração no sono, humor deprimido que muitas vezes não respondem ao tratamento convencional alopático. Objetivo: Descrever uma experiência no Sistema Único de Saúde com terapias complementares da Medicina Tradicional Chinesa, esta exposição busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes em condições crônicas. Descrição da Experiência: Este estudo é descritivo, qualitativo, relato de experiência. O Ambulatório de Medicina Tradicional Chinesa foi implantado em novembro de 2022 em Hospital Universitário como tratamento complementar, tem como objetivo promover o bem estar físico, mental e emocional aos pacientes com dores crônicas. A primeira consulta é conduzida por equipe interdisciplinar. O tratamento consiste em 12(doze) sessões, que são realizadas (1) uma vez na semana com duração de (1) uma hora. As consultas contam com técnicas de acupuntura, moxabustão, ventosaterapia, auriculoterapia, e fotobiomodulação, o ambiente é preparado para relaxamento e conta com orientação em saúde, cada consulta engloba um tema com ênfase na corresponsabilidade do autocuidado do paciente. No início e ao final de cada consulta é aplicado a Escala Visual Analógica de Dor (EVA). Ao fim do programa das 12 (doze) sessões o paciente relata sua percepção de melhora com o tratamento. Até o momento, setembro de 2023, foram realizados 244 (duzentos e quarenta e quatro) atendimentos para 20 (vinte) pacientes no Ambulatório de Medicina Tradicional Chinesa. Reflexão sobre a experiência: Por meio dos atendimentos, nota-se a redução do estresse e ansiedade, diminuição da percepção da dor, adequação no sono, minoração da fadiga, moderação medicamentosa, resultando no desenvolvimento na qualidade de vida destes pacientes em condições crônicas. Recomenda-se: A promoção do bem estar e qualidade de vida esteve presente nos pacientes por meio da Medicina Tradicional Chinesa, torna-se incipiente a abordagem as condições crônicas na Atenção Secundária e oportunizar que esta experiência torne-se referência para outras unidades do Sistema Único de Saúde. |
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AURICULOTERAPIA PARA PESSOAS IDOSAS COM DOR CRÔNICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE Autores: Ana Karoline da Costa da Silva | Larissa Zepka Baumgarten , Camilla Ferreira de Lima, Franciele Cieslinski Fernandes, Manoela Santos, Patricia Guarida Ganz Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Auriculoterapia; Atenção Primária de Enfermagem; Dor Crônica. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3737 Resumo: Caracterização do problema: A dor crônica é uma das queixas mais comuns entre pessoas idosas nas consultas de enfermagem em uma Unidade Municipal de Saúde de Curitiba. Justificativa: As pessoas idosas provenientes da comunidade sofrem com dores, afetando a qualidade de vida, causando prejuízo da funcionalidade global, aumento da demanda por serviços de saúde e risco aumentado de polifarmácia e iatrogenias. Nesse sentido, a auriculoterapia torna-se uma das alternativas a ser utilizada para a promoção e recuperação da saúde, sendo este o objetivo das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). As diretrizes dessas práticas elencam que as mesmas são incentivadas em todos os níveis de atenção, promovendo o autocuidado e aumento da resolutividade dos serviços de saúde, já que são ferramentas terapêuticas que iniciam pelo acolhimento e vínculo do usuário para acompanhamento do ser humano de forma integral. Objetivo: Relatar a experiência do uso da auriculoterapia em pessoas idosas com dor crônica na Atenção Primária à Saúde. Descrição da experiência: Entre as pessoas idosas que foram atendidas pela enfermeira, muitas trouxeram como queixa principal dor há mais de três meses com histórico de uso de analgésicos e sem melhora do quadro. Após o acolhimento da pessoa idosa e escuta ativa, foi proposto individualmente, a auriculoterapia para o tratamento de dor crônica, como manejo não farmacológico. O acompanhamento para avaliação e manutenção a partir do início do tratamento foi a cada 15 dias, sendo relatado no segundo encontro, a autopercepção sobre o tratamento com auriculoterapia. Entre os relatos, destaca-se a melhora da dor crônica em membros superiores e inferiores, melhora do sono e repouso, diminuição da ansiedade e maior participação social. Reflexão sobre a experiência: O enfermeiro é protagonista na promoção de cuidados, sendo fundamental que as práticas sejam baseadas em evidências. Nesse contexto, a prescrição de cuidados de enfermagem para dor crônica por meio da auriculoterapia na APS pode trazer benefícios ao usuário e fortalece o vínculo com a equipe de saúde. Recomendações: Por meio desse relato, percebe-se que o uso de auriculoterapia apresentou benefícios às pessoas que relataram dor crônica. Portanto, maiores incentivos para a educação continuada dos enfermeiros por meio das Secretarias Municipais de Saúde possibilita que mais pessoas idosas sejam beneficiadas pelas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. |
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O USO DA FERRAMENTA RODA DA VIDA COM PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Autores: Viviane Michele do Amaral | Maria Eduarda Romanin Seti, Karina Priscilla Lopes Carneiro, Sabrina Aparecida Gomes Pereira, Julia Pizani Parreira Sanches, Alessandra da Costa Reche Venâncio Instituição: Centro Univeritário Filadélfia- UNIFIL Palavras-chave: Autocuidado; Saúde do Trabalhador; Docência. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3744 Resumo: O trabalho desempenha papel essencial na vida dos indivíduos, no entanto pode trazer consequências sobre a saúde do trabalhador, pois se configura muitas vezes por excesso de carga horária, rígido controle das atividades, ritmo intenso de trabalho e pressão. Desta maneira, os trabalhadores da área da saúde, estão expostos a diferentes fatores estressantes, pois, por estarem em um ambiente que presta cuidado ao outro, se tornam responsáveis pela qualidade do atendimento ao usuário. Assim, o trabalhador apresenta dificuldades de realizar o processo de cuidado para si. Se faz necessário reconhecer seus limites e fragilidades, para saber atuar de forma a não ferir as próprias convicções, anseios e desejos. O objetivo do trabalho foi refletir com a equipe sobre a importância do autocuidado e investimento em todas as áreas da vida, mantendo o equilíbrio entre o pessoal, profissional, relacionamentos e qualidade de vida. Trata-se de uma atividade desenvolvida por enfermeiros docentes e psicóloga em uma Instituição de longa Permanência para Idosos na cidade de Londrina- Paraná. Os participantes da atividade foram 56 profissionais da saúde: cuidadores de idosos, auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem, auxiliares de cozinha, auxiliares de serviços gerais, enfermeiros e fisioterapeutas. As oficinas foram realizadas durante dois dias com duração de uma hora. Utilizou-se para a atividade o instrumento denominado “Roda da Vida”, que consiste em uma ferramenta que facilita o processo de reflexão dos aspectos ligados ao autocuidado e suporte na busca por estratégias de melhoria. Foram avaliados os seguintes quesitos: qualidade de vida, vida pessoal, profissional e relacionamentos. Para cada setor essencial para vida, os funcionários deram notas de um a dez, onde um seria satisfação mínima e dez satisfação máxima. Observou-se que a impressão que se tem é a de que o trabalhador da área da saúde não adoece e não se cansa. Diante disso, aquele que presta cuidados ao outro, acaba esquecendo de si mesmo. Em muitas falas, os trabalhadores cobram de seus pacientes o autocuidado e esquecem-se ou ignoram o ato de cuidar de si. A partir desta experiência recomenda-se a realização de discussões e rodas de conversa a fim de problematizar o conceito do autocuidado com os profissionais que cuidam. |
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AURICULOTERAPIA EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: CUIDANDO DO CUIDADOR Autores: Viviane Michele do Amaral | Karina Priscilla Lopes Carneiro, Maria Eduarda Romanin Seti, Gabriel Angelo da Silva, Gabriela Maria Gusmão, Magali Roco Instituição: Centro Universitário filadélfia- UNIFIL Palavras-chave: Auriculoterapia; Promoção da Saúde; Carga de Prestação de Cuidados. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3746 Resumo: O processo do envelhecimento aumenta a demanda por cuidados de longa duração, contribuindo para a sobrecarga física e emocional do cuidador, refletindo na saúde mental e consequentemente no processo de trabalho nas Instituições de Longa Permanência para Idosos. A auriculoterapia é uma das Práticas Integrativas e Complementares oficialmente inseridas no Sistema Único de Saúde, e auxilia no processo de alívio dos sintomas relacionados a condições físicas e emocionais. É possível que o uso da auriculoterapia contribua para a melhor qualidade de vida dos profissionais cuidadores, uma vez que reduz sintomas advindos com os fatores estressantes relacionados ao cuidado. Descrever a ação para a produção do cuidado ao cuidador de idosos utilizando as práticas integrativas de auriculoterapia para a promoção da saúde. Trata-se de uma atividade desenvolvida por enfermeiros docentes e profissional radiologista durante o curso de atualização para cuidadores de idosos em uma Instituição de Longa Permanência, na cidade de Londrina-PR. Os participantes da atividade foram 56 profissionais da saúde: cuidadores de idosos, auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem, auxiliares de cozinha, auxiliares de serviços gerais, enfermeiros e fisioterapeutas. Utilizou-se a tecnologia leve como ferramenta para escuta ativa e identificação das principais queixas. Utilizou-se para a atividade as práticas integrativas de auriculoterapia com foco nas principais queixas relatadas: cansaço, estresse, dores entre outras. Durante a oficina foi possível observar a satisfação dos participantes ao terem suas queixas ouvidas e tratadas, sua singularidade respeitada e o cuidado sendo produzido, centrado naquela pessoa, no momento do encontro, onde os saberes profissionais de quem cuidava se fundia na história de quem era cuidado. Recomenda-se proporcionar momentos de cuidado para com o cuidador, em especial em ambientes que demandam cuidados de longa duração, e que, a auriculoterapia pode ser uma escolha para a prática desses cuidados, tendo potencial para tratar e diagnosticar diversos problemas físicos, mentais e até emocionais, servindo como alívio para as dores do corpo e da alma. |
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RELATO DE EXPERIÊNCIA: TRABALHANDO AS EMOÇÕES EM UMA RESIDÊNCIA INCLUSIVA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL Autores: Leticia Cristina Bento | Kelly Cristina Rodrigues Pesce, Fabiana Vieira da Silva Nicolini Costa, Daiane Cristina de Souza, Felipe Branco Arcadepani, Karine Mareze Carleto Instituição: Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região - CISVIR Palavras-chave: saúde mental; grupo; emoções Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3761 Resumo: A equipe do Ambulatório de Alto Risco em Saúde Mental, gerenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí (CISVIR), formou um grupo denominado "Trabalhando as Emoções" com os usuários da Residência Inclusiva Casa do Dodô, de Apucarana-PR. Esses usuários estão todos vinculados ao CISVIR e tem-se observado uma dificuldade por parte deles em lidar com seus sentimentos. O projeto consistiu em oito encontros mensais nos quais foram abordados temas relacionados às emoções dos participantes e à forma como lidavam com suas próprias emoções e as emoções dos colegas. Cada encontro trouxe uma estrutura que incluiu acolhimento inicial, abordagem do tema proposto, desenvolvimento de atividades, e reflexão. Os temas abordados foram: Termômetro das Emoções, As Cores e as Emoções, Eu Te Enxergo e Aceito, Piquenique, A Árvore do Apoio e um encerramento com diplomação dos usuários. Esse grupo nos permitiu conhecer melhor cada usuário e compreender a realidade em que estão inseridos. O desenvolvimento social do ser humano está intrinsecamente ligado à sua realidade social, às experiências vivenciadas e ao contato com os outros, sendo a linguagem responsável pela mudança na função mental (Vygotski,1997). Assim, as atividades no grupo auxiliaram no desenvolvimento intelectual dos participantes, pois realizaram novos repertórios e vivências. Durante os encontros, houve mediação das discussões sobre sentimentos, emoções e situações do cotidiano de cada um. Essa abordagem permitiu observar a evolução da participação de cada indivíduo, ou que evidenciou a confiança construída no espaço de convivência e a abertura para expressar suas demandas e sentimentos. Ao final dos encontros, foi realizada uma avaliação com os participantes, bem como com a equipe do ambulatório e da Residência Inclusiva (RI). A equipe da RI proporcionou que o maior benefício percebido foi a capacidade de percepção das próprias emoções, tanto por parte dos participantes quanto pelos profissionais da RI. O desafio mais significativo foi lidar com a dificuldade de compreensão das informações pelos pacientes devido à distância entre os encontros. Portanto, a equipe do ambulatório teve teve a oportunidade de evidenciar que o afeto é, de fato, algo transformador e um grande conector de informação importantes relacionadas à percepção das emoções. Além disso, esse projeto é mostrado um promotor de saúde mental para todos os envolvidos. |
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IMPLEMENTAÇÃO DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL MUNICIPAL Autores: Júlia Feldmann Uhry Reis | Tissiane Paula Zem Igeski, Anna Carolina Batista de Moura, Milene Zanoni da Silva Instituição: PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAQUARA Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa; Saúde Mental; Sistemas de Apoio Psicossocial Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3769 Resumo: Caracterização do problema: A saúde mental ganhou destaque no cenário mundial pós-pandemia pois transtornos depressivos/ansiedade tem sido causa importante de incapacidade e o suicídio corresponde à morte de 100 mil pessoas/ano. Piraquara é um município populoso, com baixa renda per capita e alta vulnerabilidade socioeconômica, enfrentando desafios na assistência à saúde mental. A Terapia Comunitária Integrativa (TCI), prática criada no Brasil e incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem se destacado como estratégia nacional e internacional para enfrentamento deste cenário. Justificativa: evidencia-se necessidade de práticas inovadoras na produção de cuidado em saúde mental. Objetivos: descrever o processo de implementação da TCI na Rede de Atenção Psicossocial do município de Piraquara. Descrição da experiência: A implementação da TCI iniciou em 2019, quando a proposta foi aprovada na 13ª Conferência Municipal de Saúde e iniciou-se a realização das rodas. Pós-pandemia, o projeto foi retomado (setembro/2022) e frente à alta demanda de saúde mental nas três regiões do município, foi aprovada a ampliação do projeto na 14ª Conferência Municipal de Saúde (novembro/2022). A ampliação iniciou em setembro/2023, com oferta de três rodas de TCI semanais em locais estratégicos buscando facilitar o acesso à todo município. As terapeutas comunitárias conduzem a TCI com equipe de apoio (servidores das unidades de saúde, Equipe Multiprofissional, alunos e residentes). Para participar, o usuário pode ser encaminhado pelos profissionais ou por procura direta. Se identificado algum fator de gravidade, este participante recebe acolhimento ao final da roda, para encaminhamentos necessários. Já foram realizadas 100 rodas de TCI, com participação de 1.893 pessoas. Como produto deste trabalho, foi publicado em 2020 o livro social “Riquezas de Piraquara”, que foi distribuído gratuitamente em bibliotecas, escolas e comunidade, com objetivo de inspirar pessoas em sofrimento através das histórias e estratégias de superação dos participantes. Reflexão sobre a experiência: a TCI é uma prática inovadora na produção de cuidado, com bom custo-efetividade, permitindo criar e fortalecer vínculos comunitários e envolver cultura/arte no cuidado em saúde mental comunitária. Recomendações: sugerimos implementação da prática da TCI em outros municípios como estratégia para enfrentamento ao panorama importante da saúde mental brasileira e internacional. |
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A IMPORTÂNCIA DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE DENTRO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA E SEUS APRENDIZADOS PARA UM PROCESSO DE FORMAÇÃO PRÁTICA DE RESIDÊNCIA Autores: Sofia Von Eckhardt Brunow Barbosa | Tissiane Bona Zomer, Mariana Alves Dvulhatka, Regiane Mendes Tarocco Borsato, Caroline Marcelly de Souza, Paulo Henrique Coltro Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde Palavras-chave: Mobilização precoce; Unidades de Terapia Intensiva; Fisioterapia. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3776 Resumo: Caracterização do problema: A Fisioterapia nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) tem função primordial nos desfechos positivos na vida do paciente, diminuindo chances de complicações, morbimortalidade e atuando ativamente na reabilitação e reinserção nas atividades de vida diária. A mobilização precoce é amplamente comprovada em ser um dos fatores de relevância na recuperação funcional do paciente, impactando na qualidade de vida. Justificativa: O modelo de residência multiprofissional se insere dentro das UTIs e proporciona alta carga horária prática, preparando os residentes para a realidade do sistema de saúde do país, além de qualificá-los para uma melhor prestação de serviço e, consequentemente, de cuidados ao paciente. Objetivo: Demonstrar a importância da mobilização precoce nas UTIs e como isso impacta no aprendizado do profissional do residente. Descrição da experiência: A mobilização precoce é o processo ativo do paciente realizar o controle motor. Para isso, podem ser utilizados múltiplos recursos, como cinesioterapia ativa ou assistida, exercícios resistidos, eletroterapia, mobilização fora do leito através de sedestação na poltrona, deambulação ou passeios fora da unidade. Além disso, ela está relacionada com as condições biopsicossociais do paciente, pois não estimula somente a célula motora, mas também o cognitivo, o raciocínio, a atenção e o humor que repercutem de maneira positiva no desfecho do paciente. O ambiente hospitalar em si é desafiador, pois dentro dele vivenciamos inúmeras possibilidades de histórias e de experiências, a condição clínica do paciente, além dos múltiplos dispositivos invasivos que o paciente pode estar sujeito. Desse modo, lidar com todas as necessidades e barreiras que o paciente enfrenta durante o internamento faz com que o profissional tenha que se aperfeiçoar a cada dia e criar estratégias para o reabilitar de maneira mais humanizada e lúdica, proporcionando uma melhor experiência durante a jornada de internamento. Reflexão sobre a experiência: A mobilização precoce, seja por qualquer método escolhido pelo profissional, é de extrema importância para o desfecho positivo do paciente em suas múltiplas faces, sejam elas ambientais, funcionais ou biopsicossociais. Recomendações: Essa intervenção deve ser incentivada, pois não beneficia somente o doente, mas sim, toda a rede de apoio que busca o aprendizado e a superação para cuidar das necessidades de cada paciente de maneira individualizada. |
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE E FITOTERAPIA: PROMOVENDO A INTEGRALIDADE DO CUIDADO EM UNIDADES DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL Autores: Giulia Sviderski de Campos | Geovanna Rosada Fernandes, Isabella Benitez Vulcanis, Maria Teresa Vasconcelos, Tainan Yoshio, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe Palavras-chave: Fitoterapia; Promoção da Saúde; Integralidade do Cuidado. Formato: Relato de Experiência Cód.Resumo: 3803 Resumo: Caracterização: As Unidades de Acolhimento Institucional (UAI), vinculadas à Fundação de Ação Social (FAS), desempenham um papel crucial no acolhimento de indivíduos em situação de rua, buscando assegurar proteção integral e respeitar os princípios do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do Sistema Único de Saúde (SUS). Justificativa: O SUS preconiza a integralidade como princípio fundamental, abrangendo a saúde física e mental dos indivíduos. Contudo, a saúde mental continua a ser subvalorizada em nossa sociedade. Abordar a saúde mental é essencial para o bem-estar desses indivíduos vulneráveis. Objetivos: Realizar uma revisão narrativa da literatura sobre o uso de fitoterapia na promoção da saúde mental. Elaborar um eBook informativo gratuito com informações sobre o uso de fitoterápicos para a saúde mental. Promover a horticultura e a fitoterapia entre os acolhidos em uma UAI de Curitiba/PR, fornecendo mudas de plantas medicinais. Organizar rodas de conversa sobre saúde mental, práticas fitoterápicas e terapêuticas, envolvendo estudantes de Medicina para criar um ambiente de aprendizado e apoio mútuo. Descrição: Este projeto envolveu ativamente estudantes de Medicina em todas as etapas. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura e compilou-se as informações em um eBook sobre o uso de fitoterápicos voltados à saúde mental. Também houve o fornecimento e o plantio de mudas de plantas fitoterápicas junto aos acolhidos na horta da UAI. Além disso, promoveu-se rodas de conversa para conscientização sobre a importância da saúde mental no cuidado integral da saúde e sobre o uso de fitoterápicos para esse fim. Reflexão: A colaboração entre estudantes, profissionais e acolhidos fortaleceu a convicção de que a saúde mental desempenha um papel essencial na integralidade do cuidado. A cooperação entre profissionais de saúde e assistência social beneficiou significativamente os indivíduos em situação de vulnerabilidade. Recomendações: Com base no conhecimento adquirido neste trabalho, é recomendável que as práticas de promoção da saúde mental, enfocando a integralidade do cuidado, sejam continuamente implementadas e ampliadas nas UAI. A participação ativa dos estudantes da área da saúde desempenha um papel crucial nesse processo, criando um ambiente propício tanto para o aprendizado quanto para o apoio mútuo entre estudantes e acolhidos. |